Rede FTC de Ensino Faculdade de Tecnologia e Ciências de Itabuna Curso: ___Nutrição____ GENES E COMPOSTOS BIOATIVOS: Atuação na obesidade Janieli dos Santos Lins¹ Andrea Spier² RESUMO A obesidade, que é uma patologia multifatorial, vem crescendo a índice alarmante gerando forte ônus aos cofres públicos devido ao fato de ser ela precursora para o surgimento de outras patologias. Com a conclusão do Projeto Genoma Humano, ou seja, com o conhecimento da sequência genética do ser humano, essa doença ganhou novos caminhos que possibilitaram um maior entendimento a respeito de sua gênese. Nesse contexto questionou-se: como os compostos bioativos e os genes atuam no organismo de pacientes obesos ou com predisposição à obesidade? Visto que o entendimento de como os compostos bioativos e os genes procedem tornou-se de fundamental importância para a elucidação, compreensão, prevenção, como também para o tratamento desta patologia. Desta forma, o objetivo geral consistiu em demonstrar a atuação dos compostos bioativos no organismo de pacientes obesos ou com predisposição à obesidade. E como objetivos específicos: compreender os conceitos em genética humana; apontar os principais genes que influenciam na obesidade e relatar os mecanismos dos genes e compostos bioativos no organismo de indivíduos obesos. Trata-se de uma revisão de literatura realizada através de artigos e revistas indexados nas bases de dados da biblioteca virtual eletrônica Scielo e Lilacs, além de livros. Conclui-se que o uso de alguns compostos bioativos vem apresentando potencial benéfico no tratamento e controle de pacientes obesos, porém mais estudos são necessários para uma maior compreensão e com isso melhora o entendimento sobre os compostos e como esses atuam em relação aos genes e a obesidade. Palavras-Chave: Obesidade; Genômica; Estratégias Nutricionais. ABSTRACT _____________ ¹Graduanda em Nutrição na Faculdade de Tecnologia e Ciências Itabuna-BA. E-mail ([email protected]) ²Nutricionista, especialista em nutrição clínica,docente do curso de nutrição da Faculdade de Tecnologia e Ciências Itabuna-BA. E-mail: ([email protected]). 2017 2 Obesity, which is a multifactorial pathology, has been growing at an alarming rate, generating a heavy burden on the public coffers due to the fact that it is a precursor to the emergence of other pathologies. With the conclusion of the Human Genome Project, that is, with the knowledge of the genetic sequence of the human being, this disease gained new paths that allowed a greater understanding about its genesis. In this context it was questioned: how the bioactive compounds and the genes act in the organism of patients obese or predisposed to obesity? Since the understanding of how bioactive compounds and genes proceed has become of fundamental importance for elucidation, understanding, prevention, as well as for the treatment of this pathology. Thus, the general objective was to demonstrate the performance of bioactive compounds in the body of obese patients or predisposed to obesity. And as specific objectives: to understand the concepts in human genetics; to point out the main genes that influence obesity and to report the mechanisms of genes and bioactive compounds in the body of obese individuals. This is a review of literature carried out through articles and journals indexed in the databases of the virtual electronic library Scielo and Lilacs, as well as books. It is concluded that the use of some bioactive compounds has beneficial potential in the treatment and control of obese patients, but more studies are necessary for a better understanding and this improves the understanding about the compounds and how they act in relation to the genes and the obesity. Keywords: Obesity; Genomic; Strategies Nutrition. 1. INTRODUÇÃO A obesidade vem acometendo cada vez mais indivíduos tanto em países em desenvolvimento quanto nos países desenvolvidos, independente da faixa etária ou classe social, é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal e é conceituada como grave problema de saúde pública, devido ao fato de que ela pode levar a uma série de comorbidades como: Diabetes Mellitus tipo II, Câncer, Hipertensão Arterial Sistêmica, Doenças Cardiovasculares, Dislipidemias, entre outras. Considerada como pandemia, a obesidade ocorre com frequência semelhante entre os sexos e é uma tendência crescente, onde no Brasil nos últimos 10 anos houve um aumento de 60% dos casos, o que corresponde a um novo caso a cada cinco pessoas. Existem vários tratamentos para quem sofre com a obesidade, a escolha do método mais adequado ou eficiente vai depender do tipo de obesidade, mas de uma maneira geral o tratamento baseia-se em acompanhamento nutricional associado à 3 prática de atividade física, tratamento medicamentoso e nos casos mais severos o tratamento cirúrgico. Com a conclusão do Projeto Genoma Humano (PGH) em 2003, veio à oportunidade de aprofundamento em diversas áreas da saúde humana e na Nutrição não foi diferente, a Genômica Nutricional que é a expressão que compreende os termos Nutrigenética e Nutrigenômica, surgiu da necessidade de se entender a relação que envolve a dieta e os genes e as consequências dessa interação para o organismo humano. Apesar dos seres humanos serem indivíduos fisicamente similares, terem características físicas semelhantes, nenhum ser humano é igual ao outro. Isso devido ao fato de que cada pessoa possui organismo único, com necessidades diferentes e que responde de forma diferente a diversos fatores ambientais aos quais são expostas. Essa individualidade representa um mundo bioquímico único onde alimentação, fatores ambientais e emocionais influenciam na modulação do gene que acaba por favorecer ou não o indivíduo. Nesse contexto questionou-se: como os compostos bioativos e os genes atuam no organismo de pacientes obesos ou com predisposição à obesidade? Visto que o entendimento de como os compostos bioativos e os genes procedem no organismo humano tornou-se de fundamental importância para a elucidação, compreensão, prevenção, como também para o tratamento desta patologia. Desta forma, o objetivo geral consistiu em demonstrar a atuação dos compostos bioativos no organismo de pacientes obesos ou com predisposição à obesidade. Nessa perspectiva esse estudo tem como objetivos específicos: compreender os conceitos em genética humana; apontar os principais genes que influenciam na obesidade e relatar os mecanismos dos genes e compostos bioativos no organismo de indivíduos obesos. Para tanto foi utilizada como metodologia a pesquisa bibliográfica, sendo os dados coletados através de artigos científicos nas bases científicas Scielo e Lilacs e livros em fontes impressas e eletrônicas, onde a busca dos dados ocorreu no período entre os meses de agosto a outubro do ano corrente, sendo que para a discussão foram utilizados artigos com publicação após o ano de 2002. Para a pesquisa foram utilizadas as seguintes palavras-chave: Obesidade; Genômica; Estratégias Nutricionais. 4 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Conceitos em Genética A genética a partir do ano de 2003 ficou em evidência devido à necessidade da sua compreensão para o entendimento do que vem a ser o genoma, a genética e a ciência que busca conhecer sobre as questões hereditárias (STRACHAN; READ, 2002). Ou seja, é a genética a ciência que tem a função de explicar como são perpassadas as informações dos pais para os filhos, pela reprodução das características morfológicas e bioquímicas de todos os seres humanos. Ainda sobre o assunto, Borges e Robinson (2001) afirmam que a genética é a ciência que estuda os genes. Estes são unidades funcionais responsáveis por transmitir as características genéticas. Os genes têm em suas estruturas regiões preestabelecidas como região reguladora, promotora, codificadora e terminadora (LIMA; GLANER; TAYLOR, 2010). Griffiths e outros (2006) relatam que os seres de uma mesma espécie possuem o mesmo conjunto de genes, mais que os alelos, que são formas diferentes de um mesmo gene, são os responsáveis pelas variações genéticas. Quando os pares de genes apresentam alelos iguais no mesmo lócus são chamados de homozigoto e quando os pares apresentam alelos diferentes no mesmo local são então chamados de heterozigoto (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2005). A constituição genética de um indivíduo chama-se genótipo, sendo denominada de fenótipo a manifestação externa de seu genótipo. Em outras palavras, o genótipo seria o conjunto de genes do indivíduo e o fenótipo o conjunto de características físicas, bioquímicas e fisiológicas determinadas por esses genes e influenciados ou não pelo meio ambientes (BORGES; ROBINSON, 2001, p.116). Robertis e Hib (2006) destacam que os genes são segmentos que compõem o ácido desoxirribonucléico (DNA), os responsáveis por armazenar as informações genéticas. 5 Segundo Zaha; Ferreira e Passaglia (2003), o DNA é um ácido nucléico, formado por nucleotídeos, conjunto de polímeros que por sua vez são constituídos por um açúcar chamado pentose, um fosfato e uma base nitrogenada que pode ser púrica representada pela adenina (A) e guanina (G) e pirimídica representada pela citosina (C) e timina (T). Os mesmos autores descrevem o DNA como uma molécula composta por fitas duplas enroladas em forma parecida com um espiral, dupla hélice, unidas pelas bases nitrogenadas e ligadas por pontes de hidrogênio. No núcleo da célula, as moléculas de DNA encontram-se associadas às proteínas chamadas histonas, formando a cromatina. A condensação da cromatina seguida da espiralização forma os cromossomos (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2005). O ser humano possui 46 cromossomos divididos em 22 pares autossômicos e 01 par sexual (ROBERTIS; HIB, 2006). De acordo com Borges e Robinson (2001), a molécula de DNA, além da função autoduplicadora, a função de perpassar as informações genéticas para as células filhas, tem a função de liderar a síntese protéica, de produzir proteínas que serão utilizadas para a formação, reparação e regulação de todo o organismo humano. Os autores ainda ressaltam que apesar das enormes variações apresentadas pelas células do corpo humano tanto na estrutura como na função, todas elas possuem a mesma sequência de DNA. Sobre o assunto da síntese protéica Robertis e Hib (2006) relatam que é necessária a efetuação de diferentes etapas, sendo a primeira o processo de transcrição, onde o DNA é copiado gerando uma nova sequência de nucleotídeo chamado de ácido ribonucléico (RNA). Já a segunda etapa é denominada de tradução e é onde ocorre a leitura do ácido ribonucléico mensageiro (mRNA) molde do DNA que transmite as informações genéticas para uma cadeia de aminoácidos, polipeptídios, ocorrendo assim a produção de uma proteína. Na figura 01 encontra-se o esquema representativo oriundo do processo de transcrição e tradução de uma célula. 6 Figura 01 – Esquema representativo do processo de transcrição e tradução. Fonte: Adaptada de Castro e Bruno, (2017). Snustad e Simmons (2017) ressaltam que todo o processo onde uma informação de um gene é utilizada para a produção de um RNA e proteínas é denominado de expressão gênica. Assim de acordo com Zaha; Ferreira e Passaglia (2003, p. 60) “A informação genética total, armazenada no DNA de uma célula, constitui o seu genoma”. 2.2 Principais genes da obesidade Conforme Snustad e Simmons (2017), substituições na sequência de nucleotídeos, ou seja, em um único nucleotídeo da sequência, provocam variações genéticas que por sua vez ocasionam mudanças na expressão gênica do ser humano. 7 Para Coutinho; Mendes e Rogero (2014), essa substituições acabam por modificar a codificação dos aminoácidos e consequentemente a função da proteína produzida. Variações que acontecem com uma constância de 1% ou mais são denominadas Polimorfismo de Nucleotídeo Único (SNP). Por ser algo que ocorre com certa regularidade está sendo visto como indicador útil na associação de ocorrência de patologias, a utilização dos conhecimentos sobre os SNPs tornou-se ferramenta importante para a compreensão, prevenção e tratamento de diversas patologias (SCHUCH et al., 2010). Para Castro e Bruno (2017), a relação entre genética e obesidade vem demonstrando que muitos são os obesogenes que influenciam na homeostase energética causando assim grandes prejuízos para a saúde do indivíduo. 2.2.1 Fat mass and obesity associated (FTO) O fat mass and obesity associated traduzido para português como associação a massa gorda e obesidade ou simplesmente FTO, foi o primeiro gene a mostrar associação com a obesidade (FERNANDES; FUJIWARA; MELO, 2011). Conforme Steemburgo; Azevedo e Martinez (2009), o FTO está localizado no cromossomo 16q 12.2 e é expresso no hipotálamo. O SNP rs 9939609 representado pelos alelos A/T é o mais frequente e está correlacionado ao acúmulo excessivo de gordura corporal. Lima, Glaner e Taylor (2010) relatam que o maior risco ao acúmulo de gordura corporal está relacionado diretamente à variação do alelo A e quando esse se apresenta na forma homozigoto os riscos são ainda maiores, os autores ainda destacam que o FTO tem relação direta com o aumento do tecido adiposo e aumento do IMC. Steemburgo; Azevedo e Martinez (2009) destacam a associação do FTO com o aumento do apetite em especial ao consumo de gordura. Por o FTO ser expresso no hipotálamo que é uma região que controla o apetite e o acúmulo de gordura, há uma super estimulação dessa região cerebral para guardar gordura isso ocorrendo pela redução da sensação da saciedade e/ou pela expansão da capacidade dos adipócitos em apreender gorduras (LIMA; GLANER; TAYLOR, 2010). 8 2.2.2 Receptores de Melanocortinas (MCR) Para Rodrigues; Almeida e Gouveia (2011, p.77) “As melanocortinas são neuropeptídios derivada da poliprotéinas pró-opiomelanocortina (POMC)”. Fernandes; Fujiwara e Melo (2011) relatam que existem cinco tipos de melanocortinas reconhecidas, sendo que dentre elas o receptor MC4R está relacionado com a obesidade. MC4R são proteínas compostas por aminoácidos, localizadas no cromossomo 18q 22, expresso no hipotálamo, controlam a homeostase de energia no organismo que estão diretamente relacionados com o controle da ingestão alimentar e gasto energético (DUBERN, 2015). Segundo Fernandes (2014), o SNP rs 17782313 C/T do gene MC4R, ou melhor dizendo a variação do alelo C é o responsável pelas alterações desse gene. Alterações estas relacionadas com obesidade de início precoce, obesidade grave, hiperfagia, hiperinsulinemia grave. 2.2.3 Receptores ativados por proliferadores de peroxissomos (PPAR) Os receptores PPAR pertencem a uma família, onde já se tem reconhecido três tipos diferentes, receptores ativados por proliferadores de peroxissomos alfa (PPARα), receptores ativados por proliferadores de peroxissomos beta (PPARβ) e o receptores ativados por proliferadores de peroxissomos gama (PPARγ) (TAVARES; HIRATA; HIRATA, 2007). Pereira (2008) relata que os receptores PPAR agem na transcrição, controlando a expressão gênica da regulação de vários processos. Ainda sobre a importância dos PPARs, Steemburgo; Azevedo e Martinez (2009) ressaltam que os mesmos participam da regulação do metabolismo da glicose e dos lipídios. Em relação aos subgrupos dos PPAR, Gomes (2006) discorre que o PPARγ é expresso em células do endotélio, tecido adiposo, células betas e macrófagos e tem a função de regular o armazenamento de energia. Tavares; Hirata e Hirata (2007) destacam que o PPARγ está envolvido na diferenciação dos pré-adipócitos, no acúmulo de triglicérides e pode provocar sensibilidade à insulina, como pode melhorar o metabolismo da glicose. 9 Em relação ao PPARβ, ele atua aumentando o metabolismo do ácido graxo, podendo ser expresso no fígado, músculo, intestino e tecido adiposo e desempenha papel importante na oxidação dos ácidos graxos quando ativado (TYAGI et al., 2011). Já o PPARα exerce papel no metabolismo de lipídios e lipoproteínas e que quando ativados atuam na redução dos níveis de triglicerídeos bem como estão envolvidos na regulação da homeostase energética, são expressos no fígado músculo, rins e ossos (GOMES, 2006). 2.3 Compostos bioativos no organismo do obeso Uma alimentação saudável ajuda não só na manutenção da saúde como também evita doenças, o ato de alimentar-se ganhou ainda mais importância, isso porque nutrientes e compostos bioativos (CBAs) presentes nos mesmos, vem demonstrando atuações benéficas na estimulação de diversos processos no organismo humano, processos relacionados diretamente com a estimulação da expressão gênica (CONTI; MORENO; ONG, 2010). Castro e Bruno (2017) relatam que é na etapa da transcrição que ocorre a interação gene e nutrientes/CBAs, onde os mesmos fixam-se a fatores de transcrição, que por sua vez originam o mRNA, ele o mRNA produz a proteína a qual desenvolverá função específica. Para Tessarin e Silva (2013), tanto os nutrientes como os compostos bioativos podem induzir ou inibir a cópia do gene de duas formas, direta quando eles agem diretamente com fatores de transcrição ou indiretamente quando os mesmo agem como sinalizadores para ativação de uma proteína que será responsável pelo início da transcrição. A interação entre a dieta e o gene pode ocorrer de duas maneiras distintas. Ou os nutrientes e CBAs podem interferir na atividade da expressão gênica, que abrange os conhecimentos da nutrigenômica ou a composição genética afeta a resposta da dieta, estudado pela nutrigenética (SCHUCH et al., 2010). A figura 02 destaca o esquema da interação dos genes e dos nutrientes e compostos bioativos. 10 Figura 02 – Esquema representativo da interação genes, nutrientes e compostos bioativos. Fonte: Adaptado de Steemburgo; Azevedo e Martinez, (2009). Em relação à interferência da expressão gênica Oliveira e outros (2010) ressaltam que essa interação ocorre justamente por que os compostos presentes nos alimentos têm a capacidade de provocar alterações químicas na expressão gênica, sendo que essas alterações podem ocorrer tanto pela metilação do DNA ou pela modificação da histona. Dessa forma os CBAs podem aumentar ou reduzir a transcrição o que acaba por viabilizar ou inviabilizar a expressão gênica, o que favorece ao paciente (MULLER; PRADO, 2008). De acordo com Castro e Bruno (2017), alguns são os compostos bioativos que demonstram efeitos benéficos no organismo de pacientes obesos. O quadro 01 destaca alguns compostos bioativos que demonstra atuação na obesidade. 11 Quadro 01 – Compostos bioativos com atuação na obesidade. Compostos Bioativos Fontes Alimentares Nome Científico 6-Gingerol Gengibre Zingiber officinale Ácido elágico Romã Punica granatum Ácido hidroxicítrico Garcinia Garcinia cambogia L. Antocianinas Laranja vermelha Citrus sinesis Capsaicina Pimenta Capsicum annum Catequinas Chá verde Camellia sinensis Curcumina Cúrcuma Curcuma longa L. Fibras Pyssilium Plantago psyllium L. Resveratrol Uva Vitis vinifera L. Sinefrina Laranja amarga Citrus aurantium Fonte: Adaptada de Castro e Bruno, (2017). Sendo que a Catequina, Capsaicina e Curcumina vem apresentando efeitos benéficos tanto metabólicos como fisiológicos no organismo do indivíduo obeso. 2.3.1 Catequinas – Camellia sinensis As catequinas pertencem à classe dos flavonóides encontrada na Camellia sinensis presente no chá verde onde as principais catequinas são epicatequina (EC), epigallocatequina (EGC), epicatequinagallato (ECG) e epigallocatequinagallato (EGCG) sendo a EGCG a que apresenta maior quantidade no chá verde (ALTERIO; FAVA; NAVARRO, 2007). Para Carpenedo et al. (2009), as catequinas apresentam potencial no controle de processos antiinflamatórios, antitumoral, antiaterogênico e hipoglicemiante, demonstrando efeitos benéficos em várias condições desde doenças cardiovasculares até câncer. Na obesidade, Beltran e outros (2014) ressaltam que as catequinas desempenham papel importante no controle do peso, visto que elas possuem a capacidade de atuar sobre o sistema nervoso central aumentando a termogênese e a oxidação das gorduras, dessa forma evitando o aumento do tamanho e quantidade 12 de adipócitos e consequentemente evitando o depósito de gordura no organismo e regulando o peso corporal. 2.3.2 Capsaicina – Capsicum annum Para Tremarin (2012), a capsaicina do gênero Capsicum, são substâncias encontradas nas pimentas que conferem aos frutos paladar picante, muito utilizada nos países Asiáticos e nos países da América do Norte e do Sul, vem sendo descrita como um composto benéfico à saúde. Sobre os benefícios Stark (2008) relata que a capsaicina possui atividade antiinflamatória, analgésica, antioxidante e ação protetora. Ainda sobre os benefícios da capsaicina, só que na obesidade, Cansian (2016) destaca que esse composto tem demonstrado efeito na redução do apetite e consequentemente na ingestão de calorias e no metabolismo por conta da sua propriedade termogênica. Zhou; Beevers e Huang (2011) ressaltam que a capsaicina tem papel importante na redução do acúmulo de gordura visto que ela age evitando que os pré-adipócitos cresçam e tornem-se armazenadores de gordura. 2.3.3 Curcumina – Curcuma longa L Cúrcuma conhecida popularmente como açafrão, açafrão da índia e gengibre dourado, é uma planta de origem asiática muito utilizada como condimento, apresenta coloração amarela que vai de claro a avermelhada, possui cheiro forte e sabor levemente picante (PERES; VARGAS; SOUZA, 2015). A curcumina que é um composto polifenólico com propriedades atribuídas à ação antioxidante, antiinflamatória e neuroprotetora também vem sendo utilizada na prevenção da obesidade e na perda de peso. Ações essas atribuídas a capacidade da mesma em atuar e regular vários componentes de sinalização como fatores de transcrição, enzimas, fatores de crescimento, molécula de adesão, proteínas transportadoras, DNA, RNA entre outros (BRASIL, 2015). 3. DISCUSSÃO 13 Os compostos bioativos categorizados como não nutrientes existentes em alguns alimentos vem apresentando evidências importantes na redução dos riscos da obesidade. Neste contexto de atuação dos compostos bioativos Xu e outros (2004), com o intuito de apurar se a epigallocatequinagallato (EGCG) promoveria a inibição da adipogênese e induziria a apoptose em adipócitos, realizaram um estudo onde incubaram pré-adipócitos e adipócitos maduros por diferente tempo e em concentração diferente de EGCG, onde os resultados mostram que a catequina impediu a adipogênese e causou a apoptose em adipócitos, por ela inibir a diferenciação de pré-adipócitos e induzir a apoptose em adipócitos maduros. A catequina vem mostrando papel importante como coadjuvante no tratamento da obesidade isso devido aos vários mecanismos de atuação da mesma, diminuição da ingestão alimentar, aumento da termogênese, aumento da oxidação lipídica no fígado e músculo, diminuição de deposição de gordura no fígado (SENGER; SCHWANKE; GOTTLIE, 2010). Kajimoto et al. (2005), com o objetivo de investigar o efeito do consumo de uma bebida contendo catequinas e um pouco de cafeína no nível de gordura corporal, realizou um estudo duplo-cego, contou com a participação de 195 das quais 97 eram mulheres e 98 homens entre 20 e 65 anos apresentando índice de massa corporal (IMC)≤30kg/m², com a duração de 12 semanas onde os indivíduos foram divididos em 3 grupos, o grupo controle consumiu 3 garrafas de 250ml cada de bebida placebo contendo 41,1mg de catequina, o grupo de baixa dose consumiu 2 garrafas de 250ml contendo 444,3mg de catequina e 1 garrafa de bebida placebo e o grupo de dose elevada 3 garrafas de 250ml contendo 665,5mg de catequina. Os resultados demonstraram uma redução significante no peso corporal, no IMC, na circunferência da cintura e na relação cintura quadril em ambos os grupos que receberam baixa a alta dose de catequinas o que levaram aos autores a sugerirem que a utilização de bebida contendo catequina pode atuar na prevenção de distúrbios relacionados com a obesidade. Em um estudo duplo-cego radonizado Snitker et al. (2009), objetivou explorar a segurança e a eficácia dos capsinóides tomados por via oral (6 mg / dia) para perda de peso, perda de gordura e alteração no metabolismo, com a duração de 12 semanas, contou com a participação de 80 indivíduos, 40 mulheres e 40 homens, 14 sendo o único critério para a participação ter o IMC de 25-35 kg/m², onde foi formado dois grupos de forma aleatória, o grupo 1 recebeu capsinóides e o grupo 2 recebeu o placebo, os autores peceberam que não houve uma diferença significativa na perda da gordura total entre os dois grupos, mas em relação a redução da adiposidade abdominal houve um resultado maior no grupo que recebeu o capsinóides o que esta diretamente relacionado com a alteração do peso corporal e que houve tambem uma maior oxidação lipídica no grupo 1 o que levaram os autores a seguinte conclusão o tratamento com capsióides de 6 mg / d por via oral parecia ser seguro e estava associado à perda de gordura abdominal, aumento da oxidação da gordura e consequentimento a diminuição do IMC. Do ponto de vista de Carvalho et al. (2013), para os compostos bioativos terem mais eficácia é preciso que haja uma regularidade no seu uso e esses estejam associados também ao uso de alimentos mais naturais que contenham outros compostos com ações especificas que acabam por se juntarem, fazendo uma cooperação em favor da modulação de diversos genes. Reinbach e colaboradores (2009), com o objetivo de avaliar os efeitos da administração da capsaicina, do chá verde, e da pimenta doce CH-19, no apetite e na ingestão de energia realizaram um estudo randomizado que contou com a participação de 27 indivíduos saudáveis sendo 17 homens e 10 mulheres, que foi dividido em dois períodos onde no primeiro período com duração de três semanas de balanço energético negativo e no segundo período com duração de três semanas de balanço energético positivo, em cada período foi realizado cinco dias de testes aos quais foram oferecidas cápsulas de capsaicina, bebida a base de chá verde, cápsula de pimenta doce, capsaicina mais chá verde e placebo, enquanto os efeitos sobre o apetite, o peso corporal, consumo de energia e a frequência cardíaca eram avaliados, os resultados obtidos foram que a utilização da pimenta doce CH-19 e uma combinação de capsaicina e chá verde diminuiu o consumo de energia no período de balanço energético positivo e a combinação da capsaicina e chá verde demonstraram que os voluntários passaram a sentir menos fome e consequentemente houve menor consumo ao longo do dia no período energético negativo. Os ingredientes bioativos tiveram efeitos de redução de consumo de energia quando usados em combinações e em balanço de energia positivo. O balanço energético não afetou o possível consumo de energia induzido pelo tratamento, mas afetou o apetite ao suportar o equilíbrio energético negativo. O que 15 levaram aos autores a conclusão de que os compostos podem ser úteis para reduzir a ingestão de energia e podem ajudar nos períodos de perda de peso por suportar uma saciedade relativamente segura suprimindo a fome. Semelhantes a catequina e capsaicina a curcumina tem demonstrado grandes propriedades sobre a obesidade isso devido a sua ação pleitrópica em atuar em diversas vias de sinalização (ZHOU et al., 2011). Mohammadi e colaboradores (2013), com o intuito de investigar a atividade hipolipidêmica da curcumina em indivíduos obesos realizaram um estudo cruzado randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, que contou com a participação 30 pessoas as quais foram divididas, onde um grupo recebeu 1g/dia de curcumina e o outro placebo durante 30 dias, sendo que durante o período do estudo as concentrações séricas de colesterol total, triglicerídeos, colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL), colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL), parâmetro antropométricos e proteína C-reativa eram medidos antes e após o tratamento. Os estudos demonstraram que a utilização da 1g de curcumina reduz o triglicerídeo de forma significante, porém os demais parâmetros observados não demonstraram qualquer mudança significativa o que levou aos autores a concluir de que a suplementação da 1g de curcumina leva a redução das concentrações de triglicerídeos sérico, mas que o mesmo não demonstra qualquer influência significativa em outro perfil lipídico analisado, nos níveis da proteína C-reativa como no índice de massa corporal e na gordura corporal. Em estudo em não humanos realizado por Kim et al. (2016) teve como intuito a investigação dos efeitos da Curcuma longa L suplementada sobre a adipogênese e lipólise, os ratos foram divididos em quatro grupos, um grupo recebeu dieta normal, alimentação para roedores, outro grupo, obeso, recebeu dieta com alimentação com 60% de gordura elevada, o grupo controle que era tratado Gacínia cambogia recebeu dieta com alimentação com 60% de gordura elevada mais 500g/kg de peso/dia de Gacínia cambogia e o outro grupo recebeu dieta com alimentação com 60% de gordura elevada mais 500g/kg de peso/dia de extrato etanólico de longa duração de Curcuma longa L (FCE50). As dietas bem como os suplementos foram administradas por intubação gástrica durante 12 semanas, após esse período os autores constataram que a ingestão do FCE50 provocou supressão no ganho de peso, redução do peso do tecido adiposo branco, triglicerídeos séricos 16 e colesterol resultados esses associados à supressão da diferenciação de adipócitos e lipogênese. Portanto, os resultados antiobesidade apresentados pelos compostos bioativos vem demonstrando efeitos positivos no combate e controle da obesidade em diversos alvos moleculares dos mecanismos envolvidos nesta patologia. 4. CONSIDERAÇOES FINAIS A obesidade sendo o desvio nutricional que mais cresce no mundo traz consigo grande preocupação, pois associado a ela surgem varias outras complicações e a compreensão do genoma humano possibilitou grandes oportunidades e conhecimento para o entendimento da obesidade, componentes da dieta podem atuar na expressão gênica e essa relação existente entre os genes e elementos presentes nos alimentos, os compostos bioativos, vêm ganhando destaque devido a sua intervenção no controle e tratamento da obesidade. Diante do exposto, ficou claro que uma dieta rica em substâncias que atuam de forma benéfica em diversas vias de sinalização no organismo de indivíduos obesos tornasse essencial para o controle e tratamento da obesidade, porém, faz-se imprescindível a realização de mais pesquisas principalmente em humanos com o intuito de demonstrar de forma específica como agem os genes e os compostos bioativos, bem como a dosagem adequada, para se ter um melhor entendimento desses sobre os efeitos no organismo do obeso e com isso criar estratégias nutricionais baseadas nas necessidades individuais que favoreça tanto na prevenção dessa doença como também na promoção da saúde dos pacientes obesos. REFERÊNCIAS ALTERIO, Andrea de Almeida; FAVA, Daniela de Almeida Freitas; NAVARRO, Francisco. Interação da ingestão diária de chá verde (Camellia sinensis) no metabolismo celular e na célula adiposa promovendo emagrecimento. Revista Brasileira de Obesidade, São Paulo, v.1, n.3, jun. 2007. 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