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Apologética - Adventismo (www.icp.com.br)

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ADVENTISMO
ARTIGOS NESTE MATERIAL:
1. METEOROS QUE CAÍRAM DO CÉU?...............................................01
2. NINGUÉM VOS JULGUE PELOS SÁBADOS!.....................................05
3. O DESAPONTAMENTO ADVENTISTA.............................................26
4. DOMINGO - O DIA QUE O SENHOR FEZ!........................................34
1. METEOROS QUE CAÍRAM DO CÉU?
Por João Flavio Martinez
Página
A Palavra de Deus diz que de uma mesma fonte não pode sair bênção e
maldição ao mesmo tempo (Tg 3.10). Ou é de Deus ou não. Como nos
foi dito por certo adventista: se um elo da corrente está podre, toda
corrente está comprometida. Baseado nesse raciocínio, gostaria de
levar o leitor ao questionamento, pois a inerrância só pertence a Deus
e sua Palavra. Se a Sra. White errou em um ponto, ela pode ter errado
em muitos outros, e até comprometido a salvação de alguém. O que
vamos relatar abaixo não é com o intuito de ofender ninguém, mas
trazer à tona a falibilidade do homem.
1
Ellen. G. White, profetisa e baluarte da Igreja Adventista do Sétimo Dia
e da Igreja Adventista da Reforma, tem nos seus escritos grande
credibilidade e admiração por todos os membros dessas seitas. Diz, em
êxtase, o autor do livro Sutilezas do Erro (p. 30): ...Os testemunhos
orais ou escritos da Sra. White preenchem plenamente este requisito,
no fundo e na forma. Tudo quanto disse e escreve foi puro, elevado,
cientificamente correto e profeticamente exato.
Percebemos, no texto extraído do livro O Futuro Decifrado, como a
profetisa adventista se preocupa em fazer uma cronologia de eventos
que se encaixem na pseudoprofecia de 22 de outubro de 1844 — dia
marcado pelos adventistas para a volta de Cristo. Ela citou um evento
isolado e o usou para florear a doutrina do suposto advento que, mais
tarde, passou a ser chamado de Juízo Investigativo, quando Jesus teria
saído do santo lugar e entrado no santíssimo (referindo-se ao templo
judaico). Até hoje esse evento é amplamente difundido em seus livros
a fim de mostrar que aquele engodo teve fundamento. Não só a
doutrina da volta de Cristo e o Juízo Investigativo estavam errados
como também os fatos astronômicos citados pela Sra. White estão fora
de contexto. Mas os atuais adventistas insistem em admitir que
cientificamente estão corretos.
Página
1) Ela associa a chuva de meteoros ao texto de Ap 6.13. No entanto, ela
se esquece que o v.14 está dentro de um contexto. Se um dos fatos
tivesse ocorrido, o outro não poderia passar desapercebido. Vejamos,
então, o que nos diz os vv. 13 e 14: E as estrelas do céu caíram sobre a
terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada
por um vento forte. E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e
todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares. É fato
concreto que o v.14 não ocorreu, pois todas as ilhas e montes ainda
estão intactos, mostrando que esta teoria adventista é, com certeza,
infundada. Se a predição do v.14 não ocorreu, por conseqüência a do v.
13 também não. Isso deveria ser compreendido facilmente pelos
adventistas, mas o problema é a afirmação de E.G. White, considerada
2
Tivemos, portanto, a alegria de escrever para o Planetário e Escola
Municipal de Astrofísica de São Paulo sobre o fato descrito pela Sra.
White e ficamos surpresos com o que obtivemos. É claro que, através
da Palavra de Deus, já sabíamos que tudo não passava de um engano,
mas depois da carta recebida percebemos que usar esse argumento
até hoje é abusar da ingenuidade cultural do povo brasileiro.
por eles como o espírito da profecia: Esta profecia teve notável e
impressionante cumprimento na grande chuva meteórica de 13 de
novembro de 1833. Se ela disse que tal profecia teve o seu
cumprimento, como dizer o contrário? Como seguidores de E.G.White,
os adeptos do Adventismo não têm como desmentir ou corrigir a
edificadora e codificadora das doutrinas dessa denominação.
2) De acordo com o Planetário e Escola Municipal de Astrofísica de São
Paulo, o evento em pauta só ocorre com essa intensidade de 33 em 33
anos. Leiamos a carta que nos foi enviada: ...Apesar de a Leonídea
(chuva de meteoro) ocorrer anualmente, em intervalos de 33 anos,
aproximadamente, as chuvas são mais intensas, fato vinculado ao
cometa com a qual os Leonídeos estão associados: O Tempel (1866 I),
cujo período orbital é de 32,2 anos. (parênteses nosso.) Ou seja, assim
como o cometa de Halley não é um evento apocalíptico, também não o
é a chuva de meteoros.
Página
A Sra. White errou no fato descrito acima e qualquer estudante da
Bíblia que observar as doutrinas adventistas perceberá que eles estão
equivocados. Não há dúvidas, esses erros qualificam a Sra. E.G. White
como falsa profetisa. A Palavra de Deus diz o seguinte: Mas o profeta
que tiver a presunção de falar em meu nome alguma palavra que eu
3
3) Há registros desse acontecimento desde o ano 902 d.C. Assim, esse
evento fica desqualificado como sendo sinais eminentes da volta de
Cristo. O que percebemos é que os adventistas querem mistificar o dia
22/10/1844, sendo que foi o fato ocorrido em 1833 que concebeu a
idéia da suposta volta de Jesus Cristo. O que a Sra. White não
imaginava é que, num futuro próximo, a sua teoria a colocaria na
posição de falsa profetisa. Vejamos: Há registros de sua ocorrência
desde o ano 902 de nossa era. Entretanto, somente a partir do final do
século XVIII é que os registros são mais freqüentes, provavelmente
pelo fato de os astrônomos profissionais e amadores terem sido
despertados ...
não tenha mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses,
esse profeta morrerá. E, se disseres no teu coração: Como
conheceremos qual seja a palavra que o Senhor falou? Quando o
profeta falar em nome do Senhor e tal palavra não se cumprir, nem
suceder assim, esta é a palavra que o Senhor não falou; com presunção
a falou o profeta; não o temerás (Dt 18.20-22).
Página
4
Em seu livro O Futuro Decifrado, Ed.32º, p.36, a Sra. White narra o
seguinte: Em 1833... apareceu o último dos sinais prometidos pelo
Salvador como indícios de seu segundo advento. Disse Jesus: As
estrelas cairão do céu (S. Mateus 24.29). E S. João, no Apocalipse,
declarou, ao contemplar em visão as cenas que deveriam anunciar o
dia de Deus: E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a
figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte
(Apocalipse 6.13). Esta profecia teve notável e impressionante
cumprimento na grande chuva meteórica de 13 de novembro de 1833.
2. NINGUÉM VOS JULGUE PELOS SÁBADOS!
Por Natanael Rinaldi
Mandaram-me, pelo correio, um livrete com o título “Qual o
verdadeiro dia de repouso?”. De autoria de Williams Costa Jr. e
Alejandro Bullón, ambos pastores adventistas, a obra é distribuída pelo
curso “Está Escrito”, da referida seita. O texto é composto de
perguntas e respostas.
Acredito que esse material me foi enviado por alguém que conhece a
minha posição com relação aos ensinos adventistas sobre a guarda do
sábado, posição essa exposta ao longo dos anos aqui mesmo em
Defesa da Fé, e também em programas de rádios e seminários, entre
outros eventos. Tanto é assim que fui até mesmo citado pelos autores
no livrete, o que me motivou ainda mais a me pronunciar. Aproveito a
oportunidade também para responder, de uma só vez, às cartas e aos
telefonemas, que não são poucos, que chegam, por parte dos
adventistas, ao ICP. Dessa forma, eles me criticam e instigam a replicar
seus argumentos sabatistas ardilosos e polêmicos. Alguns desses
argumentos são, de certa forma, infantis, como se vê na página 12 do
livro em referência. Vejamos:
– Wiams, você fala inglês, como se diz domingo em inglês? – pergunta
Bullón.
– Sunday – responde Costa Júnior.
Página
– O dia do sol. E não é somente em inglês, em alemão também. Eu não
falo alemão, mas em algumas línguas o domingo significa o dia do sol –
finaliza Costa.
5
– E o que quer dizer Sunday? – Bullón novamente.
Qualquer criança que estuda inglês sabe que a palavra para sábado
nessa língua é saturday. Se perguntarmos a essa mesma criança qual o
significado do termo saturday ela responderá “o dia de Saturno”.
Quem era Saturno? Um deus pagão, do qual vem o vocábulo saturnais,
que indica uma festa realizada com licenciosidade e baixeza moral.
Mas o adventista dá valor apenas ao argumento sobre a palavra
sunday, mesmo sabendo que todos os dias da semana eram
conhecidos por nomes de deuses ou planetas: o Sol (domingo), a Lua
(segunda-feira), Marte (terça-feira), Mercúrio (quarta-feira), Júpiter
(quinta-feira), Vênus (sexta-feira) e Saturno (sábado).
Para um líder espiritual de uma igreja que se vangloria por conhecer
profundamente a Bíblia (o que não é verdade, pois os adventistas
baseiam seus ensinos nas visões e revelações de Ellen Gould White),
esse argumento infantil tem validade.
Página
Através de um exame, ainda que superficial, do livro “Qual o
verdadeiro dia de repouso?”, percebe-se facilmente que faltou
seriedade intelectual aos seus autores. Não é possível que alguém se
proponha a defender o sábado como sendo o verdadeiro dia de
repouso e, propositadamente, ao citar as Escrituras como prova da sua
validade, omita a palavra sábado (no plural, sábados) de Colossenses
2.16. Pois é justamente dessa forma que o senhor Bullón age. Vejamos
6
Embora os adventistas queiram ser reconhecidos como evangélicos, na
verdade são sabatólatras. São sucessores dos fariseus dos dias de
Jesus, que levaram o Mestre à morte por causa de duas acusações. A
primeira delas era porque o Salvador não guardava o sábado. A
segunda, porque Jesus se declarava Filho de Deus, com natureza igual à
de Deus. Isso era caso gravíssimo para os judeus. Imperdoável mesmo!
Por isso, pois, os judeus “Ainda mais procuravam matá-lo, porque não
só quebrantava o sábado, mas também dizia que deus era seu próprio
Pai, fazendo-se igual a Deus”(Jo 5.17-18).
o diálogo entre ele e o pastor Costa Júnior:
Pastor COSTA JÚNIOR – (referindo-se aos crentes que costumam
dizer)... “eu sou cristão, sou seguidor de Jesus e guardo o domingo. E
uma das razões pelas quais eu guardo o domingo é porque Jesus foi
perfeito. Ele cumpriu a Lei e Ele pregou a Lei na cruz. Pastor Bullón, há
necessidade de continuar guardando a Lei, apesar de Jesus ter feito seu
sacrifício na cruz?”
Pastor BULLÓN – “Muitos cristãos acham que depois da morte de
Cristo já não se deve guardar mais o sábado porque Cristo cravou na
cruz os mandamentos de Deus. Em primeiro lugar, não há base bíblica
dizendo que Jesus cravou os mandamentos de Deus. Jesus cravou na
cruz todas as festas do povo de Israel, que apontavam para a sua vinda,
como o sacrifício do cordeiro e a circuncisão. Muitas das festas,
cerimônias e leis cerimoniais do povo de Israel tinham como objetivo
anunciar que Jesus viria para morrer na cruz do Calvário pelos nossos
pecados. Agora, uma vez que Jesus veio, para que sair sacrificando
cordeirinhos se o Cordeiro de Deus já fora sacrificado? A circuncisão, as
festas, as luas novas, as festas religiosas de Israel, tudo isto chegou ao
fim porque, isto sim, Jesus cravou na cruz do Calvário” (p. 4).
Página
Vejamos o que de fato foi cravado na cruz (o que é reconhecido pelos
próprios adventistas): “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou
pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da luz nova, ou dos
sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo”
(Cl 2.16-17). Como podemos ver, à luz da Palavra de Deus, não foram
apenas os dias de festas, as luas novas cravados na cruz, mas também
7
Todos sabemos que a honestidade é fundamental quando se trata de
refutar doutrinas bíblicas. Pergunto: por que foi omitida
propositadamente a palavra “sábados” de Colossenses 2.16? Vimos
que os autores falaram das festas, das luas novas, mas omitiram a
palavra “sábados”. Por que fizeram isso?
os sábados. E devemos saber que esses sábados não são os sábados
anuais, porque os chamados sábados anuais ou cerimoniais são
identificados no texto em pauta pela expressão dias de festas.
Razões que indicam que os sábados de Cl 2.16 são semanais
Diante da clareza de Cl 2.16-17, os adventistas do sétimo dia costumam
refutar essa posição alegando que a palavra sábados não se refere ao
sábado semanal, mas aos cerimoniais ou anuais, conforme
mencionados em Lv 23.1-39.
Essa afirmação, no entanto, não é correta, e por três razões:
A - Os sábados anuais ou cerimoniais eram chamados de festas, e eles
já estão incluídos na frase dias de festa, em Cl 2.16. Esses dias de festa
ou sábados anuais eram designados como tais. A saber:
1 Festa da Páscoa - Lv 23.5,7;
2 Festa dos Asmos - Lv 23.8;
3 Festa de Pentecostes - Lv 23.15-16;
4 Festa das Trombetas - Lv 23.23-25;
5 Festa da Expiação - Lv 23.26,32;
6 Festa dos Tabernáculos - 1º dia de festa;
7 Festa dos Tabernáculos - último dia de festa - Lv 23.34,36.
Página
Assim, os chamados sábados anuais estão incluídos nos dias de festas,
o que mostra, distintamente, que os sábados semanais, conforme
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Em Levíticos 23.37, lemos: “Estas são as solenidades do SENHOR, que
apregoareis para santas convocações...”. Na seqüência do texto, mas
precisamente no v. 38, os sábados são, propositadamente, excluídos.
Vejamos: “Estas ofertas são além dos sábados do Senhor, além dos
vossos dons, além de todos os vossos votos, e além de todas as vossas
ofertas voluntárias que dareis ao Senhor”.
indicados por Paulo em Cl 2.16, não constam dessa relação: “Portanto,
ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias
de festa, ou da luz nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas
futuras, mas o corpo é de Cristo”.
B - A fórmula dias de festa, luas novas e sábados serve para indicar os
dias sagrados anuais, mensais e semanais:
1º Exemplo:
– Em Números 28 encontramos os holocaustos para os sábados
(semanais), para as luas novas (mensais) e para os dias de festa
(anuais) nos seguintes versículos: “... no dia de sábado dois cordeiros
de um ano, sem mancha... Holocausto é do sábado em cada semana...”
(vv. 9,10). “E as suas libações serão a metade dum him de vinho para
um bezerro... este é o holocausto da lua nova de cada mês, segundo os
meses do ano” (v. 14). “Porém no mês primeiro, aos catorze dias do
mês, é a páscoa do Senhor; e aos quinze dias do mesmo mês haverá
festa; sete dias se comerão pães asmos” (vv. 16,17).
2º Exemplo:
– Em 1 Crônicas 23.31, lemos: “E para cada oferecimento dos
holocautos do Senhos, nos sábados, nas luas novas e nas solenidades
por conta, segundo o seu costume, continuamente”. O significado de
cada período: “nos sábados” (cada semana), “nas luas novas” (cada
mês) e “nas solenidades” (cada ano).
Página
– Em 2 Crônicas 2.4 está escrito: “Eis que estou para edificar uma casa
ao nome do Senhor meu Deus, para lhe consagrar, para queimar
perante ele incenso aromático, e para o pão contínuo da proposição, e
para os holocaustos da manhã e da tarde, nos sábados e nas luas novas
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3º Exemplo:
e nas festividades do Senhor nosso Deus...”. O significado de cada
período: “da manhã e da tarde” (cada dia), “nos sábados” (cada
semana), “nas luas novas” (cada mês) e “nas festividades” (cada ano).
4º Exemplo:
– Em 2 Crônicas 8.13, registra-se: “E isto segundo o dever de cada dia,
oferecendo segundo o preceito de Moisés, nos sábados e nas luas
novas, e nas solenidades, três vezes no ano”. O significado dos
períodos: “nos sábados” (cada semana), “nas luas novas” (cada mês) e
“nas solenidades” (cada ano).
5º Exemplo:
– Em 2 Crônicas 31.3, lemos o seguinte: “Também estabeleceu a parte
da fazenda do rei para os holocaustos, para os holocaustos da manhã e
da tarde, e para os holocaustos dos sábados, e das luas novas, e das
solenidades, como está escrito na lei do Senhor”. O significado dos
períodos: “da manhã e da tarde” (cada dia), “nos sábados” (cada
semana), “nas luas novas” (cada mês) e “das solenidades” (cada ano).
6º Exemplo:
– Em Ezequiel 45.17, lemos: “E estarão a cargo do príncipe os
holocaustos, e as ofertas de manjares, e as libações nas festas e nas
luas novas, e nos sábados, em todas as solenidades da casa de Israel”.
Significado dos períodos: “nas festas” (cada ano), “nas luas novas”
(cada mês) e “nos sábados” (cada semana).
Página
– Em Oséias 2.11 está escrito: “E farei cessar todo o seu gozo, a suas
festas, as suas luas novas, e os seus sábados, e todas as suas
festividades. E, finalmente, temos Cl 2.16-17: “Portanto, ninguém vos
10
7º Exemplo:
julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da
luz nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o
corpo é de Cristo”. O significado dos períodos desses dois textos é o
mesmo dos anteriores.
C- As palavras sábado, sábados e dia de sábado (no singular ou no
plural) ocorrem sessenta vezes no Novo Testamento. Mas os
adventistas do sétimo dia reconhecem que apenas 59 dos casos se
referem ao sábado semanal. Negam justamente o texto de Cl 2.16.
Dizem eles: “Os termos sábado, sábados e dia de sábado ocorrem
sessenta vezes no Novo Testamento e em cada caso, exceto um,
refere-se ao sétimo dia. Colossenses 2.16,17 faz referência aos sábados
anuais relacionados com as três festas anuais observadas por Israel
antes do primeiro advento de Cristo” (Estudos bíblicos, p. 378, CPB).
“Meus sábados e seus sábados”
Página
Repetindo: se dermos à palavra sábados, em Cl 2.16, o sentido semanal
teremos em favor da nossa interpretação 59 referências reconhecidas
por eles. Mas, ao darem à palavra sábados, em Cl 2.16, o sentido de
sábados anuais ou cerimoniais, eles não têm nenhuma referência que
apoie sua interpretação. Por isso argumentam dessa forma. Caso
contrário, teriam de reconhecer que o sábado foi abolido na cruz:
“Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê” (Rm
10.4).
11
Se perguntarmos aos adventistas qual o sentido da palavra sábados em
qualquer passagem do Novo Testamento em que ela aparece, a
resposta será sempre a mesma: sábado semanal. A única exceção é
Colossenses 2.16. Por quê? Porque teriam de reconhecer a
procedência da nossa declaração de que, segundo essa referência
bíblica, o sábado semanal deixou de ser uma obrigação para os
cristãos.
Os adventistas do sétimo dia dizem que a expressão meus sábados
indica a distinção entre os sábados semanais e os sábados cerimoniais.
Mas isso não é bíblico. As duas expressões são utilizadas para indicar os
mesmos sábados - os semanais. São de Deus - meus sábados - porque
foram dados por Ele. E são dos judeus - seus sábados - porque foram
dados para eles.
Vejamos a aplicação dos pronomes meus e seus na Bíblia:
A - O Templo - Is 56.7 comparado com Mt 23.38 (minha casa, vossa
casa);
B - O mesmo Deus indicado por meu Deus e vosso Deus - Jo 20.17
C - Os mesmos sacrifícios e holocaustos são chamados de meus e
vossos em Nm 28.2. Comparar com Dt 12.6.
Resposta às outras citações bíblicas
Pastor COSTA JÚNIOR – Pastor, qual é o fundamento bíblico, que nós
temos, para o verdadeiro dia de guarda? Qual o verdadeiro dia de
repouso?
Página
Se o sábado semanal deve ser o dia de repouso, por que então Deus
trabalhou nele? O texto é claro: “E, havendo Deus terminado no dia
sétimo a sua obra, que tinha feito”. Deus não terminou sua obra da
criação no sexto dia e descansou no sétimo. Ele trabalhou no sétimo
12
Pastor BULLÓN – Teríamos de ir, para esta resposta, ao início da
criação deste mundo. No capítulo 2 do livro de Gênesis, versículos de 1
a 3, diz assim: “Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o
seu exército. E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que
tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele
descansou de toda a obra que, como Criador, fizera”.
dia, e descansou no mesmo dia em que concluiu a obra da criação.
Ora, se se invoca o descanso de Deus para impingir-se a guarda desse
dia como sendo o dia de repouso, como admitir que Deus trabalhou
justamente nesse dia? E se Ele trabalhou para concluir a obra da
criação, então não é pecado trabalhar nesse dia seguindo o exemplo de
Deus! O senhor Bullón declara: “Você sabe que Deus não se cansa, nem
se fadiga. Portanto, se Ele descansou no sábado não era porque estava
cansado”. Seguindo esse raciocínio de Bullón, o registro bíblico merece
correção, porque está declarando algo que não é verdade.
Devemos ver uma coisa, se o senhor Bullón queria apenas indicar com
isso que o sétimo dia deveria ser de descanso universal, surge então
uma pergunta: “Todos os homens da terra têm o dia sétimo, ao mesmo
tempo, como dia de repouso, inclusive o próprio Deus? Diz a Bíblia que
o sábado deveria ser guardado a partir do pôr-do-sol de sexta-feira até
o pôr-do-sol do sábado (Lv 23.32). Logo, os habitantes da terra teriam
de guardar o mesmo período. Mas, quando são 6 horas da manhã de
sábado aqui no Brasil, no Japão são 6 horas da tarde. E isto significa
que, quando os guardadores do sábado aqui se levantam para guardálo, os seus irmãos japoneses o acabaram de guardar. E quando os
brasileiros começarem a guardar o sábado, seus irmãos na Califórnia,
USA, trabalharão ainda durante cinco horas antes de começarem a
guardá-lo. Qual dos grupos de guardadores do sábado estarão
realmente observando o período de tempo que Deus descansou ao
concluir a obra da criação?
Página
Dentro das exigências da lei estava a proibição de acender fogo no dia
de sábado: “Não acendereis fogo em nenhuma das vossas moradas no
dia do sábado” (Êx 35.3). Isso significa que é proibido acender qualquer
tipo de fogo, seja um fósforo ou um fogão a gás. Implica também na
proibição de andar de carro movido a combustão. Os judeus radicados
13
Os adventistas guardam realmente o sábado?
no Brasil, notadamente os de São Paulo, onde se localiza a maioria
deles, vão à sinagoga a pé no dia de sábado, e não de carro,
respeitando as observâncias com relação a esse dia.
Página
O que abrangia o livro da lei? Nada menos do que 613 mandamentos,
mas os adventistas resolveram criar apenas duas leis. Uma delas
denominaram como Lei Moral, os dez mandamentos, e o restante
como Lei de Moisés, cancelada na cruz. Fácil, não? Baseados em quê
fizeram essa distinção de leis? Tem apoio bíblico? Onde aparecem na
Bíblia expressões como Lei Moral e Lei Cerimonial? Por isso confessam:
“Seria útil classificarmos as leis do Velho Testamento em várias
categorias: 1. Lei moral; 2. Lei Cerimonial; 3. Lei Civil, 4. Estatutos e
Juízos; 5. Leis de saúde. Esta classificação é, em parte, artificial” (Lições
da Escola Sabatina, Lição n. 2, p. 18, de 8-1-1980).
14
Caro leitor, pergunte ao primeiro adventista que lhe falar sobre a
obrigatoriedade da guarda do sábado se ele acende fogo nesse dia?
Observe como ele titubeia e não sabe como responder! Falta-lhe
coragem para admitir que sim. Paulo declarou: “Todos aqueles, pois,
que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está
escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas
que estão escritas no livro da lei, para fazê-las. E é evidente que pela lei
ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé”
(Gl 3.10-11). Assim, os adventistas estão sob a maldição da própria lei
que pretendem guardar. Pior, agem como os fariseus, que punham
fardos pesados sobre os ombros do povo e eles mesmos não tocavam
nem com a mão. Mas Jesus os denunciou: “Pois atam fardos pesados e
difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém,
nem com o dedo querem movê-los” (Mt 23.4). O mesmo disse Pedro:
“Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos
discípulos um jugo quem nem nossos pais nem nós pudemos suportar?
Mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo,
como eles também” (At 15.10,11). E Paulo reitera a impossibilidade da
guarda da lei, que não era completa apenas com os dez mandamentos.
Pastor BULLÓN – Então, como eu posso saber, pela Bíblia, que depois
da morte de Cristo, os seus discípulos ainda continuaram guardando o
sábado? Muito simples: em S. Lucas, capítulo 23, a partir do versículo
50, está relatado como José de Arimatéia foi reclamar o corpo de
Cristo. Cristo já estava morto. Dentre as pessoas havia algumas
mulheres. “Era o dia da preparação, e começava o sábado. As mulheres
que tinham vindo da Galiléia com Jesus, seguindo, viram o túmulo e
como o corpo fora ali depositado. Então, se retiraram para preparar
aromas e bálsamos. E, no sábado, descansaram, segundo o
mandamentos” (Lc 23.54-56). Ou seja, Jesus já havia morrido, e no
sábado, o primeiro sábado após a morte de Cristo, as mulheres ainda
continuaram guardando o mandamento do sábado.
Ora, se os próprios sabatistas reconhecem que o nosso argumento
para a guarda do primeiro dia da semana, como dia do Senhor (Ap
1.10), é decorrente da ressurreição de Jesus, ocorrida no primeiro dia
da semana (Lc 24.1-3), e o texto de Lc 23.54-55 se refere ao descanso
das mulheres no sábado antes da ressurreição, que valor tem o
exemplo dessas piedosas mulheres judias para nós, cristãos?
Página
Jesus guardou o sábado porque era judeu e nasceu sob a lei (Gl 4.4),
portanto obedeceu todas as leis do Antigo Concerto. Como exemplo de
cidadão judeu, Ele foi circuncidado, ordenou a entrega de oferendas ao
sacerdote pela purificação, guardou a festa da Páscoa, etc (Lc 2.21-24;
5.12-14; Mt 26.18,19). Mas, quando morreu, Ele inaugurou uma nova
aliança e revogou a velha (Jo 19.30; Mt 27.51). “Mas, antes que a fé
viesse estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela
fé que se havia de manifestar. De maneira que a lei nos serviu de aio,
para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Mas,
15
Pastor BULLÓN – A Bíblia está cheia de referências de que Jesus
guardou o sábado quando viveu nesta terra. E quem quer ser cristão,
quer seguir a Jesus. Porque cristão é aquele que faz o que Jesus fez.
depois que veio a fé, já não estamos debaixo do aio” (Gl 3. 23-25).
Se o fato de Jesus ter guardado a Páscoa não prova que também
devemos guardá-la, ou se o fato de Ele ter-se circuncidado não
recomenda que também devemos nos circuncidar, do mesmo modo
não devemos também guardar o sábado por que Ele o guardou.
A natureza dos mandamentos de Jesus
A que Jesus se referia quando falava de seus mandamentos? Os
adventistas associam a palavra ‘mandamentos’ no Novo Testamento
aos dez mandamentos. Mas esse modo de pensar não é correto. Jesus
foi bem específico quando falou de seus mandamentos.
Vejamos a que Jesus se referia quando falava de mandamentos:
- “Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; como
eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis” (Jo
13.34);
- “O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim
como eu vos amei” ( Jo 15.12);
- “O seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho Jesus
Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo seu mandamento” (1Jo
3.23);
Página
- “E agora, senhora, rogo-te, não como escrevendo-te um novo
mandamento, mas aquele mesmo que desde o princípio tivemos: que
nos amemos uns aos outros” (2Jo 5).
16
- “E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame
também seu irmão” (1Jo 4.21);
O leitor pode perceber que em nenhum dos textos acima se fala na
guarda do sábado.
O Novo Testamento não repete os dez mandamentos
Não há dúvida de que o Novo Testamento cita mandamentos do Velho
Testamento. Fala de toda a Lei de Moisés, mas não repete o quarto
mandamento em nenhum lugar. Façamos uma comparação dos dez
mandamentos dentro do Novo Testamento:
VELHO TESTAMENTO
1º mandamento - Êx 20.2,3
2º mandamento - Êx 20.4-6
3º mandamento - Êx 20.7
4º mandamento - Êx 20.8-11
5º mandamento - Êx 20.12
6º mandamento - Êx 20.13
7º mandamento - Êx 20.14
8º mandamento - Êx 20.15
9º mandamento - Êx 20.16
10º mandamento - Êx 20.17
Página
1º At 14.15
2º 1Jo 5.21
3º Tg 5.12
4º Não existe
5º Ef 6.1-3
6º Rm 13.9
7º 1Co 6.9,10
8º Ef 4.28
9º Cl 3.9
17
NOVO TESTAMENTO
10º Ef 5.3
Pastor BULLÓN – Mesmo São Paulo, que não foi discípulo de Jesus, pois
São Paulo se converteu depois, ou seja, já se havia passado anos e São
Paulo disse que quando chegou a Corinto foi, aos sábados, à sinagoga:
“E todos os sábados discorria na sinagoga, persuadindo tanto judeus
como gregos... O texto bíblico diz: “Todos os sábados discorria na
sinagoga, persuadindo tanto judeus como gregos”. (A citação correta é
Atos 18.4, e não Lucas 18.4, como indicado no livrete). E os gregos não
guardavam o sábado, portanto Paulo não ia por causa dos judeus, ele
ia porque reconhecia que o sábado era o dia do Senhor.
Página
Foi dessa forma que circuncidou Timóteo (At 16.3) e declarou que a
circuncisão nada vale (Gl 5.2; 6.15); observou o Pentecostes (At 20.16);
tosquiou a cabeça (At 18.18); e fez ofertas segundo a lei (At 21.20-26).
Sua explicação para a observância de todas essas práticas judaicas está
no desejo que tinha de ganhar os judeus e os gregos para Cristo. Será
que os adventistas circuncidam pessoas como Paulo o fazia? Observam
o Pentecostes? Tosquiam suas cabeças? Fazem ofertas segundo a lei?
Que parcialidade dos adventistas: só se lembram do sábado! É muito
18
O sábado era o dia quando pessoas se juntavam na sinagoga para
adoração dentro do culto judaico. A maioria dos participantes era
judeu. Os gregos compareciam em menor número. Paulo aproveitou
essas oportunidades para ensinar que Jesus era o Cristo prometido nas
Escrituras do Velho Testamento, procurando ganhar aquelas pessoas
para Jesus Cristo. E fez de tudo para conseguir seu objetivo: “Fiz-me
como judeu para com os judeus, para ganhar os judeus; para os que
estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os
que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei, como se estivesse
sem lei (Não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de
Cristo), para ganhar os que estão sem lei Fiz-me tudo para todos, para
por todos os meios chegar a salvar alguns. E eu faço isto por causa do
evangelho, para ser também participante dele” (1Co 9.19-23).
sectarismo da parte deles!
Outra declaração absurda é a que diz que Paulo “não ia por causa dos
judeus, ele ia porque reconhecia que o sábado era o dia do Senhor”.
Interessante! Paulo escreveu treze cartas, e se considerarmos Hebreus
como sendo de sua autoria, teremos quatorze. Será que Paulo se
esqueceu de dizer isso em suas epístolas: que o sábado era o dia do
Senhor? Quanto à observância do sábado, Paulo declarou: “Guardais
dias (sábados) e meses, (luas novas), e tempos, e anos (festas anuais).
Receio de vós que não haja trabalho em vão para convosco” (Gl 4.1011). A preocupação de Paulo era com o fato de os gálatas estarem se
voltando para o judaísmo.
Pastor COSTA JÚNIOR – Existe um fundamento bíblico para nós
guardarmos outro dia que não o sábado, seja qual for a razão?
Pastor BULLÓN –Existe aqui uma declaração, que eu vou ler, no livro de
Hebreus, capítulo 4, versículos 4,5 e 9, que diz assim: “Porque, em
certo lugar, assim disse, no tocante ao sétimo dia: E descansou Deus,
no sétimo dia, de todas as obras que fizera. E novamente, no mesmo
lugar: Não entrarão no meu descanso... Portanto, resta um repouso
para o povo de Deus”. Isto quer dizer que, para a Igreja de Deus dos
nossos dias, continua um dia de repouso (p. 7).
É evidente que o repouso de que se trata aqui nada tem a ver com o
repouso do sétimo dia indicado no quarto mandamento, senão o
repouso de uma de fé em Deus. A idéia central do texto é:
Página
B - Os profetas falaram de antemão de um outro dia (Sl118.24), em vez
do sétimo, para comemorar o repouso maior que se seguiria a uma
obra maior do que a criação;
19
A - Deus repousou depois de haver criado o mundo;
C - A este repouso maior, Josué nunca pode guiar o seu povo;
D - Jesus, havendo terminado sua obra de redenção na cruz (Jo 19.30),
repousou Ele mesmo no primeiro dia da semana (Mc 16.9), como Deus
havia repousado da sua;
E - Na cruz foi abolido o sábado (Os 2.11 comparado com Cl 2.14-17);
F - Portanto, em comemoração ao glorioso repouso que se seguiu a
uma obra maior de redenção, resta guardar um descanso para o povo
de Deus. Esse descanso encontramos em Jesus (Mt 11.28-30);
G - Foi necessário esse argumento para mostrar ao judeu, que se
gloriava no seu sábado, que o cristão tem um descanso melhor e
superior ao sábado (Ap 1.10, Sl 118.22-24).
Página
Se tal absurdo fosse escrito por um adventista leigo, não teríamos
dificuldades em entender a sua falta de conhecimento histórico
relativo ao imperador Constantino. Mas não dá para entender uma
pessoa que se intitula escritor e líder de uma igreja que se vangloria de
conhecer a Bíblia jogar, através de um curso bíblico, esse absurdo na
mente do povo, mediante emissoras de rádio e TV, e ainda se dá ao
luxo de publicá-la em livrete e espalhá-la por todo o Brasil. Essa é uma
atitude suspeita e vergonhosa. Quando foi que o imperador
Constantino condicionou sua adesão ao cristianismo à exigência de
trazer para o “arraial cristão” aquilo que pertencia ao paganismo? Em
20
Pastor BULLÓN – Porém, na História, descobrimos que houve um
imperador romano, chamado Constantino, que no ano 331 DC
definitivamente tornou-se cristão, mas com uma condição: “Ele disse:
eu vou me tornar cristão, mas junto comigo, eu quero trazer muitas
coisas nas quais acredito. E ele guardava o domingo e, oficialmente, a
partir do ano 331 passou-se a guardar o domingo como dia santo. Mas,
este é um legado que vem do paganismo, de Constantino (p. 10).
que parte da história isso é mencionado? Se o paganismo já guardava o
domingo - como afirma o pastor Bullón - por que então o decreto de
Constantino em 331 DC feito nesse sentido?
Os adventistas raciocinam do mesmo modo que as testemunhas de
Jeová fazem em relação à deidade absoluta de Jesus. As testemunhas
de Jeová ensinam, em seus livros, que a Doutrina da Trindade foi
firmada no Concílio de Nicéia, em 325 DC, presidido por Constantino.
Se o senhor Bullón admite que a instituição do primeiro dia da semana
como dia do Senhor em memória da ressurreição de Cristo é de origem
pagã porque Constantino decretou esse dia de guarda ao se tornar
cristão, os adventistas deveriam, na verdade, ser chamados de pagãos
por adotarem a doutrina da Trindade em cujo Concílio foi instituída
essa doutrina? Os adventistas concordam com as testemunhas de
Jeová que nos acusam de paganismo por crermos na deidade de Jesus
e na doutrina da Trindade?
A instituição do primeiro dia da semana como dia do senhor
Página
Não é algo difícil darmos a interpretação correta dessa referência
bíblica. A pedra rejeitada é Jesus Cristo (At 4.11,12). Ele iniciou seu
ministério reivindicando ser Filho de Deus, igual a Deus (Jo 10.30-33).
E, ao ser acusado de quebrar o sábado (Jo 5.16-18), foi rejeitado e
crucificado (Jo 19.1-7). Isto se deu numa sexta-feira (Mc 15.42-47). Mas
a morte não pôde retê-lo e, ao terceiro dia, ressurgiu dentre os mortos.
21
No Salmo 118:22-24, lemos: “A pedra que os edificadores rejeitaram
tornou-se cabeça de esquina. Da parte do Senhor se fez isto:
maravilhoso é aos nossos olhos. Este é o dia que fez o Senhor;
regozijemo-nos, e alegremo-nos nele”. Essa passagem foi aplicada por
Jesus a si mesmo em Mt 21.42: “Disse-lhes Jesus: Nunca lestes nas
Escrituras: A pedra, que os edificadores rejeitaram, essa foi posta por
cabeça do ângulo; pelo Senhor foi feito isto, e é maravilhoso aos
nossos olhos?”.
Esse fato aconteceu no primeiro dia da semana: “E Jesus, tendo
ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu
primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete
demônios” (Mc 16.9). Outras referências são: Jo 20.1,19,20; Mt 28.18.
Diz a Bíblia sobre o dia da ressurreição de Jesus: “Este é o dia que fez o
Senhor; regozijemo-nos e alegremo-nos nele”. Ao levantar seu Filho
dentre os mortos, fez Deus essa coisa maravilhosa. E essa “coisa
maravilhosa” se deu no primeiro dia da semana.
A expressão ‘dia do senhor’ de Apocalipse 1.10
O significado da expressão ‘dia do Senhor’ de Ap 1.10 é encontrada em
algumas traduções da Bíblia, como segue:
“Eu fui arrebatado em espírito num dia de domingo...” (Tradução de
Antônio Pereira de Figueiredo)
“Num domingo, caindo em êxtase, ouvi atrás de mim uma voz...”
(Edições Paulinas)
“Um dia de domingo, fui arrebatado em espírito” (tradução de Mattos
Soares)
Página
Dizem os líderes da Igreja Adventista do Sétimo Dia, o Remanescente,
no seu livro “Sonhos e visões de Jeanine Sautron”, pp. 384/85, que
“Samuel Bacchiocchi (líder adventista) realiza seminários no ‘Dia do
Senhor” referindo-se ao Domingo. Em seu livro FROM SABBATH TO
SUNDAY (Do Sábado Para o Domingo) o ‘dia do Senhor’ é mencionado
como sendo o domingo 51 vezes somente nas primeiras 160 páginas
do livro.
22
“No dia do Senhor: no domingo” (anotação no rodapé da TLH)
Provas adicionais dos pais da igreja
“Aqueles que estavam presos às velhas coisas vieram a uma novidade
de confiança, não mais guardando o sábado, porém vivendo de acordo
com o ‘dia do Senhor’”. (Inácio, 100 A D).
“No dia chamado domingo há uma reunião num certo lugar de todos
os que habitam nas cidades ou nos campos, e as memórias dos
apóstolos e os escritos dos profetas são lidos” (Justino Mártir 140 A D.).
“Nós guardamos o dia oitavo com alegria, no qual também ressurgiu
dos mortos e tendo aparecido ascendeu ao céu” (Barnabé, 120 A D).
“Num dia, o primeiro da semana, nós nos reunimos” (Bardesanes, 180
A D.).
Como vemos pelos testemunhos dos pais da igreja primitiva e
diferentemente do que afirma o pastor Bullón (p. 9), a igreja cristã não
guardava o sábado, mas o dia glorioso da ressurreição de Jesus.
Página
Exatamente isso, pastor Bullón! O que seria da cristandade se Jesus
não tivesse ressuscitado? Paulo responde a essa pergunta dizendo
simplesmente que não haveria cristianismo: “E, se Cristo não
ressuscitou, logo é vã a vossa fé,... E, se Cristo não ressuscitou, é vã a
vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados” (1Co 15.14,17). Está
aí a importância da ressurreição e devemos então ter presente que os
dias são iguais entre si e existem dias mais importantes uns dos que
23
É como disse o próprio Bullón: Eu acredito que muitos cristãos sinceros
acreditam que porque Jesus ressuscitou no domingo, eles têm de
guardar o domingo. É uma maneira bonita de homenagear a
ressurreição de Cristo, e eu também fico feliz porque Jesus ressuscitou
num domingo, mas já pensou se Jesus tivesse morrido e nunca tivesse
ressuscitado, o que seria da cristandade? (p. 8)
outros, por causa dos fatos que eles registram. Para um cristão é mais
importante o dia em que Deus terminou a criação do mundo ou o dia
da ressurreição gloriosa de Jesus? A resposta só pode ser uma para um
cristão genuíno: o dia da ressurreição de Jesus. Quanto a esse dia, diz o
salmista: “Este é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos e alegremonos nele”.
Pastor COSTA JÚNIOR – Em primeiro lugar, eu gostaria de dizer uma
coisa, que precisa ficar bem clara na nossa mente: ninguém guarda o
sábado para salvar-se. Se você acha que tem de guardar o sábado para
se salvar, você está perdido (p. 13)
Ou o pastor Costa está perdido ou a Sra. White. Ela declarou que a
guarda do sábado é fundamental para a salvação. Textualmente ela
escreveu: “Santificar o sábado ao Senhor importa em salvação eterna”
(Testemunhos Seletos, vol. III, p. 22 - 2ª edição, 1956).
Logo, os crentes adventistas têm pecados perdoados, mas não
Página
Mais uma pergunta: “como os benefícios da morte de Cristo, segundo
EGW, no livro ‘O Grande Conflito’, podem ser aplicados a nós?”. Ela
declara: “...Todos os que verdadeiramente se tenham arrependido do
pecado e que pela fé hajam reclamado o sangue de Cristo, como seu
sacrifício expiatório, tiveram o perdão aposto ao seu nome, nos livros
do Céu; tornando-se eles participantes da justiça de Cristo, e
verificando-se estar o seu caráter em harmonia com a lei de Deus, seus
pecados serão riscados e eles próprios havidos por dignos da vida
eterna” (p. 487).
24
Um pastor que sai em público fazendo declarações sobre as crenças
adventistas porventura ignora esse ensino de Ellen Gould White? Ou o
conhece mas quis encobri-lo para dar a idéia que não é bem assim
como os opositores declaram dos adventistas: que eles ensinam que a
guarda do sábado é fundamental para a salvação?
cancelados. O cancelamento só se dará se o seu caráter estiver em
harmonia com a lei de Deus, para que sejam dignos da vida eterna.
Salvação por fé (Rm 5.1) ou salvação por obras? “Ora, àquele que faz
qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas
segundo a dívida. Mas àquele que não pratica, mas crê naquele que o
justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça” (Rm 4.4-5).
Página
25
Porventura, isso significa que alguém deve ser julgado digno da vida
eterna por estar vivendo em harmonia com a lei de Deus? Ainda EGW
declara: “Nunca se deve ensinar aos que aceitam o Salvador,
conquanto sincera sua conversão, que digam ou sintam que estão
salvos. Isto é enganoso” (Parábolas de Jesus, p. 55, citado em 95 Teses,
p. 133).
3. O DESAPONTAMENTO ADVENTISTA
Por João Flávio Martinez
Dissertando sobre as frustrações emocionais pelas quais muitas
pessoas passam em determinados movimentos religiosos, o psicólogo
Henry Gleitman, em seu artigo: “A teoria da dissonância cognitiva”,
elucida, do ponto de vista psicológico, a persistente confiança do
adepto de seita na doutrina, no grupo ou em seu líder, mesmo após
freqüentes decepções. Diz ele em sua introdução:
Cabe salientar que muitos grupos denominados “cristãos” passaram
por isto. Entre eles está o grupo religioso da senhora Ellen G. White.
Página
Deparar-se com incoerências doutrinárias (heresias) é uma constante
que alguns sectários sinceros são incapazes de negar. Prosseguindo em
sua declaração, Henry diz que: “O estudo de Asch (Solomon Asch,
1956) mostrou o que acontece quando há discordância entre as
próprias experiências (e as crenças fundadas nelas) e as das outras
pessoas. Mas, e se a incoerência estiver no interior das próprias
experiências ou nas crenças das pessoas? Isso vai provocar uma
inclinação a reconstruir uma coerência cognitiva, ou seja: a
reinterpretar a situação de maneira a tornar menor o desacordo
encontrado. De acordo com as teorias de Leon Festinger, isso acontece
porque cada incoerência percebida entre os aspectos do
conhecimento, dos sentimentos e do comportamento é causa de
angústia — dissonância cognitiva — que as pessoas logicamente
tentam aliviar (Festinger, 1956)”.
26
“As pessoas tentam dar um sentido ao mundo ao redor, mas como?
Procuram uma analogia entre as próprias experiências e lembranças, e
buscam uma confirmação de que a analogia está certa na opinião dos
outros. Se tudo vai dar certo, ótimo. Mas o que acontece quando
encontram-se incoerências?”.
Pela analogia, o leitor irá perceber que a “teoria da dissonância
cognitiva” explica, de modo satisfatório, o fenômeno vexatório
chamado pelos adventistas de “o grande desapontamento de 1844”.
Cabe ressaltar, ainda, que a Sra. White fazia parte do movimento
adventista de então, que esperava a parousia (o aparecimento de
Cristo em glória) para aquela época. Mais tarde, porém, ela se tornou
uma das fundadoras e profetisa da Igreja Adventista do Sétimo Dia,
grupo religioso com fortes raízes na doutrina do advento.
Página
Observe que, semelhantemente, os adventistas da primeira geração
acreditavam, por meio das teorias de Guilherme Miller (um leigo
pregador batista), que Jesus voltaria em 1843. O principal pilar da
teoria de Miller eram os 2.300 dias e, ligado a isto, estava a idéia da
purificação terrestre do santuário, ambos contidos no livro do profeta
Daniel. Como nada aconteceu na data fixada, remarcaram a data, desta
vez para 1844. Novamente, a profecia falhou. A Sra. White fazia parte
daquela geração que esperava o retorno de Cristo para aquele tempo,
conforme acreditavam os adventistas. Posteriormente, Ellen White
declarou que os estudos de Miller foram guiados por Deus,
confirmando, assim, a crença na predição do segundo advento com
data fixa.
27
A “arte” de “interpretar determinada situação com o objetivo de
esconder incoerências foi, sem dúvida, um artifício que envolveu os
adventistas daquela época. Henry propõe um fato ilustrativo que se
encaixa perfeitamente na frustrante experiência do movimento
adventista. Ele explica isso empregando o exemplo de uma seita
esotérica que, por meio de sua profetisa, havia recebido uma
mensagem dos “guardas do universo” para esperarem o fim do mundo
em uma data fixa, à meia-noite, ocasião em que aconteceria uma
inundação enorme e apenas os verdadeiros fiéis se salvariam, sendo
arrebatados por discos voadores. Empregaremos aqui o mesmo
método para traçar um paralelo com o que ocorreu com os
adventistas.
Mas o que o desapontamento adventista tem de comum com o grupo
esotérico apontado por Henry? Deixemos que a profetisa White nos
ajude a encontrar a resposta.
A primeira pergunta é: Há alguma prova de que Miller havia recebido
seu cálculo profético de Deus? Veja o que pensava Ellen G. White
acerca disso: “Deus encaminhou a mente de Guilherme Miller para as
profecias, e deu-lhe grande luz quanto ao livro do Apocalipse”.1
Mas será que os adventistas acreditavam, de fato, que seriam
arrebatados naquela ocasião? Segundo Ellen White, os adventistas que
vivenciaram aquela frustração não “desejavam ser instruídos ou
corrigidos por aqueles que estavam indicando o ano em que
acreditavam expirarem os períodos proféticos, e os sinais que
mostravam estar Cristo perto, às portas mesmo2 [...] Os santos
esperaram ansiosamente pelo seu Senhor, com jejuns, vigílias, e oração
quase constante”.3
Da mesma forma, com os adventistas, o tempo foi passando e as
Página
Acompanhe o exemplo mencionado por Henry e veja como os
membros da seita amenizaram o problema (correlacione o fato com a
IASD): “No Dia do Juízo, os membros da seita reuniram-se à espera da
inundação. À hora prevista para o pouso dos discos voadores chegou e
passou, a tensão era maior com o passar das horas, quando a líder da
seita recebeu a suposta mensagem ‘aliviadora’: o mundo foi poupado
como prêmio pela confiança dos fiéis. Houve muita alegria e os crentes
tornaram-se mais fiéis”.
28
Como podemos perceber, a Sra. White não só afirmava em seus
escritos que Miller fora instruído por Deus como também dizia que
Cristo voltaria num dia prefixado para buscar os que acreditavam
naquela profecia, circunstância em que se daria o fim do mundo.
expectativas aumentando cada vez mais. Alguns dizem que os
adventistas até mesmo se vestiram de roupas brancas para esperar o
grande acontecimento, contudo, isto é hoje negado veementemente
pela IASD. Seja como for, os alardes das predições de Guilherme Miller
arrastaram multidões de crédulos na crença de que Jesus voltaria na
data marcada. Entretanto, a predição falhou mais uma vez. Mas isso
não foi o suficiente, pois muitos preferiram permanecer na pertinácia,
procurando alternativas para a falha profética.
Página
Qual foi então a desculpa, ou “nova mensagem”, que a Sra. White
encontrou para explicar esse fracasso e amenizar a angústia dos
desapontados? Ela explicou a questão nos seguintes termos: “Estão de
novo desapontados em suas expectações. Jesus não pode ainda vir à
terra. Precisam suportar maiores provações por seu amor. Devem
abandonar erros e tradições recebidos de homens e voltar-se
inteiramente para Deus e sua Palavra. Precisam ser purificados,
embranquecidos, provados. Os que resistirem a essa amarga prova
obterão eterna vitória. Jesus não veio à terra como o grupo expectante
e jubiloso esperava, a fim de purificar o santuário mediante a
purificação da terra pelo fogo. Vi que eles estavam certos na sua
interpretação dos períodos proféticos; o tempo profético terminou em
1844, e Jesus entrou no lugar santíssimo para purificar o santuário no
fim dos dias. O engano deles consistiu em não compreender o que era
o santuário e a natureza de sua purificação. Ao olhar de novo o
desapontado grupo expectante, pareciam tristes. Examinaram
29
Atente para os fatos que envolveram esta circunstância. Qual foi o
resultado desta grande expectativa? Jesus realmente voltou? Ellen
White responde: “Vi que os que estimavam a luz olhavam para o alto
com ardente desejo, esperando que Jesus viesse e os levasse para si.
Logo uma nuvem passou sobre eles, e seus rostos ficaram tristes.
Indaguei a causa dessa nuvem, e foi-me mostrado que era o seu
desapontamento. O tempo em que esperavam o seu Salvador havia
passado, e Jesus não viera”.4
cuidadosamente as evidências de sua fé e reestudaram a interpretação
dos períodos proféticos, mas não lograram descobrir erro algum”.
Mas isso não é tudo. A Sra. White continua: “Foi-me mostrado o
doloroso desapontamento do povo de Deus por não ter visto a Jesus
no tempo em que o esperava. Não sabiam porque seu Salvador não
viera; pois não podiam ter evidência alguma de que o tempo profético
não houvesse terminado. Disse o anjo: ‘Falhou a Palavra de Deus?
Deixou Deus de cumprir suas promessas? Não; Ele cumpriu tudo o que
prometera. Jesus levantou-se e fechou a porta do lugar santo do
santuário celestial, abriu uma porta para o lugar santíssimo, e entrou
ali para purificar o santuário’. Todos os que pacientemente esperarem
compreenderão o mistério. O homem errou; mas não houve engano da
parte de Deus. Tudo o que Deus prometeu foi cumprido; mas o homem
erroneamente acreditou que a terra era o santuário a ser purificado no
fim do período profético. Foi a expectativa do homem, não a promessa
de Deus, que falhou”.5
Página
Novamente, retomando o paralelo com a seita esotérica, Henry
comenta: “Com o ridículo fracasso de uma profecia tão exata, era
lógico imaginar, como reação, o abandono daquelas crenças e o
afastamento dos fiéis da seita. Mas a teoria da dissonância cognitiva
explica este comportamento: deixando de acreditar nos ‘guardas do
universo’, a pessoa tem de aceitar uma dissonância entre o atual
30
Observe que Ellen White confirmou que os crentes, na teoria do
advento pregado por Miller, se reuniram para esperar, no dia marcado,
o retorno de Cristo, porém, o dia chegou e passou e Cristo não veio,
para o desapontamento de todos. Daí, ela alegou que alguns
receberam de Deus algumas explicações para o fracasso ocorrido.
Entre essas explicações, a que dizia que Deus resolveu, de “última
hora”, provar o seu povo, adiando, assim, a oportunidade para que
outros aceitassem a mensagem do advento. Aqueles que aceitaram
essa explicação tornaram-se ainda mais fiéis.
cepticismo e as crenças antigas, e isso é causa de dor”. Trazendo para o
contexto adventista, isso quer dizer que se os adventistas deixassem de
acreditar na profecia, teriam de aceitar e reconhecer a enorme
incoerência que envolveu o episódio, e isso lhes traria uma frustração
ainda maior.
Ellen White explica a persistência dos adventistas na derrocada
doutrina dos 2300 dias? Ao invés de reconhecerem o erro, passaram a
acreditar numa suposta resposta (forjada) para o acontecido, a fim de
amenizar a decepção que tiveram. “Aqueles fiéis e desapontados, que
não puderam compreender porque seu Senhor não viera, não foram
deixados em trevas. De novo foram levados às suas Bíblias, a fim de
examinar os períodos proféticos. A mão do Senhor removeu-se dos
algarismos, e o erro foi explicado. Viram que o período profético
chegava a 1844, e que a mesma prova que haviam apresentado para
mostrar que o mesmo terminava em 1843, demonstrava terminar em
1844. Ao passar o tempo, os que não haviam recebido inteiramente a
luz do anjo se uniram com os que haviam desprezado a mensagem, e
voltaram-se contra os desapontados, ridicularizando-os”.6
Página
Comentando a desilusão que acometeu alguns adeptos da seita
esotérica, Henry diz: “A sua antiga fé seria agora uma humilhante
idiotice. Alguns membros da seita chegaram até a perder o trabalho e a
gastar todo o seu dinheiro, e, agora, recusando a ideologia dos
‘guardas do universo’, tudo isso teria parecido como uma ridícula
bobagem sem sentido. A dor da dissonância teria sido intolerável.
Assim foi reduzida de importância acreditando na nova mensagem, e,
vendo outros membros aceitá-la sem dúvida nenhuma, a fidelidade
saiu até fortalecida. Agora podiam se considerar como heróicos e leais
31
Naturalmente, com tamanho erro de predição era de se esperar que
aquela idéia da volta de Cristo com data marcada se encerraria por
aqueles dias. Mas confirmando a teoria da “dissonância cognitiva”, a
dor da decepção foi “superada” por uma nova teoria.
membros de um corajoso grupo que salvou o mundo”.
Página
Os adventistas que perseveraram nessa idéia da nova revelação
sofreram algumas privações. “Os que não ousaram privar os outros da
luz que Deus lhes dera foram excluídos das igrejas; mas Jesus estava
com eles, e estavam alegres ante a luz de seu semblante. Estavam
preparados para receber a mensagem do segundo anjo7 [...] De igual
maneira, vi que Jesus considerou, com a mais profunda compaixão, os
desapontados que haviam aguardado a sua vinda; e enviou os seus
anjos para dirigir-lhes a mente, de maneira que pudessem segui-lo até
onde Ele estava. Mostrou-lhes que a terra não é o santuário, mas que
Ele devia entrar no lugar santíssimo do santuário celestial, a fim de
fazer expiação por seu povo e receber o reino de seu Pai e, então,
voltaria à terra e os tomaria para ficar com Ele para sempre”.8
32
Da mesma maneira, os adventistas procuraram esconder os erros
cometidos atrás de eufemismos sutis. Os adventistas mais radicais não
deram “o braço a torcer” reconhecendo seu erro e, ao invés disso,
procuraram amenizar o problema, interpretando de outra maneira o
cálculo profético das 2.300 tardes e manhãs, espiritualizando-o: o
tabernáculo não era mais a terra, mas o céu. Portanto, não havia fim
de mundo, ou volta literal de Cristo, que apenas havia passado de um
compartimento do santuário celestial para outro. Essa nova
interpretação, admitida paulatinamente, desembocou na aberração
teológica da doutrina do “Santuário”, do “Juízo Investigativo” e do
“Bode Emissário”. E tudo isso debaixo de uma suposta visão que Hiram
Edson teve após o “grande desapontamento”. É importante esclarecer
que tudo isso não passou de uma desculpa acanhada para tentar
remendar o desastre teológico de Miller. Assim, o grupo poderia
novamente assegurar-se de que estava no rumo certo. Ou seja, não
eram mais considerados fanáticos ou he
réticos, pois tinham recebido uma nova revelação de Deus como
resposta para o fiasco anterior.
160 anos depois
Ainda muito poderia ser comentado sobre o desapontamento
adventista, todavia, acreditamos ter sido possível compreender, pelo
paralelo entre o movimento do advento e o exemplo que Henry
forneceu, as técnicas psicológicas empregadas pelos então pioneiros
adventistas, com o objetivo de aliviar a frustração angustiante
(dissonância cognitiva) por uma profecia não cumprida. A fim de
amenizar a seriedade do fracasso e da incoerência da predição,
inventaram uma nova teoria (supostamente revelada por Deus), que
tornou menor o desacordo encontrado. Com isso, conseguiram tirar a
atenção dos adeptos dos pontos mais críticos do erro profético
ocorrido em 1843-4. E hoje, cerca de 160 anos após esse grande desvio
ter ocorrido, a IASD continua acreditando que é a única igreja
verdadeira na face da terra — os remanescentes. Estes foram os
resultados do desapontamento adventista.
• Todas as citações de Henry Gleitman foram extraídas da obra Basic
Psychology, Norton (1983), traduzida por A. Maria De Florim M.
Martinelli.
Página
1 Primeiros escritos de Ellen Gould White. Tradução de Carlos A.
Trezza. Casa Publicadora Brasileira. Santo André: São Paulo, 1967, p.
231.
2 Ibid., p. 234.
3 Ibid., p. 239.
4 Ibid., p. 241.
5 Ibid., p.250-1.
6 Ibid., p. 246.
7 Ibid., p. 237.
8 Ibid., p. 244.
33
Notas:
4. DOMINGO - O DIA QUE O SENHOR FEZ!
“Este é o dia que o Senhor fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele”
(Sl 118.24)
Por Edmar Cunha de Barcellos
“Domingo, no Novo Testamento, é chamado de ‘O dia do Senhor’. Em
latim, dominica die, de onde deriva seu nome nas línguas neolatinas,
por exemplo: no espanhol, ‘domingo’; no italiano, ‘domenica’; e no
francês, ‘dimanche’, faladas por cerca de 400 milhões de pessoas”.
Domingo é um vocábulo exclusivo do cristianismo. Essa palavra, bem
como as suas análogas, não existia em nenhuma língua do mundo até o
final do século 1o, quando merao apóstolo João criou a expressão
grega: Kuriakh ‛ (kyriake hemera), vertida para o latim como: dominica
die.
Página
Certamente que todo o livro não foi elaborado naquele mesmo dia.
Mas o fato indiscutível é que Jesus apareceu a João exatamente no
“primeiro dia da semana”. Isso explica porque a Ucrânia e a Rússia
trocaram os nomes do primeiro dia da semana, que entre os pagãos
era chamado “dia do sol”, por uma expressão tão ou mais significativa
do que aquela adotada nos países de línguas neolatinas.
34
Antigos documentos da Igreja primitiva, transcritos para o russo,
relatam que João, encarcerado na ilha de Patmos, chorava muito ao
chegar o primeiro dia da semana, ao lembra-se das uniões para a Ceia
do Senhor, celebrada sempre nesse dia: “No primeiro dia da semana,
ajuntando-se os discípulos para partir o pão...” (At 20.7). E foi
justamente em um “primeiro dia da semana” que Jesus, ressuscitado,
lhe apareceu e lhe revelou os maravilhosos eventos do Apocalipse (Ap
1.10).
Lemos na Bíblia ucraniana João afirmando que foi arrebatado no “dia
da ressurreição” (Dien voscrecii). De igual modo, na Bíblia russa
também lemos: “Eu fui arrebatado em espírito, no dia da ressurreição”.
Aliás, na língua russa, todos os dias da semana ficaram subordinados
ao dia da ressurreição! Por exemplo: segunda-feira, em russo, é
pondielnik (“o dia após a ressurreição”); terça-feira, voftornik (“o
segundo dia após a ressurreição”); quarta-feira, sreda (“terceiro dia
após a ressurreição”), e assim por diante.
Vale realçar que o apóstolo João, ao frisar o dia da semana em que
Jesus lhe apareceu, criou uma nova expressão na língua grega: Kuriakh
hmera (kyriake hemera). Expressão esta que deu origem à palavra
“domingo”, conforme explanaremos a seguir. Mas antes de
continuarmos, para melhor compreensão dos nossos argumentos,
recorreremos à etimologia, que nos revelará a origem das palavras, o
seu desenvolvimento histórico e as possíveis mudanças de seu
significado.
Vejamos alguns exemplos de como as palavras evoluem:
•A palavra “efeméride” provém de dois termos gregos: epi (“sobre”) e
‛he hemera, que significa “dia”, de onde veio também o adjetivo
efêmero, ou seja, “o que é breve, transitório, passageiro”.
Página
•As palavras “mouco” (ou surdo) e “domingo” possuem também sua
origem num texto de João. Vejamos: “Então Simão Pedro, que tinha
espada, desembainhou-a, e feriu o servo do sumo sacerdote, cortandolhe a orelha direita. E o nome do servo era Malco” (Jo 18.10). Malcus,
do latim, deu origem à palavra “mouco”, em português, significando
35
•A palavra “castigar” provém do latim: castus (“irrepreensível”, “puro”,
“fiel”) + agere (“fazer”). Temos um emprego bíblico neste sentido
quando o escritor aos hebreus declara que Deus “castiga a quem ama”
com a finalidade de nos tornar puros e fiéis a Ele (Hb 12.6).
aquele que não ouve, ou que ouve pouco ou mal; surdo.
Analisemos, agora, Apocalipse 1.10 à luz do original grego, da
etimologia, da hermenêutica bíblica, da história e dos escritos
patrísticos.
Eis o que os mais abalizados biblicistas afirmam sobre a expressão
joanina: kyriake hemera:
“Temos aqui a palavra kyriakos, em um sentido adjetivado, isto é,
“pertencente ao Senhor”. Originalmente, esta palavra era usada com o
sentido imperial, como algo que pertencia ao César romano. ‘Os
crentes primitivos [...] aplicaram-na ao domingo, o primeiro dia da
semana’. Esse é o uso que se encontra em Didaché 14 e Inácio, Magn.
9, que foram escritos não muito depois do Apocalipse”.
“‘O dia do Senhor’, em Apocalipse 1.10, é tido pela maioria dos autores
como o domingo”.
“O primeiro dia da semana é, sem dúvida. ‘o dia do Senhor’, referido
em Apocalipse 1.10”.
Página
Nem mesmo no texto grego da Septuaginta encontramos a expressão
Kuriakh‛mera, criada pelo apóstolo João para aludir ao dia da
ressurreição! A expressão hebraica “dia do Senhor” sempre foi vertida
para o grego como ‛ (hemera tou kyriou). Mas o que João escreveu foi:
Kuriakh ‛mera. Por que João teria usado uma expressão jamais
encontrada em qualquer outro escrito, sagrado ou profano? Cremos
36
“A frase: ‘O dia do Senhor’, Kuriakh ‛mera (kyriake hemera), ocorre
uma só vez, e isto se dá no último livro. Apocalipse 1.10 [...] expressava
a convicção de que o domingo era o dia da ressurreição, quando Cristo
Jesus conquistou a morte e se tornou Senhor de todos” (Ef 1.20-22;
grifo do articulista).
que pelas seguintes razões:
1) Para indicar algo também inédito na história da humanidade: a
ressurreição de Cristo.
2) Para deixar bem claro que se referia ao dia da ressurreição, o
domingo, e não aos eventos escatológicos da segunda vinda de Cristo,
a parusia, que também é chamada “dia do Senhor”, como nestes
versículos:
a) “O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes de chegar
o grande e glorioso dia do Senhor” (At 2.20).
b) “... Seja entregue para destruição da carne, para que o espírito seja
salvo no dia do Senhor” (1Co 5.5).
c) “Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá
como o ladrão de noite” (1Ts 5.2).
d) “Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite” (2Pe 3.10).
A tradução literal de Apocalipse 1.10 seria: “Eu fui arrebatado pelo
espírito no dia senhorial”. Mas este adjetivo, “senhorial”, derivado do
Página
Kyriakos é uma forma adjetivada da palavra KurioV (Kýrios – Senhor) e
significa literal e exatamente: “que diz respeito ao Senhor”;
“concernente ao Senhor”; “pertencente ao Senhor”; “senhorial”, ou
“dominical”, e não “do Senhor”, como lemos em algumas das nossas
traduções.
37
Há uma significativa diferença entre a expressão “dia do Senhor”,
alusiva à segunda vinda de Cristo, e a expressão que encontramos
escrita em Apocalipse 1.10, “dia do Senhor”, referindo-se ao dia da
ressurreição.
termo “senhor”, raramente é usado. O seu sinônimo é “dominical”,
porque o português é uma língua neolatina. “Senhor”, em latim, é
Dominus. Assim, quando dizemos Dom Pedro II ou Dom Evaristo Arns,
estamos abreviando a palavra Dominus, para dizer: Senhor Pedro II,
Senhor Evaristo Arns. O mesmo processo etimológico acontece com o
adjetivo “popular”. Quando algo pertence ao povo, não dizemos
“povoal”, mas “popular”, porque, em latim, populus, significa “povo”.
Acertadamente, Jerônimo verteu Kuriakh ‛mera (kyriake hemera) para
a Vulgata Latina como Dominica die (“dia dominical”, “domingo”) e não
como dia domini (“dia do Senhor”). Veja:
“Fui in spiritu in dominica die et audivi post me vocem magnam
tamquam tubae”(Ap 2.10).
Daí, a clássica versão de Antônio Pereira de Figueiredo traduzir: “Eu fui
arrebatado em espírito hum dia de domingo, e ouvi por detrás de mim
huma grande voz, como de trombeta” (1819).
Resgatando verdades históricas
Documentos escritos nos três primeiros séculos, muito antes de
Constantino existir (280-337), adotaram e conservam, todos eles, a
mesma expressão concebida pelo apóstolo João para referir-se ao
glorioso dia da ressurreição de Jesus Cristo.
Século 1º: O ensino dos apóstolos
Nestes escritos, há um tratado sobre a adoração no domingo,
Página
Século 2º : Escritos de Melito de Sardes
38
Possivelmente, contemporâneo do Apocalipse: “E no dia do Senhor
Kyriake hemera, congregai-vos para partir o pão e dai graças”.
intitulado: peri kyriakes (acerca do dia dominical), “dia do Senhor”, isto
é, “domingo”.
Ano 115: Epístola de Inácio aos magnesianos
“Porque se no dia de hoje vivermos segundo a maneira do judaísmo,
confessamos que não temos recebido a graça [...] Assim pois, os que
haviam andado em práticas antigas alcançaram uma nova esperança, já
sem observar os sábados, porém modelando suas vidas segundo o ‘dia
do Senhor’ (Kyriaken zontes)”.
Ano 130: O “evangelho de Pedro”
É um documento histórico comprovadamente escrito no princípio do
século 2o, e também se refere ao dia da ressurreição usando o mesmo
adjetivo kyriakes, que, na edição de Jorge Luís Borges, é traduzido
corretamente por “domingo”.
Ano 132, ou antes: Epístola de Barnabé
“Portanto, também nós guardamos o oitavo dia ( Kyriake hemera,
‘domingo’) para nos alegrarmos em que também Jesus se levantou
dentre os mortos e, havendo sido manifestado, ascendeu aos céus”.
150—168: Justino Mártir, Eusébio, Clemente de Alexandria
“E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana...”
Página
A singularidade do nome domingo
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Escritores dos séculos 2º e 3º, todos eles também adotaram o Kyriake
hemera criado por João para o “dia da ressurreição”, vertido para o
latim como Domínica die (“dia dominical”) e passado para o português
como “domingo”!
(Mc 16.9).
Alguns alegam que a palavra “domingo” não consta na Bíblia. É
verdade. Não encontramos nos textos originais a palavra portuguesa
“domingo”, como também não encontramos as palavras: Deus, casa,
livro, amor ou sábado, mas, sim, as suas correspondentes nas línguas
hebraica, aramaica ou grega.
Domingo é a tradução literal da expressão criada pelo apóstolo João:
Kuriakh ‛mera (kyriake hemera), vertida para o latim como Domínica
die e corretamente traduzida em todas as versões da Vulgata para as
línguas neolatinas como dominu lui, domingo, mingo, domenica,
dimanche, e outros nomes semelhantes no galego, no provençal, no
franco-provençal, no romeno, no reto-romano, no sardo e no
dalmático, faladas por mais de 400.000 000 de pessoas!
As seguintes traduções: de Antônio Pereira de Figueiredo, do Centro
Bíblico Católico, dos Monges de Maredsous, de João José Pedreira de
Castro, do dr. José Basílio Pereira, do Mons. Vicente Zioni e Matos
Soares, bem como qualquer outra versão do Novo Testamento para o
português ou para o espanhol, feita da Vulgata Latina, trazem em
Apocalipse 1.10 a palavra “domingo”.
Domingo não é um nome importado do paganismo, como saturday
(“dia de Saturno”), nem do judaísmo, como shabath (“descanso”).
Página
Domingo é dia de oração, de adoração, dia de cultuarmos a Deus, dia
de atividade espiritual, como evangelismo, visita aos necessitados, aos
encarcerados ou enfermos!
40
Domingo não é dia comemorativo da criação do mundo nem da
libertação do povo de Israel, tampouco dia de descanso, pasmaceira,
televisão, futebol, pescarias, clubes ou jogatina.
Domingo é o nome de um dia exclusivo do cristianismo, criado por João
para caracterizar e distinguir o dia da vitória de Jesus sobre a morte,
consumando a libertação de toda a humanidade.
Domingo é o dia aclamado por Davi, em sua jubilosa profecia sobre o
dia da ressurreição: “Esta é a porta do SENHOR, pela qual os justos
entrarão. Louvar-te-ei, pois me escutaste, e te fizeste a minha salvação.
A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça da esquina.
Da parte do SENHOR se fez isto; maravilhoso é aos nossos olhos. Este é
o dia que fez o SENHOR; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele” (Sl
118.20-24).
Observemos a exatidão do cumprimento de cada sentença, de cada
afirmação, de cada palavra desta impressionante profecia escrita por
volta de mil anos antes de Jesus nascer.
Esta é a porta
“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e
sairá, e achará pastagens” (Jo 10.9).
“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso
Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1).
“Porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito”
(Ef 2.18).
Os edificadores rejeitaram
Página
“Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi
posta por cabeça de esquina” (At 4.11).
41
A pedra
“Diz-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra, que os
edificadores rejeitaram, essa foi posta por cabeça do ângulo; pelo
Senhor foi feito isto, e é maravilhoso aos nossos olhos? Portanto, eu
vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação
que dê os seus frutos” (Mt 21.42,43).
Da parte do Senhor se fez isto
“O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, ao qual vós matastes,
suspendendo-o no madeiro” (At 5.30).
Maravilhoso é aos nossos olhos
“Ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era
possível que fosse retido por ela” (At 2.24).
Este é o dia que fez o SENHOR
“E, no fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana,
Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro” (Mt 28.1).
“E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao
nascer do sol” (Mt 16.2).
“Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas
as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham
Página
“E no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de
madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro” (Jo
20.1).
42
“E no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao
sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado, e algumas
outras com elas” (Lc 24.1).
ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja
convosco” (Jo 20.19).
“E no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o
pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e
prolongou a prática até a meia-noite” (At 20.7).
“No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que
puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as
coletas quando eu chegar (1Co 16.2).
Regozijemo-nos, e alegremo-nos nele
“Assim também vós agora, na verdade, tendes tristeza; mas outra vez
vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém vola tirará” (Jo 16.22).
“Regozijai-vos sempre” (1Ts 5.16).
“Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos” (Fp
4.4).
Página
Enciclopédia Encarta 99. 1993-1998 Microsoft Corporation, sobre o
verbete: domingo.
Patrísticos. Escritos dos proeminentes líderes cristãos dos primeiros
séculos, também chamados “pais da Igreja”.
Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora e distribuidora
Candeia, 1991, vol. 2, p. 213.
HENRY Mattthew. Comentário Bíblico. Editorial Clie (Barcelona),1999,
p.1924-c
PETTINGILL William D.D. Bible Questions Answered, p.177. “The first
day of the week is doubtless ‘the Lord’s day’ refereed to in Ap 1.10”.
43
Notas:
44
Página
Zondervan Publishing House, Ninth Printing, Michigan, 1974.
ELWELL A. Walter. Enciclopédia Histórica Teológica da Igreja Cristã.
Soc. Religiosa Edições Vida Nova, 1988.
Septuaginta, Versão dos LXX, ou Alexandrina, é uma tradução do
Antigo Testamento hebraico para o grego feita em Alexandria, a
mando de Ptolomeu II (Filadelfo) (284-247 a.C.). Alguns livros não
pertencentes ao cânon judaico foram incluídos nessa versão: (Tobias,
Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc, I e II Macabeus, e acréscimos aos
livros de Ester e Daniel). Jerônimo verteu para a Vulgata Latina,
explicando que tais livros não pertenciam às Escrituras Sagradas
judaicas. Mas o Concílio de Trento, em 1548, os anexou ao Antigo
Testamento, classificando-os como “Deuterocanônicos”. Para os
judeus, e para os evangélicos, porém, continuam sendo “apócrifos”,
úteis apenas como subsídios ao estudo da história e da cultura judaica,
mas sem a autoridade dos livros canônicos, inspirados por Deus.
IUXTA VULGATAM VERSIONEM Robertus Weber, Editio Altera
Emendata, Stuttgart,1975.
Primeira edição completa da Bíblia Católica. Lisboa, MDCCC XVIIII. Na
Officina da Acad. R. das Sciencias com licença da Meza do Desembargo
do paço e privilégio.
(Didaché Ton Apostollon). O Ensino dos Apóstolos, XIV. Libros Clie.
Barcelona, Espanha.
R.N.Chaplin & J.M. Bentes. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia.
1991, vol. 2, p.213.
IGNÁCIO. (Pros tous magnesiai). Aos magnesianos IX.
Evangelios Apócrifos. Vol. 1, p.323-5. Hyspamérica ediciones
S.A.Santiago, 12. 28013 Madrid, 1985.
Epístola de Barnabé, 15. LIGHTFOOT, J. B. Los Padres Apostólicos, p.
299-301- Libros Clie. Barcelona, Espanha.
R.N.Chaplin & J.M. Bentes. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia.
1991, vol. 2, p. 214.
FONTE:
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45
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