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6 Eletromagnetismo rev03

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ELETROMAGNETISMO
Campos Eletrostáticos
Professor: Pablo Carvalho
Curso: Engenharia Elétrica
6) Condições de fronteira
Até então estudamos os efeitos eletromagnéticos em um meio homogêneo. Porém o que acontece
com um campo elétrico, por exemplo, quando uma região é formada por dois meios diferentes? As
condições que o campo deve satisfazer, na interface de separação entre os meios, são chamadas de
condições de fronteira.
Conhecido o campo elétrico em um dos lados da fronteira, é possível a partir dessas condições
determinar o campo elétrico do lado desconhecido. Vamos considerar as seguintes condições de
fronteira:
 Dielétrico 1 com dielétrico 2
 Condutor e dielétrico
 Condutor e espaço livre
Eletromagnetismo– Prof.: Pablo Carvalho
6) Condições de fronteira
Para especificação das condições de fronteira partirmos das equações de Maxwell:
𝑬. 𝑑𝒍 = 0
(1)
𝑫. 𝑑𝑺 = 𝑄𝑒𝑛𝑐
(2)
Também iremos trabalhar com o campo elétrico decomposto em suas componentes ortogonais
𝑬 = 𝑬𝒕 + 𝑬𝒏
Em que 𝑬𝒕 𝑒 𝑬𝒏 são respectivamente as componentes tangenciais e normal de E em relação à
interface de interesse. Uma decomposição semelhante também pode ser feita para D.
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6) Condições de fronteira
Interface Dielétrico-Dielétrico:
Considere um campo elétrico E em uma região de fronteira por dois dielétricos distintos tal como
apresentado na Figura a seguir.
Onde,
𝜀1 = 𝜀0 𝜀𝑟1 ;
𝜀2 = 𝜀0 𝜀𝑟2 .
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6) Condições de fronteira
Podemos então, decompor E1 e E2 em:
𝑬𝟏 = 𝑬𝟏𝒕 + 𝑬𝟏𝒏
𝑬𝟐 = 𝑬𝟐𝒕 + 𝑬𝟐𝒏
Aplicando a lei de Maxwell da equação 1 ao caminho fechado do retângulo da figura anterior,
considerando um caminho muito pequeno em relação a variação de E. Temos,
𝑬𝟏𝒕 = 𝑬𝟐𝒕
Isso implica que as componentes tangenciais de E são as mesmas em ambos os lados da fronteira.
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6) Condições de fronteira
Sendo 𝑫 = 𝜀𝑬 = 𝑫𝒕 + 𝑫𝒏 , podemos escrever
𝑫𝟏𝒕
𝑫𝟐𝒕
= 𝑬𝟏𝒕 = 𝑬𝟐𝒕 =
𝜺𝟏
𝜺𝟐
𝑫𝟏𝒕 𝑫𝟐𝒕
=
𝜺𝟏
𝜺𝟐
Isso mostra que a componente tangencial da densidade de fluxo sofre alterações na fronteira, por
isso Dt é descontínuo através da interface.
Similarmente, aplicando a equação de Maxwell , 2, apresentada anteriormente ao cilindro da figura
e fazendo ∆ℎ → 0, temos
𝑫𝟏𝒏 − 𝑫𝟐𝒏 = 𝜌𝑠
Em que 𝜌𝑠 é a densidade de carga superficial. Esse resultado é válido considerando D apontando da
região 2 para a região 1.
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6) Condições de fronteira
Se não existirem cargas livres na superfície, ou seja, se deliberadamente não forem colocada cargas
nessa região, temos:
𝑫𝟏𝒏 = 𝑫𝟐𝒏
Isso implica que a densidade de fluxo D normal a fronteira é contínua através da interface. E, uma
vez que 𝑫 = 𝜀𝑬, a partir da equação anterior podemos inferir que
𝜺𝟏 𝑬𝟏𝒏 = 𝜺𝟐 𝑬𝟐𝒏
O que significa que o campo elétrico normal a superfície sofre variação ao passar de um meio para
o outro e portanto é descontínuo.
As equações apresentadas são referidas no seu conjunto como condições de fronteira.
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6) Condições de fronteira
Interface Condutor-Dielétrico:
Considere a situação da Figura a seguir onde um material condutor faz interface com um material
dielétrico:
O condutor é considerado perfeito, ou seja, 𝜎 → ∞ 𝑒 𝜌𝑐 = 0. Para determinarmos as condições de
fronteira de um condutor-dielétrico, consideramos o mesmo raciocínio para interface dielétricodielétrico, com a exceção de que E=0 no interior do condutor.
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6) Condições de fronteira
Assim, aplicando a lei de Maxwell da equação 1, ao retângulo da figura anterior, encontramos:
𝑬𝒕 = 0
De forma similiar, aplicando a lei de Maxwell da equação 2 ao cilindro da figura anterior para ∆ℎ →
0, temos:
𝑫𝒏 = 𝜌𝑠
A partir disso, concluímos que para um condutor perfeito:
1.
2.
3.
Não existe campo elétrico no interior do condutor;
𝜌𝑣 = 0 𝑒 𝑬 = 0
Uma vez que 𝐸 = −∇𝑉 = 0, não pode existir diferença de potencial entre dois pontos no
interior do condutor, o condutor é um corpo equipotencial;
Pode existir campo elétrico externo normal a superfície;
𝑫𝒕 = 𝜀0 𝜀𝑟 𝐸𝑡 = 0 𝑒𝑫𝒏 = 𝜀0 𝜀𝑟 𝐸𝑛 = 𝜌𝑠
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6) Condições de fronteira
Exemplo1: Dois dielétricos isotrópicos homogêneos muito extensos são justapostos de modo que
sua interface se encontra no plano z. Para 𝑧 ≥ 0, 𝜀𝑟1 = 4 e para 𝑧 ≤ 0, 𝜀𝑟2 = 3, um campo elétrico
uniforme 𝑬𝟏 = 5𝒂𝒙 − 2𝒂𝒚 + 3𝒂𝒛 𝑘𝑉/𝑚 existe para 𝑧 ≥ 0. Determine:
a) 𝑬𝟐 para 𝑧 ≤ 0.
b) Os ângulos que 𝑬𝟏 e 𝑬𝟐 fazem com a interface;
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6) Condições de fronteira
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6) Condições de fronteira
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7) Problema de Valor de Fronteira
Até agora vimos procedimentos para determinar o campo elétrico a partir da lei de Coulomb ou lei
de Gauss quando a distribuição de carga é conhecida, ou a partir do divergente do potencial (𝑬 =
− ∇𝑉), quando o comportamento do potencial V é conhecido em uma região.
Na prática, nem a distribuição de carga, nem o potencial V é conhecido na região de interesse. Para
resolver esse problema utilizamos as condições eletrostáticas de fronteira (carga e potencial) para
determinar E e V em toda a região.
Esses problemas são usualmente resolvidas com as Equação de Poison ou a Equação de Laplace.
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7) Problema de Valor de Fronteira
Equações de Laplace e Poison
As equações de Laplace de Poison são facilmente obtidas a partir da Lei de Gauss para um meio
linear.
∇. 𝑫 = ∇. 𝜀𝑬 = 𝜌𝑣
𝑬 = −∇𝑉
Substituindo a segunda equação na primeira, temos:
∇. (−𝜀∇𝑉) = 𝜌𝑣
𝜌𝑣
∇2 𝑉 = −
𝜀
Esta é a equação de Poison. Um caso especial da equação de poison ocorre para 𝜌𝑣 = 0, que é a
equação de Laplace
∇2 𝑉 = 0
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7) Problema de Valor de Fronteira
O operador Laplaciano aplicado a Equação de Lapace é dado respectivamente, em coordenadas
cartesianas, cilíndricas ou esféricas, por:
𝜕2𝑉 𝜕2𝑉 𝜕2𝑉
∇ 𝑉= 2+ 2+ 2 =0
𝜕𝑥
𝜕𝑦
𝜕𝑧
2
2𝑉
1
𝜕
𝜕𝑉
1
𝜕
𝑉
𝜕
∇2 𝑉 =
𝜌
+ 2 2+ 2 =0
𝜌 𝜕𝜌
𝜕𝜌
𝜌 𝜕∅
𝜕𝑧
1 𝜕
𝜕𝑉
1
𝜕
𝜕𝑉
1
2
2
∇ 𝑉= 2
𝑟
+ 2
sin 𝜃
+ 2
𝑟 𝜕𝑟
𝜕𝑟
𝑟 sin 𝜃 𝜕𝜃
𝜕𝜃
𝑟 sin 𝜃
2
𝜕2𝑉
=0
2 𝜕∅2
𝜌
𝜀
E a equação de Poison obtemos substituindo o 0 no lado esquerdo da equação por − 𝑣 .
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7) Problema de Valor de Fronteira
Teorema da Unicidade
Se uma solução da Equação de Laplace que satisfaça suas condições de fronteira pode ser
encontrada, então a solução é única.
Para resolver os problemas de valor de fronteiro é preciso ter em mente três caraterísticas que
descrevem o problema univocamente:
1.
2.
3.
A equação diferencial apropriada (Poison ou Laplace);
A região de interesse para solução;
As condições de fronteira.
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7) Problema de Valor de Fronteira
Procedimento Geral para resolver a Equação de Laplace ou a Equação de Poison
1.
Resolver a equação de Laplace (se 𝜌𝑣 = 0) ou de Poison (se 𝜌𝑣 ≠ 0) utilizando ou a integração
direta quando V é uma função de uma variável, ou por separação de variáveis se V é uma
função de mais de uma variável. (A solução, nesta etapa, não é única, mas sim expressa em
termos de constantes de integração a serem definidas)
2.
Aplicar as condições de fronteira para determinar uma solução única de V, partindo do
pressuposto que, para determinadas condições de fronteira, existe uma única solução.
3.
Tendo obtido V, encontrar E usando 𝑬 = −∇𝑉 e D a partir de 𝑫 = 𝜀𝑬.
4.
Se desejado, encontrar a carga Q, induzida em um condutor, fazendo 𝑄 =
𝜌𝑠 𝑑𝑆, onde 𝜌𝑠 =
𝐷𝑛 e 𝐷𝑛 é a componente de D normal ao condutor. Se necessário, a capacitância entre os dois
condutores pode ser dada por 𝐶 = 𝑄/𝑉.
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7) Problema de Valor de Fronteira
Exemplo 2:
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7) Problema de Valor de Fronteira
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7) Problema de Valor de Fronteira
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7) Problema de Valor de Fronteira
Exemplo 3:
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7) Problema de Valor de Fronteira
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7) Problema de Valor de Fronteira
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7) Problema de Valor de Fronteira
Exemplo 4:
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7) Problema de Valor de Fronteira
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7) Problema de Valor de Fronteira
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8) Resistência e capacitância
Vimos anteriormente como determinar a resistência de um condutor com seção reta uniforma. Se a
seção não for uniforma a equação anterior torna-se inválida. Podemos enxergar o problema de
determinar a resistência de um condutor com seção reta não uniforme como um problema de valor
de fronteira. A partir da equação a seguir:
𝑬. 𝒅𝒍
𝑅
𝑉= =
𝐼
𝜎𝑬. 𝑑𝑺
A partir da equação anterior, para determinar a resistência R de um dado condutor a partir dos
seguintes passos:
1. Escolher um sistema de coordenadas adequado.
2. Considerar V0 como a diferença de potencial entre terminais condutores.
3. Resolver a equação de Laplace (ou Poison) para obter V e em seguida determinar E a partir da
solução 𝑬 = −𝛻𝑉 e I a partir da solução de 𝐼 = 𝜎𝐸. 𝑑𝑆
4. Finalmente obter R como V0/I.
Eletromagnetismo– Prof.: Pablo Carvalho
8) Resistência e capacitância
Para um capacitor, precisamos que haja dois ou mais condutores carregados com cargas iguais e
sinal contrário. Isso implica que todas as linhas de fluxo que saem da superfície de um condutor
devem necessariamente entrar na superfície do outro.
Definimos capacitância C do capacitor como a razão entre o valor da carga em uma das placas e a
diferença de potencial entre elas.
𝐶=
𝑄
𝑉
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8) Resistência e capacitância
Exempo:
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8) Resistência e capacitância
Exempo:
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8) Resistência e capacitância
Exempo:
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8) Resistência e capacitância
Exempo:
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8) Resistência e capacitância
Exempo:
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8) Resistência e capacitância
Exemplo:
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8) Resistência e capacitância
Exemplo:
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9) Campos Magnetostaticos
Anteriormente limitamos nossa discussão aos campos eletrostáticos caracterizados E e D. Agora
focaremos nossa atenção nos campos magnéticos estáticos que são caracterizados por H
(intensidade de campo magnético) e B (densidade de fluxo magnético).
Uma ligação definitiva entre campos elétricos e magnéticos foi estabelecida por Oersted. Um
campo elétrico é gerado por cargas elétricas estáticas ou estacionárias. Se cargas se movem com
velocidade constante, um campo magnético estático é criado.
Lei de Biot-Sarvat
A lei de Biot-Sarvat estabelece que a intensidade do campo magnético dH gerada em um ponto P,
pelo elemento diferencial de ocrrente Idl é proporcional ao produto entre I dl e o seno do ângulo 𝛼,
entre o elemento e a linha que une P ao elemento, e é inversamente proporcional ao quadrado da
distancia R entre P e o elemento.
𝐼𝑑𝑙. 𝑠𝑒𝑛(𝛼)
𝑑𝐻 ∝
𝑅2
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9) Campos Manetostaticos
Ou,
𝐼𝑑𝑙. 𝑠𝑒𝑛(𝛼)
𝑑𝐻 = 𝑘
𝑅2
Onde k é uma constante de proporcionalidade, no SI k = 1
4𝜋.
Na forma vetorial,
𝐼𝑑𝑙 × 𝒂𝑹 𝐼𝑑𝑙 × 𝑹
𝑑𝑯 =
=
4𝜋𝑅2
4𝜋𝑅3
Lei circuital de Ampere – Equação de Maxwell
A lei de ampere estabelece que a integral de linha da componente tangencial de H em torno de um
caminho fechado é igual a corrente liquida Ienv envolvida pelo caminho. Em outras palavras, a
circulação de H é igual a Ienv, isto é
𝑯. 𝑑𝑙 = 𝐼𝑒𝑛𝑣
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9) Campos Manetostaticos
A lei de ampere é similar a lei de Gauss e é de fácil aplicação para determinar H, quando a
distribuição de corrente é simétrica.
Aplicando o teorema de Stokes a lei de Ampere, chegamos a seguinte equação:
𝐼𝑒𝑛𝑣 =
𝑯. 𝑑𝒍 =
∇ × 𝐻 . 𝑑𝑺
𝑆
Porém, vimos anteriormente que
𝐼𝑒𝑛𝑣 =
𝑱. 𝑑𝑺
𝑆
Logo
∇×𝐻 =𝐽
Essa é a terceira equação de Maxwell.
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10) Aplicação da Lei de Âmpere
Corrente em uma linha infinita:
Imagine uma corrente I em um filamento infinitamente longo ao longo do eixo z, como apresentado
na Figura abaixo. Para determinar H em um ponto P qualquer, escolhemos um caminho fechado
que passa por P. É nesse caminho que a Lei de Ampere deverá ser aplicada. Para o exemplo
escolhemos um circulo passando por P com centro no eixo z.
𝐼=
𝑯∅ 𝒂∅ . 𝜌𝑑∅𝒂∅ = 𝐻∅
𝜌𝑑∅ = 𝐻∅ . 2𝜋𝜌
Ou ainda,
𝑰
𝑯=
𝒂∅
2𝜋𝜌
O que mostra que H será constante se o raio 𝜌 adotado para o caminho
fechado for constante.
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10) Aplicação da Lei de Âmpere
Corrente em uma lâmina infinita:
Vamos agora considerar uma lâmina infinita de corrente no plano z=0, tal como da figura abaixo. Se
a lâmina tiver uma densidade de corrente uniforme 𝑲 = 𝑘𝑦 𝒂𝑦 A/m, ao aplicar a Lei de âmpere ao
caminho fechado retangular temos que:
𝑯 𝑑𝒍 = 𝐼𝑒𝑛𝑣 = 𝑘𝑦 𝑏
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10) Aplicação da Lei de Âmpere
Corrente em uma lâmina infinita:
A resolução dessa integram necessita de um entendimento prévio do comportamento de H. Vamos
partir do entendimento que a lâmina infinita é composta por filamentos de lâminas menores. O
elementar dH acima e abaixo da lâmina ocorre devido a um par de correntes filamentares.
O campo resultante dH tem somente uma componente x. Note ainda que, H em um lado da lâmina
é negativo em relação ao seu outro lado. Devido à extensão infinita da lamina, ela pode ser
considerada como consistindo de pares filamentares, tais que as características de H para um par
são as mesmas para a lâmina infinita de corrente.
𝐻𝟎 𝒂𝑥 ;
−𝐻𝟎 𝒂𝑥 ;
Resolvendo a integral de linha no caminho fechado,
1
𝐾𝑦 𝒂𝑥 ;
2
𝑯=
1
− 𝐾𝑦 𝒂𝑥 ;
2
𝑯=
𝒛<𝟎
𝒛<𝟎
𝒛<𝟎
𝒛<𝟎
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10) Aplicação da Lei de Âmpere
Corrente em uma lâmina infinita:
Em geral, para uma lâmina infinita de corrente com densidade K A/m, temos:
1
𝑯 = 𝑲 × 𝒂𝒏
2
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10) Aplicação da Lei de Âmpere
Exemplo:
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10) Aplicação da Lei de Âmpere
Exemplo:
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10) Aplicação da Lei de Âmpere
Exemplo:
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11) Densidade de Fluxo Magnético
A densidade de fluxo magnético (B) e similar a densidade de fluxo elétrico D. Assim como D está
associada a intensidade de campo elétrico, a densidade de fluxo magnético também se associa a
intensidade de campo magnético H.
𝑩 = 𝜇0 𝑯
Em que 𝜇0 é uma constante conhecida como permeabilidade magnética do espaço livre
𝜇0 = 4𝜋 × 10−7 𝐻/𝑚
E o fluxo magnético através de uma dada superfície pode ser determinado por:
Ψ=
𝑩. 𝑑𝑺 𝑊𝑒𝑏𝑒𝑟𝑠 (𝑊𝑏)
𝑆
A linha de fluxo é o caminho em relação ao qual B é tangente em cada ponto.
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11) Densidade de Fluxo Magnético
As linhas de fluxo elétrico não são necessariamente fechadas. Porém, as linhas de fluxo magnético
sempre se fecham sobre si mesmas.
A consequência física desse fechamento é que é impossível se ter um monopólio magnético.
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11) Densidade de Fluxo Magnético
Matemáticamente, temos
𝑩. 𝑑𝑺 = 0
Essa equação é referida como lei da conservação do fluxo magnético, ou lei de Gauss para os
campos magnetostáticos. Se aplicarmos o teorema da divergência.
∇. 𝑩 = 0
Que é a 4 equação de Maxwell e mostra que o campo magnetostático não tem fontes nem
sumidouros.
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11) Potencial Magnético
Podemos definir um potencial magnético fazendo sua associação com um campo magnético B da
mesma forma que foi feita com o potencial elétrico.
Assim, sendo Vm o potencial magnético, podemos escrever:
𝑯 = −∇𝑉𝑚 𝑠𝑒 𝑱 = 0
A condição associada a equação é extremamente importante e deve ser respeitada. Assim, um
potencial magnético Vm só pode ser definido para regiões onde J é 0.
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