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Portifólio de Semiologia e Propedêutica versão final 8

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA
Bacharelado Interdisciplinar em Saúde
Michele Cristina Maia
PORTFÓLIO: aprendendo semiologia / propedêutica da clínica geral
Porto Seguro
2019
Michele Cristina Maia
PORTFÓLIO: aprendendo semiologia / propedêutica da clínica geral
Trabalho Acadêmico apresentado ao componente
Semiologia / Propedêutica Clínica Geral da
Universidade Federal do Sul da Bahia para avaliação
do profº Enio Rodrigues da Silva e da profª Paula
Peixoto Messias Barreto.
Porto Seguro
2019
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Mapa Conceitual - Método Clínico ......................................................................... 11
Figura 2 - Mapa Conceitual - O que são mapas conceituais na educação médica? ................. 12
Figura 3- Mapa Conceitual - O que é afecção, doença, enfermidade e moléstia?.................... 12
Figura 4 - Mapa Conceitual - O que é doença e enfermidade na clínica geral? ....................... 13
Figura 5 - Mapa Conceitual - Como realizar entrevista e anamnese? ...................................... 13
Figura 6 - Esquematização dos Dispositivos dos Polos da Ergologia ...................................... 14
Figura 7 - Mapa Conceitual- Doença, Cura e Saúde ................................................................ 15
Figura 8 - Mapa Conceitual- Trabalho e uso de si ................................................................... 15
Figura 9 - Mapa Conceitual – Anamnese: objetivos e elementos ............................................ 16
Figura 10 - Mapa Conceitual - A Abordagem Familiar ........................................................... 17
Figura 11 -Mapa Conceitual - O Raciocínio Clínico ................................................................ 19
Figura 12 – Mapa Conceitual sobre Registro Médico pelo SOAP ........................................... 21
Figura 13 - Mapa Conceitual - Registro Médico orientado por problemas .............................. 21
Figura 14 - -Mapa Conceitual - A pesquisa em História de Vida ............................................ 22
Figura 15 - Mapa Conceitual - História de Vida e Projeto ....................................................... 23
Figura 16 - Mapa Conceitual - Perda de Peso .......................................................................... 24
Figura 17 - -Mapa Conceitual - Avaliação da perda de peso involuntária e significativa ....... 24
Figura 18 - Mapa Conceitual - Aprendizagem baseada em equipes ........................................ 25
Figura 19 - Foto das EAA que encenaram o caso clínico ........................................................ 26
Figura 20 - Mapa Conceitual - O que é caso clínico? .............................................................. 26
Figura 21 - Mapa Conceitual - Caso clínico centrado no paciente ........................................... 27
Figura 22- Mapa Conceitual - Exame Físico ............................................................................ 28
Figura 23 - Mapa Conceitual- Biossegurança e Segurança do Paciente .................................. 28
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4
1.1 Memorial .............................................................................................................................. 4
1.1.1 Quem eu sou? .................................................................................................................... 4
1.1.2 Ser uma profissional diferente ........................................................................................... 5
1.2 Preparando e apresentando a construção de conceitos gerais em saúde............................... 5
1.3 Meu primeiro encontro com o campo da saúde geral e mental ............................................ 7
2. OBJETIVOS ......................................................................................................................... 8
2.1 Objetivo Geral ...................................................................................................................... 8
2.2 Objetivos Específicos ........................................................................................................... 8
3. METODOLOGIA................................................................................................................. 9
4. RELATO DE EXPERIÊNCIAS E INTERDISCIPLINARIDADES............................. 10
4.1 Resumos das aulas e apresentação dos mapas conceituais ................................................ 10
4.1.1 Aula 1 (27/05/2019)......................................................................................................... 10
4.1.2 Aula 2 (03/06/2019)......................................................................................................... 10
4.1.3 Aula 3 (10/06/2019)......................................................................................................... 14
4.1.4 Aula 4 (17/06/2019)......................................................................................................... 16
4.1.5 Aula 5 (24/06/2019)......................................................................................................... 17
4.1.6 Aula 6 (01/07/2019)......................................................................................................... 18
4.1.7 Aula 7 (08/07/2019)......................................................................................................... 18
4.1.8 Aula 8 (15/07/2019)......................................................................................................... 20
4.1.9 Aula 9 (22/07/2019)......................................................................................................... 22
4.1.10 Aula 10 (29/07/2019)..................................................................................................... 23
4.1.11 Aula 11 (05/08/2019)..................................................................................................... 25
4.1.12 Aula 12 (12/08/2019)..................................................................................................... 27
5. A CONSTRUÇÃO DO INSTRUMENTO DE ANAMNESE ......................................... 29
6. NOTAS CONCLUSIVAS .................................................................................................. 56
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 57
APÊNDICES ........................................................................................................................... 59
Apêndice A- Prontuário Orientado por Problemas e Evidências ............................................. 59
Apêndice B- Roteiro de anamnese com foco na “perda de peso” ............................................ 64
Apêndice C- Roteiro da encenação do caso clínico ................................................................. 67
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1. INTRODUÇÃO
A construção do portfólio segundo Hilzendeger, 2013, permite um constante “pensar”
sobre a ação, a prática da autoavaliação, a reflexão sobre temas do curso e a autonomia no
intuito de proporcionar uma aprendizagem significativa. Nesse contexto, pode-se afirmar que
para modelar um portfólio é preciso dedicação nas atividades de leitura propostas pelo
professor, além de criatividade para demonstrar que o material estudado possibilitou alcançar
os objetivos do componente.
Dessa forma, apresento o portfólio com vários mapas conceituais, pois foi o método
que escolhi para representar a minha autorreflexão sobre o conteúdo estudo, o qual permite a
construção do conhecimento por compreensão e por itens relevantes. Na intenção de alcançar
o que Gomes, 2011 define como objetivo dos mapas conceituais na educação médica, que é
permitir ao estudante o aprender a aprender, para assim desenvolver o pensamento crítico para
a resolução de problemas e para a tomada de decisões.
1.1 Memorial
1.1.1 Quem eu sou?
Sou Michele Cristina Maia, uma pessoa alegre, honesta, amorosa e católica. Tenho 35
anos, natural de Belo Horizonte- MG, residente na maior parte de minha vida em São Joaquim
de Bicas-MG, cidade pequena da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Estudei o ensino
fundamental e médio em escola pública do município onde morava. Comecei a trabalhar aos
12 anos em uma sorveteria dos meus pais em São Joaquim de Bicas, estudava pela manhã e
ajudava no estabelecimento comercial à tarde, sempre recebia uma comissão por dia
trabalhado, o que me incentiva a administrar meu próprio dinheiro. Aos 18 anos, passei no
vestibular de Enfermagem na PUC- MG/ Betim, um município vizinho de onde morava, então
comecei a estudar à noite e trabalhava no comércio, agora um armarinho, o dia todo.
Aos 22 anos, iniciei minha carreira profissional como Enfermeira em um Pronto
Atendimento de Urgência e Emergência, na Policlínica de São Joaquim de Bicas. Tenho
ótimas lembranças desse emprego, onde aprendi a trabalhar em equipe, fazer gestão com
poucos recursos de materiais e, local que despertou em mim a vontade de ser Médica.
Trabalhei também como Preceptora de Estágio da Faculdade Pitágoras de Betim para o curso
5
de graduação em Enfermagem. Atualmente, com 35 anos, moro em Porto Seguro-BA e estudo
na UFSB- Bacharelado Interdisciplinar em Saúde com o objetivo de migrar para Medicina.
1.1.2 Ser uma profissional diferente
Durante meu exercer profissional na Policlínica de São Joaquim de Bicas, era uma
Enfermeira elogiada pelas pessoas, pois sempre procurei ser educada e atenciosa com os
pacientes. Na verdade, eu apenas ouvia o que as pessoas queriam falar, seus medos, suas
dores, suas angústias. Nesse processo sempre escutava porque você não faz medicina- tem
potencial! E ao longo dos anos esse estímulo foi me preenchendo de vontade para ser uma
profissional diferente da realidade de descaso aos pacientes que vivenciava, uma vez que
possuía uma limitação de papel devido minha categoria profissional para a resolução dos
problemas de saúde.
1.2 Preparando e apresentando a construção de conceitos gerais em saúde
Afecção: indica ação maléfica atuando sobre um órgão ou tecido vivo, acarretando-lhe
desvios de suas funções ou lesando-o fisicamente. (REZENDE, 2014, p.387)
Anamnese: “Significa- aná- trazer de novo e -mnesis- memória.” (PORTO, 2016, p.46).
Cura: “mutação de um arranjo em outro” (CANGUILHEM, 1995, p.146).
Doença: “Doença é uma experiência de inovação positiva do ser vivo, e não apenas um fato
diminutivo” (CANGUILHEM, 1995, p.136).
Ecomapa: Identificar todos os sistemas envolvidos e relacioná-los com a pessoa/ família.
(DIAS, 2012)
Enfermidade: Enfermidade se refere à resposta subjetiva do paciente ao fato de não estar
bem; como ele e aqueles ao seu redor percebem a origem e o significado desse evento.
(HELMAN, 2009, p. 120)
6
Ergologia: “O termo Ergologia (ergo – atividade, logia – filosofia) passou a ser utilizado no
final dos anos 90, a partir de um desconforto intelectual acerca do enigma do conceito de
atividade. Ou seja, critica-se a tentação dos trabalhadores e pesquisadores em escolher o
conforto de um possível discurso por eles assumido ou criado para sustentar seus pontos de
vistas no trabalho”. (SILVA, E, 2016, p.167)
Família: “Grupo de pessoas que convivem, têm laços intensos de proximidades e
compartilham o sentimento de identidade e pertencimento, que influenciarão, de alguma
forma, suas vidas”. (DIAS, 2012, p.221)
Genograma: Mapear e ampliar o conhecimento sobre a família. (DIAS, 2012)
Gesto Profissional: “é o resultado de uma síntese de saberes produzido em nível de normas
antecedentes e ancoragem na situação real de trabalho.” (SILVA, E, 2016, p.320)
História de Vida: É a abordagem biográfica da formação do sujeito. (JOSSO, 1999)
Moléstia: “Molestar não significa produzir doença, mas sim atormentar, causar incômodo.
Por esta razão usa-se história da moléstia atual”. (REZENDE, 2014, p.387)
Perda de Peso: É uma alteração comum nas doenças do intestino delgado e pode estar
relacionado à alimentação deficiente, à má absorção e ao aumento do consumo metabólico.
(PORTO, 2016)
Problema de Saúde: “(...) é tudo aquilo que requer ou pode requerer uma ação do médico ou
da equipe de saúde e em consequência motivará um plano de intervenção” (LOPES, 2012
p.350).
Raciocínio Clínico: É um processo cognitivo do qual o médico estabelece um diagnóstico
correto e propõe uma conduta adequada, sendo ele construído pelo conhecimento biomédico
associado aos scripts de doenças, além do desenvolvimento de expertise que permitirá
resolver casos clínicos com mais agilidades. (PEIXOTO; SANTOS e FARIA, 2018).
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Saúde: “A saúde é uma margem de tolerância as infidelidade do meio…” (CANGUILHEM,
1995, p. 149).
Sinal: “É um dado objetivo notado pelo paciente e observado pelo examinador por meio do
método clínico ou de exames complementares. Exemplos: tosse, edema, cianose.”
(PORTO, 2016, p.13).
Sintoma: “É uma sensação subjetiva anormal percebida pelo paciente e não observada pelo
examinador. Exemplos: Dor, náusea, dormência, insônia e má digestão.” (PORTO, 2016,
p.13).
SOAP: Sigla para designar um tipo de registro médico orientado por problemas. S- Subjetivohistória relatada; O- Objetivo- dados concretos; A- Avaliação- problemas identificados; PPlano- Diagnóstico, Ações Educativas e Pesquisa. (CORIOLANO, 2019; DALLA, 2019)
Trabalho: “Trabalhar é uma dramática de uso de si” (SCHWARTZ e DURRIVE, 2007,
p.202).
Transferência: “A transferência só acontece na relação com o outro, e este outro se faz
presente através da subjetividade, pela presença do inconsciente, na medida em que o outro
influencia na construção da subjetividade.” (FIGHERA, J; SACCOL, C.S. 2009, p. 4).
1.3 Meu primeiro encontro com o campo da saúde geral e mental
Meu primeiro encontro com a saúde de forma geral foi na infância, lembro como se
fosse hoje quando meus pais me levava para tomar vacina e/ ou consultar com o pediatra.
Uma cena muito marcante foi uma vez aos 10 anos que tive uma diarreia por vários dias e
fiquei muito fraca e desidratada, devido a isso não podia brincar na rua e/ ou pular elástico.
Meu encontro com a saúde mental também aconteceu na infância, pois minha família
materna tem casos de pessoas com internação em hospitais psiquiátricos, uma irmã do meu
avô materno era considerada muito louca, pois quando tinha suas crises, andava pelada,
agredia as pessoas ao seu redor, nunca a vi em crise, mas sempre ouvia os comentários na
casa da minha avó nos finais de semana, e escutava tem que interna a Conceição
(conhecida como Dinhação) para ela voltar mais calma.
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2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Desenvolver o pensamento crítico para a resolução de problemas de saúde em sujeitos
individuais, considerando o contexto social e cultural do paciente e a realidade do local de
trabalho.
2.2 Objetivos Específicos
● Demonstrar por meio da construção de mapas conceituais e pelo resumo das aulas a
compreensão dos significados e conceitos adquiridos no componente- Semiologia /
Propedêutica Clínica Geral;
● Compreender os modelos de Enfermidade-Doença para alcançar uma confiante
relação entre profissional/ paciente;
● Construir instrumentos para registro de informações significativas no cuidado ao
paciente com foco na Anamnese e no Prontuário Orientado por Problemas;
● Compreender o processo Saúde-Doença-Cuidado holisticamente.
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3. METODOLOGIA
Trata-se de uma metodologia ativa tendo como método a “História de Vida” que
segundo Josso, 1999, consiste na perspectiva da abordagem de experiência baseada na
biografia e no estudo de formação a qual resulta em um portfólio.
O portfólio é um elemento de autorreflexão e avaliação vista refletir a crença de que
os estudantes aprendem melhor e de uma forma mais integral. Faz com que o
estudante tenha um compromisso com as atividades que acontecem durante um
período de tempo significativo e que se constroem sobre conexões naturais com os
conhecimentos escolares. (Gardner, 1994 apud Vieira, 2002, p.150).
Desse modo, o portfólio foi construído por meio do relato das experiências vividas no
componente Semiologia/ Propedêutica Clínica Geral com a exposição dos mapas conceituais
e instrumentos feitos pelas EAA que foram construídos ao longo do quadrimestre a partir da
leitura atenta das referências indicadas pelo Plano de Ensino-Aprendizagem do Componente
Curricular.
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4. RELATO DE EXPERIÊNCIAS E INTERDISCIPLINARIDADES
4.1 Resumos das aulas e apresentação dos mapas conceituais
4.1.1 Aula 1 (27/05/2019)
Professores: Enio Rodrigues; Paula Messias
Apresentação do Plano de Ensino do Componente e Introdução do conceito de Propedêutica
Aula inicial que permitiu ter uma noção geral dos objetivos do componente e também
como seria o método de avaliação. Gostei da energia dos docentes e da proposta de ensino do
componente, principalmente, de trabalhar em equipe de aprendizado ativa (EAA). Após a
apresentação do PEA- Plano de Ensino e Aprendizado do Componente foi realizado várias
indagações pelo professor Enio sobre o que seria a Inversão Epistemológica- formas não
tradicionais de produção de conhecimento, no campo da saúde. Isso permitiu refletir o que
seria interessante realizar em uma relação médico/ paciente.
Depois foi feita a explanação da noção inicial de Corpopriação (eu me apropriar do
meu próprio corpo), sendo o corpo biológico se transformando em corpo “erógeno”. Várias
perguntas foram feitas, por exemplo, “Quem sou eu?”; “ Quem é o paciente”; “Que corpo é
esse?” “Qual a relação que você estabelece com seu corpo?” Foi um momento bem reflexivo
e introspectivo para mim. Isso porque o corpo é o primeiro elemento da propedêutica, ele tem
que ter intencionalidade de encontrar o paciente, o corpo presente do médico, que escuta e é
capaz de tomar decisões, além de perceber os sinais do outro corpo.
4.1.2 Aula 2 (03/06/2019)
Professora: Paula Messias
Construção de mapas conceituais em torno dos conceitos na Propedêutica Geral
Primeira atividade em sala com a EAA para a construção de mapa conceitual sobre o
método clínico. Foi um trabalho em equipe bem efetivo considerando que grande parte da
equipe havia lido os textos bases para essa atividade, vide a Figura 1 abaixo. Realizamos por
meio do mapa conceitual a síntese do que é o método clínico, utilizamos para isso o conceito
de anamnese, do exame físico, de exames complementares e também a boa relação médicopaciente para um cuidado médico mais efetivo.
11
Figura 1 - Mapa Conceitual - Método Clínico
Fonte: Autoria da EAA baseado em PORTO, 2016.
É interessante ressaltar como todas as EAA da sala apresentaram seus mapas de forma
única, isso se justifica pelo fato de cada pessoa já possui um conhecimento prévio sobre o
assunto e assim, o aluno cria uma rede para entender e aprender coisas novas. (GOMES,
2011). No segundo momento da aula, a professora Paula fez uma explanação sobre o marco
histórico-social do conhecimento semiológico moderno e da base semiotécnica aplicada ao
processo Saúde-Doença-Cuidado. Além de expor as diferenças e complementaridades entre
conceitos semiológicos: sinal, sintoma, síndrome, diagnóstico, prognóstico. Temática muito
importante para compreensão inicial de semiologia.
Para essa aula foi indicado várias leituras prévias, então para iniciar a metodologia
ativa, realizei mapas conceituais das referências lidas, veja Figuras 2, 3, 4 e 5. No texto de
Helman et al. 2009, por exemplo, gostei muito da parte que ele cita que para um cuidado
médico mais efetivo é preciso considerar tanto a doença quanto a enfermidade do paciente,
uma vez que a enfermidade segundo esse autor refere-se à resposta subjetiva do paciente ao
fato de não estar bem e, como ele e aqueles ao seu redor percebem a origem e o significado
desse evento. No capitulo três de Propedêutica Médica de Bickley, 2015, aprendi que quando
o profissional realiza a escuta ativa ele cria uma relação de confiança e suporte com o
paciente e isso permite o paciente relatar sua história de modo mais detalhado.
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Figura 2 - Mapa Conceitual - O que são mapas conceituais na educação médica?
Fonte: Autoria Própria baseada em GOMES, 2011.
Figura 3- Mapa Conceitual - O que é afecção, doença, enfermidade e moléstia?
Fonte: Autoria Própria baseada em REZENDE, 2014.
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Figura 4 - Mapa Conceitual - O que é doença e enfermidade na clínica geral?
Fonte: Autoria Própria baseada em HELMAN, 2009
Figura 5 - Mapa Conceitual - Como realizar entrevista e anamnese?
Fonte: Autoria Própria baseada em BICKLEY, 2015.
14
4.1.3 Aula 3 (10/06/2019)
Professor: Enio Rodrigues
Ampliando os conceitos: o conceito de saúde/doença em Canguilhem e o conceito de trabalho
em Schwartz.
A aula foi iniciada com uma dica importante para permitir o entendimento da leitura,
primeiro devemos pesquisar sobre o autor do texto para facilitar o processo de leitura
acadêmica. Deste modo, foi mencionado que o autor do artigo “Doença, Cura e Saúde”,
Canguilhem, é médico e filósofo e tem como base de referência Jantom Bacheland que
conceitua o conhecimento como saltos epistemológicos, o texto em questão, discorre sobre os
conceitos de saúde, doença e cura em um questionamento sobre o que é norma,
normatividade, e porque o ser humano precisa de normas para viver. Gostei do método
utilizado na aula, o professor ouviu primeiro o que os alunos entenderam dos textos e depois
fez uma relação entre os textos propostos para a aula, e isso facilitou a compreensão.
Para entender o conceito de Ergologia foi explanado pelo professor os Dispositivos
dos Polos da Ergologia: P1- Saber acadêmico- constituído; P2- Saber fazendo, história, afeto,
energia; P3- viver junto, conforme Figura 6 abaixo.
Figura 6 - Esquematização dos Dispositivos dos Polos da Ergologia
Fonte: Silva, E. R, 2019
Para acompanhar e participar dessa aula realizei mapas conceituais dos textos indicados, veja
Figura 7 e 8. No texto sobre “Trabalho e uso de si” de Schwartz, 2007, gostei da definição de
trabalho que é: “uma dramática de uso de si” e também da abordagem em relação às
15
competências que devemos ter para se trabalhar conforme as apresento no mapa conceitual na
Figura 8.
Figura 7 - Mapa Conceitual- Doença, Cura e Saúde
Fonte: Autoria Própria baseada em CANGUILHEM, 1995.
Figura 8 - Mapa Conceitual- Trabalho e uso de si
Fonte: Autoria Própria baseada em SCHWARTZ, 2007
16
4.1.4 Aula 4 (17/06/2019)
Professora: Paula Messias
Produção de dados subjetivos de importância clínica: Anamnese
Foi solicitado comparecer a aula com um mapa conceitual sobre o tema anamnese,
vide o meu na Figura 9. A aula foi uma explanação sobre o que é uma anamnese benfeita e
como realizar uma anamnese ampliada como afirma Bickley, 2016, para uma anamnese
benfeita alguns elementos são essenciais, por exemplo, escuta ativa, respostas empáticas,
comunicação não verbal e empoderamento do paciente. Foi uma aula para fundamentar a
construção do roteiro de anamnese pela EAA. Para essa aula realizei a leitura de textos sobre
a abordagem familiar e aprende sobre alguns instrumentos de coleta de dados que ampliam a
clínica como o ecomapa e o genograma, veja o mapa conceitual deste tema, Figura 10.
Figura 9 - Mapa Conceitual – Anamnese: objetivos e elementos
Fonte: Autoria Própria baseada em PORTO, 2016
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Figura 10 - Mapa Conceitual - A Abordagem Familiar
Fonte: Autoria Própria baseado em DIAS, 2012.
4.1.5 Aula 5 (24/06/2019)
Atividade Acadêmica Programada
Construção do roteiro de anamnese geral ampliada
A minha EAA foi formada por quatro integrantes que moram em outros municípios ou
bairros diferentes de Porto Seguro, então devido a isso, e ao feriado, organizamos a divisão de
tarefas para facilitar o processo de construção do roteiro de anamnese, no intuito de que todos
depois iriam ler e contribuir com a parte do colega. Dessa maneira, realizamos a montagem do
nosso roteiro por meio do Docs.Google e como base no livro de Semiologia Médica do Porto
e Propedêutica Médica de Bickley. Veja o nosso instrumento no item construção do
instrumento de anamnese.
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4.1.6 Aula 6 (01/07/2019)
Atividade Acadêmica Programada
Atividade em EAA: Anamnese I
Realizamos a anamnese por meio de um roteiro elaborado pela EAA com uma adulta
conhecida, mediante aplicação do TCLE que é muito importante para o esclarecimento do
objetivo da entrevista, na residência dela, no bairro Cambolo, no período de 14 h 15’ às 17 h
25’, do dia 02/07/2019. Antes de aplicar o instrumento, ele foi corrigido pela EAA com base
nas correções da professora Paula e também pelo uso do aprendizado cruzado, ou seja,
realização da leitura de todos os roteiros para assim melhorar o instrumento de forma
pertinente. Durante a anamnese percebi que incomodamos um pouco a rotina da família pelo
fato que a entrevista durou mais de 3 horas. Além de a entrevista ter que ausentar por uns
minutos durante a coleta de dados, pois tinha uma cliente agendada para cuidar dos cabelos
dela.
4.1.7 Aula 7 (08/07/2019)
Professor: Enio Rodrigues
MCCP – Método Clínico Centrado na Pessoa
A aula teve como intuito ensinar a importância da escuta ativa e sensível das
narrativas dos sujeitos para fins de uma avaliação clínica diferencial. Através de um banner o
professor Enio explicou que da trajetória de vida se dá o gesto profissional em saúde e que G.
Canguilhem convida aos profissionais para saírem da zona do conforto. Desse modo, fazer
propedêutica é duvidar, é perscrutar, e fazer a relação com a história, uma vez que o gesto
profissional pode ser uma resposta desconfortável para questões impossíveis e insuportáveis.
O saber acadêmico não conversar naturalmente com o saber investido, mas a partir do
desconforto intelectual é capaz de produzir o saber acadêmico com o saber da experiência. E
tem que passar pela atividade, pois ela é o que eu consigo fazer.
O professor finalizou a aula expondo um caso clínico de uma paciente que chegou a
uma unidade de urgência queixando se de que estava pegando fogo e logo depois ela começou
a se esticar no chão e, estava muito agressiva, ele perguntou qual a conduta deveríamos ter
nessa situação? Respondi medica-la, pois a mesma está delirando e também ela está em uma
unidade de urgência. Ele me criticou, uma vez que ele havia acabado de explicar a
19
importância de fazer diferente com os pacientes de saúde mental, então, eu o perguntei, mas
como dialogar com uma pessoa que está agressiva e delirando? Nesse momento, ele disse à
conduta que ele fez quando atendeu essa paciente que foi arrastá-la até o banheiro, ligar o
chuveiro e literalmente apagar o fogo do corpo dela com a água. Uma conduta, segundo o
docente, realizada porque ele teve várias experiências encapsuladas ao longo da vida para
assim tomar sua decisão médica com um novo olhar, não de uma forma fácil e confortável,
mas de uma maneira que só o saber prático pode permitir.
Diante desse caso, fiquei pensando, qual o respaldo legal o profissional tem ao
executar uma ação baseada na sua experiência, isso porque para apagar o fogo da paciente,
primeiramente, o profissional teve que arrasta-la até o banheiro. Na verdade, entendi o que o
professor queria provocar na turma ao explanar o caso, pois ele conseguiu demonstrar que é
preciso utilizar o método centrado na pessoa para fazer de forma desconfortável, uma vez que
devemos dedicar para cada paciente uma ação diferencial, além de considerar a realidade do
local de trabalho para assim, haver a excelência no atendimento clínico. “Para ser centrado na
pessoa, o médico precisa ser capaz de dar poder a ela, compartilhar o poder na relação, o que
significa renunciar ao controle que tradicionalmente fica nas mãos dele” (STEWART et al,
2017, p. 4). Isso porque “a medicina centrada no paciente é mais abrangente, busca entender
as necessidades e desejos do paciente e não se restringe à doença”. (RIBEIRO e AMARAL,
2008, p. 91). Para essa aula, realizei a leitura prévia do material postado no sistema acadêmico
que possibilitou a construção do mapa conceitual sobre raciocínio clínico, veja Figura 11.
Figura 11 -Mapa Conceitual - O Raciocínio Clínico
Fonte: Autoria Própria baseada em PEIXOTO; SANTOS e FARIA, 2018.
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Figura 11- Mapa Conceitual - O Raciocínio Clínico (continuação)
Fonte: Autoria Própria baseada em PEIXOTO; SANTOS e FARIA, 2018.
A construção do mapa conceitual sobre raciocínio clínico permitiu a compressão sobre
a teoria da construção dos scripts de doenças que se relaciona com o estágio de dados
semiológicos e o estágio de desenvolver a expertise para assim permite que o estudante
formule modelos mentais de doença no intuito de resolver casos clínicos com mais agilidade.
4.1.8 Aula 8 (15/07/2019)
Professora: Paula Messias
Prontuário Orientado por Problemas e Evidências (POPE)
No primeiro momento da aula, teve a apresentação expositiva pela professora sobre o
tema Prontuário Orientado por Problemas (POP) que consistiu na descrição da história do
prontuário, a criação do prontuário do médico, do surgimento do prontuário da pessoa e,
atualmente, o prontuário da família e, o eletrônico. Além do detalhamento do Prontuário
Orientado por Problemas e Evidências (POPE) que utiliza o método (SOAP) do médico
Lawrence Leonard Weed. Uma fala da professora que considero essencial para o processo de
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trabalho do profissional é “tenha em mente; outros vão ler seus registros, buscando
informações específicas”. (BARRETO, P.P. M, 2019)
No segundo momento da aula, as equipes de aprendizado ativo se reuniram e
iniciaram a construção do POPE a partir dos dados colhidos na atividade de anamnese. Foi
um momento bem produtivo, gostei muito de utilizar o método de evolução por problemas,
pois deixa de forma bem objetiva e clara a situação de saúde do paciente. Vide Apêndice A o
registro do POPE. Nas figuras, 12 e 13, apresento o mapa conceitual sobre o registro médico
pelo método SOAP montado a partir dos vídeos sugeridos para a aula.
Figura 12 – Mapa Conceitual sobre Registro Médico pelo SOAP
Fonte: Autoria Própria baseado em CORIOLANO, 2019
Figura 13 - Mapa Conceitual - Registro Médico orientado por problemas
Fonte: Autoria Própria baseado em DALLA, 2019
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4.1.9 Aula 9 (22/07/2019)
Professor Enio Rodrigues
A Metodologia de Histórias de Vida
A aula iniciou-se com a indagação do professor Enio sobre o que cada um poderia
discorrer sobre os textos indicados, para dar sentido à aula sobre História de Vida. Falei
bastante em relação aos textos que li e elaborei os mapas mentais, veja na Figura 14 e 15. O
que mais gostei na leitura dos textos foi poder entender que ao construir um portfólio estou
utilizando a metodologia de “história de vida” para abordar minha experiência. Para dar
embasamento teórico a aula, o professor discutiu sobre como podemos fazer para
aprimorarmos o raciocínio clínico. Desse modo, mencionou que devemos dirigir uma
anamnese a partir do que o paciente traz como queixa. Para isso deve-se escutar, duvidar,
dirigir, silenciar e permitir o paciente diz o que ele quer falar. Além de fazer perguntas para
descobrir o que o paciente não falou.
Posteriormente, começou a explanar sobre a pesquisa em Histórias de Vida, a qual
segundo Barros, 2002, usa a metodologia de aproximar-se da realidade dos sujeitos
envolvidos no estudo para compreender a situação real do indivíduo e do coletivo. E para
realizá-la é preciso estabelecer uma relação de confiança e afinidades para que o pesquisador
se transforme em sujeito e objeto da pesquisa. O exemplo do método da história de vida pode
ser usado na relação médico- paciente o que permitirá o profissional desfocar da doença para
permitir o sujeito dizer o que ele quer dizer.
Figura 14 - Mapa Conceitual - A pesquisa em História de Vida
Fonte: Autoria Própria baseada em BARROS, 2002
23
Figura 15 - Mapa Conceitual - História de Vida e Projeto
Fonte: Autoria Própria baseada em JOSSO, 1999.
4.1.10 Aula 10 (29/07/2019)
Professora: Paula Messias
Team-Based Learning Based Learning Based Learning (TBL) com foco na queixa principal:
“perda de peso / emagrecimento”
A aula foi um pouco diferente do que pensava, uma vez que esperava a aplicação do
método TBL, porém devido alguns e-mails que os colegas de sala enviaram para a professora
fizeram ela não aplicar a metodologia na sala. Dessa forma, a aula foi expositiva sobre Estado
Nutricional em parte dela e depois reunimos nas nossas equipes para discutirmos sobre o
mapa conceitual- perda de peso que cada um construiu individualmente, veja o nas Figuras 16
e 17, também fiz o mapa mental do texto sobre TBL, vide Figura 18. Em EAA também
montamos um roteiro de anamnese focado na perda de peso (veja o roteiro no Apêndice B).
Para a construção do roteiro, deve-se destacar o cuidado do grupo para correlacionar o
sintoma perda de peso com várias patologias que apresentam esta sintomatologia, como o
24
diabetes, o hipertireoidismo, a síndrome de má absorção para assim construirmos um caminho
de investigação eficaz.
Figura 16 - Mapa Conceitual - Perda de Peso
Fonte: Autoria Própria baseado em PORTO, 2014
Figura 17 - Mapa Conceitual - Avaliação da perda de peso involuntária e significativa
Fonte: Autoria Própria baseado em MACEDO, 2010.
25
Figura 18 - Mapa Conceitual - Aprendizagem baseada em equipes
Fonte: Autoria Própria baseado em BOLLELA, 2014
4.1.11 Aula 11 (05/08/2019)
Professor Enio Rodrigues
A construção da história que se precisa contar
Apresentação do ato/gesto profissional por meio do teatro em relação ao caso clínico
proposto pelo professor Enio. (Veja a Figura 19-Foto das EAA que encenaram o caso clínico
e no Apêndice C- o roteiro de fala da encenação do caso clínico). As equipes embasaram suas
apresentações no mesmo caso clínico, porém cada uma apresentou uma maneira de acolher e
atender o paciente. Após cada apresentação e explanação do professor sobre cada encenação,
pode- se afirmar que o profissional de saúde deve aprimorar-se cada vez mais para ofertar ao
paciente um gesto profissional com ética, qualidade e principalmente, focado em cada sujeito,
respeitando seu contexto social e cultura. Além da encenação do caso clínico, foi solicitado
pelo professor a construção de mapas mentais sobre o caso clínico, minha equipe construiu
dois conforme Figuras 20 e 21.
26
Figura 19 - Foto das EAA que encenaram o caso clínico
Arquivo do professor Enio R.Silva
Figura 20 - Mapa Conceitual - O que é caso clínico?
Fonte: Autoria da EAA do caso clínico
27
Figura 21 - Mapa Conceitual - Caso clínico centrado no paciente
Fonte: Autoria da EAA do caso clínico
4.1.12 Aula 12 (12/08/2019)
Professora: Paula Messias
Apreendendo conceitos sobre Exame Físico; Biossegurança e Segurança do Paciente.
Aula expositiva sobre uma introdução do exame físico geral, sinais vitais,
biossegurança e segurança do paciente. Permitiu uma noção de como é realizar um exame
físico, gostei da explanação da professora quanto às preocupações que devemos tomar durante
o procedimento, como: postura, ambiente, conforto físico e psicológico da pessoa, segurança
do paciente, ética, consentimento esclarecido e biossegurança. Ademais, quanto às técnicas
básicas para o exame físico, incluindo o sentido do olfato que é importante utiliza-lo na
avaliação. Também enfatizou sobre a Escala de Coma de Glasgow que é para avaliar o
paciente em caso de traumas ou coma. Depois, no segundo momento da aula, a temática foi
sobre sinais vitais, considero importante a colocação da professora a respeito de utilizarmos a
sétima Diretriz de Cardiologia quando for aferir a pressão arterial sistêmica, uma vez que ela
é uma referência para os especialistas em cardiologia. A professora mencionou também a
necessidade de cada um estudar o conteúdo para facilitar a memorização e o conhecimento do
assunto, assistindo vídeos e treinando as técnicas do exame físico nos familiares. Para
acompanhar a aula com embasamento, realizei mapas mentais da temática da aula vide
Figuras 22 e 23.
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Figura 22- Mapa Conceitual - Exame Físico
Fonte: Autoria própria baseado em PORTO, 2016
Figura 23 - Mapa Conceitual- Biossegurança e Segurança do Paciente
Fonte: Autoria própria baseado em ANTUNES et al, 2010; ANVISA, 2013; OMS, 2015.
29
5. A CONSTRUÇÃO DO INSTRUMENTO DE ANAMNESE
O instrumento de Anamnese foi construído pela EAA por meio da consulta de livros e
depois se fez a revisão do conteúdo dele usando o aprendizado cruzado proposto pela
professora Paula que consistia em ler os instrumentos das outras EAA e completar o nosso
instrumento. Aplicamos o nosso roteiro de anamnese em uma mulher adulta de Porto Seguro
no dia 02/07/2019. Vide abaixo o registro.
Ao examinar o paciente, principalmente ao fazer a anamnese, o médico constrói os
laços de confiança e respeito, que vão ficando cada vez mais sólidos se ele tiver
consciência de que a entrevista não tem apenas um componente técnico, organizado
para identificar sinais e sintomas, mas constitui acima de tudo uma relação
interpessoal. (PORTO, 2016, P.24)
Dessa maneira, a execução desta atividade foi um momento essencial para permitir o
desenvolvimento da habilidade de relacionar se com o paciente, mostrar confiança técnica e
possibilitar que o entrevistado falasse de forma tranquila e objetiva a sua situação de saúde.
ANAMNESE
Identificação
Data da entrevista/ Anamnese: 02/07/2019
Horário: 14:15 às 17:25
Nome: Q. A. S.
Nome Social: não se aplica
Idade: 32 anos
Data de nascimento: 29/07/1986
Sexo: ( X ) Feminino ( ) Masculino
Etnia: ( ) Branca ( ) Amarelo (
) Pardo ( X ) Negro (
) Indígena ( ) Quilombola
Estado Civil: ( ) Casado ( X ) Solteiro ( ) Divorciado ( ) Viúvo ( ) União Estável
Profissão: Técnica em Enfermagem
Ocupação Atual: Autônoma- Cabeleireira;
Naturalidade: Itabuna- BA
Procedência: Itabuna- BA
Residência: Porto Seguro- BA
Nome da mãe: M.A. M.
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Nome do responsável:Religião: Cristã
Plano de saúde: ( ) sim
( X ) não
Qual ?
Queixa principal
“Queixa principal que levou o paciente a procurar o médico, repetindo, se possível, as
expressões por ele utilizadas” (Porto, 2014 p. 63).
Senhor (a), qual o motivo da consulta? “Fio de cabelo na garganta, acho que é alergia de
alguma coisa e também queimação no pé da barriga”.
Está com encaminhamento? ( )sim (X ) não Motivo:
História da Doença Atual (HDA)
“Permita ao paciente falar de sua doença. Determine o sintoma-guia. Descreva o sintoma com
suas características e analise-o minuciosamente. Use o sintoma-guia como um fio condutor da
história e estabeleça relações das outras queixas com ele em ordem cronológica. Verifique se
a história obtida tem começo, meio e fim. Não induzir respostas. Apure evolução, exames e
tratamentos já realizados” ( Porto, 2014 p. 63)
Descrição de algum sinal: Não apresentava nenhum sinal
Descrição do(s) sintoma( s): “queimação no pé da barriga”, usa DIU- Mirena Hormonal
Quando o sintoma/ sinal surgiu? Desde quando colocou o DIU( 02/05/2018).
Como evolui o sintoma/ sinal ? Manteve a queimação, nos retornos a ginecologista ela
sempre fala que é normal este sintoma.
Há alguma situação que agrava esse sintoma/ sinal? Não
Você tem sentido mais alguma coisa? Ansiedade
Qual a situação do sintoma/ sinal no momento atual? Continua com queimação
Senhor (a), já utilizou algum tratamento para o sintoma/ sinal? ( X ) sim
Qual? Buscopan composto
Por quanto tempo? 5 x ao mês
Quem indicou? Dra ª Ivaneide ( ginecologista que colocou o DIU)
Senhor (a), já realizou algum exame? ( X ) sim ( ) não
( ) não
31
Qual? Ultrassom Transvaginal
Resultado: DIU posicionado corretamente.
Interrogatório sintomatológico ( IS )
“O interrogatório sintomatológico documenta a existência ou ausência de sintomas comuns
relacionados com cada um dos principais sistemas corporais”. (Porto, 2014 p. 52)
Estado geral:
O que você tem sentido? Você tem ficado muito doente ultimamente? Não. Possui sensação
de fraqueza (astenia), cãibras, calafrios, febre, mal-estar ou transpira muito (sudorese)? Houve
ganho ou perda de peso? Em quanto tempo ocorreu?
( ) febre ( ) calafrios ( ) sudorese (
alteração peso kg/tempo: _____
(
) mal estar (
) edema
dor
Como é essa dor? dor tipo queimação
Onde dói? Região abdominal hipogástrica
Classifique essa dor em uma escala de 0-10: 06
( Porto, 2014, p.77)
O que melhora a dor? Buscopan
O que piora a dor? Nada
Pele e fâneros:
(
) astenia
( )
) anasarca - edema generalizado ( X )
32
Agora iremos realizar algumsa perguntas gerais sobre seu cabelo, sua pele e sua unha. Você
tem notado alguma mancha em sua pele? Não. Algum sinal ou marca que você notou estar
crescendo ultimamente? Não. Como estão as suas unhas? (fracas, quebradiças, brancas, traços
de sangue, fortes).
( X ) hidratado ( X ) corado (
) prurido (
cianose (
) textura (
) alterações na pele (
) icterícia (
) rubor (
)
) temperatura (
) sensibilidade
) alterações de sensibilidade (
) dormência
(
) diminuição do tecido subcutâneo (
(
) lesões cutâneas ( X ) queda de cabelos (
) umidade (
) palidez (
) pêlos faciais em mulheres ( X ) alterações
das unhas: quebradiças e fraca
OBS.: Usa casco de cavalo na unha, mas às mesmas continuam quebradiças.
Usa protetor solar quando se expõe ao sol? (X ) sim
(
) não. Faz aplicação de quanto em
quanto tempo? 1 x ao dia
Cabeça:
Sente alguma dor na cabeça? Sente dor de cabeça seguida de dor na face ? Alguma
dificuldade em movimentar a cabeça? Não. Possui tontura? Não. Já levou alguma forte
pancada na cabeça ou lesão na cabeça? Não. Já fez alguma cirurgia nesta região? Não
( ) cefaléia ( x ) enxaqueca ( às vezes) (
(
) tontura ( ) traumas (
) lesões
OBS.: Usa Dorflex quando tem enxaqueca.
Pescoço:
Tem sentido dor na região do pescoço? ( X ) Não ( ) Sim
Como é essa dor? Não se aplica
Notou algum nódulo nesta região? Não
Tem sentido dificuldade para girar o pescoço para direita/esquerda? Não
E para levantá-lo e abaixá-lo? Não
Você sente dor ao realizar esse movimentos (girar/levantar/abaixar)? Não
) cicatrizes
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Você tem sentido a pulsação na região do pescoço mais rápida ou mais lenta do que o normal?
Pulsação normal
Olhos:
Sente dor nos olhos? ( ) sim (X ) não
Consegue caracterizar essa dor?
Não se aplica
Seus olhos costumam lacrimejar ainda que não esteja chorando? ( X ) sim ( ) não
Você costuma sentir ardência nos olhos? ( X) sim ( ) não
Com que frequência? Pouca
Sente vontade de coçar? Não
Costuma sair alguma secreção de seus olhos? ( ) sim ( X ) não
Com que frequência? Costuma vir acompanhado de outros sintomas, como dores oculares ou
vermelhidão nos olhos? Não
Você tem ou já possuiu algum tipo de sensibilidade à luz? (Fotofobia) e dupla visão (diplopia)
( ) sim ( X) não
Quais? Não se aplica
Já perdeu parcialmente ou completamente a percepção de visão? (Acuidade visual / escotoma)
( ) sim (X ) não
Já possuiu ou possui dilatação no tamanho dos olhos (exoftalmia)? ( ) sim ( X ) não
Já teve ou tem perda total da visão (amaurose)? ( ) sim (X ) não
Já percebeu que sua visão estava amarelada ou esverdeada (Xantopsia / cloropsia)? ( ) sim (
X ) não
Possui olhos secos? ( ) sim ( X) não
Passa muitas horas fazendo o uso de aparelhos como celular ou televisão? ( X) sim ( ) não
Promoção da saúde: Você realiza exames oftalmológicos? Sim
Faz ou já fez uso de óculos de grau ou lentes de contato? Não
Há 1 ano o médico passou receita de lente para descanso, mas não adquiriu o óculos.
Ouvidos:
Sente dor nos ouvidos?
( ) sim
Escuta algum zumbido? ( ) sim
( X ) não
( X ) não
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Consegue se lembrar de alguma situação onde isso aconteceu? Como por exemplo, se estava
em lugares com um barulho muito alto? Não
Já teve ou tem a sensação de que o ambiente está girando ao seu redor (vertigem subjetiva) ou
a sensação de você estar girando em torno do ambiente (vertigem objetiva)? ( ) sim ( X )
não
Como é a sua audição? Você escuta bem (acuidade)? Escuta bem
Você já teve sangramento pelos ouvidos (otorragia)? ( ) sim ( X ) não
Se lembra de algum motivo para isso ter acontecido? Algum tipo de trauma, como uma
queda? Não se aplica
Já observou a saída de alguma secreção pelos ouvidos (otorreia)? ( ) sim ( X ) não
Se sim, como era a secreção? (Aquosa, grossa ou avermelhada) Não se aplica
Se lembra de ter frequentado algum lugar como praia ou piscina? ( X) sim ( ) não
Promoção da saúde: Faz uso de aparelhos auditivos? Não. Equipamentos de proteção
individual (EPI)? É exposto a barulhos que possam comprometer a sua audição? Com que
frequência? Não
Realiza a limpeza dos ouvidos com cotonetes ou outros objetos? ( X ) sim ( ) não
Com que frequência? Contonete, 1x por semana.
Nariz e cavidades nasais:
Sente dor no nariz ou nas cavidades nasais? ( ) sim ( X ) não
Você costuma espirrar muito? ( ) sim ( X ) não
Você tem alergia a alguma coisa, como por exemplo, poeira? ( ) sim ( X) não
Se sim, você geralmente está exposta a essa substância? ( ) sim ( X ) não
Já sentiu ou sente dificuldade de respirar pelo nariz (obstrução nasal)? ( ) sim ( X ) não
Como seu catarro (pigarro) costuma ser?
( X ) aquoso ( ) consistente ( ) com pus ( ) contém sangue
Qual a coloração? ( ) amarelado ( ) esverdeado ( ) esbranquiçado ( X ) outra
Normalmente, seu nariz costuma sangrar (epistaxe)? ( ) sim ( X ) não
Se sim, o sangramento vem acompanhado de algum outro sintoma? Qual? Não se aplica.
35
Já sentiu falta de ar (dispneia) durante espirros ou até mesmo com a ausência de
espirros?
( X ) sim ( ) não . “Quando estou muito nervosa tenho falta de ar.”
Você sente alguma alteração em seu olfato? Não Consegue sentir os cheiros normalmente?
(X ) sim ( ) não
Caso não consiga, o que aconteceu? Você sente pouco o cheiro (hiposmia), não sente o
cheiro (anosmia) ou sente o cheiro de modo exagerado?
Não se aplica
Cavidade bucal e anexos:
Você tem observado se já produziu ou se tem produzido saliva em excesso (sialose)?
( )
sim ( X ) não
Já observou estar com mau hálito ainda que tenha escovado os dentes?
( ) sim ( X ) não
Sente dor nos dentes, na língua, na região mandibular ou em outros lugares? ( ) sim ( X )
não
Se sim, pode indicar onde dói?
Essa dor ocorre com que frequência?
Não se aplica
Já notou se alguma coisa que você faz que piora ou melhora essa dor? ( ) sim ( ) não ( X)
não se aplica
Se sim, o que você faz?
Já notou se apareceu algum sangramento bucal? ( X ) sim ( ) não
Em caso positivo, onde exatamente foi o sangramento?
Na gengiva, aos 14 anos.
Promoção da saúde: Último exame odontológico : Há 4 meses;escovar os dentes e língua ao
acordar e após as refeições, fazer o uso de fio dental. (X )sim, usa fio dental 2x ao dia.
Faringe:
Você sente dores na garganta? ( ) sim ( X ) não
36
Se sim, ocorre em momentos específicos, como por exemplo, quando você ingere bebidas
geladas ou quando come algum alimento, ou acontece com frequência e sem motivos
aparentes? Não se aplica
Já notou o aparecimento de tosse? ( ) sim (X ) não
Se sim, ela é frequente ou acontece raramente?
Quando você tosse, há presença de alguma secreção, como sangue ou catarro (pigarro)? ( )
sim ( X ) não
Você tem o hábito de roncar enquanto dorme? ( ) sim ( X ) não
Ao acordar, já teve a percepção de que a sua boca estava completamente seca?
( X ) sim ( ) não
Laringe:
Você tem reparado se a sua voz tem sofrido alterações? ( ) sim ( X ) não
Você trabalha com ela? ( ) sim (X ) não
Promoção da saúde: gargarejos : não faz, produtos utilizados: não se aplica, hidratação e
alimentação: ok!
Vasos e linfonodos:
Você já sentiu algo parecido com uma pulsação na garganta? ( ) sim ( X ) não
Já percebeu algum inchaço na garganta (turgência jugular)? ( ) sim ( X ) não
E caroço? Já percebeu a presença de algum na garganta (adenomegalia)?
( ) sim ( X ) não
Mamas:
Você já sentiu ou tem sentido algum tipo de dor ou desconforto na região das mamas ou
axilas? ( X ) sim ( ) não
Se sim, onde se encontra essa dor? Você consegue descrevê-la?
Dor sensível ao toque no período menstrual- 1 semana.
Já percebeu a presença de caroços em alguma dessas regiões? ( ) sim ( X ) não
37
Já observou se sai algum líquido de seus seios (secreção papilar)?
( ) sim ( X ) não
Se sim, de qual mama o líquido sai? ( ) Mama direita ( ) mama esquerda ( ) das duas.
Promoção da saúde: Prática de auto exame mamário (sim, 1x por mês),
quando foi a última ultrassonografia/ mamografia (mulheres com idade igual ou maior que
40 anos).
Sistema respiratório:
Sente dor ou desconforto no peito (dor torácica)? ( ) sim ( X ) não
Você sente seu peito chiar quando você respira (chieira)? ( ) sim ( X ) não
Você costuma tossir frequentemente? ( ) sim ( X ) não
Já notou a presença de secreção (expectoração) ou pus (vômica) ao tossir?
( ) sim ( X ) não
E sangramento? Já ocorreu durante um escarro? ( ) sim (X ) não
Promoção da saúde: Última radiografia do tórax, substâncias que causem alergia:
Não se aplica
Sistema cardiovascular:
Sente dor ou desconforto no peito (dor precordial) ? ( ) sim ( X ) não
Consegue descrever essa dor? (Se arde, se é em pontadas, se tem sensação de esmagamento)
Não se aplica
Sente seu coração acelerado ou com batimentos mais lentos (palpitações)?
( ) sim (X) não
Se sim, isso acontece com frequência? Quando ocorre, você se lembra se é em momentos que
você passa por situação de estresse? ( ) sim ( ) não
Você sente falta de ar ao realizar atividades físicas ou exercícios do cotidiano (dispneia aos
esforços)? ( ) sim ( X ) não
Já observou se a sua respiração se modifica quando você se deita para dormir (dispneia
paroxística noturna): Não
38
E quando se deita com a barriga para cima, sente dificuldade respiratória (ortopneia)? ( ) sim
( X ) não
Você já notou se possui algum inchaço em alguma região do seu corpo (edema)?
( X) sim ( ) não
Você já notou frio (sudorese fria) ( X ) sim ( ) não. Quando estou nervosa.
Promoção da saúde: último check-up cardiológico.
Há 1 ano e meio
Sistema digestório:
Sente dificuldade para engolir (disfagia)? ( ) sim (X ) não
Sente dores ao ingerir alimentos ou líquidos (odinofagia)? ( ) sim ( X) não
Você sente azia ou queimação na região do estômago (pirose)? ( X ) sim ( ) não
Você costuma arrotar (eructações) ou soluças frequentemente? ( ) sim ( X ) não
Você sente náuseas (enjôos)? ( ) sim ( X ) não
Se sim, com que frequência? Azia, dependendo do alimento.
Quando vomita, seu vômito é completamente líquido ou possui fragmentos de alimentos que
você ingeriu? Possui fragmentos de alimentos que ingeriu.
Você já se alimentou e após comer, o alimento voltou sem que fizesse o mínimo esforço
(regurgitação)? ( ) sim ( X ) não
Já observou se alguma vez houve a presença de sangue em seu vômito (hematêmese)? ( ) sim
(X ) não
Você sente dor ou desconforto no estômago (epigastralgia)? ( ) sim ( X) não
Seu estômago costuma doer durante ou após as suas refeições ou sente sensação de má
digestão (dispepsia)? ( X ) sim ( ) não . Depende do alimento
Quantas vezes na semana você costuma defecar? Todos os dias
Geralmente, como são as suas fezes? (X ) duras ( ) moles ( ) aquosas
“Elas são ressecadas”.
Já sentiu dores na bexiga ou na barriga e não conseguiu urinar ou evacuar ao chegar no
banheiro (tenesmo)? ( X ) sim ( ) não. Ao evacuar
Sente coceira no ânus (prurido anal)? ( ) sim ( X ) não
39
Já notou a presença de sangue em suas fezes ou já expeliu apenas sangue pelo ânus
(enterorragia)? ( ) sim ( X ) não
Já observou se as suas fezes são escuras (malena)? ( ) sim ( X ) não
Já notou manchas de fezes em sua calcinha/cueca (incontinência fecal)?
( ) sim (X) não
Promoção da saúde: uso de chás digestivos; uso de laxantes; uso de antiácidos
Não
Sistema urinário:
Você sente ou tem sentido dor na região lombar? ( ) sim ( X ) não
Como é essa essa dor ? Não se aplica
Você sente dor ou desconforto ao urinar (disúria)? ( ) sim ( X ) não
Ao sair do canal, a sua urina sai de maneira lenta e dolorosa (estrangúria)?
( ) sim (X) não
Notou se tem produzido urina em excesso (poliúria)? ( ) sim ( X ) não
Durante a noite, você sente necessidade de urinar mais vezes? ( ) sim ( X ) não
Você tem urgência para urinar ou reparou se tem tido incontinência urinária?
( ) sim ( X ) não
Você sente dificuldade para urinar (retenção urinária)? ( ) sim (X) não
Já observou a presença de sangue na urina (hematúria)? ( ) sim ( X ) não
Você já notou se a sua urina está mais escura (colúria) ou com um odor muito forte? ( ) sim
( X ) não
Reparou se tem tido inchaço no corpo por acúmulo de líquido (anasarca)?
(X) sim ( ) não
Qual é em média a frequência que você urina por dia? Normal. (Não soube explicar a
quantidade ao certo)
E quando sente vontade de urinar, você segura o xixi por muito tempo?
( X ) sim ( ) não
Sistema genital masculino: Não se aplica para esse caso
40
Sente dor testicular? ( ) sim
(
) não
Percebeu alguma alteração no jato urinário? ( ) sim
( ) não
Quando foi seu último exame prostático ou PSA? ______________________
OBS: PSA é a sigla para Prostate-Specific Antigens, ou antígenos específicos da próstata em
português. O que são esses tais antígenos? Tratam-se de moléculas produzidas por essa
glândula, inclusive quando ela está saudável. O que muda, na verdade, é a quantidade de PSA
em circulação quando algum homem apresenta um câncer de próstata, por exemplo. Daí veio
a ideia dos especialistas: fazer um exame para medir a concentração dessa partícula no sangue
para verificar a presença dessa e de outras doenças.
Faz uso de preservativos? ( ) sim
Tem dor ? ( ) sim
() não
( ) não
Sistema genital feminino
Data da primeira menstruação: 12 anos
Data da última menstruação : não se aplica
Ciclo é regular? ( ) sim
( ) não. ( X) NÃO SE APLICA ( DIU)
Duração dos ciclos? Não se aplica
Quantidade de fluxo menstrual: não se aplica
TPM- Tensão pré-menstrual:
Cefaleia
(X) sim
( ) não
Mastalgia
(X) sim
( ) não
Dor baixo ventre e pernas
(X) sim
( ) não
Irritação
(X)sim
( ) não
Nervosismo
( X) sim
( ) não
Insônia
( X) sim
( ) não
Tem algum distúrbio menstrual?
oligomenorreia; (
(
(
) amenorreia; (
) sim
(X) não Qual ? ( ) Polimenorreia; ( )
) hipermenorreia;
(
) menorragia; ( ) dismenorreia .
Tem corrimento vaginal? ( ) sim
( X ) não
Quantidade; aspecto; relação com as diferentes fases do ciclo menstrual.
R: Não se aplica.
Tem alguma disfunção sexual? ( ) sim
( X ) não
Faz uso de anticoncepcionais orais? ( ) sim
( X ) não
) hipomenorreia;
41
Usa outro tipo de contracepção? ( X ) sim
( ) não. Qual? DIU
Última consulta ginecológica: Há 3 meses
Faz terapia de reposição hormonal? ( ) sim
( X ) não
Último exame de Papanicolaou: há 1 ano.
Sistema hemolinfopoético:
( ) Adenomegalias ( ) Esplenomegalias ( ) Hemorragias (
Manifestações cutâneas? ( ) sim
) (
) não se aplica.
( X ) não.
Se SIM, qual? : Petéquias ( ) Equimosis ( ) Palidez ( ) Prurido ( ) Eritemas ( ) Pápulas ( )
Herpes.
Sistema endócrino
Hipotálamo e hipófise:
Alterações do desenvolvimento físico: ( ) Nanismo ( ) Gigantismo ( ) Acromegalia
( X ) não se aplica.
Alterações do desenvolvimento sexual: ( ) Puberdade precoce ( ) Puberdade
Atrasada ( X ) não se aplica.
Outras alterações:( ) Galactorreia ( ) Síndromes poliúricas ( ) Alterações
Visuais ( X ) não se aplica.
Tireoide
Alterações locais. ( ) Dor ( ) nódulo ( ) bócio ( ) rouquidão ( ) dispneia ( ) disfagia (X) não
se aplica
Manifestações de hiperfunção:( ) Hipersensibilidade ao calor ( ) aumento
da sudorese( ) perda de peso ( ) taquicardia ( X ) tremor ( ) irritabilidade (X )
insônia ( ) astenia ( ) diarreia ( ) exoftalmia .
Manifestações de hipofunção: ( )Hipersensibilidade ao frio ( ) diminuição
da sudorese ( ) aumento do peso ( ) obstipação intestinal ( ) cansaço facial ( ) apatia ( )
sonolência ( ) alterações menstruais ( ) ginecomastia- homem ( X ) unhas quebradiças ( )
pele seca ( ) rouquidão ( ) macroglossia- língua maior ( ) bradicardia .
Paratireoides
42
Manifestações de hiperfunção: ( )Emagrecimento ( ) astenia ( ) parestesias ( )
Cãibras ( X ) dor nos ossos e nas articulações ( ) arritmias cardíacas ( ) alterações ósseas ( )
raquitismo ( ) osteomalacia ( ) tetania- contrações musculares involuntárias .
Manifestações de hipofunção: ( ) Tetania ( ) convulsões ( X ) queda de cabelos ( X )
unhas frágeis e quebradiças ( ) dentes hipoplásicos ( ) catarata .
Suprarrenais
Manifestações por hiperprodução de glicocorticóides: ( ) Aumento
de peso ( ) fácies "de lua cheia" ( ) acúmulo de gordura na face ( )
fraqueza muscular ( ) poliúria ( ) polidipsia ( ) irregularidade menstrual ( ) infertilidade ( )
hipertensão arterial ( X ) não se aplica.
Manifestações por diminuição de glicocorticóides:
( )Anorexia ( ) náuseas e vômitos ( ) astenia ( ) hipotensão arterial ( ) hiperpigmentação da
pele e das mucosas ( ) não se aplica.
Aumento de produção de mineralocorticóides: ( ) Hipertensão arterial ( )
Astenia ( ) cãibra ( ) parestesias ( ) não se aplica.
Aumento da produção de esteróides sexuais:( ) Pseudopuberdade precoce ( )
Hirsutismo ( ) virilismo ( ) não se aplica.
Aumento de produção de catecolaminas: ( ) Crises de hipertensão arterial (X)
Cefaleia ( ) palpitações ( ) sudorese.
Sistema osteoarticular
Dor óssea ( )
Deformidades ósseas ( )
Dor ( ) edema ( ) calor ( ) rubor articular ( )
Deformidades articulares ( )
Rigidez articular ( )
Limitação de movimentos ( )
Sinais inflamatórios ( )
Atrofia muscular ( )
Musculares ( )
Cãibras ( )
Fraqueza muscular ( )
43
Mialgia ( )
Não se aplica (X)
Sistema nervoso
Alterações da marcha ( )
Convulsões ( )
Distúrbio de memória ( )
Distúrbios de aprendizagem ( )
Alterações da fala ( )
Transtornos do sono ( X )
Tremores ( X )
Incoordenação de movimentos ( )
Distúrbios da motricidade voluntária e da sensibilidade:
( )paresias ( )paralisias ( ) parestesias ( ) anestesias ( ) não se aplica
Distúrbios do sono: ( X ) Insônia ( ) sonolência ( ) pesadelos ( )
terror noturno ( ) sonambulismo ( ) movimentos rítmicos da cabeça ( ) enurese - xixi na
cama) noturna.
Exame psíquico e condições emocionais
MINI EXAME DO ESTADO MENTAL
1) Como o Sr(a) avalia sua memória atualmente?
(1) muito boa
(2) boa
(3) regular
(4) ruim
(5) péssima
(6) não sabe
Total de pontos:2
2) Comparando com um ano atrás, o Sr (a) diria que sua memória está:
(1) melhor
(2) igual
(3) pior
(4) não sabe
Total de pontos:2
44
ORIENTAÇÃO TEMPORAL:
Anote um ponto para cada resposta certa
3) Por favor, diga-me:
Dia da semana ( )
Dia do mês ( )
Mês ( )
Ano ( )
Hora
aprox. ( )
Total de pontos:5
ORIENTAÇÃO ESPACIAL:
Anote um ponto para cada resposta certa
4) Responda:
Onde estamos: consultório, hospital, residência ( )
Em que lugar estamos: andar, sala, cozinha ( ) Em que bairro estamos: ( )
Em que cidade estamos ( ) Em que estado estamos ( )
Total de pontos:5
REGISTRO DA MEMÓRIA IMEDIATA:
5)
Vou lhe dizer o nome de três objetos e quando terminar, pedirei para repeti-los, em
qualquer ordem. Guarde-os que mais tarde voltarei a perguntar: Árvore, Mesa, Cachorro.
A( )
M( )
C( )
Obs: Leia os nomes dos objetos devagar e de forma clara, somente uma vez e anote. Se o
total for diferente de três: - repita todos os objetos até no máximo três repetições; - anote o
número de repetições que fez
; - nunca corrija a primeira parte; anote um ponto para
cada objeto lembrado e zero para os que não foram lembrados.
Total de pontos:3
ATENÇÃO E CÁLCULO:
6) Vou lhe dizer alguns números e gostaria que realizasse os seguintes cálculos:
100-7=
93-7=
86-7=
79-7=
72-7=
.
(93; 86; 79; 72; 65)
Total de pontos: 5
7) Há alguns minutos, o Sr (a) repetiu uma série de três palavras. Por favor, diga-me agora
quais ainda se lembra: A ( ) M ( )
C()
Obs: anote um ponto para cada resposta correta: Árvore, Mesa, Cachorro.
45
Total de pontos: 3
LINGUAGEM:
Anote um ponto para cada resposta correta:
8) Aponte a caneta e o relógio e peça para nomeá-los: C ( ) R ( )
(permita dez segundos para cada objeto)
Total de pontos: 2
9) Repita a frase que eu vou lhe dizer (pronunciar em voz alta, bem articulada e lentamente)
“NEM AQUI, NEM ALÍ, NEM LÁ”
Total de pontos: 3
10) Dê ao entrevistado uma folha de papel, na qual esteja escrito em letras grandes: “FECHE
OS OLHOS”. Diga-lhe : leia este papel e faça o que está escrito (permita dez segundos).
Total de pontos: 1
11) Vou lhe dar um papel e quando eu o entregar, pegue com sua mão direita, dobre-o na
metade com as duas mãos e coloque no chão.
P( )
D()
C( )
Total de pontos: 3
12) Pedir ao entrevistado que escreva uma frase em um papel em branco.
O Sr (a) poderia escrever uma frase completa de sua escolha? (contar um ponto se a frase
tem sujeito, verbo, predicado, sem levar em conta erros de ortografia ou de sintaxe). Se o
entrevistado não fizer corretamente, perguntar-lhe: “Isto é uma frase/ E permitir-lhe corrigir
se tiver consciência de seu erro. (máximo de trinta segundos).
Total de pontos: 1
13) Por favor, copie este desenho. (entregue ao entrevistado o desenho e peça-o para copiar).
A ação está correta se o desenho tiver dois pentágonos com intersecção de um ângulo. Anote
um ponto se o desenho estiver correto.
46
Total de pontos: 1
Obs: Somente as respostas corretas anotadas nas perguntas de 03 a 13 e anote o total. A
pontuação máxima é de trinta pontos.
TOTAL= 31
Normal: acima de 27 pontos
Demência: menor ou igual a 24 pontos; em caso de menos de 4 anos de
escolaridade, o ponto de corte passa para 17, em vez de 24.
Depressão não-complicada: 25,1 pontos
Prejuízo cognitivo por depressão: 19 pontos
Consciência (X) sim
Atenção ( X) sim
( ) não
( ) não
Orientação (tempo e espaço) (X ) sim
Memória (X) sim
( ) não
( ) não
Senso percepção (X) sim
( ) não
Alucinações visuais e auditivas ( ) sim
Atos compulsivos ( ) sim
(X) não
(X) não
Pensamentos obsessivos recorrentes ( ) sim
Ansiedade (X) sim
Angústia (X) sim
(X)não
( ) não
(
) não
sensação de medo constante ( ) sim
(X) não
Dificuldade em ficar em ambientes fechados (claustrofobia) ( ) sim
Dificuldade em ficar em ambientes abertos (agorofobia) ( ) sim
Hábito de roer unhas (ornicofagia) ( ) sim
Hábito de comer cabelos (tricofagia) ( ) sim
Tiques ( ) sim
(X) não
Vômitos induzidos ( ) sim
(X) não
(X) não
(X) não
(X) não
(X) não
47
Antecedentes pessoais
Fisiológicos
Gestação e nascimento
Como decorreu a gravidez Normal
Uso de medicamentos ou radiações sofridas pela genitora ( ) sim
Viroses contraídas durante a gestação ( ) sim
(X)não
(X) não
Condições de parto (normal, fórceps, cesariana) : normal
Estado da criança ao nascer Saudável “ linda e morena”
Ordem do nascimento (se é primogênito, segundo filho, etc.): Décima quarta
Número de irmãos: 15
Desenvolvimento psicomotor e neural
Dentição (informações sobre a primeira e a segunda dentições;registrando-se a época em que
apareceu o primeiro dente): não sabe
Engatinhar e andar (anotar as idades em que essas atividades tiveram início) não sabe
Fala (quando começou a pronunciar as primeiras palavras): 8 meses
Desenvolvimento físico (peso e tamanho ao nascer e posteriores) : 4 kg
Controle dos esfíncteres: sim
Aproveitamento escolar: sim
Desenvolvimento sexual
Puberdade: normal ( X ) precoce ( ) tardia ( )
Menarca (idade): 12 anos
Menopausa (idade): não se aplica
Sexarca (idade) : 20 anos
Orientação sexual: heterosexual
Atividade Sexual
Tem costume de usar preservativos? Não
Já foi infectado por DST’s ( sífilis, gonorréia, tricomoníase, herpes, HPV e etc)? Não
Tem mais de um parceiro (a)? Não
Patológicos
48
Doenças da infância: sarampo ( ) varicela ( ) caxumba ( X ) amigdalites ( )
outras ( X ) febre amarela, catapora
Traumas/acidentes: não se aplica
Doenças crônicas: Diabetes ( ) Hipertensão ( ) Depressão ( ) Artrite ( ) Artrose ( ) outras
( ) não se aplica
Já realizou alguma cirurgia? Sim, Cesariana
Já foi submetido a uma transfusão sanguínea? SIM ( ) NÃO ( X )
quantas? quando? onde?
motivo?
História Obstétrica:
Quantas gestações a senhora já teve? Duas
Já teve algum aborto? SIM ( X ) NÃO ( ).
Se sim, espontâneo ou provocado? Espontâneo
Quantos partos a senhora já teve? 1
Algum parto foi prematuro? não
Quantos normais e quantas cesáreas? 1 cesárea
Paternidade: ( NÃO SE APLICA)
Quantos filhos o senhor tem?
Vacinas: ( verificar o cartão de vacina)
Está com as vacinas em dia? sim
Qual foi a última vez que se vacinou? 2018
Já tomou vacinas para se proteger:
( X ) Sarampo
( X ) Tétano
( X ) Caxumba
( X ) Rubéola
( X) Febre Amarela
( X ) Difteria
(X ) Gripe
49
Medicamentos:
Faz uso de medicamentos regularmente? Não
Quais?
Por qual motivo?
Frequência:
Prescrição médica ( ) automedicação ( )
Antecedentes Familiares:
Como é a situação de saúde dos seus familiares?
Na sua família há histórico de : Hipertensão ( X ) Diabetes ( ) Hepatite ( ) Malária ( )
Artrose ( X ) Litíase Renal ( ) Gota ( ) Pneumonia ( ) Osteoporose ( X ) Dislipidemias (
colesterol e/ou triglicerídeos) ( ) Úlceras ( ) Varizes (X )
Doenças hereditárias: SIM ( X ) NÃO ( )
Quais? HAS
Hábitos:
Como são seus hábitos alimentares? Bons
Quantas refeições costuma fazer por dia? 3
Quais tipos de alimentos tem costume de ingerir (questionar sobre a ingestão de carboidratos,
proteínas, gorduras boas, gorduras ruins. fibras)? carboidrato, pão
Tem
costume
de
beber
quantos
litros
de
água
por
dia?
2
q
3
L/
dia
Origem da água ( poço artesiano, torneira, mineral):Mineral Pratica algum exercício físico?
não
Qual frequência? não se aplica
Consome bebida alcoólica? sim
com qual frequência? socialmente
em grandes quantidades? 3 cervejas
É fumante? Não.
Há quanto tempo?______________ fuma com qual frequência?____________________ em
grandes
quantidades?______________
já
tentou
parar
de
fumar?_________________________ por quanto tempo?_____________________________
Faz
uso
de
drogas
ílicitas?
SIM
(
)
NÃO
(X)
50
Uso
de
outras
substâncias?
SIM
(
)
NÃO
(X)
quais?______________________________________________
Condições Socioeconômicas e culturais:
Moradia:Aluguel
Saneamento básico? Sim
Coleta de lixo? Sim
Água
tratada?
Sim
Casa ou apartamento? Casa
Animais domésticos? Não
No seu bairro há alguma unidade de saúde? Sim
Costuma frequentar? Sim, para vacinar
Há praças e locais de lazer comum? Sim
Culturais:
Religião: Cristã
Tradições: Não
Crenças: Protestante
Condições Econômicas:
Renda mensal: R$ 5.000,00
Quantidade de dependentes: 3
Aposentadoria: SIM ( ) NÃO ( X)
Ocupação:
Trabalho
recente:
Autônoma
Trabalho anterior: Analista de atendimento
Teve contato recente com pessoas ou animais doentes? não onde?______________________
quando?_________________________ duração docontato:____________________________
Fez viagem recentemente? Não
Para onde? ________________
Como é o relacionamento com seus pais? maravilhoso
E seu cônjuge? Boa
E irmãos? Ótima
51
E filhos? Ótimo
Como é o relacionamento geral na sua casa? Bom
E com seus familiares? Bom
E com seus amigos? Bom
Construção do Genograma
(por exemplo, o diabetes do Sr. João):
Quem mora na casa? 3 pessoas
Qual é o parentesco de cada pessoa? marido e filho
Onde moram os outros membros da família? Não se aplica
Perguntas sobre nome, idade, sexo e ocupação de cada membro.
M.S.S , 49 M, PM
E. A. S. 4, M, estudante
Todos os casais têm algum tipo de dificuldades. Que tipos de problemas vocês encontram?
Problemas do dia-dia
Você tem algum problema? Sim
Quais os membros da família que sabem do problema? Somente o marido
Como cada um o encara e como cada um respondeu a ele? Não quis falar
Mais alguém na família já teve problemas similares? sim
Que soluções foram tentadas e por quem nessas situações? Não tinha solução
Quando começou o problema? há dois anos
Quem está mais preocupado? o marido
Quem está menos preocupado? A entrevistada
As relações na família eram diferentes antes de começar o problema? sim
Como elas mudaram? confiança
Que outros problemas existiam antes desse? todos de um casal
Que outros problemas surgiram a partir desse? financeiro
O problema vem mudando? sim
Para melhor ou para pior? melhor
De que maneira? Não soube responder
Perguntas sobre o contexto familiar mais amplo:
52
Vamos começar pela família da sua mãe. A sua mãe era qual de quantos filhos? são seis
filhos, mas não soube a colocação da mãe.
Quando e onde ela nasceu? Mãe no Rio do Braço, 1952
Pai: Pau Brasil, 1936, 83 anos
Ela ainda é viva? sim
Pai: sim
Em caso negativo, quando ela morreu? Qual foi a causa da sua morte?
Se ela ainda é viva, onde está agora? Ilhéus
Pai: Ilhéus
O que ela faz? Aposentada
Pai: Aposentado
Qual o nível de escolaridade dela? 2 grau completo
Pai: 2 grau incompleto
Ela está aposentada? Sim. Quando isso aconteceu? 200
Pai: sim, mas não sabe desde quando.
Quando e como sua mãe conheceu seu pai? não sabe
Eles se casaram? sim
Em caso afirmativo, quando foi? não sabe
Ela já tinha se casado antes? Sim
Em caso positivo, quando? Não sabe.
Eles se separaram ou divorciaram ou o marido morreu? Separado
Pai: separado
Em caso afirmativo, quando foi isso? Não sabe informar
Ela teve filhos de outros relacionamentos que não com o seu pai? sim
Pai: sim
Como ela/ ele é:
Como é a saúde dela?
Mãe: Hipertensa, queda recente com trauma no joelho
Pai: Saudável
Como é o seu relacionamento com ela?
Mãe: Maravilhoso
Pai: Perfeito
Como os outros se dão com ela?
Mãe: Bem
53
Pai: Bem
De maneira similar, as perguntas são feitas a respeito do pai e, após, sobre a família de origem
de cada um dos pais.
Existem membros na família que são extremamente próximos? sim
Existe alguém que teve ou tem sérios conflitos? não
Existem membros na família que não se falam ou que já tiveram um período em que não se
falavam? sim
Quem presta ajuda quando é necessário? irmãs
Em quem os membros da família confiam? Duas irmãs
E quanto ao casamento dos seus pais e dos seus irmãos? sim
Como é o relacionamento de cada um de vocês com cada filho? Tudo igual
Algum membro da família em particular já teve problemas em lidar com os filhos? Sim
Quais são as din micas de poder nas relações famiiares? Existem certos membros que tem
mais poder em definir o que acontecerá nas relações? Sim
Existem membros que são intimidados por outros? sim
A que instituições da comunidade já pertenceram os membros da sua família?
não se aplica
Aonde eles iam/você vai para conviver com outras pessoas?
praia, shopping
Que tipos de relações você tem/eles tinham com a escola? bom
Trabalho? bom
Grupos cívicos? bom, relação social básica
Grupos religiosos, irmandades ou grêmios estudantis? bom
Questões para construção do Ecomapa
(Adaptado de Dias, 2012, p.232)
Responda a numeração que mais se aproxime da sua resposta para cada pergunta.
54
1) Relação fraca, requer esforço/energia, não compensadora, não estressada;
2) Relação fraca , sem impacto na energia/recursos, estressante;
3) Relação tênue/incerta equilibrada entre apoio e esforço;
4) Relação forte, fornece apoio/energia, compensadora, não estressante;
5) ?
6) Não se aplica

Qual a sua relação com a escola? 3

Qual a sua relação com seu trabalho? 3

Qual a sua relação com seu pai? 4

Qual a sua relação com a sua mãe? 4

Qual a sua relação com os seus irmãos? 4

Qual a sua relação com seu companheiro( a)? 3

Qual a sua relação com a sua família materna? 4

Qual a sua relação com a sua família paterna? 1

Qual a sua relação com o posto de saúde? 3

Qual a sua relação com seu amigos? 4

Qual a sua relação com grupos recreativos? 6

Questão para construção do diagrama das relações familiares
(Adaptado de Dias, 2012, p.225)

Ciclo de vida familiar:
(
) Saindo de casa: jovem solteiro (a);
(
) O novo casal ;
( x ) Famílias com filhos pequenos;
(
) Famílias com adolescentes;
(
) Lançando os filhos e seguindo em frente;
(
) Família no estágio tardio da vida
TCLE- Assinado
55
Referências Bibliográficas
DIAS LC. Abordagem familiar. In: GUSSO G; LOPES JMC (Orgs.). Tratado de medicina
de família e comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed, 2012. 2v.
Capítulo 26
PORTO CC, PORTO AL. Semiologia médica . 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2014.
Genograma,
sugestões
de
perguntas.
Disponível
em:
<https://cursos.atencaobasica.org.br/sites/default/files/aula5_sugestoesperguntas.pdf>. Acesso
em: 24 de junho de 2019.
Mini
Exame
de
Estado
Mental
(MEEM).
Disponível
<https://aps.bvs.br/apps/calculadoras/?page=11>. Acesso em: 01 de julho de 2019.
em:
56
6. NOTAS CONCLUSIVAS
Construir o portfólio foi uma experiência bem trabalhosa que gostei bastante, pois
permitiu reflexões sobre as aulas, o conhecimento de novos conceitos por meio da leitura dos
textos sugeridos pelos professores os quais permitiram a construção dos mapas conceituais
presentes nesse portfólio. Além disso, passei a ler a bibliografia para cada aula usando o
computador, uma vez que eram muitos textos. Desse modo, a montagem dos mapas foi
essencial para a fixação do conteúdo, considerando que tenho que fazer grifos, comentários
quando estou lendo para memorizar, então, somente mudei a minha metodologia que passou a
ser a construção da inter-relação dos principais conceitos presente no texto.
Bom, uma vantagem desta metodologia nova e que além de ser mais ecológica e
sustentável também economiza dinheiro com as impressões. Percebi que ao fazer o mapa
conceitual conseguia discutir os textos na sala com mais facilidade, principalmente, nas aulas
de Enio que usava esta proposta antes dele expor a visão dos textos.
Levarei o aprendizado do componente para minha vida profissional, uma frase que foi
muito falada em sala e que realmente é um diferencial se aplicada: “permitir o paciente falar o
que ele quer dizer” ademais, utilizar as experiências para guiar as condutas somadas ao
aprendizado acadêmico no intuito de realizar um atendimento mais holístico e embasado nos
saberes; como afirma Schwartz, 2007 p.201 trabalhar é “o uso de si por si e pelos outros”.
Enfim, com muito carinho e sinceridade agradeço aos professores do componente pelo
excelente trabalho realizado, pela criatividade, competência e ética efetuada por cada um, seja
ela de maneira mais técnica e/ou mais votada para a história de vida e também por terem
utilizado uma metodologia de aprendizado/ensino diferente da tradicional que possibilitou
muita reflexão, estudo, dedicação e conhecimento.
57
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Jul.de 2019 UFSB. Notas de aula.
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(Org.). Psicologia organizacional e do trabalho: teoria, pesquisa e tema correlatos. São Paulo:
Casa do Psicólogo, 2002b. p. 133-146.
BICKLEY LS. BATES. Propedêutica Médica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2015. Capítulo 3 − HELMAN C et al. Doença versus enfermidade na clínica geral.
Campos. v.10, n.1, p.119-128, 2009.
BOLLELA VR, et al. Aprendizagem baseada em equipes: da teoria à prática. Revista
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CANGUILHEM, G. Doença, cura, saúde. In: O normal e o patológico. 4. ed. Rio de Janeiro:
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JOSSO, Marie- Christine. História de vida como projeto e às “ histórias de vida” a serviço de
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MACEDO, Antônio Vaz De; ROCHA, Manoel Otávio da Costa. Avaliação e tratamento da
perda de peso involuntária e significativa. Rev. Med. Minas Gerais.20 (1), p. 115-123, 2010.
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Raciocínio Clínico em Estudantes de Medicina. Revista Brasileira de Educação Médica.
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3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017
VIEIRA, Vânia Maria de Oliveira. Portfólio: uma proposta de avaliação como reconstrução
do processo de aprendizagem. Psicologia Escolar e Educacional, V.6, N. 2 p.149-153, 2002.
59
APÊNDICES
Apêndice A- Prontuário Orientado por Problemas e Evidências
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL
DA BAHIA
SEMIOLOGIA/PROPEDÊUTICA CLÍNICA GERAL 2019.2
DOCENTES: Prof.ª Paula Messias & Prof. Enio Rodrigues
DISCENTE: Ana Luiza M.Saúde
Gabriela B.Martins
Mariane S.Barbosa
Michele C.Maia
UNIDADE DE SAÚDE
IDENTIFICAÇÃO
Nome: Quezia Alcântara Santos
Idade: 32 anos
Data de nascimento:
29/07/1986
Endereço: Rua Joaquim José Tomy, 292. Bairro Cambolo, Porto Seguro-BA
Nome da mãe: Marilene Alcântara Melo
LISTA DE PROBLEMAS
DESCRIÇÃO DO PROBLEMA IDENTIFICAÇÃO RESOLUÇÃO
(ativo)
(inativo)
Dor na região abdominal decorrente do 01/07/2019
uso do DIU- Mirena hormonal desde
maio de 2018.
Enxaqueca
01/07/2019
Ansiedade
01/07/2019
Alimentação
com
excesso
de 01/07/2019
carboidrato
UNIDADE DE SAÚDE
60
BASE DE DADOS
Nome: Quesia Alcântara Santos Idade: 32 anos
Data de nascimento:
29/07/1986
Endereço: Rua Joaquim José Tomy, 292. Bairro Cambolo, Porto Seguro-BA
Sexo/gênero: Feminino
Cor/Etnia: Negra
Estado civil: Solteira
Profissão/
Ocupação:
Técnica
de
Enfermagem/Cabeleireira
Grau de escolaridade: 2º Grau completo
Naturalidade: Itabuna-BA
Nome da mãe: Marilene Alcântara Melo
Procedência: Itabuna-BA
Religião: Cristã
Antecedentes pessoais fisiológicos
Menarca: 12 anos
Sexarca: 20 anos
Uso do DIU-Mirena desde 02/05/2018
Antecedentes pessoais patológicos
Doenças: Febre amarela, caxumba, catapora, sarampo, amigdalites.
Cirurgia: cesariana.
G (2) A (1) P(1)
Vacinas em dia
Em uso de
Buscopan 5 vezes no mês para dor abdominal
Dorflex quando tem enxaqueca
Antecedentes familiares
Hipertensão, Artrose, Dislipidemias, Osteoporose, Varizes.
Condições socioeconômicas e culturais
61
Casa alugada com saneamento básico, coleta de lixo e água tratada. Costuma
frequentar o posto de saúde para vacinar.
Cristã (protestante).
Condição econômica: renda mensal de R$ 5000,00 com 3 dependentes.
Hábitos de vida
Refeição com excesso de carboidratos.
Ingestão de 2 a 3 L de água por dia.
Não pratica exercício físico.
UNIDADE DE SAÚDE
Nome: Quesia Alcântara Santos
Idade: 32 anos
Data de nascimento:
29/07/1986
Endereço: Rua Joaquim José Tomy, 292. Bairro Cambolo, Porto Seguro-BA
Nome da mãe: Marilene Alcântara Melo
GENOGRAMA
Informante: Quesia Alcântara Santos
Assinatura do profissional:
Data: 01/07/2019
62
ECOMAPA
Informante: Quesia Alcântara Santos
Assinatura do profissional:
Data: 01/07/2019
DIAGRAMA DAS RELAÇÕES FAMILIARES
Informante: Quesia Alcântara Santos
Assinatura do profissional:
Data: 01/07/2019
63
UNIDADE DE SAÚDE
Nome: Quesia Alcântara Santos
Idade: 32 anos
Data de nascimento:
29/07/1986
Endereço: Rua Joaquim José Tomy, 292. Bairro: Cambolo, Porto Seguro-BA
Nome da mãe: Marilene Alcântara Melo
Data
Hora
EVOLUÇÃO
01/07/2019
14h15’
Subjetivo (S)
Queimação no pé da barriga
Falta de ar em momentos de estresse
Objetivos (O)Dor intensa na região abdominal hipogástrica classificada em 6.
Avaliação (A)P1: Dor na região abdominal decorrente do uso do DIU- Mirena
hormonal desde maio de 2018.
P2: Enxaqueca
P3:Ansiedade
P4: Alimentação com excesso de carboidrato
Plano (P)-Plano diagnóstico
P1: Avaliar posicionamento do DIU
P2: Orientar a paciente para avaliar seus hábitos e correlacionar
com sua enxaqueca
P3: Praticar atividade física para controlar sua ansiedade
P4: Encaminhar para o nutricionista
Plano terapêutico
P3: Praticar atividade física no mínimo 3 dias da semana por no
mínimo 30 minutos.
Plano seguimento
P2: Retornar em 1 mês com as possíveis causas observadas da sua
enxaqueca
Plano Educação em Saúde P4: Reeducação alimentar
Assinatura do profissional:
Data: 01/07/2019
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Apêndice B- R
Data/ hora da consulta:
Nome:
Idade:
Sexo:
Profissão/Ocupação:
Cor:
Estado civil:
Naturalidade:
Nacionalidade:
Endereço:
Escolaridade:
Renda Familiar:
Religião:
Altura:
Peso:
IMC: peso atual ( Kg)/ altura x altura ( m)____________________
(
) Baixo Peso <18,5 ; (
) Eutrófico 18,5- 24,9; (
) Sobrepeso 25-29,9;
(
) Obesidade I 29,9-34,9 ( ) Obesidade II 34,9-39,9; (
) Obesidade III >39,99
Medida da distribuição da gordura corporal:
Onde mora:
Há saneamento no bairro?
Esgoto coberto e água potável encanada?
A distribuição da água é suficiente ou necessita de armazenamento?
Costuma lavar e higienizar os legumes e frutas antes de comer?
Qual é a sua queixa principal? Perda de peso/ Emagrecimento
Perda de peso: voluntária ( ) involuntária ( )
Se voluntário: (
) dieta (
) exercício físico (
) medicamentos
OBS.:_____________________________________________________________
O emagrecimento aparece associado à : (
) Vômito (
) Esteatorreia- formação de fezes
volumosas, acinzentadas ou claras, que geralmente são mal cheirosas
distensão abdominal (
) diarreia ( ) outro:__________________
(
) melena (
)
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Quantos quilogramas perdeu nesses últimos meses?
Como ocorreu a perda de peso? Quando ela iniciou? Quando iniciaram os sintomas?
Apresenta algum sintoma pós prandial (digestão)?
Seu apetite alterou? Para mais ou para menos?
Qual a sua disposição para comer?
Apresenta sintomas que se agrava quando alimenta?
Existem outros sintomas associados?
Você esteve doente nos últimos meses?
Como os sintomas surgiram? (Subitamente/gradualmente)
Há quanto tempo os sintomas surgiram? Como surgiram?
Já fez algum tratamento anterior?
Como evoluiu? Esse sintoma melhorou, piorou ou estabilizou?
Você sente dor em algum local do corpo?
Como é essa dor?
Você tem alergia? Se sim, a quê?
Passou por algum procedimento cirúrgico recente?
Fuma?
Como é sua dieta?(quantidade/ tipo do alimento/ horários)
Você está alimentando mais do que o habitual?
Faz atividade física?
Está tomando algum medicamento?
Seus familiares possui algum histórico de doenças?
O cartão de vacinas está em dia?
Há queda de cabelo ou pelo?
Ocorrência de furúnculos, coceira ou lesão na pele?
Sensação de formigamento?
Aumento da quantidade de vezes que urina?
Sente hipersensibilidade ao frio ou calor?
Sente insônia?
Dor de cabeça?
Sente fraqueza dos músculos?
Sente sede excessiva?
Você está urinando mais do que o habitual?
Tem apresentado sudorese excessiva?
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Tem apresentado palpitação?
Apresenta queixas oculares?
Apresenta dispneia?
Apresenta dificuldade para respirar?
Apresenta tosse?
Tem apresentado sinais de estresse?
Apresenta alterações do estado emocional?
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Apêndice C- Roteiro da encenação do caso clínico
PRIMEIRA PARTE: INÍCIO DA CENA (o que está relatado no caso)
Caracterização - PACIENTE: Vestimenta: Bermuda/Shorts maltrapilho, sem camisa. Pele
com aspecto de sujeira, com algumas feridas expostas com os mamilos sangrando.
SANGUE: Lápis aquarela vermelho, xarope de milho
SUJEIRA: Base, sombra, carvão
Atuação: Demonstrar aspecto de embriaguez.
Caracterização - POLICIAIS: Vestimenta: Possivelmente blusa de manga/pólo preta, arma
(Ricardo), algema (Bel), calça, boné preto e calçado na cor preta.
EMBLEMA (PC): 4 cópias
Atuação: Demonstrar certa brutalidade e seriedade.

Paciente entra cambaleando na sala (como se fosse a rua)
*Obs: Colocar som de carro no fundo e buzina

Fala (Paciente - RICARDO): êê, quer me atropelar é?*
*Obs: Som de sirene de polícia

Policiais (Bruno e Eric) entram na sala já fazendo expressão de reprovação e tirando
arma do bolso.

Fala (Policial - ERIC): Aí moleque, parou. Parou e põe a mão na cabeça vai.

Fala (Policial - Mariane): Mão na cabeça, mão na cabeça!

Fala (Paciente - RICARDO): Eu não vou colocar não, po***
CENA: Paciente ameaça pegar uma pedra e jogar nos policiais.
CENA: Policiais pegam o paciente pela força e encosta na parede para fazer baculejo. O
paciente demonstra sinais de tremor, fragilidade (feição de medo). Os policiais percebem
esses aspectos no paciente.

Fala (Policial - Mariane): Escuta, você tem quantas passagens pela polícia?

Fala (Paciente - RICARDO): Eu vou bater em vocês, desgr***

Fala (Policial - Mariane): Eu te fiz uma pergunta, responde. Quantas passagens você tem
pela polícia?

Fala (Paciente - RICARDO): Eu só tenho passagem pela cachaça

Fala (Policial - ERIC): Qual seu nome e sobrenome?
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CENA: Paciente tenta se soltar.

Fala (Paciente - RICARDO): Ronaldo brilha muito no Corinthians

Fala (Policial - ERIC): Você quase foi atropelado ali, moleque. Tá com documento?

Fala (Paciente - RICARDO): Eu vou bater em vocês! Me deixa sair po***

Fala (Policial - Mariane): Cadê o documento, rapaz?
CENA: Um policial o pressiona mais forte contra a parede e o outro aponta a arma.

Fala (Paciente - RICARDO): Salve o Corinthians/ O campeão dos campeões/
Eternamente/ Dentro do nosso corações/ Salve o Corinthians!!!! Canta aí seu polícia.
CENA: Passam duas pessoas na rua olhando para a situação e filmando (Rebeca e Michele).

Fala (Policial - Mariane): Para de cantar e me responde

Fala (Paciente - RICARDO): De tradições de tradições e glórias mil/ Tu és orgulho, dos
desportistas do Brasil

Fala (Policial - ERIC) para o outro policial: Ele não vai calar a boca e não sei pra onde
levar.
CENA: Passa uma mulher (BEL) vendo a situação, aproxima e interfere.

Fala (Cidadão - BEL): Policiais, desculpa incomodar. Mas esse aí fica dormindo na porta
dos estabelecimentos já tem um tempo. E a gente vê mais ele conversando com um moço
da banca do jornal, mas acho que a família dele não é daqui não.

Fala (Paciente - RICARDO): Teu passado é uma bandeira/ Teu presente é uma lição/
Figuras entre os primeiros do nosso esporte bretão/ Corinthians Grande/ Sempre
Altaneiro*
CENA: *Obs: Paciente cantando no mesmo tempo que a mulher fala

Fala (Cidadão - BEL): Não gasta tempo com esse aí não. Leva ele lá pra casa que
cuidam dos doidos que é melhor. É pertinho, só virar a esquina e ir reto e vira na segunda
direita. É lá no CAPS II.

Fala (Paciente - RICARDO): És do Brasil/ O clube mais brasileiro/ Salve o Corinthians/
O campeão dos campeões/ Eternamente/ Dentro dos nosso corações
CENA: Policiais colocam o paciente no carro a força e o paciente canta mais alto.

Fala (Paciente - RICARDO): Salve o Corinthians/ De tradições de tradições e glórias
mil/ Tu és orgulho, dos desportistas do Brasil!!!!!!!!!!!!

Fala (Policial - Mariane): Fica quieto e entra logo.
CENA: Os três saem da sala.
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SEGUNDA PARTE: NO CAPS
Caracterização - MÉDICA E ENFERMEIRA: Vestimenta: Possivelmente jaleco, calça e
calçado na cor branca, crachá.
CENA: O paciente juntamente com os dois policiais entram novamente na sala.

Fala (Policial - ERIC) para a recepcionista na entrada: Viemos trazer esse rapaz. O
encontramos aqui no bairro, ele tá alcoolizado, agitado e não para de cantar o hino do
Corinthians.

Fala (Policial - Mariane): Até decorei a música
CENA: Enquanto isso o paciente está cantando e continua agitado...
Fala (Paciente - RICARDO): Então canta comigo. Salve o Corinthians/ O campeão dos
campeões/ Eternamente/ Dentro dos nosso corações/ Salve o Corinthians!!!!

Fala (Recepcionista - MARY): Obrigada por trazê-lo até aqui. Bom, sente aqui rapaz,
para que a gente possa conversar.

Fala (Paciente - RICARDO): De tradições de tradições e glórias mil/Tu és orgulho, dos
desportistas do Brasil.

Fala (Recepcionista - MARY): Vou chamar a médica enquanto vocês (Figurantes:
Ivanna,) ficam de olho nele aqui.

Fala (Recepcionista - MARY): Doutora, os policiais trouxeram um homem aqui,
encontrado aqui no bairro aparentemente bêbado e agitado. Além de não parar de gritar o
hino do Corinthians.

Fala (Médica - Gabriela): Ok, traga ele aqui para que eu possa avaliá-lo.
CENA: Médica vai até o paciente.

Fala (Paciente - RICARDO): Teu passado é uma bandeira/ Teu presente é uma lição/
Figuras entre os primeiros do nosso esporte bretão/ Corinthians Grande/ Sempre
Altaneiro… Quero todo mundo cantando.

Fala (Médica - Gabriela): Boa tarde, você gosta do Corinthians, é?!

Fala (Paciente - RICARDO): O clube mais brasileiro/ Salve o Corinthians/ O campeão
dos campeões/ Eternamente/ Dentro dos nosso corações

Fala (Médica - Gabriela): Também gosto. Teve um jogo na quarta passada (01/08) e o
Timão marcou 2 gols, você viu?
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
Fala (Paciente - RICARDO): Vi sim, que jogão!!!... Salve o Corinthians/ De tradições
de tradições e glórias mil...

Fala (Médica - Gabriela: Esse hino é o mais bonito. Se você quiser canto contigo... Salve
o Corinthians/ O campeão dos Campeões/ Eternamente/Dentro dos nossos corações..!!!!!!

Fala (Paciente - RICARDO): Tu és orgulho, dos desportistas do Brasil!!!!!!!!!!!!

Fala (Médica - Gabriela): Salve o Corinthians/ O campeão dos Campeões/
Eternamente/Dentro dos nossos corações… Você quer ver um pedaço do jogo?

Fala (Paciente - RICARDO): É sério? Bota aí, bota aí
CENA: Médica mostra jogo (https://www.youtube.com/watch?v=L5kvgpA60d8)

Fala (Médica - Gabriela): Esse jogo foi bom né?! Por isso que eu amo esse time..
meu nome é Ana, qual o seu nome?

Fala (Paciente - RICARDO): Foi tooop. Me chamo Ricardo… Ricardo Mattos

Fala (Médica- Gabriela: Me fala mais sobre o que você gosta

Fala (Paciente - RICARDO): Gosto de cachaça e Corinthians.

Fala (Médica - Gabriela): E o que mais?

Fala (Paciente - RICARDO): Gosto de conversar com seu Joaquim.

Fala (Médica - Gabriela): Quem é o Joaquim?

Fala (Paciente - RICARDO): É o moço do jornal, que fica perto da praça lá.

Fala (Médica - Gabriela): Aaah! Seu Joaquim…Também gosto de conversar com
ele. Qual sua idade?

Fala (Paciente - RICARDO): 21 anos. E você?

Fala (Médica - Gabriela): Tenho 30. E me conta mais, como você machucou seu
peito?

Fala (Paciente - RICARDO): Foi em uma briga com um palmeirense safado, e
acabei me machucando. Mas, deixei ele machucado também.

Fala (Médica - Gabriela): Entendi.. E que dia foi essa briga?

Fala (Paciente - RICARDO): Foi mais cedo. E até agora retado

Fala (Médica - Gabriela): Você deixa eu cuidar do seu machucado?

Fala (Paciente - RICARDO): Toque em mim não.

Fala (Médica - Gabriela): Vou só olhar mais perto um pouco. Você me permite?

Fala (Paciente - RICARDO): Olha… eu não gosto que mexe em mim não, ainda
mais se eu for sentir dor.

Fala (Médica - Gabriela): Você tá sentindo dor onde tá sangrando?

Fala (Paciente - RICARDO): Estou!
71

Fala (Médica - Gabriela): Então, daqui a pouco você deixa eu cuidar?

Fala (Paciente - RICARDO): Deixo sim senhora, mas só se não doer

Fala (Médica - Gabriela): Vou fazer o meu melhor. Hélio, você mora perto daqui?

Fala (Paciente - RICARDO): Minha família mora um pouco longe, mas tô por aqui
há um tempo.

Fala (Médica - Gabriela): Onde sua família mora?

Fala (Paciente - RICARDO): Lá em Santo Antônio.

Fala (Médica - Gabriela): Tá um pouco longe de casa né?!

Fala (Paciente - RICARDO): Tô, mas ninguém me entendia. Cansei deles.

Fala (Médica - Gabriela): Mas você não sente saudades da comida da sua mãe, não?!

Fala (Paciente - RICARDO): Sinto, e até penso em voltar, quando eu sinto fome e
não tenho nada para comer. Só que era ruim ninguém me entender.

Fala (Médica - Gabriela): Imagino. Aqui, nós temos algumas pessoas que também
podem conversar com você e te entender. Se você quiser, daqui a pouco te levo até ela.

Fala (Paciente - RICARDO): Não sei. Talvez.

Fala (Médica - Gabriela): Certo, então. Mais tarde vemos sobre isso.

Fala (Médica - Gabriela): Você parece estar com sede. Gostaria de tomar um pouco
de água?

Fala (Paciente - RICARDO): Sim.
CENA: Nesse primeiro momento para se trabalhar o vínculo e ganhar a confiança, a médica,
busca água para o paciente ingerir. Paciente toma a água.

Fala (Médica - Gabriela): Gostaria de mais?

Fala (Paciente - RICARDO): Não.

Fala (Médica - Gabriela): O que você gosta de fazer? Gosta de trabalhar?

Fala (Paciente - RICARDO): Eu não faço nada. Não gosto de fazer nada, só de beber
cachaça. Bebo desde novo. Quando bebo me sinto muito bem.

Fala (Médica - Gabriela): E o seu amigo Joaquim bebê com você?

Fala (Paciente - RICARDO): Ele é de igreja

Fala (Médica - Gabriela): Você tem alguma religião?
CENA: O paciente levanta da cadeira e canta o hino do time.

Fala (Paciente - RICARDO): Eu só gosto de São Jorge, ele é padroeiro do
Corinthians. Salve o Corinthians/ O campeão dos campeões/ Eternamente/ Dentro dos
nosso corações/ Salve o Corinthians!!!!
72

Fala (Médica - Gabriela): O Corinthians é o melhor mesmo, mas senta aí. Eu gosto
de acompanhar todos os jogos igual a você.
CENA: O paciente senta na cadeira.

Fala (Paciente - RICARDO): Eu nasci quando o Corinthians ganhou o 2º título

Fala (Médica - Gabriela): Que legal. Você costuma ver os jogos do Corinthians em
sua casa?

Fala (Paciente - RICARDO): Oh Dona, tenho casa não. Assisto o jogo na tv do
Joaquim. Por que aqueles homens me trouxeram para cá?

Fala (Médica - Gabriela): Para eu cuidar da sua dor. Você deixaria eu limpar seus
ferimentos agora?

Fala (Paciente - RICARDO): (gesto movimento com os ombros tanto faz)
CENA: Médica levanta e pega o soro e se aproxima.

Fala (Médica - Gabriela): Pronto. Terminei. Sente-se bem?
CENA: O paciente acena positivo com a cabeça.

Fala (Médica - Gabriela): Eu tenho uma amiga que também adora o Corinthians,
assim como você e eu. O nome dela é Ana Luíza, ela vai gostar te conhecer, você
gostaria de conversar com ela?

Fala (Paciente - RICARDO): Gosta mesmo?

Fala (Médica - Gabriela): Sim, ela ama, vamos lá na sala dela?
CENA: paciente levanta.

Fala (Médica - Gabriela): Tudo bem.
CENA: A médica acompanha o paciente até a sala da psicóloga.

Fala (Médica - Gabriela): Licença Ana Luíza, então eu queria que você conhecesse o
Hélio, acredita que ele é corintiano assim como nós? Até cantamos o hino juntos!

Fala (Psicóloga –Ana Luíza): Oi Hélio, sou a Gabriella. Então quer dizer que você é
fã do Corinthians?

Fala (Paciente - RICARDO): Sim. Salve o Corinthians/ O campeão dos campeões/
Eternamente/ Dentro dos nosso corações/ Salve o Corinthians!!!!

Fala (Psicóloga – Ana Luíza): O hino do Timão é lindo. Nossa, eu amo Corinthians
não perco nem um jogo, a Ana e eu até assistimos juntas.
CENA: O paciente parece animado e acena positivo com a cabeça.
CENA: A enfermeira bate na porta:

Fala (Recepcionista - MARY): Com licença, mas é que estão chamando a doutora
Ana lá na sala dela.
73

Fala (Médica - Gabriela): Sério? Eu vou lá na minha sala ver o que houve viu?!

Fala (Paciente - RICARDO): Eu fico, depois vou embora.

Fala (Médica - Gabriela): Tudo bem.
CENA: A médica sai deixando o paciente com a psicologa.

Fala (Psicóloga - Ana Luíza): Pode sentar na cadeira se preferir.
CENA: O paciente senta-se da cadeira.

Fala (Psicóloga - Ana Luíza): Então, como você se sente?

Fala (Paciente - RICARDO): Estou bem, mas quero mais cachaça.

Fala (Psicóloga - Ana Luíza): Álcool em excesso faz mal. Você pode falar mais
sobre o Corinthians para mim?

Fala (Paciente - RICARDO): Amo o timão. Está vendo esses machucados? Eu
briguei com um cara que estava falando mal do meu time.

Fala (Paciente - RICARDO): Quando eu era criança eu gostava de brincar na rua.
Gostava de jogar bola. Meu time era o Salve o Corinthians/ O campeão dos campeões!
Meu pai também gostava do “Timão”. Ele morreu. Nós jogávamos bola às vezes na
rua, só que ele ficou doente e morreu. Aí, ficou só eu, minha mãe e meu irmão. Eu 15
anos.

Fala (Psicóloga - Ana Luíza): Sinto muito pelo seu pai Hélio , é muito ruim perder
alguém que a gente ama... Você se importaria de me dizer do que ele morreu?

Fala (Paciente - RICARDO): Não lembro não.

Fala (Psicóloga - Ana Luíza): Como você lidou com essa dor da morte de seu pai?

Fala (Paciente - RICARDO): Fiquei com muita raiva. Brigava muito. Às vezes
chorava. Acho que foi nessa época que comecei a beber.

Fala (Psicóloga - Ana Luíza): Além da pinga, o que você gosta de comer?

Fala (Paciente - RICARDO): Eu gosto de comer cachaça.

Fala (Psicóloga - Ana Luíza): Mas, alguma outra coisa?

Fala (Paciente - RICARDO): Eu como o que eu ganho na rua, às vezes não como
nada. A comida da minha mãe que era boa. Lá eu tinha comida todos os dias, mas
tinha muitas brigas, não gostava da confusão. Eu não gosto do meu irmão. Ele não
gosta do meu time. Minha mãe não gostava quando eu tomava cachaça.

Fala (Psicóloga - Ana Luíza): Você sente saudade da sua mãe?

Fala (Paciente - RICARDO): Sim, mas acho que ela não sabe onde estou.

Fala (Psicóloga - Ana Luíza): Você gostaria de falar com ela?

Fala (Paciente - RICARDO): Não sei, talvez.
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
Fala (Psicóloga – Ana Luíza): Então vamos tentar em contato com ela. Vamos tomar
um café. E aí eu pego umas roupas para você tomar um banho.
CENA: Psicóloga levanta e o paciente a acompanha.
CENA: Aparece recepcionista (Mary)

Fala (Psicóloga – Ana Luíza) para a recepcionista (Mary): Precisamos encontrar
um lugar para ele ficar...
CENA: TODOS SAEM E ACABA A ENCENAÇÃO.
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