Escola Portuguesa de Moçambique Centro de Ensino e Língua Portuguesa O conflito do Cáucaso e a Guerra da Crimeia Mónica Gouveia Nº19 do 12ºB1 Região localizada na zona Oriental da Europa chamdo Cáucaso também conhecido como Caucásia, dado que metade dessa região pertence ao Continente Europeu e a outra metade esta na zona Ocidental do Continente Asiático. Localização Geográfica A referida região esta entre o Mar Negro e o Mar Cáspio e abarca vários países transcontinentais sendo eles a Armênia, o Azerbaijão, o Cazaquistão, o Chipre, a Geórgia, a Russia e a Turquia. A existência de países com caráter transcontinental é um dos motivos pelos quais acabam por se estabelecer conflitos na região, já que há disputas territoriais e, principalmente por recursos naturais e energéticos, constantemente envolvidos em conflitos. A região do Cáucaso sofreu várias influências culturais ao longo dos séculos, sendo pelos Persas, Partas e pelos Romanos. E foi o ponto de encontro entre as civilizações Bizantinas e Árabes, no contexto da idade média. No século XI deu-se a dominação do Cáucaso pelo Império Seljúcida e um aexpansão singnificativa da Arménia e da Geórgia, no século XII foi invadido pelo Império Mongol. No século XIII a Arménia e a Geórgia continuam a expandir se. No século XV, o Império Otomano conquistou Constatinopla, que fez com que o Cáucaso fica se também sobre domínio otomano. No século XVIII o império começou a ganhar força e começou a expandir as suas fronteiras para o Cáucaso, anexando a Geórgia e Erevan, a maior cidade da Arménia. Durante a Segunda Guerra Mundial, o Cáucaso foi alvo de diversas investidas das forças armadas Alemãs, com objectivo os campos petrolíferos. Com o fim da Segunda Grande Guerra, os países do Cáucaso seguiram o sentido dos demais na URSS (União Repúblicas Socialistas Soviéticas), inclusive durante a Guerra Fria. Com a extinção da URSS, forma criados três novos estados independentes, Arménia, Geórgia e o Azerbeijão, fiacando seis replúblicas sob o domínio dos Russos. Atualmente a Armênia e o Azerbeilão entraram em disputa pelo controle de Nagorno-Karabakh, sobre a qual ambos exigem poder. Já a Geórgia, enfrenta confrontos separatistas de Abecásia e Ossétia do Sul. Abecásia autodeclara-se independente desde o fim de uma guerra civil que assolou o ocal em 1992/1993. E Ossétia do Sul desde 1991. Mas o conflito que teve mais atenção foi o da Chêchenia. Os conflitos vêm ocorrendo desde, pelo menos o Séc. XIX ano de 1830. Qunado o Império Russo invadiu a Chechênia como forma a garantir sua própria frontteira com o Império otomano. Na ocasião, os chechenos apresentaram resistênsia às invasões Russas naqueles territórios, mas ainda assim tornou-se parte do Império Russo ainda nos anos de 1917, quando houve a instauração da URSS. No contexto atual, a Chêchenia é uma República Autônoma da federação Russa. Os conflitos no Cáucaso, especialmente no caso da Chechênia, são das mais variadas ordens (política, econômica e geográfica), especialmente pelas dificuldades dos russos de imporem seu pensamento diante de uma população com um passado histórico e um elemento cultural tão diverso. Por conta dos conflitos, ainda em 1999, o primeiro-ministro russo na ocasião, (atual presidente russo), Vladimir Putin, adotou uma ofensiva contra os rebeldes da região da Chechênia. Iniciava-se então uma operação de cunho “antiterrorista” no local, para conter os revides e ataques promovidos por grupos considerados como terroristas na região. A guerra da Crimeia foi iniciada em 1853 pelo Império Russo que tinha como objectivo aumentar a sua influência na Europa, conquistando a Península Balcã região entre o Mar Negro e o Mar Mediterrânio) do Império Otomano. O Czar Nicolau I invocou o direito de proteger todos os lugares santos dos cristãos em Jerusalém (Alvo da primeira, segunda e terceira crusada) então parte do Império Otomano. Sob esse pretexto, as suas tropas invadiram os principados otomanos do Rio Danúbio (Moldávia e Valáquia, na atual Romênia). O sultão otomano, contando com o apoio da Grã-Bretanha e da França, rejeitou as pretensões do czar, declarando 2 guerra à Rússia. Mediante a declaração de guerra, a frota russa destruiu a frota turca na Batalha de Sinop. O Reino Unido, sob a rainha Vitória, temia que uma possível queda da cidade de Constantinopla diante das tropas russas lhe pudesse retirar o controle estratégico dos estreitos de Bósforo e Dardanelos, cortando-lhe as comunicações com a Índia. Por outro lado, Napoleão III de França mostrava-se ansioso para mostrar que era o legítimo sucessor de seu tio, Napoleão I. Mediante a derrota naval dos turcos, ambas declararam guerra à Rússia no ano seguinte, seguidos pelo Reino da Sardenha (governado por Vítor Emanuel II e o seu primeiro-ministro Cavour). Em troca, os turcos permitiriam a entrada de capitais ocidentais no Império. O conflito iniciou-se efetivamente em março de 1854. Em agosto, os turcos, com o auxílio de seus aliados, já haviam expulsado os invasores dos Bálcãs. De forma a encerrar definitivamente o conflito, as frotas dos aliados convergiram sobre a península da Crimeia, desembarcando tropas a 16 de setembro de 1854, iniciando o bloqueio naval e o cerco terrestre à cidade portuária fortificada de Sebastopol, sede da frota russa no mar Negro. Embora a Rússia tenha sido vencida em batalhas como a de Balaclava e em Inkerman, o conflito arrastou-se com sua recusa em aceitar os termos de paz. O tratado de Paris foi assinado em 30 de Março de 1856, fim da Guerra da Crimeia. Pelos seus termos, o novo czar, Alexandre II da Rússia, devolvia o sul da Bessarábia e a embocadura do rio Danúbio para o Império Otomano e para a Moldávia, renunciava a qualquer pretensão sobre os Bálcãs e ficava proibido de manter bases ou forças navais no mar Negro. Por outro lado, o Império Otomano, representado por Aali-pachà ou Meliemet Emin era admitido na comunidade das potências europeias, tendo o sultão se comprometido a tratar seus súditos cristãos de acordo com as leis europeias. A Valáquia e a Sérvia passaram a estar sob proteção internacional. Mas a Guerra ainda agora so tinha começado pois em 1877, iniciou nova guerra contra a Turquia usando o livre trânsito nos estreitos de Bósforo e Dardanelos, que obteve na confêrencia de Londres, invadindo os Bálcãs em consequência da repressão turca a revoltas de eslavos balcânicos. Diante da oposição das grandes potências, os russos recuaram outra vez. O Congresso de Berlim (1878), consagrou a independência dos Estados balcânicos e as perdas turcas da ilha de Chipre, para o Reino Unido, da Arménia e parte do território asiático para a Rússia e da Bósnia e Herzegovina para o Império Austro-Húngaro. Em 1895, o Reino Unido 3 apresentou um plano de partilha da Turquia, rechaçado pela Alemanha, que preferia garantir para si concessões ferroviárias. Nos Bálcãs, no início do século XX, o crescente nacionalismo eslavo contra a presença turca levou a região à primeira das Guerras Balcânicas. Esta política russofóbica iria perdurar até a Entente anglo-russa de 1907 quando começa a emergir o Império Alemão na política europeia. Bibliografia: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/03/140318_crimeia_efei to_domino_pai https://pt.slideshare.net/FernandoWeise/conflitos-no-cucaso https://pt.wikipedia.org/wiki/Conflitos_no_C%C3%A1ucaso https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_da_Crimeia (Página consultada no dia 18 de Março de 2020) https://www.estudopratico.com.br/caucaso-localizacao-populacao-econflitos/ (Página consultada no dia 18 de Março de 2020) https://pt.wikipedia.org/wiki/Cáucaso (Página consultada no dia 18 de Março de 2020) • 4