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A altura de cada participante da pesquisa foi aferida em centímetros (cm) e o peso em quilogramas (Kg). As medidas antropométricas do forame magno foram realizadas utilizando o programa InVesalius®, versão 3.0 e foi classificado de acordo com sua morfologia, de acordo com a classificação proposta por Chethan. Resultados: Dos 96 pacientes analisados, 57(59,4%) eram do sexo masculino e 39(40,6%) feminino, com média de idade de 36,34. Na classificação do IMC, 3(3,1%)desnutrição, 58(60,4%)eutrofia, 29(30,2%)sobrepeso, 06(6,3%)obesidade. A média da altura foi de 167,00cm. Nas médias das medidas antropométricas do forame magno, obteve-se: B-0: 32,77mm; L1-L2: 29,28mm; área Radinsky: 755,64mm; área Teixeira: 751,19mm. Nas classificações do forame: A: 38(39,6%); B: 21(21,9%); C: 13(13,5%); D: 2(2,1%); E: 2(2,1%); F:10(10,4%); G: 10(10,4%). Conclusão: Foi possível estabelecer correlação estatística entre as medidas antropométricas do forame magno com os dados analisados. Foi possível identificar um tipo morfológico mais prevalente dentro da população estudada. Houve diferenças significativas entre as faixas etárias na distância B-O; entre sexos em cada uma das variáveis analisadas (Faixa etária, Sexo e IMC); entre categorias do IMC na medida área Texeira. PALAVRAS-CHAVE: Odontologia Legal. Forame Magno. Antropologia Forense. 2 ABSTRACT Objectives: To establish the correlation between the anthropometric measurements of the foramen magnum and the height, weight and sex of the individuals in a Brazilian population for purposes of human identification. Methodology: The present study was carried out with individuals of both sexes, volunteers who sought the Medical Radiology Service of the Oswaldo Cruz University Hospital (HUOC / UPE) to perform a tomographic examination on the skull or face. The height of each participant was measured in centimeters and the weight in kilograms. The anthropometric measurements of the foramen magnum were performed using InVesalius®, version 3.0 and were classified according to their morphology, using the classification proposed by Chethan. Results: Of the 96 patients analyzed, 57 (59.4%) were males and 39 (40.6%) were females, with a mean age of 36.34. In the classification of BMI, was found 3 (3.1%) undernourished, 58 (60.4%) eutrophic, 29 (30.2%) with overweight and 6 (6.3%) obese. The average height was 167.00cm. In the averages of the anthropometric measurements of the foramen magnum, it was obtained: B-0: 32,77mm; L1-L2: 29.28mm; Radinsky area: 755.64mm; Teixeira area: 751.19mm. In the classifications of the foramen: A: 38 (39.6%); B: 21 (21.9%); C: 13 (13.5%); D: 2 (2.1%); E: 2 (2.1%); F: 10 (10.4%); G: 10 (10.4%). Conclusion: It was possible to establish a statistical correlation between the anthropometric measurements of the foramen magnum and the data analyzed. It was possible to identify a more prevalent morphological type within the study population. There were significant differences between the age groups in distance B-O; between sexes in the each analyzed variables (age group and BMI); between BMI categories in the Texeira area measure. KEYWORDS: Legal Dentistry. Foramen Magnum. Forensic Anthropology. 3 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Classificação proposta por Chethan do forame magno de 23 acordo com a morfologia........................................................................... Figura 2 - Balança eletrônica digital para aferição do 24 peso.................................................................................... Figura 3 - Aferição da altura dos participantes da 24 pesquisa............................................................................. 4 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Avaliação do perfil da amostra 28 analisada.............................................................. Tabela 2 - Avaliação das medidas antropométricas 30 analisadas…………………………………………... Tabela 3 - Estatísticas das medidas antropométricas 31 segundo o perfil da amostra analisada……………………………………………. Tabela 4 - Correlação entre as medidas antropométricas 32 com as variáveis: Idade, peso, altura e IMC…………………………………………………... Tabela 5 - Avaliação da classificação do forame segundo 33 a faixa etária................................................... Tabela 6 - Avaliação da classificação do forame segundo o 33 sexo………………………………………………… Tabela 7 - Avaliação da classificação do forame segundo a 34 classificação do IMC……………………………….. 5 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Distribuição dos pacientes segundo a faixa etária............... 29 Gráfico 2 - Distribuição dos pacientes segundo o sexo........................ 29 6 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 8 2. REVISÃO DA LITERATURA 12 2.1. IDENTIDADE E IDENTIFICAÇÃO 12 2.2. ESTATURA 14 2.3. ESTIMATIVA DE ESTATURA 16 3. OBJETIVOS 20 4. MATERIAIS E MÉTODOS 21 5. RESULTADOS 27 6. CONCLUSÕES 35 REFERÊNCIAS 36 APÊNDICE A 42 APÊNDICE B 45 7 1. INTRODUÇÃ O A identidade é o conjunto de características próprias e particulares de uma pessoa, sendo elas físicas, funcionais ou psíquicas, natos ou adquiridos, o que a torna diferente das outras pessoas. Para que o processo de identificação seja aplicado de forma correta ele deve obedecer a 5 importantes requisitos: unicidade, imutabilidade, perenidade, praticabilidade e aplicabilidade (VANRELL, 2009). Já́ a identificação é um processo usado afim de descobrir a identidade de uma coisa ou pessoa (FRANÇA, 2004). Vários métodos são utilizados a fim de se estabelecer uma identidade, que incluem a papiloscopia, os exames antropológicos, a genética forense e a análise odontológica, que é de suma importância principalmente nos casos de carbonização, pois a identificação pela necropapiloscopia fica dificultada, já́ que os dermoglifos não resistem bem à ação térmica (CEVALLOS et al., 2009). Nesse contexto, tem ocorrido o crescente interesse e necessidade por métodos alternativos e confiáveis de identificação humana nos diversos estudos da literatura pertinente (MOHAMMED et al., 2013). Os exames antropológicos podem ser realizados tanto no indivíduo vivo, como em corpos mutilados, carbonizados, esqueletos completos ou em partes deles, o que torna mais difícil a identificação. Busca-se identificar nos esqueletos completos ou em partes dele, o sexo, a espécie, o fenótipo, a cor 8 da pele, a idade e a estatura, analisando os vários tipos de ossos (FRARI et al., 2008). A estimativa da estatura se apresenta como um recurso objetivo na identificação dos despojos humanos tornando-se, pois, imprescindível o seu conhecimento em antropologia (CAVALCANTI et al., 2007). É comum encontrar ossos isoladamente, sem a série esquelética completa, e portanto, deve-se proceder a uma metodologia osteomé́trica, através do estudo de ossos como clavícula, úmero, rádio, ulna, fêmur (BELMONT et al., 2011) e também a partir de medidas craniométricas no processo mastóide do osso occipital (KACHAN et al., 2013). A identificação bem-sucedida do cadáver é vital para qualquer investigação forense. Uma das principais características biológicas a ser estimada a partir de restos de esqueletos é o sexo do indivíduo. A Análise antropológica é o esteio na estimativa do sexo de restos de cadáveres desconhecidos. A estimativa do sexo no esqueleto depende da expressão no dimorfismo sexual das características ósseas que são produzidas através de diferentes padrões, taxas e períodos de crescimento na adolescência (TRACY,2005). O sexo pode ser estimado a partir de um exame macroscópico no esqueleto usando técnicas métricas e morfológicas. Krogman em um estudo para estimativa do sexo, obteve uma precisão de 100% quando todo o esqueleto estava presente, 98% da pelve e crânio, 95% com apenas pelve 9 ou pelve e ossos longos, e 80% a 90% quando apenas ossos longos ou o crânio sozinho é trazido para o exame. A estimativa do sexo se torna mais difícil se apenas fragmentos do crânio são trazidos para o exame médico-legal. Esses crânios fragmentados podem ser encontrados em casos de insultos físicos, tais como fogo, explosões ou violência. A região basal do osso occipital é coberta por um maior volume de tecido mole. Devido à sua espessura e posição anatômica relativamente bem protegida, a região basal do osso occipital é a mais provável de sobreviver aos insultos físicos do que outras partes do crânio. Assim, os estudos sobre a estimativa do sexo usando o osso occipital podem ser úteis em casos de identificação (GAPERT, 2009). Vários métodos de estimativa de estatura, a partir de ossos longos, do crânio, dentes, segmentos da coluna vertebral foram desenvolvidos e aplicados em diversas populações. O maior problema encontrado, reside no fato de serem feitos em uma determinada população e aplicada em outra, com padrões de raça e miscigenação diferentes. A avaliação de estatura em antropologia forense apresenta-se como um recurso importante nos casos de identificação humana (GIDNA e RODRIGO, 2013). No entanto, em países como o Brasil, que apresenta uma grande miscigenação racial, essa avaliação torna-se difícil pela inexistência de padrões e métodos que possam ser utilizados nessa população no processo de identificação humana. Para minimizar tais dificuldades, grandes estudos populacionais se 10 fazem necessário, para conhecimento o mais amplo possível das variáveis que envolvem a população estudada. 11 2 REVISÃO DA LITERATURA 2.1. IDENTIDADE E IDENTIFICAÇÃO A identificação humana constitui-se numa etapa de suma importância nos processos civis e criminais. A identidade é o conjunto de características físicas, funcionais e psíquicas, normais ou patológicas, que individualizam um determinado indivíduo, tornando-o distinto e único (PEREIRA, 2012). No que diz respeito às características físicas, destacam-se a idade, sexo, malformações anatômicas, estatura, marcas e cicatrizes, tatuagens, sinais individuais e o biotipo. Nas características funcionais, salienta-se a atitude, mímica, locomoção, gestos, funções sensoriais, escrita e voz (VANRELL, 2009). O professor Afrânio Peixoto afirmava que “Identidade é o conjunto de sinais ou propriedades que caracterizam um indivíduo entre todos, ou entre muitos, e o revela em determinada circunstância, e que estes sinais são específicos e individuais, originários ou adquiridos”. (FRANÇA, 2012). “Identidade é o conjunto de caracteres que individualizam uma pessoa ou uma coisa”. (ARAÚJO, 1957). Arbenz afirmava que o conjunto de atributos que caracterizassem uma coisa ou pessoa era sua identidade. Ele ainda afirmava que identidade, igualdade e semelhança são termos diferentes. Identidade como sendo um 12 individualizador de uma coisa ou pessoa, Igualdade tendo relação com quantidade e semelhança com qualidade (FRANÇA, 2012). A identificação forense é fundamental por razões não apenas humanitárias, mas também devido à necessidade de investigação civil e/ou criminal, e é essencialmente baseada em antropologia, odontologia e patologia forense, podendo fazer uso de metodologias complementares como análises de radiografias, tomografias computadorizadas e de perfil genético do DNA (KAWAMOTO et al., 2015). Identificação de um indivíduo desmembrado, mutilado ou fragmentado é um desafio para os peritos forenses, nos casos, onde a identificação completa é improvável, a identificação parcial assume importância para futuras investigações. O problema é encontrado nos casos de desastres de massa, explosões e nos casos onde o corpo é desmembrado para ocultar a identidade da vítima. O pé tem sido extensivamente estudado para prover informações valiosas sobre um indivíduo. Pesquisadores têm tentado determinar o sexo através das medidas dos pés, desenho dos pés e ossos dos pés. (KANCHAN et al, 2008). Com o passar do tempo, a necessidade no que se refere à identidade individual com relação a vida civil ou de comércio, está cada vez maior, sem mencionar o fato de se estabelecer a falsa identidade ou caracterizar um reincidente criminal. Além do exposto acima, ainda se tem a necessidade de 13 identificar cadáveres decompostos, restos cadavéricos, esqueletos ou peças ósseas isoladas (FRANÇA, 2012). Na prática forense os casos de identificação podem corresponder a uma das três situações (CANÃDAS E GONZALO, 2004): a) Sujeitos vivos: são os casos de desaparecidos, falsidade ideológica e investigação de paternidade, assim como doentes mentais com estados patológicos em curso, com amnésia ou transtornos de consciência e menores que não possuam familiares, amigos ou documentos válidos para se identificar; b) Cadáveres recentes: os casos mais frequentes correspondem às vítimas de desastres coletivos: incêndios em locais públicos, inundações, acidentes aéreos, ou de trens, etc., nos quais as vítimas resultem deformadas, de forma a tornar difícil seu reconhecimento. c) Esqueleto e restos cadavéricos: a identificação de cadáveres em estado de putrefação avançada, de cadáveres mutilados ou restos cadavéricos apresenta problemas diferentes dos casos anteriores, tanto pela limitação de dados proporcionados pelo exame do esqueleto ou dos restos cadavéricos como pela essência do problema judicial. 2.2. ESTATURA Estatura é definida como sendo a distância entre o vértex da cabeça e o solo. Estas dimensões dependem do comprimento de vários segmentos: 14 cefálico, espinhal, pélvico e membros inferiores. É considerado um dos mais importantes indicadores do tamanho do corpo. A estatura de um adulto humano é o resultado de um processo biológico multifatorial. Fatores determinantes (herança poligênica) definem o potencial fisiológico, enquanto condições ambientais (nutrição, clima, oxigênio, afetividade) e o grau de adaptabilidade ambiental, determinará a extensão do potencial realizado. (CANDA, 2009). Estatura é um dos importantes parâmetros utilizados em perfis biológicos como um indicador de identidade. Os membros inferiores mostram maior associação com a estatura dos corpos do que os membros superiores. A estatura pode ser estimada através de impressões plantares e várias medidas dos pés, tais como, comprimento do pé, largura do pé, maléolo e altura navicular do pé. (UHROVÁ et al, 2013; KANCHAN et al, 2008). A estatura é um dos componentes importantes da identificação, por isso quando descobrimos a estatura de determinada vítima ou suspeito, damos um enorme passo em direção a sua identificação. De acordo com Almeida Júnior, Costa Júnior (1977), um dos instrumentos mais usados para identificação é a estatura do indivíduo. A forma e as medidas da estatura que são obtidas de cadáveres e de pessoas vivas é diferente. No cadáver a estatura é medida em decúbito, e esta sempre é maior do que no indivíduo vivo tanto estando ele em pé quanto deitado. Isto acontece em consequência do relaxamento da musculatura devido a rigidez que 15 acomete o indivíduo morto. Também é de grande importância mencionar que, no vivo a estatura varia no período da manhã e à tarde, esta mudança diurna na estatura foi indicada primeiramente em 1726 (WHITEHOUSE, 1974; KRISHAN, 2007). Isto ocorre pela influência do peso do corpo que durante o dia, produz achatamento dos discos intervertebrais, este fenômeno irá desaparecer com o repouso da noite. Em esqueletos, usam-se as medidas dos ossos longos dos membros superiores e inferiores para determinar a estatura, conforme tabelas já estabelecidas. A diferença existente entre medidas de estatura no período da tarde e da noite varia em torno de 1 a 3 cm. Também foi comprovado que a medida em decúbito é maior em torno de 2 a 3 cm em relação à medida vertical. (ALMEIDA JÚNIOR, COSTA JÚNIOR, 1997). 2.3. ESTIMATIVA DE ESTATURA Estimativa de estatura de restos mortais de esqueletos humanos adultos, pode ser calculada de duas maneiras: o método matemático e o método anatômico. O método matemático usa fórmulas de regressões baseadas na correlação de elementos esqueletais individuais. A estimativa de estatura produzida através da fórmula de regressão de ossos longos são as que têm maior acurácia, pois os ossos longos são os elementos que têm maior correlação com a estatura. A maior acurácia do método matemático para 16 estimativa de estatura se dá quando a população que está sendo investigada tem características similares à população usada para criar a fórmula. O método anatômico envolve a reconstrução direta da estatura através das medidas dos comprimentos ou estatura de elementos esqueletais contíguos. (RAXTER, 2006; RAICHLEN, 2010; SEN, 2011). Cientistas forenses tentam identificar remanescentes humanos, independente da quantidade ou estágio de decomposição que são encontrados. O processo de identificação humana requer múltiplos estágios de investigação e a combinação de várias evidências que podem levar a identidade do cadáver. Os métodos e técnicas utilizados no processo de identificação são dependentes de numerosos fatores, incluindo o contexto onde foram encontrados, as regiões anatômicas descobertas e o grau de decomposição ou fragmentação dos remanescentes (DAVIES, 2013). O pé humano tem sido foco de diversas áreas de pesquisa no passado, incluindo estudos no paciente diabético relacionados com problemas ortopédicos, paleoantropologia e estudo da evolução, ergonomia industrial, estudos anatômicos, estudos antropológicos e investigação forense do pé. A identificação forense através dos pés e suas partes, deve-se ao fato, do mesmo ser encontrado frequentemente protegido por sapatos e separados do resto do corpo nos desastres em massa como ataques terroristas, explosões, acidentes aéreos, tsunamis, enchentes e terremotos. (MEIER-AUGENSTEIN, 2008; KRISHAN, 2012; NAGAR, 2012). 17 Estruturas anatômicas dos pés mostram variações étnicas e regionais por fatores climáticos, atividades físicas, condições nutricionais, tipos de calçados e congenialidade. Medidas antropométricas feitas para determinar estas diferenças, nos dão dados específicos sobre a população. Estas medidas também ajudam a ver diferenças entre as populações. Em corpos fragmentados, onde a estimativa de estatura e de gênero não podem ser realizadas pelas estruturas anatômicas primárias, com somente um pé, gênero e estatura do indivíduo podem ser determinados, usando método antropométrico. (BARKER, 1998; ZEYBEK, 2008). Na identificação de remanescentes humanos e ossos desmembrados a antropologia forense é essencial para estimar sexo, idade e estatura, combinado com o exame de DNA para sexo e polimorfismo genético. Neste processo a radiologia detecta características anatômicas, patologias específicas de ossos e materiais estranhos aos corpos, como materiais cirúrgicos. Detecta também, diferenças relacionadas ao sexo e mudanças que dependem da idade dos indivíduos, provendo assim medidas para estimativa de estatura. (ROBBINS, 1985; BENNETT, 2009; KAWAMOTO, 2015). Variações raciais e étnicas são crescentes em diferentes regiões, por isso cada grupo racial precisa de uma fórmula de regressão diferente. Os estudos de estimativa de estatura devem ser personalizados, de maneira a gerar fórmulas de regressão separadas para homens e mulheres, uma vez que existem diferenças estatísticas significantes em estatura e dimensões 18 entre diversas partes do corpo de homens e mulheres (KANCHAN, 2010; KRISHAN, 2010). 19 3. OBJETIVOS Objetivo Geral Estabelecer a correlação de medidas antropométricas do forame magno com a altura, peso e sexo dos indivíduos de uma população brasileira para fins de identificação humana. Objetivos Específicos x Descrever as medidas antropométricas do forame magno da população estudada; x Relacionar características individuais (sexo, idade, peso e altura) com os dados encontrados; x Produzir um índice aplicável às diversas situações forenses para se estimar altura e sexo dos indivíduos a partir das coletas das medidas antropométricas realizadas. 20 4. MATERIAIS E MÉTODOS Estudo do tipo transversal, prospectivo e randomizado por conveniência, desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Perícias Forenses, nível de mestrado da Faculdade de Odontologia da Universidade de Pernambuco (FOP/UPE), Camaragibe-PE. Participaram desta pesquisa indivíduos voluntários que procurem espontaneamente o Serviço de Radiologia Médica do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC/UPE) para realização de exame tomográfico em crânio ou face. A amostra foi constituída de um total de 96 (noventa e seis) indivíduos. Foram incluídos na amostra indivíduos: - Saudáveis, de ambos os sexos, a partir dos 18 anos de idade; - Que procurassem espontaneamente o Serviço de Radiologia Médica do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC/UPE); - Que aceitassem espontaneamente participar do protocolo experimental e assinassem o TCLE. Foram excluídos da amostra os indivíduos: - Com sinais de trauma; - Que tivessem doenças que afetaram o crânio; - Com histórico de cirurgia prévia na região; - Que apresentassem imagens artefatuais no exame tomográfico. 21 O tomógrafo computadorizado multislice/GE de 4 canais, com espessura do corte de 1,25mm e incremento de 1mm, foi utilizado no experimento. As imagens obtidas foram visualizadas no programa InVesalius®, versão 3.0 (Software público, Brasil). A partir das ferramentas de medição do programa as medidas lineares do forame magno foram aferidas e realizadas no monitor de notebook MacBook Air (Apple Inc, California, EUA) de 13,3 polegadas, utilizando-se um cursor do console da tomografia, com uma acurácia de 0,01 mm. Para tal, os seguintes pontos foram determinados: - Básio (B): Ponto de intersecção entre o plano sagital mediano e margem anterior do forame magno; - Opístio (O): Ponto de intersecção entre o plano sagital mediano e margem posterior do forame magno; - Lateral 1 (L1): Ponto de maior curvatura lateral do forame magno, ao lado direito; - Lateral 2 (L2): Ponto de maior curvatura lateral do forame magno, ao lado esquerdo; Demarcados os pontos, as seguintes medidas lineares serão aferidas: - Distância B-O: Diâmetro ântero-posterior do forame magno; - Distância L1-L2: Diâmetro látero-lateral do forame magno; 22 Além das distâncias lineares supracitadas, a área do forame também foi calculada, de duas maneiras, através da aplicação das fórmulas de Radinsky e Teixeria utilizando as respectivas medidas lineares previamente coletadas: - Radinsky: Área = ¼ x ∏ x (L1-L2) x (B-O) - Teixeria: Área = ∏ x {(B-O)+(L1-L2)/4}2 O forame magno dos indivíduos incluídos na amostra foi classificado de acordo com sua morfologia, de acordo com a classificação proposta por Chethan et al. (2012), em (Figura 1): Figura 1. Classificação proposta por Chethan do forame magno de acordo com a morfologia: AArredondado, B- Oval, C- Tetragonal, D- Achatado, E- Irregular, F- Hexagonal e GPentagonal. 23 A altura de cada participante foi aferida em centímetros a partir da distância vertical entre o ponto vértex e o chão (Figura 2). Figura 2. Aferição da altura dos participantes da pesquisa. O peso foi aferido em quilogramas (Kg), através de balança eletrônica digital (Camry, Zhongshan Camry eletronic, China) (Figura 3). Figura 3. Balança eletrônica digital para aferição do peso. 24 Considerações Bioéticas A pesquisa foi desenvolvida de acordo com a resolução de número 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, e a declaração de Helsinki VI, promulgada em 2000, referentes à ética em pesquisa envolvendo seres humanos. O projeto foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade de Pernambuco, sob o número 32057314.2.0000.5207. Métodos Estatísticos Os dados foram analisados descritivamente através frequências absolutas e percentuais para as variáveis categóricas e das medidas média, desvio padrão e mediana para as variáveis numéricas e foram analisados inferencialmente através de testes estatísticos. Para avaliar associação significativa entre duas variáveis categóricas foi utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson, o teste Exato de Fisher nas situações em que a condição para utilização do teste Qui-quadrado não foi verificada ou o teste da Razão de Verossimilhança quando não foi possível se obter o teste Exato de Fisher. Para a comparação entre categorias em relação às variáveis numéricas foi utilizado o teste t-Student com variâncias iguais para duas categorias e F (ANOVA) para mais de duas categorias. No caso de diferença significativa pelo teste F (ANOVA) foram utilizados testes de comparações múltiplas LSD 25 (Least significance diferences). Para avaliar o grau da relação entre duas variáveis numéricas foi obtido o coeficiente de correlação de Pearson ou de Spearman. Ressalta-se que escolha dos testes t-Student, F (ANOVA) e coeficiente de correlação de Pearson foi utilizado quando a hipótese de normalidade foi verificada e o coeficiente de Spearman quando a hipótese de normalidade foi rejeitada. A verificação da normalidade foi realizada através do teste de Shapiro-Wilk e a hipótese de igualdade de variâncias foi através do teste F de Levene. A margem de erro utilizada na decisão dos testes estatísticos foi de 5%. Os dados foram digitados na planilha EXCEL e o programa utilizado para elaboração dos cálculos estatísticos foi o IBM SPSS na versão 23. 26 5. RESULTADOS Na Tabela 1 se apresenta os resultados relativos ao perfil da amostra pesquisada. Desta tabela se destaca que: a média da idade foi 36,34 anos e o valor do desvio padrão foi um pouco superior à metade da média correspondente indicando uma variabilidade não elevada; os percentuais das 5 faixas etárias consideradas variaram de 12,5% a 25,0%, sendo menos elevada na faixa 60 a 105 anos e mais elevada na faixa 20 a 29 anos; a maioria (59,4%) era do sexo masculino. As médias das variáveis: peso, altura e IMC foram respectivamente 67,63 kg, 1,67 cm e 24,20 kg/cm; a maioria (60,4%) foi classificada com eutróficos, seguido de 30,2% com sobrepeso e os percentuais com desnutrição e de obesidade foram respectivamente 3,1% e 6,3%. Considerando o agrupamento dos que tinham desnutrição, sobrepeso e obesidade (não normal) foi registrado que 39,6% eram não eutróficos. 27 Tabela 1 – Avaliação do perfil da amostra analisada Variável Grupo Total TOTAL: n (%) 96 (100,0) Idade: Média ± DP (Mediana) 36,34 ± 18,98 (32,50) Faixa etária: n (%) 8 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 59 60 a 105 18 (18,7) 24 (25,0) 21 (21,9) 21 (21,9) 12 (12,5) Sexo: n (%) Masculino Feminino 57 (59,4) 39 (40,6) Peso: Média ± DP (Mediana) 67,63 ± 12,53 (68,00) Altura: Média ± DP (Mediana) 1,67 ± 0,08 (1,68) IMC: Média ± DP (Mediana) 24,20 ± 3,53 (23,91) IMC classificado1: n (%) Desnutrição (< 18,50) Eutrofia (18,50 a 24,99) Sobrepeso (25,00 a 29,99) Obesidade (≥ 30,00) 3 (3,1) 58 (60,4) 29 (30,2) 6 (6,3) IMC classificado2: n (%) Não eutróficos (Desnutrição/ Sobrepeso/ Obesidade) Eutróficos 38 (39,6) 58 (60,4) 28 Gráfico 1 – Distribuição dos pacientes segundo a faixa etária 60 anos ou mais 12,5% 8 a 19 anos 18,8% 40 a 59 anos 21,9% 20 a 29 anos 25,0% 30 a 39 anos 21,9% Gráfico 2 – Distribuição dos pacientes segundo o sexo Feminino 40,6% Masculino 59,4% A Tabela 2 apresenta as estatísticas das medidas antropométricas analisadas e as frequências da classificação do forame onde é possível ressaltar que: as maiores frequências corresponderam as classificações “A”, “B” e “C” com valores de 39,6%, 21,9% e 13,5% e as demais classificações tiveram percentuais que variaram de 2,1% a 10,4%; as variáveis numéricas 29 mostraram variabilidade reduzida desde que os valores dos desvios padrões foram inferiores a 1/3 das médias correspondentes. Tabela 2 – Avaliação das medidas antropométricas analisadas Variável Valores TOTAL: n (%) 97 (100,0) Distância B-O: Média ± DP (Mediana) 32,77 ± 2,89 (33,14) Distância L1-L2: Média ± DP (Mediana) 29,28 ± 2,43 (29,38) Área Radinsk: Média ± DP (Mediana) 755,64 ± 109,98 (762,95) Área Teixeira: Média ± DP (Mediana) 751,19 ± 115,36 (763,05) Classificação do forame: n (%) A B C D E F G 38 (39,6) 21 (21,9) 13 (13,5) 2 (2,1) 2 (2,1) 10 (10,4) 10 (10,4) Na Tabela 3 se apresenta as estatísticas das medidas segundo cada uma das variáveis: faixa etária, sexo e categorias do estado nutricional. Desta tabela se verifica diferença significativa entre faixas etárias na distância B-O; entre sexos em cada uma das variáveis analisadas; entre categorias do IMC na medida área Texeira. Para as variáveis com diferenças significativas se salienta que: as médias da distância B-O reduziram com a faixa etária, sendo 34,08 na faixa 8 a 19 anos e 31,24 na faixa 60 anos ou mais e através de testes de comparações múltiplas se comprova diferenças significativas entre faixa 8 a 19 anos com todas as faixas exceto 20 a 29 anos e entre a faixa 20 a 29 anos com 30 as faixas 40 a 59 anos e 60 a 105 anos; as médias das medidas foram correspondentemente mais elevadas no sexo masculino do que no sexo feminino; a média da área Teixeira foi mais elevada entre os que tinham o IMC alterado do que os tinham o IMC normal. Tabela 3 – Estatísticas das medidas antropométricas segundo o perfil da amostra analisada Variáveis Faixa etária 8 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 59 60 a 105 Valor de p Distância B-O Média ± DP (Mediana) Distância L1-L2 Média ± DP (Mediana) Área Radinsk Média ± DP (Mediana) Área Teixeira Média ± DP (Mediana) 34,08 ± 1,96 (34,54)(A) 33,74 ± 2,34 (33,99) (AC) 32,20 ± 3,10 (32,30) (BC) 31,97 ± 2,63 (32,33) (B) 31,24 ± 3,96 (29,99) (B) p(1) = 0,014* 29,22 ± 1,92 (29,24) 29,45 ± 2,16 (29,63) 29,63 ± 3,02 (29,83) 29,27 ± 2,13 (28,82) 28,43 ± 3,08 (28,46) p(1) = 0,736 782,37 ± 74,64 (792,81) 781,77 ± 95,54 (771,73) 751,68 ± 123,24 (729,14) 737,04 ± 103,74 (722,73) 702,77 ± 152,28 (672,10) p(1) = 0,214 788,09 ± 74,52 (798,45) 777,98 ± 97,13 (770,65) 726,57 ± 140,23 (718,32) 739,37 ± 104,64 (725,94) 706,02 ± 153,40 (672,19) p(1) = 0,188 33,53 ± 2,73 (33,63) 31,65 ± 2,79 (32,03) p(2) = 0,001* 29,93 ± 2,44 (29,70) 28,32 ± 2,09 (28,42) p(2) = 0,001* 789,78 ± 105,41 (799,11) 705,74 ± 97,78 (694,62) p(2) < 0,001* 779,92 ± 117,99 (793,57) 709,20 ± 98,54 (697,57) p(2) = 0,003* 33,34 ± 2,95 (33,20) 32,40 ± 2,82 (32,36) p(2) = 0,119 29,75 ± 2,35 (29,69) 28,96 ± 2,45 (29,08) p(2) = 0,121 780,73 ± 109,96 (772,53) 739,20 ± 107,78 (736,54) p(2) = 0,070 784,91 ± 110,44 (776,57) 729,09 ± 114,06 (729,88) p(2) = 0,020* Sexo Masculino Feminino Valor de p IMC Alterado Normal Valor de p (*) Diferença significativa ao nível de 5,0%. (1) Através do teste F(ANOVA) com comparações pareadas de LSD. (2) Através do teste t-Student com variâncias iguais. Obs. Se todas as letras entre parênteses são distintas, comprova-se diferença entre as faixas etárias correspondentes. 31 No estudo das correlações entre as medidas antropométricas com as variáveis: idade, peso, altura e IMC (Tabela 4) é possível notar associação significativa de cada medida antropométrica: distância B-O, área Radinsk e área Teixeira com cada uma das variáveis e da distância L1-L2 com peso e altura. As correlações das distâncias com a idade foram todas negativas, o que indica relação inversa. Com peso, altura e IMC as correlações foram todas positivas o que indica relação direta. A maior correlação foi 0,396 entre altura e área Radinsk. Tabela 4 – Correlação entre as medidas antropométricas com as variáveis: idade, peso, altura e IMC Variáveis Distância B-O Distância L1-L2 Área Radinsk Área Teixeira (1) -0,096 (0,354) (1) -0,251 (0,014)* (1) -0,245 (0,016)* (1) Peso 0,237 (0,020)* (2) 0,310 (0,002)* (2) 0,320 (0,001)* (2) 0,296 (0,003)* (2) Altura 0,254 (0,012)* (2) (2) 0,396 (< 0,001)* (2) 0,332 (0,001)* (2) IMC 0,162 (0,115) (1) 0,176 (0,087) (1) 0,181 (0,077) (1) 0,193 (0,060) (1) -0,318 (0,002)* Idade 0,425 (< 0,001)* (*) Estatisticamente diferente de zero (1) Correlação de Spearman (2) Correlação de Pearson. Nas Tabelas 5 a 7se analisa a classificação do forame segundo cada variável: faixa etária, sexo e IMC. Não foi registrada associação significativa (p > 0,05) entre a faixa etária com a classificação do forame, conforme resultados apresentados na Tabela 5. 32 Tabela 5 – Avaliação da classificação do forame segundo a faixa etária Faixa etária Classificaç Grupo ão do 8 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 59 60 a 105 Total forame n (%) n (%) n (%) n (%) n (%) n (%) A B C D E F G 8 (44,4) 5 (27,8) 1 (5,6) 4 (22,2) 10 (41,7) 7 (29,2) 2 (8,3) 4 (16,7) 1 (4,2) 9 (42,9) 2 (9,5) 4 (19,0) 1 (4,8) 2 (9,5) 1 (4,8) 2 (9,5) 7 (33,3) 6 (28,6) 4 (19,0) 2 (9,5) 2 (9,5) 4 (33,3) 1 (8,3) 3 (25,0) 1 (8,3) 2 (16,7) 1 (8,3) 38 (39,6) 21 (21,9) 13 (13,5) 2 (2,1) 2 (2,1) 10 (10,4) 10 (10,4) TOTAL 18 (100,0) 24 (100,0) 21 (100,0) 21 (100,0) 12 (100,0) 96 (100,0) Valor de p p(1) = 0,255 (1) Através do teste Verossimilhança. Não foi registrada associação significativa (p > 0,05) entre sexo com a classificação do forame (Tabela 6). Tabela 6 – Avaliação da classificação do forame segundo o sexo Sexo Classificação do Masculino Feminino Grupo Total forame n (%) n (%) n (%) A B C D E F G 20 (35,1) 10 (17,5) 9 (15,8) 1 (1,8) 2 (3,5) 6 (10,5) 9 (15,8) 18 (46,2) 11 (28,2) 4 (10,3) 1 (2,6) 4 (10,3) 1 (2,6) 38 (39,6) 21 (21,9) 13 (13,5) 2 (2,1) 2 (2,1) 10 (10,4) 10 (10,4) TOTAL 57 (100,0) 39 (100,0) 96 (100,0) (1) Através do teste Exato de Fisher. 33 Valor de p p(1) = 0,229 Não foi registrada associação significativa (p > 0,05) entre com o estado nutricional avaliado pelo IMC e a classificação do forame (Tabela 7). Tabela 7 – Avaliação da classificação do forame segundo a classificação do IMC Classificação do IMC Classificação do Alterado Normal Grupo Total Valor de p forame n (%) n (%) n (%) A B C D E F G 15 (39,5) 5 (13,2) 7 (18,4) 2 (5,3) 1 (2,6) 4 (10,5) 4 (10,5) 23 (39,7) 16 (27,6) 6 (10,3) 1 (1,7) 6 (10,3) 6 (10,3) 38 (39,6) 21 (21,9) 13 (13,5) 2 (2,1) 2 (2,1) 10 (10,4) 10 (10,4) TOTAL 38 (100,0) 58 (100,0) 96 (100,0) (1) Através do teste Exato de Fisher. 34 p(1) = 0,367 6. CONCLUSÕES 1- Foi possível identificar um tipo morfológico específico mais prevalente dentro da população estudada, de acordo com a classificação da morfologia, proposta por Chethan; 2- Diferenças significativas entre as faixas etárias na distância B-O; entre sexos em cada uma das variáveis analisadas (Faixa etária e IMC); entre categorias do IMC na medida área Texeira; 3- Nas correlações entre as medidas antropométricas com as variáveis: idade, peso, altura e IMC é possível notar associação significativa de cada medida antropométrica: distância B-O, área Radinsky e área Teixeira com cada uma das variáveis e da distância L1-L2 com peso e altura; 4- Não foi registrada associação significativa (p > 0,05) entre a faixa etária, sexo e IMC com a classificação da morfologia do forame, proposta por Chethan. 35 REFERÊNCIAS 1. ALMEIDA JÚNIOR AF, COSTA JÚNIOR JBOE. Lições de Medicina Legal. 14ª ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1977. 2. BARKER SL, SCHEUER JL. Predictive value of human footprints in a forensic context. Med Sci Law 1998;38:341–6. 3. BELMONT, M.T, SÁNCHEZ, J.L, AlLEMÁN, I, BOTELLA, M.C. Estimación de la estatura a través de la tibia en población contemporánea española adulta femenina, Cuad Med Forense. v.17, n. 2, p. 83-89, 2011. 4. BENNETT MR, HARRIS JW, RICHMOND BG, BRAUN DR, MBUA E, KIURA P, OLAGO D, KIBUNJIA M, OMUOMBO C, BEHRENSMEYER AK, HUDDART D, GONZALEZ S. 2009. Early hominin foot morphology based on 1.5-million-year-old footprints from ileret, kenya. Science 323:1197–1201. 5. BIDMOS MA. Metatarsals in the estimation of stature in South Africans. Journal of Forensic and Legal Medicine. v.15, p.505–509, 2008. 6. BORBOREMA, ML, VANREL JP, QUELUZ DP. Determinacão da estatura por meio da medida de ossos longos dos membros inferiores e dos ossos da pelve. Odonto. v.18, n. 36, p. 113-125, 2010. 7. CANÃDAS EV, GONZALO JC. Identificación en el sujeto vivo. In: CALABUIG G. Medicina Legal Y Toxicologia. 6. ed. Barcelona: Elsevier Mosby, 2004. cap. 93. 36 8. CANDA A. Stature estimation from body segment length in young adults – application to people with physical disabilities. J. Physiol Anthropol. 2009 (28):71-82. 9. CAVALCANTI, et. al. Stature estimation by using the dental analysis: comparative study between Carrea’s and the modified methods. Rev Odontol UNESP. v. 36, n. 4, p. 335-339, 2007. 10. CEVALLOS,L.B.; GALVAO,M.F.; SCORALICK,R.G. Identificacão humana por documentação odontologica: carbonização subsequente a impacto de helicoptero. Rev. Conexão SIPAER, v. 1, n. 1, 2009. 11. CHENG, ACO; LUCAS, PW.; YUEN, HKL.; LAM, DSC.; SO, KF. Surgical Anatomy of the Chinese Orbit. Ophthalmic Plastic and Reconstructive Surgery, v. 24, n. 2, p. 136–141, 2008. 12. CHETHAN P, PRAKASH KG, MURLIMANJU BV, PRASHANTH KU, PRABHU LV, SARALAYA VV, KRISHNAMURTHY A, SOMESH MS, KUMAR CG. Morphological Analysis and Morphometry of the Foramen Magnum: An Anatomical Investigation. Turkish Neurosurgery 22(4):416-419, 2012. 13. DAVIES CM, HACKMAN L, BLACK S. The utility of the proximal epiphysis of the fifth metatarsal in age estimation. J Forensic Sci. 2013;58(2):436–42. 14. FRANCA, G. V. Medicina Legal. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. 37 15. FRARI P et al. A importância do odontolegista no processo de identificação humana de vıt́ ima de desastre em massa: Sugestão de protocolo de exame técnico-pericial. Revista Odonto. v.16, n. 31, p. 38-44, 2008. 16. GIDNA A.O, RODRIGO, M.D. A method for reconstructing human femoral length from fragmented shaft specimens. Journal of Comparative Human Biology. v. 64, p. 29–4, 2013. 17. JI, Y.; QIAN, Z.; DONG, Y.; ZHOU, H.; FAN, X. Quantitative morphometry of the orbit in Chinese adults based on a threedimensional reconstruction method. J Anat, v. 217, n. 5, p. 501–506, 2010.KANCHAN T, KRISHAN K, GERIANI D, KHAN IS. Estimation of stature from the width of static footprints – Insight into an Indian model. 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ZEYBEK G, ERGUR I, DEMIROGLU Z. Stature and gender estimation using foot measurements. Forensic Sci Int. 2008;181(1– 3):54.e1–5. 41 APÊNDICE A -- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (Elaborado de acordo com a Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde e legislação complementar da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) I - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO DA PESQUISA OU RESPONSÁVEL LEGAL .Nome do indivíduo.............................................................................ID: ....................... Sexo: ( ) M ( ) F Data de Nascimento ......./......./............... Endereço...............................................................................................Nº....... ......Apto:..........Bairro:....................... Cidade........................CEP:..........................Telefone: (............) ............................... II - DADOS SOBRE A PESQUISA CIENTÍFICA TÍTULO DO PROJETO DE PESQUISA: ESTIMATIVA DA ESTATURA E SEXO ATRAVÉS DE MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS NO FORAME MAGNO EM TOMOGRAFIAS COMPUTADORIZADAS PESQUISADORES RESPONSÁVEIS: - Antonio Azoubel Antunes - Angelica Frade - Gabriela Granja Porto III - EXPLICAÇÕES DO PESQUISADOR AO INDIVÍDUO OU SEU REPRESENTANTE LEGAL SOBRE A PESQUISA, CONSIGNANDO 1. Justificativa e objetivos da pesquisa Estabelecer a correlação de medidas antropométricas do forame magno com a altura e o peso dos indivíduos de uma população brasileira para fins de identificação humana. 2. Procedimentos que serão utilizados na pesquisa Esse estudo será desenvolvido, no Programa de Pós-graduação em Perícias Forenses, nível de mestrado da Faculdade de Odontologia da Universidade de Pernambuco (FOP/UPE), Camaragibe-PE. Participarão desta pesquisa indivíduos voluntários que procurem espontaneamente o Serviço de Radiologia Médica do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC/UPE) para 42 realização de exame tomográfico em crânio ou face e que contemplem todos os critérios de inclusão estabelecidos. A amostra será constituída de um total de 100 indivíduos que aceitem, espontaneamente, participar do presente protocolo de pesquisa. Após a seleção dos pacientes, os mesmos terão as medidas antropométricas aferidas do exame tomográfico ao qual serão submetidos. Também serão tomados alguns dados pessoais e a aferição do peso e altura do participante será realizada. As medidas adquiridas serão submetidas a teste de paridade T-teste para comparar os principais resultados. O coeficiente de correlação de Pearson’s será calculado entre estatura, sexo e medidas. Modelos de regressão linear serão derivados para estimativa de altura. 3. Desconfortos e riscos esperados Para a realização da pesquisa os riscos serão mínimos, todos os cuidados serão tomados. Pelo tipo de modelo experimental adotado, poderá ter o risco de os participantes ficarem inseguros quanto à preservação de sua identidade. Serão asseguradas total e irrestrita confidencialidade aos participantes da pesquisa. Ressaltamos que caso você venha a sentir constrangimento ou qualquer fato não previsto ou algo nesse padrão, comunicar imediatamente ao pesquisador, para serem tomadas as medidas necessárias pois a qualquer momento você pode desistir de participar e retirar seu consentimento. 4. Benefícios que poderão ser obtidos Quanto aos benefícios diretos aos pacientes, com as informações obtidas nesta pesquisa, poderemos fazer uma correlação da estatura com as medidas do forame magno e do peso, de uma população específica. Estas informações otimizarão o processo de identificação humana nas perícias médico-odontolegais,quando na utilização desta técnica. IV - ESCLARECIMENTOS DADOS PELO PESQUISADOR SOBRE GARANTIAS DO SUJEITO DA PESQUISA: 1. Os participantes da pesquisa terão acesso às informações sobre procedimentos, riscos e benefícios relativos à pesquisa em qualquer etapa da mesma. 2. Sua participação não é obrigatória e sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador ou com a instituição. O participante poderá desistir de participar da pesquisa a qualquer momento, sem que isto lhe traga qualquer tipo de prejuízo. 3. Todos os dados coletados nesta pesquisa serão totalmente confidenciais, o que garante ao participante sigilo absoluto e privacidade, gerando maior conforto e confiabilidade. Manteremos em anonimato, sob sigilo absoluto, durante e após o término do estudo, todos os dados que identifiquem o sujeito da pesquisa usando apenas, para divulgação com fins científicos e acadêmicos, os dados inerentes ao desenvolvimento do estudo. Informamos 43 também que após o término da pesquisa, serão destruídos de todo e qualquer tipo de mídia que possa vir a identificá-lo, não restando nada que venha a comprometer o anonimato de sua participação agora ou futuramente. 4. Após a conclusão da pesquisa todo material a ela relacionado será destruído, não restando nada que venha a comprometer o anonimato de sua participação agora ou futuramente. 5. Caso haja algum dano a sua pessoa (ou o dependente), os prejuízos serão assumidos pelos pesquisadores inclusive acompanhamento médico e hospitalar (se for o caso) e caso haja gastos adicionais, os mesmos serão absorvidos pelo pesquisador. V - INFORMAÇÕES DE NOMES, ENDEREÇOS E TELEFONES DOS RESPONSÁVEIS PELO ACOMPANHAMENTO DA PESQUISA. PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Antonio Azoubel Antunes (Faculdade de Odontologia de Pernambuco – Universidade de Pernambuco, Av. General Newton Cavalcanti, 1650, CEP: 54753-220, Camaragibe – Pernambuco – Brasil, Fone: (81) 31847667); Caso suas dúvidas não sejam resolvidas pelos pesquisadores ou seus direitos sejam negados, favor recorrer ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Pernambuco, localizado à Av. Agamenon Magalhães, S/N, Santo Amaro, Recife-PE ou pelo telefone 81-3183.3775 ou através do e-mail [email protected]. VII - CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO Declaro que, após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e ter entendido o que me foi explicado, consinto em participar do presente Projeto de Pesquisa, bem como autorizo a divulgação e a publicação de toda informação por mim transmitida em publicações e eventos de caráter científico. Desta forma, assino este termo, juntamente com o pesquisador, em duas vias de igual teor, ficando uma via sob meu poder e outra em poder das pesquisadoras. Recife, de de 2016. ______________________________________ ______________________________ Assinatura do Sujeito (ou responsável) Assinatura do Pesquisador 44 APÊNDICE B – FICHA DE COLETA DE DADOS I - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO DA PESQUISA OU RESPONSÁVEL LEGAL Nome do indivíduo..................................................................ID: ................................. Sexo: ( )M ( )F Data de Nascimento ......./......./............... Endereço....................................................Nº.............Apto:..........Bairro:........ ............... Cidade........................CEP:..........................Telefone: (............) ............................... II – MEDIDAS E PARÂMETROS AVALIADOS PESO (Kg): _______ IMC: ____ ( ) esbelto ( ) normal ( ) obeso ALTURA (cm): _________ Medidas Lineares: Distância B-O: _________ Distância L1-L2: _________ Área Radinsky: _________ Área = ¼ x ∏ x (L1-L2) x (B-O) Área Teixeria: _________ Área = ∏ x {(B-O)+(L1-L2)/4}2 Classificação Morfológica Forame: A- Arredondado B- Oval C- Tetragonal 45 D- Achatado E- Irregular F- Hexagonal G- Pentagonal. 46