SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE POLÍTICAS E TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE CADERNO PEDAGÓGICO PDE 2016: PROPOSTA PARA O ENSINO DE SOLOS EM GEOGRAFIA ATRAVÉS DE ATIVIDADES EXPERIMENTAIS CURITIBA – PR 2016 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE POLÍTICAS E TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE FABÍOLA LIMEIRA DE SOUZA ROSELIA MARIA SOARES LOCH CADERNO PEDAGÓGICO PDE 2016: PROPOSTA PARA O ENSINO DE SOLOS EM GEOGRAFIA ATRAVÉS DE ATIVIDADES EXPERIMENTAIS Produção Didático-Pedagógica, elaborada como etapa do aperfeiçoamento em curso dentro do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, mantido pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED, em convênio com a Universidade Federal do Paraná – UFPR. Orientação: Prof. Dr. Luís Lopes Diniz Filho. CURITIBA – PR 2016 " Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina." (Cora Coralina) FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA Título: Proposta para o ensino de solos em geografia através de atividades Experimentais. Autoras Fabíola Limeira de Souza 1 Roselia Maria Soares Loch 2 Disciplina/Área Geografia Escolas de Implementação CE João Bettega 2 CE Guido Arzua Município da escola Curitiba Núcleo Regional de Educação Curitiba Professor Orientador Prof. Dr. Luís Lopes Diniz Filho Instituição de Ensino Superior UFPR Relação Interdisciplinar Ciências, Biologia e Arte Resumo Palavras-chave (3 a 5 palavras) 1 Atualmente os recursos naturais vêm sendo explorados de forma abusiva e inconsequente, dentre estes recursos está o solo que é um recurso importante para a preservação da vida terrestre e do seu ambiente. Pretende-se com esta Produção Didático-Pedagógica, propor o uso de atividades experimentais como recurso didático na disciplina de geografia, levando os alunos a compreensão de que o solo é um recurso esgotável, e passível de degradação. A finalidade é demonstrar que a atividade experimental pode proporcionar situações práticas e lúdicas de aprendizagem. A metodologia adotada será a pesquisa-ação, pois ela permite associar a prática de modo inovador possibilitando a processo de ensino aprendizagem. Visto que os livros didáticos abordam o tema geralmente de forma superficial e associado às atividades agrícolas; sendo incompleta a visão que o aluno tem das inúmeras funções que o solo possui; faz-se necessário conhecer, aprofundar e desenvolver mudanças para que aconteça a preservação deste recurso. As discussões serão iniciadas a partir do que ocorre no espaço de vivência do aluno. O material didático a ser elaborado se constituirá em um “Caderno Pedagógico” Solos; Geografia; Experimentos; Ensino; Educação Formato do Material Didático Caderno Pedagógico Público Alvo Alunos do Ensino Fundamental – 6. Ano1 Alunos do Ensino Médio – 1. Ano 2 5 SUMÁRIO 1. POR QUE ESTUDAR O TEMA SOLOS? 07 2. OBJETIVOS QUE FUNDAMENTAM ESTE CADERNO PEDAGÓGICO 07 3. QUESTIONARIO DIAGNÓSTICO 09 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 10 UNIDADE 01 11 Tema 01: Discutindo e analisando a paisagem e o espaço 11 UNIDADE 02 16 Tema 01: Conhecendo o solo onde vivemos 16 Tema 02: O que é solo. 19 Tema 03: Formação do solo. 22 Tema 04: Perfil do solo e seus Horizontes. 24 UNIDADE 03 28 Tema 01: Morfologia do solo 28 Tema 02: Função do solo 32 Tema 03: Solos do Paraná 34 UNIDADE 04 45 Tema 01: O solo e o ser humano 45 Tema 02: O solo na cidade. 50 UNIDADE 05 58 Experimento 01: Porosidade do solo 58 Experimento 02: Ar no solo 61 Experimento 03: Coleção de cores de solos (colorteca) 64 Experimento 04: Formação do solo 67 Experimento 05: Impacto da gota de chuva no solo.. 72 Experimento 06: O solo como filtro 75 Experimento 07: Infiltração da agua no solo 81 Experimento 08: Cobertura do solo e redução da erosão 86 6 Caro colega Professor(a) Dentre as mais diversas áreas de estudo da Geografia as quais, diariamente, os professores tentam transpor do mundo científico para o pedagógico em sala de aula, algumas chamam mais a atenção devido à pouca intimidade com o assunto. Nesse sentido, foi escolhido como proposta de estudo o tema Geografia dos Solos. Os solos constituem parte essencial da vida na Terra, mas, notadamente, não possuem o merecido lugar de destaque nos currículos de Geografia. Quando o educador se dispõe a trabalhar este assunto em sala, percebe a fragilidade, o desinteresse, a dispersão dos alunos perante as metodologias utilizadas em sala de aula. Partindo desta realidade pretende-se com esta Produção Didático- Pedagógica desenvolver estratégias para atender as dificuldades encontradas no processo ensino aprendizagem de forma prática, procurando tornar as aulas mais atraentes, visto que a sociedade vem exigindo adequações contínuas em diversos aspectos, principalmente no que diz respeito a forma de se ensinar e aprender. Neste Caderno Pedagógico serão trabalhados conteúdos essenciais para conhecimento sobre o solo. É conveniente destacar que os materiais e os experimentos escolhidos podem nortear também outros temas que possibilitem a criação de projetos que envolvam mudanças de atitudes e a discussão dos valores dos próprios alunos, contudo, serão necessários estudos complementares, que devem ser realizados através de sugestões de materiais disponíveis online, bem como em outras fontes. Temos um grande desafio pela frente... Então, vamos lá? 7 1. POR QUE ESTUDAR O TEMA SOLOS? Diante das diversas temáticas que são desenvolvidas dentro dos estudos da Geografia, estudar e conhecer os solos torna-se um grande desafio e, para que este estudo seja o mais significativo possível, precisamos contextualizar o estudo dos solos dentro da Geografia, compreender a sua importância na mesma dimensão como são tratados temas relacionados à atmosfera (clima, aquecimento global), à hidrosfera (água, escassez e distribuição) e à litosfera (movimentos da Terra, tsunamis, terremotos e relevo) e outros tantos assuntos trabalhados em Geografia (Becker, 2007). Para Gonçalves, Lopes e Durães (2012), a significância do solo como parte do ambiente e componente de primordial importância para o homem é frequentemente subestimada pelos professores de Geografia na escola. Segundo os autores o estudo do solo na escola não será suficiente para a resolução do problema da conservação, visto que a degradação ambiental correlaciona-se a uma série de aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais. Mas é possível afirmar que, a escola é um importante caminho para que se possa colocar a ideia da necessidade da conservação do solo no cotidiano da sociedade através das aulas de Geografia e de outras disciplinas escolares como ciências, biologia e química. 2. OBJETIVOS QUE FUNDAMENTAM ESTE CADERNO PEDAGÓGICO. Pretende-se com este Caderno Pedagógico desenvolver ações que envolvam os alunos nas discussões relacionadas à Geografia dos Solos. Ações que estimulem os alunos a buscar e relacionar o conteúdo aprendido com os experimentos que serão expostos e trabalhados. As discussões serão iniciadas a partir do que ocorre no espaço vivido do aluno, ampliando as análises para outras escalas geográficas, levando à 8 compreensão dos fenômenos locais e globais, bem como a interação entre eles (...) apontados nas Diretrizes Curriculares de Geografia do Estado do Paraná (2008). Para tanto, desenvolveremos uma sequência de atividades, tendo como embasamento didático, o Programa Solo na Escola do Setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná. Este programa caracteriza-se como uma extensão universitária de ensino de solos no nível fundamental, médio e superior. Apresenta como objetivo geral a promoção nos professores e estudantes do ensino fundamental e médio, sobre a “conscientização de que o solo é um componente do ambiente natural que deve ser adequadamente conhecido e preservado tendo em vista sua importância para a manutenção do ecossistema terrestre e sobrevivência dos organismos que dele dependem” (DESEA-UFPR, 2016). Para atingir este objetivo, foram previstas e planejadas estratégias de ação, como: Investigar o conhecimento dos alunos sobre solos. Elencar experimentos práticos e materiais pedagógicos existentes que abordem o ensino sobre solos, buscando escolher e delinear a melhor alternativa para a realidade local; Organizar procedimentos didáticos e metodológicos pertinentes ao tema trabalhado (ações envolvendo aula de campo, produção de maquetes, mapeamento, exposições e diálogos interativos através de roda de conversa). Esperamos que as sugestões apresentadas em cada unidade didática, possam contribuir e nortear novas experiências de aprendizagem e minimizar os problemas vivenciados em sala de aula, uma vez que, como afirmou Cora Coralina: “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina." 9 3. QUESTIONÁRIO DIAGNÓSTICO Iniciaremos as atividades em sala de aula, aplicando um questionário com a intenção de identificar o conhecimento prévio dos alunos sobre o tema solos. O objetivo é de diagnosticar e analisar as dificuldades dos alunos, o mesmo servirá como referência na implementação do caderno pedagógico na escola. QUESTIONÁRIO DIAGNÓSTICO A) Assinale as alternativas com verdadeiro (V) ou falso (F): (*) 1) ( ) Os solos arenosos são mais porosos que os solos argilosos. 2) ( ) O solo mais fértil é aquele que possui maior quantidade de matéria orgânica. 3) ( ) Solos escuros sempre possuem elevado teor de matéria orgânica. 4) ( ) Não há solos nas cidades. 5) ( ) Por serem mais porosos, os solos arenosos conseguem reter mais água do que solos argilosos. 6) ( ) A finalidade exclusiva do solo é o plantio de culturas agrícolas, pastagens e reflorestamentos. 7) ( ) O solo é um recurso natural rapidamente renovável. 8) ( ) Os solos ocorrem de maneira aleatória na paisagem. 9) ( ) Infelizmente não há mapas de solos no Brasil. 10) ( ) No solo há camadas que possuem somente areia, outras que possuem somente argila, e outras que possui somente cascalho. 11) ( ) Se for retirada a floresta, os solos da Amazônia endurecem (“viram pedra”) após alguns anos. 12) ( ) Todos os solos apresentam a mesma profundidade. 13) ( ) Há pequena quantidade de organismos vivos no solo. 14) ( ) Os vegetais se alimentam da matéria orgânica que é adicionada ao solo através de adubos orgânicos. B) O que é SOLO para você? Explique. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ C) Sobre a relação entre o solo e a vida na Terra, responda: 1) Qual a importância do solo nas nossas vidas? __________________________________________________________________________________ 2) O que pode ocorrer se não protegermos ou conservamos os solos? (*) Todas as alternativas são falsas. __________________________________________________________________________________ 10 4. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA: BECKER, E.L.S. Solo e Ensino. VIDYA, v. 25, n. 2, p.73-80, jul/dez, 2005 - Santa Maria, 2007. Disponível: <http://www.periodicos.unifra.br/index.php/VIDYA/article /wiew/396/370.> Acesso em 28 de novembro 2016 DESEA-UFPR. Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da Universidade Federal do Paraná. Programa Solo na Escola/Universidade Federal do Paraná: Sobre o Programa. Disponível em: <http://www.escola.agrarias.ufpr.br/index_arqui vos/sobre.htm>. Acesso em: 13 jun. 2016. DURÃES, I.T.B; GONÇALVES,T.S;LOPES, L.O.M. Pedologia na Escola: A abordagem do solo no Ensino Fundamental de Geografia. 2012.Disponível em:< http://docplayer.com.br/21926974-Pedologia-na-escola-a-abordagem-do-solo-noensino-fundamental-de-geografia-1.html/> Acesso em 28 de novembro de 2016. PARANÁ. Secretaria de estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Geografia. Curitiba: SEED-PR, 2008. 11 UNIDADE 01 TEMA 01: Discutindo e analisando a paisagem e o espaço INTRODUÇÃO Nesta unidade será trabalhado o espaço geográfico e a relação do solo na paisagem, conteúdos essenciais para que o aluno conheça o solo e sua importância dentro do conjunto de elementos da natureza que compõe o espaço no qual ele está inserido. TEXTO 01 - ESPAÇO GEOGRÁFICO E O ESTUDO DO SOLO Para o entendimento do espaço geográfico, objeto de estudo da Geografia, exige-se a necessária compreensão de que este é formado pela inter-relação entre sistemas de objetos naturais, culturais e técnicos e pelos sistemas de ações composta pelas relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS 1996, apud PARANÁ, 2008). No estudo do espaço geográfico o solo exerce papel importante na dinâmica da superfície terrestre, pois aparece como um corpo natural que apresenta a combinação de todos os outros fatores do ambiente, portanto os solos compõem os primeiros vestígios de uma região natural. Para "ler" estes vestígios, no entanto, devemos entender vários fatores, como geológicos, biológicos, físicos e químicos, que deram origem aos solos, principalmente as forças naturais e humanas que os modificam, as quais se configuram no espaço geográfico. 12 TEXTO 02 - A RELAÇÃO SOLO E PAISAGEM Quando observamos uma paisagem, muitas vezes não percebemos o solo, pois ele está abaixo da superfície do terreno. Muitas vezes o solo é apresentado nos livros didáticos como um corpo isolado dentro da paisagem, como se não fizesse parte do meio no qual está inserido. Segundo Carré e Mcbratney (2005, apud 2005, Campos, 2012. p. 965) a relação “solo-paisagem”, refere-se ao somatório entre o solo e a paisagem definido no tempo e espaço, ou seja, é o conjunto dos atributos do solo e da paisagem e a interação entre ambos. Segundo Cavalcanti (2005), para analisar a paisagem e atingir o significado de espaço é necessário que os alunos compreendam que a paisagem atende a funções sociais diferentes, é heterogênea, porque é um conjunto de objetos com diferentes datações e está em constante processo de mudança. Portanto, a análise pedagógica da paisagem deve ser no sentido de sua aproximação do real estudado, por meio de diferentes linguagens. DICAS PARA O PROFESSOR: Para saber mais sobre o espaço geográfico: a paisagem construída pela sociedade acesse o link: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/espaco-geografico-apaisagem-construida-pela-sociedade.htm. Acesso em 29 de novembro de 2016. ATIVIDADE 01 OBJETIVOS Perceber diferenças entre os conceitos de paisagem natural e cultural. Compreender o significado do termo paisagem para a Geografia. 13 Compreender que a paisagem é modificada pela ação humana ao longo da história. RECURSOS: Papel kraft ou cartolina, pincel atômico, lápis de cor, sulfite, cola, tesoura e fita adesiva. DURAÇÃO: 3 horas/aula METODOLOGIA: Comece a atividade propondo aos alunos que falem o que sabem sobre o termo paisagem, proponha perguntas como: O que é paisagem? Que paisagens vocês conhecem? Após esta conversa inicial, solicite aos alunos que desenhem em um sulfite uma paisagem, neste momento deixe que eles criem livremente, não interfira nas produções, pois elas serão discutidas na roda de conversa. Reúna os alunos em roda e discuta com eles as produções, questionando-os sobre qual foi o critério de escolha da paisagem e do desenho feito. Observe se algum aluno fala sobre paisagens sem intervenção do homem e paisagens modificadas. Caso isso não apareça durante a conversa com os alunos escolha um desenho que tenha essa comparação e levante a questão para o grupo. Converse com eles sobre os dois tipos de paisagem, as naturais e aquelas modificadas pelo homem (paisagens culturais), mostre as diferenças entre elas, diga que as naturais não apresentam intervenção humana, diferente das culturais que apresentam modificações feitas pela sociedade. Divida a turma em grupos com cinco ou seis integrantes. Proponha aos alunos que separem os desenhos elaborados em dois grupos: paisagens onde predominam elementos naturais e paisagens onde predominam elementos construídos pelo ser humano. 14 Depois dessa separação, cada grupo deverá colar seus desenhos em um papel kraft ou cartolina, organizando o espaço do papel conforme modelo (figura 1). Figura 1 - Quadro esquemático. Cada grupo deverá elaborar um parágrafo para explicar o significado de paisagem natural, paisagem cultural e espaço geográfico no painel que está montando. Os painéis ficarão expostos no mural da sala. AVALIAÇÃO: Como proposta de avaliação, o professor poderá avaliar, em um primeiro momento, a participação dos estudantes ao se envolverem na atividade, bem como capacidade de assimilação do que foi proposto, em um segundo momento, avaliar o conhecimento assimilado e construído pelos alunos, de acordo com os materiais produzidos e em relação aos objetivos traçados. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA: CARRÉ, F.; MCBRATNEY, A. B. Digital terron mapping. Geoderma, v.128, p.340– 353, 2005.In: Campos, Milton César Costa. Relações solo-paisagem: conceitos, evolução e aplicações. Guarapuava (Pr). Revista do Setor de Ciências Agrárias e Ambientais V. 8 N. 3 Set./Dez. 2012 CAVALCANTI, L. de S. Cotidiano, meditação pedagógica e formação de conceitos: uma contribuição de VYGOTSKI ao ensino de Geografia. CEDES, v. 24, n. 66, Campinas, 2005. p. 185-207. 15 LEPSCH, Igo F. Formação e conservação dos solos. 1. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2002. PARANÁ. Secretaria de estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Geografia. Curitiba: SEED-PR, 2008. Portal Uol Educação, O espaço geográfico: a paisagem construída pela sociedade. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/espacogeografico-a-paisagem-construida-pela-sociedade.htm. Acesso em 29 de novembro de 2016. 16 UNIDADE 02 TEMA 01: Conhecendo o solo onde vivemos INTRODUÇÃO Quando pensamos em solo muitas representações vem a nossa mente, entre elas destacam-se o chão e a terra. Sem o solo provavelmente não haveria formas vidas na Terra, entendido como um organismo vivo ele é à base da vida e da alimentação humana. A IMPORTANCIA DE ESTUDAR O SOLO O solo é um componente fundamental do ecossistema terrestre pois, além de ser a base de sustentação utilizado pelas plantas para o seu crescimento e disseminação, fornecendo água, ar e nutrientes, exerce, também, multiplicidade de funções como regulação da distribuição, escoamento e infiltração da água da chuva e de irrigação, armazenamento e ciclagem de nutrientes para as plantas e outros elementos, ação filtrante e protetora da qualidade da água e do ar. Como recurso natural dinâmico, o solo é passível de ser degradado em função do uso inadequado pelo homem, condição em que o desempenho de suas funções básicas fica severamente prejudicado, o que acarreta interferências negativas no equilíbrio ambiental, diminuindo drasticamente a qualidade vida nos ecossistemas, principalmente naqueles que sofrem mais diretamente a interferência humana como os sistemas agrícolas e urbanos. O estudo científico do solo, a aquisição e disseminação de informações do papel que o mesmo exerce na natureza e sua importância na vida do homem, são 17 condições primordiais para sua proteção e conservação, e uma garantia da manutenção de meio ambiente sadio e auto-sustentável. A população em geral desconhece a importância do solo, o que contribui para ampliar processos que levam à sua alteração e degradação. Fonte: Texto adaptado http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agropecuario/programas_e_projetos/a_impor tancia_de_estudar_o_solo.html - acesso em 02 de novembro de 2016 ATIVIDADE 01 OBJETIVOS: Discutir com os alunos a importância do solo para o ser humano e a necessidade de cuidar desse recurso natural. Estimular os alunos para realização do trabalho coletivo. METODOLOGIA Após a introdução do tema, será apresentado aos alunos um vídeo que tem a finalidade de mostrar a importância dos solos em nossas vidas. Vídeo: Vamos falar sobre solos. 18 O professor deverá levantar questões a ser discutidas e anotadas pelos alunos em pequenos grupos após a exibição do vídeo. Posteriormente as discussões deverão ser socializadas numa roda de conversa envolvendo todos os alunos da sala. Sugestões de questionamentos que podem sem levantados pelo professor(a): a) Qual a ideia principal do vídeo? b) O que mais chamou a atenção? c) Pontos positivos e negativos apresentados? Lembrando que o professor não deve ser o primeiro a dar sua opinião, deve posicionar-se, depois dos alunos. Compete ao professor fazer a síntese final devolvendo ao grupo a releitura do vídeo apresentado, para que os mesmos complementem as anotações realizadas anteriormente. DICAS PARA O PROFESSOR: O link a seguir é uma sugestão de artigo com o titulo “O vídeo na sala de aula”, que apresenta como a incorporação da tecnologia ao ensino auxilia na formação de alunos mais conscientes. http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/viewFile/36131/38851-acesso em 29 de novembro de 2016. 19 RECURSOS: Notebook, Data Show, Projetor Multimídia, TV Pendrive. DURAÇÃO: 2 horas/aulas. AVALIAÇÃO: Como proposta de avaliação, o professor poderá avaliar, em um primeiro momento, a participação dos estudantes ao se envolverem na atividade, bem como capacidade de assimilação do que foi proposto, em um segundo momento, avaliar o conhecimento assimilado e construído pelos alunos, através da roda de conversa e das anotações realizadas no caderno. TEMA 02: O que é solo INTRODUÇÃO: Para Lepsch (2002) solo pode ser definido como uma massa natural, que compõe a superfície da terra e dá suporte ao desenvolvimento de plantas, contém matéria viva e é resultante da ação do clima e da biosfera sobre a rocha, cuja transformação em solo se realiza durante certo tempo e é influenciada pelo tipo de relevo. TEXTO DE APOIO 20 O solo é formado a partir das rochas, que através do tempo, das mudanças climáticas e com uma pequena ajuda de seres vivos (como os micro-organismos) acabam por quebrar estes fragmentos em pedaços cada vez menores. Cada tipo de rocha diferente dá ao solo propriedades diferentes, ou seja, eles terão profundidades, texturas (arenosa, média ou argilosa) e até mesmo cores diferentes! E para cada solo, existe uma classificação e um nome, assim como para as pessoas. Mas o solo não é feito só de restos de rochas. Ele também possui uma parte orgânica, formada pelos restos de animais e plantas. Eles, futuramente, irão nutrir outras plantas para que estas cresçam fortes e saudáveis. Além dessa parte orgânica, o solo também possui ar e água nele. Como? Você já reparou que um fragmento de solo apresenta vários buraquinhos? Eles podem ser grandes ou pequenos, e alguns tão pequenos que só podem ser vistos com lupas. Esses buraquinhos são chamados de poros do solo, e são dentro desses poros que a água ou o ar se encontram. Muitos animais que vivem dentro do solo, como minhocas e alguns insetos, vivem graças a esta água e ar. Fonte: Texto extraído do site:http://www.trilhadafloresta.ufpr.br/solo.html - acesso em 10 de novembro de 2016 ATIVIDADE 01 OBJETIVOS: Verificar os componentes e as características de uma amostra de solo. RECURSOS: Jornal, peneira, lupa, solo, caderno, lápis. Esta atividade desperta o interesse dos alunos sobre os assuntos abordados e permitem desenvolver atitudes procedimentais, a manipulação de materiais e propiciam situações de investigação que são fundamentais na construção do conhecimento. 21 Colete um pouco de solo do jardim da escola ou de outro local. Em seguida abra a folha de jornal e peneire o solo coletado sobre ela. Utilizando a lupa, observe o solo que foi peneirado. Faça anotações no caderno o que for observado. Possivelmente serão encontrados restos de vegetais, pequenos animais e pedacinhos de rochas. Em seguida, toque o solo coletado e aperte-o com as mãos. Perceba e anote no caderno as características, como umidade e textura do solo e observe a sua cor. Proponha que alguns alunos socializem as informações observadas. Faça as considerações que achar pertinente sobre o tema estudado. DURAÇÃO: 2 horas/aulas. AVALIAÇÃO: Será realizada em todos os momentos da aula. Como sugestão, o professor pode avaliar a participação e o envolvimento dos alunos nas atividades (com perguntas e comentários, por exemplo) ou, mais especificamente, o desempenho na atividade de observação conseguindo registrar os componentes e as características da amostra de solo. ATIVIDADE 02 Realize os experimentos a seguir da Unidade 05. Experimento nº 01: Porosidade do solo. Experimento nº 02: Ar no solo. DURAÇÃO: 2 horas/aulas. 22 TEMA 03: Formação do solo a) Fatores de Formação do solo. Figura 2 - http://slideplayer.com.br/slide/364880/ O processo de formação dos solos é chamado de pedogênese e ocorre principalmente em razão da ação do intemperismo (desagregação e a decomposição das rochas). Sendo assim, é importante observar que as características dos solos, como tempo de constituição, sua estrutura e sua profundidade estão relacionadas com os elementos influentes nesse processo, chamados de fatores de formação dos solos. Segundo Lepsch (2002), a existência de diferentes tipos de solos é controlada por cinco fatores, sendo estes: o clima, os organismos vivos, o material de origem (rocha), o relevo e a idade da superfície do terreno (tempo). A interação dinâmica desses fatores propicia a formação do solo e conforme as características do local, 23 no qual envolve tipo de rocha, relevo, macro e micro-organismos, clima, em um determinado tempo, são responsáveis pela origem de diversos tipos de solos. b) Processos de Formação do solo. Os fatores de formação fazem parte do processo de formação do solo. Segundo Lima (2007), o solo sofre a ação de diversos processos de formação como perdas, transformações, transportes e adições. Esses processos agem em condições ambientais peculiares, originando solos com características bem definidas. São úteis no entendimento das feições do solo, podendo assim identificálos e classificá-los. Esses processos atuam com diferentes intensidades, sendo responsáveis por diversos tipos de solos na natureza. Figura 3 - http://slideplayer.com.br/slide/1838082/ 24 ADIÇÃO: Tudo que é adicionado ao solo que não seja proveniente de seu material de origem. Agentes de adição: chuva, ar, vegetação. Por exemplo: areia ou cinzas vulcânicas trazidas de outro local e depositados sobre o perfil do solo. TRANSPORTE: (translocação ou redistribuição): É todo o transporte de materiais orgânicos e minerais que ocorre dentro do perfil do solo produzindo acumulações e modificações visíveis. Principal agente é a água. As translocações ou redistribuição são causa principal da diferenciação do solo em horizontes. TRANSFORMAÇÃO: Ocorre quando o material existente no perfil ou horizonte sofre alterações químicas, físicas e biológicas. Por exemplo: Os materiais vegetais que caem no solo (folhas, galhos, frutos e flores) e as raízes que morreram por efeito de atuação de organismos transformam-se em húmus, ocasionando assim a coloração escura dos solos. PERDAS: (remoção): A perda ou remoção é o processo pelo qual componentes do solo deixam o perfil. Esse processo pode ocorrer em superfície ou em profundidade. O agente principal da remoção é a agua e o processo denomina-se lixiviação e eluviação. TEMA 04: Perfil do solo e seus Horizontes Ao viajar de carro você já observou um barranco exposto como este apresentado na figura ao lado? Normalmente notam-se camadas de solo com cores diferenciadas, essas camadas são denominadas horizontes – os Figura 4 - Perfil do Solo (Foto: Fabíola Limeira de Souza) quais são resultantes da ação conjunta dos 25 fatores de formação do solo. Essa sequência vertical é denominada perfil do solo, que inicia na superfície do solo e termina na rocha, as diferentes camadas que constituem o solo são nominados por letras maiúsculas - O, A,B, C e R”. Perfil do solo: Horizontes Representação esquemática do perfil do solo, mostrando seus principais horizontes. Horizonte O – É constituído por uma manta de folhas, galhos, flores, frutos, restos e dejetos de animais. Decompõe-se rapidamente, quando o solo é submetido ao cultivo. A espessura é variável, estando condicionada estando condicionada principalmente pelo clima e pelo tipo de vegetação. Horizonte A - Está abaixo do horizonte O, quando este existe É formado pela incorporação de matéria orgânica aos constituintes minerais do solo com os quais fica intimamente misturada., é considerado um horizonte mineral, tem grande importância agrícola (local onde concentra a maior parte das raízes das plantas) e ambiental (horizonte superficial que primeiro recebe os poluentes depositados sobre o solo). Horizonte B - Situa-se abaixo do horizonte A e sua cor é devida principalmente aos 26 minerais de ferro da fração argila, sendo as mais comuns vermelha, amarela ou vermelho-amarela. O teor de matéria orgânica, bem como a atividade biológica, é menor do que o do horizonte A. Horizonte C - Encontra-se abaixo do horizonte B. É a rocha intemperizada, podendo apresentar manchas de diversas cores. Horizonte R - É a última camada do perfil e representa a rocha que ainda não foi intemperizada. Fonte: Texto adapatado: <http://www.escola.agrarias.ufpr.br/arquivospdf/livro.pdf />acesso em 10 de novembro de 2016. ATIVIDADE 01 Realize o experimento a seguir da Unidade 05. Experimento nº 04: Formação do solo. DURAÇÃO: 2 horas/aulas. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA: LEPSCH, Igo F. Formação e conservação dos solos. 1. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2002. LIMA, V. C.; LIMA, M. R. de; MELO, V. de F. O solo no meio ambiente: abordagem para professores do ensino fundamental e médio e alunos do ensino médio. Universidade Federal do Paraná. Departamento de Solos e Engenharia Agrícola. Curitiba: Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, 2007. 27 Disponível em: < http://www.escola.agrarias.ufpr.br/arquivospdf/livro.pdf/> Acessado em 10 de novembro de 2016. Portal Ambiente Brasil, A importância de Estudar Solo. Disponível em: < http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agropecuario/programas_e_projetos/a_impor tancia_de_estudar_o_solo.html>.Acesso em 29 de novembro de 2016. Portal Trilha da Floresta: Solo. Disponível em: http://www.trilhadafloresta.ufpr.br/solo.html - acesso em 10 de novembro de 2016. Revista Comunicacação e educação. O vídeo na sala de aula. Disponível em http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/viewFile/36131/38851-acesso em 29 de novembro de 2016. Vamos falar sobre solo. IASS Potsdam.Duração 5:48. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=e8uqY0Aqcf0.Acesso em 11 de outubro de 2016. 28 UNIDADE 03 TEMA 01: Morfologia do solo INTRODUÇÃO: De acordo com os estudos de LEPSCH (2002), a morfologia é definida como um ramo da ciência que estuda a forma de um objeto retratando-o com palavras e desenhos. O objetivo da morfologia consiste em estudar a aparência do solo no ambiente natural partindo das características visíveis a olho nu, ou prontamente perceptíveis. O conjunto de características morfológicas constitui a base fundamental para identificação do solo. Características morfológicas do perfil do solo. A) COR DO SOLO A cor é um dos atributos fundamentais para caracterizar os solos e por muitos pedólogos (profissionais que estudam o solo) é considerada umas das propriedades morfológicas mais importantes pois constitui fonte de informação para a pedologia. Segundo LEPSCH (2002), a cor é a característica normalmente mais notada. Muitos nomes populares de solos são dados em função das respectivas colorações, como por exemplo, “terra roxa”, “terra preta” e “sangue-de-tatu”. As diversas tonalidades existentes no perfil são muito úteis à identificação e delimitação dos horizontes e, às vezes, ressaltam certas condições de extrema 29 importância. Solos escuros, por exemplo, costumam identificar altos teores de restos orgânicos de compostos. A cor vermelha está relacionada com solos bem drenados e altos teores de óxidos de ferro (Fe). Figura 1- LEPSCH, Igo F. Formação e conservação dos solos. São Paulo: Oficina de texto, 2002. Segundo Lima (2007) para determinar as cores do solo, o método mais empregados pelos pedólogos é a comparação de uma amostra de solo com referência padronizada, eu é a carta de cores de Munsell (Figura 01). B) TEXTURA DO SOLO De acordo com EMBRAPA (2003), a textura do solo corresponde à proporção relativa em que se encontram os diferentes tamanhos de partículas, em determinada massa de solo. Refere-se, especificamente, às proporções relativas das partículas ou frações de areia, silte e argila. Consiste na propriedade física do solo que menos sofre alteração ao longo do tempo. Possui tamanha relevância na irrigação pois tem influência direta na taxa de infiltração de água, na aeração, na capacidade de retenção de água e na nutrição. Os teores de areia, silte e argila no solo influem diretamente no ponto de aderência aos implementos de preparo do solo e plantio, facilitando ou dificultando o trabalho das máquinas. Influi também, na escolha do método de irrigação a ser utilizado. 30 A textura é, geralmente, determinada em laboratório. Muitas vezes, no entanto, ela pode ser avaliada diretamente no campo, como é o caso das descrições de perfis de solos. Esta avaliação a campo deve ser seguida da determinação em laboratório, que é mais precisa. C) ESTRUTURA: A estrutura do solo refere-se ao agrupamento e organização das partículas do solo em agregados e relaciona-se com a distribuição das partículas e agregados num volume de solo. Considerando que o espaço poroso é de importância similar ao espaço sólido, a estrutura do solo pode ser definida também pelo arranjamento de poros pequenos, médios e grandes, com consequência da organização das partículas e agregados do solo. Esta última definição aponta um dos principais e primário efeito da estrutura na qualidade dos solos. D) CONSISTÊNCIA Nas palavras de LEPSCH (2002): No interior dos agregados, as partículas de areia, silte e argila, aderem umas às outras, sendo assim mantidas unidas com diferentes graus de adesão. Isto faz com que uns solos sejam mais macios e outros mais duros. A resistência do material do solo, em estado natural, a alguma força que tende a rompê-los é conhecida como consistência e, na prática, é determinada pressionando-se um agregado ou torrão de determinado horizonte do solo entre os dedos. O grau de consistência do solo varia em função de uma série de outras características do solo, tais como textura, estrutura, agentes cimentantes (matéria orgânica, óxidos de Ferro) etc., como do teor de umidade existente nos poros por ocasião de sua determinação. Sendo assim, a consistência do solo pode ser determinada em três estados de umidade: molhado, úmido e seco. Por exemplo, um torrão de solo úmido pode ser friável, quando se desfaz sob leve pressão entre o indicador e polegar; firme, quando se desfaz sob pressão 31 moderada, porém apresentando pequena resistência; e muito firme, quando dificilmente esmagável entre o indicador e polegar, sendo mais fácil fazê-lo segurando-o entre as palmas das mãos. E) ESPESSURA DOS HORIZONTES A transição entre horizontes refere-se à faixa de transição na separação entre os horizontes. É caracterizada observando-se o seu contraste e topografia. Contraste: diz respeito à espessura da faixa de transição. Pode ser classificada em: abrupta (2,5 cm); clara (2,5 a 7,5 cm); gradual (7,5 a 12,5 cm); difusa (acima de 12,5 cm); Figura 5 - Adaptado de: LEPSCH, Igo F. Formação e conservação dos solos. São Paulo: Oficina de texto, 2002. 32 ATIVIDADE 01 Realize o experimento a seguir da Unidade 05. Experimento nº 03: Coleção de cores de solos (colorteca). DURAÇÃO: 2 horas/aulas. SUGESTÃO DE ATIVIDADE: O Projeto Cores de Terra, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), lançou em seu site uma receita que ensina como fazer uma tinta especial a base de terra. Ela pode ser muito eficiente para evitar o uso das tintas comuns, que contêm grandes quantidades de produtos químicos para saber mais sobre tintas e como descartá-las. Acesse os sites: - http://www.ecycle.com.br/component/content/article/42/1047-aprenda-a-fazer-tintaa-base-de-terra.html - acesso em 01 de dezembro de 2016. - https://www.youtube.com/watch?v=jmoZMFZHpHQ - acesso em 01 de dezembro de 2016. TEMA 02: Função do solo INTRODUÇÃO: A ONU- Organização das Nações Unidas decretou o ano 2015 como o Ano Internacional dos Solos, essa iniciativa teve como principal objetivo mobilizar toda a sociedade para a importância dos solos, entendê-lo como parte 33 fundamental do meio ambiente e os perigos que envolvem a degradação deles em todo o mundo. Funções do solo no nosso ambiente Os solos têm cinco papéis básicos ou funções no nosso ambiente. Primeiro, o solo sustenta o crescimento das plantas, principalmente fornecendo suporte mecânico, água e nutrientes para as raízes que posteriormente distribuem para a planta inteira e são essenciais para sua existência. As características dos solos podem determinar os tipos de vegetação ou de plantas que neles se desenvolvem, sua produtividade e, de maneira indireta, determinam o número e tipos de animais (incluindo pessoas) que podem ser sustentados por essa vegetação. Em segundo lugar, as características dos solos determinam o destino da água na superfície da terra, essencial para a sobrevivência. A perda de água, sua utilização, contaminação e purificação são todas afetadas pelo solo. Se pensarmos que grande parte da água doce existente no planeta (rios, lagos e aquíferos) ou já escorreu na superfície do solo ou viajou através dele, percebemos a importância dos solos na distribuição, manutenção e qualidade da água dos nossos reservatórios naturais e para a manutenção da vida na terra. As terríveis e devastadoras enchentes, comuns nos grandes centros urbanos, são consequências da impermeabilização dos seus solos, favorecendo o escorrimento na superfície e acúmulo de grandes quantidades de água após uma chuva pesada. Em terceiro lugar, o solo desempenha um papel essencial na reciclagem de nutrientes e destino que se dá aos corpos de animais (incluindo o homem) e restos de plantas que morreram na superfície da terra. Se esses corpos e resíduos não tivessem sido assimilados pelo solo, reincorporados e convertidos em matéria orgânica ou húmus do solo (reciclagem), plantas e animais teriam esgotado seus 34 alimentos anos atrás. Em quarto lugar, o solo é o hábitat, a casa de muitos organismos. Um punhado de solo pode conter bilhões de organismos vivos e mortos, que influenciam as características do solo, como a porosidade, que é responsável pelo movimento e manutenção de água e ar no solo. Também os organismos são de alguma forma influenciados por essas características do solo. Em quinto lugar, os solos não fornecem apenas o material (tijolos, madeira) para a construção de nossas casas e edifícios, mas proporcionam a fundação, a base para todas as estradas, aeroportos, casas e edifícios que construímos. Fonte: https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/974201/1/Ecossistemacap3C.pdf. ATIVIDADE 01 Realize o experimento a seguir da Unidade 05. Experimento nº 06: O solo como um filtro. DURAÇÃO: 2 horas/aulas. TEMA 03: Solos do Paraná INTRODUÇÃO: Conhecer os tipos de solos de cada lugar constitui fonte de informação básica para o desenvolvimento regional e para compreensão e solução dos problemas que afetam este recurso natural tão importante. Todo o solo possui características próprias e limitação para uso, os quais devem ser utilizados de forma adequada para que ocorra preservação. 35 Os diversos tipos de solo do Paraná apresentam características morfológicas distintas, o que determina sua classificação. Conhecendo os solos do Paraná Segundo Lima (et al, 2012), os solos de maior ocorrência no Estado do Paraná são: Neossolos, Cambissolos, Argissolos, Nitossolos, Latossolos, Espodossolos, Gleissolos e Organossolos. - Neossolos: São pouco evoluídos e rasos, com ausência do horizonte B, ou sobre a rocha de origem, são solos frágeis e devem ser evitados para a ocupação urbana, não conseguem reter muita água e substâncias químicas, por isso não são bons em filtrar os materiais poluentes. Podem ser de baixa ou alta fertilidade, encontrados em 22% do território estadual, normalmente em relevos inclinados [...] - Cambissolos: Normalmente são solos pouco desenvolvidos, com horizonte B em estágio inicial, a fertilidade pode ser baixa ou alta dependendo do clima e da rocha de origem. Quando presentes em áreas de relevo inclinado são suscetíveis à erosão, e deslizamentos de terras, não sendo aconselhável a ocupação urbana. Quando férteis são intensamente usados mesmo sendo em áreas inclinadas, quando encontrados em relevos planos e de pouca fertilidade a utilização de adubos e corretivos os tornam produtivos [...] - Argissolos: É um solo argiloso e possuem uma reduzida capacidade de reter nutrientes para as plantas, podemos encontrá-lo em aproximadamente em 15% do território estadual, do litoral até o noroeste, escassos nas regiões de rochas basálticas (norte, oeste e sudoeste). São solos sujeitos a erosão, principalmente em relevos declivosos [...] - Nitossolos: Solos bem evoluídos, apresentando superfícies brilhantes que podem ser causados pela presença de argila, são encontrados em aproximadamente em 36 15% do território de estado, principalmente nas regiões onde encontramos rochas basálticas (norte, oeste e sudoeste). Na sua maioria são solos férteis, em relevos mais acidentados e inclinados o risco de erosão é preocupante [...] - Latossolos: São solos que sofreram bastante com o intemperismo, por isso são considerados solos evoluídos e profundos, apresentam baixo índice de erosão e fertilidade, conseguem drenar bem a água, por isso são estáveis e úteis para a pavimentação e construções civis, possuem baixo índice de fertilidade precisando passar por tratamento para a sua utilização, estão presentes em 31% do território do Estado do Paraná [...] - Espodossolos: São solos muito arenosos, com acúmulo de matéria orgânica e ou óxidos de ferro no horizonte B. Ocorrem em 0,5% do território do estado, somente na planície litorânea, apresentando grande quantidade de areia, são considerados de baixa fertilidade, são considerados solos frágeis e devem ser considerados apenas para a conservação da fauna e da flora [...] - Gleissolos: Apresentam-se em 1% do território estadual, solos saturados em água, suscetíveis a contaminação das águas subterrâneas por produtos químicos, e por ser um solo frágil em sua maioria são áreas de preservação ambiental. Podemos encontra-lo no litoral nas áreas de manguezais, em regiões planas ou abaciadas (várzeas e banhados dos rios) [...] - Organossolos: Solo essencialmente orgânico, são predominantes em 0,5% do território do estado, predominantemente saturados por água (várzeas e banhados). São solos de baixa fertilidade natural, solos de preservação ambiental, devendo ser preservado, não sendo recomendado a sua utilização para atividades urbanas e agrícolas [...] Fonte: Conhecendo os principais solos do Paraná: abordagem para professores do ensino fundamental e médio. LIMA, et al, 2012, p. 04-15 . 37 Consultando o mapa de solos do Paraná (fig.1) é possível conhecer a distribuição dos diferentes tipos de solo no estado do Paraná. Figura 1 - http://www.escola.agrarias.ufpr.br/arquivospdf/mapa_solos_pr.pdf ATIVIDADE 01 OBJETIVO: Promover o raciocínio lógico; revisar o conteúdo - Solos decorrentes no Paraná - a partir do Jogo da Memória Associativa, pela associação de textos e imagens; propiciar um aprendizado lúdico e aumentar o interesse pelo tema. RECURSOS: Papel cartão, 4 folhas papel fotográfico ou papel contact, tesoura e cola. PROCEDIMENTOS: Imprimir os cartões em papel fotográfico, recortar e colar no papel cartão. Para maior durabilidade revestir com papel contact. Distribuir para cada grupo o material de apoio o livro Conhecendo os principais solos do Paraná, disponível para download no link http://www.sbcsnepar.org.br/publicacoes/conhecendo-os-principais-solos-do-paran%C3%A1-detail 38 Divida a turma em grupo de 4 a 5 jogadores. Cada aluno terá a chance de abrir 2 peças por vez, sendo uma de texto (dica) e outra de imagem, neste momento o jogador deverá verificar se a peça da dica corresponde à peça da imagem. Caso forme um par o jogador deve retirar as peças do jogo, do contrário deverá retornar a peça no local que estava. Na sequência os demais jogadores fazem o mesmo. DURAÇÃO: 2 horas/aulas AVALIAÇÃO: Será realizada em todos os momentos da aula. Como sugestão, o professor pode avaliar a participação e o envolvimento dos alunos na elaboração e participação do jogo. CARTÕES JOGO DA MEMÓRIA JOGO DA MEMÓRIA ASSOCIATIVA 39 40 41 42 43 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS: DESEA-UFPR. Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da Universidade Federal do Paraná. Programa Solo na Escola/Universidade Federal do Paraná: Sobre o Programa. Disponível em: <http://www.escola.agrarias.ufpr.br/index_arqui vos/sobre.htm>. Acesso em: 13 jun. 2016. EMBRAPA. Cultivo de Algodão Irrigado. 2003. Disponível em: <http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Algodao/AlgodaoIrrigad o/solos.htm&gt>. Acesso em 10 de novembro de 2016. FERREIRA, Fernanda de Godoy; SANTOS, Jéssica Mayara Machado; OLIVEIRA, Jully Gabriela Retzlaf de. Jogo Da Memória Associativa Do Clima E Vegetação Da América: Uma Proposta Didática Do Projeto Pibid Geografia Uenp. Disponivel em http://ensinodegeografiauenp.blogspot.com.br/2013/08/artigo- publicado-no-i-simposio-de.html Acesso em 01 de dezembro de 2016. LIMA, V. C.; LIMA, M. R. de; MELO, V. de F. O solo no meio ambiente: abordagem para professores do ensino fundamental e médio e alunos do ensino médio. Universidade Federal do Paraná. Departamento de Solos e Engenharia Agrícola. Curitiba: Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, 2007. LIMA. Valmiqui C. LIMA, Marcelo R. MELO, Vander F. Conhecendo os principais solos do Paraná: abordagem para professores do ensino fundamental e médio. vi + 18 p. Curitiba: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo / Núcleo Estadual do Paraná, 2012. LEPSCH, Igo F. Formação e conservação dos solos. 1. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2002. MOREIRA, F. M. S; CARES, J. E.; ZANETTI, R. ; STUMER, S. L. O ecossitema o solo: componentes, relações ecológicas e efeitos na produção vegetal. Lavras, MG: UFLA, 2013. Disponível em: <http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream /doc/974201/1/Ecossistemacap3C.pdf> Acesso em 10 de novembro de 2016. 44 Programa Solo na Escola ESALQ – USP, Conservação do solo. Disponível em: <http://solonaescola.blogspot.com.br/search/label/conserva%C3%A7%C3%A3o%20 do%20solo>. Acesso em 10 de novembro de 2016. Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, Mapa simplificado de solos do estado do Paraná. Disponível em: < http://www.sbcs-nepar.org.br/vitrine/publica %C3%A7%C3%B5es/mapa-simplificado-de-solos-do-estado-do-paran%C3%A1detail>. Acesso em 13 junho 2016. 45 UNIDADE 04 TEMA 01: O solo e o Ser Humano INTRODUÇÃO: O ser humano é responsável por muitas das transformações que a natureza sofre. Essas interferências realizadas a partir do trabalho humano, sobre o ambiente podem alterar a qualidade do solo e da água. Podem ser consideradas negativas, por exemplo, o uso de práticas inadequadas de cultivo do solo. Mas podem ser positivas, quando por meio de uma consciência ecológica o ser humano não visa unicamente à produção econômica, mas também à conservação do solo e da água. A interferência do homem na natureza é indispensável para a continuidade do funcionamento da sociedade, mas por outro lado como vimos é preciso entender que ela necessita de respeito e cuidados especiais, sendo esse o caminho para a sustentabilidade. CONSERVAÇÃO DO SOLO Se o solo deve ser conservado, significa que ele sofre modificações nas suas características físicas, químicas e biológicas. A modificação do solo (intemperismo) pode ser provocada por diversos fatores (alguns naturais), gerando erosão, compactação, salinização, desertificação e outros processos. O homem também pode interferir no intemperismo natural do solo, aumentando muito os problemas. A implantação de culturas para subsistência (soja, café, cana-deaçúcar), a pecuária e o desmatamento são as principal praticas realizadas pelos 46 humanos no solo, e que, se mal manejadas, podem resultar num aumento da degradação do solo. Com o desmatamento e a retirada da cobertura natural o solo fica mais suscetível à ação direta da agua da chuva, aumentando assim a erosão hídrica, gerando perda de solo. Junto com a erosão pode ocorrer à perda de nutrientes (lixiviação) e também o assoreamento (lixo, entulho) de rios e lagos, quando estes nutrientes são depositados nos corpos d'agua. Em pouco tempo o solo se torna empobrecido, o que diminui a produção agrícola. Portanto, a conservação do solo é necessária para evitar que a área seja degradada. Referências: Texto adaptado do site: http://solonaescola.blogspot.com.br/search/label/conserva%C3%A7%C3%A3o%20do%20solo acesso em 10 de novembro de 2016. ATIVIDADE 01 OBJETIVOS: Reconhecer a importância do solo para os seres vivos, bem como a necessidade de conservá-lo; Entender que o deslizamento e as enchentes podem ser consequências da falta de conservação e construção sob o solo; Desenvolver atitudes de interação, de colaboração e de troca de experiências em grupos. DURAÇÃO: 2 horas/aulas. METODOLOGIA: A aula deverá ser desenvolvida a partir dos conhecimentos prévios da turma, e ampliação das informações dos alunos acerca da importância do solo e sua preservação. 47 O professor deverá organizar os alunos em uma roda de conversa e estabelecer um diálogo a respeito do que eles sabem sobre importância do solo e sua preservação. É fundamental oferecer a oportunidade de participação para todos os alunos e valorizar a sua fala. Na roda de conversa você poderá fazer perguntas a respeito do solo, como por exemplo: - O que vocês já sabem sobre o solo? Por que é importante valorizá-lo? Ele realmente está sendo ameaçado? De que forma? Converse com os alunos e conte que ao longo do tempo, o solo vem sendo profundamente danificado por ações humanas como: queimadas, desmatamento, extração de metais e pedras preciosas, jogar lixo em locais impróprios. Tudo isso polui o solo e prejudica o ambiente. Mostre imagens da ação humana sobre o solo. Você poderá utilizar um projetor para mostrar as imagens, a TV pendrive ou até mesmo imagens recortadas de jornais ou revistas. Proponha que os alunos produzam um pequeno resumo do que foi discutido na roda de conversa e como tarefa de casa que recortem de revistas ou jornais pelo menos uma figura que ilustre o tema discutido em sala de aula. RECURSOS: Recortes de figuras sobre ação humana sobre solo, Notebook, Data Show, Projetor Multimídia, TV Pendrive. AVALIAÇÃO: Ela deve ser compreendida como parte diária do processo. Tem como finalidade acompanhar o desenvolvimento e desempenho do aluno durante o processo de aprendizagem. Sua prática deve criar condições para que o professor possa adequar suas intervenções às necessidades de cada aluno e analisar os resultados obtidos em relação aos objetivos propostos. Nesse sentido, o professor 48 deve observar no decorrer dessa aula se o aluno: reconheceu a importância do solo, que ações humanas como os desmatamentos, as queimadas e o lixo podem prejudica-lo, e se compreendeu a importância de preservá-lo. ATIVIDADE 02 OBJETIVOS: Entender como se escreve uma notícia, desenvolvendo a capacidade de produzir textos; Desenvolver atitudes de interação, de colaboração e de troca de experiências com os colegas. DURAÇÃO: 2 horas/aulas. METODOLOGIA: A proposta dessa atividade é que os alunos escrevam uma notícia abordando um acontecimento fictício que tenha acontecido em sua cidade devido às ações indevidas dos seres humanos em relação ao solo. E que apresente sua indignação com os maus tratos ao solo por algumas pessoas. Propor que escrevam uma notícia sobre um acontecimento que seja reflexo do uso indevido do solo. Tomando cuidado e orientando para que não se esqueçam de abordar: - O assunto; - Onde aconteceu; - Como aconteceu; - Com quem aconteceu; - Por que aconteceu. 49 Pedir para que os alunos imaginem que sua reportagem foi publicada com sucesso e que o jornal abriu um espaço para os leitores comentarem e apresentarem propostas de solução de problemas. Considerando que ele fosse um leitor de sua própria reportagem, o que ele escreveria nesse espaço? Para facilitar o entendimento da atividade o professor pode levar para a sala de aula jornais e revistas da sua cidade ou região ou pesquisar na internet reportagens sobre o tema trabalhado e apresentar para os alunos. RECURSOS: Jornais e revistas, Notebook, Data Show, Projetor Multimídia, TV Pendrive. AVALIAÇÃO: Ela deve ser compreendida como parte diária do processo. Tem como finalidade acompanhar o desenvolvimento e desempenho do aluno durante o processo de aprendizagem. Sua prática deve criar condições para que o professor possa adequar suas intervenções às necessidades de cada aluno e analisar os resultados obtidos em relação aos objetivos propostos. Nesse sentido, o professor deverá observar se o aluno conseguiu escrever notícias, demonstrou interesse na sua escrita e no desenvolvimento de sua linguagem oral e atitudes de interação com seus colegas. Durante todo processo registre a participação dos alunos e anote quais foram às intervenções. DICAS PARA O PROFESSOR: O sítio “Uol Educação”, disponível em: <http://educacao.uol.com.br/planos-deaula/fundamental/geografia-trabalho-com-o-jornal.htm>, acesso em: 29 de novembro de 2016, dá dicas de como preparar uma aula com notícia de jornal e reportagens. 50 ATIVIDADE 03 Realize os experimentos a seguir da Unidade 05. Experimento nº 08: Cobertura do solo e redução da erosão. Experimento nº 05: Impacto da gota de chuva no solo. DURAÇÃO: 2 horas/aulas. TEMA 02: O solo na Cidade INTRODUÇÃO: A ocupação desordenada do solo reflete principalmente nas grandes cidades, esta concentração populacional tem sido motivo de vários estudos de diferentes áreas. O homem ao desmatar as encostas de morros transforma uma região estável em área de risco. Por este motivo é necessários realizar um planejamento urbano eficaz e efetivo de proteção e conservação dos solos. 51 O solo no Ambiente Urbano Por que deveríamos dar importância e atenção ao solo nas cidades, uma vez que nesse ambiente não se pratica a agricultura? Contudo, também nas cidades, o solo exerce as mesmas e indispensáveis funções comparativamente às zonas rurais, tais como: armazenamento de água, filtragem de substâncias poluentes, além de suportar a vegetação de jardins, praças e parques. Mais que nas áreas rurais, no ambiente urbano, os solos vêm sendo constantemente alterados e degradados pela deposição de diversos tipos de materiais estranhos a eles, assim como pela remoção, inversão e mistura de seus horizontes e camadas. Como resultado, a capacidade do solo em exercer suas múltiplas funções é consideravelmente reduzida, refletindo-se na diminuição da qualidade de vida nas cidades e, como consequência, acarretam enchentes, erosão, poluição das águas, morte de árvores utilizadas na arborização, etc. Referências: Texto extraído do site: http://www.escola.agrarias.ufpr.br/arquivospdf/livro.pdf - acesso em 10 de novembro de 2016 ATIVIDADE 01 OBJETIVOS: Entender que as enchentes podem ser consequências da falta de conservação e construção sob o solo. Provocar um debate a respeito das enchentes que ocorrem em Curitiba, identificando os possíveis problemas ocasionados. 52 Desenvolver atitudes de interação, de colaboração e de troca de experiências em grupos. DURAÇÃO: 2 horas/aulas. METODOLOGIA: Socialize uma notícia com os alunos usando cópias ou um projetor de imagens. Propondo uma leitura: silenciosa, em grupo, coletiva, individual, entre outras. Instrua os alunos a observarem com atenção: - Qual é o assunto - Sobre o que está sendo falado - Onde aconteceu - Como aconteceu - Com quem aconteceu - Por que aconteceu - O que eles sabem sobre o assunto - Quais palavras encontradas no texto, não conheciam. Em seguida solicite que produzam um novo texto partir das questões propostas na observação. Chame a atenção dos alunos que destaquem aquilo que considerarem importante na notícia. 53 Pancadas rápidas de chuva estragam carros e deixam feridos em Curitiba Vários veículos ficaram sob a água da chuva que chegou à capital. No bairro Alto da XV, idosa de 73 anos foi levada pela enxurrada. Figura 01 - Um homem é visto em meio a carros submersos durante enchente em rua do bairro Alto da XV, em Curitiba (Foto: Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo) Meia hora de chuva foi o suficiente para deixar várias ruas debaixo d'água em Curitiba nesta segunda-feira (22). Duas pessoas ficaram feridas, várias ruas ficaram alagadas e diversos prejuízos, como carros estragados, foram registrados. A Rua Dias da Rocha, no Alto da XV, ficou sob a água. Alguns motoristas usaram a calçada para conseguir passar pela via. Um estacionamento, que fica perto da linha do trem que passa pelo bairro, foi inundado. A água invadiu os carros parados e arrastou outros. “Eu estava lá em cima, trabalhando, mas não dava para descer, ele boiando", lamenta a empregada doméstica Eloir Veloso. Ela afirma que não tem seguro e terá que arcar com o prejuízo. Outras dezenas de carros tiveram que ser guinchados porque deixaram de funcionar. Um salão de beleza foi completamente destruído pela água. A dona, uma senhora de 73 anos, foi arrastada pela água por mais de 50 metros e só parou no meio de rua, embaixo de um carro. Os objetos que estavam no comércio também foram levados. 54 Fonte: Texto adaptado http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2016/02/pancadas-rapidas-de- chuva-estragam-carros-e-deixam-feridos-em-curitiba.html - acesso em 30 de novembro de 2016. Em seguida proponha que alguns alunos socializem seus textos com a turma, faça as considerações que achar pertinente como: explicando e refletindo com a turma que as enchentes podem ser causadas por alguns motivos, entre eles, a impermeabilização do solo provocada por áreas construídas com concreto e asfalto, que diminuem a entrada de água no solo e aumentam a água que corre na superfície. Mas que também podem ser provocadas por lixo jogado nas ruas que entopem as redes de esgoto obstruindo a saída da água. Recolha os demais textos para analisar as produções e fazer as considerações necessárias. RECURSOS: Reportagem, Notebook, Data Show, Projetor Multimídia, TV Pendrive. AVALIAÇÃO: Será realizada em todos os momentos da aula. Como sugestão, o professor pode avaliar a participação e o envolvimento dos alunos nas atividades (com perguntas e comentários, por exemplo) ou, mais especificamente, o desempenho na atividade de produção do texto. ATIVIDADE 02 OBJETIVOS: Conscientizar da necessidade de preservar o solo no seu bairro e na sua escola. 55 Identificar e mapear a presença de áreas verdes e deposito de lixo no entorno da escola. Ressaltar a importância da preservação de áreas verdes em espaços urbanos para a melhoria da qualidade de vida. DURAÇÃO: 2 horas/aulas. METODOLOGIA: Motivar os alunos para que observem durante o trajeto da escola para a casa e vice-versa, locais onde são depositados os lixos, fazendo uma relação dos materiais encontrados e a forma como poderiam ser reciclados. Fazer o registro através da escrita no caderno. Os alunos podem utilizar o celular para fazer o registro visual. Dividir a turma em pequenos grupos para discutirem e anotarem os registros realizados. Se todo o solo da escola for recoberto por concreto ou piso, fazer com que os alunos discutam os problemas ambientais deste fato e analisar se o entorno da escola está na mesma condição. Entregar um sulfite para cada grupo, para que os alunos possam mapear as árvores e os espaços verdes que estão no entorno da escola e os possíveis depósitos de lixo a céu aberto. Pedi para que concluam a atividade em equipe elaborando um pequeno texto sobre o que ficou mais evidente no mapeamento. Ao final da atividade o professor deverá organizar com os alunos uma roda de conversa e estabelecer um diálogo a respeito do que foi discutido nos pequenos grupos. É fundamental oferecer a oportunidade de participação para todos os alunos e valorizar a sua fala. Em seguida fazer um painel com os mapas produzidos e um registro coletivo. No qual o professor poderá utilizar como apoio para conscientizar e refletir como os alunos sobre: As modificações que ocorrem na paisagem e principalmente no solo 56 acontecem pelas necessidades do homem moderno. E que precisamos ter consciência das consequências da impermeabilização do solo. RECURSOS: Papel sulfite e Kraft, tesoura, cola, fita adesiva, pincel atômico. AVALIAÇÃO: A avaliação será realizada no decorrer das atividades, inicialmente observando a participação nas atividades propostas, analisando seus questionamentos e intervenções, procurando, através do diálogo, perceber se houve apropriação dos conteúdos. O professor também acompanhará o desenvolvimento da aula e a resolução das questões apresentadas, fazendo as intervenções necessárias, sugerindo leituras e retomada de conteúdos, se necessário. A compreensão e a capacidade de responder as questões da aula corretamente também auxiliarão no processo de avaliação da aprendizagem em relação ao tema proposto. ATIVIDADE 03 Realize os experimento a seguir da Unidade 05. Experimento nº 07: Infiltração de água no solo. DURAÇÃO: 2 horas/aulas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS: LIMA, V. C.; LIMA, M. R. de; MELO, V. de F. O solo no meio ambiente: abordagem para professores do ensino fundamental e médio e alunos do ensino médio. Universidade Federal do Paraná. Departamento de Solos e Engenharia Agrícola. Curitiba: Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, 2007. 57 Portal Uol Educação, Trabalho com Jornal. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/planos-de-aula/fundamental/geografia-trabalho-com-ojornal.htm. Acesso em: 29 de novembro de 2016. Programa Solo na Escola ESALQ – USP, Conservação do solo. Disponível em: http://solonaescola.blogspot.com.br/search/label/conserva%C3%A7%C3%A3o%20d o%20solo. Acesso em 10 de novembro de 2016. Portal G1, Pancadas rápidas de chuva estragam carros e deixam feridos em Curitiba. Disponível em: http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2016/02/pancadasrapidas-de-chuva-estragam-carros-e-deixam-feridos-em-curitiba.html. Acesso em 29 de novembro de 2016. 58 UNIDADE 05 INTRODUÇÃO: A unidade propõe a realização de uma sequência de experimentos, tendo como embasamento didático, o Programa Solo na Escola do Setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná. O mencionado programa caracteriza-se como uma extensão universitária de ensino de solos no nível fundamental, médio e superior. Apresenta como objetivo geral a promoção nos professores e estudantes do ensino fundamental e médio, sobre a “conscientização de que o solo é um componente do ambiente natural que deve ser adequadamente conhecido e preservado tendo em vista sua importância para a manutenção do ecossistema terrestre e sobrevivência dos organismos que dele dependem” (DESEA-UFPR, 2016). EXPERIMENTO 01: Porosidade do solo 1. OBJETIVOS Demonstrar a existência de poros no solo; Demonstrar a infiltração da água no solo ocupando seu espaço poroso. 2. MATERIAIS NECESSÁRIOS: Esponja seca, torrão de solo seco, amostra de 59 pedra, agua, folhas de jornal. 3. PROCEDIMENTOS Colocar a esponja seca, a pedra, e o torrão de solo seco sobre a mesa forrada com jornal (Figura 1); Figura 1. Amostras de esponja, torrão de solo e pedra sobre a folha de jornal. Foto: Maria Harumi Yoshioka. Pingar um pouco de água sobre a esponja e observa que acontece. Repetir o processo com a pedra e com a amostra de solo. Quebre o torrão de solo ao meio para observar se a umidade penetrou dentro do torrão. Anotar os resultados; Discutir os resultados em sala junto com os alunos. 60 Figura 2. Observar que o torrão de solo está úmido após receber a água. Foto: Maria Harumi Yoshioka. 4. QUESTÕES E SUGESTÕES DE ATIVIDADES Sugere-se a utilização das perguntas abaixo antes de se iniciar o experimento, para que os alunos possam formular hipóteses do que irá acontecer, para depois, confrontar com os resultados obtidos após o experimento. Seria interessante escrever no quadro negro as respostas, antes do experimento dos alunos, para discutir com os resultados obtidos. o O que acontecerá quando vocês jogarem a água sobre a esponja? Explique. o O que acontecerá quando vocês jogarem a água sobre a pedra? Explique. o O que acontecerá quando vocês jogarem a água sobre o torrão de solo? Explique. o O torrão de solo vai absorver água como a pedra ou como a esponja? o As perguntas sugeridas para os alunos responderem após a obtenção dos resultados são: O que aconteceu quando a água foi despejada sobre a esponja? Por quê? O que aconteceu quando a água foi despejada sobre a pedra? Por quê? O que aconteceu quando a água foi despejada sobre o torrão de solo seco? Por quê? O comportamento do torrão, em relação à absorção da água, se assemelhou mais com a esponja ou com a pedra? Explique. 61 5. AVALIAÇÃO A avaliação da experiência pode ser feita a partir de algumas perguntas: Os alunos conseguiram concluir o experimento? Os alunos responderam as questões corretamente ou tiveram muita dificuldade? Os alunos conseguiram discutir cada pergunta formulada entre eles e/ou com o professor? Os resultados alcançados pelos alunos foram satisfatórios no ponto de vista do professor? EXPERIMENTO 02: Ar no solo 1. OBJETIVOS Demonstrar a presença de ar no espaço poroso do solo e, consequentemente, que pode haver infiltração de água por esses poros. 2. MATERIAIS NECESSÁRIOS: Água Recipiente que deve ser transparente. Evitar vidro, pois este pode quebrar se derrubado. Pode ser utilizada uma garrafa PET cortada ao meio ou um copo plástico descartável transparente. Torrão de solo seco. As amostras de solo devem manter sua estrutura original e devem ser coletadas em um barranco. Preferencialmente da camada mais superficial do solo, pois geralmente é mais porosa. As amostras devem ser 62 previamente secas ao ar sobre uma folha de jornal. Deixe no sol para acelerar a secagem. Não destorroe o solo para esta experiência, mantendo os torrões inteiros. 3. PROCEDIMENTOS Encher o recipiente com água Colocar um torrão de solo seco com cuidado (Figura 1). Lembre-se que o torrão deve estar bem seco, para que seus poros estejam preenchidos com ar, e o experimento funcione adequadamente. Figura 1. Colocar cuidadosamente o torrão seco dentro do recipiente transparente com água. Foto: Vinicius Macedo Prestes. Observar que sairão bolhas de ar. Este efeito é bem rápido. Recomenda-se ter vários torrões secos para demonstrar para aqueles alunos que não conseguiram ver na primeira tentativa. 63 4. QUESTÕES E SUGESTÕES DE ATIVIDADES Sugere-se a utilização das perguntas abaixo antes de se iniciar o experimento, para que os alunos possam formular hipóteses do que irá acontecer, para depois, confrontar com os resultados obtidos após o experimento. Seria interessante escrever no quadro negro as respostas dos alunos. O solo é poroso (como uma esponja) ou é um maciço (como uma rocha)? Se existe poros no solo, o que há dentro deles? Após a realização do experimento sugere-se formular algumas perguntas como aquelas abaixo descritas: O que aconteceu após a imersão do torrão na água? O que isso indica? Qual a importância dos poros para a vida da planta? 5. AVALIAÇÃO A avaliação da experiência pode ser feita a partir de algumas perguntas: Os alunos conseguiram concluir o experimento? Os alunos responderam as questões corretamente ou tiveram muita dificuldade? Os alunos conseguiram discutir cada pergunta formulada entre eles e/ou entre o professor? Os resultados alcançados pelos alunos foram satisfatórios no ponto de vista do professor? 64 EXPERIMENTO 03: Coleção de cores de solos (Colorteca) 1. OBJETIVOS Demonstrar que o solo apresenta diferentes cores; Discutir com os alunos a origem destas diferentes cores. 2. MATERIAIS NECESSÁRIOS: Amostras de solos diferentes com diferentes cores; Folhas de jornal; Recipientes plásticos pequenos com tampa; Etiquetas; 3. PROCEDIMENTOS Os próprios alunos podem trazer amostras de diferentes solos (e horizontes destes solos) que existam próximo de suas casas. Mesmo aqueles que moram em apartamentos podem procurar o solo no jardim do edifício ou em parques e praças na imediação de sua residência. O professor deve incentivar os alunos a procurar diferentes cores, para evitar que todos tragam somente amostras de horizonte A (normalmente escura). Com estas amostras os alunos podem formar uma colorteca (coleção de cores de solos); 65 Deixar secar as amostras de solo sobre uma folha de jornal; Guardar as amostras em frascos de plástico com tampa. Os frascos de plástico são mais adequados, pois são mais difíceis de quebrar. Pode-se colocar uma pequena etiqueta por fora do frasco indicando o local de coleta da amostra e o horizonte ou profundidade no qual foi coletado o solo. A identificação do local de coleta auxilia a discussão das cores encontradas. 5. QUESTÕES E SUGESTÕES DE ATIVIDADES Sugere-se a utilização das perguntas abaixo antes de se iniciar o experimento, para que os alunos possam formular hipóteses do que irá acontecer, para depois, confrontar com os resultados obtidos após o experimento. Seria interessante escrever no quadro negro as respostas dos alunos. 66 Os solos tem diferentes cores ? Quais as cores que devem ser encontradas nos solos ? É possível encontrar diferentes cores de solos em nossa cidade ? As perguntas sugeridas para os alunos responderem após a obtenção dos resultados são: Quais cores de solos foram encontradas em nossa colorteca de solos ? Por que o solo tem cores diferentes ? Por que algumas amostras de solos são escuros ? Por que algumas amostras de solos são vermelhos ou amarelos ? Por que algumas amostras de solos são acinzentadas ? Por que algumas amostras de solos são claras ? 6. AVALIAÇÃO A avaliação da experiência pode ser feita a partir de algumas perguntas: Os alunos conseguiram concluir o experimento? Os alunos responderam as questões corretamente ou tiveram muita dificuldade? Os alunos conseguiram discutir cada pergunta formulada entre eles e/ou entre o professor? Os resultados alcançados pelos alunos foram satisfatórios no ponto de vista do professor? 67 EXPERIMENTO 04: Formação do solo 1. OBJETIVO Demonstrar como ocorreu a formação do solo no decorrer do tempo com o auxílio de uma maquete. 2. MATERIAIS NECESSÁRIOS: Rocha inteira, que preferencialmente possa ser facilmente quebrada como, por exemplo, rochas sedimentares (arenito, siltito, argilito, folhelho). Também se podem usar pedaços de granito ou mármore já cortados, que podem ser conseguidos como refugo em marmorarias. Caso o professor não consiga encontrar rochas sedimentares friáveis ou refugos de mármore ou granito, pode-se utilizar isopor pintado de forma que represente uma rocha; Pedra brita (aquela de construção), com a cor mais próximo possível da rocha descrita no item anterior; Porção superficial mais escura do solo, denominada de horizonte A, seca e triturada (Figura 1); Porção vermelha, amarela ou marrom do solo denominada horizonte B, seco e triturado (Figura 1). Normalmente está situado abaixo do horizonte A, embora alguns solos não possuam o mesmo. Em geral o horizonte B não é escuro como o horizonte A, nem apresenta cores mescladas como o horizonte C; Porção que normalmente apresenta mescla de cores, que pode ou não conter presença de fragmentos de rocha, do solo denominado de horizonte C, seco e triturado (Figura 1). Normalmente este é o último horizonte antes da rocha, mas em 68 solos muito profundos pode não estar aparecendo no perfil, pois o horizonte B pode ser muito espesso. Caixa de madeira, de papelão ou plástico resistente que possa ser dividida em partes iguais, para que nela possa ser representada a evolução da formação do solo (tamanho aproximado de 30 x 50 cm, podendo ser um pouco maior ou menor); Cola branca escolar; Borrifador de água; Figura 1. Perfil de solo em Pinhais (PR) mostrando os diferentes horizontes encontrados. Foto: Marcelo Ricardo de Lima. Preferencialmente as amostras de horizonte A, B e C devem ser coletadas em algum barranco situado nas proximidades da escola, desde que não tenha sido 69 anteriormente alterado por terraplanagens ou aterros. Se não há risco à segurança dos alunos, seria interessante que os próprios participassem na coleta das amostras no barranco. Caso as amostras estejam úmidas, deixar secando ao sol por 12 horas. Contudo, se não há um barranco dentro da escola, ou nas suas proximidades, o próprio professor deve coletar as amostras dos horizontes A, B e C, antes da aula, mas se possível deve apresentar aos alunos uma foto do solo onde foi coletado. 3. PROCEDIMENTOS Caso a caixa (madeira, papelão) não tenha divisórias, a mesmo deve ser dividido em 5 partes iguais de 10 cm de largura (preferencialmente). Em cada marca de 10 cm colocar um separador, que pode ser feito de madeira, papelão, sua função será de impedir mistura de materiais. A caixa não precisa ser muito profunda. Lapidar, com uma ferramenta cortante, pedaços da rocha sedimentar friável nas medidas de 10 cm de largura por 2 cm de espessura. Esta etapa deve ser feita apenas por uma pessoa adulta, pois envolve o risco de ferimentos, por manusear com material cortante. No 1º espaço da caixa (à esquerda) colocam-se apenas pedaços de rocha. No 2º espaço colocam-se, de baixo para cima, mais pedaços de rocha (⅔ do que havia antes), um pouco de rocha fragmentada (utilizar a pedra brita), e 5 cm de material do horizonte A (solo de coloração mais escura) seco e destorroado. No 3º espaço colocar, de baixo para cima: pedaços de rocha (⅓ do inicial), rocha fragmentada (pedra brita), horizonte C e horizonte A. No 4º espaço colocar, de baixo para cima, pedaços de rocha inteira, rocha fragmentada (pedra brita), horizonte C (maior que o horizonte B), horizonte B e horizonte A. No 5º espaço (na direita) colocar, de baixo para cima, pedaços de rocha inteira, rocha fragmentada (pedra brita), horizonte C, horizonte B (maior que o horizonte C) e horizonte A (Figura 2). 70 Figura 2. Etapa final da montagem da maquete. Foto Jéssica Cristina Lozovei. Para fixação dos materiais borrifar diversas vezes com solução de 50% de cola branca e 50% de água (Figura 3). Talvez seja necessário deixar secar e aplicar mais após um dia. Figura3. Aplicação da mistura de água (50%) + cola (50%) sobre as amostras para fixação da maquete. 71 O aspecto final desta maquete é observado na (Figura 4). Podem-se colocar etiquetas para identificação de cada horizonte de solo. Figura 4. Aspecto da maquete elaborada pela Profa. Noely Maria Lesnau com seus alunos no Colégio Estadual para Surdos Alcindo Fanaya Júnior. Fonte: Lesnau et al. (2014). 4. QUESTÕES E SUGESTÕES DE ATIVIDADES Após a montagem da maquete, podem ser feitas perguntas para os alunos, e assim o professor ter ideia da assimilação do conteúdo que foi feita por eles: De onde vem o solo? Qual é o horizonte mais jovem do solo? E o mais antigo? Quanto tempo leva para formar um solo? 5. AVALIAÇÃO A avaliação da experiência pode ser feita a partir de algumas perguntas: 72 O professor e os alunos conseguiram montar a maquete a contento? Os alunos responderam as questões corretamente ou tiveram muita dificuldade? Os alunos conseguiram discutir cada pergunta formulada entre eles e/ou entre o professor? Os resultados alcançados pelos alunos foram satisfatórios no ponto de vista do professor? EXPERIMENTO 05: Impacto da gota de chuva no solo 1. OBJETIVOS Demonstrar o início da erosão hídrica do solo causada pelo impacto da gota de chuva; Discutir fatores que causam a erosão hídrica do solo; Discutir os efeitos da erosão hídrica; Discutir sobre os problemas ambientais causadas pela erosão hídrica; 2. MATERIAIS NECESSÁRIOS: 2 garrafas plásticas (PET) de 2 L; 1 garrafa plástica (PET) de 500 mL; Aproximadamente 2 kg de solo; 73 Um tufo de grama de jardim com solo aproximadamente do mesmo diâmetro da garrafa PET. Pode-se utilizar uma faca firme ou uma pá de jardinagem para cortar o tufo de grama; 2 folhas de papel sulfite de cor branca; Fita adesiva transparente. 3. PROCEDIMENTOS Cortar 2 garrafas PET ao meio, preservando a parte de baixo; Em uma das garrafas PET cortadas colocar apenas solo; e na outra garrafa PET cortada colocar solo e o tufo de grama na superfície; Envolver as garrafas com o papel sulfite, fixando com fita adesiva transparente (Figura 1); Figura 1. Garrafas PET envolvidas com papel sulfite branco. Foto: Bruna Ohana da Silva. Encher a garrafa PET 500 mL com água. Esta garrafa servirá para similar a chuva no solo. 74 A garrafa PET de 500 mL, cheia de água, deve ser inclinada na horizontal e aberta a tampa parcialmente, para simular gotas de chuva, e deve ser mantida uma altura de no mínimo 0,5 m entre a garrafa com água e as garrafas com solo. Quanto mais alto estiver a garrafa que simula a chuva, melhor será o resultado do experimento. Primeiro simule a chuva sobre o solo coberto com grama, e depois sobre o solo descoberto; Os alunos devem registrar se houve deposição de partículas na folha sulfite, evidenciando o efeito do impacto da gota de chuva no solo coberto e descoberto (Figura 2). Figura 2. Resultado do experimento, no qual se deve observar a quantidade de solo desagregado, evidenciado no papel sulfite. Foto: Bruna Ohana da Silva. 4. QUESTÕES E SUGESTÕES DE ATIVIDADES Sugere-se a utilização das perguntas abaixo antes de se iniciar o experimento, para que os alunos possam formular hipóteses do que irá acontecer, para depois, confrontar com os resultados obtidos após o experimento. Seria interessante escrever as respostas dos alunos. Qual a diferença na cobertura do solo nas duas garrafas plásticas apresentadas? Quando simular a chuva em cada uma das garrafas, o que irá acontecer? Alguma sugestão sobre o motivo dos resultados que poderão ser obtidos? 75 As perguntas sugeridas para os alunos responderem após a obtenção dos resultados são: O que se observou em cada papel sulfite? Em qual garrafa houve maior desagregação do solo? É importante para o meio ambiente manter o solo coberto? Por quê? Onde vai parar o solo que é perdido pela erosão? 5. AVALIAÇÃO A avaliação da experiência pode ser feita a partir de algumas perguntas: Os alunos conseguiram concluir o experimento? Os alunos responderam as questões corretamente ou tiveram muita dificuldade? Os alunos conseguiram discutir cada pergunta formulada entre eles e/ou entre o professor? Os resultados alcançados pelos alunos foram satisfatórios no ponto de vista do professor? EXPERIMENTO 06: O solo como um filtro 1. OBJETIVOS Demonstrar a capacidade do solo em agir como um filtro de poluentes e contaminantes do meio ambiente; 76 Discutir o resultado obtido, abordando os atributos do solo que contribuem para a maior retenção de poluentes. 2. MATERIAIS NECESSÁRIOS Duas amostras de solo: uma arenosa e outra argilosa (aproximadamente 300 g ou o necessário para completar o volume da garrafa). Caso não tenha amostra de solo arenoso, pode ser utilizada areia de construção, mas neste caso deve ser indicado aos alunos que a comparação é entre solo e areia. Não deve ser usada massa cerâmica (popularmente conhecida como “argila” de modelar) nesta experiência; Folhas de jornal; Rolo de macarrão velho ou garrafas de vidro; Três garrafas PET de 2 L limpas e sem rótulo; Tesoura. Apenas o professor deve utilizar a tesoura para evitar acidentes. Dois círculos pequenos de tecido (aproximadamente 7 cm de diâmetro, ou o tamanho necessário para vedar o gargalo da garrafa PET); Pedaço de barbante ou elástico; Metade de uma beterraba média; Liquidificador; Peneira. 3. PROCEDIMENTOS PREPARO DO SOLO 77 Colocar as amostras de solo para secar sobre as folhas de jornal por alguns dias ao ar livre em local seco. Após a secagem, passar uma garrafa de vidro ou rolo de macarrão velho, com objetivo de destorroar um pouco as amostras, para que isso não interfira no resultado final do experimento. PREPARO DAS GARRAFAS Com a tesoura corte a garrafa PET aproximadamente na metade da mesma. Esta etapa deve ser feita pelo professor, pois envolve o uso de material perfuro cortante. Prender o tecido no gargalo da garrafa PET com o barbante ou elástico de forma que o tecido fique firme. Montar o experimento de modo que a parte superior fique como um funil encaixado na parte inferior da garrafa. Preencher o funil com as amostras de solo secas, anteriormente preparadas. Em um funil será colocado o solo argiloso e em outro o solo arenoso. Deve ser colocada uma quantidade de solo que não complete totalmente o funil, deixando uma borda de no mínimo 2 cm. PREPARO DO CORANTE Cortar a beterraba em cubos e transferi-la para um liquidificador contendo 1 L de água. Fechar a tampa do liquidificador e bater por aproximadamente 2 minutos. Coar a mistura utilizando uma peneira , reservar o bagaço (fibras retidas) e, transferir o volume coado para uma garrafa PET de 2 L completando o seu volume de água. 78 Por se tratar de um corante natural que pode sofrer degradação dos compostos que expressam a cor vermelha. Assim, recomenda-se o armazenamento em geladeira por no máximo três dias. REALIZAÇÃO DO EXPERIMENTO Antes da realização é importante que tenha um diálogo com os alunos, procurando levantar hipóteses sobre o que vai acontecer (ver o item 3 deste roteiro). Colocar lado a lado os funis contendo o solo arenoso e argiloso e adicionar a mesma quantidade do corante de beterraba (Figura 1A e 1B, respectivamente). O volume a ser utilizado depende do tamanho da garrafa PET utilizada. Se for uma garrafa de 2 litros é aproximadamente 200 ml. Observar a velocidade que vai ser filtrada a solução e a coloração que vai sair. Figura 1. Experimento sendo realizado: solução com corante foi adicionada na amostra de solo arenoso (A) e argiloso (B). Foto: Eloana J. Bonfleur. 79 O resultado provável deste experimento é que a solução deve sair mais rápida e mais vermelha na amostra de solo arenoso (Figura 2). Na amostra de solo argiloso, a solução será filtrada mais lentamente e sua coloração será um vermelho mais claro. Figura 2. Comparativo entre a coloração do filtrado do solo argiloso e arenoso. Foto: Eloana J. Bonfleur 4. QUESTÕES E SUGESTÕES DE ATIVIDADES Sugere-se a utilização das perguntas abaixo antes de se iniciar o experimento, para que os alunos possam ter ideia do que irá acontecer, para depois, confrontar com os resultados obtidos após o experimento. Seria interessante escrever no quadro negro as respostas dos alunos. 80 Por que a água se infiltrou (penetrou) nas duas amostras de solo e não ficou parada na superfície? Em qual das amostras a água começou a pingar antes? Por quê? Em qual das amostras a água pingou mais (quanto foi liberado)? Tente explicar o que houve; Qual a aparência da água que está saindo de cada uma das amostras? Qual tipo de solo foi mais eficiente para filtrar o “poluente” e evitar que ele chegue ao lençol freático? 5. AVALIAÇÃO A avaliação da experiência pode ser feita a partir de algumas perguntas: Os alunos conseguiram concluir o experimento? Os alunos responderam as questões corretamente ou tiveram muita dificuldade? Os alunos conseguiram discutir cada pergunta formulada entre eles e/ou entre o professor? Os resultados alcançados pelos alunos foram satisfatórios no ponto de vista do professor? 81 EXPERIMENTO 07: Infiltração da água no solo 1. OBJETIVOS Demonstrar a capacidade de infiltração e retenção da água em diferentes tipos de solo; Demonstrar a importância da matéria orgânica na retenção da água. 2. MATERIAIS NECESSÁRIOS 2 copos (pode ser aqueles de massa de tomate ou requeijão de 200 mL) de uma amostra seca de solo arenoso. Na falta deste pode ser utilizada areia de construção; 2 copos de uma amostra seca de solo argiloso. Não é para utilizar massa cerâmica (também conhecida por “argila de modelar”); 2 copos de uma amostra seca de solo de uma floresta (solo de mata – pode ser coletado em parques). É importante a presença da matéria orgânica e a textura deste solo deve ser o mais argiloso possível; 3 garrafas plásticas descartáveis transparentes (de refrigerante – tipo PET de 2 L sem o rótulo); Pedaços de tecido ou pano; Barbante ou elástico; Água; Tesoura sem ponta; Canetinha; 82 Jornais velhos; 1 copo de 200 mL (pode ser aqueles de massa de tomate ou requeijão). 3. PROCEDIMENTOS Espalhar e deixar as amostras de solos secando por alguns dias sobre algumas folhas de jornal ao ar livre, de preferência ao sol; Preparar as garrafas plásticas cortando-as com a tesoura no meio. Esta etapa deve ser feita sempre por um adulto, pois envolve o uso de instrumento de corte com ponta. A parte da boca da garrafa será utilizada como um funil, e o fundo desta como o suporte (Figura 1); Figura 1. Montagem do experimento com as duas metades da garrafa PET de 2 L cortada ao meio. Desenho: Maria Harumi Yoshioka. Prender bem o tecido com o barbante ou elástico na extremidade de cada garrafa-funil (na boca desta); Colocar cada garrafa-funil sobre seu suporte que é a outra parte da garrafa cortada (o fundo), de modo que fique apoiada (Figura 2); 83 Figura 2. Montagem das três garrafas PET de 2 L, cortadas ao meio, e com os pedaços de tecido fixados com elásticos. Foto: Maria Harumi Yoshioka. Numerar as garrafas-funil (01, 02, 03); Encher cada garrafa-funil com um tipo de amostra de solo já preparada anteriormente, colocando 2 copos de cada solo. A garrafa 1 com a amostra do solo arenoso. A garrafa 2 com o solo argiloso e a garrafa 3 com o solo de mata; Encher cada garrafa-funil com a mesma quantidade de água ou 2 copos em cada uma das garrafas. Deve ser adicionada a água ao mesmo tempo em todos os solos para comparar o tempo de infiltração; Observar e anotar quanto tempo a água demorou para começar a pingar de cada garrafa-funil; Observar e anotar quanto tempo a água ficou pingando e o quanto dela foi liberado em cada amostra de solo, marcando com uma canetinha em seu suporte (parte da garrafa que está recebendo a água que pinga do solo); Observar a cor da água que está pingando; Comparar os resultados obtidos e discutir em sala de aula. 84 4. QUESTÕES E SUGESTÕES DE ATIVIDADES Sugere-se a utilização das perguntas abaixo antes de se iniciar o experimento, para que os alunos possam formular hipóteses do que irá acontecer, para depois, confrontar com os resultados obtidos após o experimento. Seria interessante escrever no quadro negro as respostas dos alunos. Quando se jogar a água sobre as amostras, ela se infiltrará (entrará nestes solos) ou ficará ali parada? Em qual das amostras a água vai começar a pingar antes? Em qual das amostras a água vai pingar por mais tempo? Qual amostra pingará mais água? Qual das amostras demorará mais tempo para começar a pingar a água? A água que sair das amostras será cristalina ou terá uma outra coloração? Qual das três amostras armazenará mais água? Qual dessas amostras pode ser melhor para as plantas terem e absorverem água para seu desenvolvimento e sobrevivência? Qual solo poderá inundar com uma chuva forte, o arenoso ou argiloso? As perguntas sugeridas para os alunos responderem após a obtenção dos resultados são: Por que a água se infiltrou (penetrou) nas três amostras de solo e não ficou ali parada? Em qual das amostras a água começou a pingar antes? Por quê? Em qual das amostras a água pingou por mais tempo? Por quê? Em qual das amostras a água pingou mais (quanto foi liberado)? Tente explicar o que houve. 85 Em qual das amostras a água demorou mais para começar a pingar? Por quê? O que aconteceu na amostra de solo com matéria orgânica? Qual a aparência da água que está saindo de cada uma das amostras? Qual das três amostras armazena mais água? Tente explicar o que houve. A partir dos resultados obtidos, diga qual é a melhor amostra para as plantas terem e absorverem água para o seu crescimento e sobrevivência? Tente explicar o que houve. A partir da interpretação dos resultados obtidos com o experimento, imagine que na horta ou jardim da sua escola tem apenas dois tipos de solo. De um lado um solo arenoso e do outro lado um solo argiloso e de repente começou a chover muito. Em qual dos solos vai ocorrer a inundação do terreno? Tente explicar o que houve. 5. AVALIAÇÃO: A avaliação da experiência pode ser feita a partir de algumas perguntas: Os alunos conseguiram concluir o experimento? Os alunos responderam as questões corretamente ou tiveram muita dificuldade? Os alunos conseguiram discutir cada pergunta formulada entre eles e/ou entre o professor? Os resultados alcançados pelos alunos foram satisfatórios no ponto de vista do professor? 86 EXPERIMENTO 08: Cobertura do solo e redução da erosão 1. OBJETIVOS Demonstrar o que é a erosão entre sulcos (ou laminar) no solo; Discutir a importância da cobertura do solo na redução da erosão entre sulcos (ou laminar); Discutir sobre os problemas ambientais causadas pela erosão hídrica. 2. MATERIAIS NECESSÁRIOS 3 garrafas plásticas (PET) de água de 5 L; 3 garrafas plásticas (PET) de 2 L; Aproximadamente 4 kg de solo destorroado; Touceira de grama do tamanho da garrafa PET de 5 L, que pode ser cortada com o auxílio de uma pá cortadeira (pá reta) em um jardim; Restos de plantas para ser utilizado como palhada morta (folhas, raízes, caules em decomposição). Podem ser usadas folhas varridas do jardim, restos de grama cortada ou de poda de árvores; Tesoura com ponta (somente o professor deve manusear a mesma); Pedaço de madeira com aproximadamente 90 cm de comprimento, 10 cm de largura e 5 cm de altura; Regador. 87 3. PROCEDIMENTOS Cortar um retângulo na parte superior das três garrafas plásticas de água 5 L com o auxílio da tesoura com ponta (Figura 1). Sugere-se ao professor cortar as garrafas antes da aula para evitar que os alunos manuseiem materiais cortantes; Figura 1. Corte das garrafas PET de 5 L para montagem do experimento. Foto: Bruna Ohana da Silva. Cortar as 3 garrafas PET 2 L no meio, preservando a parte inferior . Sugere-se ao professor cortar as garrafas antes da aula para evitar que os alunos manuseiem materiais cortantes; Na primeira garrafas plásticas de água 5 L, coloca-se uma touceira de grama com solo. Procure colocar com cuidado a grama, procurando 88 conservar ao máximo a touceira, e sem destorroar a mesma, para não afetar o resultado do experimento. Na segunda garrafa colocar 2 kg de solo em cada garrafa plástica de 5 L, até aproximadamente na altura da tampa da garrafa e, em seguida colocar os restos de plantas nas superfície até cobrir completamente o solo, ficando uma boa camada de resíduos; Na terceira garrafa apenas colocar cerca de 2 kg de solo destorroado, e manter somente o solo sem nenhuma cobertura. Colocar as três garrafas montadas lado a lado (Figura 2) sobre uma mesa que possa ser molhada. Preferencialmente o experimento deve ser montado fora da sala de aula para evitar sujar as carteiras ou o chão. Figura 2. Garrafas de PET de 5 L preenchidas com grama (esquerda), resíduos vegetais cobrindo o solo (centro) e solo sem cobertura (direita). Foto: Bruna Ohana da Silva. Apoiar as 3 garrafas plásticas de 5 L com o pedaço de madeira, para criar uma inclinação (Figura 3), que fará com que a água escorra através da boca da garrafa; 89 Figura 3. Detalhe da inclinação das garrafas de 5 L para facilitar a saída da água. Foto: Bruna Ohana da Silva Posicionar as 3 garrafas PET de 2 L cortadas, uma embaixo da boca de cada uma das garrafas plásticas de 5 L; Adicionar água, com um regador, através da abertura retangular feita na parte superior de cada garrafa plástica de 5 L, simulando a chuva. Procure adicionar quantidade semelhante de água nas três garrafas de 5 L para começar a escorrer pela boca das garrafas; Os alunos devem registrar a coloração da água que foi recebida nas garrafas cortadas de 2 L, e se houve ou não perda de solo (Figura 4); Figura 4. Resultado do experimento, no qual se deve observar a quantidade de água perdida, a coloração da água e se há ou não perda visual de solo. Na esquerda o resultado do solo com cobertura vegetal, no meio com cobertura morta, e à direita sem cobertura. Foto: Bruna Ohana da Silva. 90 4. QUESTÕES E SUGESTÕES DE ATIVIDADES Sugere-se a utilização das perguntas abaixo antes de se iniciar o experimento, para que os alunos possam formular hipóteses do que irá acontecer, para depois, confrontar com os resultados obtidos após o experimento. Seria interessante escrever as respostas dos alunos no quadro ou no caderno. Qual a diferença entre a cobertura do solo nas garrafas de 5 L apresentadas? Quando simular a chuva em cada uma das garrafas de 5 L, o que irá acontecer? Qual garrafa de 5 L irá perder mais solo? As perguntas sugeridas para os alunos responderem após a obtenção dos resultados são: O que se observou em cada garrafa? Em qual garrafa houve maior perda de solo? E menor? Por que em uma das garrafas houve menor perda de solo? É importante para o meio ambiente manter o solo coberto? Por quê? Onde vai parar o solo que é perdido pela erosão? Quais são as consequências da erosão hídrica? 5. AVALIAÇÃO A avaliação da experiência pode ser feita a partir de algumas perguntas: Os alunos conseguiram concluir o experimento? Os alunos responderam as questões corretamente ou tiveram muita dificuldade? 91 Os alunos conseguiram discutir cada pergunta formulada entre eles e/ou entre o professor? Os resultados alcançados pelos alunos foram satisfatórios no ponto de vista do professor? REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA http://www.escola.agrarias.ufpr.br/index_arquivos/experimentoteca.htm