Enviado por yankobdelpino

TESTE DE AUDIENCIA

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SUMÁRIO
Introdução ...................................................................................................................2
Análise da Pesquisa Quantitativa e Grupo Focal ........................................................3
Interpretações Pontuais sobre as Perguntas “Não Estruturadas” do Questionário....15
Conclusão..................................................................................................................23
Anexo A – Tabulação das respostas do questionário de avaliação...........................26
Anexo B – Questionário da pesquisa quantitativa ....................................................36
Anexo C – Transcrição do Grupo Focal ...................................................................39
Anexo D – Transcrição das respostas às questões abertas........................................63
RESULTADOS DO TESTE DE AUDIÊNCIA
NO LIXO DO CANAL 4
Introdução
A temporada de 2010 do Teste de Audiência consiste na captação de dados
quantitativos e qualitativos de espectadores de Brasília e de Curitiba. Os dados
quantitativos são coletados por intermédio de um questionário estruturado aplicado nas
duas cidades, preenchido pelos próprios espectadores. Os dados qualitativos são
oriundos de um grupo focal que se realiza em Brasília.
O Teste realiza-se pela exibição do filme, seguida do preenchimento dos
questionários quantitativos e de um debate com o diretor. O fato de ocorrer em Brasília
e em Curitiba, além do grupo focal, ocasiona a captação de mais dados e resultados
comparados, que se balizarão mutuamente. A articulação dos dados quantitativos em
duas praças e das informações resultantes do grupo focal redunda em dados mais
complexos e ricos em detalhes para subsidiar a produção do filme em futuras ações de
finalização.
O Teste de Audiência foi realizado nos dias 6 e 13 de abril de 2010,
respectivamente no Teatro da CAIXA Cultural – Brasília e no Teatro da CAIXA –
Curitiba. Foi exibido o filme No Lixo Do Canal 4, do cineasta Yanko Del Pino. O
público do Teste de Brasília que preencheu a ficha cadastral foi de 101 pessoas, que
também corresponde ao número de pessoas que respondeu ao questionário após a
exibição do filme. Em Curitiba, foram 98 fichas cadastrais preenchidas e 96
responderam ao questionário de avaliação do filme.
Este relatório inicia-se com breves explicações sobre a metodologia utilizada no
Teste de Audiência. Em seguida, é feita a análise dos dados, que buscou verificar interrelações e tendências que possam ter influenciado a avaliação do filme. Os anexos
incluem o instrumento quantitativo, a pauta das discussões do grupo focal, a transcrição
da gravação do grupo focal e a tabulação das questões abertas do questionário
quantitativo.
2
Análise da Pesquisa Quantitativa e Grupo Focal
por Michelle Stephanou e Mariana Lima
Notas Metodológicas da pesquisa quantitativa e Grupo Focal
O Teste de Audiência inclui atividades inerentes à pesquisa quantitativa e
qualitativa. A etapa quantitativa é composta pela distribuição de um questionário autoaplicado ao público que compareceu aos eventos nas duas cidades em que ocorre o
Teste, Brasília e Curitiba. Os dados quantitativos são digitados e processados em
aplicativo de estatística, gerando principalmente valores e percentuais que são
analisados descritivamente, ou seja, apresentando resultados em forma de tabelas e
gráficos. Comparações de resultados de segmentos específicos das amostras ou entre as
amostras são feitas por meio de testes estatísticos.
No caso deste relatório, utiliza-se o teste de associação de Qui-quadrado,
simbolizado por 2, que é um teste que comprova a associação entre o resultado de duas
variáveis nominais, oriundas de respostas a questões com respostas pré-estabelecidas. O
princípio básico deste método é comparar proporções, isto é, as possíveis divergências
entre as freqüências observadas e esperadas para um certo evento.
Para a comparação entre médias de subgrupos da amostra, o teste adequado é o
T-Student, simbolizado pela letra “t”. É um teste que serve para verificar se uma
determinada diferença encontrada entre medidas de dois grupos é estatisticamente
significante. Para todos os testes estatísticos calcula-se uma estatística para decisão,
chamada genericamente de “P-valor”, simbolizada por “P”. Quando o valor de “P” é
inferior a 0,05, conclui-se pela associação entre as variáveis, no caso do Qui-quadrado,
ou pela diferença entre as médias comparadas.
O grupo focal é uma técnica de pesquisa qualitativa que consiste na promoção
de uma discussão em grupo de pessoas que atendem a um perfil pré-selecionado e que
são recrutadas a partir de um banco de cadastro de voluntários. A partir de uma pauta de
aspectos considerados relevantes para captar as percepções das pessoas sobre o filme
exibido, promovem-se as discussões sob a condução de um moderador. A expectativa é
que a interação entre os participantes construa e permita que se manifestem percepções
3
objetivas e úteis aos propósitos do grupo focal e, em última instância, do próprio Teste
de Audiência.
Espera-se que a articulação dessas duas vertentes analíticas contribua para
enriquecer o Teste promovendo uma maior profundidade e riqueza nos dados
levantados.
4
Perfil das amostras
O Teste de Audiência contou com a participação de 197 pessoas, sendo 101 de
Brasília e 96 de Curitiba (Tabela 1).
Tabela 1
Quantidade de questionários por cidade, Brasília e Curitiba, 2010
Cidade
Freq.
Percent.
Brasília
101
51,3
Curitiba
96
48,7
197
100,0
Total
Em Brasília, houve uma leve predominância de homens (51%), enquanto em
Curitiba a maioria foi de pessoas do sexo feminino com o mesmo percentual. A idade
média do público foi mais alta em Brasília, 39 anos, enquanto em Curitiba foi de 34
anos. Considerando grupos decenais de idade (Figura 1) observa-se que a classe de
idade de 21 a 29 anos foi a mais frequente em Curitiba, enquanto em Brasília a classe de
50 anos e mais teve mais público. Nas demais classes de idade, os percentuais foram
mais próximos.
Figura 1 Classes de idade do espectador por cidade (percentuais), Brasília e Curitiba, 2010
A escolaridade mais frequente foi o nível superior completo, 66% em Brasília e
60% em Curitiba. Os espectadores com nível superior incompleto foram 26%, em
ambas as cidades, como se pode ver na Figura 2.
5
Figura 2 Escolaridade do espectador por cidade (percentuais), Brasília e Curitiba, 2010
66
25,8
8,3
60,4
Brasília
26,4
Curitiba
13,2
Média ou menor
Superior incompleto
Superior completo
A renda familiar dos espectadores se diferencia nas duas cidades. Em Brasília a
renda familiar foi mais alta, 24% declararam que recebem mais de R$ 75001,00 ou
mais. Já em Curitiba a renda familiar predominante ficou na faixa de R$1001,00 a
R$5000,00, conforme mostra a Figura 3.
Figura 3 Renda familiar mensal do espectador por cidade (em percentuais), Brasília e Curitiba
2010
34,1
27,3
23,2
23,2
24,2
Brasília
14,8
Curitiba
14,8
10,2
11,611,4
3,2 2,2
Até
R$1000,00
R$1001,00 a R$ 2501,00 a R$ 5001,00 a R$ 7501,00
R$2500,00
R$5000,00
R$7500,00
ou mais
Não
informou
Trata-se de um público que frequenta cinema nas duas cidades, como se vê na
Figura 4, pouco mais em Curitiba. Em Brasília, 62% dos espectadores e 57% em
Curitiba foram ao cinema pelo menos duas vezes no mês anterior ao Teste.
6
Figura 4 Quantas vezes foi ao cinema no último mês por cidade (percentuais), Brasília e Curitiba,
2010
21,9
24,2
15,6
18,7
20,8
15,6 15,4
14,3
10,4
Nenhuma
Uma
Duas
Três
13,2
Brasília
Curitiba
Quatro
O
posicionamento das pessoas em relação a filmes brasileiros é positivo, 70% dos
espectadores de Brasília e 79% de Curitiba gostam muito de assistir filmes brasileiros
no cinema, como se observa na Figura 5.
Figura 5 Posicionamento com relação a filmes brasileiros por cidade (percentuais), Brasília e
Curitiba, 2010
79,4
70
Brasília
10,3
Assiste filme brasileiro
no cinema
18,9
Assiste filme brasileiro
no em DVD ou TV
10,3
Curitiba
7,8
Assiste filme brasileiro
na TV
7
Avaliação do Filme
Neste tópico, os resultados da avaliação quantitativa, feita por intermédio do
processamento das respostas ao questionário aplicado após a exibição do filme, serão
apresentados de maneira articulada ao grupo focal realizado em Brasília, destacando os
pontos que conectam ou distinguem as duas etapas da pesquisa. A apresentação seguirá
os quesitos do questionário, trazendo do grupo focal exemplos de falas que
complementam o que foi obtido na pesquisa quantitativa.
A avaliação geral do filme foi semelhante nas duas cidades. A avaliação como
“muito bom” predominou nas duas cidades. Somando as avaliações positivas,
“excelente”‟, “muito bom” e “bom”, chega-se a 90% em Brasília e 98% em Curitiba. Os
resultados indicam que houve aprovação do filme por parte do público. .
Figura 6 Avaliação geral do filme por cidade (percentuais), Brasília e Curitiba, 2010
47
17
55,2
26
19,8
Brasília
22,9
Curitiba
8
Excelente
Muito bom
Bom
2,1
Regular
2
0
Ruim
O motivo para essa avaliação, entre os que aprovaram o filme (avaliações
“excelente”, “muito bom” e “bom”) tem em comum o fato de tê-lo considerado um
documentário importante como memória e resgate histórico dos fatos. Entre os que não
gostaram, as razões concentraram-se no fato de considerá-lo entediante, monótono.
No grupo focal, os participantes em geral fizeram elogios ao filme e também
alguma ressalva:
- Eu queria acrescentar o seguinte: eu acho
assim que o filme é muito inteligente na ideia,
com o que pegou ele é fantástico. Instiga a gente.
Agora ele é extremamente longo, ele perde coisas
muito boas pra ele mesmo. E faltou direção,
alguém que pegasse esse material e construísse
mesmo um documentário, quer dizer: ele, eu acho
que ele, ainda tá numa fase primária e, por
exemplo, aquela cena onde mostra tudo o que
8
aconteceu, aquilo ali é o fim do filme. Quando
aconteceu aquilo, acabou o filme.
Em Brasília e em Curitiba, sexo, idade e escolaridade não provocaram
diferenças estatísticas na avaliação geral. Porém em Brasília, houve uma tendência aos
que avaliaram mais positivamente o filme, a assisti-lo na primeira semana que entrasse
em cartaz1.
A intenção de recomendar ou não o filme está associada à cidade2. Na Figura 7
pode-se observar que os resultados foram semelhantes, porém em Curitiba há maior
tendência a recomendar o filme. Duas a cada três pessoas disseram-se dispostas a
recomendar o filme nas duas cidades.
Figura 7 Intenção de recomendar o filme por cidade (percentuais), Brasília e Curitiba, 2010
76
89,7
Brasília
24
Recomendaria com certeza
Curitiba
10,3
Não tenho certeza ou não
recomendaria
A duração do filme foi considerada adequada por 70% do público de Brasília e
80% de Curitiba. Os demais, 29% e 10,4%, respectivamente, consideraram o filme
longo.
1
Teste de associação Qui-Quadrado (χ2 = 35,890; P = 0,016)
2
Teste de associação Qui-Quadrado (χ2 = 6,463; P = 0,011)
9
Figura 8 Adequação sobre o tamanho do filme por cidade (percentuais), Brasília e Curitiba, 2010
80,2
69,7
Brasília
29,3
1
10,4
9,4
Menor que a ideal
Curitiba
Adequado
Maior do que a ideal
Em Brasília, 87% disseram que o filme prendeu a atenção o tempo todo, e quase
todos em Curitiba, 97%, corroboraram essa opinião. Os demais afirmaram que o filme
não prendeu atenção durante a exibição.
No grupo focal houve comentário sobre partes do documentário que teriam se
prolongado além do necessário:
- Agora, sem nenhum constrangimento, justamente
na hora em que eu acho que tem um problema de
clareza de foco, assim, aquela velha pergunta: que
história eu tô contando? Você apresenta uma
pesquisa científica, quer dizer: cientistas falando
como a memória funciona... aí você percebe
claramente que você vai trabalhar com um acervo e
vai usar essa metáfora pra trabalhar nessa
construção ou resgate da memória, dá justo na parte
que entrou na política eu ... foi a parte que eu saí da
imersão, porque começou a contar uma outra
história particular, dum período político que é
comum a todo mundo, que muita gente lembra, e que
todo mundo viveu e questionou... E se estendeu
demais nesse assunto no meu ponto de vista...
Entre as impressões sobre o filme foi indagado ao público qual palavra o
definiria melhor e, neste caso, as impressões foram bem semelhantes. Tanto em Brasília
quanto em Curitiba – 42% e 34% respectivamente - o filme foi definido como um
resgate da história, um filme que representa a memória. Uma “impressão positiva” e
comum entre as duas cidades3. O grupo focal também chamou atenção para esta
categoria, conforme as falas abaixo:
3
As tabelas com as informações encontram-se no Anexo A
10
...eu falei de memória histórica. Na verdade uma
palavra conjunta porque, como bibliotecária, eu
acho que toda essa memória ela é muito importante.
A gente tem que guardar a memória pra que ela seja
depois disponibilizada e acessível pra todas as
pessoas do o país, a qualquer momento...
- Acho que o que foi colocado aqui realmente, a
questão do resgate e memória, eu acho assim que
esteja trazendo esse resgate...
Perguntados qual o momento que melhor representa o filme, em Brasília 21%
definiu as cenas em que os entrevistados revêem seu passado como aquilo que melhor
descreve o filme. Enquanto em Curitiba, 17% das pessoas afirmaram que as imagens de
eventos e lugares são aquelas que melhor representam o filme. Os momentos em que as
imagens se remetem a recuperação de arquivos deteriorados se destacam nas duas
cidades com a segunda posição com 14% e 13% respectivamente.4
Em relação ao momento que o público assistiria ao filme, 32% em Brasília e
34% em Curitiba esperariam o lançamento do filme em DVD. Cruzando esta
informação com a opinião geral do filme, fica claro que os avaliaram “bom e “muito
bom”, assistiriam ao filme no seu lançamento em DVD5.
A avaliação das partes do filme por notas de zero a 10 demonstraram que início,
meio e final receberam notas médias semelhantes nas duas cidades. O início do filme
recebeu notas ligeiramente menores que as demais partes (Figura 9). As diferenças
numéricas, para mais em Brasília no caso do meio e do final, não chegam a configurar
diferença estatística.
4
5
As tabelas com as informações encontram-se no Anexo A (A7. 1 e A7.2)
Teste de associação Qui-Quadrado (χ2 = 43, 850; P = 0,002)
11
Figura 9 Notas médias para o início, o meio e o final do filme por cidade, Brasília e Curitiba, 2010
10
8
6
4
2
0
7,13
7,54
Início
7,83
8,15
Meio
Brasília
8,07
8,02
Final
Curitiba
Houve discussões no grupo focal sobre as partes do filme:
- Eu não identifico um filme de começo meio e fim,
mas, de certa forma, mais pro final, eu passei a
pensar que isso é proposital. É como se ele fosse
lançando mão das memórias, algo que viesse
naquele momento, por exemplo, quando ele coloca
as propagandas ele vai se lembrando e vai dizendo.
- Pra trazer este material, trazer esta identificação
eu senti... e o início daquela ... eu sei que proposital,
pra mostrar, pra questão do esquecimento... do
mais, eu acho que o início poderia ser mais enxuto,
acho que ele foi muito fraco, muito tempo
– eu discordo! Pra mim o ponto forte é o início,
aquela entrevista com... sim, mas aquelas imagens,
aquela fala no fundo sobre memória, aquilo ali
assim pois é ... Ele apresentou um tema só que ele
não ficou fiel àquele tema. Eu não estou tirando este
conteúdo não... fazer o que? Repetiu muito.
A nota atribuída ao filme pelo público, numa escala de zero a 10, foi de 7,85 em
Brasília e de 8,11 em Curitiba. Nas duas cidades, as notas dadas foram consistentes com
a avaliação geral do filme.
Indagados a sugerir aprimoramentos ao filme, em Brasília as principais
sugestões se referiam a torná-lo mais ágil e menos repetitivo e em Curitiba as principais
sugestões focaram na exploração de mais imagens temáticas, bem como nos
personagens6. O grupo focal chamou atenção e sugeriu alguns aprimoramentos.
-... Algo que eu percebi é que, como o filme é
praticamente uma pesquisa...mas ele não é didático,
6
As tabelas com as informações encontram-se no Anexo A (A12. 1 e A12.2)
12
pra pessoa que tá assistindo ter uma visão de todos
esses aspectos,...mas ele, como um instrumento
didático,
determinados
profissionais...para
determinadas áreas, ele é excelente neste sentido…
-... teve uma hora que eu achei que podia ter um
pouco mais de música presente, porque música é
sempre uma coisa que, sempre, marca muito uma
época. E, de repente, faltou mais músicas da época.
Uma outra questão, bem de detalhe de gráfica, eu
achei a parte de lettering bem fraca, tanto no início,
no meio - legenda e outras coisas – e, no final, não
sei se é porque o filme não está finalizado, talvez
seja isso, mesmo no caso, até a identidade visual.
O público foi questionado sobre o grau de interesse que alguns aspectos do filme
despertaram nele. Estes aspectos estão relacionados ao arquivo do Canal 4, ao
tratamento dado ao arquivo, e ao grau de interesse com a “memória” como tema. Não
houve diferença estatística entre as duas cidades7. A figura a seguir demonstra que o
interesse foi positivo nas duas cidades quando se usa a “memória” como tema.
Figura 10 Grau de interesse com a “memória” como tema (percentuais), Brasília e Curitiba, 2010
76,5
77,1
Brasília
Curitiba
21,4
21,9
2,0
Muito Interesse
Interesse Moderado
1,0
Nenhum Interesse
O grupo focal também citou a memória como algo importante.
-... então, eu coloquei memória (movimento) porque
o filme lembra muito essa coisa do movimento
- Memória também, isso me marcou muito, seja por
mania minha: eu tenho a maior dificuldade de jogar
coisa fora do que eu vivi, da minha história...
7
As tabelas com as informações encontram-se no Anexo A (A10. 1, A10.2 e A10.3 )
13
Em suma, as avaliações foram muito semelhantes em Brasília e Curitiba. O
grupo focal concentrou-se na identificação com os pontos fortes e fracos do filme,
roteiro, cenas, e os elogios ao filme foram feitos com diversas ressalvas.
Considerações
O filme foi avaliado como muito bom pela maior parte dos espectadores de
Brasília e de Curitiba. As notas médias aos itens isolados foram semelhantes nas duas
cidades, apesar da avaliação ser mais positiva para os espectadores e Curitiba, já que o
filme resgata histórias relacionadas ao povo curitibano. De maneira geral, os resultados
foram altamente concentrados, tendo sido identificados poucos fatores de diferenciação
ou de segmentação. Houve críticas esparsas, principalmente em relação à agilidade que
o filme precisa pautar, além de alguns aspectos técnicos que poderiam ser melhorados,
pois são muitas memórias resgatadas e tratadas no filme. O que parece ter sido o mais
interessante ao público foi ter tratado a memória como tema.
Recomenda-se a leitura integral das respostas às questões abertas e da
transcrição do grupo focal. Este último constitui-se de manifestações espontâneas dos
participantes sem a presença do diretor. Recomenda-se também a leitura das tabelas do
anexo e da transcrição das questões de resposta aberta.
14
Interpretações Pontuais sobre as Perguntas “Não Estruturadas” do
Questionário
por Eladio Antonio Oduber Palencia
Considerações metodológicas
A abordagem qualitativa que aqui apresentamos procura identificar a presença
ou ausência de características, temas, expressões ou símbolos que desvendem a “lógica”
da subjetividade do espectador quando avalia o filme em questão. Sem abandonar a
idéia de “contagem” das “unidades de registro” geradas pelos depoimentos, a ênfase na
freqüência estatística com que estas unidades aparecem não é o foco principal neste
momento.
Para a realização da análise dos textos escritos pelos informantes nas perguntas
“não estruturadas” do questionário foi utilizado o método de codificação aberta que
consiste na fragmentação dos textos escritos e sua posterior conceitualizáção e
reintegração em uma nova estrutura. (Straus e Corbin, Apud Flick U. 2, p. 189)
O “corpus de análise” utilizado para esta parte do trabalho foram as perguntas 02
e 12 do questionário aplicado sob os seguintes aspectos:
a) Justificativa ou por quês? da avaliação geral do filme cuja escala apresentada
foi: Excelente, Muito bom, Bom, Regular e Ruim;
b) Técnica “projetiva” de complementação em que se encorajava o informante
a preencher ou dar continuidade a uma afirmação que começava da seguinte
forma: Em sua opinião, o filme "No Lixo do Canal 4" ficaria melhor se...
Para tal procedimento foi utilizado um software de abordagem léxica e de
conteúdo levando em consideração apenas as informações dos estratos que avaliaram o
filme como Excelente, Muito bom e Bom.
Considerou-se desnecessário incluir nesta análise as opiniões de quem avaliou o
filme como regular e ruim já que este público é classificado como “perdido” na medida
em que, por não estabelecer a primeira vista, qualquer grau de “empatia” com o filme,
resulta muito difícil a sua conquista no estágio atual de montagem da obra. Sem
15
prejuízo de transformar completamente a proposta do diretor. O que também não
representa o objetivo do Teste de Audiência.
Principais resultados
Quando os espectadores escreveram os “por quês” das suas escolhas na hora de
avaliarem o filme como excelente e muito bom, ficaram evidenciados quatro
importantes aspectos que sintetizam suas justificativas.
A idéia de resgate
O público percebeu como muito positivo o fato do filme recuperar imagens da
história do Brasil e da história de cidades brasileiras dentre elas Curitiba e da história da
TV brasileira. È muito pressente na avaliação das pessoas a função de preservação e
resgate que o filme transmite. A preservação e retrato da memória pelo documentário
são muito bem aceitos pelo público.
Os espectadores reconheceram suas histórias pessoais no filme e mostraram seu
agrado ao relembrar o passado.
“A ideia de fazer um doc. sobre a história baseada em imagens disperdiçadas da TV é
sensacional.”
(Curitiba, mulher)
“O filme foi bastante envolvente, além de discutir a importâcia da preservação da
memória” (Curitiba, homem)
“É importante conhecer nossa história, termos a memória do que fomos”
(Curitiba, mulher)
“Em um Brasil tão desmemoriado como o nosso, esse resgate de épocas nos faz rever
certos valores, como valorizar nossa história” (Brasília, mulher)
“Pela temática da memória e, principalmente, pelas imagens recuperadas. Interessante
mostrar o processo de interesse por algo” (Brasília, mulher)
“Trata da história do povo curitibano, e muito agradável a visão das notícias”
(Curitiba, homem)
“Faz um trabalho de recuperação histórica em forma de documentário”
(Brasília, mulher)
16
“Resgata a memória do curitibano”
(Curitiba, mulher)
A idéia do valor cultural histórico
Uma das palavras que foi usada de forma recorrente pelo público na hora de
justificar sua avaliação foi a palavra “interessante”. De forma geral, a presença da
categoria “interessante” quando colocada como justificativa de avaliação representa um
“curinga” quando se avalia um produto artístico e não se está convencido ou seguro da
própria aceitação. É muito comum no Brasil ficar “encima do muro” utilizando a
palavra “interessante” quando não se quer tomar partido por uma estética que ainda não
convence.
Este não parece ser o caso do filme No Lixo do Canal 4 onde palavra
“interessante” aparece vinculada a um contexto que reforça o valor e a importância
histórica do trabalho que foi realizado com a matéria prima “jogada no lixo” do canal de
TV. Por tanto, se tratando deste filme, o espectador do Teste de Audiência sabe, e está
seguro, do por que está classificando o filme como “interessante”.
“Idéia muito interessante. Resgate cultural. Divulgação na forma de filme”
(Curitiba, homem)
“O assunto é interessante e sou estudante de jornalismo por isso o filme me cativou de
forma especial”
(Curitiba, homem)
“É um acervo muito interessante” (Curitiba, homem)
“Achei interessante o objetivo do documentário, seu contexto, história...”
(Brasília, mulher)
“Interessante p/ quem sempre morou em Curitiba” (Curitiba, mulher)
“Interessante, emocionante. E principalmente pq é meio difícil que um documentário
prenda minha atenção por muito tempo!!!” (Brasília, mulher)
Entretanto, alguns espectadores de Brasília foram mais críticos e mesmo
avaliando o filme como excelente ou muito bom quando utilizaram a palavra
“interessante” o fizeram completando com um comentário de desagrado ou sugestão a
respeito da organização ou ritmo do filme.
17
“Achei interessante o objetivo do documentário, seu contexto, história, porém, fiquei um
pouco perdida em alguns momentos” (Brasília, mulher)
“O tema é interessante por demais! No entanto ficou repetitivo” (Brasília, homem)
“Interessante mas um pouco cansativo” (Brasília, homem)
“O tema e o material é interessante, mas acho que algumas partes são pouco claras”
(Brasília, homem)
“A sequencia dos aspectos tratados é interessantíssima, porém, as digressões são um
"anticlímax" não muito interessante” (Brasília, mulher)
Memória e emoção
O filme No Lixo do Canal 4 atinge aspectos emotivos do espectador.
Principalmente por se tratar das reminiscências da sua história. O espectador paranaense
ficou “tocado” e emocionado ao ver reveladas imagens e lembranças da cultura de
origem. Este fato foi um dos mais significativos na avaliação positiva do filme. A
“experiência vital” do espectador permitiu que o documentário funciona-se como uma
espécie de “anamnese”8 terapêutica em que afloram sentimentos profundos e
comoventes que fazem parte da história de vida de uma parte do público.
“O fator emocional conta por se tratar da identificação da cultura da minha cidade”.
(Curitiba, mulher)
“Foi um destaque da memória de um tempo que vivenciei e que me emocionou
bastante” (Curitiba, mulher)
“É dinâmico, divertido, informativo e emocionante” (Curitiba, mulher)
“Pois consegue um 'mix' de sensações, damos risadas, nos emocionamos, e
lembramos de nossa própria vida”(Curitiba, mulher)
“Emocionante. Revelador ao tratar o tema da memória audiovisual paranaense.
Excelente montagem”(Curitiba, mulher)
“Foi o primeiro documentário que me emocionou e inclui parte da minha história”
(Curitiba, homem)
8
Anamnese (do grego ana, trazer de novo e mnesis, memória) é uma entrevista realizada pelo médico ao seu
paciente, que tem a intenção de ser um ponto inicial no diagnóstico de uma doença. Em outras palavras, é uma
entrevista que busca relembrar todos os fatos que se relacionam com a doença e à pessoa doente. Fonte:
http://pt.wikipedia.org/w ki/Anamnese (saúde). Acessado em 27/06/2010
18
Entretanto, no somente o público de Curitiba se sintiu tocado com os aspectos da
memória e a sensibilidade do filme. O espectador de Brasília manifestou também
sentimentos de identificação emocional com o filme. Como expressos nos verbatins
embaixo.
“Emocionante, engraçado, valioso, bem cuidado, sensível, boa idéia” (Brasília, homem)
“Emocionante, divertido, nos ajuda a resgatar memórias perdidas” (Brasília, mulher)
“Engraçado, emocionante, essencial!” (Brasília, homem)
“Emocionante. E principalmente pq é meio difícil que um documentário prenda minha
atenção por muito tempo” (Brasília, mulher)
“Pela nostalgia, emocionante” (Brasília, homem)
A organização e montagem do filme
O documentário “No Lixo do Canal 4” foi convincente naquilo que é visto como
uma das suas principais funções. A partir de uma matéria prima sem valor aparente, isto
é, “lixo”; reconstruir, preservar, resgatar fatos, emoções e histórias que poderiam haver
se perdido sem este trabalho de pesquisa e edição.
O público avaliou positivamente a organização do filme e o trabalho de pesquisa
montagem e classificação que agregou valor a um material desvalorizado.
“Excelente montagem” (Curitiba, homem)
“Gostei do jeito que reconstruíram as histórias diversas em uma unidade narrativa me
parece muito bem montado” (Brasília, homem)
“Muito bem montada e foi bom por que eu não conhecia a antiga Curitiba” (Curitiba,
mulher)
“Porque conseguiu fazer de um monte de entulho um trabalho bem interessante”
(Curitiba, homem)
“Produziu do que era tido como lixo uma história. Uma memória. Sem dúvida foi uma
ação artística” (Curitiba, homem)
“Trabalho árduo, que foi colher, classificar e montar este filme demonstrativo”
(Brasília, homem)
19
Outras percepções
Além dos quatro principais aspectos avaliados e que foram relatados acima, o
público justificou sua boa impressão sobre o filme ressaltando o que considerou outros
aspectos louváveis do filme como o bom humor, a leveza, a originalidade, a atitude
crítica e a narrativa surpreendente na maneira de tratar os assuntos que se propôs o
documentário.
“Fez um resgate de informações e personagens sem ficar maçante e repetitivo”
(Curitiba, mulher)
“Documentário não linear há um elemento surpresa sempre a espreita”
(Brasília, homem)
“É uma ótica irreverente, inovadora...” (Brasília, homem)
“Excelente a escolha da linguagem feita pelo diretor, que foge do padrão, engessado
dos documentários ao estilo do globo repórter” (Curitiba, homem)
Críticas, sugestões. O que pode melhorar no filme...
É importante considerar que as pessoas que avaliaram o filme positivamente
também apontaram aspectos que podem ser melhorados. Ou seja, sua avaliação
considerou o filme como um todo, mas não foi uma avaliação cega. O que redimensiona
positivamente as avaliações favoráveis. A pergunta contida no questionário:
“Em sua opinião, o filme "No Lixo do Canal 4" ficaria melhor se...” Tinha como
principal objetivo identificar as sugestões do público espectador quanto a pontos
“frágeis” do filme. Estas respostas acabam revelando aspectos que incomodaram ou não
convenceram ao espectador desde o ponto de vista estético, ético, o técnico.
Não há o que mudar!!!!
Na avaliação de alguns espectadores o filme não requer nenhuma modificação.
“Acho que está bom assim” (Curitiba, homem)
“Ele já está perfeito, muito interessante e crítico” (Curitiba, mulher)
“Não há o que acrescentar” (Brasília, homem)
“Não sei se poderia melhorar, achei perfeito” (Curitiba, homem)
20
Sobre ritmo e duração de algumas cenas
Foram identificadas sugestões de melhoria em aspectos do ritmo e duração de
algumas cenas que foram consideradas longas, redundantes ou repetitivas. Alguns
momentos do filme foram considerados lentos ou “arrastados”, é o caso da duração do
“período militar” exposto no filme.
“Achei a parte em que o Jaime Lerner aparece muito longa” (Curitiba, mulher)
“As primeiras cenas explicando sobre a memória poderia ser um pouco menor”
(Brasília, mulher)
“Não ficasse tanto tempo abordando o período militar” (Brasília, homem)
“Se o ritmo fosse menos lento” (Curitiba, mulher)
Sobre a atualização de depoimentos
O espectador curitibano sugeriu um “link” com a atualidade. Considerou que o
documentário está muito centrado no “passado”. De acordo com algumas opiniões,
faltaram depoimentos de personalidades do presente.
“... Acho que não houve um link com o atual enfatizou muito so as imagens antigas”
(Curitiba, mulher)
“Apresentasse comparação com o lixo atual...” (Curitiba, homem)
“Tivesse mais depoimentos atuais de anônimos” (Curitiba, homem)
“Usasse mais imagens presente nos rolos de anos de história” (Curitiba, mulher)
Sobre as legendas
Alguns espectadores sentiram-se incomodados com o tratamento que foi dado às
legendas. Perceberam ausência de legendas, falta de identificação das pessoas e mais
sofisticação na sua edição.
“... divulgasse mais legendas sobre as personalidades...” (Curitiba, mulher)
“Acho ... as legendas um pouco grosseiras. Faltam também alguns créditos...”
(Brasília, mulher)
“Tivesse mais legendas para identificar as pessoas” (Curitiba, homem)
21
Sobre o final...
Para alguns espectadores o final do documentário não está consistente. Precisa
ser mais bem trabalhado em relação ao ritmo e edição. Segundo os depoimentos, alguns
elementos estão sobrando. Por outro lado, foram identificados opiniões negativas
quanto à proposta estética do final que alguns consideram “piegas” ou “melodramática”.
“O final fosse trabalhado um pouco mais” (Brasília, homem)
“O final fosse menos arrastado” (Brasília, homem)
“Cortasse o melodrama do final ...” (Curitiba, homem)
“Em sua edição final, fossem retiradas entrevistas supérfluas...” (Brasília, mulher)
“Usasse uma trilha sonora menos piegas no final” (Brasília, homem)
“Tivesse um final mais conclusivo em relação ao tratamento que foi dado ao arquivo”
(Curitiba)
22
Conclusão
por Marcio Curi e Renato Barbieri
Considerações sobre a Amostra
A nosso ver, o Teste de Audiência do filme “No Lixo do Canal 4” deve ser
analisado procurando entender o peso e os significados das respostas e observações do
público presente em Brasília (101) e Curitiba (96) à luz dos potenciais cinematográficos
do filme. É importante ressaltar que a amostra do Teste não é representativa do universo
do público pagante de cinema no Brasil. Para nós é importante se ter a clareza da
medida em que as respostas aqui espelhadas são representativas do potencial de público
nas salas de cinema, principalmente durante as primeiras semanas de lançamento do
filme, mas também junto a outros circuitos do cinema de conteúdo, como TVs, festivais,
espaços culturais, educativos etc. O público do Teste de Audiência é marcadamente
formado por pessoas que gostam de cinema, mas com um particular: gostam também de
cinema brasileiro. Consideramos que o público que não assiste a filmes brasileiros no
cinema – algo em torno de 90% do público pagante no Brasil[1] – também acaba por
não freqüentar o Teste de Audiência, isso porque a atividade realizada na CAIXA
Cultural de Brasília e Curitiba está associada ao Cinema Brasileiro Independente.
O mercado brasileiro de cinema conhece bem a força que o „boca a boca‟ tem na
carreira de um filme. Para se chegar a uma visão de público potencial, ou seja, um
público que venha a se engajar ao filme e, assim, se tornar potencialmente multiplicador
pelo „boca a boca‟, propomos fazer um recorte de aprovação enfática do filme através
do somatório daqueles que consideram o filme „excelente‟ (18,4%) e „muito bom‟
(51%), dentro da Tabela A1, em cruzamento com „recomendaria com certeza o filme a
meus amigos‟ (82,7%), da Tabela A3. Essa média, para “No Lixo do Canal 4”, está em
torno de 76% de aprovação engajada, dentro do público presente ao Teste de Audiência
em Brasília e Curitiba. Se considerarmos que a „fatia‟ dos filmes brasileiros nas salas de
cinema do país é de 10%, deduzimos que o público potencial de “No Lixo” é de
aproximadamente 7,6%, um número expressivo, dentro do histórico de pesquisas do
Teste.
Dentro dos parâmetros acima expostos devemos ter um olhar mais apurado para
as considerações daqueles que avaliam o filme como „excelente‟, „muito bom‟ e „bom‟
23
sendo que encontraremos um maior potencial de crescimento de público na faixa que
considera o filme como „bom‟, já que esses aprovam o filme, mas com ressalvas. O
mesmo não deve acontecer com aqueles que consideram o filme „regular‟ e „ruim‟, ou
seja, para esses o filme não atende às suas expectativas estéticas e de conteúdo fílmico.
Potencial do Filme “No Lixo do Canal 4”
“No Lixo do Canal 4” apresentou números bem próximos nas avaliações
pertinentes a cada uma das cidades pesquisadas para grande parte dos principais
quesitos do Teste, respectivamente para Brasília e Curitiba: 17% e 19,8% de
“excelente” e 47% x 55,2% de “muito bom” (Tabela A1 do Anexo A); 76% e 89,7% de
„recomendaria com certeza aos meus amigos‟ (Tabela A3); 81% e 76,4% de conceitos
considerados positivos (Tabela A5); 86,9% e 96,9 % de „o filme prendeu a minha
atenção‟ (Tabela A6), e assim por diante. Esses resultados mostram que o filme
conseguiu transpor a barreira do regionalismo, um risco presente pelo fato de trazer à
tona fatos passados exclusivamente no Paraná e à sua capital, Curitiba. O equilíbrio dos
resultados entre Brasília e Curitiba atesta essa conclusão. Pode-se mesmo dizer que o
filme possui „universalidade‟ dentro do Brasil, considerando-se as disparidades sócioculturais entre as duas cidades, bem marcadas em determinados filmes em Teste.
Por outro lado, a forte convergência dos resultados da Tabela A8 mostra que a
maioria das pessoas, tanto em Brasília (51%), como em Curitiba (44,1%), tende a
assistir ao filme em DVD ou na TV, o que indica menor apelo para o mercado de salas.
Um outro aspecto relevante é o interesse do espectador por conteúdo de
“memória” como tema do documentário: 77,1% em Brasília e 76,5% em Curitiba
(Tabela A10.3).
Diante desses fatos, sugerimos:
1. Direcionar os esforços de promoção e visibilidade do filme para festivais
nacionais e internacionais de documentários, de preferência para aqueles que
tenham como temática central a história, a etnografia ou a própria mídia.
Destacam-se
nesse
cenário
os
seguintes:
É
Tudo
Verdade www.etudoverdade.com.br (a nosso ver, a melhor vitrine para o
filme no Brasil); Jornada de Cinema da Bahia (que tem especial interesse em
filmes
com
temática
histórica
ou
política);
Cinéma
du
24
Réel www.cinemadureel.org (especializado em doc e filmes antropológicos);
Festival Internacional de Documentário de Amsterdam www.idfa.nl (a maior
vitrine mundial do filme documentário);
2. Após conquistar carreira nos festivais, lançar o filme em salas do circuito
cultural e, em seguida, direciona-lo para lançamento na TV. O filme tem uma
clara vocação para ser exibido em canais de Tv por assinatura, principalmente
aqueles especializados em documentários, e para os canais da TV aberta,
principalmente as redes pública de TV com enfoque educativo e cultural;
3. Desenvolver o lançamento do filme como produto de prateleira, para venda
direta ao consumidor final, mas também para distribuição às instituições de
pesquisa, como museus, bibliotecas, universidades etc, com autoração em
DVD trilingue (português, espanhol e inglês) e com extras de material bruto
setorizados por gênero audiovisual: propaganda, reportagens; personalidades
etc.
Em nossa avaliação, a correta exploração dos potenciais do filme poderá fazer
com que seu desempenho seja maximizado, tendo em conta que o lançamento em salas
de cinema deve ser muito bem formatado para se evitar, assim, eventuais prejuízos
financeiros ou de „desgaste‟ da obra por efeito de invisibilidade nesse circuito.
25
Anexo A – Tabulação das respostas do questionário de avaliação
26
Anexo A – Tabulação das respostas do questionário de avaliação
Tabela A1 Qual a sua opinião sobre o filme em geral? (em percentuais)
Opinião sobre o
filme
Cidade
Brasília Curitiba
Total
Excelente
17,0
19,8
18,4
Muito bom
47,0
55,2
51,0
Bom
26,0
22,9
24,5
8,0
2,1
0,0
5,1
Regular
Ruim
2,0
100,0
Total
100,0
1,0
100,0
Tabela A2.1 Justifique sua avaliação (Brasília)*
Justificativa
AVALIAÇÃO “EXCELENTE”
Válido Importante resgate histórico
Local, mas “universal”
Emocionante, engraçado
AVALIAÇÃO “MUITO BOM”
Válido Memória e resgate histórico
Original, bem construído
Interessante, emocionante
Apresenta alguns problemas
Outros
AVALIAÇÃO “BOM”
Válido Memória histórica
Interessante, porém monótono, confuso
Outros
AVALIAÇÃO “REGULAR”
Válido Longo, cansativo
Outros
AVALIAÇÃO “RUIM”
Válido Entediante
Irrelevante
Subtotal
Sem resposta - não justificaram a questão anterior
Total
Freq.
Percent.
11
2
2
11,0
2,0
2,0
29
5
4
3
2
29,0
5,0
4,0
3,0
2,0
13
5
4
13,0
5,0
4,0
5
3
5,0
3,0
1
1
90
10
100
1,0
1,0
90,0
10,0
100,0
* Transcrição das respostas no Anexo.
27
Tabela A2.2
Justifique sua avaliação (Curitiba)*
Justificativa
Freq.
AVALIAÇÃO “EXCELENTE”
Válido Memória, resgate histórico
Identificação local
12
2
12,4
2,1
2
2,1
21
15
8
4
2
21,6
15,5
8,2
4,1
2,1
8
7
4
2
8,2
7,2
4,1
2,1
1
1
1,0
1,0
1
90
7
97
1,0
97,8
7,2
100,0
Bem montado
AVALIAÇÃO “MUITO BOM”
Válido Memória, resgate histórico
Temática interessante, diferente
Rico, informativo, crítico
Bom, mas tem alguns problemas
Emocionante
AVALIAÇÃO “BOM”
Válido Bom, mas tem alguns problemas
Interessante, importante
Histórico
Outros
AVALIAÇÃO “REGULAR”
Válido Documentário
Precário
SEM ATRIBUIÇÃO DE AVALIAÇÃO
Válido Jornalístico, televisivo
Subtotal
Sem resposta - não justificaram a questão anterior
Total
Percent.
* Transcrição das respostas no Anexo.
Tabela A3 Sobre recomendar filme a seus amigos, sua posição se aproxima de: (em
percentuais)
Cidade
Brasília Curitiba
Recomendaria o filme
Recomendaria com certeza
Total
76,0
89,7
82,7
Não recomendaria
3,0
2,1
2,5
Não tenho certeza
Total
21,0
100,0
8,2
100,0
14,7
100,0
Tabela A4 Na sua opinião, o filme é: (em percentuais)
O filme é:
Curto
Adequado
Longo
Total
Cidade
Brasília Curitiba
Total
1,0
9,4
5,1
69,7
80,2
74,9
29,3
100,0
10,4
100,0
20,0
100,0
28
Tabela A5.1 Descrição do filme com uma palavra* (Brasília)
Descrição
Válido
Freq.
Memória, resgate, documental
Interessante, reflexivo
Emocionante, divertido, surpreendente
Bom, legal
Fundamental
Monótono, mediano
Ótimo, maravilhoso
Outras
Subtotal
Percent.
42
12
12
8
6
5
3
4
92
8
100
Inválido
Total
42,0
12,0
12,0
8,0
6,0
5,0
3,0
4,0
92,0
8,0
100,0
*Transcrição das respostas no Anexo.
Tabela A5.2 Descrição do filme com uma palavra* (Curitiba)
Descrição
Válido
História, memória, documentário
Emocionante, envolvente
Interessante
Importante, necessário
Bom, regular
Muito bom
Regional
Outras
Subtotal
Inválido
Total
Freq.
33
18
10
7
4
3
3
6
84
13
97
Percent.
34,0
18,6
10,3
7,2
4,1
3,1
3,1
6,2
86,6
13,4
100,0
*Transcrição das respostas no Anexo.
Tabela A6 O filme prendeu a sua atenção? (em percentuais)
Prendeu a atenção
O filme prendeu minha atenção
O filme não prendeu minha atenção
Total
Cidade
Brasília Curitiba
Total
86,9
96,9
91,8
13,1
100,0
3,1
100,0
8,2
100,0
29
Tabela A7.1 Momento que melhor representa o filme* (Brasília)
Momento
Válido
Entrevistados revendo seu próprio passado
Arquivos deteriorados e recuperação
Momentos finais
Imagens passadas de artistas
Momentos finais
Registros do período militar
Imagens do cotidiano
Todos/ Diversos momentos
Outros
Subtotal
Inválido
Total
Freq.
21
14
11
10
7
5
5
4
11
88
12
100
Percent.
21,0
14,0
11,0
10,0
7,0
5,0
5,0
4,0
11,0
88,0
12,0
100,0
*Transcrição das respostas no Anexo.
Tabela A7.2 Momento que melhor representa o filme* (Curitiba)
Momento
Válido
Imagens de eventos e lugares
Arquivos abandonados, recuperação
Pessoas revendo seu passado
Início, informação sobre neurociência
Depoimentos, entrevistas
Todos
Imagens de artistas famosos
Não sei/ Não há
Final
Outros
Subtotal
Inválido
Total
Freq.
17
13
12
10
7
7
5
3
3
9
86
11
97
Percent.
17,5
13,4
12,4
10,3
7,2
7,2
5,6
3,1
3,1
9,3
88,7
11,3
100,0
*Transcrição das respostas no Anexo
30
Tabela A8 Em relação ao filme, a tendência seria de: (em percentuais)
Cidade
Brasília Curitiba
Tendência em relação ao filme
Total
Assistir na primeira semana que entrasse em cartaz nas salas
24,5
29,2
26,8
Esperar o lançamento em DVD
31,6
34,4
33,0
Esperar o lançamento na TV
19,4
10,4
14,9
Aguardar uma oportunidade para assisti-lo em algum evento cultural gratuito
12,2
19,8
16,0
Não assistir em nenhuma das ocasiões acima descritas
10,2
6,3
0,0
8,2
Mais de uma opção
Total
2,0
100,0
100,0
1,0
100,0
Tabela A9.1 De 0 (zero) a 10 (dez), que nota dá: ao início (em percentuais)
Nota
Cidade
Brasília Curitiba
Total
Até 5
21,6
15,5
18,6
De 5,1 a 7,5
26,8
24,7
25,8
De 7,6 a 10
51,5
100,0
59,8
100,0
55,7
100,0
Total
Tabela A9.2 De 0 (zero) a 10 (dez), que nota dá: ao meio (em percentuais)
Nota
Cidade
Brasília Curitiba
Total
Até 5
12,4
7,2
9,8
De 5,1 a 7,5
23,7
16,5
20,1
De 7,6 a 10
63,9
100,0
76,3
100,0
70,1
100,0
Total
Tabela A9.3 De 0 (zero) a 10 (dez), que nota dá: ao final (em percentuais)
Nota
Até 5
Cidade
Brasília Curitiba
Total
8,3
7,2
7,8
De 5,1 a 7,5
22,9
19,6
21,2
De 7,6 a 10
68,8
100,0
73,2
100,0
71,0
100,0
Total
31
Tabela A10.1 Graus de interesse com o arquivo do Canal 4 (em percentuais)
Interesse
Cidade
Brasília Curitiba
Total
Muito interesse
57,3
70,8
64,1
Interesse moderado
38,5
29,2
0,0
33,9
Nenhum interesse
Total
4,2
100,0
100,0
2,1
100,0
Tabela A10.2 Grau de interesse com o tratamento dado ao arquivo (em percentuais)
Interesse
Cidade
Brasília Curitiba
Total
Muito interesse
50,0
58,5
54,2
Interesse moderado
45,9
38,3
42,2
4,1
100,0
3,2
100,0
3,6
100,0
Nenhum interesse
Total
Tabela A10.3 Grau de interesse com a “memória” como tema (em percentuais)
Interesse
Cidade
Brasília Curitiba
Total
Muito interesse
76,5
77,1
76,8
Interesse moderado
21,4
21,9
21,6
2,0
100,0
1,0
100,0
1,5
100,0
Nenhum interesse
Total
Tabela A11 De 0 (zero) a 10 (dez), que nota dá ao filme (em percentuais)
Nota
Até 5
Cidade
Brasília Curitiba
Total
6,2
7,3
6,7
De 5,1 a 7,5
24,7
19,8
22,3
De 7,6 a 10
69,1
100,0
72,9
100,0
71,0
100,0
Total
32
Tabela A12.1 Sugestões de aprimoramento para o filme * (Brasília)
Sugestões
Válido
Freq.
Mais ágil, menos repetitivo, mais curto
Melhorar aspectos técnicos
Mais legendas, informações
Desenvolver melhor os temas
Nada/ Não sei
Menos “local”, mais “universal”
Outro título
Outros
Subtotal
Percent.
19
11
10
9
8
5
3
11
76
24
100
Inválido
Total
19,0
11,0
10,0
9,0
8,0
5,0
3,0
11,0
76,0
24,0
100,0
*Transcrição das respostas no Anexo.
Tabela A12.2 Sugestões de aprimoramento para o filme * (Curitiba)
Sugestões
Válido
Freq.
Explorar mais imagens, temáticas, personagens
O filme está bom assim
Melhorar aspectos técnicos
Outro título
Tirar alguns excessos
Mais informações e legendas
Mais entrevistas
Outros
Subtotal
Percent.
20
11
11
9
9
7
5
9
81
16
97
Inválido
Total
20,6
11,3
11,3
9,3
9,3
7,2
5,2
9,3
83,5
16,5
100,0
*Transcrição das respostas no Anexo.
Tabela A13 Quantas vezes você foi ao cinema no último mês?
Número de vezes
que foi ao cinema
Cidade
Brasília Curitiba
Total
Nenhuma
21,9
24,2
23,0
Uma
15,6
18,7
17,1
Duas
15,6
15,4
15,5
Três
20,8
14,3
17,6
Quatro
10,4
13,2
11,8
15,6
100,0
14,3
100,0
15,0
100,0
Cinco ou mais
Total
33
Tabela A14 Como você prefere assistir a filmes brasileiros (em percentuais)
Cidade
Brasília Curitiba
Preferência
Total
Na sala de cinema
79,4
70,0
74,9
Em DVD
10,3
18,9
14,4
Na TV
10,3
7,8
9,1
0,0
100,0
3,3
100,0
1,6
100,0
Mais de uma resposta
Total
Tabela A15 Classes de idade (em percentuais)
Classes de idade
Cidade
Brasília Curitiba
Total
Até 17
1,1
0,0
0,5
18 a 20
8,6
10,1
9,3
21 a 24
14,0
14,6
14,3
25 a 29
10,8
21,3
15,9
30 a 34
8,6
14,6
11,5
35 a 39
9,7
7,9
8,8
40 a 44
9,7
5,6
7,7
45 a 49
11,8
13,5
12,6
50 a 54
5,4
6,7
6,0
55 a 59
5,4
1,1
3,3
15,1
100,0
4,5
100,0
9,9
100,0
60 e mais
Total
Tabela A16 Sexo (em percentuais)
Sexo
Cidade
Brasília Curitiba
Total
Masculino
50,5
49,5
50,0
Feminino
49,5
100,0
50,5
100,0
50,0
100,0
Total
34
Tabela A17 Escolaridade (em percentuais)
Cidade
Brasília Curitiba
Escolaridade
Total
Fundamental (1º Grau)
3,1
0,0
1,6
Médio (2º Grau)
5,2
13,2
9,0
25,8
26,4
26,1
66,0
100,0
60,4
100,0
63,3
100,0
Superior incompleto
Superior completo ou pós-graduação
Total
Tabela A18 Renda familiar mensal aproximada (em percentuais)
Renda familiar
Cidade
Brasília Curitiba
Total
R$276,00
1,1
0,0
0,5
R$485,00
0,0
1,1
0,5
R$726,00
2,1
1,1
1,6
R$1195,00
5,3
13,6
9,3
R$2000,00
9,5
20,5
14,8
R$3480,00
23,2
27,3
25,1
R$6560,00
23,2
14,8
19,1
R$9700,00 ou mais
24,2
10,2
17,5
11,6
100,0
11,4
100,0
11,5
100,0
Não sabe/ prefere não dizer
Total
35
Anexo B – Questionário da pesquisa quantitativa
36
TESTE DE AUDIÊNCIA
TESTE Nº03/2010 – NO LIXO DO CANAL 4
1. Qual a sua opinião sobre o filme em geral?
(marque apenas uma opção)
1. Excelente
2. Muito bom
3. Bom
4. Regular
5. Ruim
2. Por quê?
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
3. Sobre recomendar o filme a seus amigos, sua posição se aproxima de: (marque apenas uma opção)
1. Recomendaria com certeza
2. Não recomendaria
3. Não tenho certeza
4. Em sua opinião, a duração do filme é: (marque apenas uma opção)
1. Menor do que a ideal
2. Adequada
3. Maior do que a ideal
5. Se você tivesse que falar desse filme com uma palavra, qual seria? _________________________
6. Dentre as alternativas abaixo, qual a sua opção? (marque apenas uma opção)
1. O filme prendeu a minha atenção.
3. O filme não prendeu a minha atenção.
7. Na sua opinião, qual o momento que melhor representa o filme?
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
8. Sobre assistir este filme novamente, você tenderia a: (marque apenas uma opção)
1. Assistir na primeira semana que entrar em cartaz
2. Esperar o lançamento em DVD
3. Esperar o lançamento na TV
4. Aguardar uma oportunidade para assisti-lo em algum evento cultural gratuito
5. Não assistir em nenhuma das ocasiões acima descritas
9. De 0 (zero) a 10 (dez), que nota você dá a cada parte do filme? (dê uma nota para cada item)
1. Início............
2. Meio .............
3. Final..............
10. Que grau de interesse cada um dos aspectos abaixo despertou em você? (marque com um “X” em cada linha)
1. Muito interesse
Aspectos do filme
Arquivo do Canal 4
Tratamento dado ao Arquivo
A "Memória" como tema
2. Interesse moderado
3. Nenhum interesse
11. De 0 (zero) a 10 (dez), que nota você dá ao filme? ___________
12. Na sua opinião, o filme “No Lixo do Canal 4” ficaria melhor se.... (complete no espaço abaixo)
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
© ASACINE
VIDEOGRAFIA
TDA 03/10
13. Quantas vezes você foi ao cinema no último mês pagando ingresso? (marque apenas uma opção)
1. Uma
2. Duas
3. Três
4. Quatro
5. Cinco ou mais
0. Nenhuma
14. Como você prefere assistir a filmes brasileiros? (marque apenas umaopção)
1. Na sala de cinema.
2. Em DVD
3. Na TV
15. Idade: _________anos completos
16. Sexo:
1. Masculino
2. Feminino
17. Qual a sua escolaridade? (marque apenas uma opção)
1. Fundamental (1º Grau)
2. Médio (2º Grau)
3. Superior incompleto
4. Superior Completo (ou pós-graduação)
18. Para controle de nossa pesquisa, pedimos a gentileza desta última informação. Qual dos valores abaixo mais
se aproxima da sua renda familiar mensal? (marque apenas uma opção)
1. R$276,00
2. R$485,00
3. R$726,00
4. R$1195,00
5. R$2000,00
6. R$3480,00
7. R$6560,00
8. R$9700,00 ou mais
9. Não sabe/ prefere não dizer
ENTREGUE O QUESTIONÁRIO PREENCHIDO A UM DOS MONITORES.
AGRADECEMOS A SUA COLABORAÇÃO.
Nº do questionário (não preencher)
© ASACINE
VIDEOGRAFIA
TDA03/10
Anexo C – Transcrição do Grupo Focal
39
GRUPO FOCAL – NO LIXO DO CANAL 4
Marcio: Eu iniciei aqui a gravação
Apresentação da equipe. Eladio, Mariana.
Marcio: nós vamos agora fazer uma discussão mais aberta sobre o filme sem a
presença do diretor. Essa é a característica principal dessa atividade que a gente
desenvolve aqui e eu queria então começar pedindo que cada um que se apresentasse
rapidamente, dando apenas o nome, a principal ocupação e se achar importante dizer
mais alguma coisa. Mas, à princípio isso será o suficiente.
1 - Eu sou Edson Junior, tenho 20 anos, sou formado em publicidade e gosto
muito de Cinema.
2 - Meu nome é Jadir Alves, sou professor universitário na área de comunicação
empresarial, tenho uma experiência com cinema.... tenho um olhar mais especializado
nesta área.
3 – Cândida, 52 anos, sou bancária aposentada e professora, também aposentada.
Estudei filosofia e aprendi a gostar de cinema nos cines filosofia da época na UNB e na
Católica.
4 - Sou Mariana e faço parte da pesquisa.
5 - Sou Edileuza, sou professora e organizadora de dois livros chamados Cinema
e Educação.
6 - Sou Isabela Paz, sou cantora, professora de canto. Me formei eu
biblioteconomia e pós graduada em musicoterapeuta.
40
7 - Meu nome é Nazareno Afonso, 61 anos, sou arquiteto urbanista, lido com
mobilidade urbana. Eu já me aposentei mas continuo trabalhando nas ONGS todas e sou
artista plástico e viciado em cinema.
8 – Fernando Brito, a galera me conhece como Bola nos bares e nos meios aí.
Eu sou diretor e roteirista do núcleo de documentário da TV Câmara e tenho uma
experiência amadora em cinema. E tô aí ralando com os meus primeiros documentários.
9 – Meu nome é Fausto Marques. Sou ..... mais trabalho no comércio por trinta
anos.
10 - Eu sou Francisca, já vou entrar para os 62 agora em junho. Sou assistente
social e a coisa bateu muito forte em mim porque eu sou inclusive daquela época eu
sou.....eu fui militante muito tempo.......remanescente dessa galera aí.
Marcio – então depois que todos se apresentaram eu vou falar rapidamente.
Queria dizer que aqui todas as opiniões são igualmente importantes, não existe
diferença entre a opinião de quem conhece, quem é expert, e daquele que é um simples
espectador, apreciador. Então, pra nós, todas as opiniões aqui são importantes. As
pessoas podem se manifestar a qualquer momento. A gente pede apenas, e às vezes eu
posso até vir a ser um pouco firme nisso, que cada uma fale de uma vez pra não
dificultar o nosso trabalho de degravação da conversa. Certo? E nós elaboramos um
pequeno roteiro de abordagem que nós queremos fazer a respeito do filme que é um
guia, mas que não impede que alguém que queira manifestar alguma coisa, além daquilo
que a gente tiver programado, pode também. Então eu queria começar propondo a vocês
a seguinte questão: no questionário, que vocês responderam lá em cima, cada um de
vocês resumiu o filme em uma palavra. Eu queria então que aqui cada um revelasse essa
palavra e explicasse um pouco o porque da palavra que escolheu.
41
Quem quer começar?
M: Eu coloquei previsível porque como falava de um canal de TV lembrei que ia
passar coisas que porventura tivessem sumido, tivessem tido algum trato, tivesse sido
um pouco esquecido, tipo essas coisas que tivesse sido queimada mas que se aproveitou
muita coisa. Achei que falava de ditadura também então um pouco previsível é isso.
- Quem é o pròximo?
- Isabela: eu falei de memória histórica. Na verdade uma palavra conjunta
porque, como bibliotecária, eu acho que toda essa memória ela é muito importante. A
gente tem que guardar a memória pra que ela seja depois disponibilizada e acessível pra
todas as pessoas do o país, a qualquer momento. As memórias que estão nas TVs, nas
Universidades, nas Bibliotecas de todas as instituições públicas e privadas, enfim, tudo
que for registro de informação, que tem que estar bem documentado, bem arquivado e
disponibilizado pra todo mundo poder usar isso enfim.
Marcio: um minuto só! Que eu esqueci de dizer uma coisa muito importante: os
meus colaboradores, o Eládio e a Mariana poderão também, da mesma forma que vocês,
interferir a qualquer momento.
H: A palavra que eu resumi é pesquisa porque dá a entender que um clima novo,
todas aquelas informações pra ele foi uma surpresa imensa, até mesmo pra tentar seguir
um roteiro em cima de algo que a cada material que ele pegava ia ser surpreendido.
Parece que não tinha uma linha a seguir. Simplesmente a própria pesquisa já dá, pra
quem tá assistindo, aquela sensação de não ter uma linha determinada. Pra que rumo?
Pra simplesmente colher aquela coleta de informação dentro do que se passa dentro do
........? Pra tentar ordenar assim como foi colocado, separados por anos e a partir dali
começar a assistir e fazer uma limpeza do que poderia ser aproveitado?
42
H: Memória também, isso me marcou muito, seja por mania minha: eu tenho a
maior dificuldade de jogar coisa fora do que eu vivi, da minha história. Mas, com essa
preocupação, e eu tenho, e eu lembro quando meu pai morreu, minha mãe pegou,
selecionou alguma coisa e jogou tudo no lixo. E aí eu fiquei pensando depois: se eu não
me preocupar de alguma coisa que eu tenho, e já passar logo, antes que eu vá, vai
acontecer a mesma coisa com meus filhos, eles vão pegar e fazer o que? E todos nós
temos uma história e esse filme pra mim disse isso.
Edileusa: então, eu coloquei memória (movimento) porque o filme lembra muito
essa coisa do movimento e eu fiquei pensando numa palestra que eu fui no ano passado,
da Associne, sobre o material da Atlântida, que o governo acaba de comprar. E a
maioria são latas vazias deterioradas assim, que, diferente daquele material, o estado de
conservação é péssimo e o governo acabou de comprar alhos por bugalhos. E é muito
isso assim, acho que foram dois mil nesse filme, de dois mil filmes que conseguiram
resgatar inúmeras horas de filmagem. Então fiquei pensando nesse movimento aí me
remeteu a isso por isso memória e movimento.
Fausto: Eu coloquei memória também. Quando meu avô morreu eu era muito
novo, tinha 5 anos, nem me lembro bem daquela época, mas me contam que minha avó
colocou os objetos pessoais de meu avô numa mesa e o pessoal ia pegando. Cada um ia
pegando uma coisa: os filhos, os irmãos... e eu peguei um chapéu, um chapéu que meu
avô usava sempre e esse chapéu, eu perdi semanas depois. Isso tem mais de vinte anos,
mas eu me lembro de ter perdido o chapéu. Esse chapéu me acompanha. Eu,
particularmente, não conheço o Paraná, mas, o que eu senti quando vi o filme é que, eu
gostaria de assistir a um filme como aquele de um lugar que eu conhecesse melhor. Eu
achei bacana, eu acho que é importante o filme, é relevante, eu achei bonito.
6 – Acho que isso que ele falou, só me intrometendo, é muito interessante. Eu
acho que essa é a vontade que dá. Que ali, dá pra pensar como um Curitibano, ou algum
de lá, se sentiria assistindo aquele filme. Dá aquela vontade de ter um filme daquele de
algum lugar pelo menos que a gente nasceu que a gente viveu mesmo.
43
Oh! Que a gente tá falando quase a mesma coisa, mas é engraçado as palavras, a
gente não escolhe. Eu coloquei resgate porque causa esse... eu quando cheguei nos 40,
eu tenho 44, quando cheguei nos 40, entrei numa jornada pessoal de reconstruir a
minha história. Meus amigos começaram a escrever livros da nossa época e aí, citando
coisas que eu havia participado e que não me lembrava e acho que o que me moveu a
ficar conectado no filme até o fim é esse processo do resgate da história pessoal. É ver
cada um daqueles personagens se achando naquela memória que foi recuperada e ao
rodando essa identidade um pouco mais do que um Curitibano vendo Curitiba, mas sim,
você vendo a cidade que você viveu que é mais ou menos a mesma coisa, mas dita de
uma forma diferente. Mas aí ficou essa coisa do resgate da memória, incentivando o
público a se preparar ou a se preocupar com o resgate de sua própria história. Acho que
todo mundo sai duma sessão dessa, volta pra casa, já começa a olhar diferente aquele
conjunto de fotos, aquele super 8 que tinha, acho que vai causar esse efeito essa...
Marcio: O Edson ficou nos devendo a palavra, …
Edson: a minha palavra foi útil. O filme trás memória, trás muita gravação que
não é ficção. Eu achei que seria uma palavra interessante pra ele, seria útil.
Francisca: Acho que o que foi colocado aqui realmente, a questão do resgate e
memória, eu acho assim que esteja trazendo esse resgate e que faz também uma ligação
entre o que está se colocando de um estado com todo o Brasil, com todos os estados
que, por exemplo, na hora que passou a questão da barragem, então eu revivi aquele
momento porque? Porque eu trabalhei na barragem de Sobradinho, Juazeiro da Bahia,
Petrolina, onde lá foi onde nós plantamos uma barragem em cima dum rio daqueles que
até saiu aquelas músicas Petrolina adeus adeus adeus... que por um acaso era nós que
estávamos lá. Então é uma coisa que mexe com as pessoas e trás todo um passado que
identifica com os nossos antepassados. Agora, tem uma coisa que eu achei que deveria
melhorar um pouco, aqui já é uma opinião: é a respeito da identificação dentro das
partes, por exemplo, política, ou seja: pra juventude identificar com alguém ou, por
exemplo, quem não identifica Sarney? Todo mundo identifica o Sarney, certo? Mas tem
outras pessoas ali que não são identificáveis. Até mesmo pra mim, que já estou
44
perdendo a memória, então é uma coisa boa eu vê ali inclusive com data pra novas
gerações, inclusive ligando a data e se já morreu, botar o quê, botar a época, daqui e
dali, falecimento da época tal, pra poder a pessoa situar na história que tá sendo
colocada ali.
Marcio: então eu vou aproveitar que a Francisca já inaugurou a nossa etapa
seguinte. Foi muito bom e aí eu vou propor ao restante do grupo exatamente isso: quais
são os principais problemas ou pontos fracos desse filme na opinião de cada um de
vocês?
- Posso pegar o gancho dela?
- Claro!
- Eu percebo que a parte política desloca. Pessoalmente, assim. Agora, sem
nenhum constrangimento, justamente na hora em que eu acho que tem um problema de
clareza de foco, assim, aquela velha pergunta: que história eu tô contando? Você
apresenta uma pesquisa científica, quer dizer: cientistas falando como a memória
funciona... aí você percebe claramente que você vai trabalhar com um acervo e vai usar
essa metáfora pra trabalhar nessa construção ou resgate da memória, dá justo na parte
que entrou na política eu ... foi a parte que eu saí da imersão, porque começou a contar
uma outra história particular, dum período político que é comum a todo mundo, que
muita gente lembra, e que todo mundo viveu e questionou... E se estendeu demais nesse
assunto no meu ponto de vista. Eu acho que podia ter ficado com a mesma proporção
que os demais temas apresentados, justamente pra não causar essa diferenciação. Eu me
senti afastado um pouco do tema quando ele entrou nesta particularização.
Marcio: Alguém mais quer acrescentar alguma coisa ou reforçar ou enfim
contrapor?
- Uma observação é a parte da sutileza se foi bem próximo a questão política aí
fica vivenciado, mas, principalmente, quando se faz aquela colocação com relação aos
cinemas que foram incendiados na época de 68, 69, 70 até 2009, nada mais é que,
45
também, uma intenção política de apagar a memória. Porque o que se tem registrado, o
que se achou de registros, ali nesse material, imagino o que se tem de registros ainda
hoje nessas emissoras, e ainda pergunto: até hoje, até mesmo dá pra se pensar no poder
político dessas emissoras. Hoje que eles transcenderam aquele controle, que sendo da
época da ditadura, uma vez que hoje qualquer um político que venha se despontar hoje,
ele tá sob o jugo dessa memória, que tá registrada porque ali tem coisas que se ... tem
certas imagens ali que são dos artistas ali, coisas que não eram alcançadas no meio, nas
emissoras de época, então aquela, principalmente aquelas, que foram incendiadas numa
seqüência assim, tão seguidas, e a quantidade de material que se perdeu ali, e essa
sutileza não precisa induzir aqui as pessoas, ou os estudantes, que estejam bem avisados
ou, mais ou menos esclarecidos, pensar e repensar o que assistiu, vai ver que ali tem
certas mensagens, certas sutilezas do autor, dos diretores pra...
Marcio: Quem quer acrescentar mais alguma coisa?
- Eu queria acrescentar o seguinte: eu acho assim que o filme é muito inteligente
na ideia, com o que pegou ele é fantástico. Instiga a gente. Agora ele é extremamente
longo, ele perde coisas muito boas pra ele mesmo. E faltou direção, alguém que pegasse
esse material e construísse mesmo um documentário, quer dizer: ele, eu acho que ele,
ainda tá numa fase primária e, por exemplo, aquela cena onde mostra tudo o que
aconteceu, aquilo ali é o fim do filme. Quando aconteceu aquilo, acabou o filme. Aí
continua de novo, aí tem hora que você acha que acaba aí continua de novo. Então, tem
cenas belíssimas, mas ele perde nisso é o que mais me incomodou. Teve hora que eu
dormi e, entende? ....
- Concordo com ele! Também não tem um balanceamento, tem um lado muito
personalista em alguns momentos, alguns personagens ali que eu acho que não
precisava tanto. Tem uma ... então é isso aí.
Eládio: Quais os personagens que não precisa por exemplo?
46
M: Não que não precisasse estar, mas o período que está em cena, o prefeito é
uma dessas personagens.
H: Ele não segue linhas cronológicas
M: Exatamente
M: É muito vai me leva
Eládio: e ele concorda com isso, você que falou sobre o que não precisava tanto?
H: não, eu acho assim: que o foco nos políticos ficou longo demais. Não só nele,
mas naquele outro que aparece bastante é ... e a gente não entende bem qual é aquela
escolha, que tem umas pessoas que são importantes, são aquelas que vão amarrar que
vão ….
H: Parece que vão contar uma outra história e aí fica naquela história e também
não termina, fica essa coisa aí, aquela cena fica uma sutileza do link dessa história.
Parece que tem um filme dentro do filme, tem um tratamento especial da questão
política e tem o tratamento da questão... ele começa dizendo que vai falar de memória e
aí ele abre um parênteses muito grande pra falar duma... era duma fase política do país e
se dedica muito a usar aquele material que não é tão... é o menos novidade de tudo que
ele encontrou naquele acervo pra se alongar numa questão que já tá fora da ideia
principal. Ficou aquele apendicezinho dentro de uma coisa legal e é isso... de repente,
causa um incômodo, não precisava fazer um subfilme sobre o período político.
Marcio: A gente quer aproveitar essas provocações, que estão ótimas, pra pedir
aos outros que também participem. Eu vou só acrescentar o seguinte: a gente já colocou
em questão uma outra pergunta que tá aqui, então vamos logo deixar claro pra todo
47
mundo que é a respeito da duração do filme. Então, estamos falando dos problemas do
filme e da duração do filme. E eu queria ouvir outras pessoas, começando pela Edileusa.
M: Eu queria dizer exatamente isso: a sensação do se alongar, de ter que ser
“longa” então por isso 71`. Porque tem parte que realmente fica exaustivo, acho que tem
cenas bem bacanas que pra mim, o questionário pergunta isso, e pra mim chama muita
atenção. São aqueles recortes que o repórter faz a pergunta e o outro não responde.
Aquilo ali foi uma sacada super genial, mas essa parte chega a ser bastante
desproporcional. Se a gente pensar no tratamento social ou político cultural do foco que
se dá a alguns personagens da política são ...
H: Eu, por minha parte, não acho o filme longo. Eu não identifico um filme de
começo meio e fim, mas, de certa forma, mais pro final, eu passei a pensar que isso é
proposital. É como se ele fosse lançando mão das memórias, algo que viesse naquele
momento, por exemplo, quando ele coloca as propagandas ele vai se lembrando e vai
dizendo.
M: Com relação às propagandas, eu achei um pouco solto isso. É muito lindo,
achei desconexo com o que tava passando. Aí passou propaganda e, como a Francisca
falou anteriormente, acho que teria que ser lançado assim numa data... que realmente
fiquei perdida. Até eu ri quando passou o ...
Eladio: Em que momento você ficou perdida, tem um momento?
M: Tem. Aquele grupo que tava cantando, tocando assim, já tudo ...
Todos: Os quatro … os quatro
- Estavam ali aquele ali ...
- Os quatro cantando ali, incomodou ...
48
- Aquele ali, eu tava querendo identificar aquele ali ...
- Tava no cartaz !
- Eu não vi o cartaz!
- Pois é ...
- Então eu queria saber daquela pessoa. Teve uns, também, que era umas figuras
que apareciam de repente ... apareciam...
– eu acho que eles podiam ter lançado mão de lettering mesmo. De roteiro ... não
ia incomodar já que tava trazendo uma memória. Eles pesquisaram durante muito
tempo, eles ganharam intimidade com o material, a gente não.
- Pra trazer este material, trazer esta identificação eu senti... e o início daquela ...
eu sei que proposital, pra mostrar, pra questão do esquecimento... do mais, eu acho que
o início poderia ser mais enxuto, acho que ele foi muito fraco, muito tempo
– eu discordo! Pra mim o ponto forte é o início, aquela entrevista com... sim,
mas aquelas imagens, aquela fala no fundo sobre memória, aquilo ali assim pois é ...
Ele apresentou um tema só que ele não ficou fiel àquele tema. Eu não estou
tirando este conteúdo não... fazer o que? Repetiu muito.
Marcio: Vamos ouvir um pouquinho a Isabela que ela tá querendo se manifestar
ali.
M: A minha sensação é: qual é o sentido do filme? Ele falta definir qual é o
objetivo do filme porque o filme pode ser simplesmente pra mostrar pro espectador que
existe a memória individual e coletiva e que as pessoas se beneficiam dela quando elas
precisam de resgatar a coisa do significado de tocar a vida pra frente... Por exemplo,
reconstruir a vida... ou há de se mostrar a questão da falta de política dentro das
emissoras de televisão - de guardar e de dar acesso a esse material – pode, quando focar
a questão da política, falar sobre a ditadura e focar: olha o nosso momento atual
político! Cuidado! podemos voltar a ter ditadura aqui!... aí, porque mostra cena de
governo estaduais etc e tal,... então, qual é o objetivo desse filme?... acho que ficou
faltando isso! Porque ele aborda vários aspectos que estão relacionados à memória
49
histórica e não direciona isso. Eu acho desnecessário, por exemplo, aquela comparação
com o cérebro dentro da neurociência. Quer dizer: o filme não desenvolve nem um
aspecto dentro dessa linha depois que começa. Só depois, pra começar o filme, pra
começar o tema e finalizar o tema. Se não é necessário isso, ele conta isso de uma
forma... enfim, vai mostrando de uma forma misturada vários aspectos. Enfim, eu acho
que ele poderia priorizar um e eu fico achando uma das coisas muito importantes, que
me tocou mais, à qual eu atribuiria sentido ao filme. Eu definiria o filme pela questão da
identidade com a nossa identidade nacional hoje, que eu acho que é uma questão que tá
polêmica, né?... o brasileiro, quem somos nós?... o quê que nós estamos destruindo?...
nós não estamos mantendo com as nossas futuras gerações, desde os meus sobrinhos,
meus, enfim... as crianças de hoje não têm nenhum referencial histórico. Nenhum
referencial de nada. E que país nós estamos construindo?... e, dentro de todas as nossas
… e mostra isso, a destruição da natureza, enfim, mostra várias questões: as favelas, o
problema da água, é um filme riquíssimo, mas, se for bem direcionado, pode fazer com
que as pessoas enriqueçam suas vidas e mudem o cotidiano.
Marcio: o lado de cá ta muito caladinho, mas vamos ouvir a Francisca que tá
querendo se manifestar.
M:O que ela colocou agora acho que fechou bastante, assim, a coisa do quem
segura o que é que nós queremos mostrar realmente porque será que tá diferente? Tá!
Agora essa diferença, até onde ela vai e até onde ela vai ser contada ou então, ela vai ser
perdida também, ela tá sendo perdida? Isto, essa forma compacta que ela chamou
atenção ali. Mas que eu acho que vale a pena ser dito.
Marcio: Aqui, nós já estamos chegando à metade do nosso tempo pra nossa
conversa. Então, eu vou avançar um pouquinho, mas não está proibido voltar aos temas
que já entraram.
M. Está sendo gravado o que eu to falando?
50
Marcio: Claro! que todo ta falando, mas sem imagem, só som. Então o seguinte:
a outra proposição seria exatamente o oposto: e quais são os pontos fortes? Quer dizer,
na verdade, a Isabela já falou um pouco. Alguns aqui já falaram um pouco disso. Então
a gente podia focar um pouco essa questão também, mas, repito, se quiser voltar as
questões anteriores é permitido aqui a gente permite. Aqui a gente permite quase tudo.
H: Algo que eu percebi é que, como o filme é praticamente uma pesquisa... mas
ele não é didático, pra pessoa que tá assistindo ter uma visão de todos esses aspectos,...
mas ele, como um instrumento didático, determinados profissionais ... para
determinadas áreas, ele é excelente neste sentido, até mesmo pra pegar a... perceberem
lá dentro do material desse porte a caracterizar em quais parte dele se consegue captar
essa metade que a nossa colega falou... nesse sentido o filme é pra quem vai montar,
agora, como fazer um direcionamento, procurar uma linha a se pautar, pra que?, se ele
… qual é o objetivo do filme? pra que público ele vai ser exibido? é um filme que tem
aí uma ambição de uma grande tiragem uma divulgação no cinema nacional? assim
parece que é um filme determinado, assim … a um registro, à divulgação de um achado,
e nisso, tornar alvo de um manuseio de determinados profissionais. Mas que vai
divulgar dentro desses objetivos que cada de sua área.
M: Sei não, viu. Também se torna um pouco dessas...uma coisa que eu observei
foi que, de forma muito sutil, os mesmos problemas que aconteceram naquela época tá
acontecendo agora. Tá assim tipo uma chamada, a questão da água, aquela dificuldade
do pessoal pegar água e tudo isto é colocado na mídia que se não preservarmos água que
nós temos, a água é finita. Todo dia ta passando na televisão isso aí e acho que é um
documentário que concorda com isso aí... que tem objetivos de concorrer em festival, de
mostrar e, talvez daí, ter essas idéias... sejam pegas essas idéias daqui e lá do debate de
cima pro cara finalizar o filme e concorrer é isso.
M: Eu acho que ele tem uma coisa que o Edson falou no início, que é assim:
puxa!... Queria ver aquilo ali da minha cidade!... então, eu acho que ele parte do Paraná
e, assim, porque aquilo, assim, é do Paraná para o mundo. Porque aqueles problemas
são nossos também e de todos os estados. Então, eu discordo plenamente e não sei se o
51
filme tem que ser didático. Acho que essa idéia de colocar “n” coisas dentro do filme é
muito legal. Eu penso só que tem que ser dosado eu achei muito bem, fantástico assim,
tudo que tinha. Desde a questão mais sutil da moda e tal à questão política, à questão
cultural... eu só penso que tem que ser dosado. Agora, essa coisa jogada assim, essas
imagens que aparece … Mostra uma realidade do Brasil!
Pois é, eu achei fantástica, assim, isso é um ponto forte do filme!
H: O que eu acho é o seguinte: o material, do ponto de vista plástico, acho muito
bom. É muito bom a forma como ele trabalha as imagens e aquela coisa de mostrar que
o filme não tá todo ... já estragado e, ao mesmo tempo, faz a gente viajar pra uma época
com a própria segmentação dela. E eu concordo totalmente com ela, que basta a gente
se pegar a algum canto que a gente vai ver um todo a partir dele. Pra mim, a questão
desse filme é o seguinte: não precisa procurar mais nada em cima dele. O material tá
dado. O que eu acho é que ele ainda é um material que tá numa fase ainda... não é
primário, eu diria... mas é uma fase que ele precisaria amarrar tudo que quer dizer. E o
locutor, quando fala aí no começo, cria um clima de locução... depois a locução se perde
do outro lado aí, às vezes, o filme vai... aí, põe uma imagem super forte, aí, depois, cê
não sabe onde é, você tá... quer dizer... eu não acho que ele tem que ser uma coisa
didática, não tem que ensinar moda, ensinar outra coisa... Eu concordo também com ela,
mas, pra mim, ele, o que o filme tem de muito interessante é o que ele instiga dentro da
gente e ele só precisava desse cuidado pra que a gente não se dispersasse, não se
perdesse. Então, é um material brilhante. Então, pra ir pra cinema mesmo, ele teria que
ser refeito. Eu recomendaria, sem dúvida! Mas, nesse aqui, é assim: o cara teve uma
baita sacada, ele pegou tudo que tinha que pegar, tá com tudo na mão, mas não tá
pronto. Essa é a sensação! Diferente do outro que eu vi aí que é diferente, radicalmente
pronto.
H: Deixa eu só completar aí que, senão, não vou agüentar, porque eu venho
construindo um raciocínio, que eu acho que ele subestimou o material que ele tem na
mão. E aí, eu vou pegar o gancho, que é a identidade cultural, que é a que eu mais
milito, quer dizer, você tem cem anos de história do país, que se você estudar, você
52
saberia tudo sobre a sua origem. E as pessoas não vêem nada. Então, se você parar pra
olhar essas referências de ontem, que a gente tá vendo hoje, eu acho que você quer ser o
ó a grande descoberta. Aquele jornalista faz cada pergunta desconcertante pra aquele
político que, numa época em que nada acontecia, e que a exploração... dá demonstração
de que nós estamos hoje conseguindo voltar a um patamar onde nós já estivemos. E que
o resgate dessa nossa identidade cultural é o gancho pra gente dar passos mais firmes,
mais fortes, e não temer mais nada do que já aconteceu. E isso aqui, eu fiquei esperando
desenvolver naquela história. Ajudar a resgatar essa identidade que qualquer resgate de
memória ajuda a gente a construir e aí me rolou um pouco de decepção por ter perdido
esse material.
Marcio: (troca mídia para continuar a gravação) Pronto! Podemos retornar agora
aproveitando repete então.
Todos: não, é o papo paralelo, enquanto você mudava a fita, do resgate ser
importante... então, eu precisei... tem o abismo do meu passado… eu pensava em mim
no passado, mas sempre me vendo com a idade de hoje. Eu não conseguia me
transportar pra idade de 4, 5 anos. E aí, eu consegui reconstruir isso pegando fotos
antigas e me vendo criança na esplanada, na estátua da liberdade, e, não tinha “Bolo de
Noiva”, não tinha nada ali atrás. Eu cresci nessa cidade e era barro puro. Eu vivi a
construção dela toda e, hoje, eu vou pra Água Claras, ver minha namorada, e não
consigo, por um minuto, ver aquilo sem os prédios ali. É esse tipo de coisa que esse tipo
de imagem trás pra gente.
Marcio: Gente! Então é o seguinte: nós estamos, já passamos da metade. O
Edson vai se manifestar agora e, em seguida, eu vou avançar mais um passo no nosso
roteiro de discussão, repetindo sempre que ninguém está impedido de voltar ao passo
anterior.
53
H. Comentários mais curtos assim, por exemplo, eu não acredito que tem uma
coisa de cronograma, assim, numa ordem cronológica, muito certa, até porque pode
ficar muito com esse ar de resgate de memória que, às vezes, é bagunçado, é misturado.
Concordo também que, às vezes, falta um pouco de balancear melhor o que passa no
início. Eu pensei que fosse até focar em telejornalismo, ia falar de telejornalismo. Fosse
mostrar muito repórter, muita TV, muito jornal. Pensei que era isso, mas não, mostrou
muita política, muitas coisas... um pouco de moda, bem pouca publicidade também e,
quase nada, de música. Tá faltando,... teve uma hora que eu achei que podia ter um
pouco mais de música presente, porque música é sempre uma coisa que, sempre, marca
muito uma época. E, de repente, faltou mais músicas da época. Uma outra questão, bem
de detalhe de gráfica, eu achei a parte de lettering bem fraca, tanto no início, no meio legenda e outras coisas – e, no final, não sei se é porque o filme não está finalizado,
talvez seja isso, mesmo no caso, até a identidade visual.
Marcio: no caso, pra gente, isso não faz diferença. Se tá finalizado ou não, de
qualquer maneira, é uma informação pra ele, certo? Então a gente não precisa se
preocupar com isso. Gente! Podem voltar aos outros assuntos sem problema. Mas eu
queria botar aqui, já na mesa pra discussão, o seguinte: a curadoria, ela identificou três
pontos, dentro do filme, interessantes pra gente avaliar que grau de interesse, que grau
de envolvimento despertou pra cada um de vocês. Então, eu vou dizer quais são esse
pontos e vou pedir a cada um de vocês que se posicione dentro deles e se achar que
deve, também pode se destacar algum outro ponto que a gente não identificou. Seriam:
o arquivo do canal 4, o tratamento dado ao arquivo do canal 4 e a memória, como tema
do filme. Então, eu queria que vocês explorassem um pouco estas questões do filme aí
e, se quiserem também colocar outros aspectos, podem.
Eladio: Agente colocou um pouco sobre isso, mas se tiver uma outra coisa mais
podem agregar.
H: Eu acho que bate a questão do foco também, porque o fato de você ter o
acervo... tá legal! Tem o acervo lá! Agora, a historia sobre o acervo não, a memória é
legal falar sobre memória, resgate de memória, a história sobre a memória, não a
54
recuperação do acervo, a história sobre o resgate do meio suporte. Conseguir ver o que
tava lá dentro também não é essa a história. Então, a própria pergunta do questionário
pra mim ficou um pouquinho incomoda porque eu acho que são todos instrumentos pra
contar a história que é : foi esse o meu.
H: Eu volto a falar sobre isso, essa falta de unidade, pra mim, é justamente o
objetivo. Daí ele comparar o caos do pensamento, pra gente resgatar as memórias. O
caos do arquivo em si, como estava e como o filme é contado, acho que isso tá ligado.
Isso seria o, digamos assim, o objetivo do filme. Mas eu concordo com essa questão de
falta de unidade. Você tem ali a importância da memória sim, mas é importante porque?
Tá claro?
H: É o que ele colocou no começo do filme, perder arquivos, conseguir
recuperar só um pouquinho, achar alguma coisa anos depois, é normal porque
fisiologicamente é assim que acontece.
H: Como se fosse isso...
H: É assim que acontece, seria essa a sacada?
M: É uma opção! Cabe ao espectador selecionar o que quiser...
H: Agora, falta a indução pra que o espectador sinta essa necessidade de saber
como funciona essa modernização de uma memória, seja pessoal ou cultural, ou
atravessar isso dentro dessa circunstância pra agregar todo esse material que vem das
rádios, de aprender nas escolas.
H: Mas aí eu acho que... aí a associação é pessoal, você transfere isso pro seu
psíquico...
55
H: Sim, ele ta fomentando isso pra o teu espectador.
Marcio: Na tua opinião o filme está fomentando?
H: Não! A minha... talvez seja esta a questão, deveria fomentar alguma coisa
que o espectador se sentisse sensibilizado...
Claro!
M: Não! Eu acho que, assim... tem um momento que o filme inclusive me
remete ao Cinema Paradiso, no momento em que ele começa a falar lá música forte, eu
acho que talvez seja intencional essa coisa de remeter às memórias. Agora, eu penso,
que memória é essa? Uma coisa que me incomodou profundamente no filme é que,
salvo as imagens dos artistas, as imagens de negras que aparecem são todas em
situações altamente degradantes. Os poucos que aparecem estão nessa situação, salvo a
Zezé Motta e o Cartola, o Pitanga, quer dizer... Salvo,... não... salvo os conhecidos e tal,
os negros desconhecidos estão em situações bem questionáveis que de novo eu fiquei
pensando: é essa cara que o Paraná tem? tá o tempo todo, que não existe negro, que
também é uma outra farsa que, enfim, isso me incomodou que pensar também nessa
coisa de memória ser boa e a que se destina acho que é um pouco....
H: Eu queria dizer o seguinte: em primeiro lugar, o nome do filme é muito bom,
“No lixo do canal 4”. Então, eu acho que isso é uma bela dica de como vai estruturar o
filme. O lixo e fazer desse lixo uma coisa própria. Eu acho que ele se perde quando ele
pretende com aquilo ensinar um monte de outras coisas. O que que é memória é isso, a
sensação que eu tenho é um foco, se tivesse que ter algum foco, era aquilo: o que que
aquilo trás? E não se perder num monte de outras coisas como se quisesse amarrar outra
coisa a mais que aquilo, porque aquilo ali, já é um universo fora... quer dizer, o que eles
já colocaram ali é um universo então, eu diria assim: o lixo é a palavra chave, o lixo, o
trabalho em cima disso, pra mim, o filme é super forte, o nome é bom paca.
56
M: Sabe o que é bom? Eu quero questionar que nome você daria e tal. Eu acho
que não precisaria de mais nada o filme tá completo acho que não precisa.
H: E é a própria dica pra que o filme ganhe estrutura ...
M: Engraçado, já não vi assim. Ele disse assim: o lixo, digamos que é um luxo.
O que é uma coisa muito boa e canal 4 é o que? ...
Marcio: Entendi em relação ao título.
M: Em relação ao título exclusivamente que é assim o material todo pra mim é
um luxo fazer aquelas emendas, a fala de quem fez a nossa história os músicos, Zezé
Motta falou...
Rita Lee, naquela idade...
Fantastico! Zezé Motta, sim, deu ali... fantástico! Melhor!... Raul Seixas também
… então tudo aquilo ali foi ...
Gal Costa! ….
Gal Costa foi ...
Marcio: E você, Francisca? Não tem mais nada a falar sobre isso?
M: Não! Eu, se eu fosse colocar, eu colocava uma - quando tá no final - já pra
colocar algo que aconteceu com cada um daquele jornal, com cada, tal ano tal, se
pegasse aquilo ali, botasse no início de cada fala assim, aquela no início mostrando o
lixo que viria depois e mostrando, sim, o que aquela relação.
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H: Deixa eu precisar: o lixo, quando eu vi o lixo é que o lixo, a palavra lixo, ele
tá mostrando exatamente o absurdo. Quer dizer, ele, esse lixo, se ele fosse jogado no
lixo nós estaríamos perdendo tudo que ele tá falando. Por isso que ele é forte. Por isso
que o nome é poderoso. Se eu fosse falar o luxo do canal que ou a qualquer outro nome
eu acho que ele estaria negando o que foi ele poderia ter desaparecido.
M: Não! Eu acho que não estaria no lixo de jeito nenhum porque o lixo é a
palavra chave ali o canal 4 que é um
Não, eu acho que o nome tá ...
O lixo é perfeito! ...
Do canal 4? ... passou vários canais é tanto que o canal 4 é o mais antigo, antes
do surgimento da Globo. Ele faz uma menção ali que o equipamento que tinha o Canal
4 era bem superior a Globo que tava recém surgindo. E aí, leva também o
questionamento ... questão de era do Paraná e a política era no Rio de Janeiro. Então
criou essa imagem, aquele detalhamento, vamos criar uma imagem melhor, uma TV que
fique … e o canal 4 ficou lá ...
H: Então já que não tem mais pergunta e o tempo é curto eu queria pegar um
gancho do Edson que ele falou do lettering.
Marcio: Mas tá querendo falar ali.
H: Assim, desconhecendo que era canal, eu senti um pouco de … eu fiquei meio
perdido também no início, mas qual era a minha sugestão? Que o início do filme porque a metáfora que eu ... o caminho que ele usou - que eu senti, foi o que foi falado
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do Sul do Paraná, falava do Iguaçu, falava da TV Iguaçu e do canal 4, eu acho que
podia essa história falar para introduzir estamos no canal 4, mas podia ainda chegar no
canal 4...
Mas eu não me senti perdido nesse titulo acho que ele construiu bem essa
apresentação.
Eu achei um pouco longa ... nesse ... o que que eu queria, na verdade, eu queria
ter lido que canal 4 era um canal de Curitiba tal tal … eu queria ter lido isso. Como eu
não pude ler, eu queria que o filme contasse um pouco mais rápido isso.
Marcio: Eu vou precisar acelerar um pouco mais aqui, porque lá em cima já tá
esgotado, embora a gente tá dentro do nosso horário. Tá certo!... a gente ainda tem uns
10 minutos, mas, como eles já me avisaram que lá em cima já encerrou, eu vou ter que
acelerar um pouquinho aqui e perguntar a vocês o seguinte: a respeito de recomendar o
filme? cada um de vocês recomendaria o filme a outras pessoas? e se recomendaria pra
assistir, em que circunstâncias? no cinema? na televisão? num DVD?
M: Mas aí ... a gente já respondeu.
Marcio: Sim, vocês já responderam lá, mas é que aqui a gente faz uma avaliação
subjetiva dessas opções.
M: E acho que a pergunta é mal formulada: se assistiria na primeira semana que
assim é um filme que eu assistiria num cinema porque eu sempre prefiro um cinema,
agora eu não sei se eu assistiria na primeira semana. Eu recomendaria, acho que é bem
legal. Agora, pra que público? Não recomendaria pra qualquer pessoa. Tem umas
pessoas que...
59
H: A minha resposta, por exemplo, ela tava condicionada ao que eu vi. Ao que
eu vi, eu não sei se eu recomendaria a algumas pessoas amigas porque a minha opinião
é que o filme num tá completo. Não tá pronto. Ele tá no meio, ele tá com material nesse
sentido. Agora, esse filme trabalhado, eu recomendaria direto. Eu iria no cinema não
seria de outro jeito. Agora do jeito ... do jeito que eu assisti, eu preferia ver em DVD,
pra voltar as cenas, pra curtir mais. E não estaria recomendando porque as pessoas iam
dizer: Pô, mas tem esse problema, e eu ia ficar ouvindo um monte de coisas .
M: E eu quero insistir que não é um filme pra “longa” mesmo. Isso, pra mim, tá
muito claro. 90 minutos é muito ….
M: E eu recomendaria como documentário, mas não como um longa, 70 minutos
...
Eu também recomendaria como documentário e como um resgate de memória.
Na verdade, pra todas as pessoas por exemplo eu acho que muita gente que eu conheço
vai gostar do filme e vai querer ir.
Acho que rola uma confusão de gente, porque eu recomendaria como
documentário? Ele é um documentário! As pessoas vão ao cinema ver documentário!
Eu recomendaria na boa. E outra, mesmo no estado em que ele está, ele é superior a
80% do lixo que eu vejo no cinema e pago caro pra assistir. Eu teria ido assistir e teria
saído de lá muito feliz por ter visto o que o cara realizou. O material é muito legal. É a
gente colaborando com um refinamento e tal, mas o filme, em si, pago pal ... bato
palma, porque, cara! … Ele foi feito, ele foi construído e tá lá. A gente tá aqui
abstraindo eu só queria, pra não falar mais nada, pegar aquele gancho do lettering,
porque tem duas coisas que me incomoda normalmente quando eu estou no cinema e
assim: filme de Hollywood, Blockbuster, que eu dou pras minhas filhas, é o áudio. Tem
horas que a subida da música tem uma pancada que destoa e incomoda e quando você
bota duas pessoas falando e uma tá falando, dois e entrecortou vários depoimentos, foi
muito legal, agora quando uma tá falando muito alto e outra muito baixo, causa esse
60
incômodo. E outra coisa, pra encerar minha participação, é aquela variação entre opção
de deixar a borda do filme antigo, mais curto branca e deixar preta. Uma hora branca,
uma hora preta, e aquilo de alguma forma chama atenção e eu ... aí começa a me
incomodar. E aquilo começa a ganhar mais valor do que o conteúdo que tava na tela.
Marcio: Então vamos seguir com a pergunta, essa que eu propus sobre
recomendação.
H: Eu recomendaria o DVD pra uma situação específica. É como se tivesse
procurando o filme sobre memória, sobre o Paraná, ou alguma coisa nesse sentido.
H: Eu tenho uma opinião bem parecida que eu ia dizer. Acho que não seria um
filme que eu recomendaria abertamente e sairia falando pra todo mundo. Talvez eu acho
que gente de comunicação, como ter esse apelo bem mostra essa questão de jornalismo
e um pouco de propaganda. Eu acho que recomendaria. E pessoas, assim, eu acho que
se eu tivesse um amigo do Paraná seria o primeiro até, a falar pra ele: assiste esse filme!
mas não necessariamente todo mundo.
Mas, circunstancialmente, nessa conversa, surge o assunto de memória ou de
arquivo e aí eu recomendaria o filme.
E aí, ele falou de assistir o DVD. É realmente uma vantagem pra esse filme
porque como é muita imagem histórica, você não ... nem sonhava ... tipo, uma Rita Lee
… daqueles ... aí você vai pausando e voltando pra assistir várias vezes. Aquela do
Sarney? …...
Isabela: Eu recomendaria o filme pra todo mundo, pra todas as idades, pro Brasil
inteiro ver, eu botaria nas escolas, botaria em todos os cinemas, discutiria. Achei genial,
sensacional o que ele falou. Assino em baixo. Melhor do que milhões de filmes que
estão sendo produzidos. Questiona vários aspectos do ser humano, é um filme
61
humanista, um filme político, um filme que tem várias abordagens, um filme assim, pra
todo mundo, pra quem não é da área de cinema e, principalmente, pra quem não era da
área de TV, quem não tá interessado em memória e principalmente para que as pessoas
abram a cabeça. Daria o filme pra todo mundo de presente em DVD.
Marcio: Agora, curioso esse seu entusiasmo, porque você foi uma das pessoas
que levantou uma série de questionamentos assim, bem … achei … me dá vontade até
de te perguntar, pedir que explique um pouco essa contradição do teu momento anterior,
com esse momento agora.
O meu momento anterior é um momento da área de cursos de cinema. Tava
pensando a lógica do filme e como num documentário que tivesse um objetivo, que
tivesse um ponto de vista do autor. Então, foi nesse ponto de vista que eu defendi,
agora, como divulgadora da boa arte, como uma cidadã brasileira que tá sempre
querendo fazer com que as pessoas se questionem, questionem o país que estão vivendo,
aí eu indicaria pra todo mundo – sem mexer – mesmo sem mexer, do jeito que tá.
Porque eu acho que é importante que as pessoas também sejam construtoras do filme
como espectadores, ele é muito rico.
H: Como ele mesmo fala, você vai pegar esses pedaços de memórias e
reconstruir do seu jeito.
Marcio: Edileusa já se manifestou nessa última rodada sobre recomendar o
filme? Todos se manifestaram a respeito disso? Agradecimentos.
62
Anexo D – Transcrição das respostas às questões abertas
63
Anexo D – Transcrição das respostas às questões
abertas
Transcrição das questões abertas tal qual estão registradas nos questionários, sem
correções de erros gramaticais ou de ortografia.
Questão 2. Justificativa da Questão 1 – Opinião sobre o filme.
BRASÍLIA
!valiação “Excelente”
1.
- O tema e forma de tratá-lo foram perfeitos!
2.
Acho fundamental "rememorar", acontecimentos e imagem é muito importante!
3.
Em um Brasil tão desmemoriado como o nosso, esse resgate de épocas nos faz rever certos
valores, como valorizar nossa história
4.
Emocionante, engraçado, valioso, bem cuidado, sensível, boa idéia!
5.
Engraçado, emocionante, essencial!
6.
Faz um trabalho de recuperação histórica em forma de documentário com uma narrativa diferente,
com um ritmo bem gostoso
7.
Mostra a idéia do audiovisual como registro e arquivo de memória
8.
Pela recuperação de uma época da transformação política e social
9.
Pelo conteúdo - as provocações e questionamentos que provoca
10. Pelo resgate da memória cultural
11. Porque é universal a partir de um assunto tema, nativo "local"
12. Porque mostra a questão da necessidade dos arquivos, geralmente associada a algo dado, estático,
de maneira leve, memorista e reflexiva
13. São minhas lembranças, apesar de ser de São Paulo
14. Surpreende por abordar um tema relevante (memória da TV e da sociedade brasileira) que, até
então pouco era focado por mim.
15. Trabalha muito bem o acervo e o tema
!valiação “Muito Bom”
1.
Fala e retrata memórias, que são coisas boas de ver ou "conhecer" (p/ quem é mais novo)
2.
A sequencia dos aspectos tratados é interessantíssima, porém, as digressões são um "anticlímax"
não muito interessante.
3.
Abordagem ampla do efeito da memória ao alcance psicológico, cultural, político
4.
Além de mostrar cenas do passado, revive aqueles tempo era nossa alma.
5.
Algumas informações iniciais achei desnecessárias e desconectadas c/ a idéia do filme.
6.
Bastante Original
7.
Bem construído, divertido, atraente
8.
Combina rememória da história da comunicação com o aspecto da formação e manutenção da
memória.
64
9.
Documentário não linear há um elemento surpresa sempre a espreita; é dinâmico, inteligente, há
coesão s/ monotonia
10. É uma ótica irreverente, inovadora de mostrar um trabalho árduo, que foi colher, classificar e montar
este filme demonstrativo.
11. Emocinante recuperar tanta coisa que o tempo levou. Excelente. Filme para todos.
12. Emocionante, divertido, nos ajuda a resgatar memórias perdidas, chama a atenção para a
importância da memória para a formação da identidade
13. Fala sobre memória e arquivo, áreas que fascinam por completo
14. Foi uma volta ao passado
15. gostei do jeito que reconstroiram as histórias diversas em uma unidade narrativa
16. Interessante, emocionante. E principalmente pq é meio difícil que um documentário prenda minha
atenção por muito tempo!!!
17. Nostalgia, humor, saudosismo, charme
18. Nostálgico, uma jóia, um tesouro da história Brasileira, de todos nós, da humanidade
19. O filme não conseguiu atrair completamente o expectador que não é de Curitiba.
20. O objetivo de preservação da memória, muito importante culturalmente
21. Pela nostalgia emocionante
22. pela temática da memória e, principalmente, pelas imagens recuperadas. Interessante mostrar o
processo de interesse por algo.
23. Pela temática, montagem e direção
24. Pelo registro
25. Pelo resgate
26. Pelo resgate da memória, montagem, trilha sonora e depoimentos
27. Pelo resgate de uma época, principalmente a memória visual e do áudio e cultural.
28. Por ser um filme histórico ele é divertido e com muito conteúdo. Às vezes é cansativo
29. Porque busca mostrar a importância do passado e sua influência no presente e no futuro
30. Porque o assunto é interessante.
31. Porque se propõe a olhar pro passado de maneira justa, geral e imparcial
32. Porque tem um excelente argumento e muito boa pesquisa
33. Porque vai ficar excelente no refinamento
34. Porque valoriza um trabalho fundamental de resgate, com leveza, alegria, emoção e ritmo.
35. Poucas imagens de negros
36. Pq é um documentário bem construído que consegue adquirir um relevância p/ quem assiste
37. Pq emociona, faz pensar e dá vontade de lembrar
38. Relembra os bons tempos
39. Resgata a memória audiovisual da história paranaense.
40. Resgata a memória de uma cidade através de imagens
41. Resgatou momentos que provavelmente não veríamos. Conseguimos também ver imagens inéditas
42. Retrata a importancia da memória e do registro documental da informação audio-visual
43. Valorizo o resgate histórico como formador de cultura
65
!valiação “Bom”
1.
Achei interessante o objetivo do documentário, seu contexto, história, porém, fiquei um pouco
perdida em alguns momentos.
2.
Atendeu o seu objetivo
3.
Deu para ver um pouco de história local
4.
E relevante e é belo, principalmente p. aqueles que se identificam com a história do Paraná
5.
Fala da importância de se guardar a memória de um país, da cidade, da história etc!
6.
Faz um documentário
7.
Me reportou as minhas origens.
8.
Mostra como a televisão existe sempre com memória fraca
9.
Mostra o cotidiano, com simplicidade.
10. Muito ??????? não linear como documentário
11. Muito bem feito, mas não me acrescentou muita coisa em termo de conteúdo para um documetário
12. O tema é interessante por demais! No entanto ficou repetitivo
13. O tema e o material é interessante, mas acho que algumas partes são pouco claras
14. Pela abordagem dada à história/ enredo empenhado.
15. Pela idéia do filme mas ele não tem uma linha clara de desenvolvimento
16. Por ver a felicidade de alguns em rever a si mesmos em filmes antigos
17. Porque é um resgate da história de Curitiba e do Brasil
18. Porque ele retrata a importância do arquivo e da memória da TV
19. Porque resgata uma parte da memória da TV brasileira que estava praticamente perdida.
20. Prende a atenção na maioria dos momentos, mas muito longo e que torna um pouco cansativo.
21. Resgate da história de um canal de TV. Com sérias imagens...
22. Retrata um período importante da televisão e da história de Curitiba
!valiação “Regular”
1. Achei longo e meio cansativo, para um documentário
2. Cansativo, regional, foi difícil ficar até o final.
3. É prolixo, poderia ter uma montagem mais ágil e uns 15 minutos a menos. Porém, é sensível e bem
intencionado
4. Faltou ordenamento dos fatos.
5. Interessante mas um pouco cansativo
6. Muito monotono
7. O assunto é específico
8. O filme é bom, mas não
!valiação “Ruim”
1. Entediante, bairrista
2. O assunto não é relevante
66
Questão 2. Justificativa da Questão 1 – Opinião sobre o filme.
CURITIBA
Não atribuiu avaliação ao filme (Não respondeu a questão 1)
1. É muito jornalistíco, televisivo, a narração dos neurologistas é " rasa" e muitos depoimentos
dispensáveis
!valiação “Excelente”
1.
Aborda de uma pespectiva incomum a preservação da memória
2.
Esta envolvida com minhas memórias
3.
Fez um resgate de informações e personagens sem ficar maçante e repetitivo
4.
Fiquei em dúvida pelo excelente e muito bom mas a urgência que tenho em ver a temática local me
faz eleger o mais.
5.
Linguagem dinâmica, inteligente, me parece muito bem montado
6.
Muito bem montada e foi bom por que eu não conhecia a antiga Curitiba. As músicas estão muito
boas.
7.
O fator emocional conta por se tratar da identificação da cultura da minha cidade.
8.
Pela importância histórica
9.
Pela riqueza e importancia histórica
10. Pelo valor histórico sentimental e pelo bom ritmo
11. Porque me encantou ver cenas antigas guardados na memória alguém
12. Porque resgata a memória de uma cidade desmemoriada. De forma fluida e agradável, além de
mexer c/ nosso efetivo (o fato de eu viver em ctba influi nessa resposta)
13. Porque resgata a memória paranaense
14. Resgate da história e jornalismo do PR e BR
15. Resgatou a memória de Curitiba
16. Trata-se de assunto importantíssimo
!valiação “Muito Bom”
1.
A ideia de fazer um doc. sobre a história baseada em imagens disperdiçadas da TV é sensacional.
Ótimas entrevistas.
2.
Além de reviver a memória, faz uma constatação polifâmica do documento filmico
3.
Aproximou o públicode suas histórias, ainda que vilipendiadas
4.
Bem montado, bom roteiro, tema bem explorado
5.
Crítico e bem humorado
6.
Crítico, interessante, construtivo
7.
É bom ver parte da nossa história
8.
É dinâmico, divertido, informativo e emocionante. Achei um pouco longo e quase perdendo o foco
em alguns momentos
67
9.
É importante conhecer nossa história, termos a memória do que fomos!
10. É um acervo muito interessante
11. É um ótimo filme, com diferentes fontes de pesquisa
12. Emocionante. Revelador ao tratar o tema da memória audiovisual paranaense. Excelente
montagem.
13. Excelente a escolha da linguagem feita pelo diretor, que foge do padrão, engessado dos
documentários ao estilo do globo repórter
14. Foi o primeiro documentário que me emocionou e inclui parte da minha história.
15. Foi um desfate da memória de um tempo que vivenciei e que me emocionou bastante.
16. Formato diferente, trabalha com a memória de uma cidade. Irá auxiliar no registro cultural de Curitiba
17. Idéia muito interessante. Resgate cultural. Divulgação na forma de filme.
18. Interessante p/ quem sempre morou em Curitiba, mostra vários arquivos de lembranças de
momentos de Curitiba.
19. Interessante, instrutivo, um resgate da memória cultural
20. Não me agradou tanto a abordagem ligando a memória com ênfase na neurociência creio que seria
interessante a realização com maior profudidade de um debate historiográfico
21. Nos leva a pensar o quanto nossa memória é falha
22. O assunto é interessante e sou estudante de jornalismo por isso o filme me cativou de forma
especial
23. O filme aborda uma questão importante que muitas vezes não é pensada por parte do telespectador:
' o que é feito com todo material mostrado na Tv?"
24. O filme foi bastante envolvente, além de discutir a importâcia da preservação da memória
25. O filme patinou um pouco quanto ao foco; a ênfase na área neural da memória perdeu-se em torno
da questão memória como criação de identidade
26. O tema "memória" é super interessante e o roteiro muito bom
27. Pela ideia do resgate do arquivo. Pelos nuances de humor durante o filme. Pela composição sonora.
28. Pelo resgate e reccuperação do material. Fantástico!
29. Pelo valor histórico e sensibilidade.
30. Pois consegue um 'mix' de sensações, damos risadas, nos emocionamos, e lembramos de nossa
própria vida
31. Porque apresenta o tema de uma forma interessante e divertida
32. Porque consegue trazer as informações de forma adequada não gerando conflitos entre o tema
33. Porque conseguiu fazer de um monte de entulho um trabalho bem interessante
34. Porque mostra cenas incríveis da cidade
35. Porque mostra imagem de uma época faz relembrar e conhecer esta época e a cidade
36. Porque o filme objetivou o resgate da história do Paraná. construção da história através da memória.
37. Pq. resgatou parte da memória da minha vida e saber o que foi feito deste arquivo " quase perdido!"
38. Produziu do que era tido como lixo uma história. Uma memória. Sem dúvida foi uma ação artística.
39. Relatou um tema diferente de maneira muito boa
40. Resgata a memoria da cidade e das pessoas de Curitiba em determinadas épocas.
41. Resgata a memória do curitibano; e mostra a importância da impresa p/ a sociedade e a importância
de e presservar o acervo
42. Resgata imagens memoráveis e preserva o passado
68
43. Retrata memórias de CTBA e nos faz refletir sobre passado e futuro
44. Retrata uma época
45. Retrato de uma forma simples momento importante sobre a memória da TV e nossa memória.
46. Senti que em alguns momentos o audio podia ser melhor nivelado(altura). Acabamento em
caracteres.
47. Tema interessante narrativa bem conduzida.
48. Tema interessante, discussão sobre linguagem da TV cinema bastante amarrado com memória
49. Trata da história do povo curitibano, e muito agradável a visão das notícias propagandas
apresentadas
50. Um pouco mais de detalhes seria excelente. Muito histórico! Pode ser um pouco mais!
!valiação “Bom”
1.
O texto poderia ser melhorado
2.
A narrativa dos neurocientistas prendem a atenção, mas depois os relatos do canal 4, são pobres
tendo em vista do proposto pelo início
3.
Achei o início chato demorei pra perceber a localização do filme, que só que se tratava de Curitiba,
mas gostei, dei risada.
4.
Acho interessante assitir coisas passado para comparar com o atual e esse filme possibilita isso
5.
Algumas falas muito redundantes, mas prazeroso, nostálgico e bem humorado
6.
Contúdo interessante
7.
Divertido ver filmes do que vivemos a uns anos atrás
8.
Foi interessante, curioso, mas parece que precisava ser mais trabalhado
9.
Interessante para quem é de Curitiba-PR
10. Interessante, imagens curiosas; revela informações como que não havia um cuidado adequado com
todo acervo e o quanto isso e a visão da importância disso hoje
11. Melhorar e aprofundar o conceito de memórias
12. No começo parece meio desconexo
13. Nos faz lembrar de momentos importantes do passado, rever a cultura que ficou esquecida.
14. O assunto é sempre interessante e poderá ter mais detalhes
15. O filme traz inúmeras referências do passado para o povo de Curitiba.
16. Pense-o como documentário, muito narrado
17. Poderia ser melhor, menos Jaime Lerner
18. Resgata a memória do Paraná
19. Restrito a CTBA
20. Tem sua impotância com história, a trilha é perfeita
21. Tema importante e bem tratado; conscientizador. Os momentos vários sobre Curitiba apresentados,
dão-me novas percepções da cidade
!valiação “Regular”
1.
Por ñ ser um filme, mas um documentário...
69
2.
Pela Própria precariedade dos filmes e por terem sido os entrevistados focados muito deperto
q5.Se você tivesse que falar desse filme com uma palavra, qual seria?
BRASÍLIA
1.
(pergunta idiota).
2.
Acervo
3.
Adequado
4.
arquivo
5.
Bem feito
6.
Bom
7.
Bom
8.
Bom, mas longo
9.
chato
10. Chato
11. Cidadania
12. Conforto
13. Corajoso!
14. Delicioso
15. Divertido
16. Divertido
17. Documental
18. Documentário
19. Doeu
20. Emoção
21. Emoção
22. Emocional
23. Emocionante
24. Fundamental
25. Fundamental
26. Fundamental
27. gostoso
28. História
29. História
30. Histórico
31. Histórico
32. importante
33. instigante
34. Interessante
35. Interessante
36. Interessante
70
37. Interessante
38. Interessante
39. Interessante
40. Interessante
41. Interessante
42. Legal
43. Legal!
44. Lembranças
45. Lembranças
46. Lembranças
47. Maravilhoso
48. Mediano
49. Memoravel
50. Memorável
51. Memoria
52. Memoria
53. Memória
54. Memória
55. Memória
56. Memória
57. Memória
58. Memória
59. Memória
60. Memória
61. Memória (história)
62. Memorias
63. Memórias
64. Monótono
65. Necessário
66. Nostalgia
67. Nostálgico
68. Ótimo
69. Ótimo
70. Pesquisa
71. Poético
72. Previsivel
73. Psico-reflexo-cultural
74. Recordação
75. Recordação
76. Recuperados
77. Reflexão
78. rememorável
79. Resgate
71
80. Resgate
81. Resgate
82. Resgate
83. Rever
84. Rico
85. Saudade
86. Saudade
87. Saudades
88. Saudoso
89. Surpreendente
90. Surpresa
91. Útil
92. Valeu
q5.Se você tivesse que falar desse filme com uma palavra, qual seria?
CURITIBA
1.
????
2.
Afetivo
3.
Bom
4.
Carinhoso
5.
Construtivo
6.
Curioso
7.
Divertido
8.
Divertido
9.
Documentário
10. Documentário
11. Emoção
12. Emoção
13. Emocionante
14. Emocionante
15. Emocionante
16. Emocionante
17. Emocionante
18. Emocionou
19. Encantador
20. Envolvente
21. Esse é o retrato do país
22. Fragmentos
23. Gostoso
24. História
25. História
26. História
72
27. Histórico
28. Histórico
29. Histórico
30. Imperdível
31. Importante
32. Inteligente
33. Interessante
34. Interessante
35. Interessante
36. Interessante
37. Interessante
38. Interessante
39. Interessante
40. Interessante
41. Interessante
42. Interessante
43. Legal
44. Lembranças
45. Linguagem
46. Lixo
47. Maravilhoso
48. Marcante
49. Meléfluo
50. Memória
51. Memória
52. Memória
53. Memória
54. Memória
55. Memória
56. Memória
57. Memória
58. Memória
59. Memória Perdida
60. Memórias
61. Memórias
62. Muito bom
63. Necessário
64. Nostalgia
65. Nostalgia
66. Nostálgia
67. Nostálgica
68. Nostálgico
69. Nostálgico
73
70. Nostálgico
71. Nostálgico e Didático
72. Recordação
73. Regional
74. Regional
75. Regular
76. Revelador
77. Saudositico
78. Sensacional
79. Sotaque
80. Tempo
81. Tocante
82. Um barato
83. Valor
84. Vibrante
q7. Em sua opinião, qual o momento que melhor representa o filme?
BRASÍLIA
1.
? - As mini-saias - o final (emoção)
2.
????????
3.
A 1a cena, falando de como funciona a memoria
4.
A abertura
5.
A abertura e primeiro terço do filme, porque apresenta muito bem o assunto e prende o espectador,
eu no caso.
6.
A aparição dos artistas que passaram pelo Paraná: Raul Seixas, o terço, Rita Lee, Juca Chaves etc.
7.
A emoção em rever cenas que fazem parte do passado de cada entrevistado
8.
A entrevista do Sarney dizendo que o Figueredo era um Presidente popular
9.
a moça vendo sua imagem ao passar no vestibular
10. A relação dos incêndios nos acervos das TV's
11. A senhora se reconhecendo no trote
12. A sequência de abertura.
13. A sequência de entrevistas (sem respostas dos entrevistados) alternada com depoimentos das
pessoas que vivenciaram a época. (logo no início da projeção)
14. A trilha sonora- ótima
15. A última meia hora
16. A última parte da memória do canal 4 com o acervo ??? ????? finais
17. Apresentação de artistas da época
18. Artistas da época em entrevistas
19. As cataratas Sete Quedas
20. As cenas do cotidiano
21. As entrevistas sobre o que foi recuperado
22. As entrevistas, ou melhor as perguntas dos recortes e os cortes
74
23. As imagens da neve.
24. As imagens das pessoas que hoje vendo as imagens antigas; a emoção dessas pessoas
25. As imagens do trote da moça loira e sua emoção. Linda cena!
26. As imagens dos incêndios destruindo os arquivos já também deteriorados pelo tempo
27. As materias antigas com comentário do futuro dos mesmo entrevistados
28. As partes que fala do arquivo da TV de como foi encontrado e do tratamento que foi dado
29. As pessoas passeando na cidade
30. as várias imagens que trazem a tona a memoria de cada expectador; há identidade para quem já
viveu; como será para os que são + jovens? há curiosidade para esse passado que há novidades?
31. Cartola cantando
32. Cartola iniciando a idéia do filme
33. Censura
34. Desde as imagens de pessoas anônimas, até de personalidades, incluindo fatos corriqueiros e os
historicamente "relevantes".
35. Diversas
36. Do meio ao final, pois aborda o tema de maneira interessante.
37. Entrevista com artistas: Gal, Raul Seixas, Derci Gonçalves e etc.
38. Entrevistas e "falas" de importantes personagens da nossa cultura. Ex. Falas do Raul Seixas...
39. epoca da repressão
40. Falas do ex-prefeito de Curitiba
41. Hepoca do Regime Militar
42. Imagens da rua XV
43. Início.
44. momento que fala da queima das Memórias, dos incêndios nas TV - momentos da jovem-guarda e
momentos da opinião dos políticos
45. Na parte em que trata exatamente do encontro do material
46. Não há
47. Não sei
48. Não sei porque, mas a cena do looping me prendeu a atenção.
49. No depoimento dos entrevistados atuais
50. No início, quando o texto compara a memória humana com as imagens envelhecidas das películas
51. Nos ultimos momentos do filme
52. O chato testemunho do ex-prefeito
53. O final
54. O final
55. O final, a sequência de "Já acabou?" dos entrevistados
56. O final, quando faz um paralelo com o presente
57. O momento da declaração de espanto com o achado, em suas péssimas condições de conservação
58. O momento em que mostra a recuperação dos rolos de filme e o depoimento da pessoa que
trabalhou pra isso.
59. O momento em que se fala de como as imagens foram resgatadas
60. O momento me que mostra Cartola cantando (função de texto e imagem que são o filme)
61. O passado e o presente, levando a todos a buscar as memórias de nossas vidas.
75
62. O período da ditadura
63. O processo de recuperação das imagens da emissora e o despertar da sua necessidade.
64. O q melhor representa foi a parte final, pois mostra o envolvimento emocional dos entrevistados.
Mas adorei a Rita Lee e O Terço!
65. Os minutos finais
66. Os personagens assistindo hoje as suas imagens no passado e as comentando
67. Os relatos das pessoas passado-presente.
68. Quando a senhora se vê na calourada de Direito.
69. Quando as pessoas assistem a si mesmas
70. Quando as pessoas olham para o seu próprio passado
71. Quando as vozes em off explicam o que é memoria
72. Quando é descrita o modo e condições como o arquivo do Canal 4 se encontrava
73. Quando fala da importância do resgate histórico e quando retrospecta imagens antigas da Globo e
de outras emissoras, além das propagandas
74. Quando mostra os envelopes com teias de aranha
75. Quando o escritor revê sua imagem/entrevista na infância. É o reecontro. Mostra porque a memória
é importante.
76. Quando o filme fala da importância do "filme"
77. Quando o homem adulto e a mulher q se lembram pouco e têm a oportunidade de rever as cenas do
garoto q escreveu o livro e a jovem universitária
78. Quando os repórteres entrevistam as pessoas. Mostram parecidos com os tempos atuais
79. Quando pessoas anônimas revêm sua participação na TV
80. Quando se pronuncia a frase: "o tempo age de modo diferente com um filme e com outro". Esta
frase identifica o filme com a vida humana!
81. Raul Seixas e Paulo Coelho e o arquivo sobre os incêndios nas TV's
82. Recuperação dos filmes
83. Reportagem com Raul Seixas.
84. Todas as partes do filme retratam bem o que ele quis passar
85. Todos nos quais as pessoas atuais estão olhando p/ cenas do passado
86. Todos os momentos
87. Todos os momentos me levaram a uma história vivida
88. Uma sequencia de perguntas a pessoas diversas
q7. Em sua opinião, qual o momento que melhor representa o filme?
CURITIBA
1.
??
2.
2 momentos: Um deles qdo um homem (x) fala sobre o poder da imagem ou da Tv de criar verdade.
Outro a frase "eu era bonitinha"
3.
A aparição de figuras nacionas e comparações de pessoas hoje e "ontem"
4.
A cidade, as pessoas, eventos, conquistas
5.
A explicação da formação da memória pelos cientistas
6.
A garota que passou no vestivular se vendo anos mais tarde- o cartola cantando
76
7.
A inocêcia da menina que passou no vestibular. Muito bom.
8.
A mocinha que passou no vestibular
9.
A neva em Curitiba
10. A parte do garoto que escreveu o livro, sendo assitida pelo próprio décadas depois.
11. A primeira cena que aparece todo material de filmagens jogado com teias
12. A sequencia com perguntas cortadas antes das respostas.
13. Acho que ele no geral
14. As cenas do material empoerado girando no canal 4
15. As cenasque mostram o acervo amontoado
16. As história engraçada contadas pelas personagens que são reais
17. As imagen históricas relevantes hoje ainda, como o inío da era da minisaia.
18. as imagens da cidade, principalmente os passeios pela rua Tv
19. As imagens do passado. Tenho andado atrás de casas antigas.
20. As imagens relembradas do passado e/ou com as pessoas vendo atualmente como eram no
passado
21. As narrativas pessoais
22. As reportagens
23. As vinhetas dos comerciais
24. Cena da 7 quedas que não existe mais
25. Cenas do arquivo
26. Entrevistas
27. Filme da neva da 75
28. Foi linear
29. Momentos em quee o foco é a importância dos homens como arquivo histórico
30. Muita dispersão
31. Na época Lerner
32. Na hora que mostra os filmes com teias de aranha
33. Na introdução
34. Não há um momento único. Todo filme expressa o msm. Conteúdo.
35. Não sei dizer ele é um todo
36. Não sei, muita fragmentação- mas o da ditadura é um bom trecho
37. No começo, quando se é discutido o processo de como adquirimos e de como usamos nossa
memória
38. No início ao falar das memórias de como ragimos a elas
39. No momento que se mostra o tipo das reportagens da época, a primitividade dos reporteres.
Acredito que é fácil de perceber que hoje é diferente.
40. O começo
41. O contraponto Itapiu E Sete Quedas
42. O da estátua da mulher da praça do homem nú sendo transportada.
43. O depoimento da mulher que passou no vestibular
44. O diálogo inicial entre os médico, pois é uma boa explicação e introdução sobre o que vai ser o
filme
45. O estado do material"filme" quando foram encontrados
77
46. O filme como um todo é bem apresentado, há equilíbrio nele todo
47. O filme todo, mas principalmente as imagens de arquivo
48. O final
49. O final
50. O final onde motiva as reações das personagens
51. O humor constante nas imagens apresentadas
52. o início
53. O meio do filme, quando se explica que o filme deriva de um achado
54. O momento da propaganda em que os pássaros cantam o hino nacional
55. O momento em que foram resgatados os filmes jogados em um canto qualquer
56. O momento em que o Jaime Lerner se emociona com a comunidade pedindo melhorias
57. O momento em que se mostra o porque " lixo do canal 4", explicando que o material fazia parte de
um arquivo morto, esquecido
58. O momento que aparece o arquivo, e na hora que contam sobre a fala em que os filmes estavam
espalhadas pela sala
59. O papel dos jornalistas na construção da imagem da época
60. O passeio pelos Cocáis da cidade(antigos)
61. O teatro Guaira
62. O todo. não existe momento específico, mas destaco as tomadas externas(repostages)
63. O tratamento dado aos entrevistados se vendo.
64. O trecho em fala-se e exibe-se a diversidade dos temas de reportágens
65. Os depoimentos da turma da cultura, em especial do Juca Chaves sobre o teatro Guaíra
66. Os depoimentos das pessoas anonimas se vendo nas imagens antigas
67. Os depoimentos das pessoas e acontecimento do passado
68. Os depoimentos das pessoas ligadas a época e as falas narradas
69. Os depoimentos finais com credito
70. Os primeiros minutos
71. Paulo Pimentel J. Lerner
72. Plinio Marcos
73. Quando a senhora diz que não lembra da entrevista que deu seguido por sua imagem enquanto
jovem
74. Quando além de mostrar a memória, mostra um contesto do problema social
75. Quando aparece momentos do inicio do canal 4, com a logo e evidência
76. Quando fala sobre a recuperação do arquivo do canal 4
77. Quando mostra o cuidado para com o acervo e as entrevistas
78. Quando mostra os comerciais antigos
79. Quando o acervo da televisão é encontrado na poeira da emissora
80. Quando se fala do arquivo, que estava abandonado
81. Raul seixa falando de sua música ou os jovens da ditadura militar
82. Relato dos neurocientistas
83. Todas
84. Todos
85. Todos
78
86. Transporte coletivo favelas e Pelé
q12. Na sua opinião, o filme "No Lixo do Canal 4" ficaria melhor se...
BRASÍLIA
1.
?
2.
"O lixo e a memória do Canal 4"
3.
(Não há o que mudar!!!!)
4.
+ informações relacionadas à neurociências patologias bizarras da memória seriam interessantes
5.
Nos momentos das apresentações dos arquivos houvesse mais legendas para melhor organizar a
ordem temporal
6.
A mostra das "propagandas" ficou deslocada.
7.
Abordagem menos restrita ao campo de Curitiba
8.
Abordase melhor um tema, específico
9.
Acho a trilha ainda tímida, e as legendas um pouco grosseiras. Faltam também alguns créditos. E se
eu fosse de Curitiba talvez falasse mais...
10. Acho que o filme está bom assim
11. Agilizar (um pouco) a abertura e apresentasse brevemente o tema da recuperação do arquivo
12. Chegasse às grandes salas de cinema
13. Colocasse mais memórias de músicas da época. Caprichasse mais nas legendas e letterings do
filme.
14. Colocasse todas as legendas e tentasse mostrar mais o interesse geral (do brasileiro) do que o
particular (do cidadão de Curitiba).
15. Começasse com alguma ?????? que permitisse logo o entendimento de sua forma
16. compor melhor o momento pre-determinado pelo diretor, pois ficou um pouco perdido alguns temas
17. Curta metragem
18. Deixasse os entrevistados responderem
19. Desse mais informações a respeito de algumas cenas, como locais e datas
20. desse um tratamento melhor na finalização
21. diminuisse a introdução
22. Diminuisse a parte dos militares, meio que perdeu o foco
23. Diminuisse sua duração. Há trechos dispensáveis, como quando um dos personagens fala sobre a
função de prefeito. A parte que foca a ditadura é a mais excessiva.
24. Direcionasse mais aos fatos consernentes ao que foi encontrado.
25. Dispensasse algumas cenas repetitivas, mesmo tendo ligação com o gancho da temárica "memória".
26. Em sua edição final, fossem retiradas entrevistas supérfluas sobre
27. Estendesse a questão da restauração, dando maior foco à prática
28. Explicasse um pouco melhor o que foi o Canal 4
29. Explorasse mais a temática da memoria e do processo de restauração.
30. Explorasse mais o tema memória.
31. falta algo que se pareça c/ um clímax, um apogeu.
32. Ficasse mais dinâmico e com uma trilha sonora mais divertida.
33. Fosse mais dinâmico
79
34. Fosse mais linear e com as datas e ano cada vez que mudasse uma cena
35. Fosse melhor editado e tendo uma direção onde o público entendesse o proposito do documentário
Não repetisse algumas cenas como dos velhinhos, mini saia...
36. Fosse menos repetitivo, principalmente nas entrevistas. E se o filme fosse mais curto.
37. Fosse uma volta ao passado
38. Fosse uns quinze minutos mais curto e que abordasse um pouco menos a cidade de Curitiba
39. Fossem menos detalhadas as informações e mais organizados os comentários
40. Houvesse um fio condutor
41. Identificar melhor os personagens e
42. Investisse um pouco mais na trilha sonora
43. Já estivesse a venda, compraria como arquivo histórico
44. Mais entrevistas com pessoas que participaram do Canal 4
45. Melhorasse a imagem.
46. Memorias de 1 curto tempo de espaço
47. Memórias do Canal 4
48. Mostrasse mais sobre filmes da época.
49. na década de 1970 vivêssemos na democracia
50. Nada a acrescentar
51. Não ficasse tanto tempo abordando o período militar (os militares)
52. Não fizesse comparações c/ cérebro, desnecessário.
53. Não há o que acrescentar
54. Não sei
55. Não sei. Acho muito focado documentário
56. Não tivesse opinião dos neurologistas, tivesse toda a trilha da epoca e melhor disposição dos sinais
visuais.
57. No início, antes de cortar os créditos, logo após a última fala, não houvesse um corte tão brusco
58. O final fosse menos "arrastado"
59. O final fosse trabalhado um pouco mais
60. Os depoimentos contidos no filme fossem também da população de Curitiba que vivenciaram aquele
acontecimento
61. Padronizasse caracteres e áudio
62. perdesse um pouco as referências regionais e fosse mais amplo
63. Revisse a introdução do tema. As primeiras cenas explicando sobre a memória poderia ser um
pouco menor
64. Se chamsse "em busca da Curitiba perdida" ou "tirando Curitiba do lixo" e tivesse uma história
melhor para costurar as imagens.
65. Se não lamentasse tanto a possibilidade das imagens serem perdidas. Pq é óbvio que seria
lamentável.
66. Sem mexer muito
67. só se fosse outro filme. Como documentário aproveita bem as imagens na temática regional.
Agradaria + se o tema fosse + amplo, + internacional? aí seria outro filme.
68. Temas universais, sei que é difícil
69. Tiver um cartaz impactante que chame o público no cinema, mostrando que trata da memória de
80
todo um país e não somente de Curitiba
70. Tivesse arrumador de carros
71. Tivesse uma opinião de algum profissional de arquivos.
72. Tratamento das imagens de arquivo
73. Trocando algumas cenas dos arquivos do canal 4 e revendo a narração.
74. Usasse um pouco de ficção
75. Usasse uma trilha sonora menos piegas no final. E retirar as imagens das pessoas se despendindo
(últimos minutos)
76. Variasse mais nas testemunhas; tivesse uma trilha bonita e forte; não variasse tanto nos assuntos
abordados; menos sentimental; deixasse claro, desde o início, a que veio
q12. Na sua opinião, o filme "No Lixo do Canal 4" ficaria melhor se...
CURITIBA
1.
"Luxo no lixo" mudasse o nome
2.
+ Personagens entrevistados
3.
Achei a parte em que o Jaime Lerner aparece muito longa
4.
Achei o nomme muito provocante. Talvez algo mais voltado a cultura paranaense
5.
Acho q está bom
6.
Acho que está bom assim
7.
Acho que já está finalizado, não falta nada e não sobra nada apenas melhorar o áudio
8.
Alguns momentos as imagens de arquivo fosse usados mais diretamente
9.
Alterar o título. Apesar do jogo depalavras a primeira impressão é bem negativa. Acho que a
"costura", com entrevistas sobre o lado"científico" da memória devia ser melhor trabalhada, ou usar
outra forma, como a própria cronológia das imagens
10. Apresentasse comparação com o lixo atual(se houver), mais material de humor e propagandas. A
era militar foi razoável
11. Aprofundasse nossa reflex]ao sobre passado
12. Arbodasse de uma forma mais ampla a memória da TV e vida pessoal.
13. As músicas fossem originais não banco de loops, e fosse mixado
14. As pessoas entrevistadas fossem focadas mais de longe.
15. Chamasse Arquivo no lixo c 4 porque na verdade é um documentária
16. Colocassem cenas atuais da cidade, em paralelo as cenas antigas dos mesmos pontos.
17. Com uma sequência mais lógica em períodos
18. Cortasse o melodrama do final os elogios com referência a feitura do filme
19. Crítica mais contudente na falta de cuidado com acervo- perguntas diretas aos responsáveis pela
emissoria ref. ao descuido
20. Desse maior atenção ao tema local - na seleção dos personagens. Por exemplo, a rapida passagem
do Ivo (Blindagem) em relação a grande aparição de nomes nacionais.
21. Desse mais focoem críticas sociais e na censura na ditadura militar
22. Desse voz a mais personagens
23. Dissesse mais no começo 'para que veio. não tornasse o interesse 'paranista', pois o filme interessa
a todo brasil.
81
24. divulgasse mais legendas sobre as personalidades; cortasse algumas falas que ficaram perdidas
25. Ele já está perfeito, muito interessante e crítico!
26. Está ótimo- A memória no lixo - reflete bem uma coisa e outra
27. Está perfeito
28. Ficaria melhor em cinema comercial em cópia de 35 mm
29. Fosse dado um maior foco historiográfico
30. Fosse mais curto, tratasse o audio e trocasse o título
31. Fosse mais enxuto
32. Fosse mais longo
33. Fosse memória em rolo
34. Fosse retirada a parte "emocionante" do filme. Explorasse mais as restaurações
35. Fosse um "documentário"
36. Fosse um pouco mais longo. Caso tratasse um pouco mais de políticos
37. Gostei da forma como foi apresentado
38. Houvesse mais detalhes a respeito do tratamento dado ao material, e mais dos fatos filmados.
39. Houvesse um aprofundamento da questão da memória como fator social. As explicações são todas
apenas sobre o funcionamento "físico" da memória
40. Houvesse uma crítica mais contudente em relação ao prejuízo causado pelo abandono das películas
41. Houvesse uma nas legenda e som, lógico
42. Mantivesse, por mais tempo, e repetisse o GC que identifica cada entrevistado
43. Material riquíssimo, pensar melhor na edição, apresentar masi cenas antigas
44. menos "imagens oficiais"
45. Mostrasse mais arquivo, mais história
46. Muda-se a introdução do filme
47. Mudasse de título
48. Mudasse o título e tivesse um tom menos dramático e menos passagem com Jaime Lerner.
49. Nada a sugerir
50. Não apresentasse tanto as entrevistas com as pessoas -vozes em off
51. Não fosse exibido
52. Não houvesse nada referente a Jaime Lerner
53. Não parecesse fazer campanha para alguns políticos que aparecem no filme, que podem ser
contraditórias diante de algumas imagens
54. Não sei se poderia melhorar, achei perfeito
55. O conceito de memória fosse melhor embasado porque o que se percebe é mais o documental que
o memonalístico como conceito
56. O nome do filme fosse mudado
57. O som fosse mais bem tratado
58. O texto dos neurocientistas(que explica sobre a memória e é muito bom por sinal) poderia ser falado
por atores ou alguém que prendesse mais a atenção e cativasse mais a platéia
59. Os diálogos iniciais fossem menores.
60. Para mim esta perfeito
61. Poderia ter entrevistados mais pessoas "comuns" além dos políticos.
62. Se deixasse a voz da Diretora do museu ser menos estridante
82
63. Se fosse apenas tido como um documentário!
64. Se houvesse outras edições, com a mesma característica, mas talvez outro gancho
65. Se o arquivo estivesse em melhor estado de conservação
66. Se o ritmo fosse menos lento
67. Sempre indicasse o ano de cada imagem colada e identificasse. As pessoas todas as vezes
possíveis
68. Tá bom.
69. Título: Alterar-Nome "Lixo" não é bom
70. Tivesse mais ação, com todo este material esperava um trbalho melhor de recorte da imagens. Acho
que não houve um link com o atual enfatizou muito so as imagens antigas, faltou argumento
esperando que as fotos (imagens falassem por si só)
71. Tivesse mais conteúdo
72. Tivesse mais depoimentos atuais de anonimos
73. Tivesse mais legendas para identificar as pessoas
74. Tivesse mais tempo de filmes de arquivo
75. Tivesse outros narradores no início modificasse o finalzinho identificasse todos os entrevistados
famosos
76. Tivesse um desenvolvimento mais linear
77. Tivesse um final mais conclusivo em relação ao tratamento que foi dado ao arquivo
78. Traçasse melhor a linha do tempo.
79. Trocaria o nome do filme
80. Trocasse a "entrvista" da diretora do teatro Guaira por alguém que viveu a história com o Miguel
Esposito
81. Usasse mais imagens presente nos rolos de anos de história.
83
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