Enviado por patlopes20

Renovação celular

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Curso Profissional de Técnico de Auxiliar de Saúde
2019/2020
Disciplina – Biologia
Renovação Celular
Módulo A4 – (18h)
Professora:
Patrícia Lopes
Natureza química e estrutura do ADN
ADN -Trata-se de uma macro molécula longa, formada pela junção de
um grande número de nucleótidos. Constitui uma espécie de código e
é o portador da informação genética de geração em geração.
Gene - Segmento de ADN com um determinado número de
nucleótidos e com uma ordem própria constituem uma unidade de
linguagem química.
Cromossoma - Pequeno corpo, formado principalmente por ADN e
proteínas (histonas), que se encontra no núcleo das células e em cuja
estrutura se encontram os genes.
Genoma - toda a informação hereditária de um organismo
que está codificada no seu ADN.
A Descoberta do ADN
1869 - O Médico Suíço Friedrich Miescher retirou de uma ligadura alguns glóbulos brancos e
fez uma grande descoberta. Descobriu que o núcleo da célula continha uma substância
desconhecida. Mais tarde, substâncias semelhantes foram encontradas em várias células
diferentes, desde a célula de um animal à de um fungo. A este composto químico deu-se o
nome de ácido nucleico.
1929 - Descobriu-se que na constituição dos ácidos nucleicos intervêm dois açucares: a
ribose e a desoxirribose.
1953 - James Watson e Francis Crick, descobriram a A Dupla Hélice do
ADN
Universalidade e Variabilidade do ADN
Natureza química e estrutura do ADN
Nucleótido - unidade básica de repetição na fita de DNA
Açúcar + Base Nitrogenada + Grupo Fosfato

Pentose (tipo desoxirribose) c/ radical hidroxila OH- no carbono 2

Base nitrogenada: adenina (A)
guanina (G)
Purinas: (2 anéis de carbono e nitrogénio)
Adenina (A)
timina (T)
Citosina (C)
Pirimidinas (1 anel de carbono e nitrogénio)
Natureza química e estrutura do ADN
 Watson e Crick descobriram que o ADN tinha dois lados, ou filamentos, e que esses
filamentos estavam torcidos juntos, como uma escada em caracol - a dupla hélice.
 Os lados da escada compreendem as porções fosfato-açúcar. O fosfato de um nucleótido é
ligado ao açúcar do próximo nucleótido. – ligação fosfodiéster.
 As ligações de hidrogénio entre os fosfatos fazem o filamento do ADN torcer-se.
 As bases de nitrogénio apontam para dentro da escada
e formam pares com bases no outro lado, como degraus.
Cada par de bases é formado por dois nucleótidos
complementares (purina com pirimidina) presos juntos
por ligações de hidrogénio.
Os pares de base no ADN são adenina com timina e
citosina com guanina.
Natureza química e estrutura do ARN
ARN – (ácido ribonucleico ) – É uma molécula que apresenta uma estrutura primária
semelhante à do ADN, uma vez que é também constituído por nucleótidos.
A diferença entre os nucleótidos de um e de outro é que no caso do ARN o açúcar é a
ribose e não a desoxirribose e o ARN possui uma cadeia simples.
Natureza química e estrutura do ARN
O material genético representado pelo ADN contém uma mensagem em código que precisa
ser decifrada e traduzida em proteínas, muitas das quais actuarão nas reacções metabólicas
da célula. A mensagem contida no ADN deve, inicialmente, ser passada para moléculas de
RNA que, por sua vez, orientarão a síntese de proteínas.
 RNA mensageiro (mRNA) - Contém a informação para a síntese de proteínas, e
encontra-se no núcleo e no citoplasma.
 RNA ribossómico (rRNA) - Componentes da maquinaria de síntese de proteínas
presente nos ribossomas.
 RNA transferência (tRNA) - Transporta aminoácidos para que ocorra a síntese de
proteínas, e encontra-se no citoplasma.
Replicação do ADN
O ADN consegue duplicar-se, assegurando a transmissão e manutenção do património
genético ao longo de gerações.
Hipótese conservativa
Admitia que a molécula de ADN progenitora se
mantinha íntegra, servindo de molde para a formação
da molécula-filha, a qual seria formada por duas novas
cadeias de nucleótidos.
Hipótese dispersiva
Admitia que cada molécula-filha seria formada
por porções da molécula inicial e por regiões
sintetizadas de novo, a partir dos nucleótidos
existentes na célula.
Replicação do ADN
Hipótese semi-conservativa - As duas cadeias da dupla hélice de ADN, na presença de
enzimas específicas, a DNA helicase, separam-se por ruptura das pontes de hidrogénio.
Cada cadeia serve de molde à formação de uma cadeia complementar a partir de
nucleótidos livres no nucleoplasma da célula que são acrescentados às cadeias através da
enzima DNA polimerase.
As cadeias complementares desenvolvem-se em direcção antiparalela à que lhes serve de
molde, no sentido 5’3’.
No final do processo de replicação formam-se duas moléculas de ADN, idênticas entre si e
à molécula original.
O código genético
A mensagem genética contida no ADN é formada por um alfabeto de quatro letras que
correspondem aos quatro nucleotídeos: A, T, C e G.
Com essas quatros letras é preciso formar “palavras” que possuem o significado de
“aminoácidos”.
Cada proteína corresponde a uma “frase” formada pelas “palavras”, que são os
aminoácidos.
Este código descodifica a linguagem nucleotídica numa
linguagem proteica, ou seja, traduz a informação dos
nucleotídeos para fabricar proteínas.
O código genético é lido em grupos de três bases, assim, um
codão é um conjunto de três nucleotídeos que tem a mais
pequena informação necessária para codificar um aminoácido
Transcrição da informação genética
A síntese de RNA mensageiro inicia-se com a separação das duas fitas de ADN.
Apenas uma das fitas do ADN serve de molde para a produção da molécula de RNAm.
A outra fita não é transcrita.
Essa é uma das diferenças entre a duplicação do ADN e a produção do ARN.
 Imaginando um segmento hipotético
de um filamento de ADN com a sequência
de bases:
ADN- ATGCCGAAATTTGCG
O segmento de RNAm formado na
transcrição terá a sequência de bases:
ARN- UACGGCUUUAAACGC
Transcrição da informação genética
O ARNm destaca-se do seu molde e sofre um processo de maturação em que os intrões
(sequências de nucleotídeos sem significado na síntese proteica), são removidos e os exões
(sequências de nucleotídeos que especificam aminoácidos) são ligados entre si.
Com o fim da transcrição, as duas fitas de ADN unem-se
novamente, refazendo-se a dupla hélice.
O ARNm abandona o núcleo em direcção ao citoplasma,
onde se dará a síntese proteica.
blog
Tradução da informação genética
Cada codão do ARNm e o respectivo aminoácido são incapazes de se “reconhecer”
mutuamente, sendo necessário um “adaptador” que possibilite esse reconhecimento.
Esta função de “adaptador” é então executada por moléculas de ARNt que servem de
ponte entre os aminoácidos e o ARNm, de forma a ser permitida a tradução da informação
codificada no ARNm, em proteína nos ribossomas.
 A informação presente no ARNm é
organizada em codões (conjunto de 3
nucleótidos),
é
reconhecida
pelos
anticodões presentes nos tRNA’s que
transportam os resíduos de aminoácidos.
Tradução da informação genética
A tradução ocorre em três etapas - iniciação, alongamento e terminação.
Iniciação
O processo de síntese proteica é iniciado em geral pelo codão AUG (codão de iniciação)
que específica, o aminoácido metionina.
Todas as proteínas recém-sintetizadas contêm metionina como primeiro aminoácido, que
é frequentemente clivado pouco depois por uma amino-peptidase.
A tradução é iniciada com a formação de um complexo de iniciação ao nível do codão de
iniciação (AUG), que consiste na cadeia de ARNm, num ARNt com o anticodão
complementar (UAC) e carregado com o primeiro aminoácido (metionina).
Tradução da informação genética
Alongamento
Tem início quando o anticodão do segundo ARNt encontra o local complementar do
codão do ARNm existente nesta posição.
Simultaneamente, o primeiro ARNt é libertado.
 Seguidamente, o ribossoma desloca-se a uma distância equivalente a um tripleto, em
relação ao ARNm, o que expõe o codão seguinte e permite a aceitação de um novo ARNt .
Tradução da informação genética
 A terminação da síntese da cadeia peptídica ocorre quando, surge um dos codões de
terminação (UAA, UAG e UGA).
 Para cada um dos referidos 3 codões não existe correspondência para nenhum dos
aminoácidos e a síntese proteica é bloqueada.
 A proteína é libertada e as duas subunidades do ribossoma separam-se.
Síntese proteica
Mutações génicas
As alterações físicas ou químicas da sequência de nucleotídeos que podem levar a
mudanças nas características dos indivíduos chamam-se mutações.
Causas das mutações:
ocasionais devendo-se às pequenas probabilidades de erro que existem no momento da
duplicação do ADN;
provocadas por agentes mutagénicos que actuam sobre as células e provocam alterações
na molécula de ADN, que não são reparadas no momento da replicação e passam de uma
geração à outra. Estes agentes podem ser físicos (ex. raios X, raios UV, químicos (ex. algumas
substâncias do fumo do tabaco), ou biológicos (ex. vírus, bactérias).
induzidas em laboratório com uso intencional dos agentes mutagénicos sobre organismos.
Mutações génicas
Mutações provocam evolução?
As mutações podem também conduzir à formação de proteínas com novas capacidades que
poderão ser extremamente úteis. Por exemplo, é por causa das mutações que existe uma
tão grande diversidade de genes no mundo vivo, a qual permite a evolução das espécies.
Crescimento dos seres vivos
Ciclo Celular
Intensa actividade de síntese
de proteínas, enzimas e RNA e
formação
de
organelos
celulares.
Síntese de biomoléculas.
Os centríolos encontramse já duplicados, existindo
por isso 2 pares.
Mitose
1) Profase
 Condensação da cromatina – formação dos cromossomas (dois cromatídios irmãos
unidos pelo centrómero.
Afastamento dos centríolos para os pólos – formação do fuso acromático
Desaparecimento dos nucléolos e início da ruptura da membrana nuclear.
As fibras do fuso acromático entram em contacto com os cromossomas.
Mitose
2) Metafase
Cromossomas dispostos no plano equatorial da célula – placa equatorial.
As fibras do fuso acromático contactam com os centrómeros dos cromossomas.
Mitose
3) Anafase
Clivagem dos centrómeros
Afastamento dos cromatídeos
(cromossomas-filhos) para os pólos- ascensão polar
Aumento da distância entre os pólos da célula.
A célula começa a adquirir forma ovóide.
Mitose
4) Telofase
Cromossomas-filhos atingem os pólos;
Desaparecimento do fuso mitótico;
Reorganização da membrana nuclear;
Descondensação dos cromossomas;
Reaparecimento dos nucléolos.
Mitose
Citocinese
Divisão citoplasmática.
Formam-se duas células distintas.
Ciclo Celular
Renovação e Regeneração de tecidos
Renovação celular – processo em que nos tecidos as células “velhas” são substituídas por
outras.
Regeneração – restituição da integridade anatómica e funcional do tecido
Diferenciação celular
Actividade génica variável nas
diferentes
células
origina
a
especialização das mesmas o que
implica a síntese de algumas
proteínas específicas.
Anticorpos produzidos por leucócitos
Hemoglobina produzida por eritrócitos
Quanto mais diferenciada for uma célula menor a sua
capacidade de se multiplicar e regenerar.
Neurónio
Diferenciação celular
Em determinadas situações as células podem perder a sua diferenciação, transformandose em células indiferenciadas que mais tarde podem readquirir a capacidade de originar
novos tecidos – Totipotência.
Células capazes de
originar qualquer tipos
de célula.
Células
semelhantes
entre si e semelhantes à
célula original que lhe
deu origem .
Células
numa
função.
especializadas
determinada
Diferenciação celular
Células estaminais - Células não-diferenciadas que se podem diferenciar em
células de vários tecidos.
Embrionárias
São extraídas dos embriões e
acredita-se que se podem
transformar em qualquer outra
célula, mas apresentam ainda
grande risco de rejeição.
Adultas
Podem ser encontradas nos mais variados
tecidos do corpo, sendo as da medula óssea,
placenta e cordão umbilical as mais utilizadas.
São mais limitadas que as embrionárias, pois
podem apenas gerar tecidos específicos, mas
apresentam menos risco de rejeição.
Clonagem
Os indivíduos resultantes são gerados de outro pré existente, e portanto terão as mesmas
características genéticas cromossómicas do “dador”.
Ocorre
naturalmente
unicelulares e plantas.
em
organismos
Em seres humanos, isso só acontece
no caso de gémeos univitelinos.
Clonagem em animais
Clonagem em animais
Vantagens
 Obtenção de células tronco a fim de restaurar a função de um órgãos ou tecido.
 A clonagem "terapêutica" teria a vantagem de não oferecer riscos de rejeição se o doador
fosse a própria pessoa.
 Diminuição ou fim do tráfico clandestino de órgãos .
Clonagem em animais
Problemas
 A clonagem parece acelerar o envelhecimento por se usarem células adultas.
 Especialistas apontam sérias dificuldades atuais para a obtenção de verdadeiros clones
humanos ou clones humanos isentos de importantes deficiências genéticas.
 Questões éticas:
“Com que fundamento moral se podem produzir seres para servirem de material genético para
outros seres “.
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