UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA Bacharelado Interdisciplinar em Saúde Michele Cristina Maia PORTFÓLIO: aprendendo semiologia / propedêutica da clínica geral Porto Seguro 2019 Michele Cristina Maia PORTFÓLIO: aprendendo semiologia / propedêutica da clínica geral Trabalho Acadêmico apresentado ao componente Semiologia / Propedêutica Clínica Geral da Universidade Federal do Sul da Bahia para avaliação do profº Enio Rodrigues da Silva e da profª Paula Peixoto Messias Barreto. Porto Seguro 2019 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Mapa Conceitual - Método Clínico ......................................................................... 11 Figura 2 - Mapa Conceitual - O que são mapas conceituais na educação médica? ................. 12 Figura 3- Mapa Conceitual - O que é afecção, doença, enfermidade e moléstia?.................... 12 Figura 4 - Mapa Conceitual - O que é doença e enfermidade na clínica geral? ....................... 13 Figura 5 - Mapa Conceitual - Como realizar entrevista e anamnese? ...................................... 13 Figura 6 - Esquematização dos Dispositivos dos Polos da Ergologia ...................................... 14 Figura 7 - Mapa Conceitual- Doença, Cura e Saúde ................................................................ 15 Figura 8 - Mapa Conceitual- Trabalho e uso de si ................................................................... 15 Figura 9 - Mapa Conceitual – Anamnese: objetivos e elementos ............................................ 16 Figura 10 - Mapa Conceitual - A Abordagem Familiar ........................................................... 17 Figura 11 -Mapa Conceitual - O Raciocínio Clínico ................................................................ 19 Figura 12 – Mapa Conceitual sobre Registro Médico pelo SOAP ........................................... 21 Figura 13 - Mapa Conceitual - Registro Médico orientado por problemas .............................. 21 Figura 14 - -Mapa Conceitual - A pesquisa em História de Vida ............................................ 22 Figura 15 - Mapa Conceitual - História de Vida e Projeto ....................................................... 23 Figura 16 - Mapa Conceitual - Perda de Peso .......................................................................... 24 Figura 17 - -Mapa Conceitual - Avaliação da perda de peso involuntária e significativa ....... 24 Figura 18 - Mapa Conceitual - Aprendizagem baseada em equipes ........................................ 25 Figura 19 - Foto das EAA que encenaram o caso clínico ........................................................ 26 Figura 20 - Mapa Conceitual - O que é caso clínico? .............................................................. 26 Figura 21 - Mapa Conceitual - Caso clínico centrado no paciente ........................................... 27 Figura 22- Mapa Conceitual - Exame Físico ............................................................................ 28 Figura 23 - Mapa Conceitual- Biossegurança e Segurança do Paciente .................................. 28 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4 1.1 Memorial .............................................................................................................................. 4 1.1.1 Quem eu sou? .................................................................................................................... 4 1.1.2 Ser uma profissional diferente ........................................................................................... 5 1.2 Preparando e apresentando a construção de conceitos gerais em saúde............................... 5 1.3 Meu primeiro encontro com o campo da saúde geral e mental ............................................ 7 2. OBJETIVOS ......................................................................................................................... 8 2.1 Objetivo Geral ...................................................................................................................... 8 2.2 Objetivos Específicos ........................................................................................................... 8 3. METODOLOGIA................................................................................................................. 9 4. RELATO DE EXPERIÊNCIAS E INTERDISCIPLINARIDADES............................. 10 4.1 Resumos das aulas e apresentação dos mapas conceituais ................................................ 10 4.1.1 Aula 1 (27/05/2019)......................................................................................................... 10 4.1.2 Aula 2 (03/06/2019)......................................................................................................... 10 4.1.3 Aula 3 (10/06/2019)......................................................................................................... 14 4.1.4 Aula 4 (17/06/2019)......................................................................................................... 16 4.1.5 Aula 5 (24/06/2019)......................................................................................................... 17 4.1.6 Aula 6 (01/07/2019)......................................................................................................... 18 4.1.7 Aula 7 (08/07/2019)......................................................................................................... 18 4.1.8 Aula 8 (15/07/2019)......................................................................................................... 20 4.1.9 Aula 9 (22/07/2019)......................................................................................................... 22 4.1.10 Aula 10 (29/07/2019)..................................................................................................... 23 4.1.11 Aula 11 (05/08/2019)..................................................................................................... 25 4.1.12 Aula 12 (12/08/2019)..................................................................................................... 27 5. A CONSTRUÇÃO DO INSTRUMENTO DE ANAMNESE ......................................... 29 6. NOTAS CONCLUSIVAS .................................................................................................. 56 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 57 APÊNDICES ........................................................................................................................... 59 Apêndice A- Prontuário Orientado por Problemas e Evidências ............................................. 59 Apêndice B- Roteiro de anamnese com foco na “perda de peso” ............................................ 64 Apêndice C- Roteiro da encenação do caso clínico ................................................................. 67 4 1. INTRODUÇÃO A construção do portfólio segundo Hilzendeger, 2013, permite um constante “pensar” sobre a ação, a prática da autoavaliação, a reflexão sobre temas do curso e a autonomia no intuito de proporcionar uma aprendizagem significativa. Nesse contexto, pode-se afirmar que para modelar um portfólio é preciso dedicação nas atividades de leitura propostas pelo professor, além de criatividade para demonstrar que o material estudado possibilitou alcançar os objetivos do componente. Dessa forma, apresento o portfólio com vários mapas conceituais, pois foi o método que escolhi para representar a minha autorreflexão sobre o conteúdo estudo, o qual permite a construção do conhecimento por compreensão e por itens relevantes. Na intenção de alcançar o que Gomes, 2011 define como objetivo dos mapas conceituais na educação médica, que é permitir ao estudante o aprender a aprender, para assim desenvolver o pensamento crítico para a resolução de problemas e para a tomada de decisões. 1.1 Memorial 1.1.1 Quem eu sou? Sou Michele Cristina Maia, uma pessoa alegre, honesta, amorosa e católica. Tenho 35 anos, natural de Belo Horizonte- MG, residente na maior parte de minha vida em São Joaquim de Bicas-MG, cidade pequena da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Estudei o ensino fundamental e médio em escola pública do município onde morava. Comecei a trabalhar aos 12 anos em uma sorveteria dos meus pais em São Joaquim de Bicas, estudava pela manhã e ajudava no estabelecimento comercial à tarde, sempre recebia uma comissão por dia trabalhado, o que me incentiva a administrar meu próprio dinheiro. Aos 18 anos, passei no vestibular de Enfermagem na PUC- MG/ Betim, um município vizinho de onde morava, então comecei a estudar à noite e trabalhava no comércio, agora um armarinho, o dia todo. Aos 22 anos, iniciei minha carreira profissional como Enfermeira em um Pronto Atendimento de Urgência e Emergência, na Policlínica de São Joaquim de Bicas. Tenho ótimas lembranças desse emprego, onde aprendi a trabalhar em equipe, fazer gestão com poucos recursos de materiais e, local que despertou em mim a vontade de ser Médica. Trabalhei também como Preceptora de Estágio da Faculdade Pitágoras de Betim para o curso 5 de graduação em Enfermagem. Atualmente, com 35 anos, moro em Porto Seguro-BA e estudo na UFSB- Bacharelado Interdisciplinar em Saúde com o objetivo de migrar para Medicina. 1.1.2 Ser uma profissional diferente Durante meu exercer profissional na Policlínica de São Joaquim de Bicas, era uma Enfermeira elogiada pelas pessoas, pois sempre procurei ser educada e atenciosa com os pacientes. Na verdade, eu apenas ouvia o que as pessoas queriam falar, seus medos, suas dores, suas angústias. Nesse processo sempre escutava porque você não faz medicina- tem potencial! E ao longo dos anos esse estímulo foi me preenchendo de vontade para ser uma profissional diferente da realidade de descaso aos pacientes que vivenciava, uma vez que possuía uma limitação de papel devido minha categoria profissional para a resolução dos problemas de saúde. 1.2 Preparando e apresentando a construção de conceitos gerais em saúde Afecção: indica ação maléfica atuando sobre um órgão ou tecido vivo, acarretando-lhe desvios de suas funções ou lesando-o fisicamente. (REZENDE, 2014, p.387) Anamnese: “Significa- aná- trazer de novo e -mnesis- memória.” (PORTO, 2016, p.46). Cura: “mutação de um arranjo em outro” (CANGUILHEM, 1995, p.146). Doença: “Doença é uma experiência de inovação positiva do ser vivo, e não apenas um fato diminutivo” (CANGUILHEM, 1995, p.136). Ecomapa: Identificar todos os sistemas envolvidos e relacioná-los com a pessoa/ família. (DIAS, 2012) Enfermidade: Enfermidade se refere à resposta subjetiva do paciente ao fato de não estar bem; como ele e aqueles ao seu redor percebem a origem e o significado desse evento. (HELMAN, 2009, p. 120) 6 Ergologia: “O termo Ergologia (ergo – atividade, logia – filosofia) passou a ser utilizado no final dos anos 90, a partir de um desconforto intelectual acerca do enigma do conceito de atividade. Ou seja, critica-se a tentação dos trabalhadores e pesquisadores em escolher o conforto de um possível discurso por eles assumido ou criado para sustentar seus pontos de vistas no trabalho”. (SILVA, E, 2016, p.167) Família: “Grupo de pessoas que convivem, têm laços intensos de proximidades e compartilham o sentimento de identidade e pertencimento, que influenciarão, de alguma forma, suas vidas”. (DIAS, 2012, p.221) Genograma: Mapear e ampliar o conhecimento sobre a família. (DIAS, 2012) Gesto Profissional: “é o resultado de uma síntese de saberes produzido em nível de normas antecedentes e ancoragem na situação real de trabalho.” (SILVA, E, 2016, p.320) História de Vida: É a abordagem biográfica da formação do sujeito. (JOSSO, 1999) Moléstia: “Molestar não significa produzir doença, mas sim atormentar, causar incômodo. Por esta razão usa-se história da moléstia atual”. (REZENDE, 2014, p.387) Perda de Peso: É uma alteração comum nas doenças do intestino delgado e pode estar relacionado à alimentação deficiente, à má absorção e ao aumento do consumo metabólico. (PORTO, 2016) Problema de Saúde: “(...) é tudo aquilo que requer ou pode requerer uma ação do médico ou da equipe de saúde e em consequência motivará um plano de intervenção” (LOPES, 2012 p.350). Raciocínio Clínico: É um processo cognitivo do qual o médico estabelece um diagnóstico correto e propõe uma conduta adequada, sendo ele construído pelo conhecimento biomédico associado aos scripts de doenças, além do desenvolvimento de expertise que permitirá resolver casos clínicos com mais agilidades. (PEIXOTO; SANTOS e FARIA, 2018). 7 Saúde: “A saúde é uma margem de tolerância as infidelidade do meio…” (CANGUILHEM, 1995, p. 149). Sinal: “É um dado objetivo notado pelo paciente e observado pelo examinador por meio do método clínico ou de exames complementares. Exemplos: tosse, edema, cianose.” (PORTO, 2016, p.13). Sintoma: “É uma sensação subjetiva anormal percebida pelo paciente e não observada pelo examinador. Exemplos: Dor, náusea, dormência, insônia e má digestão.” (PORTO, 2016, p.13). SOAP: Sigla para designar um tipo de registro médico orientado por problemas. S- Subjetivohistória relatada; O- Objetivo- dados concretos; A- Avaliação- problemas identificados; PPlano- Diagnóstico, Ações Educativas e Pesquisa. (CORIOLANO, 2019; DALLA, 2019) Trabalho: “Trabalhar é uma dramática de uso de si” (SCHWARTZ e DURRIVE, 2007, p.202). Transferência: “A transferência só acontece na relação com o outro, e este outro se faz presente através da subjetividade, pela presença do inconsciente, na medida em que o outro influencia na construção da subjetividade.” (FIGHERA, J; SACCOL, C.S. 2009, p. 4). 1.3 Meu primeiro encontro com o campo da saúde geral e mental Meu primeiro encontro com a saúde de forma geral foi na infância, lembro como se fosse hoje quando meus pais me levava para tomar vacina e/ ou consultar com o pediatra. Uma cena muito marcante foi uma vez aos 10 anos que tive uma diarreia por vários dias e fiquei muito fraca e desidratada, devido a isso não podia brincar na rua e/ ou pular elástico. Meu encontro com a saúde mental também aconteceu na infância, pois minha família materna tem casos de pessoas com internação em hospitais psiquiátricos, uma irmã do meu avô materno era considerada muito louca, pois quando tinha suas crises, andava pelada, agredia as pessoas ao seu redor, nunca a vi em crise, mas sempre ouvia os comentários na casa da minha avó nos finais de semana, e escutava tem que interna a Conceição (conhecida como Dinhação) para ela voltar mais calma. 8 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Desenvolver o pensamento crítico para a resolução de problemas de saúde em sujeitos individuais, considerando o contexto social e cultural do paciente e a realidade do local de trabalho. 2.2 Objetivos Específicos ● Demonstrar por meio da construção de mapas conceituais e pelo resumo das aulas a compreensão dos significados e conceitos adquiridos no componente- Semiologia / Propedêutica Clínica Geral; ● Compreender os modelos de Enfermidade-Doença para alcançar uma confiante relação entre profissional/ paciente; ● Construir instrumentos para registro de informações significativas no cuidado ao paciente com foco na Anamnese e no Prontuário Orientado por Problemas; ● Compreender o processo Saúde-Doença-Cuidado holisticamente. 9 3. METODOLOGIA Trata-se de uma metodologia ativa tendo como método a “História de Vida” que segundo Josso, 1999, consiste na perspectiva da abordagem de experiência baseada na biografia e no estudo de formação a qual resulta em um portfólio. O portfólio é um elemento de autorreflexão e avaliação vista refletir a crença de que os estudantes aprendem melhor e de uma forma mais integral. Faz com que o estudante tenha um compromisso com as atividades que acontecem durante um período de tempo significativo e que se constroem sobre conexões naturais com os conhecimentos escolares. (Gardner, 1994 apud Vieira, 2002, p.150). Desse modo, o portfólio foi construído por meio do relato das experiências vividas no componente Semiologia/ Propedêutica Clínica Geral com a exposição dos mapas conceituais e instrumentos feitos pelas EAA que foram construídos ao longo do quadrimestre a partir da leitura atenta das referências indicadas pelo Plano de Ensino-Aprendizagem do Componente Curricular. 10 4. RELATO DE EXPERIÊNCIAS E INTERDISCIPLINARIDADES 4.1 Resumos das aulas e apresentação dos mapas conceituais 4.1.1 Aula 1 (27/05/2019) Professores: Enio Rodrigues; Paula Messias Apresentação do Plano de Ensino do Componente e Introdução do conceito de Propedêutica Aula inicial que permitiu ter uma noção geral dos objetivos do componente e também como seria o método de avaliação. Gostei da energia dos docentes e da proposta de ensino do componente, principalmente, de trabalhar em equipe de aprendizado ativa (EAA). Após a apresentação do PEA- Plano de Ensino e Aprendizado do Componente foi realizado várias indagações pelo professor Enio sobre o que seria a Inversão Epistemológica- formas não tradicionais de produção de conhecimento, no campo da saúde. Isso permitiu refletir o que seria interessante realizar em uma relação médico/ paciente. Depois foi feita a explanação da noção inicial de Corpopriação (eu me apropriar do meu próprio corpo), sendo o corpo biológico se transformando em corpo “erógeno”. Várias perguntas foram feitas, por exemplo, “Quem sou eu?”; “ Quem é o paciente”; “Que corpo é esse?” “Qual a relação que você estabelece com seu corpo?” Foi um momento bem reflexivo e introspectivo para mim. Isso porque o corpo é o primeiro elemento da propedêutica, ele tem que ter intencionalidade de encontrar o paciente, o corpo presente do médico, que escuta e é capaz de tomar decisões, além de perceber os sinais do outro corpo. 4.1.2 Aula 2 (03/06/2019) Professora: Paula Messias Construção de mapas conceituais em torno dos conceitos na Propedêutica Geral Primeira atividade em sala com a EAA para a construção de mapa conceitual sobre o método clínico. Foi um trabalho em equipe bem efetivo considerando que grande parte da equipe havia lido os textos bases para essa atividade, vide a Figura 1 abaixo. Realizamos por meio do mapa conceitual a síntese do que é o método clínico, utilizamos para isso o conceito de anamnese, do exame físico, de exames complementares e também a boa relação médicopaciente para um cuidado médico mais efetivo. 11 Figura 1 - Mapa Conceitual - Método Clínico Fonte: Autoria da EAA baseado em PORTO, 2016. É interessante ressaltar como todas as EAA da sala apresentaram seus mapas de forma única, isso se justifica pelo fato de cada pessoa já possui um conhecimento prévio sobre o assunto e assim, o aluno cria uma rede para entender e aprender coisas novas. (GOMES, 2011). No segundo momento da aula, a professora Paula fez uma explanação sobre o marco histórico-social do conhecimento semiológico moderno e da base semiotécnica aplicada ao processo Saúde-Doença-Cuidado. Além de expor as diferenças e complementaridades entre conceitos semiológicos: sinal, sintoma, síndrome, diagnóstico, prognóstico. Temática muito importante para compreensão inicial de semiologia. Para essa aula foi indicado várias leituras prévias, então para iniciar a metodologia ativa, realizei mapas conceituais das referências lidas, veja Figuras 2, 3, 4 e 5. No texto de Helman et al. 2009, por exemplo, gostei muito da parte que ele cita que para um cuidado médico mais efetivo é preciso considerar tanto a doença quanto a enfermidade do paciente, uma vez que a enfermidade segundo esse autor refere-se à resposta subjetiva do paciente ao fato de não estar bem e, como ele e aqueles ao seu redor percebem a origem e o significado desse evento. No capitulo três de Propedêutica Médica de Bickley, 2015, aprendi que quando o profissional realiza a escuta ativa ele cria uma relação de confiança e suporte com o paciente e isso permite o paciente relatar sua história de modo mais detalhado. 12 Figura 2 - Mapa Conceitual - O que são mapas conceituais na educação médica? Fonte: Autoria Própria baseada em GOMES, 2011. Figura 3- Mapa Conceitual - O que é afecção, doença, enfermidade e moléstia? Fonte: Autoria Própria baseada em REZENDE, 2014. 13 Figura 4 - Mapa Conceitual - O que é doença e enfermidade na clínica geral? Fonte: Autoria Própria baseada em HELMAN, 2009 Figura 5 - Mapa Conceitual - Como realizar entrevista e anamnese? Fonte: Autoria Própria baseada em BICKLEY, 2015. 14 4.1.3 Aula 3 (10/06/2019) Professor: Enio Rodrigues Ampliando os conceitos: o conceito de saúde/doença em Canguilhem e o conceito de trabalho em Schwartz. A aula foi iniciada com uma dica importante para permitir o entendimento da leitura, primeiro devemos pesquisar sobre o autor do texto para facilitar o processo de leitura acadêmica. Deste modo, foi mencionado que o autor do artigo “Doença, Cura e Saúde”, Canguilhem, é médico e filósofo e tem como base de referência Jantom Bacheland que conceitua o conhecimento como saltos epistemológicos, o texto em questão, discorre sobre os conceitos de saúde, doença e cura em um questionamento sobre o que é norma, normatividade, e porque o ser humano precisa de normas para viver. Gostei do método utilizado na aula, o professor ouviu primeiro o que os alunos entenderam dos textos e depois fez uma relação entre os textos propostos para a aula, e isso facilitou a compreensão. Para entender o conceito de Ergologia foi explanado pelo professor os Dispositivos dos Polos da Ergologia: P1- Saber acadêmico- constituído; P2- Saber fazendo, história, afeto, energia; P3- viver junto, conforme Figura 6 abaixo. Figura 6 - Esquematização dos Dispositivos dos Polos da Ergologia Fonte: Silva, E. R, 2019 Para acompanhar e participar dessa aula realizei mapas conceituais dos textos indicados, veja Figura 7 e 8. No texto sobre “Trabalho e uso de si” de Schwartz, 2007, gostei da definição de trabalho que é: “uma dramática de uso de si” e também da abordagem em relação às 15 competências que devemos ter para se trabalhar conforme as apresento no mapa conceitual na Figura 8. Figura 7 - Mapa Conceitual- Doença, Cura e Saúde Fonte: Autoria Própria baseada em CANGUILHEM, 1995. Figura 8 - Mapa Conceitual- Trabalho e uso de si Fonte: Autoria Própria baseada em SCHWARTZ, 2007 16 4.1.4 Aula 4 (17/06/2019) Professora: Paula Messias Produção de dados subjetivos de importância clínica: Anamnese Foi solicitado comparecer a aula com um mapa conceitual sobre o tema anamnese, vide o meu na Figura 9. A aula foi uma explanação sobre o que é uma anamnese benfeita e como realizar uma anamnese ampliada como afirma Bickley, 2016, para uma anamnese benfeita alguns elementos são essenciais, por exemplo, escuta ativa, respostas empáticas, comunicação não verbal e empoderamento do paciente. Foi uma aula para fundamentar a construção do roteiro de anamnese pela EAA. Para essa aula realizei a leitura de textos sobre a abordagem familiar e aprende sobre alguns instrumentos de coleta de dados que ampliam a clínica como o ecomapa e o genograma, veja o mapa conceitual deste tema, Figura 10. Figura 9 - Mapa Conceitual – Anamnese: objetivos e elementos Fonte: Autoria Própria baseada em PORTO, 2016 17 Figura 10 - Mapa Conceitual - A Abordagem Familiar Fonte: Autoria Própria baseado em DIAS, 2012. 4.1.5 Aula 5 (24/06/2019) Atividade Acadêmica Programada Construção do roteiro de anamnese geral ampliada A minha EAA foi formada por quatro integrantes que moram em outros municípios ou bairros diferentes de Porto Seguro, então devido a isso, e ao feriado, organizamos a divisão de tarefas para facilitar o processo de construção do roteiro de anamnese, no intuito de que todos depois iriam ler e contribuir com a parte do colega. Dessa maneira, realizamos a montagem do nosso roteiro por meio do Docs.Google e como base no livro de Semiologia Médica do Porto e Propedêutica Médica de Bickley. Veja o nosso instrumento no item construção do instrumento de anamnese. 18 4.1.6 Aula 6 (01/07/2019) Atividade Acadêmica Programada Atividade em EAA: Anamnese I Realizamos a anamnese por meio de um roteiro elaborado pela EAA com uma adulta conhecida, mediante aplicação do TCLE que é muito importante para o esclarecimento do objetivo da entrevista, na residência dela, no bairro Cambolo, no período de 14 h 15’ às 17 h 25’, do dia 02/07/2019. Antes de aplicar o instrumento, ele foi corrigido pela EAA com base nas correções da professora Paula e também pelo uso do aprendizado cruzado, ou seja, realização da leitura de todos os roteiros para assim melhorar o instrumento de forma pertinente. Durante a anamnese percebi que incomodamos um pouco a rotina da família pelo fato que a entrevista durou mais de 3 horas. Além de a entrevista ter que ausentar por uns minutos durante a coleta de dados, pois tinha uma cliente agendada para cuidar dos cabelos dela. 4.1.7 Aula 7 (08/07/2019) Professor: Enio Rodrigues MCCP – Método Clínico Centrado na Pessoa A aula teve como intuito ensinar a importância da escuta ativa e sensível das narrativas dos sujeitos para fins de uma avaliação clínica diferencial. Através de um banner o professor Enio explicou que da trajetória de vida se dá o gesto profissional em saúde e que G. Canguilhem convida aos profissionais para saírem da zona do conforto. Desse modo, fazer propedêutica é duvidar, é perscrutar, e fazer a relação com a história, uma vez que o gesto profissional pode ser uma resposta desconfortável para questões impossíveis e insuportáveis. O saber acadêmico não conversar naturalmente com o saber investido, mas a partir do desconforto intelectual é capaz de produzir o saber acadêmico com o saber da experiência. E tem que passar pela atividade, pois ela é o que eu consigo fazer. O professor finalizou a aula expondo um caso clínico de uma paciente que chegou a uma unidade de urgência queixando se de que estava pegando fogo e logo depois ela começou a se esticar no chão e, estava muito agressiva, ele perguntou qual a conduta deveríamos ter nessa situação? Respondi medica-la, pois a mesma está delirando e também ela está em uma unidade de urgência. Ele me criticou, uma vez que ele havia acabado de explicar a 19 importância de fazer diferente com os pacientes de saúde mental, então, eu o perguntei, mas como dialogar com uma pessoa que está agressiva e delirando? Nesse momento, ele disse à conduta que ele fez quando atendeu essa paciente que foi arrastá-la até o banheiro, ligar o chuveiro e literalmente apagar o fogo do corpo dela com a água. Uma conduta, segundo o docente, realizada porque ele teve várias experiências encapsuladas ao longo da vida para assim tomar sua decisão médica com um novo olhar, não de uma forma fácil e confortável, mas de uma maneira que só o saber prático pode permitir. Diante desse caso, fiquei pensando, qual o respaldo legal o profissional tem ao executar uma ação baseada na sua experiência, isso porque para apagar o fogo da paciente, primeiramente, o profissional teve que arrasta-la até o banheiro. Na verdade, entendi o que o professor queria provocar na turma ao explanar o caso, pois ele conseguiu demonstrar que é preciso utilizar o método centrado na pessoa para fazer de forma desconfortável, uma vez que devemos dedicar para cada paciente uma ação diferencial, além de considerar a realidade do local de trabalho para assim, haver a excelência no atendimento clínico. “Para ser centrado na pessoa, o médico precisa ser capaz de dar poder a ela, compartilhar o poder na relação, o que significa renunciar ao controle que tradicionalmente fica nas mãos dele” (STEWART et al, 2017, p. 4). Isso porque “a medicina centrada no paciente é mais abrangente, busca entender as necessidades e desejos do paciente e não se restringe à doença”. (RIBEIRO e AMARAL, 2008, p. 91). Para essa aula, realizei a leitura prévia do material postado no sistema acadêmico que possibilitou a construção do mapa conceitual sobre raciocínio clínico, veja Figura 11. Figura 11 -Mapa Conceitual - O Raciocínio Clínico Fonte: Autoria Própria baseada em PEIXOTO; SANTOS e FARIA, 2018. 20 Figura 11- Mapa Conceitual - O Raciocínio Clínico (continuação) Fonte: Autoria Própria baseada em PEIXOTO; SANTOS e FARIA, 2018. A construção do mapa conceitual sobre raciocínio clínico permitiu a compressão sobre a teoria da construção dos scripts de doenças que se relaciona com o estágio de dados semiológicos e o estágio de desenvolver a expertise para assim permite que o estudante formule modelos mentais de doença no intuito de resolver casos clínicos com mais agilidade. 4.1.8 Aula 8 (15/07/2019) Professora: Paula Messias Prontuário Orientado por Problemas e Evidências (POPE) No primeiro momento da aula, teve a apresentação expositiva pela professora sobre o tema Prontuário Orientado por Problemas (POP) que consistiu na descrição da história do prontuário, a criação do prontuário do médico, do surgimento do prontuário da pessoa e, atualmente, o prontuário da família e, o eletrônico. Além do detalhamento do Prontuário Orientado por Problemas e Evidências (POPE) que utiliza o método (SOAP) do médico Lawrence Leonard Weed. Uma fala da professora que considero essencial para o processo de 21 trabalho do profissional é “tenha em mente; outros vão ler seus registros, buscando informações específicas”. (BARRETO, P.P. M, 2019) No segundo momento da aula, as equipes de aprendizado ativo se reuniram e iniciaram a construção do POPE a partir dos dados colhidos na atividade de anamnese. Foi um momento bem produtivo, gostei muito de utilizar o método de evolução por problemas, pois deixa de forma bem objetiva e clara a situação de saúde do paciente. Vide Apêndice A o registro do POPE. Nas figuras, 12 e 13, apresento o mapa conceitual sobre o registro médico pelo método SOAP montado a partir dos vídeos sugeridos para a aula. Figura 12 – Mapa Conceitual sobre Registro Médico pelo SOAP Fonte: Autoria Própria baseado em CORIOLANO, 2019 Figura 13 - Mapa Conceitual - Registro Médico orientado por problemas Fonte: Autoria Própria baseado em DALLA, 2019 22 4.1.9 Aula 9 (22/07/2019) Professor Enio Rodrigues A Metodologia de Histórias de Vida A aula iniciou-se com a indagação do professor Enio sobre o que cada um poderia discorrer sobre os textos indicados, para dar sentido à aula sobre História de Vida. Falei bastante em relação aos textos que li e elaborei os mapas mentais, veja na Figura 14 e 15. O que mais gostei na leitura dos textos foi poder entender que ao construir um portfólio estou utilizando a metodologia de “história de vida” para abordar minha experiência. Para dar embasamento teórico a aula, o professor discutiu sobre como podemos fazer para aprimorarmos o raciocínio clínico. Desse modo, mencionou que devemos dirigir uma anamnese a partir do que o paciente traz como queixa. Para isso deve-se escutar, duvidar, dirigir, silenciar e permitir o paciente diz o que ele quer falar. Além de fazer perguntas para descobrir o que o paciente não falou. Posteriormente, começou a explanar sobre a pesquisa em Histórias de Vida, a qual segundo Barros, 2002, usa a metodologia de aproximar-se da realidade dos sujeitos envolvidos no estudo para compreender a situação real do indivíduo e do coletivo. E para realizá-la é preciso estabelecer uma relação de confiança e afinidades para que o pesquisador se transforme em sujeito e objeto da pesquisa. O exemplo do método da história de vida pode ser usado na relação médico- paciente o que permitirá o profissional desfocar da doença para permitir o sujeito dizer o que ele quer dizer. Figura 14 - Mapa Conceitual - A pesquisa em História de Vida Fonte: Autoria Própria baseada em BARROS, 2002 23 Figura 15 - Mapa Conceitual - História de Vida e Projeto Fonte: Autoria Própria baseada em JOSSO, 1999. 4.1.10 Aula 10 (29/07/2019) Professora: Paula Messias Team-Based Learning Based Learning Based Learning (TBL) com foco na queixa principal: “perda de peso / emagrecimento” A aula foi um pouco diferente do que pensava, uma vez que esperava a aplicação do método TBL, porém devido alguns e-mails que os colegas de sala enviaram para a professora fizeram ela não aplicar a metodologia na sala. Dessa forma, a aula foi expositiva sobre Estado Nutricional em parte dela e depois reunimos nas nossas equipes para discutirmos sobre o mapa conceitual- perda de peso que cada um construiu individualmente, veja o nas Figuras 16 e 17, também fiz o mapa mental do texto sobre TBL, vide Figura 18. Em EAA também montamos um roteiro de anamnese focado na perda de peso (veja o roteiro no Apêndice B). Para a construção do roteiro, deve-se destacar o cuidado do grupo para correlacionar o sintoma perda de peso com várias patologias que apresentam esta sintomatologia, como o 24 diabetes, o hipertireoidismo, a síndrome de má absorção para assim construirmos um caminho de investigação eficaz. Figura 16 - Mapa Conceitual - Perda de Peso Fonte: Autoria Própria baseado em PORTO, 2014 Figura 17 - Mapa Conceitual - Avaliação da perda de peso involuntária e significativa Fonte: Autoria Própria baseado em MACEDO, 2010. 25 Figura 18 - Mapa Conceitual - Aprendizagem baseada em equipes Fonte: Autoria Própria baseado em BOLLELA, 2014 4.1.11 Aula 11 (05/08/2019) Professor Enio Rodrigues A construção da história que se precisa contar Apresentação do ato/gesto profissional por meio do teatro em relação ao caso clínico proposto pelo professor Enio. (Veja a Figura 19-Foto das EAA que encenaram o caso clínico e no Apêndice C- o roteiro de fala da encenação do caso clínico). As equipes embasaram suas apresentações no mesmo caso clínico, porém cada uma apresentou uma maneira de acolher e atender o paciente. Após cada apresentação e explanação do professor sobre cada encenação, pode- se afirmar que o profissional de saúde deve aprimorar-se cada vez mais para ofertar ao paciente um gesto profissional com ética, qualidade e principalmente, focado em cada sujeito, respeitando seu contexto social e cultura. Além da encenação do caso clínico, foi solicitado pelo professor a construção de mapas mentais sobre o caso clínico, minha equipe construiu dois conforme Figuras 20 e 21. 26 Figura 19 - Foto das EAA que encenaram o caso clínico Arquivo do professor Enio R.Silva Figura 20 - Mapa Conceitual - O que é caso clínico? Fonte: Autoria da EAA do caso clínico 27 Figura 21 - Mapa Conceitual - Caso clínico centrado no paciente Fonte: Autoria da EAA do caso clínico 4.1.12 Aula 12 (12/08/2019) Professora: Paula Messias Apreendendo conceitos sobre Exame Físico; Biossegurança e Segurança do Paciente. Aula expositiva sobre uma introdução do exame físico geral, sinais vitais, biossegurança e segurança do paciente. Permitiu uma noção de como é realizar um exame físico, gostei da explanação da professora quanto às preocupações que devemos tomar durante o procedimento, como: postura, ambiente, conforto físico e psicológico da pessoa, segurança do paciente, ética, consentimento esclarecido e biossegurança. Ademais, quanto às técnicas básicas para o exame físico, incluindo o sentido do olfato que é importante utiliza-lo na avaliação. Também enfatizou sobre a Escala de Coma de Glasgow que é para avaliar o paciente em caso de traumas ou coma. Depois, no segundo momento da aula, a temática foi sobre sinais vitais, considero importante a colocação da professora a respeito de utilizarmos a sétima Diretriz de Cardiologia quando for aferir a pressão arterial sistêmica, uma vez que ela é uma referência para os especialistas em cardiologia. A professora mencionou também a necessidade de cada um estudar o conteúdo para facilitar a memorização e o conhecimento do assunto, assistindo vídeos e treinando as técnicas do exame físico nos familiares. Para acompanhar a aula com embasamento, realizei mapas mentais da temática da aula vide Figuras 22 e 23. 28 Figura 22- Mapa Conceitual - Exame Físico Fonte: Autoria própria baseado em PORTO, 2016 Figura 23 - Mapa Conceitual- Biossegurança e Segurança do Paciente Fonte: Autoria própria baseado em ANTUNES et al, 2010; ANVISA, 2013; OMS, 2015. 29 5. A CONSTRUÇÃO DO INSTRUMENTO DE ANAMNESE O instrumento de Anamnese foi construído pela EAA por meio da consulta de livros e depois se fez a revisão do conteúdo dele usando o aprendizado cruzado proposto pela professora Paula que consistia em ler os instrumentos das outras EAA e completar o nosso instrumento. Aplicamos o nosso roteiro de anamnese em uma mulher adulta de Porto Seguro no dia 02/07/2019. Vide abaixo o registro. Ao examinar o paciente, principalmente ao fazer a anamnese, o médico constrói os laços de confiança e respeito, que vão ficando cada vez mais sólidos se ele tiver consciência de que a entrevista não tem apenas um componente técnico, organizado para identificar sinais e sintomas, mas constitui acima de tudo uma relação interpessoal. (PORTO, 2016, P.24) Dessa maneira, a execução desta atividade foi um momento essencial para permitir o desenvolvimento da habilidade de relacionar se com o paciente, mostrar confiança técnica e possibilitar que o entrevistado falasse de forma tranquila e objetiva a sua situação de saúde. ANAMNESE Identificação Data da entrevista/ Anamnese: 02/07/2019 Horário: 14:15 às 17:25 Nome: Q. A. S. Nome Social: não se aplica Idade: 32 anos Data de nascimento: 29/07/1986 Sexo: ( X ) Feminino ( ) Masculino Etnia: ( ) Branca ( ) Amarelo ( ) Pardo ( X ) Negro ( ) Indígena ( ) Quilombola Estado Civil: ( ) Casado ( X ) Solteiro ( ) Divorciado ( ) Viúvo ( ) União Estável Profissão: Técnica em Enfermagem Ocupação Atual: Autônoma- Cabeleireira; Naturalidade: Itabuna- BA Procedência: Itabuna- BA Residência: Porto Seguro- BA Nome da mãe: M.A. M. 30 Nome do responsável:Religião: Cristã Plano de saúde: ( ) sim ( X ) não Qual ? Queixa principal “Queixa principal que levou o paciente a procurar o médico, repetindo, se possível, as expressões por ele utilizadas” (Porto, 2014 p. 63). Senhor (a), qual o motivo da consulta? “Fio de cabelo na garganta, acho que é alergia de alguma coisa e também queimação no pé da barriga”. Está com encaminhamento? ( )sim (X ) não Motivo: História da Doença Atual (HDA) “Permita ao paciente falar de sua doença. Determine o sintoma-guia. Descreva o sintoma com suas características e analise-o minuciosamente. Use o sintoma-guia como um fio condutor da história e estabeleça relações das outras queixas com ele em ordem cronológica. Verifique se a história obtida tem começo, meio e fim. Não induzir respostas. Apure evolução, exames e tratamentos já realizados” ( Porto, 2014 p. 63) Descrição de algum sinal: Não apresentava nenhum sinal Descrição do(s) sintoma( s): “queimação no pé da barriga”, usa DIU- Mirena Hormonal Quando o sintoma/ sinal surgiu? Desde quando colocou o DIU( 02/05/2018). Como evolui o sintoma/ sinal ? Manteve a queimação, nos retornos a ginecologista ela sempre fala que é normal este sintoma. Há alguma situação que agrava esse sintoma/ sinal? Não Você tem sentido mais alguma coisa? Ansiedade Qual a situação do sintoma/ sinal no momento atual? Continua com queimação Senhor (a), já utilizou algum tratamento para o sintoma/ sinal? ( X ) sim Qual? Buscopan composto Por quanto tempo? 5 x ao mês Quem indicou? Dra ª Ivaneide ( ginecologista que colocou o DIU) Senhor (a), já realizou algum exame? ( X ) sim ( ) não ( ) não 31 Qual? Ultrassom Transvaginal Resultado: DIU posicionado corretamente. Interrogatório sintomatológico ( IS ) “O interrogatório sintomatológico documenta a existência ou ausência de sintomas comuns relacionados com cada um dos principais sistemas corporais”. (Porto, 2014 p. 52) Estado geral: O que você tem sentido? Você tem ficado muito doente ultimamente? Não. Possui sensação de fraqueza (astenia), cãibras, calafrios, febre, mal-estar ou transpira muito (sudorese)? Houve ganho ou perda de peso? Em quanto tempo ocorreu? ( ) febre ( ) calafrios ( ) sudorese ( alteração peso kg/tempo: _____ ( ) mal estar ( ) edema dor Como é essa dor? dor tipo queimação Onde dói? Região abdominal hipogástrica Classifique essa dor em uma escala de 0-10: 06 ( Porto, 2014, p.77) O que melhora a dor? Buscopan O que piora a dor? Nada Pele e fâneros: ( ) astenia ( ) ) anasarca - edema generalizado ( X ) 32 Agora iremos realizar algumsa perguntas gerais sobre seu cabelo, sua pele e sua unha. Você tem notado alguma mancha em sua pele? Não. Algum sinal ou marca que você notou estar crescendo ultimamente? Não. Como estão as suas unhas? (fracas, quebradiças, brancas, traços de sangue, fortes). ( X ) hidratado ( X ) corado ( ) prurido ( cianose ( ) textura ( ) alterações na pele ( ) icterícia ( ) rubor ( ) ) temperatura ( ) sensibilidade ) alterações de sensibilidade ( ) dormência ( ) diminuição do tecido subcutâneo ( ( ) lesões cutâneas ( X ) queda de cabelos ( ) umidade ( ) palidez ( ) pêlos faciais em mulheres ( X ) alterações das unhas: quebradiças e fraca OBS.: Usa casco de cavalo na unha, mas às mesmas continuam quebradiças. Usa protetor solar quando se expõe ao sol? (X ) sim ( ) não. Faz aplicação de quanto em quanto tempo? 1 x ao dia Cabeça: Sente alguma dor na cabeça? Sente dor de cabeça seguida de dor na face ? Alguma dificuldade em movimentar a cabeça? Não. Possui tontura? Não. Já levou alguma forte pancada na cabeça ou lesão na cabeça? Não. Já fez alguma cirurgia nesta região? Não ( ) cefaléia ( x ) enxaqueca ( às vezes) ( ( ) tontura ( ) traumas ( ) lesões OBS.: Usa Dorflex quando tem enxaqueca. Pescoço: Tem sentido dor na região do pescoço? ( X ) Não ( ) Sim Como é essa dor? Não se aplica Notou algum nódulo nesta região? Não Tem sentido dificuldade para girar o pescoço para direita/esquerda? Não E para levantá-lo e abaixá-lo? Não Você sente dor ao realizar esse movimentos (girar/levantar/abaixar)? Não ) cicatrizes 33 Você tem sentido a pulsação na região do pescoço mais rápida ou mais lenta do que o normal? Pulsação normal Olhos: Sente dor nos olhos? ( ) sim (X ) não Consegue caracterizar essa dor? Não se aplica Seus olhos costumam lacrimejar ainda que não esteja chorando? ( X ) sim ( ) não Você costuma sentir ardência nos olhos? ( X) sim ( ) não Com que frequência? Pouca Sente vontade de coçar? Não Costuma sair alguma secreção de seus olhos? ( ) sim ( X ) não Com que frequência? Costuma vir acompanhado de outros sintomas, como dores oculares ou vermelhidão nos olhos? Não Você tem ou já possuiu algum tipo de sensibilidade à luz? (Fotofobia) e dupla visão (diplopia) ( ) sim ( X) não Quais? Não se aplica Já perdeu parcialmente ou completamente a percepção de visão? (Acuidade visual / escotoma) ( ) sim (X ) não Já possuiu ou possui dilatação no tamanho dos olhos (exoftalmia)? ( ) sim ( X ) não Já teve ou tem perda total da visão (amaurose)? ( ) sim (X ) não Já percebeu que sua visão estava amarelada ou esverdeada (Xantopsia / cloropsia)? ( ) sim ( X ) não Possui olhos secos? ( ) sim ( X) não Passa muitas horas fazendo o uso de aparelhos como celular ou televisão? ( X) sim ( ) não Promoção da saúde: Você realiza exames oftalmológicos? Sim Faz ou já fez uso de óculos de grau ou lentes de contato? Não Há 1 ano o médico passou receita de lente para descanso, mas não adquiriu o óculos. Ouvidos: Sente dor nos ouvidos? ( ) sim Escuta algum zumbido? ( ) sim ( X ) não ( X ) não 34 Consegue se lembrar de alguma situação onde isso aconteceu? Como por exemplo, se estava em lugares com um barulho muito alto? Não Já teve ou tem a sensação de que o ambiente está girando ao seu redor (vertigem subjetiva) ou a sensação de você estar girando em torno do ambiente (vertigem objetiva)? ( ) sim ( X ) não Como é a sua audição? Você escuta bem (acuidade)? Escuta bem Você já teve sangramento pelos ouvidos (otorragia)? ( ) sim ( X ) não Se lembra de algum motivo para isso ter acontecido? Algum tipo de trauma, como uma queda? Não se aplica Já observou a saída de alguma secreção pelos ouvidos (otorreia)? ( ) sim ( X ) não Se sim, como era a secreção? (Aquosa, grossa ou avermelhada) Não se aplica Se lembra de ter frequentado algum lugar como praia ou piscina? ( X) sim ( ) não Promoção da saúde: Faz uso de aparelhos auditivos? Não. Equipamentos de proteção individual (EPI)? É exposto a barulhos que possam comprometer a sua audição? Com que frequência? Não Realiza a limpeza dos ouvidos com cotonetes ou outros objetos? ( X ) sim ( ) não Com que frequência? Contonete, 1x por semana. Nariz e cavidades nasais: Sente dor no nariz ou nas cavidades nasais? ( ) sim ( X ) não Você costuma espirrar muito? ( ) sim ( X ) não Você tem alergia a alguma coisa, como por exemplo, poeira? ( ) sim ( X) não Se sim, você geralmente está exposta a essa substância? ( ) sim ( X ) não Já sentiu ou sente dificuldade de respirar pelo nariz (obstrução nasal)? ( ) sim ( X ) não Como seu catarro (pigarro) costuma ser? ( X ) aquoso ( ) consistente ( ) com pus ( ) contém sangue Qual a coloração? ( ) amarelado ( ) esverdeado ( ) esbranquiçado ( X ) outra Normalmente, seu nariz costuma sangrar (epistaxe)? ( ) sim ( X ) não Se sim, o sangramento vem acompanhado de algum outro sintoma? Qual? Não se aplica. 35 Já sentiu falta de ar (dispneia) durante espirros ou até mesmo com a ausência de espirros? ( X ) sim ( ) não . “Quando estou muito nervosa tenho falta de ar.” Você sente alguma alteração em seu olfato? Não Consegue sentir os cheiros normalmente? (X ) sim ( ) não Caso não consiga, o que aconteceu? Você sente pouco o cheiro (hiposmia), não sente o cheiro (anosmia) ou sente o cheiro de modo exagerado? Não se aplica Cavidade bucal e anexos: Você tem observado se já produziu ou se tem produzido saliva em excesso (sialose)? ( ) sim ( X ) não Já observou estar com mau hálito ainda que tenha escovado os dentes? ( ) sim ( X ) não Sente dor nos dentes, na língua, na região mandibular ou em outros lugares? ( ) sim ( X ) não Se sim, pode indicar onde dói? Essa dor ocorre com que frequência? Não se aplica Já notou se alguma coisa que você faz que piora ou melhora essa dor? ( ) sim ( ) não ( X) não se aplica Se sim, o que você faz? Já notou se apareceu algum sangramento bucal? ( X ) sim ( ) não Em caso positivo, onde exatamente foi o sangramento? Na gengiva, aos 14 anos. Promoção da saúde: Último exame odontológico : Há 4 meses;escovar os dentes e língua ao acordar e após as refeições, fazer o uso de fio dental. (X )sim, usa fio dental 2x ao dia. Faringe: Você sente dores na garganta? ( ) sim ( X ) não 36 Se sim, ocorre em momentos específicos, como por exemplo, quando você ingere bebidas geladas ou quando come algum alimento, ou acontece com frequência e sem motivos aparentes? Não se aplica Já notou o aparecimento de tosse? ( ) sim (X ) não Se sim, ela é frequente ou acontece raramente? Quando você tosse, há presença de alguma secreção, como sangue ou catarro (pigarro)? ( ) sim ( X ) não Você tem o hábito de roncar enquanto dorme? ( ) sim ( X ) não Ao acordar, já teve a percepção de que a sua boca estava completamente seca? ( X ) sim ( ) não Laringe: Você tem reparado se a sua voz tem sofrido alterações? ( ) sim ( X ) não Você trabalha com ela? ( ) sim (X ) não Promoção da saúde: gargarejos : não faz, produtos utilizados: não se aplica, hidratação e alimentação: ok! Vasos e linfonodos: Você já sentiu algo parecido com uma pulsação na garganta? ( ) sim ( X ) não Já percebeu algum inchaço na garganta (turgência jugular)? ( ) sim ( X ) não E caroço? Já percebeu a presença de algum na garganta (adenomegalia)? ( ) sim ( X ) não Mamas: Você já sentiu ou tem sentido algum tipo de dor ou desconforto na região das mamas ou axilas? ( X ) sim ( ) não Se sim, onde se encontra essa dor? Você consegue descrevê-la? Dor sensível ao toque no período menstrual- 1 semana. Já percebeu a presença de caroços em alguma dessas regiões? ( ) sim ( X ) não 37 Já observou se sai algum líquido de seus seios (secreção papilar)? ( ) sim ( X ) não Se sim, de qual mama o líquido sai? ( ) Mama direita ( ) mama esquerda ( ) das duas. Promoção da saúde: Prática de auto exame mamário (sim, 1x por mês), quando foi a última ultrassonografia/ mamografia (mulheres com idade igual ou maior que 40 anos). Sistema respiratório: Sente dor ou desconforto no peito (dor torácica)? ( ) sim ( X ) não Você sente seu peito chiar quando você respira (chieira)? ( ) sim ( X ) não Você costuma tossir frequentemente? ( ) sim ( X ) não Já notou a presença de secreção (expectoração) ou pus (vômica) ao tossir? ( ) sim ( X ) não E sangramento? Já ocorreu durante um escarro? ( ) sim (X ) não Promoção da saúde: Última radiografia do tórax, substâncias que causem alergia: Não se aplica Sistema cardiovascular: Sente dor ou desconforto no peito (dor precordial) ? ( ) sim ( X ) não Consegue descrever essa dor? (Se arde, se é em pontadas, se tem sensação de esmagamento) Não se aplica Sente seu coração acelerado ou com batimentos mais lentos (palpitações)? ( ) sim (X) não Se sim, isso acontece com frequência? Quando ocorre, você se lembra se é em momentos que você passa por situação de estresse? ( ) sim ( ) não Você sente falta de ar ao realizar atividades físicas ou exercícios do cotidiano (dispneia aos esforços)? ( ) sim ( X ) não Já observou se a sua respiração se modifica quando você se deita para dormir (dispneia paroxística noturna): Não 38 E quando se deita com a barriga para cima, sente dificuldade respiratória (ortopneia)? ( ) sim ( X ) não Você já notou se possui algum inchaço em alguma região do seu corpo (edema)? ( X) sim ( ) não Você já notou frio (sudorese fria) ( X ) sim ( ) não. Quando estou nervosa. Promoção da saúde: último check-up cardiológico. Há 1 ano e meio Sistema digestório: Sente dificuldade para engolir (disfagia)? ( ) sim (X ) não Sente dores ao ingerir alimentos ou líquidos (odinofagia)? ( ) sim ( X) não Você sente azia ou queimação na região do estômago (pirose)? ( X ) sim ( ) não Você costuma arrotar (eructações) ou soluças frequentemente? ( ) sim ( X ) não Você sente náuseas (enjôos)? ( ) sim ( X ) não Se sim, com que frequência? Azia, dependendo do alimento. Quando vomita, seu vômito é completamente líquido ou possui fragmentos de alimentos que você ingeriu? Possui fragmentos de alimentos que ingeriu. Você já se alimentou e após comer, o alimento voltou sem que fizesse o mínimo esforço (regurgitação)? ( ) sim ( X ) não Já observou se alguma vez houve a presença de sangue em seu vômito (hematêmese)? ( ) sim (X ) não Você sente dor ou desconforto no estômago (epigastralgia)? ( ) sim ( X) não Seu estômago costuma doer durante ou após as suas refeições ou sente sensação de má digestão (dispepsia)? ( X ) sim ( ) não . Depende do alimento Quantas vezes na semana você costuma defecar? Todos os dias Geralmente, como são as suas fezes? (X ) duras ( ) moles ( ) aquosas “Elas são ressecadas”. Já sentiu dores na bexiga ou na barriga e não conseguiu urinar ou evacuar ao chegar no banheiro (tenesmo)? ( X ) sim ( ) não. Ao evacuar Sente coceira no ânus (prurido anal)? ( ) sim ( X ) não 39 Já notou a presença de sangue em suas fezes ou já expeliu apenas sangue pelo ânus (enterorragia)? ( ) sim ( X ) não Já observou se as suas fezes são escuras (malena)? ( ) sim ( X ) não Já notou manchas de fezes em sua calcinha/cueca (incontinência fecal)? ( ) sim (X) não Promoção da saúde: uso de chás digestivos; uso de laxantes; uso de antiácidos Não Sistema urinário: Você sente ou tem sentido dor na região lombar? ( ) sim ( X ) não Como é essa essa dor ? Não se aplica Você sente dor ou desconforto ao urinar (disúria)? ( ) sim ( X ) não Ao sair do canal, a sua urina sai de maneira lenta e dolorosa (estrangúria)? ( ) sim (X) não Notou se tem produzido urina em excesso (poliúria)? ( ) sim ( X ) não Durante a noite, você sente necessidade de urinar mais vezes? ( ) sim ( X ) não Você tem urgência para urinar ou reparou se tem tido incontinência urinária? ( ) sim ( X ) não Você sente dificuldade para urinar (retenção urinária)? ( ) sim (X) não Já observou a presença de sangue na urina (hematúria)? ( ) sim ( X ) não Você já notou se a sua urina está mais escura (colúria) ou com um odor muito forte? ( ) sim ( X ) não Reparou se tem tido inchaço no corpo por acúmulo de líquido (anasarca)? (X) sim ( ) não Qual é em média a frequência que você urina por dia? Normal. (Não soube explicar a quantidade ao certo) E quando sente vontade de urinar, você segura o xixi por muito tempo? ( X ) sim ( ) não Sistema genital masculino: Não se aplica para esse caso 40 Sente dor testicular? ( ) sim ( ) não Percebeu alguma alteração no jato urinário? ( ) sim ( ) não Quando foi seu último exame prostático ou PSA? ______________________ OBS: PSA é a sigla para Prostate-Specific Antigens, ou antígenos específicos da próstata em português. O que são esses tais antígenos? Tratam-se de moléculas produzidas por essa glândula, inclusive quando ela está saudável. O que muda, na verdade, é a quantidade de PSA em circulação quando algum homem apresenta um câncer de próstata, por exemplo. Daí veio a ideia dos especialistas: fazer um exame para medir a concentração dessa partícula no sangue para verificar a presença dessa e de outras doenças. Faz uso de preservativos? ( ) sim Tem dor ? ( ) sim () não ( ) não Sistema genital feminino Data da primeira menstruação: 12 anos Data da última menstruação : não se aplica Ciclo é regular? ( ) sim ( ) não. ( X) NÃO SE APLICA ( DIU) Duração dos ciclos? Não se aplica Quantidade de fluxo menstrual: não se aplica TPM- Tensão pré-menstrual: Cefaleia (X) sim ( ) não Mastalgia (X) sim ( ) não Dor baixo ventre e pernas (X) sim ( ) não Irritação (X)sim ( ) não Nervosismo ( X) sim ( ) não Insônia ( X) sim ( ) não Tem algum distúrbio menstrual? oligomenorreia; ( ( ( ) amenorreia; ( ) sim (X) não Qual ? ( ) Polimenorreia; ( ) ) hipermenorreia; ( ) menorragia; ( ) dismenorreia . Tem corrimento vaginal? ( ) sim ( X ) não Quantidade; aspecto; relação com as diferentes fases do ciclo menstrual. R: Não se aplica. Tem alguma disfunção sexual? ( ) sim ( X ) não Faz uso de anticoncepcionais orais? ( ) sim ( X ) não ) hipomenorreia; 41 Usa outro tipo de contracepção? ( X ) sim ( ) não. Qual? DIU Última consulta ginecológica: Há 3 meses Faz terapia de reposição hormonal? ( ) sim ( X ) não Último exame de Papanicolaou: há 1 ano. Sistema hemolinfopoético: ( ) Adenomegalias ( ) Esplenomegalias ( ) Hemorragias ( Manifestações cutâneas? ( ) sim ) ( ) não se aplica. ( X ) não. Se SIM, qual? : Petéquias ( ) Equimosis ( ) Palidez ( ) Prurido ( ) Eritemas ( ) Pápulas ( ) Herpes. Sistema endócrino Hipotálamo e hipófise: Alterações do desenvolvimento físico: ( ) Nanismo ( ) Gigantismo ( ) Acromegalia ( X ) não se aplica. Alterações do desenvolvimento sexual: ( ) Puberdade precoce ( ) Puberdade Atrasada ( X ) não se aplica. Outras alterações:( ) Galactorreia ( ) Síndromes poliúricas ( ) Alterações Visuais ( X ) não se aplica. Tireoide Alterações locais. ( ) Dor ( ) nódulo ( ) bócio ( ) rouquidão ( ) dispneia ( ) disfagia (X) não se aplica Manifestações de hiperfunção:( ) Hipersensibilidade ao calor ( ) aumento da sudorese( ) perda de peso ( ) taquicardia ( X ) tremor ( ) irritabilidade (X ) insônia ( ) astenia ( ) diarreia ( ) exoftalmia . Manifestações de hipofunção: ( )Hipersensibilidade ao frio ( ) diminuição da sudorese ( ) aumento do peso ( ) obstipação intestinal ( ) cansaço facial ( ) apatia ( ) sonolência ( ) alterações menstruais ( ) ginecomastia- homem ( X ) unhas quebradiças ( ) pele seca ( ) rouquidão ( ) macroglossia- língua maior ( ) bradicardia . Paratireoides 42 Manifestações de hiperfunção: ( )Emagrecimento ( ) astenia ( ) parestesias ( ) Cãibras ( X ) dor nos ossos e nas articulações ( ) arritmias cardíacas ( ) alterações ósseas ( ) raquitismo ( ) osteomalacia ( ) tetania- contrações musculares involuntárias . Manifestações de hipofunção: ( ) Tetania ( ) convulsões ( X ) queda de cabelos ( X ) unhas frágeis e quebradiças ( ) dentes hipoplásicos ( ) catarata . Suprarrenais Manifestações por hiperprodução de glicocorticóides: ( ) Aumento de peso ( ) fácies "de lua cheia" ( ) acúmulo de gordura na face ( ) fraqueza muscular ( ) poliúria ( ) polidipsia ( ) irregularidade menstrual ( ) infertilidade ( ) hipertensão arterial ( X ) não se aplica. Manifestações por diminuição de glicocorticóides: ( )Anorexia ( ) náuseas e vômitos ( ) astenia ( ) hipotensão arterial ( ) hiperpigmentação da pele e das mucosas ( ) não se aplica. Aumento de produção de mineralocorticóides: ( ) Hipertensão arterial ( ) Astenia ( ) cãibra ( ) parestesias ( ) não se aplica. Aumento da produção de esteróides sexuais:( ) Pseudopuberdade precoce ( ) Hirsutismo ( ) virilismo ( ) não se aplica. Aumento de produção de catecolaminas: ( ) Crises de hipertensão arterial (X) Cefaleia ( ) palpitações ( ) sudorese. Sistema osteoarticular Dor óssea ( ) Deformidades ósseas ( ) Dor ( ) edema ( ) calor ( ) rubor articular ( ) Deformidades articulares ( ) Rigidez articular ( ) Limitação de movimentos ( ) Sinais inflamatórios ( ) Atrofia muscular ( ) Musculares ( ) Cãibras ( ) Fraqueza muscular ( ) 43 Mialgia ( ) Não se aplica (X) Sistema nervoso Alterações da marcha ( ) Convulsões ( ) Distúrbio de memória ( ) Distúrbios de aprendizagem ( ) Alterações da fala ( ) Transtornos do sono ( X ) Tremores ( X ) Incoordenação de movimentos ( ) Distúrbios da motricidade voluntária e da sensibilidade: ( )paresias ( )paralisias ( ) parestesias ( ) anestesias ( ) não se aplica Distúrbios do sono: ( X ) Insônia ( ) sonolência ( ) pesadelos ( ) terror noturno ( ) sonambulismo ( ) movimentos rítmicos da cabeça ( ) enurese - xixi na cama) noturna. Exame psíquico e condições emocionais MINI EXAME DO ESTADO MENTAL 1) Como o Sr(a) avalia sua memória atualmente? (1) muito boa (2) boa (3) regular (4) ruim (5) péssima (6) não sabe Total de pontos:2 2) Comparando com um ano atrás, o Sr (a) diria que sua memória está: (1) melhor (2) igual (3) pior (4) não sabe Total de pontos:2 44 ORIENTAÇÃO TEMPORAL: Anote um ponto para cada resposta certa 3) Por favor, diga-me: Dia da semana ( ) Dia do mês ( ) Mês ( ) Ano ( ) Hora aprox. ( ) Total de pontos:5 ORIENTAÇÃO ESPACIAL: Anote um ponto para cada resposta certa 4) Responda: Onde estamos: consultório, hospital, residência ( ) Em que lugar estamos: andar, sala, cozinha ( ) Em que bairro estamos: ( ) Em que cidade estamos ( ) Em que estado estamos ( ) Total de pontos:5 REGISTRO DA MEMÓRIA IMEDIATA: 5) Vou lhe dizer o nome de três objetos e quando terminar, pedirei para repeti-los, em qualquer ordem. Guarde-os que mais tarde voltarei a perguntar: Árvore, Mesa, Cachorro. A( ) M( ) C( ) Obs: Leia os nomes dos objetos devagar e de forma clara, somente uma vez e anote. Se o total for diferente de três: - repita todos os objetos até no máximo três repetições; - anote o número de repetições que fez ; - nunca corrija a primeira parte; anote um ponto para cada objeto lembrado e zero para os que não foram lembrados. Total de pontos:3 ATENÇÃO E CÁLCULO: 6) Vou lhe dizer alguns números e gostaria que realizasse os seguintes cálculos: 100-7= 93-7= 86-7= 79-7= 72-7= . (93; 86; 79; 72; 65) Total de pontos: 5 7) Há alguns minutos, o Sr (a) repetiu uma série de três palavras. Por favor, diga-me agora quais ainda se lembra: A ( ) M ( ) C() Obs: anote um ponto para cada resposta correta: Árvore, Mesa, Cachorro. 45 Total de pontos: 3 LINGUAGEM: Anote um ponto para cada resposta correta: 8) Aponte a caneta e o relógio e peça para nomeá-los: C ( ) R ( ) (permita dez segundos para cada objeto) Total de pontos: 2 9) Repita a frase que eu vou lhe dizer (pronunciar em voz alta, bem articulada e lentamente) “NEM AQUI, NEM ALÍ, NEM LÁ” Total de pontos: 3 10) Dê ao entrevistado uma folha de papel, na qual esteja escrito em letras grandes: “FECHE OS OLHOS”. Diga-lhe : leia este papel e faça o que está escrito (permita dez segundos). Total de pontos: 1 11) Vou lhe dar um papel e quando eu o entregar, pegue com sua mão direita, dobre-o na metade com as duas mãos e coloque no chão. P( ) D() C( ) Total de pontos: 3 12) Pedir ao entrevistado que escreva uma frase em um papel em branco. O Sr (a) poderia escrever uma frase completa de sua escolha? (contar um ponto se a frase tem sujeito, verbo, predicado, sem levar em conta erros de ortografia ou de sintaxe). Se o entrevistado não fizer corretamente, perguntar-lhe: “Isto é uma frase/ E permitir-lhe corrigir se tiver consciência de seu erro. (máximo de trinta segundos). Total de pontos: 1 13) Por favor, copie este desenho. (entregue ao entrevistado o desenho e peça-o para copiar). A ação está correta se o desenho tiver dois pentágonos com intersecção de um ângulo. Anote um ponto se o desenho estiver correto. 46 Total de pontos: 1 Obs: Somente as respostas corretas anotadas nas perguntas de 03 a 13 e anote o total. A pontuação máxima é de trinta pontos. TOTAL= 31 Normal: acima de 27 pontos Demência: menor ou igual a 24 pontos; em caso de menos de 4 anos de escolaridade, o ponto de corte passa para 17, em vez de 24. Depressão não-complicada: 25,1 pontos Prejuízo cognitivo por depressão: 19 pontos Consciência (X) sim Atenção ( X) sim ( ) não ( ) não Orientação (tempo e espaço) (X ) sim Memória (X) sim ( ) não ( ) não Senso percepção (X) sim ( ) não Alucinações visuais e auditivas ( ) sim Atos compulsivos ( ) sim (X) não (X) não Pensamentos obsessivos recorrentes ( ) sim Ansiedade (X) sim Angústia (X) sim (X)não ( ) não ( ) não sensação de medo constante ( ) sim (X) não Dificuldade em ficar em ambientes fechados (claustrofobia) ( ) sim Dificuldade em ficar em ambientes abertos (agorofobia) ( ) sim Hábito de roer unhas (ornicofagia) ( ) sim Hábito de comer cabelos (tricofagia) ( ) sim Tiques ( ) sim (X) não Vômitos induzidos ( ) sim (X) não (X) não (X) não (X) não (X) não 47 Antecedentes pessoais Fisiológicos Gestação e nascimento Como decorreu a gravidez Normal Uso de medicamentos ou radiações sofridas pela genitora ( ) sim Viroses contraídas durante a gestação ( ) sim (X)não (X) não Condições de parto (normal, fórceps, cesariana) : normal Estado da criança ao nascer Saudável “ linda e morena” Ordem do nascimento (se é primogênito, segundo filho, etc.): Décima quarta Número de irmãos: 15 Desenvolvimento psicomotor e neural Dentição (informações sobre a primeira e a segunda dentições;registrando-se a época em que apareceu o primeiro dente): não sabe Engatinhar e andar (anotar as idades em que essas atividades tiveram início) não sabe Fala (quando começou a pronunciar as primeiras palavras): 8 meses Desenvolvimento físico (peso e tamanho ao nascer e posteriores) : 4 kg Controle dos esfíncteres: sim Aproveitamento escolar: sim Desenvolvimento sexual Puberdade: normal ( X ) precoce ( ) tardia ( ) Menarca (idade): 12 anos Menopausa (idade): não se aplica Sexarca (idade) : 20 anos Orientação sexual: heterosexual Atividade Sexual Tem costume de usar preservativos? Não Já foi infectado por DST’s ( sífilis, gonorréia, tricomoníase, herpes, HPV e etc)? Não Tem mais de um parceiro (a)? Não Patológicos 48 Doenças da infância: sarampo ( ) varicela ( ) caxumba ( X ) amigdalites ( ) outras ( X ) febre amarela, catapora Traumas/acidentes: não se aplica Doenças crônicas: Diabetes ( ) Hipertensão ( ) Depressão ( ) Artrite ( ) Artrose ( ) outras ( ) não se aplica Já realizou alguma cirurgia? Sim, Cesariana Já foi submetido a uma transfusão sanguínea? SIM ( ) NÃO ( X ) quantas? quando? onde? motivo? História Obstétrica: Quantas gestações a senhora já teve? Duas Já teve algum aborto? SIM ( X ) NÃO ( ). Se sim, espontâneo ou provocado? Espontâneo Quantos partos a senhora já teve? 1 Algum parto foi prematuro? não Quantos normais e quantas cesáreas? 1 cesárea Paternidade: ( NÃO SE APLICA) Quantos filhos o senhor tem? Vacinas: ( verificar o cartão de vacina) Está com as vacinas em dia? sim Qual foi a última vez que se vacinou? 2018 Já tomou vacinas para se proteger: ( X ) Sarampo ( X ) Tétano ( X ) Caxumba ( X ) Rubéola ( X) Febre Amarela ( X ) Difteria (X ) Gripe 49 Medicamentos: Faz uso de medicamentos regularmente? Não Quais? Por qual motivo? Frequência: Prescrição médica ( ) automedicação ( ) Antecedentes Familiares: Como é a situação de saúde dos seus familiares? Na sua família há histórico de : Hipertensão ( X ) Diabetes ( ) Hepatite ( ) Malária ( ) Artrose ( X ) Litíase Renal ( ) Gota ( ) Pneumonia ( ) Osteoporose ( X ) Dislipidemias ( colesterol e/ou triglicerídeos) ( ) Úlceras ( ) Varizes (X ) Doenças hereditárias: SIM ( X ) NÃO ( ) Quais? HAS Hábitos: Como são seus hábitos alimentares? Bons Quantas refeições costuma fazer por dia? 3 Quais tipos de alimentos tem costume de ingerir (questionar sobre a ingestão de carboidratos, proteínas, gorduras boas, gorduras ruins. fibras)? carboidrato, pão Tem costume de beber quantos litros de água por dia? 2 q 3 L/ dia Origem da água ( poço artesiano, torneira, mineral):Mineral Pratica algum exercício físico? não Qual frequência? não se aplica Consome bebida alcoólica? sim com qual frequência? socialmente em grandes quantidades? 3 cervejas É fumante? Não. Há quanto tempo?______________ fuma com qual frequência?____________________ em grandes quantidades?______________ já tentou parar de fumar?_________________________ por quanto tempo?_____________________________ Faz uso de drogas ílicitas? SIM ( ) NÃO (X) 50 Uso de outras substâncias? SIM ( ) NÃO (X) quais?______________________________________________ Condições Socioeconômicas e culturais: Moradia:Aluguel Saneamento básico? Sim Coleta de lixo? Sim Água tratada? Sim Casa ou apartamento? Casa Animais domésticos? Não No seu bairro há alguma unidade de saúde? Sim Costuma frequentar? Sim, para vacinar Há praças e locais de lazer comum? Sim Culturais: Religião: Cristã Tradições: Não Crenças: Protestante Condições Econômicas: Renda mensal: R$ 5.000,00 Quantidade de dependentes: 3 Aposentadoria: SIM ( ) NÃO ( X) Ocupação: Trabalho recente: Autônoma Trabalho anterior: Analista de atendimento Teve contato recente com pessoas ou animais doentes? não onde?______________________ quando?_________________________ duração docontato:____________________________ Fez viagem recentemente? Não Para onde? ________________ Como é o relacionamento com seus pais? maravilhoso E seu cônjuge? Boa E irmãos? Ótima 51 E filhos? Ótimo Como é o relacionamento geral na sua casa? Bom E com seus familiares? Bom E com seus amigos? Bom Construção do Genograma (por exemplo, o diabetes do Sr. João): Quem mora na casa? 3 pessoas Qual é o parentesco de cada pessoa? marido e filho Onde moram os outros membros da família? Não se aplica Perguntas sobre nome, idade, sexo e ocupação de cada membro. M.S.S , 49 M, PM E. A. S. 4, M, estudante Todos os casais têm algum tipo de dificuldades. Que tipos de problemas vocês encontram? Problemas do dia-dia Você tem algum problema? Sim Quais os membros da família que sabem do problema? Somente o marido Como cada um o encara e como cada um respondeu a ele? Não quis falar Mais alguém na família já teve problemas similares? sim Que soluções foram tentadas e por quem nessas situações? Não tinha solução Quando começou o problema? há dois anos Quem está mais preocupado? o marido Quem está menos preocupado? A entrevistada As relações na família eram diferentes antes de começar o problema? sim Como elas mudaram? confiança Que outros problemas existiam antes desse? todos de um casal Que outros problemas surgiram a partir desse? financeiro O problema vem mudando? sim Para melhor ou para pior? melhor De que maneira? Não soube responder Perguntas sobre o contexto familiar mais amplo: 52 Vamos começar pela família da sua mãe. A sua mãe era qual de quantos filhos? são seis filhos, mas não soube a colocação da mãe. Quando e onde ela nasceu? Mãe no Rio do Braço, 1952 Pai: Pau Brasil, 1936, 83 anos Ela ainda é viva? sim Pai: sim Em caso negativo, quando ela morreu? Qual foi a causa da sua morte? Se ela ainda é viva, onde está agora? Ilhéus Pai: Ilhéus O que ela faz? Aposentada Pai: Aposentado Qual o nível de escolaridade dela? 2 grau completo Pai: 2 grau incompleto Ela está aposentada? Sim. Quando isso aconteceu? 200 Pai: sim, mas não sabe desde quando. Quando e como sua mãe conheceu seu pai? não sabe Eles se casaram? sim Em caso afirmativo, quando foi? não sabe Ela já tinha se casado antes? Sim Em caso positivo, quando? Não sabe. Eles se separaram ou divorciaram ou o marido morreu? Separado Pai: separado Em caso afirmativo, quando foi isso? Não sabe informar Ela teve filhos de outros relacionamentos que não com o seu pai? sim Pai: sim Como ela/ ele é: Como é a saúde dela? Mãe: Hipertensa, queda recente com trauma no joelho Pai: Saudável Como é o seu relacionamento com ela? Mãe: Maravilhoso Pai: Perfeito Como os outros se dão com ela? Mãe: Bem 53 Pai: Bem De maneira similar, as perguntas são feitas a respeito do pai e, após, sobre a família de origem de cada um dos pais. Existem membros na família que são extremamente próximos? sim Existe alguém que teve ou tem sérios conflitos? não Existem membros na família que não se falam ou que já tiveram um período em que não se falavam? sim Quem presta ajuda quando é necessário? irmãs Em quem os membros da família confiam? Duas irmãs E quanto ao casamento dos seus pais e dos seus irmãos? sim Como é o relacionamento de cada um de vocês com cada filho? Tudo igual Algum membro da família em particular já teve problemas em lidar com os filhos? Sim Quais são as din micas de poder nas relações famiiares? Existem certos membros que tem mais poder em definir o que acontecerá nas relações? Sim Existem membros que são intimidados por outros? sim A que instituições da comunidade já pertenceram os membros da sua família? não se aplica Aonde eles iam/você vai para conviver com outras pessoas? praia, shopping Que tipos de relações você tem/eles tinham com a escola? bom Trabalho? bom Grupos cívicos? bom, relação social básica Grupos religiosos, irmandades ou grêmios estudantis? bom Questões para construção do Ecomapa (Adaptado de Dias, 2012, p.232) Responda a numeração que mais se aproxime da sua resposta para cada pergunta. 54 1) Relação fraca, requer esforço/energia, não compensadora, não estressada; 2) Relação fraca , sem impacto na energia/recursos, estressante; 3) Relação tênue/incerta equilibrada entre apoio e esforço; 4) Relação forte, fornece apoio/energia, compensadora, não estressante; 5) ? 6) Não se aplica Qual a sua relação com a escola? 3 Qual a sua relação com seu trabalho? 3 Qual a sua relação com seu pai? 4 Qual a sua relação com a sua mãe? 4 Qual a sua relação com os seus irmãos? 4 Qual a sua relação com seu companheiro( a)? 3 Qual a sua relação com a sua família materna? 4 Qual a sua relação com a sua família paterna? 1 Qual a sua relação com o posto de saúde? 3 Qual a sua relação com seu amigos? 4 Qual a sua relação com grupos recreativos? 6 Questão para construção do diagrama das relações familiares (Adaptado de Dias, 2012, p.225) Ciclo de vida familiar: ( ) Saindo de casa: jovem solteiro (a); ( ) O novo casal ; ( x ) Famílias com filhos pequenos; ( ) Famílias com adolescentes; ( ) Lançando os filhos e seguindo em frente; ( ) Família no estágio tardio da vida TCLE- Assinado 55 Referências Bibliográficas DIAS LC. Abordagem familiar. In: GUSSO G; LOPES JMC (Orgs.). Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed, 2012. 2v. Capítulo 26 PORTO CC, PORTO AL. Semiologia médica . 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. Genograma, sugestões de perguntas. Disponível em: <https://cursos.atencaobasica.org.br/sites/default/files/aula5_sugestoesperguntas.pdf>. Acesso em: 24 de junho de 2019. Mini Exame de Estado Mental (MEEM). Disponível <https://aps.bvs.br/apps/calculadoras/?page=11>. Acesso em: 01 de julho de 2019. em: 56 6. NOTAS CONCLUSIVAS Construir o portfólio foi uma experiência bem trabalhosa que gostei bastante, pois permitiu reflexões sobre as aulas, o conhecimento de novos conceitos por meio da leitura dos textos sugeridos pelos professores os quais permitiram a construção dos mapas conceituais presentes nesse portfólio. Além disso, passei a ler a bibliografia para cada aula usando o computador, uma vez que eram muitos textos. Desse modo, a montagem dos mapas foi essencial para a fixação do conteúdo, considerando que tenho que fazer grifos, comentários quando estou lendo para memorizar, então, somente mudei a minha metodologia que passou a ser a construção da inter-relação dos principais conceitos presente no texto. Bom, uma vantagem desta metodologia nova e que além de ser mais ecológica e sustentável também economiza dinheiro com as impressões. Percebi que ao fazer o mapa conceitual conseguia discutir os textos na sala com mais facilidade, principalmente, nas aulas de Enio que usava esta proposta antes dele expor a visão dos textos. Levarei o aprendizado do componente para minha vida profissional, uma frase que foi muito falada em sala e que realmente é um diferencial se aplicada: “permitir o paciente falar o que ele quer dizer” ademais, utilizar as experiências para guiar as condutas somadas ao aprendizado acadêmico no intuito de realizar um atendimento mais holístico e embasado nos saberes; como afirma Schwartz, 2007 p.201 trabalhar é “o uso de si por si e pelos outros”. Enfim, com muito carinho e sinceridade agradeço aos professores do componente pelo excelente trabalho realizado, pela criatividade, competência e ética efetuada por cada um, seja ela de maneira mais técnica e/ou mais votada para a história de vida e também por terem utilizado uma metodologia de aprendizado/ensino diferente da tradicional que possibilitou muita reflexão, estudo, dedicação e conhecimento. 57 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARRETO, P.P. M, Prontuário Orientado por Problemas e Evidências (POPE). 15 de Jul.de 2019 UFSB. Notas de aula. BARROS, V. A.; SILVA, L. R. A pesquisa em história de vida. In: GOULART, I. B. (Org.). Psicologia organizacional e do trabalho: teoria, pesquisa e tema correlatos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002b. p. 133-146. BICKLEY LS. BATES. Propedêutica Médica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. Capítulo 3 − HELMAN C et al. Doença versus enfermidade na clínica geral. Campos. v.10, n.1, p.119-128, 2009. BOLLELA VR, et al. Aprendizagem baseada em equipes: da teoria à prática. Revista Medicina (Ribeirão Preto) 2014; 47(3): 293-300. CANGUILHEM, G. Doença, cura, saúde. In: O normal e o patológico. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995, p. 134-152. DIAS LC. Abordagem familiar. In: GUSSO G; LOPES JMC (Orgs.). Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed, 2012. 2v. Capítulo 26. FIGHERA, J; SACCOL, C.S. A transferência na relação médico/paciente versus analista/analisando. Revista de Psicologia da IMED, vol. 1, n.1, 2009, p. 4-9 GOMES, Andréia Patrícia et al. O Papel dos Mapas Conceituais na Educação Médica. Rev. bras. educ. med., Rio de Janeiro, v. 35, n. 2, p.275-282, jun. 2011. HILZENDEGER, M. S. Avaliação por portfólio no ensino profissionalizante: uma experiência significativa. Caderno de Publicações Acadêmicas, 1(1), 93-103, 2013. JOSSO, Marie- Christine. História de vida como projeto e às “ histórias de vida” a serviço de projetos. Rev. Educação e Pesquisa. São Paulo, v. 25 , 1999. KUBIAK CAP, PORTO CC. Método clínico. In: PORTO CC, PORTO AL. Semiologia médica.7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. p.7 LOPES JMC. Registro de saúde orientado por problemas. In: GUSSO G; LOPES JMC (Orgs.). Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed, 2012. 2v. Capítulo 40. MACEDO, Antônio Vaz De; ROCHA, Manoel Otávio da Costa. Avaliação e tratamento da perda de peso involuntária e significativa. Rev. Med. Minas Gerais.20 (1), p. 115-123, 2010. PEIXOTO, J.M.; SANTOS, S.M.E.;FARIA,R.M.D. Processos de Desenvolvimento do Raciocínio Clínico em Estudantes de Medicina. Revista Brasileira de Educação Médica. 42(1), p.73-81, 2018. 58 PORTO CC, PORTO AL. Semiologia médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. REZENDE JM. Afecção, doença, enfermidade, moléstia. Rev Patol Trop. v. 43, n. 3, p. 385388. jul.-set. 2014. RIBEIRO, M.M.F.; AMARAL, C.F.S. Medicina centrada no paciente e ensino médico: importância do cuidado com a pessoa e o poder médico. Rev. Bras. Educ. Med., v. 32, n. 1, p. 90- 97, 2008 SCHWARTZ, I.; DURRIVE, L. (Org.). Trabalho e uso de si. Capítulo 7. In: Trabalho e ergologia: conversas sobre a atividade humana. Rio de Janeiro: EDUFF, 2007, p. 190- 221. SILVA, E. R. O gesto profissional em psiquiatria: o centro de atenção psicossocial como território de trabalho. Tese de doutorado em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais, 2016 SILVA, E. R. Ampliando os conceitos: o conceito de saúde/doença em Canguilhem e o conceito de trabalho em Schwartz.10 de Jun. de 2019. UFSB.Notas de aula. STEWART, Moira et al. Medicina centrada na pessoa: transformando o método clínico. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017 VIEIRA, Vânia Maria de Oliveira. Portfólio: uma proposta de avaliação como reconstrução do processo de aprendizagem. Psicologia Escolar e Educacional, V.6, N. 2 p.149-153, 2002. 59 APÊNDICES Apêndice A- Prontuário Orientado por Problemas e Evidências UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA SEMIOLOGIA/PROPEDÊUTICA CLÍNICA GERAL 2019.2 DOCENTES: Prof.ª Paula Messias & Prof. Enio Rodrigues DISCENTE: Ana Luiza M.Saúde Gabriela B.Martins Mariane S.Barbosa Michele C.Maia UNIDADE DE SAÚDE IDENTIFICAÇÃO Nome: Quezia Alcântara Santos Idade: 32 anos Data de nascimento: 29/07/1986 Endereço: Rua Joaquim José Tomy, 292. Bairro Cambolo, Porto Seguro-BA Nome da mãe: Marilene Alcântara Melo LISTA DE PROBLEMAS DESCRIÇÃO DO PROBLEMA IDENTIFICAÇÃO RESOLUÇÃO (ativo) (inativo) Dor na região abdominal decorrente do 01/07/2019 uso do DIU- Mirena hormonal desde maio de 2018. Enxaqueca 01/07/2019 Ansiedade 01/07/2019 Alimentação com excesso de 01/07/2019 carboidrato UNIDADE DE SAÚDE 60 BASE DE DADOS Nome: Quesia Alcântara Santos Idade: 32 anos Data de nascimento: 29/07/1986 Endereço: Rua Joaquim José Tomy, 292. Bairro Cambolo, Porto Seguro-BA Sexo/gênero: Feminino Cor/Etnia: Negra Estado civil: Solteira Profissão/ Ocupação: Técnica de Enfermagem/Cabeleireira Grau de escolaridade: 2º Grau completo Naturalidade: Itabuna-BA Nome da mãe: Marilene Alcântara Melo Procedência: Itabuna-BA Religião: Cristã Antecedentes pessoais fisiológicos Menarca: 12 anos Sexarca: 20 anos Uso do DIU-Mirena desde 02/05/2018 Antecedentes pessoais patológicos Doenças: Febre amarela, caxumba, catapora, sarampo, amigdalites. Cirurgia: cesariana. G (2) A (1) P(1) Vacinas em dia Em uso de Buscopan 5 vezes no mês para dor abdominal Dorflex quando tem enxaqueca Antecedentes familiares Hipertensão, Artrose, Dislipidemias, Osteoporose, Varizes. Condições socioeconômicas e culturais 61 Casa alugada com saneamento básico, coleta de lixo e água tratada. Costuma frequentar o posto de saúde para vacinar. Cristã (protestante). Condição econômica: renda mensal de R$ 5000,00 com 3 dependentes. Hábitos de vida Refeição com excesso de carboidratos. Ingestão de 2 a 3 L de água por dia. Não pratica exercício físico. UNIDADE DE SAÚDE Nome: Quesia Alcântara Santos Idade: 32 anos Data de nascimento: 29/07/1986 Endereço: Rua Joaquim José Tomy, 292. Bairro Cambolo, Porto Seguro-BA Nome da mãe: Marilene Alcântara Melo GENOGRAMA Informante: Quesia Alcântara Santos Assinatura do profissional: Data: 01/07/2019 62 ECOMAPA Informante: Quesia Alcântara Santos Assinatura do profissional: Data: 01/07/2019 DIAGRAMA DAS RELAÇÕES FAMILIARES Informante: Quesia Alcântara Santos Assinatura do profissional: Data: 01/07/2019 63 UNIDADE DE SAÚDE Nome: Quesia Alcântara Santos Idade: 32 anos Data de nascimento: 29/07/1986 Endereço: Rua Joaquim José Tomy, 292. Bairro: Cambolo, Porto Seguro-BA Nome da mãe: Marilene Alcântara Melo Data Hora EVOLUÇÃO 01/07/2019 14h15’ Subjetivo (S) Queimação no pé da barriga Falta de ar em momentos de estresse Objetivos (O)Dor intensa na região abdominal hipogástrica classificada em 6. Avaliação (A)P1: Dor na região abdominal decorrente do uso do DIU- Mirena hormonal desde maio de 2018. P2: Enxaqueca P3:Ansiedade P4: Alimentação com excesso de carboidrato Plano (P)-Plano diagnóstico P1: Avaliar posicionamento do DIU P2: Orientar a paciente para avaliar seus hábitos e correlacionar com sua enxaqueca P3: Praticar atividade física para controlar sua ansiedade P4: Encaminhar para o nutricionista Plano terapêutico P3: Praticar atividade física no mínimo 3 dias da semana por no mínimo 30 minutos. Plano seguimento P2: Retornar em 1 mês com as possíveis causas observadas da sua enxaqueca Plano Educação em Saúde P4: Reeducação alimentar Assinatura do profissional: Data: 01/07/2019 64 Apêndice B- R Data/ hora da consulta: Nome: Idade: Sexo: Profissão/Ocupação: Cor: Estado civil: Naturalidade: Nacionalidade: Endereço: Escolaridade: Renda Familiar: Religião: Altura: Peso: IMC: peso atual ( Kg)/ altura x altura ( m)____________________ ( ) Baixo Peso <18,5 ; ( ) Eutrófico 18,5- 24,9; ( ) Sobrepeso 25-29,9; ( ) Obesidade I 29,9-34,9 ( ) Obesidade II 34,9-39,9; ( ) Obesidade III >39,99 Medida da distribuição da gordura corporal: Onde mora: Há saneamento no bairro? Esgoto coberto e água potável encanada? A distribuição da água é suficiente ou necessita de armazenamento? Costuma lavar e higienizar os legumes e frutas antes de comer? Qual é a sua queixa principal? Perda de peso/ Emagrecimento Perda de peso: voluntária ( ) involuntária ( ) Se voluntário: ( ) dieta ( ) exercício físico ( ) medicamentos OBS.:_____________________________________________________________ O emagrecimento aparece associado à : ( ) Vômito ( ) Esteatorreia- formação de fezes volumosas, acinzentadas ou claras, que geralmente são mal cheirosas distensão abdominal ( ) diarreia ( ) outro:__________________ ( ) melena ( ) 65 Quantos quilogramas perdeu nesses últimos meses? Como ocorreu a perda de peso? Quando ela iniciou? Quando iniciaram os sintomas? Apresenta algum sintoma pós prandial (digestão)? Seu apetite alterou? Para mais ou para menos? Qual a sua disposição para comer? Apresenta sintomas que se agrava quando alimenta? Existem outros sintomas associados? Você esteve doente nos últimos meses? Como os sintomas surgiram? (Subitamente/gradualmente) Há quanto tempo os sintomas surgiram? Como surgiram? Já fez algum tratamento anterior? Como evoluiu? Esse sintoma melhorou, piorou ou estabilizou? Você sente dor em algum local do corpo? Como é essa dor? Você tem alergia? Se sim, a quê? Passou por algum procedimento cirúrgico recente? Fuma? Como é sua dieta?(quantidade/ tipo do alimento/ horários) Você está alimentando mais do que o habitual? Faz atividade física? Está tomando algum medicamento? Seus familiares possui algum histórico de doenças? O cartão de vacinas está em dia? Há queda de cabelo ou pelo? Ocorrência de furúnculos, coceira ou lesão na pele? Sensação de formigamento? Aumento da quantidade de vezes que urina? Sente hipersensibilidade ao frio ou calor? Sente insônia? Dor de cabeça? Sente fraqueza dos músculos? Sente sede excessiva? Você está urinando mais do que o habitual? Tem apresentado sudorese excessiva? 66 Tem apresentado palpitação? Apresenta queixas oculares? Apresenta dispneia? Apresenta dificuldade para respirar? Apresenta tosse? Tem apresentado sinais de estresse? Apresenta alterações do estado emocional? 67 Apêndice C- Roteiro da encenação do caso clínico PRIMEIRA PARTE: INÍCIO DA CENA (o que está relatado no caso) Caracterização - PACIENTE: Vestimenta: Bermuda/Shorts maltrapilho, sem camisa. Pele com aspecto de sujeira, com algumas feridas expostas com os mamilos sangrando. SANGUE: Lápis aquarela vermelho, xarope de milho SUJEIRA: Base, sombra, carvão Atuação: Demonstrar aspecto de embriaguez. Caracterização - POLICIAIS: Vestimenta: Possivelmente blusa de manga/pólo preta, arma (Ricardo), algema (Bel), calça, boné preto e calçado na cor preta. EMBLEMA (PC): 4 cópias Atuação: Demonstrar certa brutalidade e seriedade. Paciente entra cambaleando na sala (como se fosse a rua) *Obs: Colocar som de carro no fundo e buzina Fala (Paciente - RICARDO): êê, quer me atropelar é?* *Obs: Som de sirene de polícia Policiais (Bruno e Eric) entram na sala já fazendo expressão de reprovação e tirando arma do bolso. Fala (Policial - ERIC): Aí moleque, parou. Parou e põe a mão na cabeça vai. Fala (Policial - Mariane): Mão na cabeça, mão na cabeça! Fala (Paciente - RICARDO): Eu não vou colocar não, po*** CENA: Paciente ameaça pegar uma pedra e jogar nos policiais. CENA: Policiais pegam o paciente pela força e encosta na parede para fazer baculejo. O paciente demonstra sinais de tremor, fragilidade (feição de medo). Os policiais percebem esses aspectos no paciente. Fala (Policial - Mariane): Escuta, você tem quantas passagens pela polícia? Fala (Paciente - RICARDO): Eu vou bater em vocês, desgr*** Fala (Policial - Mariane): Eu te fiz uma pergunta, responde. Quantas passagens você tem pela polícia? Fala (Paciente - RICARDO): Eu só tenho passagem pela cachaça Fala (Policial - ERIC): Qual seu nome e sobrenome? 68 CENA: Paciente tenta se soltar. Fala (Paciente - RICARDO): Ronaldo brilha muito no Corinthians Fala (Policial - ERIC): Você quase foi atropelado ali, moleque. Tá com documento? Fala (Paciente - RICARDO): Eu vou bater em vocês! Me deixa sair po*** Fala (Policial - Mariane): Cadê o documento, rapaz? CENA: Um policial o pressiona mais forte contra a parede e o outro aponta a arma. Fala (Paciente - RICARDO): Salve o Corinthians/ O campeão dos campeões/ Eternamente/ Dentro do nosso corações/ Salve o Corinthians!!!! Canta aí seu polícia. CENA: Passam duas pessoas na rua olhando para a situação e filmando (Rebeca e Michele). Fala (Policial - Mariane): Para de cantar e me responde Fala (Paciente - RICARDO): De tradições de tradições e glórias mil/ Tu és orgulho, dos desportistas do Brasil Fala (Policial - ERIC) para o outro policial: Ele não vai calar a boca e não sei pra onde levar. CENA: Passa uma mulher (BEL) vendo a situação, aproxima e interfere. Fala (Cidadão - BEL): Policiais, desculpa incomodar. Mas esse aí fica dormindo na porta dos estabelecimentos já tem um tempo. E a gente vê mais ele conversando com um moço da banca do jornal, mas acho que a família dele não é daqui não. Fala (Paciente - RICARDO): Teu passado é uma bandeira/ Teu presente é uma lição/ Figuras entre os primeiros do nosso esporte bretão/ Corinthians Grande/ Sempre Altaneiro* CENA: *Obs: Paciente cantando no mesmo tempo que a mulher fala Fala (Cidadão - BEL): Não gasta tempo com esse aí não. Leva ele lá pra casa que cuidam dos doidos que é melhor. É pertinho, só virar a esquina e ir reto e vira na segunda direita. É lá no CAPS II. Fala (Paciente - RICARDO): És do Brasil/ O clube mais brasileiro/ Salve o Corinthians/ O campeão dos campeões/ Eternamente/ Dentro dos nosso corações CENA: Policiais colocam o paciente no carro a força e o paciente canta mais alto. Fala (Paciente - RICARDO): Salve o Corinthians/ De tradições de tradições e glórias mil/ Tu és orgulho, dos desportistas do Brasil!!!!!!!!!!!! Fala (Policial - Mariane): Fica quieto e entra logo. CENA: Os três saem da sala. 69 SEGUNDA PARTE: NO CAPS Caracterização - MÉDICA E ENFERMEIRA: Vestimenta: Possivelmente jaleco, calça e calçado na cor branca, crachá. CENA: O paciente juntamente com os dois policiais entram novamente na sala. Fala (Policial - ERIC) para a recepcionista na entrada: Viemos trazer esse rapaz. O encontramos aqui no bairro, ele tá alcoolizado, agitado e não para de cantar o hino do Corinthians. Fala (Policial - Mariane): Até decorei a música CENA: Enquanto isso o paciente está cantando e continua agitado... Fala (Paciente - RICARDO): Então canta comigo. Salve o Corinthians/ O campeão dos campeões/ Eternamente/ Dentro dos nosso corações/ Salve o Corinthians!!!! Fala (Recepcionista - MARY): Obrigada por trazê-lo até aqui. Bom, sente aqui rapaz, para que a gente possa conversar. Fala (Paciente - RICARDO): De tradições de tradições e glórias mil/Tu és orgulho, dos desportistas do Brasil. Fala (Recepcionista - MARY): Vou chamar a médica enquanto vocês (Figurantes: Ivanna,) ficam de olho nele aqui. Fala (Recepcionista - MARY): Doutora, os policiais trouxeram um homem aqui, encontrado aqui no bairro aparentemente bêbado e agitado. Além de não parar de gritar o hino do Corinthians. Fala (Médica - Gabriela): Ok, traga ele aqui para que eu possa avaliá-lo. CENA: Médica vai até o paciente. Fala (Paciente - RICARDO): Teu passado é uma bandeira/ Teu presente é uma lição/ Figuras entre os primeiros do nosso esporte bretão/ Corinthians Grande/ Sempre Altaneiro… Quero todo mundo cantando. Fala (Médica - Gabriela): Boa tarde, você gosta do Corinthians, é?! Fala (Paciente - RICARDO): O clube mais brasileiro/ Salve o Corinthians/ O campeão dos campeões/ Eternamente/ Dentro dos nosso corações Fala (Médica - Gabriela): Também gosto. Teve um jogo na quarta passada (01/08) e o Timão marcou 2 gols, você viu? 70 Fala (Paciente - RICARDO): Vi sim, que jogão!!!... Salve o Corinthians/ De tradições de tradições e glórias mil... Fala (Médica - Gabriela: Esse hino é o mais bonito. Se você quiser canto contigo... Salve o Corinthians/ O campeão dos Campeões/ Eternamente/Dentro dos nossos corações..!!!!!! Fala (Paciente - RICARDO): Tu és orgulho, dos desportistas do Brasil!!!!!!!!!!!! Fala (Médica - Gabriela): Salve o Corinthians/ O campeão dos Campeões/ Eternamente/Dentro dos nossos corações… Você quer ver um pedaço do jogo? Fala (Paciente - RICARDO): É sério? Bota aí, bota aí CENA: Médica mostra jogo (https://www.youtube.com/watch?v=L5kvgpA60d8) Fala (Médica - Gabriela): Esse jogo foi bom né?! Por isso que eu amo esse time.. meu nome é Ana, qual o seu nome? Fala (Paciente - RICARDO): Foi tooop. Me chamo Ricardo… Ricardo Mattos Fala (Médica- Gabriela: Me fala mais sobre o que você gosta Fala (Paciente - RICARDO): Gosto de cachaça e Corinthians. Fala (Médica - Gabriela): E o que mais? Fala (Paciente - RICARDO): Gosto de conversar com seu Joaquim. Fala (Médica - Gabriela): Quem é o Joaquim? Fala (Paciente - RICARDO): É o moço do jornal, que fica perto da praça lá. Fala (Médica - Gabriela): Aaah! Seu Joaquim…Também gosto de conversar com ele. Qual sua idade? Fala (Paciente - RICARDO): 21 anos. E você? Fala (Médica - Gabriela): Tenho 30. E me conta mais, como você machucou seu peito? Fala (Paciente - RICARDO): Foi em uma briga com um palmeirense safado, e acabei me machucando. Mas, deixei ele machucado também. Fala (Médica - Gabriela): Entendi.. E que dia foi essa briga? Fala (Paciente - RICARDO): Foi mais cedo. E até agora retado Fala (Médica - Gabriela): Você deixa eu cuidar do seu machucado? Fala (Paciente - RICARDO): Toque em mim não. Fala (Médica - Gabriela): Vou só olhar mais perto um pouco. Você me permite? Fala (Paciente - RICARDO): Olha… eu não gosto que mexe em mim não, ainda mais se eu for sentir dor. Fala (Médica - Gabriela): Você tá sentindo dor onde tá sangrando? Fala (Paciente - RICARDO): Estou! 71 Fala (Médica - Gabriela): Então, daqui a pouco você deixa eu cuidar? Fala (Paciente - RICARDO): Deixo sim senhora, mas só se não doer Fala (Médica - Gabriela): Vou fazer o meu melhor. Hélio, você mora perto daqui? Fala (Paciente - RICARDO): Minha família mora um pouco longe, mas tô por aqui há um tempo. Fala (Médica - Gabriela): Onde sua família mora? Fala (Paciente - RICARDO): Lá em Santo Antônio. Fala (Médica - Gabriela): Tá um pouco longe de casa né?! Fala (Paciente - RICARDO): Tô, mas ninguém me entendia. Cansei deles. Fala (Médica - Gabriela): Mas você não sente saudades da comida da sua mãe, não?! Fala (Paciente - RICARDO): Sinto, e até penso em voltar, quando eu sinto fome e não tenho nada para comer. Só que era ruim ninguém me entender. Fala (Médica - Gabriela): Imagino. Aqui, nós temos algumas pessoas que também podem conversar com você e te entender. Se você quiser, daqui a pouco te levo até ela. Fala (Paciente - RICARDO): Não sei. Talvez. Fala (Médica - Gabriela): Certo, então. Mais tarde vemos sobre isso. Fala (Médica - Gabriela): Você parece estar com sede. Gostaria de tomar um pouco de água? Fala (Paciente - RICARDO): Sim. CENA: Nesse primeiro momento para se trabalhar o vínculo e ganhar a confiança, a médica, busca água para o paciente ingerir. Paciente toma a água. Fala (Médica - Gabriela): Gostaria de mais? Fala (Paciente - RICARDO): Não. Fala (Médica - Gabriela): O que você gosta de fazer? Gosta de trabalhar? Fala (Paciente - RICARDO): Eu não faço nada. Não gosto de fazer nada, só de beber cachaça. Bebo desde novo. Quando bebo me sinto muito bem. Fala (Médica - Gabriela): E o seu amigo Joaquim bebê com você? Fala (Paciente - RICARDO): Ele é de igreja Fala (Médica - Gabriela): Você tem alguma religião? CENA: O paciente levanta da cadeira e canta o hino do time. Fala (Paciente - RICARDO): Eu só gosto de São Jorge, ele é padroeiro do Corinthians. Salve o Corinthians/ O campeão dos campeões/ Eternamente/ Dentro dos nosso corações/ Salve o Corinthians!!!! 72 Fala (Médica - Gabriela): O Corinthians é o melhor mesmo, mas senta aí. Eu gosto de acompanhar todos os jogos igual a você. CENA: O paciente senta na cadeira. Fala (Paciente - RICARDO): Eu nasci quando o Corinthians ganhou o 2º título Fala (Médica - Gabriela): Que legal. Você costuma ver os jogos do Corinthians em sua casa? Fala (Paciente - RICARDO): Oh Dona, tenho casa não. Assisto o jogo na tv do Joaquim. Por que aqueles homens me trouxeram para cá? Fala (Médica - Gabriela): Para eu cuidar da sua dor. Você deixaria eu limpar seus ferimentos agora? Fala (Paciente - RICARDO): (gesto movimento com os ombros tanto faz) CENA: Médica levanta e pega o soro e se aproxima. Fala (Médica - Gabriela): Pronto. Terminei. Sente-se bem? CENA: O paciente acena positivo com a cabeça. Fala (Médica - Gabriela): Eu tenho uma amiga que também adora o Corinthians, assim como você e eu. O nome dela é Ana Luíza, ela vai gostar te conhecer, você gostaria de conversar com ela? Fala (Paciente - RICARDO): Gosta mesmo? Fala (Médica - Gabriela): Sim, ela ama, vamos lá na sala dela? CENA: paciente levanta. Fala (Médica - Gabriela): Tudo bem. CENA: A médica acompanha o paciente até a sala da psicóloga. Fala (Médica - Gabriela): Licença Ana Luíza, então eu queria que você conhecesse o Hélio, acredita que ele é corintiano assim como nós? Até cantamos o hino juntos! Fala (Psicóloga –Ana Luíza): Oi Hélio, sou a Gabriella. Então quer dizer que você é fã do Corinthians? Fala (Paciente - RICARDO): Sim. Salve o Corinthians/ O campeão dos campeões/ Eternamente/ Dentro dos nosso corações/ Salve o Corinthians!!!! Fala (Psicóloga – Ana Luíza): O hino do Timão é lindo. Nossa, eu amo Corinthians não perco nem um jogo, a Ana e eu até assistimos juntas. CENA: O paciente parece animado e acena positivo com a cabeça. CENA: A enfermeira bate na porta: Fala (Recepcionista - MARY): Com licença, mas é que estão chamando a doutora Ana lá na sala dela. 73 Fala (Médica - Gabriela): Sério? Eu vou lá na minha sala ver o que houve viu?! Fala (Paciente - RICARDO): Eu fico, depois vou embora. Fala (Médica - Gabriela): Tudo bem. CENA: A médica sai deixando o paciente com a psicologa. Fala (Psicóloga - Ana Luíza): Pode sentar na cadeira se preferir. CENA: O paciente senta-se da cadeira. Fala (Psicóloga - Ana Luíza): Então, como você se sente? Fala (Paciente - RICARDO): Estou bem, mas quero mais cachaça. Fala (Psicóloga - Ana Luíza): Álcool em excesso faz mal. Você pode falar mais sobre o Corinthians para mim? Fala (Paciente - RICARDO): Amo o timão. Está vendo esses machucados? Eu briguei com um cara que estava falando mal do meu time. Fala (Paciente - RICARDO): Quando eu era criança eu gostava de brincar na rua. Gostava de jogar bola. Meu time era o Salve o Corinthians/ O campeão dos campeões! Meu pai também gostava do “Timão”. Ele morreu. Nós jogávamos bola às vezes na rua, só que ele ficou doente e morreu. Aí, ficou só eu, minha mãe e meu irmão. Eu 15 anos. Fala (Psicóloga - Ana Luíza): Sinto muito pelo seu pai Hélio , é muito ruim perder alguém que a gente ama... Você se importaria de me dizer do que ele morreu? Fala (Paciente - RICARDO): Não lembro não. Fala (Psicóloga - Ana Luíza): Como você lidou com essa dor da morte de seu pai? Fala (Paciente - RICARDO): Fiquei com muita raiva. Brigava muito. Às vezes chorava. Acho que foi nessa época que comecei a beber. Fala (Psicóloga - Ana Luíza): Além da pinga, o que você gosta de comer? Fala (Paciente - RICARDO): Eu gosto de comer cachaça. Fala (Psicóloga - Ana Luíza): Mas, alguma outra coisa? Fala (Paciente - RICARDO): Eu como o que eu ganho na rua, às vezes não como nada. A comida da minha mãe que era boa. Lá eu tinha comida todos os dias, mas tinha muitas brigas, não gostava da confusão. Eu não gosto do meu irmão. Ele não gosta do meu time. Minha mãe não gostava quando eu tomava cachaça. Fala (Psicóloga - Ana Luíza): Você sente saudade da sua mãe? Fala (Paciente - RICARDO): Sim, mas acho que ela não sabe onde estou. Fala (Psicóloga - Ana Luíza): Você gostaria de falar com ela? Fala (Paciente - RICARDO): Não sei, talvez. 74 Fala (Psicóloga – Ana Luíza): Então vamos tentar em contato com ela. Vamos tomar um café. E aí eu pego umas roupas para você tomar um banho. CENA: Psicóloga levanta e o paciente a acompanha. CENA: Aparece recepcionista (Mary) Fala (Psicóloga – Ana Luíza) para a recepcionista (Mary): Precisamos encontrar um lugar para ele ficar... CENA: TODOS SAEM E ACABA A ENCENAÇÃO.