Enviado por kristyanneliberato

CME

Propaganda
UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE – UNIVALE
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – FACS
CURSO DE ENFERMAGEM – 6º Período
CENTRO DE MATERIAL
E ESTERILIZAÇÃO
Disciplina: Enfermagem Cirúrgica e CME
Professora: Elizabete Maria de Assis Godinho
Legislação:
RDC nº 307 de 14/11/02 – ANVISA – Dispõe sobre regulamento
técnico, planejamento, programação, elaboração e avaliação de
projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.
RDC nº 50 de 21/02/02 – ANVISA Dispõe sobre regulamento técnico,
planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos
físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.
RDC nº 306 de 07/12/04 – ANVISA Gerenciamento de Resíduos de
serviços de saúde.
Portaria nº 482 de 16/04/99 – Dispõe sobre uso e instalação de ETO.
RDC nº 30 de 15/02/06 – registro, rotulagem e re- processamento de
produtos médicos, e dá outras providências.
 Portaria nº 2616 de 12/05/98 – Dispõe sobre Diretrizes e
Normas para prevenção e controle das infecções hospitalares.
 RDC nº 48 de 02/06/00 – Roteiro de Inspeção do PCIH –
ANVISA
Roteiro de Inspeção – INAISS - ANVISA
Portaria MTE n.º 485, de 11 de Novembro de 2005 (DOU de
16/11/05 – Seção 1)
 NR 32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM
SERVIÇOS DE SAÚDE (2005)
RESOLUÇÃO - RDC Nº 8, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2009 sobre
as medidas para redução da ocorrência de infecções por
Micobactérias de Crescimento Rápido - MCR em serviços de
saúde.
• RESOLUÇÃO-RDC Nº 35, DE 16 DE AGOSTO DE 2010 que dispõe sobre o
Regulamento Técnico para produtos com ação antimicrobiana utilizados
em artigos críticos e semicríticos.
• RESOLUÇÃO - RDC Nº 15, DE 15 DE MARÇO DE 2012 que dispõe sobre
requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para
saúde e dá outras providências.
• RESOLUÇÃO COFEN Nº 424/2012 de 20/04/2012 que regulamenta, no
âmbito nacional, as atribuições dos membros da equipe de Enfermagem
em Centros de Material e Esterilização, ou em empresas processadoras
de produtos para saúde.
ESTRUTURA FÍSICA
• Central de Esterilização: Sua essência consiste em
promover materiais livres de contaminação para serem
utilizados nos diversos procedimentos em pacientes internados
no Hospital ou atendidos nas Unidades de Saúde.
• Neste serviço os materiais são lavados, preparados,
acondicionados, esterilizados e distribuídos para todas as
unidades.
• A informatização da CME agiliza os controles diários, desde a
etiqueta até a informação de todos os materiais processados,
necessitando de profissionais habilitados.
• O ponto de destaque nesse Serviço, é o trabalho em equipe
atuando com qualidade em todas as etapas do trabalho.
INTRODUÇÃO



Definido pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 1999) como
"o conjunto de elementos destinados à recepção,
expurgo, preparo, esterilização, guarda e distribuição
dos materiais para as unidades dos estabelecimentos
assistenciais à saúde".
CME é uma unidade de apoio técnico a todas as
unidades assistenciais, responsável pelo
processamento, limpeza, preparo, esterilização,
estocagem e distribuição dos artigos a todas unidades
consumidoras.
O CME também tem por finalidade o fornecimento de
produtos para a saúde adequadamente processados,
proporcionando, assim, condições para o atendimento
direto e a assistência à saúde dos indivíduos enfermos
e sadios (RDC 307, 2002).
HISTÓRICO


Central de Material e Esterilização nos
Hospitais brasileiros ocorreu na década de
40, (limpeza o preparo e o
acondicionamento dos artigos hospitalares)
era realizado pelo pessoal da Enfermagem
das próprias unidades, sendo que a CME
apenas realizava a esterilização.
Em meados de 50 surgem os centros de
material parcialmente esterilizados, preparo
e esterilização.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO
CME (RDC 307, 2002)








Receber, desinfetar e separar os produtos
parasaúde;
Lavar os artigos;
Receber as roupas vindas da lavanderia;
Preparar os artigos e roupas(pacotes);
Esterilizar os artigos, roupas por meio de métodos
físicos ou químicos, proporcionando condições de
aeração dos produtos, conforme necessário;
Realizar o controle microbiológicos e o prazo da
validades dos produtos esterilizados;
Armazenar e distribuir os produtos para saúde e as
roupas esterilizadas;
Zelar pela proteção e pela Segurança dos
operadores
RECOMENDAÇÕES DA ÁREA FÍSICA
DO CME

A Central de Esterilização deve ser uma unidade de produção
autônoma e independente do Centro Cirúrgico, considerando ser
sua atividade meio, pois possui vários clientes e fornecedores.

Esta deve ser gerenciada por profissional de saúde devidamente
habilitado.

A Portaria n° 1.884/94/MS normatiza que estabelecimentos de
saúde devem possuir Central de Esterilização, e segundo esta
portaria, pode localizar-se fora ou dentro da Instituição.
RECURSOS HUMANOS NO CME




Enfermeiros;
Técnicos de enfermagem;
Auxiliares de enfermagem e
Auxiliares administrativos.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELOS
ENFERMEIROS DO CME





Art. 11 da Lei nº 7498 de 25/06/1986, que dispõe sobre a
regulamentação do exercício da enfermagem: O Enfermeiro
exerce todas as atividades de enfermagem cabendo- lhe:
I - privativamente:
a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura
básica da instituição de saúde, pública e privada, e chefia de
serviço e de unidade de enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de
suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas
prestadoras desses serviços e
c) o planejamento, a organização, a coordenação, a
execução e a avaliação dos serviços de assistência de
enfermagem
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELOS
ENFERMEIROS DO CME






II - como integrante da equipe de saúde:
a) participar do planejamento, execução e avaliação da
programação de saúde;
b) participar na elaboração, execução e avaliação dos
planos assistenciais de saúde;
d) participação em projetos de construção ou reforma de
unidades de internação;
e) realizar prevenção e controle sistemático da infecção
hospitalar e de doenças transmissíveis em geral junto com o
SCIH;
f) realizar prevenção e controle sistemático de danos que
possam ser causados à clientela durante a assistência de
enfermagem;
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELOS
ENFERMEIROS DO CME


É desejável que a qualificação do
responsável técnico do CME seja enfermeiro
especialista em CC, RPA e CME (SOBECC,
2009).
LDB no programa pedagógico do currículo
mínimo, contemplam processamento de
produtos para saúde: recebimento limpeza,
desinfecção, inspeção, preparo, embalagem,
esterilização, armazenamento e distribuição.
DIVISÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
PELO ENFERMEIRO DO CME



Coordenação da unidade;
Técnico administrativas;
De administração de pessoal.
RESOLUÇÃO COFEN Nº 424 de 20/04/2012




Que regulamenta, no âmbito nacional, as atribuições dos
membros da equipe de Enfermagem em Centros de Material
e Esterilização, ou em empresas processadoras de produtos
para saúde:
RESOLVE:
Art. 1º Cabe aos Enfermeiros Coordenadores, Chefes ou
Responsáveis por Centro de Material e Esterilização (CME),
ou por empresa processadora de produtos para saúde:
I - Planejar, coordenar, executar, supervisionar e avaliar
todas as etapas relacionadas ao processamento de produtos
para saúde, recepção, limpeza, secagem, avaliação da
integridade e da funcionalidade, preparo, desinfecção ou
esterilização, armazenamento e distribuição para as
unidades consumidoras;
RESOLUÇÃO COFEN Nº 424 de 20/04/2012



II - Participar da elaboração de Protocolo Operacional
Padrão (POP) para as etapas do processamento de
produtos para saúde, com base em referencial científico
atualizado e normatização pertinente. Os Protocolos devem
ser amplamente divulgados e estar disponíveis para
consulta;
III - Participar da elaboração de sistema de registro (manual
ou informatizado) da execução, monitoramento e controle
das etapas de limpeza e desinfecção ou esterilização, bem
como da manutenção e monitoramento dos equipamentos
em uso no CME;
IV - Propor e utilizar indicadores de controle de qualidade
do processamento de produtos para saúde, sob sua
responsabilidade;
RESOLUÇÃO COFEN Nº 424 de 20/04/2012



V - Avaliar a qualidade dos produtos fornecidos por
empresa processadora terceirizada, quando for o caso,
de acordo com critérios preestabelecidos;
VI - Acompanhar e documentar, sistematicamente, as
visitas técnicas de qualificação da operação e do
desempenho de equipamentos do CME, ou da empresa
processadora de produtos para saúde;
VII - Definir critérios de utilização de materiais que não
pertençam ao serviço de saúde, tais como prazo de
entrada no CME, antes da utilização; necessidade, ou
não, de reprocessamento, entre outros;
RESOLUÇÃO COFEN Nº 424 de 20/04/2012




VIII - Participar das ações de prevenção e controle de
eventos adversos no serviço de saúde, incluindo o controle
de infecção;
IX - Garantir a utilização de Equipamentos de Proteção
Individual (EPI), de acordo com o ambiente de trabalho do
CME, ou da empresa processadora de produtos para
saúde;
X - Participar do dimensionamento e da definição da
qualificação necessária a os profissionais para atuação no
CME, ou na empresa processadora de produtos para
saúde;
XI - Promover capacitação, educação permanente e
avaliação de desempenho dos profissionais que atuam no
CME, ou na empresa processadora de produtos para
saúde;
RESOLUÇÃO COFEN Nº 424 de 20/04/2012



XII - Orientar e supervisionar as unidades usuárias dos
produtos para saúde, quanto ao transporte e
armazenamento dos mesmos;
XIII - Elaborar termo de referência, ou emitir parecer
técnico relativo à aquisição de produtos para saúde,
equipamentos e insumos a serem utilizados no CME, ou
na empresa processadora de produtos para saúde;
XIV - Atualizar-se, continuamente, sobre as inovações
tecnológicas relacionadas ao processamento de
produtos para saúde.
RESOLUÇÃO COFEN Nº 424 de 20/04/2012




Art. 2º Os Técnicos e Auxiliares de Enfermagem que
atuam em CME, ou em empresas processadoras de
produtos para saúde, realizam as atividades previstas
nos POPs, sob orientação e supervisão do Enfermeiro.
Art. 3º Cabe aos Conselhos Regionais adotar as
medidas necessárias ao cumprimento desta Resolução.
Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação, revogando-se as disposições em contrário.
Brasília, 19 de abril de 2012.
ATIVIDADES DO AUXILIAR
ADMINISTRATIVO


Devem ser determinadas conforme as especificações de
cada serviço, porém geralmente se resumem a efetuar
pedidos de produtos de consumo; digitar comunicados,
escalas de serviço e de férias, listagem de caixas
cirúrgicas e de rotina, entre outras.
É o elo entre o ambiente interno e externo do CME,
sendo indispensável para a efetiva comunicação com os
demais setores da instituição.
VALORES



Do profissional enfermeiro;
Dos demais membros da equipe de
enfermagem.
O COFEN determina que o profissional na CME deve
possuir formação em Enfermagem; apresentar as
seguintes características em seu perfil: equilíbrio
emocional, habilidade no trato com o público,
capacidade de organização, facilidade de memorizar
especificações e padronizações, condicionamento físico
necessário para manipular cargas pesadas e resistência
ao contato contínuo com variações de temperatura.
Área
Área para recepção,
descontaminação e
separação de artigos
Dimensões
mínimas
8,0m² (0,08 m² /
leito)
Instalações
HF, HQ, E, ADE
Àrea para recepção de
roupas limpas
4,0 m²
HF, E
Àrea para preparo de
artigos e roupas limpas
12,0m²
(0,25m²/leito)
HF, E
Área para esterilização
física que depende do
equipamento utilizado
(distância mínima entre as
autocalçves)
20cm
Àrea para esterilização
química líquida
Sala de armazenagem e
distribuição de roupas e
artigos esterilizados
HF, E
HF, E
10,0 m² (0,2 m² /
leito)
AC
Área
Dimensões
mínimas
Instalaçõe
s
Sala de armazenagem e
distribuição de artigos
esterilizdos descartáveis
25% da área de armazenagem
de artigos esterilizados (a
resolução especifica ainda a
área do CME “simplificada “
para estabelecimento e áreas
de saúde que realizam
atividades cirúrgicas)
AC
Sala para lavagem e
descontaminação
4,8 m²
HF, HQ
Sala de
esterilização
3,2 m²
HF, E
Fonte: RDC 50 e nº 307 do Ministério da Saúde
DINÂMICA E FLUXO NO CME
Expurgo
ÁREA SUJA
Preparo de material e carga Retirada de material da autoclave
da autoclave
e guarda do material
ÁREA LIMPA
ÁREA ESTÉRIL
Fluxo unidirecional com barreiras físicas entre as áreas
Pisos e paredes:
- De cor clara;
- Limpeza fácil;
- Piso de preferência vinílicos;
- Resistente ao calor, umidade, corrosão;
-Forro acústico, para amenizar os ruídos;
Janelas e iluminação
Janelas:
- Amplas que permitam a entrada de luz natural;
- Altas e fechadas – quando a ventilação for feita por arcondicionado;
Altas e abertas – proporcionando ventilação natural. Estas
devem ser protegidas com telas milimétricas de nylon de forma
a evitar entrada de vetores.

Iluminação:
- Artificial
Natural
OBS: Ambas devem facilitar o desenvolvimento das atividades
dos funcionários

Temperatura e Ventilação e exaustão do
calor (NBR 16401 / 2008):

-
Temperatura:
Adequada ao ambiente do processo de
trabalho da Central de Esterilização entre
18° e 25°C.
Ventilação e exaustão do calor:
- Manter a temperatura em níveis
adequados ao conforto (18° a 25° C),
principalmente na área onde se localizam
as autoclaves;

Ambiente de apoio:
-
Vestiários com sanitários e chuveiros p/ funcionários e
barreiras para área limpas e para áreas sujas com barreiras,
podem ser áreas em comum desde que tenham barreiras
com acessos específicos;
-
Depósito de material de limpeza, que pode ser comum ás
áreas limpas e suja, desde que seu acesso seja externo;
-
Sala administrativa;
-
Área e manutenção dos equipamentos de esterilização
física;
- Local próprio destinado a descanso e lanche dos funcionários;
- Pia p/ lavagem das mãos de fácil acesso.
Dinâmica e Fluxo




-O fluxo contínuo e unidirecional do artigo,
evitando o cruzamento de artigos sujos com os
limpos e esterilizados, como também evitar que
o trabalhador escalado para área contaminada
transite pelas áreas limpas e vice-versa.
Caso seja necessário o trabalhador deverá trocar
de roupa.
1 - Fluxo unidirecional com barreiras físicas entre
as áreas.
Expurgo (área suja) – Preparo de material e
carga da autoclave (área limpa) – Retirada de
material da autoclave e guarda do material estéril
(área estéril).
Equipamentos






Ao planejar uma Central de Esterilização deve-se
levar em conta o tipo e a previsão correta dos
equipamentos, tais como:
A complexidade de atendimento da Instituição;
Volume e características do material a ser
esterilizado;
Disponibilidade de recursos financeiros;
A previsão correta dos equipamentos leva a médio
prazo à redução do custo da mão de obra e o
aumento da vida útil dos instrumentais e materiais
submetidos aos processos de limpeza e
esterilização.
Em uma Central de Esterilização podemos dizer
que basicamente existem dois tipos de recursos
materiais:
Materiais permanentes e insumos






- Lavadoras termo-desinfectadoras;
- Máquina seladora de embalagens;
- Embalagens
- Cestos suspensos para armazenamento de
materiais a serem esterilizados e/ou estéreis;
- Carrinho de transporte interno na Central de
Esterilização e externo, para diversos setores;
- Lupa.
Equipamentos específicos






- Autoclave – pré-vácuo/alto-vácuo (bomba
de vácuo ou sistema de Venturi);
- Autoclave – gravitacional;
- Autoclave – óxido de etileno (ETO);
- Autoclave – plasma de peróxido de
hidrogênio;
- Autoclave – vapor de baixa temperatura e
formaldeído gasoso (VBTF);
- Autoclave – cobalto 60.
SEGURANÇA E SAÚDE NO
TRABALHO EM CME

MEDIDAS DE PROTEÇÃO PARA OS
TRABALHADORES DA ÁREA:
Portaria MTE n.º 485, de 11 de Novembro
de 2005 (DOU de 16/11/05 – Seção 1)
que aprova NR 32 - SEGURANÇA E SAÚDE
NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE
Normas Regulamentadoras – NR32

Esta Norma Regulamentadora (NR) tem
por finalidade estabelecer as diretrizes
básicas para a implementação de medidas
de proteção à segurança e à saúde dos
trabalhadores em estabelecimentos de
assistência à saúde (EAS), bem como
daqueles que exercem atividades de
promoção e assistência à saúde em geral.
Dinâmica e Fluxo da CME
Área suja:
 Recepção de artigos =>limpeza => lavagem =>separação.
Área limpa:
 Área de preparo: análise e separação dos instrumentais,
montagem de caixas, pacotes, materiais especiais, etc...;
 Recepção de roupa limpa, separação e dobradura;
 Área de esterilização: método de esterilização, montagem da
carga, acompanhamento do processo e desempenho do
equipamento;
 Área de armazenamento: identificação dos artigos, data de
preparo e validade;
 Distribuição: definir horários.
FLUXOGRAMA DOS ARTIGOS
PROCESSADOS
Unidades
consumidoras
Unidades
fornecedoras
CME
Recepção de
Artigos sujos
Limpeza e
Secagem dos
artigos
Recepção de roupas
Recepção de
Artigos limpos
Preparo e
acondicionamento
Esterilização
Armazenamento de artigos processados
Distribuição de artigos limpos e esterilizados
Fluxograma 1 - Processamento de artigos médico-hospitalarse na CME.
Fonte: Fluxograma modificado Silva apud Possari, 2007.
Artigos
Compreendem instrumentos de naturezas diversas
utilizados na assistência médico hospitalar,
compreendendo materiais ou instrumentais
cirúrgicos, utensílios de refeição, acessórios de
equipamentos, materiais de assistência respiratória
e outros (BRASIL, 1994).
Definição de Artigos:

Artigos críticos – são aqueles que penetram através da pele e
mucosas, atingindo os tecidos sub-epiteliais, sistema vascular,
bem como todos os que estejam diretamente conectados com
este sistema. Ex:equipo de soro, bisturi,agulhas, pinças de
biopsia....

Artigos semi - críticos – são todos aqueles que entram em
contato com a pele não íntegra ou com mucosas íntegras. Ex:
especulo vaginal e otoscopio, alicate (pode ser critico),
termômetro.....

Artigos não críticos - são todos aqueles que entram em
contato com a pele íntegra do paciente Ex: escovas, lixas,
estetoscópio, termômetro,......
(BRASIL, 1994)
RECOMENDAÇÃO PARA LIMPEZA
DE ARTIGOS NO CME
•é o primeiro passo para o processamento de artigos, e está
intimamente ligada a qualidade final do processo;
• o principal fator que reduz até 4 log de organismos
contaminantes;
•Quanto mais limpo estiver o artigo, menores as chances de
falhas na esterilização;
•A limpeza pode ser desenvolvida através de métodos
manuais ou mecânicos.
EQUIPAMENTOS PARA LIMPEZA



Lavadora – esterilizadora
Lavadora ultra-sônica
Lavadora – desinfectadora
- Limpeza manual: é o procedimento realizado
manualmente, onde a sujidade é removida por meio
da ação física com auxilio de detergente, água e
artefatos como esponja e escova (BRASIL, 1994;
RESOLUÇÃO SS 374, 1995).
Uso de EPIs :
- é imprescindível o uso correto dos EPIs para o
desenvolvimento das técnicas de limpeza e
desinfecção. São eles: aventais impermeáveis, luvas
anti-derrapantes de cano longo, óculos de proteção,
máscaras e gorro.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) - NR6
Proteção Para
MÃOS
FACE
Tipos de EPI
Que Protegem
Luvas de As mãos, quando tocar em sujidade,
Borracha sangue, secreções corporais e
(cano longo) produtos químicos de limpeza
Gorro, óculos de proteção Os cabelos, olhos, nariz e boca,
e quando houver riscos de respingos
máscara de sangue, secreções corporais e
produtos químicos de limpeza.
TRONCO
Avental O tronco, quando houver riscos de
impermeável respingos de sangue, secreções
corporais e produtos químicos no
uniforme
MEMBROS
INFERIORES
Botas de Os pés e as pernas, nos lugares
Borracha úmidos ou quando em contato com
(cano médio) produtos químicos ou secreções.
SOLUÇÕES LIMPADORAS
- Limpadores enzimáticos : são compostos basicamente
por enzimas, surfactantes e solubilizantes. A combinação
balanceada desses elementos faz com produto possa
remover a matéria orgânica do material em curto período
de tempo.
- Soluções enzimáticas: apresentam excelente ação de
limpeza, mas não possuem atividade bactericida e
bacteriostática.
ENZIMAS
-
São substâncias produzidas por células vivas e que governam as
reações químicas do processo;
-
Uma vez produzidas pelas células, uma enzima pode ser isolada e irá
manter suas propriedades catalíticas, se determinadas condições
forem mantidas na sua fabricação;
-
As enzimas são classificadas em três maiores grupos funcionais
dependendo do tipo de substrato que irão afetar:
 proteases,
 lípases e
 amilases que atuam em substratos protéicos, gorduras e carboidratos,
os quais tendem a solubilizar-se e desprender dos artigos.
Está limpo?
“Todo artigo odonto-médico-hospitalar contaminado deve
ser limpo precedendo ou não a desinfecção ou esterilização”
Detergente
enzimático
+
Artefatos
EPI
Figura 1 – Limpeza de artigos
Fonte: COSTA, 2005
MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA LIMPEZA
Pia exclusiva com cuba funda (preferencialmente).
Bancada para apoio, deve ser lavável.
Cuba plástica para colocar a solução de limpeza(água e
sabão ou solução enzimática).
Escovas e/ou esponjas para a limpeza dos artigos.
Falso tecido descartável ou tecido(deve ser lavado após o
uso, e ser exclusivo) para enxugar os artigos.
A limpeza e secagem do artigo é obrigatória antes da
desinfecção ou esterilização.
Após o procedimento os utensílios devem ser limpos
(cuba, escovas, etc).
Definir qual procedimento o artigo vai se submetido:
desinfecção ou esterilização (RESOLUÇÃO SS 374, 1995;
BRASIL, 2004).
CERTO
ERRADO
CLASSIFICAÇÃO DE SPAULDING
ARTIGOS/
CLASSIFICAÇÃO
DEFINIÇÃO
TIPOS DE MATERIAIS
PROCESSO A SER
REALIZADO
Críticos
Artigos que entram
em contato com
tecido estéril ou
sistema vascular
Implantes
de prótese;
Materiais cirúrgicos;
Cateteres cardíacos;
Transdutores, agulhas;
Laparoscópios;
Artroscópios
Esterilização
Semi-críticos
Artigos que entram
em contato com
membranas
mucosas e pele
não intacta
Instrumentos
de fibra ótica
(broncoscópios, colonoscópios,
endoscópios)
Tubos endotraqueais
Circuito de anestesia Circuito de
terapia respiratória
Desinfecção
Estetoscópio
Desinfecção
Não-críticos
Artigos que entram
em contato com
pele íntegra
Otoscópio
Utensílios
de refeição
Roupas
Eletroencefalógrafos
Muletas,
etc
.
Quadro 1 –Classificação de Spaulding
Fonte: BRASIL, 2004
de alto
nível, ou
Desinfecção de
médio nível (avaliar
cada artigo
individualmente)
de
baixo nível, ou
Limpeza (avaliar
cada artigo
individualmente).
CRITÉRIOS MÍNIMOS PARA AS RECOMENDAÇÕES
PARA PROCESSAMENTO DE ARTIGOS:

Os artigos a serem processados devem ser classificados, de
acordo com o risco potencial de transmissão de infecção, em
artigos críticos, semi-críticos e não críticos de acordo com a
classificação de Spaulding;

Sempre que possível e aplicável, os artigos definidos para
desinfecção de alto nível, devem receber este processamento de
modo centralizado, na CME;

A definição pelo método de esterilização e desinfecção deve
levar em conta a classificação de Spaulding, a compatibilidade
do artigo com o processo, considerações de ordem econômica e
de ordem prática.
Recomendações para Desinfecção de artigos
no CME:
É um processo que destrói microrganismos, patogênicos ou não, dos
artigos, com exceção de esporos bacterianos, por meios físicos ou
químicos.
Níveis de desinfecção:
•Alto nível: processo físico ou químico que destrói todos os
microrganismos de artigos semicríticos, exceto um número elevado de
esporos bacterianos => Glutaraldeído 2% - 20 – 30 minutos.
Indicação: área hospitalar preferencialmente.
•Nível intermediário: processo físico ou químico que destrói
microrganismos patogênicos, micobactérias, maioria dos vírus e
fungos, de objetos inanimados e superfícies.
Indicação: para UBS, creche, asilos,casa de repouso.
•Baixo nível: elimina a maioria das bactérias, algumas vírus e fungos,
mas não elimina micobactérias =>Hipoclorito de sódio 0,025%
Indicação: nutrição.
ORDEM DECRESCENTE DE RESISTÊNCIA A GERMICIDAS
QUÍMICOS (FAVERO, BOND apud BLOCK, 1991)
PRIONS
Mais resistentes
ESPOROS BACTERIANOS
Alto nível (aldeídos e
ácido peracético)
MICOBACTERIA
Nível intermediário (álcool,
hipoclorito de sódio a 1%,
VÍRUS NÃO LIPÍDICOS OU PEQUENOS cloro orgânico, fenol
VÍRUS
sintético, monopersulfato
de potássio e associações)
FUNGOS
BACTERIAS VEGETATIVAS
VÍRUS LIPÍDICOS OU VÍRUS DE TAMANHO
MÉDIO
Menos resistentes
Baixo nível (quaternário
de amônio e hipoclorito
de sódio 0,2%)
DESINFECÇÃO POR GLUTARALDEÍDO
VANTAGENS
DESVANTAGENS
• rápido: 20 - 30 min
• processo manual
• monitoração da [ ] e ph
• enxágüe difícil
• compatibilidade com
uma grande gama de
materiais
• toxicidade (inalação)
• custo aceitával
•odor pungente
• fixa sujidade residual
DESINFECÇÃO POR ÁCIDO
PERACÉTICO A 0,2%
VANTAGENS
• rápido: 10 minutos
• monitoração da [ ]
• enxágüe fácil
• baixa toxicidade
• remove sujidade
residual
DESVANTAGENS
• processo manual
• incompatível com aço
bronze, latão e ferro
galvanizado
• custo ?
• odor avinagrado
DESINFECÇÃO DE NÍVEL INTERMEDIÁRIO
 Álcool: etílico ou isoopropílico 70% peso/volume
30’’ de aplicação e evaporação natural
 Cloro inorgânico: hipoclorito de sódio 1%
( 10.000 ppm 30’ )
orgânico (pó - 10’)
X
ASSOCIAÇÕES: Ex. quaternário de amônio +
formaldeído + etanol
DESINFECÇÃO DE BAIXO NÍVEL
 QUATERNÁRIO DE AMÔNIO
 HIPOCLORITO DE SÓDIO: 0,2% por 30’
Indicação: quando a garantia da baixa toxicidade
é prioritária
MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA DESINFECÇÃO
Pia exclusiva com cuba funda (preferencialmente); Torneira com filtro.
Bancada para apoio, deve ser lavável;
Cuba/balde plástico com cor escura e tampa para colocar a solução ->
anotação da data da ativação, identificação do nome da solução.
Cuba/balde plástica para o enxágüe.
Falso tecido descartável ou tecido(deve ser lavado após o uso, e ser
exclusivo) para enxugar os artigos.
Embalagens.
EPI adequado para o profissional (gorro,óculos de proteção, avental
impermeável,máscara específica, luvas de cano longo)
Espaço físico adequado => exclusivo, ventilado (RESOLUÇÃO SS 374,
1995).
SELEÇÃO DE
EMBALAGEM:
Permitir o transporte e o armazenamento do artigo
odonto-médico-hospitalar e mantê-lo estéril até o seu
uso. Fala-se hoje em embalagens 1ºárias, 2ºárias e
3ºárias.
Saída do Ar
Entrada do Agente
esterilizante
Microrganismos
Embalagem
Produto
Registro na ANVISA
•não delaminar
•abertura asséptica
•memória
•visibilidade do conteúdo
•indicador químico
•selagem segura
•indicação para abertura
•lote de fabricação
repelência
tamanhos variados
•contêineres
rígidos
(válvula e filtro)
• tecido de
algodão
•filmes
•papel grau
cirúrgico
Penetrância
Dificuldades variadas
•manta de SMS
•Tyvek
•papel crepado
Validação a cada inserção ou troca de
embalagem
Qualificação de desempenho: a cada nova
configuração introduzida
Tecido de
algodão
Papel manilha
Papel toalha
Papel Kraft
FATORES QUE AFETAM A EFICÁCIA DA
ESTERILIZAÇÃO
A atividade dos agentes esterilizantes depende de
inúmeros fatores, alguns inerentes às qualidades
intrínsecas do organismos e outros dependentes das
qualidades físico-químicas do agente ou fatores
externos do ambiente:
-
Número e localização de microrganismos
Resistência inata dos microrganismos
Concentração e potência do agente germicida
Fatores físicos e químicos
Matéria orgânica
Duração da exposição
TIPOS DE INVÓLUCROS PARA
ESTERILIZAÇÃO EM ESTUFA
Caixa metálica – preferencialmente de alumínio.
Embalagem individual com material específico.
Tipo de
embalagem
Matéria Prima
Características
Físicas
Indicações de
Uso
Apresentação
Norma
Brasileira - NBR
Tecido
de
algodão
Algodão cru 100%
ou algodão 33% e
poliéster 67% ou
algodão 50% e
poliéster 50%.
Gramatura: 200g/m².
Número de fios = 56
fios/cm² (PERKINS,
1969)
Calor úmido
(autoclave de
vapor saturado
sobre pressão)
Campos de
algodão
duplo em
diversas
medidas.
NBR 13456/96
Roupas Hospitalares
- terminologia
13734/96
- Roupas
características
- Especificações
Papel
grau
cirúrgico
e filme
plástico
Papel de celulose
alvejado, filme
transparente de
polietileno e
polipropileno
Isentos de furos,
rasgos ou orifícios,
corantes ou
substâncias tóxicas;
ausência de
manchas e cor
branca. Apresentar
flexibilidade e
resistência; Índice de
porosidade do papel
grau cirúrgico de 65s
(mínimo) e 105s
(máximo) e
gramatura de
60gr/m²; para o filme
plástico gramatura de
54gr/m².
Calor úmido
(autoclave de
vapor saturado
sobre
pressão).
Folha de
papel de
diversas
medidas.
Envelope
de papel de
diversas
medidas.
Envelope
de papel e
filme de
polipropilen
o.
- NBR 12946/93
Índice de porosidade
do papel grau
cirúrgico.
- NBR 133386/95
- Normas
internacionais BS
6256/DIN
58953/1987: Sobre
gramatura do papel
grau cirúrgico e filme
plástico.
Quadro - 2 Tipos de embalagem para esterilização por calor úmido.
Fonte: CUNHA et al., 2000.
Tipo de
embalagem
Matéria
Prima
Características Físicas
Indicações
de Uso
Apresentação
Norma
Brasileira NBR
Papel
crepado
100% de
celulose
quimicamente
tratada
Isento de efeito memória,
de odores antes e após
submeterem ao processo
de esterilização; ser 100%
de celulose, atóxico,
apirogênico, resistente a
tensão, antiestático, não
atrair partículas; resistir no
mínimo 121ºC durante 30
minutos; livre de impurezas
e gramatura no mínimo de
56gr/m².
Calor úmido
(autoclave
de vapor
saturado
sobre
pressão).
Bobinas
ou folhas.
Projeto
23.001.04-008
(1998)
Não
tecido
(nonwove
n) TNT
Fibra de
celulose.
Fibra de
polipropileno
em camadas
triplas ou a
combinação
das duas
Ser 100% de polipropileno,
usada em camada dupla;
constituída de 03 camadas,
sendo as externas de
spunbond e a interna de
metblown (SMS) e
apresentar propriedade de
barreira microbiana.
Possuir maciez,
maleabilidade e repelência
a fluídos.
Calor úmido
(autoclave
de vapor
saturado
sobre
pressão).
Folhas em
diversas
medidas.
Cores
verde e
azul.
Quadro - 2 Tipos de embalagem para esterilização por calor úmido.
Fonte: CUNHA et al., 2000.
Tipo de
embalagem
Matéria
Prima
Caracterí
sticas
Físicas
Indicaçõe Apresens de Uso tação
Norma
Brasileira
- NBR
Container
rígido
Liga de
alumínio
anodizado
e/ou aço
inox
Válvula ou
filtro (papel
hidrófobo ou
tela)
- Calor
úmido
(autoclave c/
pré-vácuo e
gravitacional
)
OBS:
Recomendase peso
máximo de
10kg do
container
material e
material a
ser
esterilizado.
-Caixas
de
diversas
medidas
com furos na
tampa
superior.
- Caixas de
diversas
medidas
com furos na
tampa
superior e
fundo.
Quadro - 2 Tipos de embalagem para esterilização por calor úmido.
Fonte: CUNHA et al., 2000.
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO
FÍSICOS
( + Industrial)
RADIAÇÃO
IONIZANTE
J
(hospitalar)
CALOR
ÚMIDO
(AUTOCLAVE)
SECO
(ESTUFA)
Imbatível para
artigos termorresistentes!
Tipos de Esterilização
 Esterilização pelo Calor é realizada em autoclaves e
estufas.
- Vapor saturado sob pressão:
- autoclaves gravitacionais
- autoclave a alto vácuo
Ciclo: drenagem do ar;
admissão de vapor;
exaustão do vapor;
secagem da carga.
- esterilização ultra rápida “ flash sterilization ”.
 Estufa: calor seco
Vapor Saturado sob Pressão
Nas autoclaves,
os microorganismos são destruídos
pela ação combinada do calor, da
pressão e da umidade, que
promovem a termocoagulação
e a desnaturação das proteínas da
estrutura genética celular.
Calor Seco
O processo de esterilização ocorre com o
aquecimento dos artigos por irradiação
do calor das paredes laterais e da base
da estufa, com conseqüente destruição
dos microorganismos por um processo
de oxidação das suas células, após a
desidratação do núcleo.
Os métodos de esterilização pelo calor
seco em relação ao tempo de exposição
e temperatura não são uniformes,
demonstrando uma diversidade de padrão,
devendo ser validado cada equipamento.
m. vegetativos
m. esporulados
125 – 190 ºC / 2h
205ºC / 2h
T ºC
ESTUFA
RECOMENDAÇÕES :
 ABANDONAR !
(restringir para pós, óleos)
 NÃO UTILIZAR O
CENTRO
 CARGA UNIFORME E DE
PEQUENA QUANTIDADE
 VALIDAR O PROCESSO
COM A CARGA MAIS
PESADA
 NÃO ABRIR A ESTUFA
DURANTE O CICLO
 USAR RECIPIENTES DE
ALUMÍNIO
 CARREGAR A ESTUFA
ANTES DE LIGAR O
EQUIPAMENTO
 PREPARAR AS CAIXAS
COM POUCAS PEÇAS
1
2
3
4
5
6
PONTO
FRIO
Indicador Biológico

É o único meio de assegurar que o conjunto de todas as condições de
esterilização está adequada, porque os microrganismos são diretamente
testados quanto ao seu crescimento ou não após a aplicação do processo.
 São preparações padronizadas de microrganismos, numa concentração
do inóculo em torno de 106, comprovadamente resistentes e específicos
para um particular processo de esterilização para demonstrar a
efetividade do processo.
 Teste de esterilidade: são realizados diretamente no material processado
com o objetivo de verificar a eficiência da esterilização
 Existe recomendação de uso de indicadores em todas as cargas que
contenham próteses e que estas não sejam utilizadas até o resultado
final.
INDICADOR BIOLÓGICO

Indicador de 1º geração: Tiras de papel impregnadas de
esporos – leitura em laboratório.

Indicador de 2º geração: incubado à 56ºC, por 48 horas.

Indicador de 3º geração: a diferença para o de 2º
geração está na metodologia para detectar o
crescimento bacteriano. Deve ser incubado por um
período de 1 a 3 horas a 56º C e em seguida ser
exposto a luz ultravioleta. A ausência de fluorescência
indica que as condições de esterilização foram
atingidas.

A freqüência mínima indicada de uso de IB é semanal.
Freqüência
Autoclave: AORN:
diária (1, próximo ao dreno)
semanal (3)
DIN: 1/250 ciclos
Estufa: diária ou semanal
SEMPRE após manutenção,
suspeita de mal funcionamento ou
na esterilização de material de
implante
INDICADORES QUÍMICOS
Classe 1: Tiras impregnadas com tinta termo-química que muda de coloração
quando exposto a temperatura.
Classe 2:
Teste de BOWIE & DICK - testa a eficácia do sistema de vácuo da
autoclave pré-vácuo. Uso diário no 1º ciclo, sem carga, a 134°C por 3,5
a 4 min sem secagem.
Classe 3: Controla um único parâmetro: a
temperatura pré-estabelecida.
Classe 4: Indicador multiparamétrico: controla a temperatura e o tempo
necessários para o processo.
Classe 5:
Integrador: controla temperatura, tempo
e qualidade do vapor.
Classe 6:
Emuladores: São indicadores de ciclo específico, só devem ser utilizados
no tempo e temperatura descritos. Monitoram todos os parâmetros críticos
da esterilização a vapor.
INDICADOR QUÍMICO CLASSE 6:
EMULADORES
Fonte: www.google.com.br/imagens
Cuidados com os Artigos Esterilizados
CONDIÇÕES DE ESTOCAGEM DO ARTIGOS ESTERILIZADOS
• Quanto ao ambiente: deve ser limpo; arejado e seco; deve ser
restrito à equipe do setor.
• Quanto ao artigo: após o processo de esterilização, não colocá-lo
em superfície fria (pedra ou aço inoxidável ), utilizar cestos ou
recipientes vazados até que esfriem;
• invólucro (tecido de algodão cru, tecido não tecido, papel grau
cirúrgico, papel crepado, papel com filme, tyvec ou caixas metálicas
perfuradas) deve permanecer íntegro e ser pouco manuseado para
evitar que os pacotes rasguem ou solte o lacre;
• ser estocado em armários fechados com prateleiras;
• prateleiras identificadas de modo a facilitar a retirada do material;
• material deve ser estocado de acordo com a data de vencimento da
esterilização para facilitar a distribuição e não ficar material vencido
no estoque;
• estocar separadamente dos não estéreis para reduzir o nível de
contaminantes externos.
Tempo de validade de esterilização de artigos
• A validade de esterilização vincula-se ao risco de
recontaminação, tipo e configuração do material de
embalagem, número de vezes que é manipulado antes do uso.
• Estocagem em prateleira aberta ou fechada, condições
ambientais na área de estocagem (limpeza, temperatura e
umidade).
• Atualmente é um contra-senso estabelecer prazos genéricos
por que os fatores contaminantes do ambiente variam entre um
serviço e outro.
• Devido às diferenças tanto em tipos de invólucros quanto em
características de estocagem é impossível recomendar tempos
de estocagem para itens estéreis que possam ser aplicados
universalmente (AORN)
ARMAZENAGEM
“Todo material processado deve possuir local adequado
para armazenagem de forma que não haja risco de
recontaminação e que facilite a distribuição.”
“O prazo de validade de esterilização está diretamente
relacionado à qualidade da embalagem e condições de
armazenagem.”
O
local adjacente à área de esterilização, distantes de
fonte de água, janelas abertas, portas, tubulações expostas
e drenos
Trânsito limitado de pessoas, manipulação mínima e
cuidadosa
Validação das embalagens-Vida de prateleira
depende dos eventos relacionados
Houve algum evento que agrediu a embalagem? Caiu no
chão?
Foi “apalpado”?
Foi aberto e fechado novamente?
Foi carregado debaixo dos braços?
Foi colocado elásticos, barbante?
Foi “amassado” colocando pesos ou
 guardados em gavetas apertadas?
Indefinido tempo de esterilização …….. Amém (JEVITT,
1943).
Aspectos a serem observados:
MANUAL DE ROTINA E PROCEDIMENTOS;
Padronização dos processos adotados, limpeza,desinfecção e
esterilização;
Registro diário do processamento de artigos;
Programa de manutenção preventiva dos equipamentos;
Manual de funcionamento do equipamento;
Utilização de indicadores adequados ao processo empregado;
Barreira fixa até o teto da área suja e limpa (Consultórios e Clinicas);
Bancada adequadas para o preparo do material;
Local de guarda dos material esterilizado (limpo e fechado);
Fluxo racional de operacionalização, sem cruzamento de artigo
contaminado e artigo limpo.
ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS:
•Baldes plásticos para desinfecção, enxágüe.
•Recipientes com as soluções ativadas rotulados.
•Pias específicas para o material e lavagens das mãos
com sabão liquido e papel toalha.
•Local separado para o material de limpeza.
•Pisos, paredes laváveis.
•Equipamentos (autoclave e estufa)em perfeitas condições
de funcionamento (registro de manutenção e testes
químicos e biológicos) – (para artigos não pode autoclave
vertical).
• Cronograma de limpeza dos equipamentos (água e
sabão)
•Verificar a existência dos EPIs.
REFERENCIAS:
APECIH. Associação paulista de controle de infecção hospitalar. Esterilização de
Artigos em Unidades de Saúde. 2 ed. revisada e ampliada. São Paulo: APECIH, 2003.
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual para a Organização da Atenção Básica.
Secretaria de Assistência à Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 1999.
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual Processamento de Artigos e Superfícies em
Estabelecimentos de Saúde. 2 ed. Brasília: Ministério da Saúde, 1994.
BRASIL. Ministério da Saúde. Orientações Gerais para Central de Esterilização.
Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
COSTA, Vera Regina de Paiva. Esterilização e Desinfecção de Artigos. São Paulo,
2005.
Rutala, W. A. Disinfection, Sterilization and Antisepsis in Health Care. Washington:
APIC, 1998.
REFERENCIAS
SOBECC. Sociedade brasileira de enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro
de Material Esterilizado. Praticas Recomendadas: Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro
de Material Esterilizado. 4 ed. revisada e atualizada. São Paulo: SOBECC, 2007.
RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA. RDC nº 50: Dispõe sobre o Regulamento Técnico para
planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos
assistenciais de saúde. Brasília: ANVISA, 2002.
______. RDC nº 307: Altera a Resolução - RDC nº 50 de 21 de fevereiro de 2002 que dispõe sobre o
Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de
estabelecimentos assistenciais de saúde. Brasília: ANVISA, 2002.
NORMA BRASILEIRA REGULAMENTADORA. NBR 7256: Tratamento de ar em estabelecimentos
assistenciais de saúde (EAS) – Requisitos para projeto e execução das instalações. Brasília: ANVISA,
2003.
NORMA REGULAMENTADORA. NR 32: Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde.
Brasília: Documento Oficial da União, 2005.
NORMA BRASILEIRA REGULAMENTADORA. NBR 16401: atualização da Norma NBR 6401 – para
NBR 16401-1 / 16401-2 e 16401-3 Projetos de Instalações de Ar Condicionado. Estabelece parâmetros
básicos e requisitos mínimos de projetos para sistemas de ar condicionado centrais e unitários. Brasília:
ANVISA, 2008.
Download