CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DANIVEA FERREIRA NEVES ENFERMAGEM (2428512401) EDILENE PEDRA RODRIGUES ENFERMAGEM (2435523701) EVANILDE BARBOSA DOS SANTOS ENFERMAGEM (2429195801) JOSILENE DA SILVA OLIVEIRA ENFERMAGEM (244405401) LAISE GARDENIA DA SILVA RODRIGUES ENFERMAGEM (2433263301) LIJIA DA SILVA PACHECO ENFERMAGEM (2433270701) LUCIANA DE ALMEIDA RIBEIRO PALHA PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO – PTG JUAZEIRO / BAHIA 2019 DANIVEA FERREIRA NEVES ENFERMAGEM (2428512401) EDILENE PEDRA RODRIGUES ENFERMAGEM (2435523701) EVANILDE BARBOSA DOS SANTOS ENFERMAGEM (2429195801) JOSILENE DA SILVA OLIVEIRA ENFERMAGEM (244405401) LAISE GARDENIA DA SILVA RODRIGUES ENFERMAGEM (2433263301) LIJIA DA SILVA PACHECO ENFERMAGEM (2433270701) LUCIANA DE ALMEIDA RIBEIRO PALHA PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO – PTG Produção Textual apresentado ao Centro Universitário Anhanguera, como requisito avaliativo no Curso de Graduação em Enfermagem. JUAZEIRO / BAHIA 2019 SUMARIO 1. DESENVOLVIMENTO ...................................................................................... 04 1.1. A acetilcolina e o processo de contração muscular ................................. 04 1.2. Atrofia Muscular ....................................................................................... 06 1.3. Reabilitação no Sistema Único De Saúde ............................................... 07 2. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 09 REFERENCIAS ........................................................................................................ 4 1. DESENVOLVIMENTO 1.1 A ACETILCOLINA E O PROCESSO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR A acetilcolina é um químico orgânico que funciona no cérebro e no corpo de muitos tipos de animais e humanos, como um neurotransmissor - uma mensagem química liberada pelas células nervosas para enviar sinais para outras células [neurônios, células musculares e células glandulares]. Seu nome é derivado de sua estrutura química: é um éster de ácido acético e colina. Partes do corpo que usam ou são afetadas pela acetilcolina são denominadas colinérgicas. Substâncias que interferem na atividade da acetilcolina são chamadas anticolinérgicas. A acetilcolina é o neurotransmissor utilizado na junção neuromuscular - em outras palavras, é a substância química que os neurônios motores do sistema nervoso liberam para ativar os músculos. Esta propriedade significa que as drogas que afetam os sistemas colinérgicos podem ter efeitos muito perigosos, desde paralisia até convulsões. A acetilcolina também é um neurotransmissor no sistema nervoso autônomo, tanto como transmissor interno do sistema nervoso simpático quanto como produto final liberado pelo sistema nervoso parassimpático. A acetilcolina é o principal neurotransmissor dos sistemas nervosos parassimpáticos. Em parte, devido à sua função de ativação muscular, mas também devido às suas funções no sistema nervoso autônomo e no cérebro, um grande número de drogas importantes exerce seus efeitos alterando a transmissão colinérgica. Numerosos venenos e toxinas produzidas por plantas, animais e bactérias, bem como agentes nervosos químicos, causam danos por inativar ou hiperativar os músculos através de suas influências na junção neuromuscular. Drogas que atuam nos receptores muscarínicos de acetilcolina, como a atropina, podem ser venenosas em grandes quantidades, mas em doses menores são comumente usadas para tratar certas doenças cardíacas e problemas oculares. A escopolamina, que atua principalmente nos receptores muscarínicos do cérebro, pode causar delirium e amnésia. As qualidades aditivas da nicotina são derivadas de seus efeitos sobre os receptores nicotínicos de acetilcolina no cérebro. 5 A acetilcolina atua tanto no sistema nervoso central (SNC) quanto no sistema nervoso periférico (SNP). No SNC, as projeções colinérgicas do prosencéfalo basal ao córtex cerebral e ao hipocampo suportam as funções cognitivas dessas áreas-alvo. No SNP, a acetilcolina ativa os músculos e é um dos principais neurotransmissores do sistema nervoso autônomo. O Processamento de acetilcolina ocorre em sinapse. Após a liberação, a acetilcolina é decomposta pela enzima acetilcolinesterase. Como muitas outras substâncias biologicamente ativas, a acetilcolina exerce seus efeitos ligando-se e ativando os receptores localizados na superfície das células. Existem duas classes principais de receptores de acetilcolina, nicotínicos e muscarínicos. Eles são nomeados para produtos químicos que podem ativar seletivamente cada tipo de receptor sem ativar o outro: muscarine é um composto encontrado no cogumelo Amanita muscaria; a nicotina é encontrada no tabaco. Receptores nicotínicos de acetilcolina são canais iônicos bloqueados por ligantes permeáveis aos íons sódio, potássio e cálcio. Em outras palavras, são canais iônicos embutidos nas membranas celulares, capazes de mudar de um estado fechado para um estado aberto quando a acetilcolina se liga a eles; no estado aberto eles permitem que os íons passem. Receptores nicotínicos vêm em dois tipos principais, conhecidos como tipo muscular e tipo neuronal. O tipo muscular pode ser bloqueado seletivamente pelo curare, o tipo neuronal pelo hexametônio. A principal localização dos receptores do tipo muscular é nas células musculares, conforme descrito em mais detalhes abaixo. Os receptores do tipo neuronal estão localizados nos gânglios autonômicos (tanto simpático quanto parassimpático) e no sistema nervoso central. Os músculos se contraem quando recebem sinais de neurônios motores. A junção neuromuscular é o local da troca de sinal. As etapas desse processo nos vertebrados ocorrem da seguinte forma: (1) O potencial de ação atinge o terminal axônico. (2) Os íons de cálcio fluem para o terminal do axônio. (3) A acetilcolina é liberada na fenda sináptica. (4) A acetilcolina liga-se a receptores pós-sinápticos. (5) Essa ligação faz com que os canais iônicos se abram e permita que os íons de sódio fluam para a célula muscular. (6) O fluxo de íons de sódio através da membrana para dentro da célula muscular gera um potencial de ação que induz a 6 contração muscular. Marcadores: A: Axônio do neurônio motor B: Terminal Axon C: Fenda sináptica D: Célula muscular E: Parte de uma miofibrila. A acetilcolina é a substância que o sistema nervoso usa para ativar os músculos esqueléticos, uma espécie de músculo estriado. Estes são os músculos utilizados para todos os tipos de movimento voluntário, em contraste com o tecido muscular liso, que está envolvido em uma série de atividades involuntárias, como o movimento de alimentos através do trato gastrointestinal e a constrição dos vasos sanguíneos. Os músculos esqueléticos são diretamente controlados por neurônios motoreslocalizados na medula espinhal ou, em alguns casos, no tronco cerebral. Esses neurônios motores enviam seus axônios através dos nervos motores, dos quais emergem para se conectar às fibras musculares em um tipo especial de sinapse chamado junção neuromuscular. Quando um neurônio motor gera um potencial de ação, ele viaja rapidamente ao longo do nervo até alcançar a junção neuromuscular, onde inicia um processo eletroquímico que faz com que a acetilcolina seja liberada no espaço entre o terminal pré-sináptico e a fibra muscular. As moléculas de acetilcolina se ligam aos receptores de canais iônicos nicotínicos na membrana da célula muscular, fazendo com que os canais iônicos se abram. Os íons de sódio fluem para a célula muscular, iniciando uma sequência de etapas que finalmente produzem contração muscular. Nesse estudo de caso não foi uma lesão tão grave, um quadro reversível e foi indicada a fisioterapia, o qual restabelecerá o quadro. 1.2. ATROFIA MUSCULAR Atrofia muscular é definida como uma diminuição na massa do músculo; pode ser uma perda parcial ou total dos músculos, e é mais comum quando as pessoas sofrem circunstâncias incapacitantes temporárias, como serem restringidas em movimento e/ou confinadas ao leito, como quando hospitalizadas. Quando um músculo se atrofia, isso leva à fraqueza muscular, uma vez que a capacidade de exercer força está relacionada à massa. A compreensão da medicina moderna sobre o início rápido da atrofia muscular é um fator importante por trás da prática de levar os pacientes para fora do leito e movimentar-se o mais rapidamente possível, apesar das suturas, feridas, ossos quebrados e dor. 7 A atrofia muscular resulta de uma co-morbilidade de várias doenças comuns, incluindo cancro, SIDA, insuficiência cardíaca congestiva, doença pulmonar obstrutiva crónica, insuficiência renal e queimaduras graves; pacientes que têm “caquexia” nesses locais de doença têm um mau prognóstico. Além disso, a fome acaba levando à atrofia muscular. Desuso dos músculos, como quando o tecido muscular é imobilizado por alguns dias – quando o paciente tem uma lesão primária, como um osso quebrado imobilizado (fixado ou imobilizado em tração), por exemplo – também leva rapidamente à desuso atrofia. Minimizar tais ocorrências o quanto antes é uma missão primordial de terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas empregados em hospitais que trabalham em coordenação com cirurgiões ortopédicos. No estudo de caso o paciente teve uma lesão medular, isso compromete a contração muscular o que pode levar a atrofia, mas caso exista o tratamento, é evitado. 1.3. REABILITAÇÃO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE Como foi visto, foi indicado ao paciente realizar todo tratamento no SUS, tendo ele esse direito e o estado o dever de dispor, como é disposto na Constituição Federal: O direito fundamental à saúde tem previsão na Constituição no artigo 196 que assim dispõe: a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. A Constituição reservou a sociedade, o indivíduo e ao Estado o dever de cuidado com a saúde pública. O direito à saúde não é apenas o acesso ao tratamento repressivo e aos medicamentos. O direito à saúde é um instituto muito mais amplo e precisa estar relacionada a uma boa alimentação, à assistência social, ao trabalho, à moradia digna. O direito fundamental à saúde é importante porque é uma questão de cidadania e pertence à coletividade. “O direito à saúde constitui direito de todos e dever do Estado, a partir de um acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. Portanto, é um direito público subjetivo capaz de ser exigido do Estado (BRASIL, 1988 p, 18). A princípio o caso é de reabilitação, logo, os recursos necessários seriam apenas para a reabilita-o com fisioterapia. Contudo, acrescenta-se ai nesse contexto, consultas nos médicos para retornos e acompanhamentos e exames 8 médicos, ou seja, condições também ofertadas pelo SUS, garantindo assim toda continuidade de tratamento ao paciente. O NASF servirá como um apoio para ele dar continuidade ao tratamento. O NASF tem como proposta a atenção a saúde de forma multidisciplinar. As equipes multidisciplinares são promovidas como um meio para permitir que profissionais e outros profissionais em saúde que colaborem com sucesso. Pesquisas sugerem que as equipes multidisciplinares podem ser eficazes. Diversidade suficiente de profissões e disciplinas, liderança adequada e dinâmica de equipe e organizações de apoio são facilitadores importantes. O cuidado integrado exige que profissionais de diferentes setores trabalhem juntos em torno das necessidades das pessoas, suas famílias e suas comunidades. Não trabalhar juntos resulta em uma experiência ruim de cuidado, um desperdício de recursos e, em alguns casos, pessoas que sofrem danos. Equipes que reúnem profissionais e profissionais relevantes são vistas como um meio eficaz para incentivar uma melhor coordenação de seu trabalho. Frequentemente, eles são rotulados como " equipes multidisciplinares ", mas na verdade, muitas vezes, buscam ativar o trabalho "inter" ou "trans" entre diferentes "profissionais" e "praticantes". As equipes multidisciplinares são incentivadas (e, em alguns casos, obrigatórias) pelos formuladores de políticas em relação a diferentes populações e necessidades. No caso do paciente ele se beneficiaria tendo um excelente tratamento supervisionado, com melhora rápida do quadro. Esse paciente poderia se beneficiar com toda essa estrutura da NASF. Esta atuação integrada iria permitir realizar discussões do caso dele, possibilitando o atendimento compartilhado entre profissionais, médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, etc., tanto na Unidade de Saúde, como nas visitas domiciliares; permitiria a construção conjunta de projetos terapêuticos de forma que ampliaria e qualificaria as intervenções de forma mais eficaz e resolutiva. 9 2. CONSIDERAÇÕES FINAIS Conclui-se com este estudo que a acetilcolina desempenha um papel muito importante do processo de contração muscular. No referido caso, como foi uma lesão medular reversível, o tratamento fisioterápico ajudara a restabelecer os movimentos normalmente, evitando assim a atrofia. O referido paciente, contando com o apoio da NASF terá um excelente tratamento não deixando nada a desejar. Contanto com a ajuda multidisciplinar o tratamento será completo e de forma eficiente e eficaz. Esse estudo demonstra que o SUS mantem assim, os direitos previstos nas constituições. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional da Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/pnab.pdf Acesso em 11 jul. 2019. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. 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