Primórdios da Química no Egito Antigo 3.000 a.C - 395 d.C O Egito foi o berço de descobertas de várias áreas, Matemática, Geométrica, Arquitetura, Medicina e no estudo em questão Química. Apesar de naquela época não saberem o grau de importância, eles gozavam de grande prestígio nessa área. A história conta que homens sábios da Grécia Antiga iam até ao Egito para aprender, onde existia uma ciência venerável e um elevado nível de conhecimento cientifico, ainda que, algumas vezes, misturada com praticas mágica, a Alquimia. [1] A palavra alquimia tem sua origem egípcia khem o qual significa "terra negra" um dos nomes dados ao Egito. Depois que os árabes conquistaram o Egito, e tiveram contato com os ensinamentos dos antigos gregos, descobriram a Chemia, ao traduzirem para o seu idioma, ela passou a se chamar al-kimiya, que pela latinização deu origem a atual palavra alquimia. [3] Dentre alguns dos conhecimentos químicos que os egípcios conheciam, pode-se destacar o ponto de fusão de metais, como originar ligas metálicas e fundi-las, que poderia ser utilizado em obturações de ouro para os dentes; na vidraçaria, no qual dominavam a produção de vidros coloridos; na perfumaria, maquiagem e cosméticos; na tinturaria no uso de gesso; para fins medicinais e misturas simples, os egípcios utilizaram de substâncias químicas como o arsênio, o petróleo, o alabastro, o sal e o sílex moído. [2] Não existe nenhum documento do Egito antigo que fale sobre a alquimia, pois o Imperador Diocleciano ordenou que tudo sobre alquimia fosse queimado, porém em recentes expedições arqueológicas foi descoberto evidencias de análise química durante o período do antigo Egito. O processo de curtir peles de animais é um exemplo conhecido do milênio VI a.C.[7] Também existem algumas evidencias de que os primitivos alquimistas do antigo Egito haviam inventado a argamassa de cal a pelo menos 4000 a.C. e o vidro em 1500 a.C., assim como cosméticos pez para construção naval, papiro, entre outros. Já o primeiro a propor a ideia da pedra filosofal foi Marik AluKurad, também conhecido como um dos alquimistas egípcios mais famosos.[4] 1 Autores: Carlos Henrique, Natalia Trojahn Os egípcios foram valiosos pioneiros da Química. Na indústria de perfumes e excelentes na área de cosméticos – a maquiagem tinha uma grande importância para a saúde, pois sua composição protegia a pele dos efeitos do sol –, eles foram os primeiros a fabricar uma tinta sintética. Os artistas usavam tintas com base mineral em vez de vegetal, como faziam outros povos. O branco vinha da cal, o amarelo do ferro, o preto do carvão e assim por diante. Muita gente pensa que o azul vinha do lápis-lazúli moído, o que não é verdade. Essa rocha gera pó branco e não azul. Para chegar ao azul eles misturavam óxidos de cobre e cobalto com bicarbonatos de sódio e cálcio e fundiam a mais de 700 graus Celsius. Essa fusão resultava em uma pedra azul que era moída e misturada com um aglutinante natural, como clara de ovo ou goma arábica, e virava uma espécie de guache. Os vernizes criados naquela época à base de damar, uma resina vegetal, são utilizados até hoje. Eles conheciam o betume e usavam uma espécie de piche como selante.[6] Atrás de místicas pirâmides e maldições de múmias, é surpreendente os avanços científicos dos povos do Antigo Egito, o que muitas vezes se da o mérito para um passado recente e atribuída e europeus, muitas vezes já haviam sido presente no cotidiano do destes povos a muitos e muitos anos atrás. Ao estudar a parte da ciência no Antigo Egito, o que mais impressiona é o desenvolvimento em medicina e farmacologia, sendo que eles já haviam descoberto desde aspirina a teste de gravidez.[5] Os faraós acreditavam que “para alcançar vida eterna alma de seus mortos precisavam de um corpo” por isso criaram o que chamamos de mumificação, esta mumificação é um conjunto de procedimentos químicos e físicos que tinha por objetivo a preservação do corpo, para isto eram retirados alguns órgãos internos do corpo, que eram tratados e recolocados. Com esses processos passaram a estudar o corpo humano, algumas de suas ideias eram erradas, uma delas seria que o coração comandava os pensamentos. Os Egípcios anotavam tudo nos seus chamados papiros médicos. [4] não era apenas na ciência que os Egípcios eram bons, eles eram grandes engenheiros tanto na química como na civil, naval e hidráulica. A vela mais antiga encontrada até hoje estava dobrada dentro de uma múmia em Tebas a cerca de 1000 a.C., sendo eles os primeiros a projetar barcos pensando no destino que eles teriam sendo os modelos militares diferentes dos cargueiros, justamente pelo destino que eles teriam. Eles eram tão avançados que sabiam sobre as propriedades de expansão da madeira, rigidez e durabilidade, gerando assim os melhores barcos militares e a frota mais veloz, chamada de nau de Quéops e comprimento de 47 metros.[4] Os Egípcios também aplicavam técnicas de irrigação artificial, por meio de canais com vazão controlada, criando assim um sistema de bombeamento de água chamado de Shaduf. [4] Estas foram apenas umas das tantas descobertas que os Egípcios fizeram entre os séculos XIV até XVI, há quem possa ficar perplexo diante de uma ciência tão avançada para a época, gerando assim questionamentos sobre o assunto. Assim podemos perceber o quanto o povo Egípcio era evoluído em sua cultura. Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Brno_CZ _Crypt_at_the_Capuchin_Monastery_02.jpg 2 Autores: Carlos Henrique, Natalia Trojahn Referências [1]CORRÊA, Anderson Domingues; Revista Ciências & Ideias; Vol.5; n.1; Jan/Abril 2014. [2] http://seguindopassoshistoria.blogspot.com.br/2010/09/alquimia_09.html [3] http://egito-nifertiti.blogspot.com.br/2011_09_01_archive.html [4] http://gaianovaera.blogspot.com.br/2010/12/fantastica-ciencia-do-antigo-egito.html [5] http://www.profpc.com.br/Historico_da_quimica.htm#EGITO [6] http://super.abril.com.br/ciencia/fantastica-ciencia-antigo-egito-444035.shtml [7] http://www.soq.com.br/conteudos/historiadaquimica/p2.php 3 Autores: Carlos Henrique, Natalia Trojahn