I SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS APLICADAS À SERICICULTURA – I SICAS Produção da amoreira e do bicho-da-seda (Bombyx mori L.) sob os efeitos dos diferentes tratos culturais efetuados na condução da amoreira Daniel Nicodemo1, Fabrício Hirota Hada2, Leonardo Susumu Takahashi1, Roque Takahashi3 1. Docentes da Faculdade de Zootecnia - UNESP, Campus Experimental de Dracena 2. Pós-graduando em Zootecnia da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - UNESP, Campus de Jaboticabal 3. Docente da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - UNESP, Campus de Jaboticabal Resumo: O presente trabalho foi realizado no setor de Sericicultura da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP - Campus de Jaboticabal. Os tratamentos experimentais foram constituídos de cinco tratos culturais: T1 - testemunha sem nenhuma incorporação, T2 - adubação verde com plantio de Crotalaria juncea nas entrelinhas, T3 - cobertura morta com cobertura de grama seca nas entrelinhas, T4 - adubação orgânica com um quilo de esterco de galinha por planta, e T5 - adubação química com 20 g de N, 10 g de P2O5 e 15 g de K2O por planta. Foram efetuados três ensaios consecutivos nas três estações sericícolas (primavera, verão, outono), a fim de se observar efeitos acumulativos dos tratamentos. Os efeitos na amoreira do híbrido FM-Shima-Miura foram avaliados pela produção de caules e folhas, e para o bicho-da-seda, foram medidos o peso médio dos casulos e o teor líquido de seda. A produção de folhas e ramos é maior quando se utiliza cobertura morta. A adubação verde não propicia aumento de biomassa da amoreira. O peso dos casulos é maior quando se aplica cobertura morta no amoreiral se comparada a adubação verde e adubação química, porém, não há diferenças quando considera-se cobertura morta, adubação orgânica e ausência de adubação. O teor líquido de seda é maior em casulos oriundos de lagartas que se alimentam de folhas de amoreira adubadas com cobertura morta quando comparada a adubação verde. Palavras-chave: amoreira, adubação verde, cobertura morta, adubação orgânica, adubação química Introdução A Sericicultura em nosso país constitui uma promissora alternativa nas atividades agropecuárias, desempenhando um importante papel na fixação do homem no meio rural, dada as características favoráveis que apresenta, sobretudo para pequenos proprietários. A espécie do bicho-da-seda (Bombyx mori L.) que é explorada economicamente em nosso país se alimenta exclusivamente de folhas de amoreira, cujo valor nutritivo está diretamente relacionado ao desempenho da larva. Segundo Machado (1989) a amoreira possui várias qualidades apreciáveis, como facilidade de adaptação a qualquer solo, precocidade, rusticidade e abundância de produção. O sucesso da produção de casulos do bicho-da-seda, segundo Singhal et al. (1999), está estreitamente relacionado ao valor nutritivo das folhas de amoreira, sendo o fator mais importante (38,2%), seguido do clima (37,2%), técnica de criação (9,3), raça do bicho-da-seda (4,2%), ovo (3,1%) e outros fatores (8,2%). Para que a amoreira produza folhas de melhor qualidade é necessária a reposição de nutrientes, incluindo os micronutrientes, que pouco são utilizados pelo sericicultor. Segundo Takahashi (1996), a quantidade e qualidade das folhas produzidas pela amoreira é de máxima importância na produção de casulos. Quanto maior for a produção de folhas, maior será a quantidade de lagartas criadas e, em relação a qualidade, que envolve as características nutricionais da planta, é premissa básica que, para obtenção do bom desempenho do bicho-da-seda, torna-se necessário considerar não apenas a composição foliar, mas também as características e peculiaridades que determinam o nível de aproveitamento dos nutrientes disponíveis no alimento. Efetuando um levantamento da situação da sericicultura paulista, Fonseca et al. (1976) constataram que apenas 35% dos sericicultores adotavam a prática de adubação orgânica, sendo o esterco de galinha um do mais utilizados. Conforme Takahashi et al. (2001) a adubação verde, ou seja, o cultivo e corte das plantas nas entrelinhas da cultura principal, com a finalidade de produzir massa no próprio local, objetivando a proteção do solo, diminui a erosão, diminui a amplitude da temperatura do solo, aumenta a retenção da água, desfavorece a instalação de plantas invasoras e auxilia na fixação simbólica de nitrogênio. Este trato cultural está sendo adotado com grande sucesso na maioria das culturas perenes. Entretanto, em amoreiras alguns trabalhos têm apresentado resultados insatisfatórios. Fonseca & Fonseca (1988) afirmam que a matéria orgânica é muito importante, pois ao se decompor em húmus, age tanto física como quimicamente no solo, e seus benefícios se verificam no bom Anais do I SICAS de 20 a 22 de Junho de 2007, Maringá – Paraná I SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS APLICADAS À SERICICULTURA – I SICAS desenvolvimento da planta. A cobertura morta (mulch) pode também ser usada com bons resultados, porque aumenta a temperatura e a quantidade de água no solo, favorece o combate à erosão, diminui a perda dos fertilizantes e evita o crescimento das ervas daninhas. Constatou-se que em solos cobertos comparados aos descobertos os ramos apresentam melhor crescimento e a produção de folhas aumenta. Fonseca et al. (1973), estudou a deficiência de macronutrientes em três variedades de amoreira. Durante o experimento as plantas foram irrigadas com solução nutritiva com omissão de um nutriente e para comparação com solução completa. Pelos resultados observou-se nitidamente o efeito da adubação principalmente do N, P e Ca na produção de folhas e também nos teores dos nutrientes na folha, evidenciando-se a importância da incorporação de nutrientes na cultura da amoreira. Os autores concluíram ainda que do ponto de vista da nutrição do bicho-da-seda, torna-se necessário que as folhas da amoreira apresentem alto teor de proteína. Estudando o efeito de diferentes tipos de adubação na produção da amoreira, Takahashi (1988) observou que a adubação orgânica superou a testemunha em 89,78%, a adubação química em 51,98% e adubação química foliar em 13,79%. Os teores de proteína bruta nas folhas foram: testemunha - 19,82%, adubação orgânica - 26,31%, adubação química no solo - 23,60% e a foliar - 23,45%. Para a produção de uma tonelada de ramos de amoreira, segundo Hanada & Watanabe (1986), são necessários 7,07 Kg de N, 1,56 Kg de P2O5 e 4,56 Kg de K2O. Takahashi (1988), desenvolvendo um trabalho de diferentes tipos de adubação na amoreira concluiu que as lagartas que se alimentaram de folhas provenientes de amoreira adubada com esterco de galinha produziram casulos com 2,15g de peso, em média, sendo 19% superiores as do tratamento testemunha. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes tipos de adubação na cultura da amoreira e na produção de casulos alimentados com folhas de amoreira que receberam os adubos. Visouse determinar práticas que possam ser executadas pelos sericicultores e que promovam maior produtividade e, consequentemente, uma maior lucratividade para o criador. Material e Métodos O trabalho abrangeu as três estações do ano sericícola (primavera, verão e outono) e foi desenvolvido no setor de sericicultura do departamento de zootecnia da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – UNESP, Campus de Jaboticabal, cujas coordenadas são: latitude 21º15’22” S e longitude 48º18’58” W, em uma altitude de 575 m, com temperatura média de 20º C e precipitação pluviométrica de 1.400 mm anuais. Foram utilizadas amoreiras do híbrido FM Shima-Miura, plantadas em um espaçamento de 3,00 m entre linhas e 0,6 m entre covas, com 12 anos de plantio, sendo cada parcela constituída de 20 plantas. Cada ensaio foi iniciado com a poda da amoreira rente ao solo e com 90 dias de desenvolvimento foram coletados os dados referentes à amoreira e iniciou-se a criação do bicho-da-seda. Os tratos culturais que constituíram os tratamentos deste trabalho foram efetuados após cada poda. Na ocasião da criação do bicho-da-seda, foram colhidos ramos com folhas no início da manhã e final da tarde, objetivando a colheita de folhas túrgidas que, após o corte, foram conservadas adequadamente no depósito de amoreira para que não houvesse a perda da turgescência até o momento de serem efetuados os tratos alimentares. A fim de oferecer condições semelhantes ao sistema adotado pelos sericicultores, uma vez que o objetivo deste trabalho é a indicação de cultivares compensadores aos mesmos, foram iniciados ensaios com lagartas no início do terceiro instar, da raça comercial distribuída pela fiação. Cada parcela foi constituída de 60 lagartas instaladas em esteiras de PVC de 40 x 45 cm em uma sirgaria de alvenaria de oito por 17m, com janelões basculantes e dotada de ventiladores de teto. Os tratos alimentares foram efetuados às 7h30, 10h30, 13h30, 16h30 e 19h30, totalizando cinco tratos diários. O primeiro, segundo e terceiro ensaios foram desenvolvidos nos meses de setembro a dezembro de 2003, dezembro de 2003 a março de 2004, e março de 2004 a junho de 2004, respectivamente. Foram estabelecidos quatro tratamentos com diferentes tipos de adubação (T2, T3, T4 e T5) e um tratamento sem adubação (T1). Nas plantas do T2 foi aplicado adubo verde, com semeadura de Crotalaria juncea a lanço, em todo espaço das entre linhas. No tratamento T3 foi colocada uma cobertura morta, com espessura de 5 mm, em todo o espaço das entrelinhas, composta de grama seca. O adubo orgânico esterco de galinha (T4), foi aplicado a 40 cm da linha de plantio a 15cm de profundidade, com um quilo de esterco por planta que foi coberto com terra. O adubo químico (T5) foi incorporado em sulcos da mesma forma que o esterco de galinha, com 20 g de N, 10 g de P2O5, e 15 g de K2O por planta. Anais do I SICAS de 20 a 22 de Junho de 2007, Maringá – Paraná I SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS APLICADAS À SERICICULTURA – I SICAS Na amoreira foram analisadas as seguintes características produtivas: produção de folhas por planta (kg) e produção de ramos (caules) por planta (kg). Aproximadamente 90 dias após a poda da amoreira foi colhida toda parte aérea de três plantas por parcela, destacando-se as folhas e pesando-se separadamente do caule, obtendo-se assim o peso das folhas e dos caules. Para avaliar o efeito na produção de casulos do bicho-da-seda, os seguintes parâmetros foram estudados: peso médio dos casulos (g) e teor líquido de seda (%). O peso médio dos casulos foi determinado pesando-se 30 casulos sem anafaia, coletados aleatoriamente de cada parcela. Para a determinação do teor líquido de seda, foram pesados 30 casulos completos, e com a retirada da crisálida e do espólio foi pesada a seda dos casulos (casca sérica). Com estes valores foi obtido o teor de seda bruta pela fórmula: % de seda bruta = Peso da seda de 30 casulos Peso de 30 casulos completos X 100 O teor de seda líquida foi obtido multiplicando-se o teor de seda bruta por 0,76. Na amoreira o delineamento experimental foi o de blocos casualizados com seis tratamentos e cinco repetições. Para a criação do bicho-da-seda, como o ambiente era homogêneo, foi adotado o delineamento experimental inteiramente casualizado com cinco tratamentos e quatro repetições. Resultados e Discussão A produção de folhas de amoreira, do cultivar FM Shima Miura, foi estatisticamente maior no tratamento com cobertura morta, com 2,191 kg por planta (Tabela 1). Em média, a produção de folhas do tratamento T3 foi 50,7%; 58,4%; 38,6%; e 38,1% maior que as dos tratamentos T1, T2, T4 e T5, respectivamente. Tabela 1. Produção de folhas (kg) de amoreira, cultivar FM Shima Miura, nos tratamentos testemunha, adubação verde, cobertura morta, adubação orgânica e adubação química, em cada um dos ensaios realizados durante o ano sericícola 2003 - 2004 e análise conjunta, em Jaboticabal – SP Ensaio 1 Ensaio 2 Ensaio 3 Análise Tratamento (Primavera) (Verão) (Outono) Conjunta 1 Testemunha 1,795b 1,503b 1,454b 1,063b Adubação verde 0,883b 1,778b 1,488b 1,383b Cobertura morta 1,543a 2,758a 2,273a 2,191a Adubação orgânica 1,040b 1,885b 1,818ab 1,581b Adubação química 1,130b 2,050ab 1,555b 1,578b 1 Médias seguidas por letras iguais, na coluna, não diferem estatisticamente entre si (P>0,05), pelo teste de Duncan O tratamento T3 não foi significativamente superior ao T5 no verão e ao T 4 no outono. A cobertura morta além de oferecer nutrientes de forma gradativa às plantas, impede a erosão e a perda de nutrientes, agregando valores químicos e estruturais ao solo, apresentando bons resultados em comparação aos solos descobertos (Fonseca & Fonseca, 1988). Apesar de não haver diferença significativa, a produção de folhas do tratamento T2 foi 9,5% menor que a do tratamento sem adubação (T1), indicando que há competição por nutrientes entre o adubo verde e a amoreira. Na análise conjunta dos dados da produção de ramos, T3 foi estatisticamente superior aos demais tratamentos, seguido de T4, T1 e T2, que não diferiram entre si (Tabela 2). Anais do I SICAS de 20 a 22 de Junho de 2007, Maringá – Paraná I SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS APLICADAS À SERICICULTURA – I SICAS Tabela 2: Produção de ramos (kg) de amoreira, cultivar FM Shima Miura, nos tratamentos testemunha, adubação verde, cobertura morta, adubação orgânica e adubação química, em cada um dos ensaios realizados durante o ano sericícola 2003 - 2004 e análise conjunta, em Jaboticabal - SP Ensaio 1 Ensaio 2 Ensaio 3 Análise Tratamento (Primavera) (Verão) (Outono) Conjunta 1 Testemunha 1,515b 1,423b 1,150b 0,513b Adubação verde 0,350b 1,565b 1,200b 1,038b Cobertura morta 0,953a 2,578a 2,193a 1,908a Adubação orgânica 0,485b 1,803b 1,630ab 1,306b Adubação química 0,540b 1,473b 1,263b 1,092b 1 Médias seguidas por letras iguais, na coluna, não diferem estatisticamente entre si (P>0,05), pelo teste de Duncan O peso dos caules do tratamento T3 foi 65,9%; 83,8%; 46,1% e 74,7% maior que o peso dos caules de T1, T2, T4 e T5, respectivamente. No verão, apesar de uma produção de ramos 25,7% maior com cobertura morta, T3 e T4 foram estatisticamente iguais. Nas demais épocas, T3 sempre foi significativamente superior aos outros tratamentos. A adubação verde proporcionou uma produção 9,7% que a da testemunha. Os resultados obtidos não estão de acordo com Takahashi (1988), que estudando os efeitos de diferentes tipos de adubação na produção da amoreira, observou-se que adubação orgânica superou a testemunha e a adubação química. Em média, os casulos mais pesados foram produzidos por lagartas que receberam folhas de amoreiras adubadas com cobertura morta, seguidos dos casulos oriundos de lagartas alimentadas com amoreira que recebeu adubação orgânica, nenhuma adubação (testemunha), adubação química e adubação verde (Tabela 3). Tabela 3: Peso médio dos casulos (g) de lagartas alimentadas com folhas de amoreira, cultivar FM Shima Miura, nos tratamentos testemunha, adubação verde, cobertura morta, adubação orgânica e adubação química, em cada um dos ensaios realizados durante o ano sericícola 2003 - 2004 e análise conjunta, em Jaboticabal - SP Ensaio 1 Ensaio 2 Ensaio 3 Análise Tratamento (Primavera) (Verão) (Outono) Conjunta 1 Testemunha 2,096a 1,938a 1,920ab 1,726b Adubação verde 1,426d 1,930b 1,890a 1,749c Cobertura morta 2,026a 2,138a 1,962a 2,042a Adubação orgânica 1,658b 2,140a 1,982a 1,927ab Adubação química 1,574c 2,072a 1,950a 1,865bc 1 Médias seguidas por letras iguais, na coluna, não diferem estatisticamente entre si (P>0,05), pelo teste de Duncan Na análise conjunta dos resultados para peso médio dos casulos, o tratamento T3 foi estatisticamente superior a T2 e T 5 e, apesar de não haver diferença significativa, seus casulos foram 6,4% e 6,0% mais pesados que os dos tratamentos T1 e T4, respectivamente. Na primavera, T3 foi significativamente superior a T1, T2, T4 e T5. No verão, apenas em T2 obtiveram-se casulos estatisticamente mais leves em relação aos demais tratamentos. E, no outono, não houve diferença significativa para o peso dos casulos. Os resultados não estão de acordo com Takahashi (1988) que, desenvolvendo um trabalho de diferentes tipos de adubação, concluiu que as lagartas alimentadas com folhas provenientes de amoreira adubada com esterco de galinha produziram casulos mais pesados que a testemunha. Verifica-se na Tabela 4 que o teor de seda líquida foi maior em T3, com 17,931% de seda líquida, na análise conjunta dos dados. O tratamento T3 foi estatisticamente superior a T2, não havendo diferença estatística nas outras comparações. Anais do I SICAS de 20 a 22 de Junho de 2007, Maringá – Paraná I SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS APLICADAS À SERICICULTURA – I SICAS Tabela 4: Teor de seda líquida dos casulos (g) de lagartas alimentadas com folhas de amoreira, cultivar FM Shima Miura, nos tratamentos testemunha, adubação verde, cobertura morta, adubação orgânica e adubação química, em cada um dos ensaios realizados durante o ano sericícola 2003 - 2004 e análise conjunta, em Jaboticabal - SP Ensaio 1 Ensaio 2 Ensaio 3 Análise Tratamento (Primavera) (Verão) (Outono) Conjunta 1 Testemunha 17,900b 17,668a 17,823ab 17,900a Adubação verde 16,340c 18,360a 17,302a 17,334b Cobertura morta 18,160a 18,200ab 17,434a 17,931a Adubação orgânica 17,660ab 18,100ab 17,518a 17,759ab Adubação química 17,180b 18,300ab 17,034a 17,505ab 1 Médias seguidas por letras iguais, na coluna, não diferem estatisticamente entre si (P>0,05), pelo teste de Duncan Na primavera, o teor de seda líquida em T3 foi estatisticamente maior que em T2 e T5. No verão T3 superou apenas a testemunha e, no outono, foi estatisticamente igual a T1, T2, T4 e T5. Em média, a cobertura morta propiciou um teor de seda líquida 6,2%; 3,4%; 1,0% e 2,4% maior que a testemunha, adubação verde, adubação orgânica e adubação química. Conclusões Para o cultivar FM Shima Miura cultivado nas condições experimentais expostas, pode-se concluir que: A produção de folhas e ramos é maior quando se utiliza cobertura morta. A adubação verde não propicia aumento de biomassa da amoreira. O peso dos casulos é maior quando se aplica cobertura morta no amoreiral se comparada a adubação verde e adubação química, porém, não há diferenças quando considera-se cobertura morta, adubação orgânica e ausência de adubação. O teor líquido de seda é maior em casulos oriundos de lagartas que se alimentam de folhas de amoreira adubadas com cobertura morta quando comparada a adubação verde. Agradecimentos A Fapesp e CNPq pelo auxílio à pesquisa e bolsas de estudo concedidos. 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