1 LEVANTAMENTO DE TECNOLOGIAS PARA APOIO AO RESGATE DE ANIMAIS DOMÉSTICOS Tatiana TOZZI1; Daniel Fernando ANDERLE2 e Rodrigo Ramos NOGUEIRA3 1 Estudante de graduação do Curso Bacharelado em Sistemas de Informação, Instituto Federal Catarinense – Campus Camboriú, [email protected] 2 Professor de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, Instituto Federal Catarinense – Campus Camboriú, [email protected] 3 Professor de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, Instituto Federal Catarinense – Campus Camboriú, [email protected] Resumo Este artigo relata as etapas de identificação de tecnologias existentes atualmente que possam ser utilizadas na identificação e resgate de animais perdidos e na divulgação de animais para adoção por ONGs de Proteção Animal, Centros de Zoonoses e Protetores Independentes. Para que o objetivo deste trabalho viesse ser alcançado foi realizado inicialmente uma pesquisa exploratória, em seguida um questionário buscando identificar quais as tecnologias são utilizadas para identificação, localização, resgate e adoção de animais domésticos. Deste modo a pesquisa reporta as principais tecnologias utilizadas até o momento. Palavras-chave: tecnologias, identificação de animais, análise de tecnologias. Keywords: technologies, animal identification, technology analysis. Introdução Os animais domésticos fazem parte do cotidiano dos seres humanos desde os primórdios. E são representados em maioria pelas espécies felina e canina. O Brasil possui a quarta maior população mundial de animais domésticos, segundo o IBGE de 2010, com 132,4 milhões de animais domésticos, sendo eles cães, gatos, aves, peixes e alguns animais exóticos [IBGE, 2010]. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), conforme pesquisa realizada em 2014, estima que o Brasil possui 30 milhões de animais abandonados, sendo 10 milhões de gatos e 20 milhões de cachorros [ANDA, 2014]. O uso da Internet e da tecnologia atualmente é a principal fonte de divulgação de eventos de adoção de animais e para localizar animais perdidos ou abandonados. Dessa maneira, este trabalho tem como objetivo visa identificar as tecnologias utilizadas atualmente para auxiliar no resgate, identificação e divulgação de animais 2 domésticos, tendo como base o seguinte roteiro: Apresentar resultados através de uma pesquisa de opinião; Descrever as tecnologias encontradas. Material e Métodos Este trabalho se classifica quanto à natureza aplicada e tecnológica, em questão aos objetivos como exploratória e quanto aos procedimentos, bibliográfica. A metodologia adotada para o desenvolvimento deste trabalho foi dividida em quatro fases, as quais estão relacionadas com os objetivos propostos desta pesquisa. A primeira fase constituiu na realização da pesquisa exploratória, em bases de dados, livros, páginas Web buscando identificar tecnologias que possam auxiliar a localização de animais perdidos ou abandonados. Na segunda fase foi desenvolvido e aplicado a pesquisa de opinião nos moradores da região da AMFRI (Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí – Santa Catarina) [AMFRI, 2018]. A terceira fase são apresentados os resultados da pesquisa de opinião. Na quarta fase foram identificadas as tecnologias encontradas na pesquisa de opinião. Resultados e Discussão Na primeira fase (Pesquisa Bibliográfica) alguns conceitos foram identificados, sendo eles o que são Animais Domésticos, Posse Responsável, Protetores Independentes, ONG, Centro de Zoonoses, Resgate de animais, Abandono de animais e Mídias sociais. Na segunda fase (Pesquisa de opinião) foi desenvolvida uma pesquisa de opinião junto aos moradores da região da AMFRI – composta por 11 municípios associados1, por meio de um questionário composto por 24 perguntas utilizando o Google Forms [GOOGLE, 2017]. Antes da aplicação da pesquisa no público-alvo, uma busca foi realizada no Google [GOOGLE, 2018] e Facebook para localizar as ONGs e Protetores Independentes da região da AMFRI. Foram identificados 51 páginas e grupos no Facebook e 3 sites de ONGs. Para cada um dos grupos, páginas e sites uma mensagem via Messenger [MESSENGER, 2018] ou e-mail foi enviado um convite para participar da pesquisa ou uma publicação na página ou grupo no Facebook. 1 Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Bombinhas, Camboriú, Ilhota, Itajaí, Itapema, Luiz Alves, Navegantes, Penha e Porto Belo. 3 Na terceira fase de desenvolvimento da pesquisa (Avaliação da Pesquisa) apresenta os resultados obtidos na fase anterior, contendo os principais resultados da pesquisa. Após duas semanas de divulgação e aplicação da pesquisa de opinião, 100 pessoas responderam à pesquisa. As cidades que mais participaram da pesquisa foram as cidades: Camboriú com 45% e Balneário Camboriú com 32%. A maioria dos participantes tem entre 26 a 31 anos (24%), sendo 69% das participações de mulheres e 31% homens. Destes participantes 89% afirmaram ter animais domésticos. Dos participantes, 71% já utilizaram alguma tecnologia para auxiliar no resgate e divulgação de animais domésticos. A pergunta em seguida continha várias tecnologias, a qual os participantes poderiam selecionar quais já usaram, sendo a mais identificada as Redes Sociais. Questionados se gostariam de conhecer as tecnologias2 citadas na pesquisa 93% responderam que sim, uma vez que 61% dos participantes não conheciam as tecnologias citadas. Questionados se já realizaram algum resgate de animais, 79% dos participantes responderam que sim, sendo a maioria dos resgates de cães e em seguida gatos. Por meio da 19ª pergunta, descobrimos que 77% dos participantes utilizam redes sociais para auxiliar na divulgação de animais perdidos, abandonados ou para adoção. Sendo o Facebook, a rede social mais utilizada para este fim e as publicações desses anúncios são em maioria feitas na própria linha do tempo dos participantes. A quarta fase (Busca de Tecnologia), busca apresentar as tecnologias mais utilizadas identificadas por meio da pesquisa de opinião, as quais são apresentadas a seguir: O microchip RFID ou Radio-Frequency IDentification é um método de identificação automática por meio de sinais de rádio, onde são recuperados e armazenados dados remotamente por meio de um dispositivo de tag ou etiqueta RFID que pode ser colocado em uma pessoa, animal, produto ou embalagem. A aplicação no animal doméstico normalmente é realizada sem anestesia geral, pois o procedimento é rápido e ter o mesmo efeito que uma injeção de vacinação e pode ser realizado após o décimo primeiro dia de vida do animal, porém normalmente é aplicado aos 3 meses de idade. O microchip é inserido por baixo da pele na região 2 Microchip - RFID, Microchip - NFC, Coleira com qrCode, Coleira com Tag, Aplicativo de busca, Aplicativo de Identificação, Redes sociais. 4 do pescoço do animal. Para realizar a leitura do microchip é necessário de uma leitora própria para este fim. Microchip NFC (Near Fiel Communication) é uma tecnologia que possibilita a troca de informações e dados entre dispositivos, sem que seja necessário para isso a utilização de fios ou cabos, para que ocorra a troca de informações é apenas necessário que ambos dispositivos estejam até 10 centímetros próximos um do outro, tornando essa transmissão de dados segura. A leitura pode ser feita utilizando um smartphone que tenha no hardware o NFC. A coleira com qrCode (Quick Response Code), consiste de uma coleira com uma medalha de identificação com qrCode, a medalha é de alumínio e possui o qrCode que possibilita acessar a página do animal, a qual contém informações de contato do tutor, telefone do médico veterinário, fotos e informações médicas. Além do qrCode a medalha pode conter o endereço (link) da página do animal, caso quem tenha encontrado o animal não tenha acesso a um dispositivo que lê o qrCode. A coleira com tag é uma alternativa para utilização do microchip sem que este seja implantado no animal. A tag contendo os dados do animal (o código de identificação) é colocado na coleira do animal, e caso ele venha se perder pode-se utilizar um leitor para obter essa informação. Aplicativos de busca podem ser utilizados para cadastrar animais que tenham fugido de casa ou se perderam de seus tutores. Através deste cadastro os tutores inserem fotos e informações do animal desaparecido e dados de contato no aplicativo. Aplicativo de identificação promove a identificação do animal por meio de reconhecimento facial, utilizando a tecnologia de comparação de imagens (visão computacional e inteligência artificial) este aplicativos possuem plataforma inteligente sendo alimentada por seus usuários, o quais estão envolvidos no mapeamento e ajuda aos animais. Conforme identificado pela Pesquisa de Opinião rede social mais utilizadas pelos participantes é o Facebook e além desta rede social as demais redes também são grandes aliadas na procura de animais perdidos, porém em fevereiro de 2018 foi criada da rede social Puppyfi, com o principal objetivo auxiliar os animais, assim auxiliando tutores a encontrarem seus animais desaparecidos e encaminhar os que foram abandonados para adoção. 5 Conclusão Espera-se que este trabalho possa contribuir para a conscientização da importância da adoção responsável de animais domésticos e tem como ser base fundamental para uma proposta para o desenvolvimento de uma aplicação que possa auxiliar o resgate, localização, identificação e adoção de animais domésticos. Este artigo visa apresentar as quatro fases que foram realizadas no decorrer do Trabalho de Conclusão de Curso. Assim, o feedback do Congresso de Especialidades Veterinárias e Fórum Goiano de Negócios Pet, será possível o aprimoramento deste trabalho, levando a uma conclusão satisfatória. Referências AMFRI. Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí. Disponível em: <goo.gl/xErW8S>. Acesso em: 7 Mai. 2018. ANDA. Brasil tem 30 milhões de animais abandonados. 2014. Disponível em: <https://goo.gl/sjojsT>. Acesso em: 14 Set. 2017. MESSENGER. Site oficial. Disponível em: <https://www.messenger.com>. Acesso em: 18 mai. 2018. FACEBOOK. Site oficial. Disponível em: <https://facebook.com>. Acesso em: 21 Out. 2017. GOOGLE. Site oficial. Disponível em: <www.google.com/intl/pt-BR/forms/about/>. Acesso em: 21 Out. 2017. GOOGLE. Site oficial. Disponível em: <https://www.google.com.br/>. Acesso em: 10 mai. 2018. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Um panorama da saúde no Brasil: acesso e utilização dos serviços, condições de saúde e fatores de risco e proteção à saúde 2008. Rio de Janeiro: IBGE; 2010. Disponível em: < http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv44356.pdf>. Acesso em: 13 nov. 2017.