Condicionamento de Energia "Apostila Principal" Indicação de ícones Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual. Atenção: indica pontos de maior relevância no texto. Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o assunto ou “curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao tema estudado. Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão utilizada no texto. Mídias Integradas: sempre que se desejar que os estudantes desenvolvam atividades empregando diferentes mídias: vídeos, filmes, jornais, ambiente AVEA e outras. Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante possa realizá-las e conferir o seu domínio do tema estudado. 2 Sumário Ementa .................................................................................................................... 7 UNIDADE 1 – Estabilizadores de Tensão e Proteção. .................................................. 8 1.1 - Introdução ................................................................................................................ 9 1.2 - Transformadores .................................................................................................... 18 1.3 - Relés ....................................................................................................................... 21 1.4 - Fusíveis ................................................................................................................... 24 1.5 - NTC e PTC ............................................................................................................... 26 1.6 – Disjuntores ............................................................................................................. 27 UNIDADE 2 - Fontes Lineares e Chaveadas .............................................................. 28 2.1 - Introdução .............................................................................................................. 29 2.2 - Fontes Lineares ....................................................................................................... 29 2.3 - Fontes Chaveadas ................................................................................................... 31 2.4 - Retificadores monofásicos ..................................................................................... 33 2.5 - Retificadores trifásicos ........................................................................................... 39 2.6 - Reguladores de tensão linear ................................................................................. 43 2.7 - Chopper .................................................................................................................. 47 2.8 - Conversor Buck ....................................................................................................... 48 2.9 - Conversor Boost ..................................................................................................... 51 UNIDADE 3 - No-break ............................................................................................ 55 3.1 - Introdução .............................................................................................................. 56 3.2 – Topologias .............................................................................................................. 57 3.3 - By-pass e chave estática ......................................................................................... 60 3.4 – Conversor CC/CA.................................................................................................... 61 3.5 - Carregador .............................................................................................................. 63 3.6 - Formas de onda ...................................................................................................... 65 3.7 - Potência de saída de um no-break ......................................................................... 67 UNIDADE 4 - Tópicos Especiais em Manutenção de Equipamentos de Eletrônica de Potência ................................................................................................................. 68 3 4.1 - Introdução .............................................................................................................. 69 4.2 - Atividades Básicas .................................................................................................. 69 4.3 - Testando componentes .......................................................................................... 71 4.4 - Manutenção em Fontes de Alimentação ............................................................... 78 4.5 – Solução de Problemas em No-Break ................................................................... 80 4.6 - Precauções.............................................................................................................. 84 UNIDADE 5 - Normas Técnicas ................................................................................ 85 5.1 - Classificação de equipamento quanto à proteção ................................................. 86 5.2 - Índice de proteção de equipamentos elétricos...................................................... 87 5.3 - Interferência Eletromagnética ............................................................................... 90 Referências Bibliográficas ....................................................................................... 91 4 UNIDADE 1 – Estabilizadores de Tensão e Proteção. 8 1.1 - Introdução De acordo com Pedro Al Shara, diretor presidente da empresa TS Shara, o Brasil é hoje o maior fabricante de estabilizador do mundo com base instalada de cerca de 47 fabricantes espalhados de norte ao sul do país. O mercado de estabilizadores começou no Brasil em 1941 com a falha e má qualidade de energia elétrica. Algumas empresas começaram a importar os produtos, mais tarde começaram a aparecer fabricantes locais e desde aquele tempo estima-se que foram fabricados 100 milhões de estabilizadores, hoje a média é em torno de 4 milhões por ano. Veja o texto completo de Pedro Al Shara em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Estabilizador/ Os estabilizadores são equipamentos eletrônicos responsáveis por corrigir a tensão da rede elétrica para fornecer aos equipamentos uma alimentação estável e segura [1]. Eles protegem os equipamentos contra sobretensão, subtensão e transientes. Existem vários tipos de estabilizadores, vários projetos diferentes. No entanto, o princípio de funcionamento é o mesmo para manter a tensão na carga. Utilizam em sua construção componentes tais como transformador, relés, fusíveis, comparadores, resistores, etc. Alguns destes componentes serão estudados separadamente para melhor entendimento do equipamento. Funcionamento O estabilizador baseia no princípio de funcionamento do transformador para manter a tensão na carga o mais próxima do nominal. Com o transformador de vários tapes de saída, sendo que alguns tapes possuem número de espiras menor do que a do primário e alguns maiores. Quando a tensão no primário diminui, um relé muda a conexão de saída para um tape com número de espiras maior do que a do primário. Se a tensão do primário diminuir, um relé muda a saída para um tape com número de espiras menor do que a do primário. A Figura 1.1 ilustra o diagrama típico de um estabilizador. Figura 1.1 – Diagrama típico de um estabilizador (fonte [2]). 9 A maioria dos estabilizadores tem uma função óbvia: permitir que você conecte múltiplos componentes em uma tomada de força. Com todos os componentes diferentes que compõem um sistema de computador, este é definitivamente um dispositivo bastante útil [3]. Um estabilizador de energia possui outra função extremamente importante: Proteger o seu computador contra surtos de energia. O que é um surto? A principal função de um estabilizador de energia é proteger os dispositivos eletrônicos de "surtos". Então, se você está imaginando o que um estabilizador faz, a primeira pergunta é "o que são surtos"? Em seguida, "por que os componentes eletrônicos têm que ser protegidos contra eles?". Um surto de energia, ou transitório de tensão, é um aumento significativo na tensão da rede elétrica, que em condições normais fornece 127 volts para a maioria das residências e escritórios (na maior parte do Brasil, mas há regiões que utiliza 220V). Se a tensão se elevar acima de 127 volts, há um problema na rede elétrica, e o estabilizador de energia ajuda a evitar que esse problema danifique seu computador. Para entender o problema é útil entender primeiramente o que é tensão. A tensão é a medida de uma diferença de energia potencial elétrica. A corrente elétrica flui de um ponto para outro porque há uma diferença de energia potencial elétrica nas extremidades do fio. Este é o mesmo princípio que faz a água sob pressão fluir para fora de uma mangueira - a pressão mais alta em uma extremidade da mangueira empurra a água na direção de uma área de pressão mais baixa. Você pode pensar na tensão como uma medida de pressão elétrica [3]. Como veremos mais adiante, vários fatores podem causar uma breve elevação na tensão: Quando o aumento dura três nanosegundos (ns) ou mais, é chamado de surto; Quando dura apenas um ou dois nanosegundos (ns) é chamado de pulso espúrio. Nanosegundo (ns) equivale a 10-9 segundos. 10 Se o surto ou pulso espúrio for alto o suficiente, pode causar algum dano grave em um equipamento. O efeito é muito similar a se aplicar muita pressão de água em uma mangueira. Se houver muita pressão na água, a mangueira irá explodir. Neste sentido, a mesma coisa acontece quando uma corrente elevada é aplicada ao fio: ele "estoura". Na verdade, o fio aquece como o filamento em uma lâmpada incandescente e queima. Mesmo se a tensão elevada não queimar o seu equipamento imediatamente, esta pode causar um desgaste prematuro dos componentes [3]. Na seção a seguir, observaremos o que os estabilizadores de energia fazem para evitar que isso aconteça. Como acontece a proteção? Um estabilizador de energia padrão faz a corrente elétrica passar da tomada para vários dispositivos elétricos e eletrônicos ligados no cabo de força. Se a tensão da tomada apresentar surtos ou pulsos espúrios - se elevar acima do nível aceitável - o estabilizador de energia desvia a eletricidade extra para o fio terra da tomada [3]. No tipo mais comum de estabilizador de energia, um componente chamado Varistor de óxido metálico ou MOV (metal oxide varistor) desvia a tensão extra. Conforme você pode ver na Figura 1.2, o MOV está conectado entre o fio fase e o fio terra. Figura 0.2 - Estabilizador e filtro de linha (fonte [3]). 11 Como funciona um varistor? Figura 1.3 – Dispositivo MOV (fonte [4]). Um dispositivo MOV tem três partes: uma peça de material de óxido metálico no meio conectada ao fio fase e ao fio terra através de dois semicondutores. Esses semicondutores têm uma resistência variável que depende da tensão. Quando a tensão está abaixo de certo nível, os elétrons nos semicondutores fluem de tal modo que criam uma resistência muito alta. Quando a tensão excede esse nível, os elétrons se comportam de modo diferente, criando uma resistência muito mais baixa. Quando a tensão está correta, um MOV não faz nada. Já quando a tensão está muito alta, um MOV pode conduzir muita corrente para eliminar a tensão extra. Assim que a corrente extra é desviada através do MOV e para a terra, a tensão na fase retorna para um nível normal, então a resistência do MOV aumenta novamente. Desse modo, o MOV só desvia a corrente de surto, permitindo que a corrente normal continue alimentando os equipamentos conectados ao estabilizador de energia. Fazendo uma analogia, o MOV atua como uma válvula sensível à pressão, que abre somente quando a pressão é elevada (como o escape de emergência de uma panela de pressão) [3]. Outros sistemas de proteção Outro dispositivo de proteção contra surto comum é o supressor de descarga a gás, ou tubo de gás. Esses tubos fazem o mesmo trabalho que o MOV - desviam a corrente extra do fio fase para o fio terra. Fazem isso usando um gás inerte como condutor entre os dois fios. Quando a tensão está em certo nível, a composição do gás é tal que ele é um mau condutor. Porém, quando a tensão sobe acima desse nível, a energia elétrica é suficiente para ionizar o gás, Figura 1.4 – Tudo de Gás tornando-o um condutor muito eficaz. (fonte [5]). Ele desvia a corrente para o fio terra até que a tensão alcance níveis normais, e então se torna um mau condutor novamente. Ambos os métodos têm uma concepção de circuito paralelo - a corrente extra é removida do caminho normal para outro circuito. Poucos estabilizadores de energia suprimem surtos com uma concepção de circuito em série - a eletricidade extra não é desviada para outra linha, mas em vez disso ela é retardada em seu caminho através do fio fase. Basicamente, esses supressores detectam quando há uma alta tensão e então armazenam a eletricidade, liberando-a gradualmente. As empresas que fazem esse tipo de estabilizador argumentam que o método oferece melhor proteção, pois reage mais rapidamente e não injeta a eletricidade no fio terra, possivelmente comprometendo o sistema elétrico do edifício [3]. 12 Estabilizador com bobinas de condicionamento da linha Alguns estabilizadores têm um sistema de condicionamento de linha para a filtragem do "ruído de linha" e flutuações menores na corrente elétrica. Os estabilizadores de energia básicos com condicionamento de linha usam um sistema muito simples. Em seu caminho para a tomada de força, o fio fase passa através de uma bobina toroidal. A bobina é apenas um anel de material magnético, envolvido com fio (um eletroímã básico). As variações de corrente no fio fase provocam forças eletromagnéticas no eletroímã, atenuando os ruídos provenientes da linha de alimentação. Essa corrente "condicionada" é mais estável, e mais estável para o seu computador (ou outro dispositivo eletrônico) [3]. O Interior de um estabilizador de energia com bobinas de condicionamento da linha é mostrado na Figura 0.Figura 1.5. Figura 0.5 – Estabilizador e filtro de linha por dentro (fonte [3]). Fontes de surto Os surtos de energia ocorrem quando algo eleva a carga elétrica em algum ponto da rede elétrica. Isso causa um aumento na energia potencial elétrica, que pode aumentar a corrente que flui para a tomada de sua parede. Há vários motivos para isso acontecer. O mais conhecido é o raio, apesar de ser na verdade uma das causas menos comuns. Quando um raio cai perto da rede elétrica, seja ela subterrânea, em um edifício ou na fiação entre os postes, a energia elétrica pode aumentar a tensão para milhões de volts. Isso causa um pico de energia extremamente grande que irá superenergizar praticamente qualquer estabilizador de energia [3]. Em uma tempestade com raios, você nunca deve confiar em seu estabilizador de energia para proteger seu computador. A melhor proteção é tirar seu computador da tomada. 13 Uma das causas mais comuns de surtos elétricos é a operação de dispositivos elétricos de alta potência, como elevadores, condicionadores de ar e refrigeradores. Esses equipamentos de alta potência requerem muita energia para ligar e desligar componentes como compressores e motores. Esse chaveamento cria demandas breves e repentinas de energia, causando distúrbio na tensão estável no sistema elétrico. Esses surtos nem chegam perto da intensidade de um surto por raio, mas podem ser graves o suficiente para danificar componentes, imediata ou gradualmente, e ocorrem regularmente nos sistemas elétricos da maioria dos edifícios. Outras fontes de surtos elétricos incluem fiação defeituosa, problemas com o equipamento da concessionária de energia e redes elétricas danificadas. O sistema de transformadores e linhas que traz eletricidade de um gerador de energia para as tomadas em nossas casas ou escritórios é extraordinariamente complexo. Há dúzias de possíveis pontos de falha, e muitos erros em potencial que podem resultar em um fluxo irregular de energia [3]. Protegendo seu equipamento Na última seção, vimos que os surtos de energia são uma ocorrência regular e inevitável em nosso sistema atual de fornecimento de eletricidade para residências e escritórios. Isso levanta uma questão interessante: se os surtos de energia são uma parte inerente de nosso sistema elétrico, por que não precisávamos de estabilizadores de energia em nossas casas há 50 anos? A resposta é que muitos componentes em sofisticados dispositivos eletrônicos modernos (como computadores,fornos de micro-ondas, DVD players) são muito menores e mais frágeis que os componentes de equipamentos mais antigos e, portanto, mais sensíveis aos aumentos de corrente. Os microprocessadores, que são parte integrante de todos os computadores, bem como de muitos eletrodomésticos, são particularmente sensíveis a surtos. Só funcionam adequadamente quando recebem corrente estável na tensão correta. Então, o modelo de estabilizador de energia que você irá obter dependerá de que tipo de dispositivo que você conectará à rede elétrica. Observações: Não há motivo para conectar uma lâmpada incandescente a um estabilizador de energia, pois o pior que pode acontecer devido a um surto de energia é a sua lâmpada queimar. Definitivamente, você deve usar um estabilizador em seu computador. Ele está cheio de componentes sensíveis à alta tensão que podem se danificar facilmente em um surto elétrico. No mínimo, este dano irá encurtar a vida de seu computador, e poderia facilmente apagar todos os seus dados gravados ou destruir seu sistema. Os computadores ainda são caros, e os dados que eles armazenam geralmente são insubstituíveis. 14 Mesmo que você conecte estabilizadores de energia em todas as suas tomadas, seu equipamento pode ficar exposto a surtos danosos de outras fontes. As linhas do telefone e TV a cabo também podem conduzir alta tensão. Quaisquer linhas que levem sinais para sua residência também podem levar um surto elétrico, devido a um raio ou a vários outros fatores. Se o seu computador estiver conectado às linhas telefônicas através de um modem, você deve obter um estabilizador de energia que tenha um conector para linha telefônica. Se você tiver uma linha de cabo coaxial conectada a um equipamento caro, considere um estabilizador de energia para cabos. Para proteger seu equipamento de surtos, você precisa de estabilizadores individuais para cada tomada. Esses estabilizadores variam muito em qualidade e capacidade (como veremos na seção a seguir) [3]. Há quatro níveis básicos de estabilizadores de energia: Estabilizador básico: São unidades de cabo de extensão básicas com cinco ou seis tomadas. Geralmente, esses modelos proporcionam apenas proteção básica. Estabilizador mais potente: Por R$30,00 a R$60,00 você pode obter um estabilizador de energia com melhores índices e recursos extras. Estação estabilizadora: Esses grandes estabilizadores de energia se encaixam sob seu computador ou no chão. Oferecem proteção superior contra tensão e avançado condicionamento da linha. A maioria dos modelos também tem uma entrada para a linha telefônica, para proteger seu modem de surtos de energia, e podem apresentar disjuntores embutidos (os valores variam entre R$60,00 e R$250,00). “No break” (UPS, Uninterruptable Power Supply): Algumas unidades combinam a estabilização de energia com um UPS contínuo. A concepção básica de um UPS contínuo é converter a energia em corrente alternada para energia em corrente contínua e armazená-la em uma bateria. O UPS então converte a energia em CC da bateria de volta para energia em CA e a direciona para as tomadas de CA para seus equipamentos eletrônicos. Se a energia acabar, seu computador continuará a funcionar, alimentando-se da energia armazenada na bateria. Isso lhe dará alguns minutos para salvar seu trabalho e desligar seu computador. O processo de conversão também elimina a maioria do ruído de linha oriundo da tomada de CA. Essas unidades tendem a custar R$300,00 ou mais. 15 Um UPS comum irá lhe proporcionar um alto nível de proteção, mas você ainda deve usar um estabilizador de energia. Um UPS irá deter a maioria dos surtos antes que alcancem seu computador, mas provavelmente ele próprio sofrerá danos graves. É uma boa ideia usar um estabilizador de energia básico, se for apenas para proteger seu UPS [3]. Como comprar um bom estabilizador? Uma vez decidido qual o nível de proteção você precisa, é hora de comprar um bom estabilizador. Na seção a seguir, você descobrirá o que deve procurar ao considerar diferentes modelos. Escolhendo o estabilizador de energia apropriado. Comprar um estabilizador de energia é complicado, pois há muitos produtos no mercado. A pesquisa por um modelo particular é o melhor modo de garantir bons resultados, mas você pode ter uma boa ideia do nível de desempenho de um produto procurando alguns poucos sinais de qualidade. Antes de tudo, observe o preço. Como regra geral, não espere muito de qualquer estabilizador de energia que custe menos de R$20,00. Essas unidades normalmente usam MOVs simples e baratos com capacidades bem limitadas, e não protegerão seu sistema de surtos mais severos. Porém, nem sempre preço alto é promessa de qualidade. Para descobrir do que a unidade é capaz, você precisa verificar junto a um órgão competente qual o nível de qualidade/confiabilidade do estabilizador. Existem entidades independentes e sem fins lucrativos que testam a segurança de produtos elétricos e eletrônicos. Se um estabilizador não for aprovado por um órgão competente, provavelmente não é bom. Na realidade, há uma boa chance de que não tenha quaisquer componentes de proteção. Se ele usar MOVs, estes podem ser de qualidade inferior. Os MOVs mais baratos podem superaquecer facilmente, incendiando o estabilizador de energia. Muitos produtos aprovados pelos órgãos competentes podem ser de qualidade inferior. No entanto você, no mínimo, está seguro de que o estabilizador tem alguma capacidade de proteção contra surtos e satisfaz certo padrão de qualidade. Há muitas extensões aprovadas pelos órgãos competentes, entretanto, estas não têm nenhum componente de proteção contra surtos. Em um estabilizador de energia aprovado, você deve encontrar as seguintes informações [3]: Tensão máxima: Isso lhe diz qual tensão fará com que os MOVs desviem a corrente para o fio terra. Uma tensão máxima mais baixa indica melhor proteção. Há três níveis de proteção. Geralmente, uma tensão máxima acima de 400V é muito alta; 16 Absorção/Dissipação de energia: Este índice, fornecido em joules, lhe diz quanta energia o estabilizador pode absorver antes de falhar. Um número mais alto indica maior proteção. Procure um estabilizador que tenha no mínimo 200 a 400 joules. Para melhor proteção, procure um índice de 600 joules ou mais; Tempo de resposta: Alguns estabilizadores não atuam imediatamente; há um pequeno retardo para responder ao surto de energia. Um tempo de resposta mais longo lhe diz que seu computador (ou outro equipamento) será exposto ao surto por um período maior de tempo. Procure por um estabilizador que responda em menos de um nano segundo. É recomendável que você também procure um estabilizador com uma luz indicadora (Figura 1.6), que lhe diz se os componentes de proteção estão funcionando. Todos os MOVs queimarão depois de repetidos surtos de energia, mas o protetor ainda funcionará como uma extensão. Sem uma luz indicadora, você não tem como saber se seu estabilizador está funcionando adequadamente. Figura 1.6 – Estabilizador com luz indicadora (fonte [3]). Os melhores estabilizadores de energia vêm com algum tipo de garantia de seu desempenho. Se você está comprando unidades mais caras, procure um estabilizador que venha com uma garantia sobre seu computador. Se a unidade falhar em proteger seu computador de um surto de energia, a empresa realmente substituirá seu computador. Isso não é um seguro total, claro, você ainda perderá todos os dados em seu disco rígido, o que poderia lhe custar uma fortuna, mas é uma boa indicação da confiança do fabricante em seu produto [3]. 17 Nenhum estabilizador de energia é 100% eficaz, e mesmo o melhor equipamento pode ter alguns problemas graves. Os especialistas em eletrônica encontram-se atualmente um pouco divididos sobre o melhor modo de lidar com surtos de energia, e diferentes fabricantes declaram que as outras tecnologias são inerentemente defeituosas. Mídias Integradas Assita ao vídeo sobre Protetores Eletrônicos: http://www.youtube.com/watch?v=_9AI671l308 Perguntas e Respostas sobre estabilizador: http://www.sms.com.br/respostas-sms/sobre-produtos/estabilizador/estabilizador.asp 1.2 - Transformadores O transformador é um dispositivo que permite modificar a amplitude de uma tensão alternada, aumentando-a ou diminuindo-a. Ele consiste, essencialmente, em duas bobinas isoladas eletricamente, montadas em um mesmo núcleo de ferro, conforme a Figura 1.7. Figura 1.7 – Transformador (fonte [6]). A bobina que recebe a tensão a ser transformada (VP) denomina-se primária, e a outra que fornece a tensão transformada (Vs) denomina-se secundária. A Figura 1.8 ilustra a diferença entre transformadores utilizados em Sistemas Elétricos de Potência (SEP) e transformadores usados para alimentar circuitos eletrônicos. 18 (b) (a) Figura 1.8 - Transformador usado em sistemas elétricos de potência (b) transformador usado para alimentar circuitos eletrônicos (fonte [7]). Para um transformador ideal, temos: Mas como se chega nestas relações? Vamos tomar como base o transformador de dois enrolamentos representado na Figura 1.9. Figura 1.9 – Transformador de dois enrolamentos. Este é formado por duas bobinas: a bobina 1 com N 1 espiras e I1 de corrente circulando por ela; a bobina 2 com N2 espiras e I2 de corrente circulando por ela, então podemos representar o circuito magnético deste transformador por um circuito elétrico. 19 Para um transformador ideal o fluxo Φ na bobina 1 é o mesmo na bobina 2, então podemos relacionar as forças magnetomotrizes: e Logo: Como a potência se conserva no transformador ideal: Chegamos à expressão da Equação 1.1: O enrolamento que é energizado é chamado de primário e o outro é chamado de secundário. Vamos supor que o enrolamento de N1 é energizado e no enrolamento N2 é ligado um resistor. Se (N2/N1)>1, a tensão no resistor será maior do que a da fonte. Mas se (N2/N1)<1, a tensão no resistor será menor do que a da fonte. E para o caso de (N2/N1) = 1, a tensão no resistor será igual a da fonte. A Figura 1.10 mostra um transformador no qual se tem vários enrolamentos. O enrolamento que é energizado é chamado de primário e neste caso o número de espiras dos enrolamentos do secundário podendo ser maior, menor ou igual a do primário. Figura 1.10 – Transformador com mais de dois enrolamentos. 20 Mídias Integradas Assita ao vídeo sobre Transformador: http://www.youtube.com/watch?v=CUllT-wEExU Transformador Ideal: http://pt.wikipedia.org/wiki/Transformador 1.3 - Relés Figura 1.11 – Símbolo contato (NA). O relé eletromecânico, como o próprio nome diz, é um dispositivo formado por uma parte elétrica e outra mecânica. A figura ao lado mostra dois símbolos usuais de um relé que possui um único contato normalmente aberto (NA), estado este que corresponde ao relé desenergizado. Funcionamento Considere o relé esquematizado ao lado. A parte mecânica é formada por uma chave, cujo terminal móvel A encontra-se desconectado do terminal fixo B. A parte elétrica formada por um eletroímã, isto é, uma bobina com núcleo de ferro que, uma vez alimentada por uma tensão ou corrente (terminais C e D), fica polarizada magneticamente, atraindo o terminal móvel, fechando o contato (terminais A e B). Quando a alimentação da bobina deixa de existir, ela se desmagnetiza, fazendo com que o terminal móvel retorne à sua posição de repouso. A grande vantagem do relé é poder acionar um circuito elétrico de potência (terminais A e B) por meio de outro circuito elétrico, muitas vezes de menor potência (terminais C e D), estando ambos isolados eletricamente entre si, já que o acoplamento entre eles é apenas magnético [8]. As Figuras 1.12 e 1.13 ilustram relés de dois e três contatos respectivamente. De acordo com [8] também são apresentados os tipos de contato, tempos de fechamento e abertura e condições de acionamentos. 21 Figura 0.12 – Relé de dois contatos (apena NA) Figura 0.13 –Relé de três contatos (NA e NF) Tipos de Contato: Tempos de Fechamento e Abertura dos Contatos Condição de Acionamento 22 A Tabela 1.1, abaixo, ilustra o Tipo de Relé, Símbolo, Bobina e Contatos [8]. 23 Mídias Integradas Assita ao vídeo sobre Como Funciona um relé de estado sólido: http://www.youtube.com/watch?v=jBkSB0pt1PY 1.4 - Fusíveis Os fusíveis são componentes de proteção destinados a se romper quando houver sobre carga no circuito ao qual este estiver em série. O Fusível se rompe devido ao efeito Joule sobre ele, ou seja, quando passa por ele uma corrente cuja potência dissipada sobre ele é de Pfusível=RfusívelI2. Quando esta energia é suficiente para esquentá-lo e atingir o ponto de fusão do material do qual ele é feito, então, ele rompe abrindo o circuito. Dimensionamento Várias condições influenciam na capacidade de condução de corrente de um fusível, como por exemplo, temperatura do ambiente, ventilação forçada e a seção transversal dos barramentos ou cabos. Vale destacar que carregamentos cíclicos de sobrecargas é a condição mais determinante que pode causar a queima prematura do fusível [9]. Equipamentos que incorporam dispositivos semicondutores (diodos, transistores, CI´s, etc) e, consequentemente, fusíveis ultrarrápidos, são frequentemente submetidos às sobrecargas repetitivas, ou cíclicas. Sob esta condição, eleva-se a temperatura dos elementos do fusível e, dependendo da recorrência das sobrecargas, pode-se alcançar a temperatura de fusão do material que constitui os elementos ou fadigar os mesmos causando uma operação indevida. Para evitar as consequências das sobrecargas cíclicas, deve-se dimensionar o fusível para que a sua corrente de fusão preferencialmente seja, para o mesmo período de duração da sobrecarga, maior que a corrente da mesma. A Figura 1.14 ilustra a simbologia utilizada para fusíveis e a Figura 1.15 demonstra exemplos de fusíveis. Figura 1.14 – Simbologia. 24 Figura 1.15 – Exemplo de Fusíveis (fonte [9]). Aprenda mais sobre fusíveis em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fus%C3%ADvel 25 1.5 - NTC e PTC Estes componentes são também conhecidos como termistores. Mas o que é um termistor? Um termistor é um componente eletrônico que muda o valor de sua resistência com a mudança da temperatura do corpo do componente. Os termistores descritos são de semicondutores e cerâmica e pode ter coeficiente positivo para resistência (PTC) ou coeficiente negativo (NTC). Ambos os tipos de termistores (PTC e NTC) são usados em circuitos de proteção e em muitas aplicações. A figura 1.16 ilustra exemplos de NTC e PTC de diferentes fabricantes. Como mostrado na Figura 1.17, existe uma relação entre a temperatura do dispositivo e a sua resistência. O gráfico ilustra a variação da Resistência com a Temperatura dos dispositivos NTC e PTC. Figura 0.11 – NTC exemplos da EU RoHS e PTC da KLS. Figura 0.12 – Gráfico Resistência versus Temperatura (fonte [10]). Aprenda mais sobre Termistores em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Term%C3%ADstor 26 1.6 – Disjuntores Os disjuntores são chaves com sensor de corrente, na sua maioria opera pela mudança térmica de duas chapas de metais diferentes, com dilatações diferentes e justapostas. Quando a corrente passa de certo valor as chapas dilatam e desligam o circuito. As Figuras 1.18 e 1.19 ilustram disjuntores de baixa tensão e disjuntores termomagnéticos respectivamente [11]. Figura 0.18 – Disjuntores de baixa tensão. Figura 0.19 – Disjuntores Termomagnéticos. Mídias Integradas Assita ao vídeo sobre Disjuntor: http://www.youtube.com/watch?v=0wj9SXqlF7I Como especificar um Disjuntor: http://www.geindustrial.com.br/produtos/disjuntores/especificacao.asp 27 UNIDADE 2 - Fontes Lineares e Chaveadas 28 2.1 - Introdução Há alguns anos, o conserto de fonte de alimentação dos televisores fazia parte da rotina de qualquer técnico. Com a chegada das fontes chaveadas, houve uma redução de tamanho, peso e, consequentemente, uma redução no custo. Com o surgimento das fontes de alimentação chaveadas, foi possível o aumento do rendimento, em relação às fontes lineares, e uma sensível diminuição de manutenções nas fontes dos equipamentos eletrônicos [12]. 2.2 - Fontes Lineares As fontes lineares convertem a tensão alternada da rede em tensões contínuas, normalmente de baixa amplitude, sem o uso de componentes chaveados (comutados); opera com a frequência da rede elétrica (60Hz ou 50Hz). Nesse tipo de fonte temos basicamente quatro blocos: transformador, etapa retificadora, filtragem e circuito de controle. Seguem, abaixo, explicações sucintas dos quatro “blocos” presentes em uma fonte linear. O TRANSFORMADOR - transforma a tensão alternada da rede ao nível correto de tensão alternada que se deseja. Figura 2.1 – Transformador. A RETIFICAÇÃO - é constituída por um, dois ou quatro diodos, que transformam a tensão alternada do secundário do transformador em uma tensão contínua ondulada (com ripple). Figura 2.2 – Ponte Retificadora. 29 O FILTRO - é constituído basicamente por capacitores. Esses, por sua vez, retiram as últimas ondulações (ripple) que ainda possam existir sobre a tensão contínua, tornando-a mais pura. Figura 2.3 – Circuito Retificador com filtro. O CIRCUITO DE CONTROLE - mantém a tensão de saída constante e estabilizada, mesmo quando há variações na tensão alternada da entrada ou da rede. Figura 2.4 – Diodo Zener utilizado como regulador de tensão. Como fazer uma fonte de tensão linear? http://energiainteligenteufjf.com/tutoriais/tutorial-fonte-linear-de-tensao/ Mídias Integradas Assita ao vídeo sobre Fontes de Alimentação: http://www.youtube.com/watch?v=uI0jiV9PbQw 30 2.3 - Fontes Chaveadas No caso das fontes de alimentação chaveadas, as utilizações de um transformador de alta frequência permitem reduzir o tamanho e o peso das fontes chaveadas. Essas fontes utilizam transistores especiais (FETs), como interruptores eletrônicos de alta comutação, que diminuem as perdas e aumentam o rendimento total das fontes [12]. Dessa forma, a potência controlada pela fonte fica maior. A figura 2.5 ilustra um comparativo de Volume/Potência de Fontes lineares e Fontes chaveadas. Figura 2.5 – Comparativo Volume/Potência Fonte Linear x Fonte Chaveada (fonte [13]). As fontes chaveadas podem dissipar potências maiores, utilizando componentes de menores dimensões em relação à fonte linear, e trabalham com modulação de pulso, alterando a frequência da rede para uma faixa entre 20 e 60kHz. Com essa nova frequência, os principais componentes (transformador e capacitor de filtro) podem ser empregados em tamanho reduzido. Isso acontece porque, em alta frequência, o fenômeno de indução eletromagnética ocorre com maior facilidade, permitindo que o transformador seja construído com núcleo de ferrite (mais leve que o convencional de aço-silício) e menor tamanho. Ao mesmo tempo, o ripple também diminui, o que permite a utilização de capacitores de filtros também menores. 31 A tabela 2.1 ilustra um comparativo entre Fonte linear e Fonte chaveada nos quesitos: custo, massa, ruído, Eficiência, Múltiplas saídas e tempo de desenvolvimento até a produção. Tabela 2.1 – Comparativo Fonte Linear x Fonte Chaveada (fonte [13]). Identificando componentes em uma Fonte Chaveada: http://www.faiscas.net/Fontes%20chaveadas.pdf Mídias Integradas Assita ao vídeo sobre Fonte Chaveada: http://www.youtube.com/watch?v=ycXrjJ-PPvE 32 2.4 - Retificadores monofásicos Retificador Monofásico de Meia-Onda Um retificador é um circuito que converte um sinal CA em um sinal unidirecional. Os diodos são extensivamente utilizados em retificadores. O retificador Monofásico de meia-onda é o tipo mais simples, mas ele normalmente não é utilizado em aplicações industriais. Entretanto, este retificador é útil na compreensão do principio de operação do retificador. O diagrama do circuito com carga resistiva é mostrado na Figura 2.6 [13]. Figura 2.6 – Circuito Retificador de Meia Onda Durante o semiciclo positivo da tensão de entrada o diodo D conduz e a tensão de entrada aparece sobre a carga. Durante o semiciclo negativo da tensão de entrada, o diodo entra em condição de bloqueio e a tensão de saída é zero. As formas de onda para as tensões de entrada (V) e saída (VL) são mostradas na Figura 2.7 [13], sendo V0 a tensão eficaz da rede. Figura 2.7 – Tensões de entrada e saída do retificador. 33 As formas de onda da corrente na carga (IL) e tensão no diodo (VD) são mostradas na Figura 2.8 [13], sendo V0 a tensão eficaz da rede. Figura 2.8 – Corrente na carga e tensão no diodo. Tensão média na Carga A tensão média de um retificador de meia onda medida por um voltímetro é calculada pela equação 2.1, sendo V0 a tensão eficaz da rede e VLmed.a tensão média na carga (Load): √ Corrente média na Carga A Corrente média na carga de um retificador de meia onda é calculada pela equação 2.2, sendo VLmed.a tensão média na carga (Load) e ILmed.a corrente média na carga: 34 Retificador Monofásico de Onda Completa Um circuito retificador de onda completa com um transformador em derivação (tap) central é mostrado na Figura 2.9 [13]. Cada metade do transformador com seu diodo associado age como um retificador de meia-onda. O retificador superior retifica o semiciclo positivo da tensão da fonte superior, enquanto o retificador inferior retifica o semiciclo positivo da fonte inferior. As duas tensões denominadas de V1 e V2 na Figura 2.9 são idênticas em amplitude e fase. Figura 2.9 – Circuito Retificador de Onda Completa Quando a fonte superior é positiva, D1 está diretamente polarizado e conduz (figura 2.10), mas D2 está reversamente polarizado. Analogamente, quando a fonte inferior é positiva, D2 conduz (figura 2.11) e D1 está reversamente polarizado. Figura 2.10 – Primeira etapa de funcionamento Figura 2.11 – Segunda etapa de funcionamento As formas de onda da tensão de entrada (V2), tensão no diodo D1 (VD1) e tensão no diodo D2 (VD2) estão ilustradas na figura 2.12 [13]. 35 Figura 2.12 – Tensões V2, VD1 e VD2. As formas de onda da tensão de saída (VL) e corrente na carga (IL) são ilustradas na Figura 2.13 [13]. Figura 2.13 – Tensão de saída e corrente na carga. 36 Tensão média na Carga A tensão média de um retificador de onda completa equivale ao dobro da tensão de saída de um retificador de meia onda, pois agora o circuito opera com um ciclo completo da tensão alternada. Corrente média na Carga A Corrente média na carga de um retificador de onda completa é calculada pela equação 2.4: Frequência de saída: A frequência de saída no circuito de onda completa é o dobro da frequência de entrada. Supondo que a tensão de entrada tenha uma frequência de 60Hz, a onda retificada terá uma frequência de 120Hz. Retificador de Onda Completa em Ponte. Em vez da utilização de um transformador com derivação central, poderiam ser usados quatro diodos, como mostrados na Figura 2.14. Durante o semiciclo positivo da tensão de entrada, a potência é fornecida à carga através dos diodos D1 e D4 (figura 2.15). Durante o semiciclo negativo D2 e D3 conduzem (figura 2.16). A forma de onda para a tensão de saída é similar àquela da figura 2.13 [13]. 37 Figura 2.14 – Circuito Retificador em Ponte. Figura 2.15 – Primeira etapa de funcionamento Figura 2.16 – Segunda etapa de funcionamento Esse circuito conhecido como retificador em ponte (do inglês bridge rectifier), é comumente utilizado em aplicações industriais. A Tensão média na carga é obtida conforme equação 2.3. Simule e veja o funcionamento de Retificadores Monofásicos em: http://www.dee.feis.unesp.br/docentes/flavio/lepjava/index.php?id1=2&id2=0 38 2.5 - Retificadores trifásicos Os retificadores trifásicos são utilizados em aplicações de potências mais elevadas, pois sua tensão de saída possui menor ondulação e maior valor médio. Além disso, a corrente média em cada semicondutor é de apenas 1/3 do valor médio na carga, o que permite a construção de retificadores maiores com os mesmos componentes utilizados nos monofásicos [14]. Retificador Trifásico de Meia Onda O retificador trifásico de meia onda pode ser visto como a ligação em paralelo de três retificadores monofásicos de meia onda. A carga é ligada ao neutro da fonte trifásica, como pode ser observado na figura 2.17 [13]. Figura 2.17 – Retificador Trifásico de Meia Onda. Dessa forma, a tensão sobre a carga é composta por porções das tensões faseneutro, as quais estão defasadas 120˚ entrei si. Como os catodos dos diodos estão unidos, ou seja, estão no mesmo potencial, conduzirá o diodo que tiver a maior tensão em seu anodo, consequentemente colocando este potencial em seu anodo e forçando os outros diodos a bloquear. A figura 2.18 [13] mostra as formas de onda das tensões trifásicas V1, V2 e V3 juntamente com a tensão VR de saída do retificador. Como as tensões de saída do retificador são defasadas entre si 120˚, a cada instante apenas uma delas é mais positiva do que as outras. Por exemplo: quando a tensão V1 é a mais positiva (em relação às outras duas), o diodo D1 conduz. No instante em que a tensão V2 supera a amplitude da tensão V1, D2 entra em condução forçando D1 ao corte. 39 Figura 2.18 – Tensões de entrada e Tensão na carga. Frequência do ripple da tensão de saída: A duração de cada ondulação da tensão de saída é 120˚, porque este é também o intervalo no qual dada tensão fase-neutro permanece mais positiva do que as demais. Devido a isto, a frequência do ripple de saída é três vezes a frequência da fonte CA. Supondo a frequência da fonte CA igual a 60Hz, a frequência do ripple da tensão é dada por: Tensão média na Carga A tensão média na carga pode ser encontrada aplicando-se a definição de valor médio à forma de onda da tensão que resulta em. Onde é o valor eficaz da tensão fase-neutro da fonte CA. 40 Corrente média na Carga A Corrente média na carga é dada pela expressão: Cargas Indutivas No retificador trifásico, a forma de onda da tensão de saída não se altera em presença de indutância na carga. Nesse caso o efeito da indutância é apenas a redução da ondulação da corrente da carga. Retificador Trifásico de Onda Completa O circuito do retificador trifásico de onda completa pode ser visualizado na Figura 2.19 [13]. Como pode ser observado, o neutro da fonte CA não é ligado ao circuito retificador. Figura 2.19 – Retificador Trifásico de Onda Completa 41 Os diodos D1, D2 e D3 constituem o chamado grupo positivo (ou policatódico), e os diodos D4, D5 e D6 o grupo negativo (ou poli-anódico). Os diodos conduzem sempre dois a dois: um diodo do grupo positivo e um diodo do grupo negativo. No grupo positivo, conduzirá o diodo que possuir a tensão mais positiva em seu anodo em relação ao neutro. No grupo negativo, conduzirá o diodo que possuir a tensão mais negativa em seu catodo em relação ao neutro [14]. A Figura 2.20 mostra a forma de onda da tensão de entrada, juntamente com a tensão de saída do retificador. Figura 2.20 – Tensões de Entrada e Tensão de Saída do Retificador. Frequência do ripple da tensão de saída: Como são 6 as tensões fase-fase, e estando as mesmas defasadas de 60˚ entrei si, para cada ciclo da rede CA há 6 ondulações na tensão de saída retificada (retificador de 6 pulsos). Supondo a frequência da fonte CA igual a 60Hz, a frequência do ripple da tensão é dada por: 42 Tensão média na Carga A tensão média na carga pode ser encontrada aplicando-se a definição de valor médio à forma de onda da tensão que resulta em. Onde é o valor eficaz da tensão fase-fase da fonte CA. Corrente média na Carga A Corrente média na carga é dada pela expressão: Simule e veja o funcionamento de Retificadores Trifásicos em: http://www.dee.feis.unesp.br/docentes/flavio/lepjava/index.php? id1=2&id2=0 2.6 - Reguladores de tensão linear A maior aplicação do diodo zener reside na regulação da tensão de saída de fontes de alimentação. Através da utilização do diodo zener em conjunto com um resistor, pode-se conseguir que uma fonte de CC forneça tensão constante para a carga. Para ter sucesso no desenvolvimento dos conteúdos e atividades deste item, você já deverá ter conhecimentos relativos ao diodo zener [15]. 43 Diodo zener como regulador de tensão As características de comportamento do diodo zener na região de ruptura permitem que o componente seja utilizado em circuitos que possibilitam a obtenção de uma tensão regulada a partir de fontes que forneçam tensões variáveis ou mesmo com cargas de consumo variável. Para que o diodo zener seja utilizado como regulador de tensão, é necessário que a tensão da fonte (V) seja maior que a tensão zener de ruptura (Vz). Para isso, deve-se usar sempre um resistor Rs em série com o diodo zener a fim de limitar sua corrente a um nível abaixo de sua corrente especificada. Veja a configuração característica de um circuito regulador de tensão com diodo zener na Figura 2.21 [16]. Figura 2.21 – Circuito Regulador de Tensão com diodo Zener. Observação A tensão sobre a carga é a mesma do diodo zener porque a carga e o diodo estão em paralelo. Cálculo do resistor Rs: Para o correto projeto do resistor serie (Rs), devem-se observar duas condições extremas de operação: 1. Condição em que a fonte V está em seu valor máximo e a carga com uma corrente mínima. Nessa condição a corrente sobre o zener será limitada a um máximo de 90%, e será definido o valor mínimo de RS. 2. Condição em que a fonte V esta em seu valor mínimo e a carga com uma corrente máxima. Nessa condição a corrente sobre o zener será limitada a um mínimo de 10%, e será definido o valor máximo de Rs. 44 Observação O valor de resistor série a ser selecionado deve estar compreendido entre o valor mínimo e o máximo. Se, por ventura, o valor mínimo for maior que o máximo, deve-se adotar um diodo zener de maior potência, recalculando o resistor serie Rs. Regulador com transistor em série Figura 2.22 – Regulador com Transistor em Série. O que é? O regulador série com transistor é constituído da ligação de um diodo zener com um TBJ. O diodo tem a função de provocar uma regulação da tensão enquanto o transistor controla a corrente suprida pela carga. A tensão de saída será igual a tensão regulada do zener menos a queda de tensão base emissor do transistor (VBE) [15]. Funcionamento 1. Se a tensão de saída diminui, a tensão base-emissor aumenta, fazendo com que o transistor conduza mais, e dessa forma, aumente a tensão de saída. 2. Se a tensão de saída aumenta, a tensão base-emissor diminui, e o transistor conduz menos, reduzindo, assim, a tensão de saída, mantendo a saída. 45 Regulador com transistor em paralelo Figura 2.23 – Regulador com Transistor em Paralelo. O que é? O regulador com transistor em paralelo contém a mesma ideia do transistor em série só que este agora entra em paralelo com a carga. Funcionamento 1. Se a resistência de carga diminui (aumenta carga), menos corrente entra em T (menos corrente de coletor) e mais corrente vai para a carga, mantendo a tensão constante. 2. Se a resistência de carga aumenta, mais corrente entra em T e menos corrente vai para a carga, mantendo assim a tensão constante. Regulador de tensão linear (Páginas 22,23 e 24): http://msomeletronica.com.br/apostilas/eletronica_basica/eletro nica_basica2%20.pdf 46 2.7 - Chopper Em muitas aplicações industriais, é necessário converter uma fonte de tensão CC fixa em uma fonte de tensão CC variável. Um chopper converte diretamente de CC para CC e é conhecido como conversor CC-CC. Um chopper pode ser considerado o equivalente CC de um transformador CA com uma relação de espiras continuamente variável. Da mesma maneira que um transformador, ele pode ser utilizado para abaixar ou elevar a tensão de uma fonte CC [17]. As aplicações dos conversores CC-CC são bastante diversificadas, mas podem basicamente ser separadas em dois grupos: a) Fontes de Alimentação chaveadas, que estão presentes em quase todos os equipamentos eletrônicos modernos, em carregadores de baterias e em máquinas eletrônicas de solda, etc; b) Sistemas de acionamento de motores CC, muito empregados em servomecanismo, tração elétrica, etc. A forma de onda da tensão de saída dos conversores CC pode ser filtrada ou não, pode possuir isolamento elétrico ou não, dependendo dos requisitos da carga alimentada. Normalmente, os conversores utilizados para acionar motores de corrente contínua não possuem filtragem de tensão nem isolamento elétrico. Por outro lado, os conversores empregados como reguladores de tensão CC em fontes chaveadas necessitam produzir uma tensão de saída com a mínima ondulação possível, e por isso possuem um estágio responsável pela filtragem. O isolamento elétrico é empregado sempre que o nível de tensão da fonte for muito superior ao da carga. Neste item, iremos trabalhar com duas topologias fundamentais de conversores CC/CC: step-down ou Buck e step-up ou boost. O Buck fornece uma tensão de saída menor ou igual a tensão de entrada; o boost fornece uma tensão de saída maior ou igual a entrada. 47 2.8 - Conversor Buck Em um regulador Buck, a tensão média de saída Vs é menor que a tensão de entrada Ve – daí, tembém conhecido como step down, um regulador muito popular. O diagrama do circuito de um regulador Buck é mostrado na Figura 2.24 [13]. Figura 2.24 – Diagrama do circuito de um Conversor Buck Os circuitos equivalentes para os modos de operação são mostrados nas Figuras 2.25 e 2.26 [13]. Funcionamento A operação pode ser dividida em dois modos: O modo 1 inicia-se quando a chave S é ligada em t=0. A corrente de entrada, que cresce, flui através do indutor de filtro L, do capacitor de filtro C e do resistor de carga R. O modo 2 inicia-se quando a chave S é desligada em t=t1. O diodo de comutação D conduz devido à energia armazenada no indutor e a corrente no indutor continua a fluir através de L,C,carga e do diodo D. A corrente no indutor cai até que a chave S conduza novamente, no próximo ciclo. 48 Figura 2.25 – Modo 1 de operação. Figura 2.26 – Modo 2 de operação. As formas de onda para as tensões e correntes são mostradas na figura 2.27 [13] para um fluxo contínuo de corrente no indutor L. Figura 2.27 – (a) Tensão no Diodo, (b) Corrente no Indutor, (c) Corrente sobre a fonte, (d) Corrente sobre o Diodo. 49 Dependendo da frequência de chaveamento a corrente no indutor pode ser descontinua. Iremos definir razão cíclica ou ciclo de trabalho (do inglês duty cycle) por: Equações: Tensão de saída Vs: Na equação 2.11, Ve é a tensão de entrada. Corrente de Carga Io: A corrente média no Indutor IL é igual à corrente de carga Io, uma vez que a corrente média no capacitor é zero. Ripple da Tens o de saída ΔVs: 50 Ripple da Corrente no Indutor ΔIL: Valor médio da corrente no Diodo ID: Valor médio da corrente na Chave Is: Simule e veja o funcionamento do Conversor Buck em: http://www.dee.feis.unesp.br/docentes/flavio/lepjava/index.php? id1=1&id2=1&id3=0 2.9 - Conversor Boost Um conversor boost, a tensão de saída é maior que a tensão de entrada – daí o nome boost. O diagrama do circuito de um regulador Buck é mostrado na Figura 2.28 [13]. Figura 2.28 – Diagrama do circuito de um Conversor Boost. 51 Funcionamento A operação pode ser dividida em dois modos: O modo 1 inicia-se quando a chave S entra em condução em t=0. A corrente de entrada, que cresce, flui através do indutor L e da chave S. O modo 2 inicia-se quando a chave S é desligada, em t=t1. A corrente que estava fluindo através da chave fluirá agora por L, C, carga e o diodo D. A corrente do indutor cai até quando a chave S entra novamente em condução, no próximo ciclo. A energia armazenada no indutor L é transferida para a carga. Os circuitos equivalentes para os modos de operação são mostrados nas Figuras 2.29 e 2.30 [13]. Figura 2.29 – Modo 1 de Operação (Boost). Figura 2.30 – Modo 2 de Operação (Boost). As formas de onda para as correntes são mostradas na figura 2.31 para uma corrente contínua na carga. Figura 2.31 – Corrente no Indutor IL, Corrente na Chave IS e Corrente no Diodo ID. 52 Equações: Tensão de saída Vo: Na equação 2.17, Vi é a tensão de entrada. Corrente média no Indutor IL: Na equação 2.18, Io é a tensão de saída. Ripple da Tens o de saída ΔVo: Ripple da Corrente no Indutor ΔIL: Valor médio da corrente no Diodo ID: 53 Valor médio da corrente na Chave Is: Simule e veja o funcionamento do Conversor Boost em: http://www.dee.feis.unesp.br/docentes/flavio/lepjava/index.php? id1=1&id2=1&id3=1 54 UNIDADE 3 - No-break 55 3.1 - Introdução Com o avanço da informática e com a automação cada vez mais presente nas indústrias, surgiu a necessidade de criar sistemas que garantam o funcionamento permanente dos equipamentos, evitando falhas, devido à falta e ou variação de energia da rede concessionária. Para isso, utiliza-se o No-Break e são, comumente, encontrados em várias aplicações tais como computadores, alimentação de PLC, equipamentos médicos e em qualquer outro equipamento em que não pode haver falhas na energia [18]. Dependendo do tipo de no-break, a bateria pode funcionar continuamente ou pode entrar em ação apenas quando existe uma interrupção no fornecimento de energia elétrica. Essa bateria fornece tensão que é amplificada e transformada em 110 ou 220 volts para que o computador possa continuar funcionando, pelo menos o tempo necessário para salvar o trabalho que estava sendo feito. Existem diversos tipos de nobreaks que podem fornecer energia por um período de 2 a 120 minutos, dependendo da capacidade de carga da bateria interna. Existem modelos que fornecem energia por um período de algumas horas, mas seu custo é bem maior. Figura 3.1 - No – breaks. 56 O no-break é uma grande segurança para o computador, e uma garantia de que o trabalho não será perdido por interrupção na energia elétrica. O grande problema é que seu custo é relativamente alto, correspondendo a cerca de 30% do preço de um computador. Muitas vezes, por restrições de custo, prefere-se correr o risco calculado de perder algum arquivo, recuperando parte do trabalho perdido através de backups. O usuário deve levar em conta se vale a pena pagar o preço de um no-break ou correr o risco de perder um dia ou algumas horas de trabalho. Dedicaremos ao estudo de no-break, não tendo a pretensão de apresentar tudo que há sobre o tema, mas sim uma abordagem simples e direta no assunto, mesmo porque com o avanço da tecnologia, nesta área, existe uma constante mudança nas configurações e topologias. O termo “no-break” é pouco usado no exterior. Nos Estados Unidos é usado o termo UPS (Uninterruptible Power Supply). 3.2 – Topologias No-break standby Podemos encontrar vários tipos de no-break, no que diz respeito ao modo de funcionamento. O tipo mais simples é o standby, também conhecido como short-break. A figura 3.2 mostra o diagrama de um no-break standby. Note que sempre devemos indicar nos diagramas de no-breaks, qual é o caminho principal e o secundário. O caminho principal é o usado na operação normal, e o secundário é o utilizado em caso de falha. Aqui convencionamos usar uma linha contínua para o caminho principal e uma linha pontilhada para o caminho secundário. Figura 3.2 – Diagrama de um No-break standby. 57 Durante situação normal, este no-break funciona como um filtro de linha, com supressor de surtos e filtro. Um circuito de controle comanda um relé que seleciona entre a tensão da linha ou a tensão interna gerada pelo no-break. Ao mesmo tempo temos um segundo circuito de energia que fica “em standby”, pronto para fornecer energia em caso de necessidade. Esta energia é fornecida quando ocorre falta de tensão da rede elétrica, ou então quando esta tensão sofre queda ou elevação. O circuito de reserva é formado por uma bateria que é constantemente carregada a partir da tensão da rede. Esta bateria fornece energia para um circuito chamado inversor, que é na verdade um conversor de corrente contínua para corrente alternada. A chave eletrônica comutará para o circuito de reserva quando necessário. Normalmente é possível ouvir claramente o som do relé comutando em um no-break quando é feita a seleção entre a energia da rede e a da bateria. O ponto fraco de qualquer no-break é o tempo de resposta. O ideal é que na interrupção da energia, a tensão de reserva seja fornecida imediatamente, com um retardo igual a zero. Na prática isso nem sempre ocorre, devido ao tempo necessário para a comutação do relé e da estabilização do funcionamento do inversor. Os nobreaks standby apresentam tempo de resposta na faixa de alguns milésimos de segundo. Uma onda senoidal de 60 Hz tem período de 16,6ms, portanto um tempo de resposta inferior a 5ms não chega a prejudicar a continuidade desta onda. No-break Line Interactive Este é o tipo de no-break mais usado no mercado. Tem potência e autonomia suficiente para um pequeno número de computadores. A tensão de saída é fornecida diretamente a partir da tensão da rede, enquanto a bateria é carregada (note a linha contínua na figura 3.3, indicando o caminho principal da energia). Quando ocorre falha na rede, a chave de transferência abre e a bateria passa a fornecer energia para o inversor (note a linha pontilhada na figura 3.3, indicando o caminho secundário), gerando uma tensão CA na saída, suprindo a deficiência da rede. Figura 3.3 - Diagrama de um no-break line interactive. 58 Este tipo de no-break também necessita de um pequeno tempo de resposta para comutar para a tensão da bateria em caso de queda na rede. No-break Standby On-line híbrido Este método de construção tem vantagem em relação aos demais modelos standby. A bateria e o conversor DC/DC operam em standby (veja a linha pontilhada), e fornecem tensão apenas quando ocorre falha na rede. A tensão proveniente da rede passa por um circuito retificador que a transforma em tensão contínua. Através de dois diodos, a tensão resultante da rede e da bateria são combinadas. Em operação normal, a tensão é proveniente da rede. Quando ocorre queda na rede, entra em operação a bateria. Como o retificador possui um capacitor de filtragem, é armazenada carga suficiente para manter a tensão durante alguns milésimos de segundo, tempo suficiente para que o conversor DC/DC entre em operação. Desta forma o inversor DC/AC nunca deixa de receber tensão, e o tempo de resposta é zero. Figura 3.4 - Diagrama de um no-break standby on-line híbrido. No-break on-line de dupla conversão Neste tipo de no-break, a tensão da rede é usada para carregar continuamente a bateria. A tensão da bateria é fornecida ao inversor que opera o tempo todo. A tensão fornecida pela saída é proveniente da bateria, tanto quando a rede está normal quanto em caso de falha, portanto o tempo de resposta deste tipo de no-break é zero. Este tipo de no-break é dito de dupla conversão porque no caminho principal ocorre uma conversão de AC para DC, e outra de DC para AC. O caminho secundário é utilizado apenas quando existe falha no circuito principal ou durante a sua manutenção (troca de bateria, por exemplo). Opcionalmente este tipo de no-break pode apresentar no caminho secundário, um supressor de surtos e um filtro contra interferências. 59 Figura 3.5 - Diagrama de um no-break on-line de dupla conversão. 3.3 - By-pass e chave estática O by-pass é um caminho alternativo, desvio que o equipamento possui para em caso de manutenção ou defeito do equipamento, para que carga não fique sem alimentação. A princípio em caso de manutenção preventiva, deve-se acionar o by-pass, e executar a manutenção o mais rápido possível, pois quando o sistema está em bypass, a carga fica sujeita a quedas de rede, salvo se a rede alternativa seja a saída de outro no-break [18]. A transição do by-pass deve ser a mais rápida possível, para evitar que a carga sofra qualquer perturbação. No caso de computadores, o tempo recomendado para esta transição, deve ser menor que 1/4 de ciclo. O by-pass pode ser feito através de relé, em no-break de pequeno porte, ou através de contator, nos de grande porte. Estes dois componentes possuem um tempo de resposta muito grande sendo a contator mais crítico que o relé, visto que há relés de comutação rápida. Para diminuir o tempo de comutação dos contatores de by-pass, é normalmente utilizado um TRIAC. Figura 3.6 - Circuito de um no-break com chave estática. 60 3.4 – Conversor CC/CA O conversor CC/CA, também chamado de inversor, pode ser considerado o principal constituinte de um no-break, é ele o responsável de gerar a tensão de saída de um no-break, ele pode, ter várias topologias, mas as mais utilizadas são: Push Pull Meia ponte Ponte completa Push-pull A estrutura básica de um inversor tipo Push-pull esta representada na figura 3.7 [13]. Nesta configuração, as chaves S1 e S2 são acionadas uma por vez, gerando a tensão no secundário. Figura 3.7 - Estrutura básica de um inversor Push-pull. Esta topologia é normalmente utilizada em no-break de pequeno porte, e normalmente se acrescenta transistores em paralelo à medida que se quer aumentar a potência do no-break. Principio de Funcionamento de um Inversor Push-Pull: http://www.joinville.udesc.br/portal/professores/cassiano/materiais/EPOII___Capitulo_4___Inversor_push_pull.pdf 61 Meia ponte Meia ponte é uma configuração mais utilizada em equipamentos de maior porte, por ser um inversor mais estável que o Push-pull, a configuração básica de uma meia ponte está representado na figura 3.8 [13], o seu funcionamento, da mesma forma que a Push-pull, deve-se acionar um transistor de cada vez, gerando a forma de onda da saída. Figura 3.8 – Estrutura básica de um inversor Meia-ponte Principio de Funcionamento de um Inversor Meia-Ponte http://www.joinville.udesc.br/portal/professores/cassiano/materiais/EPOII___Capitulo_4___Inversor_half_bridge.pdf Ponte Completa O circuito de um inversor em Ponte Completa está ilustrado na figura 3.9 [13]. As chaves S1 e S2, assim como S3 e S4, devem operar de forma complementar. Com a mesma tensão do barramento CC, a máxima tensão de saída do inversor em ponte completa é o dobro do máximo valor obtido com inversor em meia ponte. Normalmente é utilizado em maiores níveis de potência, quando comparado ao inversor Meia ponte. 62 Figura 3.9 – Estrutura básica de um inversor em Ponte Completa. Principio de Funcionamento de um Inversor Ponte Completa http://www.joinville.udesc.br/portal/professores/cassiano/materiais/EPOII___Capitulo_4___Inversor_full_bridge.pdf Leitura Adicional Estágio Inversor Para No-breaks http://www.cp.com.br/upl/artigo_17.pdf 3.5 - Carregador O carregador é um ponto fundamental em um no-break, pois ele é responsável pela carga das baterias, e essas por sua vez, pela manutenção da saída do no-break em caso de falta da rede. Se o carregador for de baixa qualidade, ele compromete o tempo de vida do banco de baterias, diminuindo em muito o tempo de vida do mesmo. É normalmente dito "Banco de bateria", o conjunto de baterias que alimentam o no-break. 63 Um Cl muito comum encontrado em No-Breaks é o LM 317 [15]. Internamente, ele possui um circuito de proteção e um operacional configurado como comparador. A figura 3.10 ilustra um circuito regulador para carregador de bateria. Figura 3.10 – Configuração de carregador utilizando LM317 Para completar existem duas formas de carga, que são recomendadas, a UUI e a UI. Os gráficos dos dois carregadores estão representados nas figuras 3.11 e 3.12 [19]. Vi é a tensão da bateria no início da carga. Figura 3.11 – Gráfico de Carga de um Carregador UUI. 64 Figura 3.12 – Gráfico de Carga de um Carregador UI. Vantagens dos Carregadores tipo UUI e UI: • Não há risco de a bateria ferver; • Não requer a presença de um operador; • O carregador pode ficar sempre ligado à bateria. No carregador tipo UUI a bateria pode ser carregada até 100%. Já no carregador tipo UI a bateria não ultrapassa 85% de carga. 3.6 - Formas de onda A forma de onda de saída de um no-break, na grande maioria é quadrada, por ser a mais fácil de se obter. Esta forma de onda é mais utilizada em sistemas off-line, pelo baixo custo. Estes equipamentos alimentam, geralmente, computadores de uso pessoal, os quais tem entrada com retificador a diodo e filtro capacitivo. 65 Não devemos utilizar no-breaks de onda quadrada em equipamentos muito delicados, como, equipamentos biomédicos. Estes equipamentos podem apresentar defeito em seu funcionamento, devido às harmônicas geradas pela forma de onda de saída. Aconselha-se nestes casos nobreaks de saída senoidal. Além da forma de onda quadrada e senoidal, há uma terceira forma de onda de saída que se chama quase quadrada ou senóide modificada. As três formas de ondas estão representadas nas figuras 3.13, 3.14 e 3.15 [20]. Figura 3.13 - Forma de onda quadrada de saída. Figura 3.14 - Forma de onda quase quadrada de saída. Figura 3.15 - Forma de onda senoidal de saída. 66 3.7 - Potência de saída de um no-break Normalmente a potência de saída de um no-break é dada em VA, mas os equipamentos comerciais; TV, computadores, impressoras, são dadas em Watt (W). Como então definir a capacidade de carga que um No-break possui? Quantos aparelhos o no-break consegue manter em caso de falta de energia? Uma maneira é multiplicar o fator de potência, geralmente fornecido pelo fabricante, do no-break, pela sua potência de saída em VA. Exemplo: Supondo-se que o no-break é de 7,5KVA e o fator de potência (FP) é de 0,8 qual a potência em Watt? Outra forma é utilizar a tabela 3.1, que representa a potência em VA de alguns aparelhos: Cargas Potência em VA Micro+ monitor de 15pol 200 Servidor 350 Micro + monitor de 17pol 350 Impressora matricial 150 Jato de tinta 100 Hub 50 Impressora Lazer 1200 Scaner 30 Central Telefônica 250 a 1500 Terminal (Monitor) 100 Impressora fiscal 90 Balança eletrônica 70 Modem 20 Tabela 3.1 – Potência em VA de alguns aparelhos. 67 UNIDADE 4 - Tópicos Especiais em Manutenção de Equipamentos de Eletrônica de Potência 68 4.1 - Introdução A manutenção preventiva de qualquer equipamento elétrico pode ser considerada como um dos ramos da técnica que mais evolui na atualidade, pois se constitui em uma poderosa ferramenta para garantir o funcionamento continuo das instalações responsáveis pelo suprimento e aproveitamento de energia elétrica. A avaliação precisa dos custos envolvidos em qualquer tipo de interrupção de processo, principalmente, quando se trabalha com conceitos estatísticos, sem sombra de dúvida, resulta na necessidade de implantação de programas de manutenção preventiva. Neste caso, os objetivos principais são adequar a cada intervalo de tempo, as condições da instalação e seus equipamentos a um novo período ininterrupto de funcionamento. Isto permite reduzir os custos dos problemas intempestivos, que eventualmente ocorram durante os períodos de operação normal. Executar a manutenção preventiva de um equipamento não implica necessariamente na abertura, desmonte e remonte, nem ensaio do mesmo, mas na realização de uma série de procedimentos padrão. Estes, por sua vez, devem se basear nas características técnicas e operativas, normalmente, suportadas por estudos estatísticos. Deste modo, inspeções de rotina, objetivando o levantamento de dados de corrente, tensão, temperatura e parâmetros capazes de indicar a existência ou evolução de problemas internos ao equipamento também se inserem dentro das práticas de manutenção preventiva. O objetivo das inspeções visando a manutenção preventiva dos equipamentos elétricos é salva guardá-los contra interrupções e danos através da detecção e eliminação de causas potenciais de defeitos. Neste sentido, a manutenção periódica deve possibilitar muitos anos de operação livre de problemas [21]. 4.2 - Atividades Básicas A rotina para a execução das inspeções relativas a manutenção preventiva de equipamentos elétricos envolve a observação visual de algumas de suas condições especificas, bem como, quando possível, os reparos necessários que podem ser realizados no campo. A frequência destas inspeções depende, sobretudo, da importância critica do equipamento em questão, das condições ambientais, e/ou das condições operacionais. É necessário intervir imediatamente ao surgirem ou ao serem notados quaisquer indicativos de anormalidades. A primeira providência a ser tomada nestes casos é desligar o equipamento e examinar todas as suas partes, tanto mecânicas como elétricas. 69 Deste modo, o conhecimento adequado de alguns sintomas, suas causas e efeitos são de suma importância, pois permite evitar a evolução de problemas indesejáveis que tornam necessária uma ação corretiva com prejuízos financeiros elevados. As rotinas de inspeção básicas para equipamentos elétricos em operação normal envolvem, de uma forma geral, avaliar [21]: Corrente: O aquecimento de um equipamento elétrico depende de sua capacidade térmica. O controle de sua temperatura de operação se reveste de elevada importância, pois, quando o mesmo opera acima do nível máximo de temperatura permitido pela classe de isolamento, ocorre um decréscimo na sua expectativa de vida.. Um equipamento operando acima de sua temperatura normal de trabalho, tem sua expectativa de vida reduzida. Figura 4.1 – Medição da temperatura do motor através de uma câmera termográfica. Tensão: A tensão aplicada a um equipamento deve ser monitorada de forma similar à corrente de carga. Elevações de tensão e subtensões são fatores que afetam o seu isolamento e o seu desempenho em muitos casos. Um equipamento operando acima de sua tensão nominal pode ser danificado. Figura 4.2 – Instrumento utilizado para medição de tensão (Multímetro). 70 Limpeza: É importante que o equipamento fique isento de poeiras, teias de aranha, fiapos de algodão, óleo, ou seja, sujeira em geral. A sujeira cria uma camada nos enrolamentos e/ou carcaça diminuindo a troca de calor com o ambiente, além de reter umidade e provocar um curto-circuito, bem como, ser um elemento propagador de incêndios. Desta forma, é conveniente limpar externamente o equipamento e, logo após, as suas partes internas. Para tanto, usa-se ar comprimido seco e limpo, soprando-se o pó e os resíduos do seu interior. É importante certificar-se que todas as passagens de ar estão livres e desimpedidas. 4.3 - Testando componentes Como testar capacitores com um Multímetro analógico? Procedimentos a) Coloque o multímetro na escala de resistência. b) Encostar uma ponta de prova em cada terminal do capacitor. c) Observe a movimentação do ponteiro do multímetro. Não encoste as mãos nas partes metálicas das pontas de prova, nem nos terminais dos capacitores, pois isto alterará as medições e testes. Para medir capacitores acima de 10000 uF use a escala X1. Para medir capacitores entre 1000 uF a 10000 uF use as escalas X1 ou X10. Para medir capacitores entre 100 uF a 1000 uF use as escalas X10 ou X100. Para medir capacitores entre 10 uF e 100 uF use as escalas X100 ou X1K. Para medir capacitores entre 1 uF e 10 uF use as escalas X1K ou X10K. Para medir capacitores entre 100 nF e 1 uF use as escalas de 1K ou 10K ou 100K. Para medir capacitores entre 1nF e 100 nF use a escala de 100K. 71 Interpretação dos Resultados Caso o ponteiro suba e desça o capacitor estará bom, ou seja, o ponteiro subiu, pois estava circulando uma corrente para carregar o capacitor, terminada a carga acaba a corrente e o ponteiro volta para a posição inicial, o infinito. Quanto maior o valor do capacitor maior será o tempo que o ponteiro levará para subir e descer. Se o ponteiro subir e ficar parado em alguma posição entre zero e o infinito (mesmo que comece a descer e pare) o capacitor estará com fuga, ou seja, uma corrente contínua está circulando através dele e isto já é sinal que este capacitor não está bom. Se o ponteiro for direto para o zero o capacitor estará em curto. Também não está bom. Neste caso toda a corrente fornecida pelas pilhas do multímetro atravessará o capacitor, ele não oferece nenhuma resistência, e por isto o ponteiro vai para o zero. Se o ponteiro não se mover o capacitor estará aberto, sem capacitância, e não estará bom. Neste caso o capacitor nem chegou a se carregar e é por isto que o ponteiro nem se moveu. Ficou na posição indicada por infinito. Observações: Com este teste não dá para saber o valor do capacitor, mas apenas se ele não está aberto, com fuga ou em curto. Para saber o valor exato é necessário o uso de um capacímetro. O que podemos fazer é pegar um capacitor, que sabemos que está bom e seja do mesmo valor do capacitor testado, e comparar a leitura no multímetro deste capacitor com o capacitor a ser testado, para isto memorize as posições em que o ponteiro para na medição de um e do outro. Se der muita diferença entre estas posições provavelmente o capacitor em teste terá alguma alteração. Mídias Integradas Assita ao vídeo sobre Teste em Capacitores: www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=rN2z-rYtZDU#! 72 Como testar diodos? Existem diversas técnicas para testar centenas de tipos diferentes de componentes eletrônicos. Essas técnicas fazem uso de instrumentos simples, como o provador de continuidade e o multímetro, até o emprego do osciloscópio no levantamento de curvas. O que testar em um Diodo? Quando polarizados no sentido direto, os diodos apresentam uma baixa resistência e quando polarizados no sentido inverso, uma alta resistência. Podemos testar um diodo justamente verificando o estado de sua junção, se ela apresenta as propriedades indicadas. Podemos também levantar sua curva característica para avaliar seu estado usando o osciloscópio. Instrumentos Usados - Provador de continuidade - Multímetro - Provadores específicos Muitos multímetros são dotados de recursos específicos para isso, ou seja, têm a função prova de diodos. Quais Diodos podem ser testados? Qualquer diodo de silício ou germânio com correntes de 1 mA a 100 A, e tensões de trabalho de 10 a 1 000 V. 73 Procedimentos No teste inicial, mostraremos como fazer a prova de estado da junção de um diodo [22]. a) Coloque o multímetro numa escala intermediária de resistências (x 10 ou x 100) e zere-o. Se estiver usando o provador de continuidade, coloque-o em condições de funcionamento. b) Retire o diodo do circuito em que se encontra ou levante um dos seus terminais, desligando-o do circuito. c) Meça a resistência ou continuidade nos dois sentidos (faça uma medida e depois outra invertendo as pontas de prova). A figura 4.3 [22] mostra como realizar essa prova usando o multímetro. Figura 4.3 – Realizando testes em diodos utilizando o Multímetro (fonte [22]). 74 Interpretação dos Resultados Um diodo em bom estado deve apresentar uma baixa resistência em um sentido (polarização direta) e uma alta resistência no sentido oposto (polarização inversa). Um diodo que apresente baixa resistência nos dois sentidos encontra-se em curto e alta resistência nos dois sentidos, se encontra aberto. A baixa resistência pode variar entre 10 ohms e 2 000 ohms conforme o diodo e não representa a resistência que ele vai apresentar quando usado numa aplicação prática, mas sim a resistência vista pelo multímetro em função de sua baixa corrente de teste. A resistência alta deve ser superior a 1M ohm. Um diodo com resistência, na prova inversa, entre 10.000 ohms e 100.000 ohms apresenta fugas. Existem aplicações menos críticas, como fontes, em que essa resistência inversa ou fuga é tolerada. Outros Testes Muitos multímetros digitais e mesmo analógicos possuem uma função de prova específica para diodos semicondutores. Nesta prova é usada uma corrente direta um pouco maior que a empregada na simples medida de resistências, de modo a se obter uma melhor condição de condução. Nesses casos, como o do multímetro ilustrado na figura 4.4 [22], basta usar essa função no teste de diodos. Figura 4.4 – Teste direto utilizando o Multímetro (fonte [22]). 75 Procedimento a) Encaixa-se o diodo nos locais designados, ou então seleciona-se a função e liga-se o diodo às pontas de prova. b) Verifica-se a indicação de estado dada pelo multímetro. Interpretação A indicação é direta. O provador indica se o diodo está bom ou ruim (em curto, com fugas, aberto). Mídias Integradas Assita ao vídeo sobre Teste de Diodos em: http://www.youtube.com/watch?v=KCZkmFsWwUs Teste em transistores Bipolares (NPN, PNP) Um transistor, para efeitos de testes, não é nada mais que dois diodos. A verificação com o multímetro é executada em função das duas junções PN. A medição executa-se da mesma forma que num díodo normal PN [23]. Teste em transistor NPN O teste é efetuado medindo todas as junções. A figura 4.5 [23] ilustra as indicações e posições do multímetro que representam o componente em perfeitas condições. Figura 4.5 – Teste em Transistor NPN (fonte [23]). 76 Teste em transistor PNP O teste é efetuado medindo todas as junções. A figura 4.6 [23] ilustra as indicações e posições do multímetro que representam o componente em perfeitas condições. Figura 4.6 – Teste em Transistor PNP (fonte [23]). Comentários Em um transistor PNP só deve existir condução entre base e emissor e entre base e coletor apenas quando a ponta negativa estiver na base e a positiva ou no coletor ou no emissor. Em um transistor NPN só deve existir condução entre base e emissor e entre base e coletor apenas quando a ponta positiva estiver na base e a negativa ou no coletor ou no emissor. Qualquer outra indicação mostra um transistor com defeito. Mídias Integradas Assita ao vídeo sobre Teste em Transistores: http://www.youtube.com/watch?v=zAHmZzdC5dQ Teste em Transistores: http://www.e2pro.com.br/dica1.html 77 4.4 - Manutenção em Fontes de Alimentação O problema mais comum apresentado pela fonte de alimentação é a dilatação e/ou vazamento dos capacitores eletrolíticos, essa dilatação e/ou vazamento quase sempre não impede o funcionamento da fonte e do computador, mas faz ambos funcionarem mal, porém esse mal funcionamento não é constante e pode intercalar em períodos de tempo que variam de horas ou até mesmo dias, por esse motivo diagnosticar a causa do defeito é bastante difícil. Figura 4.7 – Vista externa de uma fonte de alimentação Há várias possibilidades causadoras desse dilatamento/vazamento, mas a mais comum é o superaquecimento interno da fonte. Sabe aquele ventilador que fica na parte de traz do computador soprando ar quente, ele é responsável pela refrigeração da fonte, quaisquer defeitos nele (parada, diminuição da rotação ou obstrução) faz com que a temperatura interna de sua fonte suba muito causando dilatação e/ou vazamento dos capacitores eletrolíticos, acarretando consequentemente no mau funcionamento do PC [24]. As figuras 4.8 e 4.9 [24] ilustram a visão interna de uma fonte de alimentação, os capacitores eletrolíticos estão circulados de vermelho. Figura 4.8 – Vista interna de uma fonte de alimentação (fonte [24]). 78 Figura 4.9 – Detalhe no capacitor eletrolítico dilatado (fonte [24]). O que fazer? Quando acontece esse tipo de defeito o mais recomendado é a troca da fonte (a não ser que você mesmo saiba trocar os capacitores), leve em conta que se você optar pela a substituição dos capacitores, o preço final do serviço (juntamente com o preço da mão de obra) vai ficar em aproximadamente R$30,00 e o preço de uma fonte nova é de aproximadamente R$45,00, obviamente uma fonte nova sempre será melhor que uma fonte usada e reparada. 79 Como evitar? Os cuidados que você tem que tomar para prolongar a vida útil da fonte são simples: evite usar o PC em ambientes demasiadamente quentes, acredite: colocar um ventilador para ventilar o fundo do gabinete só piora a situação, evite usar o PC em lugares demasiadamente empoeirados e por fim tome cuidado para não obstruir a saída de ar da fonte (o “ventiladorzinho” atrás do gabinete), não encostando demais o fundo do computador em paredes ou mesas Mídias Integradas Assita ao vídeo sobre conserto de Fontes de Alimentação: http://www.youtube.com/watch?v=hqVKhP_MpNs Conserto de Fontes de Alimentação: http://cursoircmoimenta.no.comunidades.net/index.php?pagina= 1688849377_06 4.5 – Solução de Problemas em No-Break Segue, abaixo, um quadro para resolver pequenos problemas de operação e instalação do no-break [25]. As soluções podem variar de acordo com o fabricante. Entre em contato com o fabricante no caso de problemas complexos com o no-break. 80 Problema e/ou causa possível Solução O no-break não liga A bateria não está conectada Verifique se o conector da bateria está corretamente. totalmente encaixado. O no-break não está conectado à Verifique se o cabo de alimentação que vai do rede elétrica. no-break até a tomada de energia está conectado firmemente nas duas extremidades. Tensão muito baixa ou sem tensão na rede elétrica. Verifique o funcionamento da tomada que alimenta o no-break ligando um abajur nela. Se a luz estiver muito fraca, examine a tensão da rede elétrica. O no-break não desliga O no-break está com uma falha Não tente usar o no-break. Retire o no-break da interna. tomada e providencie o seu conserto imediatamente. O no-break emite um bipe de vez em quando Operação normal do no-break quando está funcionando com bateria. Nenhuma: O no-break está protegendo os equipamentos conectados. O no-break não está mantendo os equipamentos conectados funcionando durante o tempo esperado A(s) bateria(s) do no-break está(ão) Carregue a(s) bateria(s). As baterias necessitam fraca(s) devido a uma queda de de recarga após quedas de energia prolongadas. energia elétrica recente ou sua vida Elas podem se desgastar mais rapidamente útil está terminando. quando colocadas em funcionamento frequente ou sob temperaturas elevadas. Se a(s) bateria(s) estiver(em) perto do fim de sua vida útil, considere a possibilidade de substituí-la(s), mesmo se o LED replace battery ainda não estiver aceso. 81 Todos os LEDs estão acesos e o no-break emite um bipe constante O no-break está com uma falha Não tente usar o no-break. Retire o no-break da interna. tomada e providencie o seu conserto imediatamente. Os LEDs do painel frontal piscam em sequência O no-break foi desligado Nenhuma: O no-break será reiniciado remotamente através de software automaticamente quando a energia da rede ou de uma placa auxiliar opcional. elétrica voltar. Os LEDs do painel frontal piscam em sequência O no-break foi desligado Nenhuma: O no-break será reiniciado remotamente através de software automaticamente quando a energia da rede ou de uma placa auxiliar opcional. elétrica voltar. Todos os LEDs estão desligados e o no-break está ligado na tomada da parede O no-break está desligado ou a Nenhuma: O no-break será reiniciado bateria está descarregada devido a automaticamente quando a energia da rede uma queda de energia prolongada. elétrica for restaurada e a bateria tiver carga suficiente. O LED Overload está aceso e o no-break emite um tom de alarme contínuo O no-break está sobrecarregado. Os equipamentos conectados excederam a “carga máxima” especificada. O alarme permanece soando até que a sobrecarga seja removida. Desconecte do no-break os equipamentos não essenciais para eliminar a condição de sobrecarga. O no-break continuará a fornecer energia enquanto permanecer on-line e o disjuntor não desarmar; o no-break não fornecerá energia das baterias caso haja interrupção na tensão da rede elétrica. O LED de falha na fiação do local no painel traseiro está aceso O no-break está ligado a uma Os tipos de falhas de fiação detectados incluem: tomada da rede elétrica com fiação falta de aterramento, neutro invertido com fase e inadequada. sobrecarga do circuito do neutro. 82 O disjuntor de entrada do no-break desarma Os equipamentos conectados Desconecte do no-break todos os equipamentos excederam a “carga máxima” não essenciais. Rearme o disjuntor. especificada. O no-break funciona com bateria, embora exista tensão da linha O disjuntor de entrada do no-break Desconecte do no-break todos os equipamentos desarma. não essenciais. Rearme o disjuntor. O sistema está com uma tensão de Transfira o no-break para um circuito diferente: linha muito alta, muito baixa ou Geradores a combustível podem causar distorcida. distorções na tensão. Teste a tensão de entrada com o display de tensão da rede elétrica (consulte Operação). Se for aceitável para os equipamentos conectados, reduza a sensibilidade do no-break. Os LEDs de carregamento de bateria e de consumo de energia pelas cargas piscam simultaneamente O no-break desligou. A temperatura Verifique se a temperatura ambiente está dentro interna do no-break excedeu o dos limites de operação especificados. Verifique limite permitido para operação se o no-break está instalado corretamente, segura. permitindo uma ventilação adequada. Espere que o no-break esfrie. Reinicie o no-break. Diagnóstico da tensão da rede elétrica Todos os cinco LEDs estão acesos. A tensão da linha encontra-se extremamente alta e deve ser examinada. O LED não está aceso. LED On Line O LED não está aceso. O LED está piscando. A tensão da linha encontra-se extremamente alta e deve ser examinada. O no-break está funcionando com bateria ou precisa ser ligado. O no-break está executando um autoteste interno. 83 Mídias Integradas Assita ao vídeo sobre Manutenção de No-Break: http://www.youtube.com/watch?v=5BEA7kvqBM0 Manutenção em No-break http://www.manutencaodenobreak.com.br/ 4.6 - Precauções Antes de qualquer intervenção em equipamentos de um sistema elétrico, algumas precauções preliminares de segurança devem ser observadas, objetivando-se prevenir a integridade tanto do pessoal quanto dos equipamentos, ou seja [21]: a) Quando da realização de testes em equipamentos, estes deverão estarem bem sinalizados, delimitando-se a área de trabalho e de passagem; b) Deverá ser utilizado somente ferramental adequado a cada tipo de tarefa; c) Nunca executar sozinho, serviços próximos a circuitos energizados; d) Certificar-se, através de inspeção visual, de que os equipamentos liberados para a manutenção estejam totalmente desenergizados; e) Cuidar para que todo o pessoal envolvido nos testes esteja munidos de dos equipamentos de proteção necessários. 84 UNIDADE 5 - Normas Técnicas 85 5.1 - Classificação de equipamento quanto à proteção A NBR 6151 [26] classifica os equipamentos quanto à proteção contra choques elétricos em caso de falha da isolação. Esta classificação aplica-se a equipamentos elétricos e eletrônicos previstos para serem alimentados por uma fonte externa de tensão igual ou inferior a 400V entre fases. (250V entre fase e terra) e destinados a uso em residências, escritórios, oficinas e análogos. Classes de Equipamento Os números das classes não se destinam a refletir o nível de segurança do equipamento, mas, apenas, a indicar o modo pelo qual a segurança é obtida. Equipamento classe 0: Equipamento no qual a proteção contra os choques elétricos depende exclusivamente da isolação básica, não sendo previstos meios para ligar as massas ao condutor de proteção da instalação, dependendo a proteção, em caso de falha da isolação básica, exclusivamente do meio ambiente. Equipamento classe I Equipamento no qual a proteção contra choques elétricos não depende exclusivamente da isolação básica, mas inclui uma precaução adicional de segurança sob a forma de meios de ligação das massas ao condutor de proteção da instalação, de forma a que essas massas não possam causar perigos em caso de falha da isolação básica. Equipamento classe II Equipamento cuja proteção contra choques elétricos não depende exclusivamente da isolação básica, mas inclui precauções adicionais de segurança tais como isolação dupla ou reforçada, não havendo meios de aterramento de proteção e não dependendo de condições de instalação. Equipamento classe III Equipamento no qual a proteção contra choques elétricos é baseada na ligação do equipamento a uma instalação de extra-baixa tensão de segurança. 86 A tabela abaixo fornece as principais características do equipamento em função desta classificação e indica as precauções necessárias à segurança em caso de falha na isolação básica. Tabela 5.1 – Características principais e precauções de segurança. Classe 0 Características Sem principais do proteção equipamento adicional em caso de falha da isolação básica Precauções de MeioSegurança ambiente sem terra Classe 1 Proteção por aterramento prevista Classe II Isolação suplementar, mas sem meios de proteção por aterramento Classe III Previsto para alimentação através de instalação de extra-baixa tensão de segurança Ligação ao Não é Ligação e aterramento necessária instalação de de proteção qualquer extra-baixa precaução. tensão de segurança. Na aplicação desta norma é necessário consultar: NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão NBR 5473 – Eletrotécnica e Eletrônica – Instalações de baixa tensão – Terminologia. 5.2 - Índice de proteção de equipamentos elétricos A NBR 6146 [27] fixa as condições exigíveis aos graus de proteção providos por invólucros de equipamentos elétricos de tensão nominal não superior a 72,5kV. Sistema de Classificação A designação para indicar o grau de proteção é constituída pelas letras características IP, seguida de dois números (numerais característicos), que indicam conformidade com as condições estabelecidas nas Tabelas 5.2 e 5.3, respectivamente para o primeiro e segundo numeral. 87 Primeiro numeral característico O primeiro numeral característico indica o grau de proteção dado pelo invólucro em relação às pessoas e ao equipamento no seu interior. A Tabela 5.2 descreve, sumariamente, na 3ª coluna, os objetos que, para cada grau de proteção representado pelo primeiro numeral característico, “não devem poder penetrar” no interior do invólucro. Segundo numeral característico O segundo numeral característico indica o grau de proteção dado pelo invólucro, tendo em vista a penetração prejudicial de água. A Tabela 5.3 descreve, na 3ª coluna, o tipo de proteção previsto para o invólucro, para cada um dos graus de proteção representado pelo segundo numeral característico. Tabela 5.2 - Graus de proteção indicados pelo primeiro numeral característico. Primeiro numeral Graus de proteção característico Descrição Corpos que não devem penetrar 0 Não protegido Sem proteção especial 1 Protegido contra objetos Uma grande superfície do corpo sólidos maiores que 50 humano, como a mão. Objetos sólidos mm cuja menor dimensão é maior que 50mm. 2 Protegido contra objetos Os dedos ou objetos similares, de sólidos maiores que 12 comprimento não superior a 80mm. mm Objetos sólidos cuja menor dimensão é maior que 12 mm. 3 Protegido contra objetos Ferramentas, fios, etc., de diâmetro sólidos maiores que ou espessura superior a 2,5mm. 2,5mm Objetos sólidos cuja menor dimensão é maior que 2,5 mm. 4 Protegido contra objetos Fios ou fitas de largura superior a sólidos maiores que 1,0mm. Objetos sólidos cuja menor 1,0mm dimensão é maior que 1,0 mm. 5 Protegido contra poeira Não é totalmente vedado contra a penetração de poeira, porém a poeira não deve penetrar em quantidade suficiente que prejudique a operação do equipamento. 6 Totalmente protegido Nenhuma penetração de poeira. contra poeira 88 Tabela 5.3 - Graus de proteção indicados pelo segundo numeral característico. Segundo numeral Graus de proteção característico Descrição Proteção Dada 0 Não protegido Nenhuma proteção especial 1 Protegido contra quedas As gotas d’água (caindo na vertical) não verticais de gotas d’água. devem ter efeitos prejudiciais. 2 Protegido contra queda A queda de gotas d’água vertical não deve de gotas d’água para uma ter efeitos prejudiciais quando o invólucro inclinação máxima de 15˚. estiver inclinado em 15˚ para qualquer lado de sua posição normal. 3 Protegido contra água Água aspergida de um ângulo de 60˚ da aspergida. vertical não deve ter efeitos prejudiciais. 4 Protegido contra Água projetada de qualquer direção projeções d’água. contra o invólucro não deve ter efeitos prejudiciais. 5 Protegido contra jatos Água projetada de qualquer direção por d’água. um bico contra o invólucro não deve ter efeitos prejudiciais. 6 Protegido contra ondas Água proveniente de ondas ou projetada do mar em jatos potentes não deve penetrar no invólucro em quantidades prejudiciais. 7 Protegido contra imersão Não deve ser possível a penetração de água, em quantidades prejudiciais, no interior do invólucro imerso em água, sob condições definidas de tempo e pressão. 8 Protegidos contra O equipamento é adequado para submersão submersão contínua em água, nas condições especificadas pelo fabricante. Esta Norma não especifica graus de proteção contra danos mecânicos ao equipamento, risco de explosões, ou condições tais como umidade (por exemplo, produzida por condensação), vapores corrosivos ou fungos. Exemplo de designações: Invólucro protegido contra a penetração de objetos sólidos cuja menor dimensão é maior que 1,0 mm (primeiro numeral característico igual a 4) e contraprojeções d’água (segundo numeral característico igual a 4) . Designação: IP 44 89 5.3 - Interferência Eletromagnética A interferência eletromagnética (EMI) pode dar origem a vários problemas importantes. E importante distinguir se são insignificantes, tais como a distorção de recepção de TV, devido ao funcionamento de um secador, ou se são importantes como danos ao funcionamento de um produto. A ausência de compatibilidade entre os produtos e o seu ambiente eletromagnético está se tornando uma questão muito importante, dada a crescente difusão de dispositivos de telecomunicações móveis e outros microprocessadores. O problema da compatibilidade eletromagnética surge quando coexistem, num mesmo ambiente, equipamentos incluindo componentes elétricos e/ou aparelhos eletrônicos que podem gerar interferência eletromagnética. Tais distúrbios são de fato produzidos por variações de tensão e corrente, interagindo com o ambiente em que outros aparelhos já estão presentes e eles induzem tensões não desejadas sobre esses, podendo criar interferência. Um sistema eletrônico capaz de operar de modo compatível com outros sistemas eletrônicos satisfaz os três critérios básicos: Não causar interferência com outros sistemas; Não é suscetível às emissões provenientes de outros sistemas; Não causa interferência interna. Frente a esta questão, normas técnicas têm sido elaboradas para suprir a necessidade de se estabelecer valores máximos de emissão de perturbações eletromagnéticas, e também de verificar o correto desempenho dos equipamentos submetidos a tais perturbações. Entre os diversos assuntos que são abordados internacionalmente sobre o tema, atualmente no Brasil está sendo finalizado o documento NBR IEC 61000-4-30, o qual trata de medição de parâmetros para qualidade de energia. Brasil busca por alinhamento compatibilidade eletromagnética: às normas internacionais para http://www.ipt.br/ipt_na_midia/102-compatibilidade_eletromagnetica.htm 90 Referências Bibliográficas [1] WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Estabilizador. Disponível <http://pt.wikipedia.org/wiki/Estabilizador>. Acesso em 09 de maio de 2012. em: [2] ELÉTRICA.INFO. Estabilizador. Disponível em: <http://www.eletrica.info/>. Acesso em 09 de maio de 2012. [3] ESTABILIZADORES. O que são e como funcionam. 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