Afecções Inestéticas da Pele I – Tratamento Estético das Afecções Hipercrômicas Profa. Ms. Carine M. Rodrigues da Costa Patologias Inestéticas - Hipercromias Professora Msc. Carine M. Rodrigues da Costa Fisioterapeuta. Pós – graduada em Saúde Pública. Mestre em Saúde Coletiva – UFMT Doutoranda em Biociências Animal (UNIC – UFV) Docente das disciplinas de Estética Facial UNIC. Professora Supervisora de Estágio em Estética Facial. Coordenadora Clínica de Estética UNIC. Fatores que alteram a Coloração da Pele • Raça, estação do ano, sexo, ... • Diferentes partes do corpo podem apresentar diferentes colorações. • Exemplo: diferenças entre Orientais e Ocidentais. • A síntese de vitamina D na pele, degradação de ácido fólico pela RUV, resistência à exposição solar direta e elementos culturais • Espessura da pele. • Presença de vasos sanguíneos superficiais, hemoglobina e vênulas. - A Melanina é o fator determinante da coloração da pele. • Humanos a pigmentação da pele e cabelos depende: Ø atividade melanogênica Ø síntese de melanina Ø tamanho, número, composição melanossomas Ø natureza química da melanina e distribuição dos • Nos caucasianos: as hipercromias surgem por anormalidades no mecanismo enzimático que controla a pigmentação. • Nos negros e asiáticos, por ter uma pele altamente pigmentada, em razão da maior quantidade de melanina produzida, são mais suscetíveis as hiperpigmentações. BRANCOS # NEGROS Diferentes atividades enzimáticas • As Hiperpigmentações ou Hipercromias em geral são causadas por distúrbios devido ao aumento da melanina e outros pigmentos na pele. • Os principais desencadeadores são: a radiação solar, hormônios, agentes externos (fonte de radicais livres), envelhecimento e inflamação, assim como a genética. • Genética: características dos melanossomas são codificadas pelos genes da pigmentação. Hormônios e Hipercromias • • • • MSH - hipofisário (hormônio estimulante da melanina). Estrogênio. Progesterona (sua ação ainda não é bem definida). Hormônios tireoideanos. Obs: estrogênio e progesterona provocam a hiperpigmentação da face e das genitais. MSH • α-MSH (Hormônio Estimulador de Melanócito-α). • É produzido nas células hipofisárias, neurônios, queratinócitos, melanócitos e macrófagos, onde regula atividades neurológicas, endócrinas e imunológicas. • Uma vez que o α-MSH liga-se ao MC1-R (receptor de melanocortina 1), há a estimulação da produção do pigmento escuro. Estrogênio • Aumenta a vascularização da pele. • Suprime a atividade da glândula sebácea. • OBS: aumentar a atividade das células. • Estudos já demonstraram que culturas de melanócitos humanos expressam receptores de estrogênio e que o estradiol aumenta os níveis de TYR, TYRP 1 e TYRP 2, enzimas envolvidas na eumelanogênese humana, dentro dos melanócitos humanos normais. A PELE E O SOL • Maior órgão do corpo humano e é em essência, um órgão de proteção e desta a função que se destaca é a proteção contra os danos físicos causados principalmente pelo sol. • A ação dos raios UVB multiplica os melanócitos ativos e estimula a enzima tirosinase. A produção aumentada de melanina é uma reação defensiva da pele, promovendo a formação do eritema actínico (pigmentação indireta). A radiação UVA oxida e escurece os precursores incolores da melanina, promovendo uma pigmentação sem eritema (pigmentação direta) – envelhecimento. • A pigmentação causada pela UVB é cancerigena. • Danos: ELASTOSE E MELANOSE SOLAR. MELANINA • Função de prover a cor da pele e a fotoproteção natural. • Como filtro solar, a melanina difrata ou reflete a radiação UV. Após a irradiação, os melanossomas se reagrupam em torno do núcleo e protegem, assim, o material genético da célula. • Ela é um pigmento castanho denso, com alto peso molecular, que vai ficando enegrecida. • Existem 2 mil melanócitos (célula produtora de melanina) por milímetro quadradro de pele da cabeça e antebraço e cerca de 1000 no restante do corpo. • O fator de crescimento do fibroblasto (FGF2) que regula o número exato de melanócitos na epiderme. MELANÓCITOS Na pele os melanócitos estão presentes na camada basal da epiderme, na junção dermo-epiderme e são responsáveis pela produção de melanina. São células com núcleo citoplasma transparente. pequeno e Ocorrem numa taxa de aproximadamente um melanócito para dez células basais e correspondem a 13% das células da epiderme. Os melanócitos são altamente dentríticos. Cada melanócito fornece o pigmento para vários ceratinócitos, na epiderme estabelecem estreita relação, transferindolhes os melanossomas. Esta associação melanócito-queratinócito é denominada unidade epidérmico-melânica e é constituída por 1 melanócito e 36 queratinócitos . Os queratinócitos fagocitam as pontas do melanócito dentrítico carregado de melanina e, portanto a pigmentação da pele de um indivíduo depende primeiramente da quantidade de melanina transferida ao queratinócito. Obs: com a Idade (áreas não expostas) – cerca de 6 a 8% a cada 10 anos do número de melanócitos são diminuídos. MELANOSSOMAS • Organelas presentes no interior do melanócito. • Em seu interior ocorre a síntese e deposição de melanina. • Armazenamento da enzima tirosinase. • Sede dos fenômenos bioquímicos que originam a melanina. • Em uma mesma região do corpo, indivíduos de diferentes grupos étnicos apresentam discretas variações no número de melanócitos. As diferenças de cor observadas nas várias raças devem-se, basicamente, ao tamanho dos melanossomas e a forma como eles se distribuem nos queratinócitos. • Os melanossomas passam por vários estágios, desde o 1º estágio em que são despigmentados até o 4º, em que são repletamente pigmentados. • Os melanossomas nos negros são maiores e mais maduros. MELANÓCITOS contêm Melanossomas contêm Tirosinase (enzima) Age sobre a Tirosina (aminácido) O2 Dopa O2 Dopaquinona ...... • - As principais ações da Melanina são: Inibir a oxidação lipídica. Neutralizar radicais livres. Oferecer proteção contra a oxidação. Agente quelante de íons metálicos. Eliminar e absorver radiação UV, luz visível e infravermelha. • A Melanina é classificada em 2 tipos: - Eumelanina - Feomelanina A presença ou ausência de Cisteína irá determinar o tipo de reação para a síntese de Eumelanina ou Feomelanina MELANOGÊNESE TIROSINA O2 Tirosinase DOPA O2 Leucodopacromo Tirosinase DOPAquinona DOPAcromo Glutationa ou Cisteína TRP2 (tirosinase) DHI DHICA TRP1 Indol 5,6 – quinona DHI Melanina (Preto) Ácido indol – 5,6 quinona carboxílico Cisteinildopa Alanil- hidroxil benzotiazina DHICA melanina (Marrom) FEOMELANINA EUMELANINA 3 passos da MELANOGÊNESE 1º: o passo inicial é a produção de cisteinildopa, que continua tão intensa quanto for a quantidade de cisteína presente. 2º: o segundo passo é a oxidação da cisteinildopa para formar feomelanina. 3º: o terceiro (e último) passo é a produção de eumelanina, onde somente tem início, após a maioria da cisteinildopa ser depletada. • Entretanto, parece que a eumelanina se deposita sobre a feomelanina préformada e a relação entre feo e eumelanina é determinada pela atividade da tirosinase e disponibilidade de cisteína. Tipos de pigmentações melânicas • Constitutiva: cor genética da pele saudável, não submetida a radiação solar. • Facultativa: resultante de exposição solar ou de doenças pigmentantes, e reflete a capacidade geneticamente determinada de bronzeamento em resposta à RUV. • A Eumelanina absorve e dispersa a luz ultravioleta atenuando sua penetração na pele e reduzindo os efeitos nocivos do sol (mais escuro, menos queima). • A Feomelanina, por outro lado, tem um grande potencial em gerar radicais livres, em resposta à radiação UV, já que são capazes de causar danos ao DNA, dessa forma, podendo contribuir para os efeitos fototóxicos da radiação (por isso quanto mais claro maior risco de câncer). • A melanina total da pele resulta de uma mistura de monômeros de feomelanina e eumelanina e a proporção entre as duas determina a expressão fenotípica final da cor da pele e dos cabelos. • Os principais fatores reguladores para a quantidade e qualidade da melanina, produzida pelos melanócitos, incluem o α-MSH (hormônio estimulante de melanócitos do tipo α ou melanocortina), MC1-R ASIP (proteina sinalizadora AGOUTI), Fator de Transcrição de Tirosinase (MITF), Catecolaminas, Prostaglandinas e Radiação Ultra-violeta (RUV). Fatores que interferem na Melanogênese - POMC (proopiomelanocortina): é um precursor que dá origem a diversos hormônios, sendo o principal regulador intrínseco da pigmentação. Localizase na glândula pituitária e é responsável pela produção do alfa MSH (hormônio estimulante do melanócito), sofrendo clivagem também na pele e também do ACTH (hormônio adrenocorticotrópico). Este alfa MSH tem papel parácrino na regulação das funções do melanócito. Porém sua produção pituitária é insuficiente para a melanogênese, tendo que ter a ação em conjunta do melanócito e queratinócitos (que também produz alfa MSH ). Fatores que interferem na Melanogênese - O receptor de Melanocortina tipo 1 (MC1- R): É um receptor acoplado na proteína G, que se localiza na superfície dos melanócitos. Sua ativação resulta numa cadeia que leva a formação da eumelanina. - Este receptor mostra especificidade para alfa MSH e ACTH, favorecendo a melanogênese. - Uma vez liberado estes hormônios eles irão se ligar neste receptor para que assim possa ser desencadeada toda a cascata da formação da EUMELANINA. - A perda da sua função resultará em cabelos ruivos e peles claras. • Os peptídeos derivados da POMC exercem seus efeitos por um mecanismo dependente de AMP cíclico (AMPc) quando se ligam ao receptor MC1R. • Este receptor é acoplado a proteínas Gs, que atuam como mensageiras estimulatórias da melanogênese. • As proteínas Gs levam à ativação da adenilil ciclase (AC), que por sua vez, produz AMPc a partir do ATP. O AMPc ativa uma proteína quinase (PKA), que fosforila enzimas, canais iônicos e uma série de outros fatores regulatórios, eventualmente alterando a expressão gênica. • Por ser um gene polimórfico na população branca, agindo na redução da habilidade da epiderme em responder a radiação UV – Marcador para Neoplasias. • Pessoas com efélides têm variação gênica no MC1-R, diferente de quem tem melanose solar. • Peles claras - MC1-R - Tirosinase • Os efeitos do alfa MSH são mediados pelo MC1-R, sendo considerado o ponto chave para a pigmentação, controlando as taxas de eumelanina e feomelanina dentro dos melanossomas. • É um importante determinante da sensibilização solar em humanos. Fatores que interferem na Melanogênese - ASIP (Proteina sinalizadora AGOUTI): - Ele atua como um agonista inverso nos receptores de melanocortina, principalmente MC1-R. - O gene agouti codifica uma molécula sinalizadora parácrina que faz com que os melanócitos do folículo piloso sintetizem o pigmento amarelo feomelanina em vez do pigmento preto ou marrom eumelanina . - A ligação de ASIP a MC1-R impede a sinalização iniciada pelo alfa-MSH. Fatores que interferem na Melanogênese - Fator de Transcrição de Tirosinase (MITF): • Este fator é estimulado com a ligação do α-MSH ao MCR-1. • É essencial na sobrevida dos melanócitos, pois regula a transcrição dos genes envolvidos na melanogênese, como a Tirosinase, TRP1 e TRP2, ou seja, é responsável direto por ativar a enzima Tirosinase e proteínas TRP-1 e TRP-2. • É liberado dentro do melanócito em decorrência da ligação do α-MSH produzido pelos queratinócitos após exposição a raios UV. • É provável que o MTIF seja o coração de uma rede regulatória que controla a sobrevivência, a proliferação e a diferenciação celular dos melanócitos. • Além disso, este fator de transcrição tem um papel sobre a proteína Rab27A, importante no transporte dos melanossomas. Fatores que interferem na Melanogênese - Catecolaminas: • São derivadas do aminoácido tirosina. • A dopamina é a primeiro catecolamina sintetizados a partir de DOPA. • Também regulam a mudança de cor, pois podem ser secretados como hormônios pelas glândulas supra-renais. Fatores que interferem na Melanogênese - Prostaglandinas: - As prostaglandinas E2 e F2α (PGE2 e PGF2α) são conhecidas por serem produzidas e liberadas a partir de queratinócitos humanos pela estimulação do PAR2. - PGE2 e PGF2α estimulam a dendricidade de melanócitos epidérmicos humanos em cultura. Fatores que interferem na Melanogênese - Radiação UV: Após uma única exposição a RUV, um aumento no tamanho dos melanócitos pode ser observado, acompanhado de um aumento da atividade da tirosinase. Exposicões repetidas a RUV levam a um aumento no número de melanossomas, estágio IV, transferidos aos ceratinócitos, bem como um aumento no número de melanócitos ativos, assim como aumenta a densidade destes melanócitos. • Induz o alfa MSH e o ACTH nos melanócitos e queratinócitos, incentivando a melanogênse. • Toda vez que a radiação é excessiva ocorre a liberação de mediadores pró-inflamatórios – ativando a Endotelina tipo 1 (que é um peptídeo secretado pelo queratinócito) – a qual estimula a tirosinase. • A Endotelina 1 também aumenta da dendricidade dos melanócitos e o aumenta a migração e melanização dos melanócitos. • A ligação da ET-1 ao seu receptor de proteína G-acoplada nos melanócitos ativa uma cascata de vias de sinalização, que resulta na mobilização do cálcio intracelular, ativação de PKC, elevação dos níveis de adenosina monofosfato cílcico (cAMP) e ativação da proteína quinase ativada por mitógeno (MAPK). • A radiação UVB induz a produção do alfa MSH e o ACTH nos queratinócitos, assim como da Endotelina 1. • A radiação também estimula a melanocortina dentro dos melanócitos e queratinócitos. • Toda vez que a exposição solar é intensa, uma cascata inflamatória acontece dentro da pele e o melanócito se sente fragilizado, com isso a melanina é produzida em maior quantidade como defesa natural do organismo. Quanto maior o estímulo, maiores serão as proteínas, receptores e hormônios acionados. • A pigmentação da pele depende do: - Tamanho dos melanossomas. Número dos melanossomas. Quantidade de melanina. Tipo de melanina. Transferência e distribuição nos queratinócitos. Discromias • Surge quando tem alteração no processo de formação da melanina. • Pode ser: Ø Acromia (ausência total de melanina, ex: Vitiligo) Ø Hipocromia (redução do depósito de melanina, ex: Leucodermia) Ø Hipercromia (manchas escuras!!!!) HIPOCROMIA • Quando comparada as hiper, oferecem menos possibilidades de tratamentos. • Podem estar demonstrando uma atrofia da atividade melanocitária. • A resposta aos tratamentos pode não ser positiva. • OBS: FARMÁCIA TRATA SOMENTE ALTERAÇÕES DE FUNDO ESTÉTICO. Como tratar as Hipocromias • Pigmerise: fitocomplexo natural, derivado da pimenta preta. Estimula a proliferação do melanócito e protege o DNA. • Óleo de Bergamota: estimula a produção de melanina. • Eletrocautério: através da realização de peelings que irão favorecer a renovação celular, mitose e homegenização da pele. • Peelings: para harmonizar a pele e incentivar a renovação. • Excimer Laser 308 nm: • No vitiligo (competência Dermatológica) é mais complexo do que a simples indução da migração de melanócitos provocada pela fototerapia em si. • Um fator importante parece ser o estímulo da migração de melanócitos e sua proliferação a partir de nichos genitores nos folículos pilosos. • Esse estímulo se deve tanto à ação direta do UVB sobre os melanócitos quanto à ação das citocinas secretadas pelos queratinócitos. • CAUSAS DOS DISTÚRBIOS HIPERPIGMENTARES: - AUMENTO DA SÍNTESE DE MELANINA e/ou - DISTRIBUIÇÃO IRREGULAR DA MELANINA • TIPOS DE DISTÚRBIOS HIPERPIGMENTARES: - Hiperpigmentação pós - exposição solar (Fitofotomelanose) - Hiperpigmentação pós - inflamação (acne, machucado...) - Cloasma/Melasma (alteração hormonal - MSH) - Efélides ou Sarda(constitucional, racial...) - Lentigos senis / Melanose solar (consequência do envelhecimento, perda da função do melanócito). Melasma Melanose solar Lentigo Senil Hiperpigmentação pós-inflamatória Efélides CONTROLE DO SISTEMA PIGMENTAR (etapas do clareamento) * DISPERSÃO DO PIGMENTO (Peelings/ Esfoliantes) * INIBIÇÃO DA MELANOGÊNESE (uso de ativos despigmentantes - clareadores) A DISPERSÃO (peelings) PROMOVE A SUPERFICIALIZAÇÃO DOS PIGMENTOS MAIS PROFUNDOS E A INIBIÇÃO DA MELANOGÊNESE EVITA A PERPETUAÇÃO EXCESSIVA DOS PIGMENTOS DE MELANINA. MELASMA • • • O Melasma é uma hipercromia adquirida, que ocorre predominantemente na face, sendo exacerbado pelas radiações solares. Está associado à gravidez, ao uso de anticoncepcionais, podendo ser também de causa idiopática e ocorrer em homens (menos casos). A predisposição genética e racial é frequentemente identificada. Quando ocorre na gravidez é denominado Cloasma. • Normalmente a sua origem está relacionada à elevação sérica dos hormônios melanotróficos, Estrogênio e, possivelmente da Progesterona, especialmente no terceiro trimestre da gestação. • O fator ambiental mais importante para o desenvolvimento do melasma é a exposição à luz solar. A radiação ultravioleta pode causar peroxidação dos lipídios nas membranas das células, levando ao surgimento dos radicais livres, esses então estimulam os melanócitos a produzirem em excesso melanina. • Identificar o verdadeiro fator causal muitas vezes é difícil, principalmente em casos onde ao indivíduo sofre a ação de múltiplos fatores. • Estudos recentes mostram que inúmeros pepitídeos exercem regulação parácrina ou autócrina nos melanócitos, sendo eles Endotelina 1, fator estimulador de colonia granulocito-macrofago e fator stem cell tipo membrana (SCF). • Esta inter-relação tambem envolve alguns receptores específicos expressos nos melanócitos, como: o receptor de endotelina B, o receptor de fator stem cell e c-KIT (fator de crescimento dos mastócitos). • O β-estradiol aumenta a expressão de α- MSH e MC1-R nos melanócitos. • Ou seja, a total compreensão das causas do melasma é uma situação complexa.... • Clinicamente, as lesões se manifestam como manchas acastanhadas, de bordas irregulares e configuração geográfica, simétricas, ocorrendo na fronte, têmporas, regiões malares, nasal, mandibulares e mentoniana e no lábio superior. • É progressiva. • A maioria dos casos possui padrão misto de hipercromia. • No padrão epidérmico, a concentração maior de melanócitos e melanina ocorre na camada basal e na extensão da epiderme, proporciona uma coloração castanha à pele. • No padrão dérmico, o pigmento encontra-se na derme, dentro dos melanófagos (macrófagos soltos na derme que fagocitam melanina). Possue nuances variando entre azul, às vezes até acinzentado, em razão do aumento de melanina nos macrófagos da derme. • As controvérsias não se restringem as causas do Melasma, mas alcançam sua classificação e terapêutica. Têm sido classificados pela clínica em centro-faciais, malares e mandibulares; pelo exame com lâmpada de Wood e histologicamente em epidérmicos, dérmicos e mistos (epidérmico: escura; dérmico: azualada). • A terapêutica difere entre os diferentes tipos de Melasma. HIPERCROMIA PÓS-INFLAMATÓRIA • Em geral é decorrente de sequelas de diversos processos que afetam a pele como acne, picadas de mosquitos, infecções, eações alérgicas, traumas físicos, entre outros. • O escurecimento da pele decorre do processo inflamatório, que altera a atividade dos melanócitos, aumentando a sua produção e distribuição na pele. • A vantagem é que cessado o estímulo, não tende a acontecer em outros locais. A desvantagem é que dependendo da extensão e profundidade da lesão pode vir acompanhada de cicatriz. MELANOSE SOLAR • Também conhecida como mancha senil ou lentigo senil (para o corpo). • Costuma acontecer mais em pessoas com a idade avançada pelo efeito culmulativo do sol, sendo este seu grande vilão. • Apresenta coloração escura, castanho-marrom, arrendodas, pequenas, podendo chegar a alguns centímetros. • Ocorre com maior frequência em pessoas claras e regiões como face, colo, ombros e braços. EFÉLIDES • Conhecidas vulgarmente como sardas. • Tem uma característica genética, mais comum em pessoas claras (fototipos 1 e 2, ruivos). • A exposição solar é um fator de agravo. • Apresentam coloração marrom ou castanho, com maior frequência em regiões fotoexpostas como face, ombros e colo. • Seu tamanho costuma ser pequeno, arredondado e regular. • Alteração no MC1-R. Fitofotomelanose • São hipercromias que surgem pós-exposição a substâncias na pele, normalmente cítricas, associada a radiação solar. • Inicialmente pode causar queimaduras e bolhas. • Associação com a Dermatologia (depende do caso). Recursos para o Tratamento das Hipercromias • • • Peelings Químicos e Enzimáticos Peelings Mecânicos Corrente galvânica: ionização Eletroporação LED Azul Laser Vermelho Laser Infravermelho Luz Intensa pulsada Microagulhamento Eletrocautério e Jato de Plasma Laser Spectra YAG Q-switched • Peelings Químicos: - É uma abrasão promovida por ácidos que visa a renovação da pele pelo princípio da descamação cutânea. Remove a epiderme e/ou derme, preservando suficiente quantidade de anexos para haver a restauração do tecido cutâneo. - A quantidade de tecido comprometido irá depender de alguns fatores, como: PH; Concentração; Tempo de exposição; Estrutura molecular; Preparo da pele anteriormente; Características da pele. - A escolha de qual ou quais agentes utilizar em um tratamento irá depender da pele de cada cliente e dos resultados que se deseja obter. 1) 2) 3) Os principais grupos usados são: Alphahidroxiácidos: Mandélico, Glicólico, Lático, Málico, Cítrico e Tartárico Betahidrohiácidos: Salicílico Polihidroxiácidos: Lactobiônico e Gluconolactona - Porém hoje, no mercado, existem outros agentes que não fazem parte destes grupos mas que realizam bons resultados. - Existem também os blends de ácidos associados a agentes despigmentantes, que além de realizar a renovação celular irão tratar a alteração no melanócito doente. - Tem-se também o Ácido Retinóico composto pertencente à classe dos retinoides e derivado da vitamina A OVER. acelera a mitose da pele, favorecendo o TUN • Peelings Mecânicos: - São peelings realizados por equipamentos, onde o que se deseja é realizar a renovação celular através do arraste promovidos por estes equipamentos. - A escolha do equipamento a usar irá depender de cada situação apresentada e dos resultados que se deseja obter. - Os fatores que interferem na profundidade do peeling são: escolha do aplicador; velocidade do movimento; ajuste da pressão; ajuste do fluxo de óxido e número de passadas. - Não pode ser utilizado em pele com perda de continuidade ou qualquer outro tipo de lesão, como acne ativa. - Os equipamentos são: Caneta diamantada, Peeling de Cristal e Peeling Ultrasônico. • Caneta Diamantada: - Trata-se de uma técnica do peeling mecânico, abrasivo, realizado através da pressão negativa (vácuo) com a utilização de canetas com pontas diamantadas de diferentes granulometrias (microns), realizando uma esfoliação mecânica. - A escolha da ponteira irá depender para cada caso. • Peeling de Cristal: - É uma técnica à base de cristais de hidróxido de alumínio que faz uma microdermoabrasão da pele, ou seja, uma esfoliação progressiva da superfície cutânea feita pelos microcristais que remove as células mortas e estimula a produção de colágeno e elastina, responsável pela textura e elasticidade da epiderme. - Esses microcristais são jogados na pele sobre uma pressão positiva e com o movimento de arraste é feito o lixamento da pele, ao mesmo tempo é recolhido às células mortas (pressão negativa) e o cristal usado para um recipiente a ser desprezado. • Peeling Ultra-sônico: - Utiliza a vibração ultra-sônica aplicada na extremidade distal da espátula posicionada na superfície da epiderme, exercendo um efeito mecânico, favorecendo o desprendimento das células queratinizadas da superfície da epiderme. - É realizado com a pele umidecida, para que ocorra o desprendimento da pele. - Invertendo-se a posição da espátula, no modo peeling+ionização, temos o efeito de hidratação e ionização de cosméticos de acordo com a sua polaridade, funcionando como uma corrente galvânica. - Por transmitir corrente elétrica não pode ser usado em gestante ou pessoas com complicações limitadas á corrente. • Corrente galvânica: Ionização - É uma técnica que permite a introdução, a partir da pele e das mucosas, de íons medicamentosos para o interior dos tecidos, utilizando as propriedades polares da corrente galvânica. Quando passa corrente continua através de uma solução eletrolítica é produzido íons (partículas eletricamente carregadas dissolvidas na solução) que migra de acordo com a carga elétrica. Com isso o princípio ativo penetra no tecido para tratá-lo. - Produto com polaridade Positiva deve ser ionizado na mesma polaridade para que haja repulsão e penetração da carga. - Produto com polaridade Negativa deve ser ionizado na mesma polaridade para que haja repulsão e penetração da carga. - Já um produto que apresentar as duas polaridades, deve ser ionizado primeiramente em uma polaridade e depois na outra, para que ocorra a penetração de todas as cargas. - A pele oferece uma resistência à passagem da corrente, porém algumas estruturas como folículo piloso e glândulas sudoríparas e sebáceas oferecem menos resistência e conduzem melhor os íons. - Deve-se ionizar de 3 a 5 minutos por região e somete usar um produto que seja Eletrolítico. • Eletroporação: - Consiste na aplicação de ondas eletromagnéticas com pulsos curtos, de alta voltagem, promovendo uma formação transitória de poros (<10nm) na bicamada lipídica, aumentando o transporte na membrana plasmática, favorecendo a permeação de ativos com fins específicos no meio intracelular. - O veículo utilizado com a Eletroporação deve ser preferencialmente a base de LIPOSSOMAS. Estes têm sido amplamente utilizados como veículo em fórmulas dermocosméticas, em razão de que sua estrutura proporciona a encapsulação de substâncias ativas hidrofílicas e lipofílicas e são biodegradáveis. - Devido à sua estrutura de bicamada, semelhante à estrutura das membranas celulares, eles são capazes de interagir profundamente com as células do organismo e penetrar mais facilmente no estrato córneo. - A Eletroporação deve ser usada aproximadamente 5 minutos por região, até a completa absorção do produto. Ondas Eletromagnéticas Altera o potencial de ação da membrana celular Aumenta em 400 x a permeação celular (poros) Penetração de ativos • LED AZUL: - Também denominado Luzes Emissoras de Diodo. - Seus efeitos ocorrem como resultado direto da irradiação e não do aquecimento. - Seu comprimento de onda é de 470nm. - Age sobre as Porfirina (molécula orgânica – existente nas proteínas da pele) fazendo com que ela libere espécies reativas de oxigênio, peróxido de hidrogênio – H2O2, que é instável, onde acaba se decompondo, liberando oxigênio puro (o qual as bactérias e fungos não resistem) que irá atacar o P. Acnes (anaeróbica), fazendo efeito bactericida e bacteriostático. - Auxilia na hidratação tecidual pois estimula os canais de aquaporinas e a água presente na derme para favorecer a hidratação á nível de epiderme. - Para não causar um eritema importante ou mesmo correr um risco de causar uma hipercromia pós-inflamatória decorrente do peeling seria interessante a hidratação da pele, podendo este ser usado antes e após um peeling químico. - Por agir na molécula chamada pré radical livre (H2O2) – que é produzida durante a síntese de melanina e sintetizada pela tirosinase, o LED desestabiliza esta molécula através da liberação de uma enzima intracelular chamada Catalase, que irá decompor H2O2 em H2O de onde provém a hidratação instantânea e libera uma molécula de O2, que fará efeito antioxidante, quebrando a molécula de melanina que é uma molécula grande, um biopolímero (proteína constituída por aminoácidos), alterando a sua configuração, fazendo com que ela deixe de ser um cromóforo. - Os íons de cobre e ferro presentes na tirosinase não impedem a ação da catalase. - Outra situação é que por ser a melanina formada a partir de uma aminoácido (tirosina), o peróxido de hidrogênio tem a função de degradação dos aminoácidos, devido ao seu elevado poder oxidativo, evitando a formação da melanina por atuar diretamente no seu aminoácido precursor - tirosina. LASER DE BAIXA POTÊNCIA • Fonte de tratamento baseada na aplicação de luz laser gerada por diodos emissores de luz para ativar ou inibir a atividade celular. • Estimula o processo de cicatrização natural do organismo controlado através de requerimento específico de comprimentos de onda da luz que tenham efeitos fisiológicos particulares. • Esse tipo de laser é o indicado para a Estética. Mecanismo de ação do Laser da Estética • Seu principal cromóforo biológico é o Citocromo C oxidase, presente no interior da mitocôndria das células. • Quando este cromóforo é estimulado, faz com que a mitocôndria trabalhe mais, favorecendo a liberação de ATP (fonte de energia celular), o que levará a um incremento na atividade celular e na produção de colágeno e elastina. Efeitos fisiológicos • A energia produzida aumenta a microcirculação local e reestabelece a produção de ATP celular (energia) promovendo cicatrização, ação antiinflamatória e analgesia no local da irradiação lembrando que algumas hipercromias tem característica a ação inflamatória celular. • A ação terapêutica se dá pela transformação da energia luminosa (da luz laser) em energia química celular, ou seja, efeito fotoquímico. São vários os mecanismos de ação do laser na célula, no entanto os principais são o restabelecimento da produção de ATP celular e alteração do potencial de membrana, que estimula a proliferação e diferenciação celular. Efeitos fisiológicos • O reestabelecimento energético celular induz a célula a retornar a sua homeostase, ou seja, equilíbrio celular, favorecendo a cicatrização e normalização das funções teciduais. Além disso, a luz laser reativa algumas enzimas como a SOD (superóxido desmutase) importante para a remoção dos radicais livres e consequente diminuição da inflamação levando à aceleração da cicatrização. • Outros efeitos fotofísicos que levam ao aumento da permeabilidade de membrana também são relatados na literatura e relacionados à ativação de células imunológicas entre outros efeitos celulares. • Com comprimento de onda de 660 nm. • Absorvido por cromóforos presentes na mitocôndria de células superficiais (tecido epitelial e tecido conjuntivo subjacente). • Aumento na síntese de ATP. • Maior quantidade de energia, maior produção colágeno, elastina, etc . • Aumento da microcirculação periférica superficial. • Indicado para o tratamento de peles envelhecidas e na prevenção da mesma, bem com na restauração da energia celular. LASER INFRAVERMELHO • Com comprimento de onda de 808 nm. • Tem como principal cromóforo o Citocromo C oxidadase. • Absorvido por substâncias presentes na membrana plasmática de células mais profundas (tecido conjuntivo, tecido muscular, ósseo, cartilaginoso, etc) boa atuação na cascata inflamória presente em algumas hipercromias. • Alteração na permeabilidade da membrana com aumento na absorção de nutrientes, água e dermocosméticos. • Ativação do metabolismo celular. • Muito usado para alívio de dor, edema, pré e pós-operatório, pós laser ablativo e efeito anti-inflamatório. • Luz Intensa Pulsada (LIP): É fonte de energia luminosa policromática não ablativa, ou seja, gera calor na pele sem causar danos. - A LIP apresenta diferentes comprimentos de onda, sendo policromática e divergente. Devido a isso sua aplicação torna-se menos sensível e menos agressivo quando comparado com o Laser, porém sua aplicação é menos específica pois aborda diferentes alterações em uma mesma aplicação. A não ser que o equipamento tenha filtros de corte para cada tipo de tratamento. - É absorvido pelos cromóforos biológicos da pele, que são hemoglobina, melanina e água. - Absorção de fótons por cromóforos biológicos e a tranferência de energia para estes cromóforos, gera calor onde o resultado é a destruição ou ativação da célula alvo. - - O tratamento de manchas hiperpigmentares com a luz intensa pulsada consiste na aplicação de disparos de luz em intensidade controlada para a remoção ou clareamento das manchas – FOTODESTRUIÇÃO. - O conceito do tratamento é usar uma luz com comprimento de onda específico para um tipo de alvo, ou seja, o disparo de luz é absorvido apenas pelo alvo, sem afetar a pele ou afetando minimamente, a que não está manchada. - No caso das manchas, o alvo é a melanina, que está aumentada nas lesões e atrai o disparo de luz, o que vai promover a sua destruição. • • • • Luz de média potência: atinge temperaturas até 60 graus. Ele emite 2 tipos de energia: luminosa e térmica. Policromática, não coerente, não colimada e espectro amplo. Emite vários comprimentos de onda ao mesmo tempo (por isso a necessidade de filtros). • Quanto maior o comprimento de onda maior a profundidade. • Fototermólise seletiva: - comprimento de onda; - duração de pulso (milisegundos); - dosimetria em joules (fluência). • 400 á 900 nm: somente algumas biomoléculas pigmentadas absorvem essa luz (melanina e sangue). Se eu quiser atigir essas moléculas devo trabalhar neixa faixa de comprimento de onda. • Acima de 1000 nm o principal cromóforo é água (envelhecimento – derme rica em água). - Em média o espectro de emissão das LIPs vai de 400 a 1200 nm, onde se for selecionado um filtro de corte de 530 nm seu espectro irá trabalhar em uma emissão de 530 á 1200 nm, bloqueando a emissão comprimentos mais curtos. - Lyra (3 filtros de corte): - 480 nm (rejuvenescimento e manchas) - 530 nm (telangietasias) - 640 nm (pêlos) - Light Pulse: - 430 nm (acne) - 530 ou 590 nm (rejuvenescimento) - 530 nm (manchas) - 530 nm (terapia vascular) - 640 ou 690 nm (epilação) MICROAGULHAMENTO • Através de microlesões provocadas na pele, o roller tem como ação, induzir a produção de colágeno via percutânea, gerando um processo inflamatório local, aumentando: a proliferação celular (principalmente dos fibroblastos), o metabolismo celular deste tecido (derme e epiderme), a síntese de colágeno, elastina e outras substâncias presentes no tecido, restituindo a integridade da pele . • Pesquisadores observaram que a técnica promove uma melhora na permeação de vários ativos cosméticos e cosmecêuticos. MICROAGULHAMENTO • O microagulhamento é excelente para permitir a melhor penetração de ingredientes que vão ajudar na restauração dos tecidos, como ácido hialurônico, vitamina E, fatores de crescimento epidérmico, antioxidantes e peptídeos. • Com esta intenção as agulhas usadas são na faixa de 0,5 mm. Mas pode-se usar agulhas maiores para incremento de colágeno e elastina. • Contra-indicações: diabetes; doenças inflamatórias de pele; problemas cicatriciais, quelóide, entre outros. • Obs: esta técnica deve ser realizada com cautela e analisada caso a caso, risco de feito rebote nas hipercromias. Jato de Plasma x Eletrocautério • Jato de plasma: emissor de ondas elétricas de corrente alternada ou contínua que gera o plasma (4º estado da matéria). O plasma é um gás ionizado com ions e elétrons e ao ser aquecido e em contato com o oxigênio produz o plasma. • Por ter corrente consegue introduzir substâncias ativas na pele. • Indicações: melanoses, efélides, pintas, verrugas, estrias, blefaroplastia sem corte e estímulo de colágeno e elastina. Jato de Plasma • Energia baixa: Em varredura, ele apresenta uma atividade séptica interessante, sendo indicado na terapêutica da acne. • Com o aumento do depósito de energia, gera-se uma resposta inflamatória que estimula a produção de colágeno combatendo a flacidez e rugas, bem indicado em protocolos de rejuvenescimento. • Com grande carga de depósito pontual de energia, ele desenvolve ainda uma atividade ablativa, que pode chegar até o nível de carbonização de algumas formações cutâneas como nevos e xantelasmas. • Essa retração da pele explica a indicação da blefaroplastia. • Eletrocautério: disparam jatos de energia elétrica em um campo magnético seco, no caso a pele, não necessitando de nenhum meio condutor como no plasma. • Provoca microlesões na pele. • Pode causar uma queimadura superficial controlada. • Indicações: as mesmas do plasma, tendo também remoção de tatuagens, ... • Obs: cuidado com fototipos altos!!! Laser Spectra YAG Q-Switched • Comprimento de onda de 532 nm, com pulsos curtos, rápidos. • Não provoca aquecimento na pele. • Atua varrendo a melanina depositada na pele e inibindo a produção do melanócito. • Indicação para tratamento de Melasma (quinzenal ou mensal). Nutracêuticos • São definidos como alimento ou parte de um alimento que proporciona benefícios médicos e de saúde, incluindo a prevenção e ou tratamento de doenças. • Esses produtos podem abranger desde nutrientes isolados, suplementos dietéticos e produtos herbais até alimentos processados, como cereais, sopas e bebidas. • São suplementos ingeridos, com benefícios que excedem simples cápsulas de vitaminas. Nutricosméticos • São formulações a partir de ingredientes nutracêuticos na forma oral, com função cosmética, podendo incluir aqui prevenção do envelhecimento pela ação de componentes antioxidantes. • Visa a ação ANTIOXIDANTE combater radicais livres. • Ingestão de suplementos para melhorar a aparência (suplementos orais). • CÁPSULA DA BELEZA. Nutricosméticos • Em geral são compostos como as vitaminas A, C e E, o licopeno (presente no tomate), os bioflavonoides (encontrados nas frutas cítricas e uvas escuras), as catequinas (presentes no chá verde, uvas - resveratrol e morango), o ácido fenólico (presente no brócolis, cenoura, grãos integrais), a quercetina (das cascas de uva e vinhos), colágeno, Ômega 3, ácido elágico (romã), cacau, .... • O ideal é realizar exames para saber as deficiências. • Procurar um profissional conhecedor do assunto para a prescrição correta. FOTOPROTEÇÃO ORAL • Ele é um complementar a fotoproteção tópica. • Substâncias que se depositam na pele e neutralizam parcialmente os malefícios da radiação solar R.L • Polypodim leucotomus: planta rica em polifenóis • Extratos da folha da oliva: ricos em Oleuropeina (agente antiOx). • Carotenóides: betacarotenos e licopenos. • Precisa de um tempo para se depositar na pele e fazer barreira de proteção. • Deve-se usar de 30 a 60 dias antes da exposicão solar e continuamente. Alvos do tratamento Cosmetológico: - Antes da tranferência da Melanina: • Ação UV (fotoprotetores, antioxidantes, anti-inflamatórios e Inibidores da Endotelina 1). • Antagonistas do alfa MSH. • Inibidores da tirosinase. • Antioxidantes. • Inibidores da transferência de melanossomos. Alvos do tratamento Cosmetológico: - Após a transferência de Melanina: • Adsorvedores da melanina. • Antioxidantes. • Renovadores. PRINCÍPIOS ATIVOS CLAREADORES - Ácido Azeláico: Inibidor competitivo de enzimas de óxido-redução; - Ácido Tranexâmico: Reduz a formação de mediadores de inflamação envolvidos na melanogênese; - Ácido Ascórbico (Vit C): Redutor sobre os componentes da síntese de melanina, bloqueando a reação oxidativa em vários pontos, também reduzindo a forma negra da melanina para mais clara; - Vitis vinífera: Antioxidante; - Skin Whitening Complex (Arbutina, AHAs, Aspergillus Gamaorizanol): Inibidor da tirosinase e da melanogênese; biofermentado, - Nano Thalaspheres C/ Nano Kójico: Inibem a tirosinase e a síntese de melanina; - Ácido ferúlico: Inibidor dos processos oxidativos da melanogênese; - Citrolumine 8: Natural e sem conservantes, lipossomas entre 100 e 150nm, aumenta a luminosidade da pele e clareia as manchas; - Idebenona: Inibidor da síntese de melanina com estrutura similar à coenzima Q10 e melhor perfil de segurança; - Ácido Kójico: Despigmentante (inibidor da tirosinase por quelar íons cobre) natural obtido por biotecnologia, como resultado da fermentação de cereais como arroz e milho por diversos fungos; - Ácido Fítico: Agente despigmentante extraído de cereais (arroz, aveia e gérmen de trigo), atua como inibidor da tirosinase e apresenta alto potencial quelante, complexando íons metálicos, em especial o ferro. Dessa forma inibe a produção de espécies reativas de oxigênio e favorece a proteção antioxidante; - Alfa Arbutin®: Enzimaticamente sintetizado a partir de hidroquinona e sacarideos. Bloqueia a síntese da melanina na epiderme pela inibição da tirosinase; - Belides®: Obtido das flores de margarida, é um ativo clareador que atua antes, durante e após o processo de síntese de melanina. Antes: inibe a endotelina, além de promover redução da ligação do α-MSH (hormônio melanotrófico-alfa) aos seus receptores, com consequente diminuição da produção de eumelanina. Durante: promove a redução da formação de radicais livres (ROS); Após: reduz a transferência dos melanossomos formados no melanócito para as células epidérmicas; - Neurolight®: Obtido da planta costeira Pancratium maritimum, possui um mecanismo de ação original e inovador, inibindo a síntese de melanina por melanócitos. Age seletivamente em pontos escuros, diminuindo o tamanho e a coloração das manchas, sem alterar a pigmentação das áreas não hiperpigmentadas; - Algowhite® (Algas Marrons): Obtido a partir do extrato concentrado das algas marrons Ascophyllum nodosum rico em polifenóis. Acelera a renovação celular utilizando mecanismos endógenos de diferenciação epidérmica e esfoliação. Como clareador inibe a tirosinase, a divisão celular dos melanócitos e a comunicação melanócito-queratinócito. É um potente antioxidante que promove proteção das membranas celulares e inibe ação dos radicais livres; - Biowhite®: Associação de extratos vegetais de Morus nigra, Saxifraga stolonifera, Scutellaria baicalensis e Vitis vinifera. Inibidor da Tirosinase, antioxidante e antiinflamatório; - Hexyl Resorcinol: Agente despigmentante que atua em diferentes etapas no processo da melanogênese: ação inibidora da tirosinase, ação antioxidante, ação renovadora celular e estímulo da produção de glutationa (A ativação da glutationa desloca a melanogênese em direção à síntese do pigmento claro); - Ácido Tranexâmico: Agente despigmentante que atua na cascata inflamatória inibindo a ativação da tirosinase; - Bearberry (uva-ursi): Ação inibidora da tirosinase e antioxidante; - Niacinamida: Forma biologicamente ativa da vitamina B3. Tem ação anti-inflamatória, estimula o colágeno e ação seborreguladora. Pode reduzir a hiperpigmentação da pele por inibir a transferência da melanina dos melanócitos para os queratinócitos; - Antipollon: Adsorvedor da melanina já formada; - Vcpmg: Tem ação anti-radical livre e inibidora da tirosinase; - Azeloglicina: Ação despigmentante; - Aqua licorice: Despigmentante e inibidor da tirosinase; - Hentowhite: Derivado do resorcinol, inibe a tirosinase e atua antes, durante e depois da formação da melanina; - Melfade J: Associação da uva-ursi e do fosfato de ascorbil magnésio com potente ação antioxidante, inibe e reduz a pigmentação existente; - Clariskin: Despigmentante de origem natural; - Melanwhite: Inibidor da tirosinase; - Whitessense: Despigmentante natural extraído da jaca asiática, age inibindo a transferência da melanina aos queratinócitos; - Cromabright: Inibe a tirosinase; - Adenin: Regenera os fibroblastos e tem ação antioxidante; - Albatin: Inibe o dopacromo; - Lumin White: Ação inibidora da tirosinase; - Alpha-arbutim: Inibe a síntese da tirosinase; - Biosome C: É um despigmentante lipossomado, com ação inibidora da tirosinase e antioxidante; - Fosfato de Ascorbil Magnésio: Libera a vitamina C estável com ação inibidora da tirosinase. - Ácido elágico: Polifenol natural contendo 4 grupos de hidroxilas presentes no morango, uva, chá vede, eucalipto, nozes. Apresenta efeito antioxidante; - Whitonyl II: Despigmentante. Controle da atividade dos melanócitos, limita o transporte de melanossomas e reduz a hiperpigmentação induzida pelos raios UV; - Superox Ctm: Reduz o extresse oxidativo; - B-White: Inibe a produção de Tirosinase (inibição de MITF), reduzindo a formação de melanina. Pode ser indicado para cuidado de pele étnica; - Melanostatine / Melanostatine 5®: Peptídeo sintético antagonista ao αMSH, prevenindo a ativação da tirosinase, bloqueando a síntese de melanina. Muito indicado para peles asiáticas; - SuforaWhite®: Lipossomas ricos em sulforafano, fitonutriente com potente ação clareadora atuando por neutralização de radicais livres e inibindo a ligação do αMSH ao receptor melanocítico. Reduz o fotodano, previne e inibe a formação da melanina. - O.D.A. White®: Inibe todo o processo metabólico da síntese de melanina, a partir do núcleo do melanócito, por redução do nível de RNAm da tirosinase. O composto mostra forte afinidade pelo complexo proteico PPARγ, que regula a transcrição do gene da tirosinase; - PHLORETIN INCI: Ativo extraído da casca da maçã, com ação despigmentante, antioxidante, promotor de absorção. Inibe a ação da tirosinase. Inibe peroxidação lipídica induzida pela radiação UV; - OPEXTAN® : obtido do fruto da oliva, com notável ação antioxidante e varredora de radical livre. Apresenta ação anti-inflamatória, característica fundamental para redução de eritema solar, e prevenção do foto envelhecimento. Desta forma, sua principal função é a redução da sensibilidade da pele à radiação UV (clinicamente testado). - Actiwhite PW LS 9860®: Extract Composto por extrato de Pisum sativum (Pea), uniformiza a cor e aumenta a luminosidade da pele, reduzindo a hiperpigmentação. Inibe a síntese a síntese de melanina diminuindo a atividade da tirosinase e reduzindo a maturação de melanossomos, por diminuição da expressão gênica de PMEL17. Controle pigmentar e exposição solar • Agem antes da produção/transferência - Antioxidantes Anti-inflamatórios (Ac. Tranexâmico; Citrolumine; TGP-2; Opextan) Inibidores da Endotelina 1 (Bélides; Algowhite) Antagonistas do MSH (Bélides; Melanostatine; Suforawhite) Inibição da formação Melanossomo – Tirosinase (Ácido dióico; TGP-2; Whitonyl; Bwhite; Actiwhite; O.D.A. White) Controle pigmentar e exposição solar • Durante a produção – transferência - Ativação da Tirosinase (Ácido kójico; Bélides; Whitonyl; Alfa-arbutim; Algowhite; Citolumine 8; Cromabright; Lumin White; Albatin) - Inibidores da transferência de Melanossomos ( Whitonyl; Whitessence) - Antioxidantes (Superox; Citrolumine; Nanolightening) Controle pigmentar e exposição solar • Após a tranferência de Melanina - Adsorvedores de melanina - Antioxidantes (Nanoshine;Cytovector Ferulic; Lumin White; Opextan; Phloretin) - Renovadores (Alfamix) • Referencial Bibliográfico: 1. AGNE, JE. Eletro termo fotoerapia. 4º edição. Editora Santa Maria, 2017. 2. AGNE, JE. Eu sei eletroterapia. 1ª edição. Livraria e editora Andreoli, 2011. 400p. 3. CESTARI, F.T.; DANTAS, L.P.; BOZA, J.C. Acquired hyperpigmentations. Anais Brasileiros de Dermatologia. V. 89, n 1, Jan. – Fev. 2014. 4. CORSO, J.; HEPP, D. O gene MC1R e a pigmentação dos animais. Revista da Sociedade Brasileira de Genética. Genética na escola. V. 81, n 2, 2013. 5. COSTA, A; MOISÉS, T.A.; CORDERO, T; ALVES, C.R.T; MARMIRORI, J. Associação de emblica, licorice e belides como alternativa à hidroquinona no tratamento clínico do melasma. Anais Brasileiros de Dermatologia. V. 85, n 5, Set. – Out., 2010. 6. FLOR, J.; DIAS, M.R. Protetores solares. Quim. Nova. V. 30, n 1, 153-158, 2007. 7. GONCHOROSKI, D.D.; CÔRREA, G.M. Tratamento de hipercromias pós-inflamatórias com diferentes formulações clareadoras. Infarma. V. 17, n 3-4, 2005. 8. HANDEL, A.C.; MIOTI, L.D.B.; MIOT, H.A. Melasma: clinical and epidemiological review. Anais Brasileiros de Dermatologia. 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Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Geisi_Barreto/publication/282295260_Resveratrol_para_cosmeticos_no_claream ento_da_pele/links/563ba02008ae405111a77023/Resveratrol-para-cosmeticos-no-clareamento-da-pele.pdf 14.VIDEIRA, I.F.S.; MOURA, D.F.L.; MAGINA, S. Mecanismos reguladores da melanogênese. Anais Brasileiros de Dermatologia. V. 88, n 1, Jan. – Fev, 2013. 15. WASMEIER, C; HUME, A.N.; BOLASCO, G; SEABRA, M.C. Melanosomas at a glance. Jounal of Cell Science, 121. 3995-3999. 2008. OBRIGADA!!!! [email protected]