SAE DIGITAL S/A LIVRO DO PROFESSOR SAE DIGITAL S/A Curitiba 2019 PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 1 CIÊNCIAS 7.° ANO - LIVRO 1 ENSINO FUNDAMENTAL 08/10/2018 11:08:42 © 2019 – SAE DIGITAL S/A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. FICHA CATALOGRÁFICA S132 SAE, 7. ano : Ciências. 7. ano : livro do professor : livro 1 / SAE DIGITAL S/A. - 1. ed. Curitiba, PR : SAE DIGITAL S/A, 2019. 90 p. : il. ; 28 cm. ISBN 978-85-535-0352-0 1. Ciências - Estudo e ensino (Ensino Fundamental). I. Sistema de Apoio ao Ensino. II. Título. CDD: 372 CDU: 373.3016 Gerência editorial Luiz Henrique Pereira Mainardes Coordenação editorial Angel Honorato Edição Elaine Luiza Köb Nogueira, Elaine Caroline dos Santos Revisão Brunno Freire da Silva Neto, Camille Chiquetti, Emanuelly Sutil, Gabriele Varão da Costa, Pãmela Leal, Priscila de J. Sousa Cotejo Andreia Vidal, Igo Rabelo, Laura Akemi, Mariana Chaves, Mariana Passarin, Mellanie Novais, Polyana Fonseca, Sthefanie Lhorente Coordenação de produção visual Mauricio Ragadalli Iconografia Antonio Sevilha Cartografia Júlio Manoel França da Silva Ilustrações Deny Machado Mayer, Rafael de Azevedo Chueire Arte da capa Rafael de Azevedo Chueire Projeto gráfico Evandro Pissaia, Fernanda Angeli Andreazzi, Gustavo Ribeiro Vieira Diagramação André Lima, Evandro Pissaia, Bruno Gogolla, Gustavo Ribeiro Vieira, Jéssica Suelen de Morais, Jéssica Xavier, Julia Tonini, Juliana Hiromi Saito, Kássio Nery, Luisa Piechnik Souza, Maísa Leepkaln, Mariana Oliveira, Michel Bernardes de Jesus, Mikhael Gusso, Nadiny da Silva, Ralph Glauber, Silvia Santos, Tarliny da Silva, Thiago Figueiredo Venâncio Processos Cleyton Dall’Agnol, Lorena Marcão, Erica Fujihara, Raul Jungles, Tiago Biermann Takemasa Autor Alysson Ramos Artuso, André Felipe Astrogildo de Lima, Carolina Nowacki, Eliane Razzoto, Iris Stern, Marlon Wrublewski, Oromar Baglioli, Roberto Matajs Coordenação pedagógica Cristiane Sliva, Heloisa Harue Takazaki Todos os direitos reservados. Produção SAE DIGITAL S/A. R. João Domachoski, 5. CEP: 81200-150 Mossunguê – Curitiba – PR 0800 725 9797 | Site: sae.digital PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 2 08/10/2018 11:08:42 k to c f Su Ar i pr i rs te ut h i/S yad 1. Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . V 2. Ensino Fundamental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VIII 3. Conheça o material – SAE Digital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XI 4. Projeto capas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XVIII 5. Pressupostos teórico­-metodológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIX PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 3 08/10/2018 11:08:42 IV CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 4 08/10/2018 11:08:43 1. Apresentação Saberes múltiplos e complexidade PR ré v i o ia to p om en on im ec nh O v ré io ia Au t Os pilares pedagógicos do SAE buscam a formação de indivíduos com capacidade de promover mudanças que levem à melhoria de suas condições de vida e daqueles que os cercam. N ISM op om Protagonismo e nt Transformação da realidade n Auto Co Conhecim PROTA GO NI O O AG OT SM Os pilares pedagógicos do SAE Digital vêm ao encontro das habilidades esperadas dos aprendizes, expostos a um ambiente que exige leitura plural do mundo, que se caracteriza por rápidas mudanças nos campos científico, tecnológico e político. Os desafios da atualidade preveem a formação que leve em conta a valorização das necessidades coletivas, a capacidade de interpretar as realidades local e global, a promoção do desenvolvimento da tolerância e da reflexão etc. Para desenvolver habilidades que atendam a tantas e tão complexas necessidades, as estratégias do SAE Digital estão fundamentadas em quatro pilares do trabalho pedagógico: protagonismo, rigor conceitual, saberes múltiplos, complexidade e transformação da realidade. Autonomia e c i m e n t o p ré Conh vio Rigor conceitual P RO TAGONISMO A iniciativa pela busca do conhecimento, fundamentada pela vontade do estudante de aprender além do que os livros escolares e as aulas são capazes de transmitir, pode ser entendida pelo “protagonismo” do aluno no seu processo de aprendizagem. O professor continua tendo um papel ímpar e decisivo nos resultados, conduzindo as aulas e instigando a aprendizagem, porém o incentivo à busca por continuar a caminhada de aquisição de conhecimentos, por meios próprios ou fornecidos por ferramentas do sistema, será constante e permitirá aos alunos ir além de forma mais autônoma. Essa proposta vai ao encontro do primeiro pilar do relatório da Unesco para a Educação do Século XXI, que é aprender a conhecer. Com isso, o ambiente de sala de aula como espaço de aprendizagem quase único pode ser extrapolado. O trabalho proposto no material leva o aprendiz a ver mais sentido no que aprende, a ir além e construir novos saberes, considerando que sugere pesquisa, aprofundamento, discussão, trabalho em grupo e inter-relação de conteúdo com o contexto dos alunos, de forma a provocá-los. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 5 V 08/10/2018 11:08:43 Rigor conceitual O material didático consistente fundamenta-se em uma cuidadosa construção conceitual e adequação metodológica. As formas e os mecanismos que norteiam a realização do trabalho e a elaboração de suas conclusões são claros, apropriados e resistentes ao processo de crítica franca e aberta. Ele gera conhecimento confiável. VI Para que o protagonismo e a iniciativa na aquisição de conhecimentos levem a resultados transformadores na vida dos aprendizes, é fundamental observar um segundo pilar: o rigor conceitual, que se encontra interligado aos demais. Afinal, de que adiantariam iniciativas tendo estudantes e professores como protagonistas em busca de conhecimentos que conceitualmente se mostrem equivocados? Esse pilar trata da consciência de que há saberes considerados verdades esgotadas em questionamentos nas diferentes ciências, mas passíveis de mudança em virtude de novas pesquisas e descobertas. Até isso ocorrer, os estudantes precisam dominar as bases conceituais do que se sabe até o presente; dominar o que seja confiável em termos conceituais de uma ciência e o que seja especulação ou teoria não experimentada e comprovada, sem rigor conceitual. Não raro, estudantes veem-se com dificuldades de dominar conteúdos mais avançados em diferentes áreas do conhecimento (como Matemática e Física) ou, para fazer uma reflexão sociológica, por desconhecimento de conceitos – elaborados ou vivenciados – que norteiam os pontos de partida dessas ciências. Como discutir aspectos positivos ou negativos de um sistema político, como o fascismo, sem antes saber seu significado? E mais: sem conhecer diferentes conceitos, vindos de diferentes autores, como discernir ou quais deles refletem aquele que é o melhor e mais completo? Como compreender um processo de degradação ambiental, provocado por um poluente, sem saber antes o que é poluição? É nessa concepção que o conhecimento científico se mostra indissociável dos demais e caminha para a consolidação deles. É preciso, também, elencar quais conteúdos são relevantes ao aprendiz. Com a quantidade de informações disponíveis, como identificar quais são pertinentes e importantes em dado momento e quais não são? É necessário estabelecer critérios para isso. Conteúdos rigorosos, mas de baixa relevância correm o risco de ser meros exercícios de preciosismo metodológico ou conceitual, dedicando grande esforço à elucidação de questões sem importância pela comunidade. Respeitando as bases de legislação (Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Diretrizes Curriculares Nacionais Base Nacional Comum Curricular e demais resoluções), pode-se afirmar que os conteúdos relevantes se enquadram em três grandes critérios: pertinências contextual, global e multidimensional. Quanto à pertinência contextual, observa-se no SAE Digital grande importância para situar informações e dados a serem estudados nos contextos temporal, social, regional, histórico e cultural dos aprendizes. Embora estejamos falando de um contexto rico e amplo, dadas as dimensões de nosso país, há de se identificar um senso de equilíbrio para a contextualização ser praticada nas diferentes realidades. A pertinência global diz respeito à noção do todo que amarra os conhecimentos. O exercício da indissociabilidade de diferentes áreas do conhecimento poderá mostrar aos alunos que a soma de partes leva a um conjunto maior, mais complexo e mais rico do que as partes isoladas. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 6 08/10/2018 11:08:44 A pertinência multidimensional leva à escolha de conteúdos que permitem o diálogo entre os saberes. Há temas envolvendo as Ciências da Natureza que conversam ativamente com a Filosofia e a Sociologia, assim como há temas da área da Matemática que se encontram com a Arte, a História ou a Geografia. Saberes múltiplos e complexidade Os alunos são incentivados a buscar novas conexões entre os objetos aprendidos, atrelando um ou mais conhecimentos de diferentes áreas, revisitando o mundo com nova perspectiva sobre o tema estudado. Vivenciar essas novas conexões significa compreender a interdependência dos saberes, bem como desenvolver conhecimento global, amparado por saberes múltiplos e não estanques, passíveis de mudança. Os avanços tecnológicos demandam o reconhecimento da complexidade dos fatos. Dessa maneira, é mister pensar em modos de articulação do conhecimento que coloquem em ressonância problemas provenientes de diversas fontes ligadas à ciência, à filosofia e às artes. Conectar conhecimentos envolvendo História e Filosofia, aplicando-os, por exemplo, na interpretação de um episódio de natureza política ou econômica, com rigor conceitual e clareza de ideias, é uma ação ambiciosa para quem aprende e para quem ensina. Junto a essas conexões, busca-se o exercício da criticidade e de reflexões alinhadas aos diferentes pontos de vista ligados ao objeto de estudo. Essa dimensão de pensamento complexo permite aos alunos prepararem-se para etapas posteriores de suas caminhadas cognitivas e formativas. É necessário ter a sensibilidade de não desqualificar dado saber em relação a outro, (seja por conta de sua origem histórica, geográfica, étnica ou cultural). Implica recepcionar vários saberes relevantes e interligálos para aprimorar a compreensão de mundo. Transformação da realidade Não menos importantes, são os questionamentos: quais habilidades os alunos desenvolverão em sua caminhada escolar? Sejam quais forem, devem ser habilidades teóricas, reflexivas, críticas e que param no campo do discurso? Elas avançam para a iniciativa concreta, seguindo para a tomada de ações que permitam pôr em prática transformadora aquilo que aprenderam? Essa é a capacitação para a iniciativa concreta, pela busca de ações que levam à mudança da realidade e chegam à transformação da sociedade. Isso se traduz na compreensão de como os alunos, sendo cidadãos em estado de direito, podem proceder ou se envolver: a) nas reivindicações junto às instituições, exigindo o cumprimento de direitos por parte do poder público; b) nas iniciativas da sociedade civil que tiveram sucesso, com resultados transformadores do mundo e que inspirem ações semelhantes; c) nas ações de ONGs ou em outras entidades semelhantes que mostrem resultados pertinentes ao bem comum. A intenção é formar cidadãos ativos, críticos, autônomos e comprometidos com a transformação da realidade. De forma mais pontual, identificamos objetivos educacionais e formativos derivados desses quatro princípios, que norteiam o SAE Digital desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, constituindo-se no ponto de referência da ação educativa em todas as áreas de conhecimento. Destacamos os seguintes: CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 7 VII 08/10/2018 11:08:44 • desenvolver o senso crítico, responsável e construtivo nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e tomar decisões coletivas; • utilizar as diferentes linguagens – verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal – como meio de relacionamento com o mundo; A ideia é explorar com os alunos como fazer engajamento a uma causa, buscar solução de problemas estudados em ambiente escolar e que raramente foi posta em prática. • utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e elaborar conhecimentos; • questionar a realidade, utilizando, para isso, pensamento lógico, criatividade, intuição e capacidade de análise crítica; • compreender a cidadania como participação social e política, adotando, no dia a dia, atitudes de solidariedade, cooperação e respeito ao outro, a si mesmo e ao meio em que vive, percebendo-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente; • desenvolver autoconhecimento e confiança em suas capacidades afetivas, físicas, cognitivas, éticas, estéticas, de inter-relação pessoal e inserção social; • conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como aspectos socioculturais, de classe social, de crenças, de gênero, de etnia ou outras características individuais e sociais. Segundo o artigo 32 da LDB, o Ensino Fundamental tem como objetivo: 1) o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; 2) a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; 3) o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; 4) o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. VIII 2. Ensino Fundamental O Ensino Fundamental faz parte de um dos níveis da Educação Básica. Desde 2006, passou a ter duração de 9 anos, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9.395/96), em que foram alterados os artigos 29, 30, 32 e 87, por meio da Lei Ordinária 11.274/2006. O Ensino Fundamental é obrigatório e atende as crianças a partir dos 6 anos de idade. Está dividido da seguinte forma: • anos iniciais – do 1.o ao 5.o ano; • anos finais – do 6.o ao 9.o ano. Além da LDB, o Ensino Fundamental é regido por documentos, como as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, o Plano Nacional de Educação de 2014, as resoluções do Conselho Nacional de Educação (CNE) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovada em dezembro de 2017. A versão homologada da BNCC apresenta as competências gerais que se inter-relacionam e perpassam todos os componentes curriculares ao longo da Educação Básica. 2.1 SAE Digital no Ensino Fundamental Nos anos finais do Ensino Fundamental, o trabalho escolar deve instigar nos alunos a curiosidade e o prazer pelas descobertas, além de promover a aprendizagem das diferentes formas de sistematização das informações e dos temas trabalhados. Isso porque o conhecimento adquirido já nos primeiros CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 8 08/10/2018 11:08:44 anos do Ensino Fundamental é essencial para o desempenho dos alunos nas próximas fases da vida escolar. Os conteúdos sistematizados que compõem o Sistema SAE Digital estão relacionados às seguintes áreas de conhecimento: • Linguagens; • Ciências da Natureza; • Matemática; • Ciências Humanas. 2.1.1 Linguagens Para expressar ideias, pensamentos, sentimentos e intenções e estabelecer relações interpessoais, faz-se necessário o uso da linguagem. É também pela linguagem que se podem construir os quadros de referências culturais – concepções e ideologias, mitos, representações, conhecimento científico e arte. A linguagem – oral, escrita, imagética ou corporal – faz parte da atividade discursiva, ou seja, do ato de falar, de expressar claramente ideias, informações ou sentimentos a alguém. A linguagem possibilita ao homem a apreensão do mundo exterior, dando-lhe meios para se posicionar criticamente perante os outros, tornando-o agente transformador. Dessa forma, a linguagem é compreendida como a maior ferramenta da convivência humana, assim como das transformações que a educação busca. Parece difícil alcançar as mudanças necessárias para a construção de um mundo melhor sem os saberes provenientes da área de linguagem e sua aplicação prática. Essas são as reflexões das quais partem a seleção e a sistematização do material didático SAE Digital nessa área, que compreende: • Arte; • Língua Portuguesa; • Língua Inglesa; Estar envolvido nas práticas sociais possibilita ampliação das linguagens e domínio cada vez maior de diferentes padrões de fala e escrita. • Educação Física. • Língua Espanhola; 2.1.2 Matemática O trabalho desenvolvido em Matemática tem como objetivo a compreensão e o uso dos conteúdos relevantes na resolução de desafios e problemas; a busca pelos resultados; a prática de levantar hipóteses e confrontá-las, sem receio de errar. [...] A Matemática se faz presente desde cedo e durante toda a vida dos indivíduos. O indivíduo está imerso num mundo de números (quantificando, medindo, comparando, realizando cálculos etc.) quando realiza diversas atividades do cotidiano: em casa, nas ruas, na escola [...]. Para que ele seja bem-sucedido nessas atividades é necessário que o indivíduo seja numeralizado. Mas o que significa ser numeralizado? [...] ser numeralizado significa “ser capaz de pensar sobre e discutir relações numéricas e espaciais utilizando as convenções da nossa própria cultura” [...]. Ser numeralizado está além de resolver cálculos, é ter uma boa compreensão e intuição sobre os números, sendo capaz de compreender as regras implícitas que envolvem os conceitos matemáticos, utilizando-os nas suas prática cotidianas, nos diversos contextos e em diferentes sistemas de comunicação e representação. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 9 IX 08/10/2018 11:08:44 [...] O sentido de número [...] refere-se à habilidade de lidar, de forma flexível e eficiente, com números e quantidades nas situações cotidianas extraescolares. [...] As propostas de trabalho partem sempre do conhecimento prévio dos alunos sobre os conteúdos relevantes, confrontando-o com as explicações apresentadas no espaço escolar. (BATISTA, Rosita Marina Ferreira; SILVA, Juliana Ferreira Gomes da; SPINILLO, Alina Galvão. Os usos e funções dos números e medidas em situações escolares e extraescolares. Simpósio Internacional de Pesquisa em Educação Matemática. Pernambuco, 2008.) Com base nessas reflexões, o material SAE Digital apresenta os conteúdos relevantes da área de Matemática, relacionados à resolução de problemas na vida cotidiana e à aplicação desses saberes nos desafios próprios do mundo escolar. A proposta de trabalho leva em conta a capacidade intelectual, a estruturação do pensamento e o desenvolvimento do raciocínio lógico dos alunos, reforçando que não há como desassociar um aspecto do outro. Dessa forma, o material SAE Digital propõe um trabalho no qual ensinar e aprender Matemática não se limite a dar respostas, mas sim a propor investigações, respeitar as ideias e o conhecimento prévio de cada aluno, possibilitando o desenvolvimento da vontade de estudar os conteúdos da área. 2.1.3 Ciências Humanas u • A teoria do conheci mento de Kant • A sensibilidade e o entendimento • A razão como centro • Formas de conheci do pensamento mento dad e ni Co 1 nhe cimento 3. Kant e a teor ia do 420 conhecimento Gl0ck/Shutterstock Imagine uma pessoa extremamente piravam a ponto pontual e de acertar seus horários e relógios metódica; uma pessoa na qual Imaginou? Era as pessoas do bairro apenas ao vê-la desse modo que fazendo ou executa se de modo que o filósofo Immanu os seus vizinho ndo determinada insel Kant procedi s, em sua ação. em que ele saía a. Ele era extrema de casa ou passava cidade na Alemanha, acertav mente metódi am seus relógios na rua para caminh co, de acordo com adas diárias. Mas a hora por que isso é importante? ra nas da guer es rumos asiática • Diferenteuropeia e frentes fico • Dia D ra do Pací • A guer A área das Ciências Humanas tem um objetivo maior, que é ampliar a compreensão dos alunos sobre sua realidade e a das pessoas em outros espaços e outros períodos. Para tanto, essa área trabalha com a consciência de que os alunos são agentes transformadores do seu momento histórico, do seu espaço geográfico, e fazem constantes reflexões sobre os acontecimentos na sociedade em que vivem. Dessa forma, podem fazer escolhas e estabelecer critérios para orientar suas ações de maneira mais consciente e propositiva. No material SAE Digital, as Ciências Humanas compreendem: • Geografia • História • Filosofia uni da Normandia nses na do um estadunide considera ). soldados episódio é dial (1939-1945 rque de a). Esse Desemba este da Franç nda Guerra Mun (no noro o fim da Segu marco para de 3 Segun a Guerra d M dial un marcas resso do o prog anha ra e suas mo ven ada. Mes batalha. A Alem da guer em retir de 2. Fim ãs estavam para o campo ães do tropas alem un paz. m ental, as iar soldados alem o Ocid rança de env Europa para stiu de assim, espe 1944, na refere? se o de r não desi s. Havia, ódio ela No iníci os, Hitle s e território a que epis ado citos aliad dos exér a vez mais sold acima. Você sabe perdia cad erve a imagem • Obs 196 X A Geografia estuda as relações entre o processo histórico que regula a formação das sociedades humanas e o funcionamento da natureza, por meio da leitura do espaço geográfico e da paisagem. A História estuda os acontecimentos produzidos pelas pessoas de diferentes lugares ao longo do tempo, proporcionando aos alunos condições para se compreenderem como sujeitos históricos. A Filosofia apresenta conceitos e situações que estimulam os alunos a desenvolver o raciocínio, o espírito crítico e o gosto pela busca do conhecimento e dos saberes elaborados por diferentes filósofos em períodos e locais diversos. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 10 08/10/2018 11:09:14 2.1.4 Ciências da Natureza O ensino de Ciências da Natureza possibilita que diferentes explicações do mundo, das transformações produzidas pelos seres humanos e dos fenômenos da natureza possam ser expostas, comparadas e compreendidas. O trabalho nessa área permite que o conhecimento prévio dos alunos seja explorado e contraposto com diferentes explicações, de forma crítica, questionadora, investigativa e reflexiva. As propostas de reflexão desenvolvem a percepção dos limites de cada conceito e a explicação dos modelos científicos, favorecendo a construção da autonomia de pensamentos e ações. São características gerais do trabalho escolar com as Ciências da Natureza: a) buscar a compreensão dos fenômenos da natureza; b) gerar representações do mundo; c) descobrir e explicar fenômenos naturais; d) organizar e sintetizar o conhecimento científico em teorias. 3. Conheça o material – SAE Digital 3.1 Impressos O material de cada ano está organizado em quatro volumes. Os alunos recebem por bimestre um livro contendo todos os componentes curriculares: Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Ciências (no 9.ο ano: Física, Química e Biologia), Língua Inglesa, Arte, Educação Física e Filosofia. Além dessas, o componente curricular Língua Espanhola, para todos os anos, é oferecido separadamente. 3.1.1 Livros – aluno • Organização do Estado • Economia e política Novo ção das leis trabalh social, criaistas u Os componentes curriculares são organizados em unidades, e estas: em capítulos. As aberturas dos capítulos funcionam como uma provocação para os alunos, que são convidados a apresentar o que já sabem sobre o tema, relacionando esse saber à leitura de imagens. Em seguida, o material conduz os alunos por um caminho de leituras, debates, relação de atividades individuais e coletivas, produções de textos e experimentos. A intenção é ampliar e aprofundar conhecimentos ou, em algumas situações, confrontar saberes e elaborar outros. Em Matemática, no final de cada capítulo, há um conjunto extra de exercícios relacionados ao conteúdo trabalhado. Por bimestre, esse conjunto ocupa de 12 a 16 páginas do livro de Matemática. Ao final de cada capítulo existe um mapa conceitual – Relacionando conceitos – que apresenta os conceitos significativos estudados e as relações existentes entre eles. O objetivo desse mapa é fazer com que os alunos possam construir narrativas orais e escritas sobre o que compreenderam do capítulo estudado. O professor também pode utilizar o mapa conceitual para fazer, com os alunos, revisões sobre os conceitos trabalhados. As propostas de trabalho são apresentadas em seções de atividades com objetivos específicos. Conheça melhor cada uma delas na página seguinte. dad e ni 2 Er aV Caricatura de J. Carlos sobre a campanha sucessó ria de 1937. argas 2. Estado Nov o 178 O governo provis ano de 1938, confor ório de Getúlio Vargas não terminou me previsto como deveria, e instituiu um com período de ditaduna Constituição de 1934. Ao contrário, Getúlio a realização de eleições ra que durou até • Você sabe qual no centralizou o Poder 1945. é Executivo de registro em a relação entre Getúlio Vargas carteira de trabalh e a regulamenta • O dia 1.º de ção dos trabalh o? maio é somen adores, feita por te mais um feriado meio • Você já ouviu no Brasil? o programa, veicula do pelo rádio, A Voz do Brasil? CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 11 XI 08/10/2018 11:09:25 Conheça as seções, os boxes e os ícones que fazem parte do livro do aluno. ATIVIDADES Geralmente esta seção está no final de cada capítulo. Seu objetivo é levá-lo a rever os conteúdos estudados. PARA IR ALÉM Aqui você encontra dicas de leitura, músicas ou vídeos para aprofundar seu conhecimento. COLOCANDO EM PRÁTICA PARA SABER MAIS Indica o momento de aprofundar ou ampliar algum aspecto do conteúdo que você está estudando no capítulo. É um espaço que apresenta exercícios resolvidos para você compreender a sua sistematização. DESENVOLVER E APLICAR INTERAÇÃO Esta seção propõe atividades investigativas e motivadoras para você resolver individualmente. ER TER ATITUDE COMO Esta seção apresenta uma proposta para um trabalho prático. CONEXÃO Este é um espaço que apresenta texto e atividades que fazem a articulação entre diversos conteúdos. É o momento de recordar uma ideia ou uma fórmula já estudada. Pode apresentar, também, uma explicação ou significado de um termo ou de um conteúdo apresentado no texto. É uma seção exclusiva para o 9.º ano e apresenta questões de provas para auxiliar você a ingressar no Ensino Médio. LÍNGUA PORTUGUESA E TECNOLOGIA É um espaço que apresenta relações entre o conteúdo que você está estudando e as tecnologias referentes a ele. XII F EM TEMPO DE OLHO NA PROVA A Esta seção aparece quando há necessidade de explicar os procedimentos para realização de uma atividade. AZ Quando aparecer esta seção, será proposto um trabalho em grupo, como debate, pesquisa e elaboração de painel. Quando aparecer este ícone, será a hora de exercitar a oralidade com os colegas de turma. Este ícone indica que é o momento para ouvir os áudios de língua estrangeira. Este ícone indica que há uma realidade aumentada que pode ser acessada com o celular ou tablet. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 12 08/10/2018 11:09:27 A seção “Ter atitude” apresenta uma estreita relação com a BNCC, pois traz para o trabalho em sala de aula a vivência proposta na competência 2: Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e inventar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. (Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/download-da-bncc>. Acesso em: 12 jul. 2018.) Essa seção apresenta uma “situação-problema” (contexto), à qual o aluno deve propor uma ação que indique a sua compreensão sobre a importância de atuar (valor, afeto, solidariedade, respeito) na sociedade contemporânea. A situação-problema vai abranger o cotidiano do aluno e o conteúdo abordado no capítulo. As aberturas de capítulos, os conteúdos e as atividades apresentadas estão inseridos em um projeto gráfico e pedagógico com identidade definida, respeitando as necessidades de cada ano escolar. Em razão disso, para cada ano o material tem especificidades, como tamanho de letra diferenciado, espaço adequado por faixa etária (para o aluno registrar sua produção), desafios cognitivos que se intensificam ano a ano, dentre outros. Essa preocupação tem como base a ideia de que, se os alunos que frequentam o Ensino Fundamental passam por transformações ao longo dos anos, o material tem que acompanhá-los nesse movimento. As unidades e os capítulos programados para cada bimestre, por componentes curriculares, buscam se adequar ao trabalho realizado em dez semanas de aula, com a seguinte sugestão de distribuição: Aulas por semana Total de aulas no bimestre Matemática 5 50 Língua Portuguesa 5 50 Geografia 3 30 História 3 30 Ciências 3 30 Química (9º ano) 1 10 Física (9º ano) 1 10 Biologia (9º ano) 1 10 1 10 Língua Inglesa 2 20 Filosofia 1 10 Educação Física 2 20 Língua Espanhola 1 10 u Mo 332 2 vim ento e energia giSpate/Shutterstock Responda energia? Quai , a partir do que você já s? Quais as relações com sabe: O que você entende por energia que ener podem ser feitas a parti gia? Existe mais de um tipo de r da imag em acima? gerais da matéria • Propriedades • Massa • Volume • Inércia ade • Impenetrabilid • Elasticidade de ssibilida • Compre • Divisibilidade e • Indestrutibilidad icas específ • Propriedades da matéria • Cor • Odor • Sabor • Brilho • Maleabilidade • Ductibilidade • Solubilidade • Dureza • Tenacidade • Densidade de ida 1 M at éria a EggHe combu o anterior, s da matéria. vestuário e nos Vimos, no capítul nas plantas, no e as transformaçõe materiais existentes? s, nas construções, ais), a composição uir os inúmeros medicamento icas e funcion é possível disting (gerais, específ as propriedades em comum? Como a existente tem toda essa matéri 271 • Explicaç dos sere ões para a dive s vivos rsidade • Hipótese do fixis • Teoria da evoluçãmo • Lamarck o ismo • Darwin • Evidênc ismo ias • Pesquisa da evolução s pale ontológi • Embriolo cas • Anatom gia comparada ia • Evidênc comparada ias mol eculare s BIODIVER SIDADE O nid ad e 1 iní c io d a vida e a evoluç ão 3. Evol ução A diversid 368 luisrsphoto/Shutterstock ade dos de milh seres vivo ares de esp espécie s sempre s diferen écies diferen tes de anim aguçou a curi tes ou as osidade diferen do ser hum ças den ais, vegetais e dem tro de um ano. Com a espécie ais seres? Com o explica o explicar a exis ? r as sem tência elhança s entre CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 13 k stoc utter to/Sh dPho tos, nos es da matéria a dia: nos alimen za, te no nosso dia 2. Propriedad a estuda a nature está muito presen stíveis. A Químic que a Química E o que 3.1.2 Livros – professor O material para o professor apresenta uma organização especial, também com um livro por bimestre e por componente curricular. No livro do 1.° bimestre, são expostas: ad e 3. Energia u Artes nid un Componente curricular • O que é energia? • Energia mecânica • Energia cinética • Energia potencial • Conservaç ão de energ ia XIII 08/10/2018 11:10:13 • apresentação dos princípios pedagógicos do material; • proposta de trabalho pedagógico por componente curricular; • explicação das seções do livro do professor; • programação anual dos conteúdos (unidades, capítulos, conteúdos descritos, número de aulas). O miolo do livro do professor apresenta o livro do aluno de forma reduzida. No entorno do livro do aluno, são apresentadas ao professor as orientações pedagógicas, organizadas nas seguintes seções: • objetivos do capítulo – sempre no início de cada capítulo, determinam as metas a serem alcançadas, relacionadas ao conteúdo abordado e à expectativa de aprendizagem por parte dos alunos. • encaminhamento metodológico – orientações sugeridas, sejam com relação ao conteúdo, ao procedimento ou à atitude para desenvolver o trabalho; • habilidades trabalhadas no capítulo de acordo com a BNCC; • dicas para ampliar o trabalho – indicações de filmes e sites, sinopses e pequenos textos; • sugestão de atividade – indicações de tarefas para serem realizadas em sala de aula; • realidade aumentada – apresenta a lista de RAs que fazem parte do capítulo; • orientação para RA – encaminhamentos metodológicos e sugestões de atividades inseridos na página que apresenta o ícone da RA. • resposta – gabaritos e sugestões de resposta às atividades propostas. 3.2 Digital A experiência com os materiais didáticos do SAE Digital vai além do trabalho com o material impresso. Alunos e professores contam com uma versão digital dos livros, disponível para lousa digital, computadores, tablets e smartphones, na qual estão inseridos os objetos digitais. O livro também apresenta os áudios de línguas estrangeiras. Há atividades propostas na Plataforma Adaptativa, na Plataforma Literária e no Portal. Conheça a seguir cada um desses materiais. 3.2.1 Livros digitais, objetos digitais e realidade aumentada – aluno Essas ferramentas inovadoras permitem visualizar o livro igual ao impresso, porém acrescido de animações e recursos para ampliar imagens, acompanhar slides e fixar o conteúdo por meio de diversos exercícios. Ao todo, são 14 formas de interação disponíveis para auxiliar o trabalho do professor e tornar o aprendizado mais dinâmico, sendo um complemento para a sala XIV CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 14 08/10/2018 11:10:14 de aula e para os estudos em casa. Depois de baixados, os recursos podem ser utilizados off-line, não sendo necessária conexão à internet. Nos livros impressos, um ícone com o código RA (Realidade Aumentada) permite a visualização dos objetos digitais. Para o ensino Ensino Fundamental – Anos Finais, são apresentadas 2 ou 3 RAs por capítulo em cada componente curricular. As RAs estão disponíveis do 6.º ao 9.º ano para os componentes curriculares de Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Ciências, Química, Física, Biologia, Língua Inglesa, Arte, Filosofia, Educação Física e Língua Espanhola. 3.2.2 Livros digitais, objetos digitais e realidade aumentada – professor O livro digital do professor apresenta o mesmo conteúdo do livro digital do aluno, acrescido de orientações metodológicas. Estas referem-se tanto às propostas de trabalho do livro impresso quanto aos objetos digitais e às RAs. Os encaminhamentos metodológicos para os objetos digitais e às RAs referem-se ao conteúdo do componente curricular e à forma do próprio objeto. Além disso, oferecem sugestões de como ampliar o trabalho com a atividade proposta. 3.2.3 Plataforma adaptativa Essa ferramenta oferece questões e videoaulas prontas para os professores escolherem e utilizarem como apoio às suas aulas. Trata-se de um ambiente virtual de estudos que transforma a casa do aluno em uma extensão da sala de aula. Esse espaço possibilita ao estudante acompanhar videoaulas de conteúdos ministrados em sala de aula e testar seus conhecimentos por meio de questões vinculadas ao assunto que está sendo estudado. O sistema permite que professor, coordenador e pais, além do próprio aluno, acompanhem toda a evolução da aprendizagem. Para o Ensino Fundamental – Anos Finais, são em média 150 videoaulas inseridas por bimestre, divididas entre todos os componentes curriculares, na plataforma digital, totalizando 600 por ano. Por bimestre, são cerca de 5 mil questões, também divididas entre os componentes, presentes no ambiente digital. As atividades propostas na plataforma adaptativa estão disponíveis em todos os bimestres para todos os componentes curriculares. 3.2.4 Plataforma literária A plataforma literária é uma ferramenta que tem como objetivo o trabalho com obras significativas das literaturas brasileira e mundial. Antes do período de matrículas, a escola recebe a lista de obras que são indicadas para serem trabalhadas com cada turma. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 15 XV 08/10/2018 11:10:15 São oferecidas cinco opções de trabalho para os 6.º, 7.º e 8.º anos. Para o 9.º ano há oito opções. A escola pode, então, escolher com qual obra prefere trabalhar. Por meio dessa ferramenta, o professor realiza o trabalho com o livro selecionado. Para isso, ele conta com: • encaminhamentos metodológicos; • avaliações; • propostas de produção de texto; • vídeos de contextualização histórica, que podem ser exibidos em sala de aula. Ao trabalhar com a plataforma literária, os alunos contam com: • vídeos que instigam a leitura; • quiz; • questões digitais elaboradas sobre o contexto literário da obra. Os livros selecionados para a escolha do professor estão apresentados na tabela abaixo: Plataforma literária - Ensino Fundamental II Ano 6º 7º 8º 9º Título do livro Autor Renata Bueno Cia das Letrinhas Dom Quixote (em quadrinhos) Miguel de Cervantes - Adaptação de Márcia Williams Ática Diário de Pilar em Machu Picchu Flávia L. e Silva Zahar A guerra de Troia em versos de cordel Mauricio de Sousa e Fábio Sombra Melhoramentos A cidade sinistra dos corvos Lemony Snicket Cia das Letrinhas A droga da obediência Pedro Bandeira Moderna Comédias para se ler na escola Luis Fernando Verissimo Objetiva Sonhos em Amarelo Luiz Antonio Aguiar Melhoramentos O menino sem imaginação Carlos Eduardo Novaes Ática A megera domada William Shakespeare - Adaptação de Flávio de Souza Editora FTD O mistério das aranhas verdes Carlos Heitor Cony e Anna Lee Salamandra O mistério da Casa Verde Moacyr Scliar Ática O Médico e o Monstro Robert Louis Stevenson Melhoramentos Volta ao mundo em 80 dias Júlio Verne Melhoramentos Chapeuzinho Vermelho em Manhattan Jerome Kakan Martins Fontes Eu sou Malala Malala Yousafzai e Christina Lamb José Olympio O melhor da crônica brasileira Ferreira Gullar, José Lins do Rego, Rachel de Queiroz e Luis Fernando Verissimo José Olímpio A menina que roubava livros Markus Zussak Intrínseca Viagem ao centro da Terra Júlio Verne Melhoramentos Os miseráveis Vitor Hugo - Tradução e adaptação de Walcyr Carrasco Moderna Orgulho e preconceito Jane Austen Paulus Casa de pensão Aluísio de Azevedo Histórias de vaqueiros e cantadores Luis Câmara Cascudo XVI Editora O que é liberdade Obliqclássicos Global CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 16 08/10/2018 11:10:16 3.2.5 Caderno digital de produção de textos É oferecido bimestralmente, no Portal SAE Digital, um caderno de produção textual para cada ano. O material amplia o estudo dos gêneros desenvolvidos pelo material didático. Nesse caderno, com base em textos atuais e diversificados, é feita uma análise detalhada da estrutura dos gêneros que dão fundamento ao texto a ser desenvolvido pelo aluno, num total de cinco produções bimestrais. O caderno proporciona, também, subsídios ao professor para proceder à correção, bem como orienta a reescrita de textos de seus alunos. 3.2.6 Caderno digital de atividades de Matemática No Portal SAE está disponibilizado bimestralmente, para os professores, quatro cadernos digitais de atividades, um para cada um dos anos finais do Ensino Fundamental. Cada caderno tem 32 páginas e, em média, 100 exercícios distribuídos entre os capítulos do bimestre, sempre conectado ao material didático. O objetivo é oferecer aos alunos a possibilidade de ampliar o contato com o raciocínio matemático. O professor pode decidir quantos e quais exercícios utilizar com sua turma, levando em conta a realidade local. Todos os cadernos apresentam os gabaritos para os professores. 3.2.7 Desafio SAE teens É a avaliação externa proposta pelo SAE Digital. Ela acontece em dois momentos no ano: a primeira vez ao final do 1.º bimestre e a segunda vez, ao final do terceiro bimestre. Na data programada para cada uma dessas avaliações, todos os alunos do Ensino Fundamental – Anos Finais da rede SAE Digital ficam concentrados, fazendo a prova, repleta de desafios para o raciocínio lógico, em que eles devem pôr em prática a interpretação de textos e a compreensão dos conteúdos estudados. As respostas dadas pelos alunos devem ser repassadas para um cartão de respostas. Os cartões de respostas são enviados ao SAE Digital, que faz as correções e, em seguida, envia para a escola: • os resultados por aluno; • a análise dos dados coletados nessas respostas, para que a escola possa fazer intervenções pedagógicas consistentes com base neles. O Desafio SAE teens é oferecido para os alunos do 6.º ao 9.º ano do Ensino Fundamental. Para os 6.º e 7.º anos são 35 itens que apresentam conteúdos de Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Ciências, Filosofia, Arte e Língua Inglesa. Para o 8.º ano são 45 itens dos mesmos componentes curriculares. Para o 9.º ano são 50 itens com conteúdos dessas mesmas disciplinas, porém no lugar de Ciências entram os conteúdos de Biologia, Química e Física. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 17 XVII 08/10/2018 11:10:17 3.2.8 Portal SAE Digital O Portal SAE Digital é um ambiente virtual desenvolvido para ampliar a possibilidade de interação e troca de informação entre educadores e escola. São várias ferramentas de interação e conteúdo pedagógico disponibilizadas em diferentes formatos e linguagens, dentre elas: Banco de provas. Áudio para download e acompanhamento das aulas de Língua Inglesa e Língua Espanhola. Conteúdos programáticos. Material do professor. Planejamento da plataforma literária. Videoaulas. O Banco de provas apresenta uma avaliação bimestral para cada um dos componentes curriculares. Cada prova conta com 10 questões, entre dissertativas e de múltipla escolha, que abordam todo o conteúdo trabalhado no bimestre. Todas as questões recebem um valor de acordo com o grau de desafio apresentado. A soma dos valores fecha em 10 ou 100% de aprendizagem verificada. As provas estão disponíveis em dois formatos: • pdf – não editável, para a aplicação de um mesmo instrumento de avaliação em todas as turmas, caso a escola considere essa possibilidade. • word – editável, para se adequar à realidade de cada turma, caso a escola considere essa possibilidade. Em ambos os formatos há tanto a versão para o aluno, com o espaço destinado às respostas, quanto a versão para o professor, com os gabaritos. 4. Projeto capas A cada ano, o material SAE Digital apresenta um tema que se desdobra pelas capas bimestrais. Em 2017, o tema foi “Um lugar incrível no mundo”. Em 2018, as capas o tema foi: “Jovens que transformam o mundo”. Em 2019 apresentamos o tema “Reflexões sobre encantamentos do mundo”, no qual obras de grande alcance mundial, que atravessaram fronteiras entre países, superando as diferenças idiomáticas, barreiras de tempo e de cultura, se instalaram na memória afetiva de milhares de pessoas, e passaram a compor o vasto repertório cultural da humanidade. XVIII CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 18 08/10/2018 11:10:21 A cada bimestre e ano, apresentaremos obras literárias, musicais, teatrais e cinematográficas de diferentes tempos e espaços, mas que destacaram-se por sua relevância mundial. O projeto capas 2019, “Reflexões sobre encantamentos do mundo” apresenta conexão significativa com a BNCC, em especial a competência geral que enuncia “Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar das práticas diversificadas da produção artisticocultural.” As capas apresentam temas e conteúdos que serão explorados ao longo dos anos em diferentes componentes curriculares, em especial Arte, Língua Portuguesa e Língua Inglesa. 5. Pressupostos teórico-metodológicos A Base Nacional Comum Curricular A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo de etapas e modalidades da Educação Básica, de modo que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE). Este documento normativo aplica-se exclusivamente à educação escolar, tal como a define o § 1º do Artigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996)1, e está orientado pelos princípios éticos, políticos e estéticos que visam à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva, como fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN)2. Referência nacional para a formulação dos currículos dos sistemas e das redes escolares dos estados, do Distrito Federal e dos municípios e das propostas pedagógicas das instituições escolares, a BNCC integra a política nacional da Educação Básica e vai contribuir para o alinhamento de outras políticas e ações, em âmbito federal, estadual e municipal, referentes à formação de professores, à avaliação, à elaboração de conteúdos educacionais e aos critérios para a oferta de infraestrutura adequada para o pleno desenvolvimento da educação. Nesse sentido, espera-se que a BNCC ajude a superar a fragmentação das políticas educacionais, enseje o fortalecimento do regime de colaboração entre as três esferas de governo e seja balizadora da qualidade da educação. Assim, para além da garantia de acesso e permanência na escola, é necessário que sistemas, redes e escolas garantam um patamar comum de aprendizagens a todos os estudantes, tarefa para a qual a BNCC é instrumento fundamental. Ao longo da Educação Básica, as aprendizagens essenciais definidas na BNCC devem concorrer para assegurar aos estudantes o desenvolvimento de CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 19 XIX 08/10/2018 11:10:21 dez competências gerais, que consubstanciam, no âmbito pedagógico, os direitos de aprendizagem e desenvolvimento. Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho. Ao definir essas competências, a BNCC reconhece que a “educação deve afirmar valores e estimular ações que contribuam para a transformação da sociedade, tornando-a mais humana, socialmente justa e, também, voltada para a preservação da natureza” (BRASIL, 2013)3, além de se mostrar alinhada à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU)4. É imprescindível destacar que as competências gerais da Educação Básica, apresentadas a seguir, inter-relacionam-se e desdobram-se no tratamento didático proposto para as três etapas da Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio), articulando-se na construção de conhecimentos, no desenvolvimento de habilidades e na formação de atitudes e valores, nos termos da LDB. Competências gerais da Educação Básica 1) Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 2) Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 3) Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 4) Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5) Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. XX CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 20 08/10/2018 11:10:21 6) Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 7) Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético com relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 8) Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo- se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros com autocrítica e capacidade para lidar com elas. 9) Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes suas identidades, suas culturas e suas potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 10) Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. (Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 11 jul. 2018.) BNCC no Ensino Fundamental – anos finais Ao longo do Ensino Fundamental – Anos Finais, os estudantes se deparam com desafios de maior complexidade, sobretudo devido à necessidade de se apropriarem nas diferentes lógicas de organização dos conhecimentos relacionados às áreas. Tendo em vista essa maior especialização, é importante, nos vários componentes curriculares, retomar e ressignificar as aprendizagens do Ensino Fundamental – Anos Iniciais no contexto das diferentes áreas, visando ao aprofundamento e à ampliação de repertórios dos estudantes. Nesse sentido, também é importante fortalecer a autonomia desses adolescentes, oferecendo-lhes condições e ferramentas para acessar e interagir criticamente com diferentes conhecimentos e fontes de informação. Os estudantes dessa fase inserem-se em uma faixa etária que corresponde à transição entre infância e adolescência, marcada por intensas mudanças decorrentes de transformações biológicas, psicológicas, sociais e emocionais. Nesse período de vida, como bem aponta o Parecer CNE/CEB nº 11/2010, ampliam-se os vínculos sociais e os laços afetivos, as possibilidades intelectuais CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 21 XXI 08/10/2018 11:10:21 e a capacidade de raciocínios mais abstratos. Os estudantes tornam-se mais capazes de ver e avaliar os fatos pelo ponto de vista do outro, exercendo a capacidade de descentração, “importante na construção da autonomia e na aquisição de valores morais e éticos” (BRASIL, 2010). As mudanças próprias dessa fase da vida implicam a compreensão do adolescente como sujeito em desenvolvimento, com singularidades e formações identitárias e culturais próprias, que demandam práticas escolares diferenciadas, capazes de contemplar suas necessidades e seus diferentes modos de inserção social. Conforme reconhecem as DCN, é frequente, nessa etapa, observar forte adesão aos padrões de comportamento dos jovens da mesma idade, o que é evidenciado pela forma de se vestir e também pela linguagem utilizada por eles. Isso requer dos educadores maior disposição para entender e dialogar com as formas próprias de expressão das culturas juvenis, cujos traços são mais visíveis, sobretudo, nas áreas urbanas mais densamente povoadas (BRASIL, 2010). Há que se considerar, ainda, que a cultura digital tem promovido mudanças sociais significativas nas sociedades contemporâneas. Em decorrência do avanço e da multiplicação das tecnologias de informação e comunicação e do crescente acesso a elas pela maior disponibilidade de computadores, telefones celulares, tablets e afins, os estudantes estão dinamicamente inseridos nessa cultura, não somente como consumidores. Os jovens têm se engajado cada vez mais como protagonistas da cultura digital, envolvendo-se diretamente em novas formas de interação multimidiática e multimodal e de atuação social em rede, que se realizam de modo cada vez mais ágil. Por sua vez, essa cultura também apresenta forte apelo emocional e induz ao imediatismo de respostas e à efemeridade das informações, privilegiando análises superficiais e o uso de imagens e formas de expressão mais sintéticas, diferentes dos modos de dizer e argumentar característicos da vida escolar. Todo esse quadro impõe à escola desafios ao cumprimento do seu papel relacionado à formação das novas gerações. É importante que a instituição escolar preserve seu compromisso de estimular a reflexão e a análise aprofundada e contribua para o desenvolvimento, no estudante, de uma atitude crítica com relação ao conteúdo e à multiplicidade de ofertas midiáticas e digitais. Contudo também é imprescindível que a escola compreenda e incorpore mais as novas linguagens e seus modos de funcionamento, desvendando possibilidades de comunicação (e também de manipulação), e que eduque para usos mais democráticos das tecnologias e para uma participação mais consciente na cultura digital. Ao aproveitar o potencial de comunicação do universo digital, a escola pode instituir novos modos de promover a aprendizagem, a interação e o compartilhamento de significados entre professores e estudantes. Além disso, e tendo por base o compromisso da escola de propiciar uma formação integral, balizada pelos direitos humanos e princípios democráticos, é preciso considerar a necessidade de desnaturalizar qualquer forma de violência nas sociedades contemporâneas, incluindo a violência simbólica de grupos sociais que impõem normas, valores e conhecimentos tidos como XXII CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 22 08/10/2018 11:10:21 universais e que não estabelecem diálogo entre as diferentes culturas presentes na comunidade e na escola. Em todas as etapas de escolarização, mas de modo especial entre os estudantes dessa fase do Ensino Fundamental, esses fatores frequentemente dificultam a convivência cotidiana e a aprendizagem, conduzindo ao desinteresse e à alienação e, não raro, à agressividade e ao fracasso escolar. Atenta a culturas distintas, não uniformes nem contínuas dos estudantes dessa etapa, é necessário que a escola dialogue com a diversidade de formação e vivências para enfrentar com sucesso os desafios de seus propósitos educativos. A compreensão dos estudantes como sujeitos com histórias e saberes construídos nas interações com outras pessoas, tanto do entorno social mais próximo quanto do universo da cultura midiática e digital, fortalece o potencial da escola como espaço formador e orientador para a cidadania consciente, crítica e participativa. Nessa direção, no Ensino Fundamental – Anos Finais, a escola pode contribuir para o delineamento do projeto de vida dos estudantes, ao estabelecer uma articulação não somente com os anseios desses jovens com relação ao seu futuro, como também com a continuidade dos estudos no Ensino Médio. Esse processo de reflexão sobre o que cada jovem quer ser no futuro, e de planejamento de ações para construir esse futuro, pode representar mais uma possibilidade de desenvolvimento pessoal e social. (Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 11 jul. 2018.) Cienpies Design/Shutterstock O SAE Digital apresenta em 2019 uma coleção com algumas particularidades. A fim de facilitar a transição dos alunos, escolas, professores e famílias às propostas da BNCC, trazemos nesse ano os 6º e 7º anos de todos os componentes curriculares completamente adequados à nova documentação. Apresentamos em suas programações as habilidades da BNCC que são trabalhadas em cada bimestre, e no conteúdo, seguimos todas as premissas propostas pelo documento. Nos 8º e 9º anos, no entanto, assumimos um perfil mais conservador, mantendo as programações utilizadas no ciclo 2018, com duas exceções: o componente curricular de Língua Portuguesa apresenta adequação à BNCC do 6º ao 9º ano, assim como Educação Física, que entra na programação de todos os anos do Ensino Fundamental. Nas próximas páginas, você encontrará os pressupostos teórico-metodológicos e os objetivos gerais de todos os componentes curriculares. Para conhecer os objetivos específicos e os encaminhamentos metodológicos para cada capítulo, por componente curricular, você deve usar o livro do professor. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 23 XXIII 08/10/2018 11:10:23 6. Ciências da Natureza Pretende-se que, ao longo do Ensino Fundamental e por meio dos estudos de Ciências da Natureza, os alunos desenvolvam o letramento científico. Espera-se que eles sejam capazes de compreender, interpretar e transformar o mundo, com base em conhecimentos científicos desenvolvidos ao longo da história. Não se pretende ensinar Ciências apenas para que os alunos conheçam os conceitos e pressupostos científicos, mas sim para que sejam atuantes no mundo como cidadãos capazes de tomar decisões responsáveis que visem ao bem da coletividade. Para isso, os alunos precisam ser estimulados com atividades investigativas e desafiadoras que façam sentido no contexto em que vivem. Assim, estimulados e curiosos a respeito das ciências, os alunos podem ser mais ativos no processo da aprendizagem quando levantam problemas e hipóteses, analisam os resultados obtidos, comunicam conclusões dos estudos e propõem intervenções que sejam adequadas. Com base nos pressupostos de Ciências da Natureza e nas competências gerais da BNCC, os estudos de Ciências pretendem desenvolver ao longo do Ensino Fundamental as seguintes competências específicas: Competências específicas de Ciências para o Ensino Fundamental 1) Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento científico como provisório, cultural e histórico. 2) Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 3) Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza. 4) Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da ciência e de suas tecnologias para propor alternativas aos desafios do mundo contemporâneo, incluindo aqueles relativos ao mundo do trabalho. 5) Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e defender ideias e pontos de vista que promovam a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza. 6) Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza de forma crítica, significativa, reflexiva e ética. 7) Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade humana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza e às suas tecnologias. XXIV CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 24 08/10/2018 11:10:23 8) Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários. Os conteúdos de Ciências da Natureza estão organizados em três unidades temáticas que se repetem e aumentam a complexidade ao longo de todo o Ensino Fundamental: • Em Matéria e energia, os alunos estudarão a natureza da matéria e os diferentes usos da energia. Parte-se de objetos, materiais e fenômenos do entorno, daquilo que é mais facilmente compreensível pelos alunos até que, ao final do Ensino Fundamental tenham condições de reconhecer a exploração de recursos naturais e o impacto da geração de energia na qualidade ambiental. • Em Vida e evolução, os seres vivos, as relações que ocorrem nos ecossistemas e a preservação da biodiversidade são os objetos de estudo. Inicialmente são estudados os seres vivos do entorno dos alunos e os elos nutricionais estabelecidos por eles no ambiente. Ao final do Ensino Fundamental, os alunos devem ser capazes de compreender as consequências da intervenção nesses elos e buscar por atitudes que visem à sustentabilidade socioambiental. • Também nessa unidade temática o corpo humano é estudado, primeiramente ao levar os alunos a reconhecerem suas partes e a importância de cuidar bem de sua higiene e saúde. Nos anos finais do Ensino Fundamental, os alunos terão condições de tomar decisões adequadas com relação ao corpo e cuidar dele de maneira responsável, tendo condições, também, de avaliar políticas públicas que estejam envolvidas na manutenção da qualidade da saúde e do ambiente. • Em Terra e universo, os estudos partem da observação de fenômenos facilmente verificados no céu pelos alunos com o objetivo de aguçar ainda mais a curiosidade que eles já apresentam. Os conhecimentos mais sistêmicos do planeta Terra, sua composição e funcionamento são devem ser adquiridos pelos alunos ao final do Ensino Fundamental. 6.6. Ciências da Natureza – 6.º e 7.º anos Os alunos, ao prosseguirem os estudos no Ensino Fundamental, devem manter a curiosidade acerca dos conhecimentos científicos. No entanto nessa etapa da vida eles apresentam progressiva capacidade de abstração e autonomia que lhes permite explorar aspectos mais complexos das Ciências. Nesse sentido, é importante manter os alunos motivados com desafios que lhes permitam estabelecer relações mais profundas e complexas entre a ciência, a tecnologia, a sociedade e o ambiente. Dessa forma, os alunos devem ser capazes de fazerem escolhas responsáveis e de se posicionarem diante dos problemas. (Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/download-da-bncc>. Acesso em: 12 jul. 2018.) CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 25 XXV 08/10/2018 11:10:23 Programação anual de conteúdos – Ciências – 7.o ano 2.° Bimestre 1.° Bimestre Unidades 1. Atmosfera 2. Ambiente e saúde 4.° Bimestre 3. Ambiente físico XXVI 4. Estrutura da Terra Capítulos Conteúdos Habilidades Aulas 1. Camadas da atmosfera • Composição das camadas atmosféricas • Propriedades do ar EF07CI12 10 2. Industrialização e fenômenos atmosféricos • Fenômenos naturais • Fenômenos antrópicos EF07CI06 EF07CI12 EF08HI03 EF07GE08 10 3. Máquinas simples, térmicas e elétricas • Máquinas simples • Máquinas térmicas – 2.ª Lei da termodinâmica • Máquinas a combustíveis – ciclo do motor (de Otto) • Máquinas elétricas EF07CI01 EF07CI02 EF07CI03 EF07CI05 EF09GE10 EF09GE11 10 1. Alterações na atmosfera • • • • EF07CI02 EF07CI08 EF07CI13 EF07CI14 15 2. Sistema respiratório • Sistema respiratório • Doenças respiratórias EF06CI06 EF07CI09 8 3. Saúde pública • Indicadores de saúde • Prevenção de doenças EF06CI06 EF07CI09 EF07CI10 EF07CI11 7 1. A vida no ambiente • Ecologia EF07CI07 15 2. Biomas brasileiros • • • • • • EF07CI07 EF07CI08 EF06GE05 EF07GE11 8 3. Preservação X Degradação do ambiente • Importância das Unidades de Conservação • Espécies exóticas e água de lastro • Biomagnificação trófica EF07CI08 EF09CI12 7 1. Deriva continental • Separação dos continentes EF07CI16 8 2. Placas tectônicas • Organização das placas tectônicas • Abalos sísmicos EF07CI15 8 3. Vulcanismo • Partes de um vulcão • Erupções vulcânicas EF07CI15 14 Efeito estufa Aquecimento global Afinamento da camada de ozônio Chuva ácida Caatinga Cerrado Floresta Amazônica Mata Atlântica Pampa Pantanal CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 26 08/10/2018 11:10:24 SAE DIGITAL S/A SAE DIGITAL S/A Curitiba 2019 PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 1 7.° ANO – LIVRO 1 ENSINO FUNDAMENTAL 08/10/2018 11:10:27 © 2019 – SAE DIGITAL S/A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. FICHA CATALOGRÁFICA S132 SAE, 7. ano : Ensino Fundamental: 7. ano : livro 1 / SAE DIGITAL S/A. - 1. ed. - Curitiba, PR : SAE DIGITAL S/A, 2019. 434 p. : il. ; 28 cm. ISBN 978-85-535-0329-2 1. Estudo e ensino (Ensino Fundamental). I. Sistema de Apoio ao Ensino. II. Título. CDD: 372 CDU: 373 Gerência editorial Luiz Henrique Pereira Mainardes Coordenação editorial Angel Honorato, Lúcia Chueire, Diego Rafael Vogt, Tassiane Aparecida Sauerbier Edição Anna Paula Chiarello Marcon (Matemática), Caroline Zem Ercole (Língua Portuguesa), Caroline Schlegel (Filosofia), Camila Miranda Suckow, André Schiminski (Arte), Elaine Caroline dos Santos (Ciências), Elaine Luiza Köb Nogueira (Ciências), Eliane Peixoto de Lima (Matemática), Emanoelle Almeida (Geografia), Janile Oliveira (Matemática), Jean Buture Carneiro (Geografia), Josiane Santos (Geografia), Lauana Mara Toffoli Felicio (Língua Inglesa), Camila Castro de Souza (História), Hector Molina (História), Climene de Moraes Favero (Língua Portuguesa), Andressa Parra (Língua Portuguesa), Heloisa de Fátima Tavares Daniachi (Educação Física), Maria Victória Ribeiro Ruy (Filosofia e História). Revisão Brunno Freire da Silva Neto, Camille Chiquetti, Emanuelly Sutil, Gabriele Varão da Costa, Pãmela Leal, Priscila de J. Sousa Cotejo Andreia Vidal, Igo Rabelo, Laura Akemi, Mariana Chaves, Mariana Passarin, Mellanie Novais, Polyana Fonseca, Sthefanie Lhorente Coordenação de produção visual Mauricio Ragadalli Iconografia Antonio Sevilha Cartografia Júlio Manoel França da Silva Ilustrações Deny Machado Mayer, Rafael de Azevedo Chueire Arte da capa Rafael de Azevedo Chueire Projeto gráfico Evandro Pissaia, Fernanda Angeli Andreazzi, Gustavo Ribeiro Vieira Diagramação André Lima, Evandro Pissaia, Bruno Gogolla, Gustavo Ribeiro Vieira, Jéssica Suelen de Morais, Jéssica Xavier, Julia Tonini, Juliana Hiromi Saito, Kássio Nery, Luisa Piechnik Souza, Maísa Leepkaln, Mariana Oliveira, Michel Bernardes de Jesus, Mikhael Gusso, Nadiny da Silva, Ralph Glauber, Silvia Santos, Tarliny da Silva, Thiago Figueiredo Venâncio Processos Cleyton Dall’Agnol, Lorena Marcão, Erica Fujihara, Raul Jungles, Tiago Biermann Takemasa Autores Daniela Buscaretti de Souza Tantarin, Tainá Siqueira Thies, Vera Ferronato (Língua Portuguesa); Márcia Martins Romeira Sakai, Sandra Saldanha Franchin, Ednei Leite de Araujo (Matemática); Beatriz Pinheiro de Campos, Camila Castro de Souza, Lilian Costa Castex (História); Alysson Ramos Artuso (Ciências), André Felipe Astrogildo de Lima (Ciências), Carolina Nowacki (Ciências), Eliane Razzoto (Ciências), Iris Stern (Ciências), Marlon Wrublewski (Ciências), Oromar Baglioli (Ciências), Roberto Matajs (Ciências); Natália Bellos, Ana Paula Ribeiro (Arte) Isis Moura Tavares (Arte); Lilian Tosin (Inglês); Damião Janiedson de Lima (Filosofia); Eliane Regina Ferretti (Geografia); Kátia C. Costa, Tatiane Lopes Monteiro (Educação Física) Coordenação pedagógica Cristiane Sliva, Heloisa Harue Takazaki Todos os direitos reservados. Produção SAE DIGITAL S/A. R. João Domachoski, 5. CEP: 81200-150 Mossunguê – Curitiba – PR 0800 725 9797 | Site: sae.digital PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 2 08/10/2018 11:10:28 SUMÁRIO GERAL POR MAT HIS GEO CIE ING ART FIL EDF PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 3 08/10/2018 11:10:30 LIVRO PLATAFORMA ADAPTATIVA DIGITAL REALIDADE AUMENTADA Mensagens Alice E aí, já viram o livro digital? Como eu acesso??? Caê É fácil. Entre em ava.sae.digital Alice Ok. É só inserir o login e a senha fornecidos pela escola ? Isa Isso isso! Agora, você deve clicar em seu nome em azul e ir para Livro Digital . Entre lá e instale o livro. Artur É maneiro! Tem objetos digitais em todos os capítulos. Tem jogos, exercícios interativos , vídeos , animações... Rosa Legal! E tem RA no livro! Uau!!! Chico Como assim? Quero ver!!!!! Como faço?? Alice Pegue o livro impresso e veja que em algumas páginas tem um ícone . Ele indica que tem uma realidade aumentada. Chico Achei o ícone. Mas como faço ele funcionar? Isa Você tem que entrar nas lojas virtuais ( Play Store ou App Store ) para baixar o aplicativo SAE RA no smartphone ou tablet. Caê Depois, é só acessar o aplicativo e direcionar o celular ou o tablet para a página que tem o ícone. Enviar PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 4 08/10/2018 11:10:44 Mensagens Chico Só isso? Aí já vejo a RA ? Caê Sim... Caê E para acessar a Plataforma de Aprendizagem Adaptativa é o mesmo caminho! Artur O que é essa Plataforma?? Rosa São questões presentes em um ambiente virtual e que podemos fazer em casa, mas é preciso esperar o professor avisar que elas estão disponíveis. Caê E tem vídeos sobre o conteúdo também. Vocês sabiam? Se a gente errar as respostas, o vídeo abre com uma aula particular sobre o conteúdo. Alice Noooooooossa!! Onde vejo isso? Isa Entre em ava.sae.digital e escreva seu login e senha. Artur Ei, mas é igual ao caminho dos objetos digitais? Isa Isso mesmo! Só que agora você deve clicar em uma disciplina e acessar o conteúdo. Chico Enviar PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 5 08/10/2018 11:10:48 Conheça as seções, boxes e ícones do seu livro ATIVIDADES Geralmente esta seção está no final de cada capítulo. Seu objetivo é levá-lo a rever os conteúdos estudados. PARA IR ALÉM Aqui você encontra dicas de leitura, músicas ou vídeos para aprofundar seu conhecimento. COLOCANDO EM PRÁTICA PARA SABER MAIS Indica o momento de aprofundar ou ampliar algum aspecto do conteúdo que você está estudando no capítulo. É um espaço que apresenta exercícios resolvidos para você compreender a sua sistematização. DESENVOLVER E APLICAR INTERAÇÃO Quando aparecer esta seção, será proposto um trabalho em grupo, como debate, pesquisa e elaboração de painel. Esta seção propõe atividades investigativas e motivadoras para você resolver individualmente. AZ ER TER ATITUDE Esta seção aparece quando há necessidade de explicar os procedimentos para realização de uma atividade. COMO Esta seção apresenta uma proposta para um trabalho prático. CONEXÃO Este é um espaço que apresenta texto e atividades que fazem a articulação entre diversos conteúdos. F EM TEMPO É o momento de recordar uma ideia ou uma fórmula já estudada. Pode apresentar, também, uma explicação ou significado de um termo ou de um conteúdo apresentado no texto. DE OLHO NA PROVA É uma seção exclusiva para o 9.º ano e apresenta questões de provas para auxiliar você a ingressar no Ensino Médio. A LÍNGUA PORTUGUESA E TECNOLOGIA É um espaço que apresenta relações entre o conteúdo que você está estudando e as tecnologias referentes a ele. PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 6 Quando aparecer este ícone, será a hora de exercitar a oralidade com os colegas de turma. Este ícone indica que é o momento para ouvir os áudios de língua estrangeira. Este ícone indica que há uma realidade aumentada que pode ser acessada com o celular ou tablet. 08/10/2018 11:10:51 k to c f Su Ar i p rs tte hu S / i ad r iy Ciências Unidade 1 | Atmosfera Capítulo 1 | Camadas da atmosfera .................................................................. 264 Capítulo 2 | Industrialização e fenômenos atmosféricos ...................... 282 Capítulo 3 | Máquinas simples, térmicas e elétricas ................................ 300 PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 263 08/10/2018 11:10:52 Objetivos do capítulo • Camadas atmosféricas • Troposfera • Estratosfera • Mesosfera • Termosfera • Exosfera • Propriedades do ar • caracterizar a atmosfera terrestre; • identificar cada uma das camadas atmosféricas; • compreender a circulação dos gases e de outros componentes atmosféricos no ambiente. Realidade aumentada • As camadas da atmosfera; • Do que é feita a atmosfera? Neste capítulo, a habilidade EF07CI12 será parcialmente trabalhada, sendo as demais partes trabalhadas em outros capítulos desta mesma unidade. Ao longo deste capítulo, os alunos serão capazes de compreender que o ar é uma mistura de gases e que a composição da atmosfera se altera de acordo com as camadas. Analise a imagem de abertura com os alunos. Nela, é possível reconhecer as nuvens e a cor azul do planeta, que é muito característica. O “planeta azul”, como disse Iuri Gagarin ao ver a Terra do espaço, possui essa coloração devido à quantidade de água em sua superfície e aos gases nitrogênio e oxigênio presentes na atmosfera. Instigue os alunos a conversarem a respeito do que sabem da atmosfera, da forma como ela protege a Terra contra corpos celestes que se chocam com nosso planeta e ainda contra os raios solares nocivos. Dicas para ampliar o trabalho As seções “Interação”, “Desenvolver e aplicar”, “Ciências e tecnologia”, “Conexão” e “Ter atitude” podem aparecer durante o conteúdo. Elas apresentam atividades contextualizadas, que buscam a interação com os saberes de colegas ou com informações provenientes de diferentes textos e imagens. 264 un Encaminhamento metodológico idade 1 Atm osfera rstock /Shutte solarseven 1. Camadas da atmosfera Diariamente, asteroides e meteoroides vindos do espaço se chocam com o nosso planeta. Alguns, ao entrar na atmosfera, se desintegram (meteoros); enquanto outros conseguem atingir o solo (meteoritos). Você saberia explicar de que maneira uma camada formada por diferentes tipos de gases consegue proteger a superfície terrestre? 264 Antes de iniciar o trabalho do bimestre com os alunos, sugerimos que o professor selecione essas seções em cada capítulo, reservando, para cada uma, um espaço adequado em seu planejamento. Já a seção “Atividades” apresenta exercícios com outro objetivo: sistematizar, de maneira direta, os conteúdos trabalhados. A seção está localizada, geralmente, ao final de cada capítulo, antes do mapa conceitual. Existem duas possibilidades para você desenvolver o trabalho proposto nesta seção: • selecionar as atividades de acordo com a sequência do conteúdo, orientando os alunos a resolvê-las em casa; • trabalhar com todas elas ao final do capítulo, como revisão do que foi estudado. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 264 08/10/2018 11:11:39 A atmosfera Dicas para ampliar o trabalho A atmosfera é uma camada formada por diferentes tipos de gases, entre eles: o argônio, o hélio, o dióxido de carbono, o ozônio, o nitrogênio e o oxigênio, além de vapor-d’água, poeira e microrganismos. Entre outras funções, a atmosfera envolve e protege a superfície do nosso planeta, sendo fundamental para manter os seres vivos na Terra, não só por conter os gases essenciais à manutenção da vida, mas também para nos proteger contra agentes externos, como a radiação solar e o choque de corpos celestes vindos do espaço. A atmosfera possui aproximadamente 1 000 km de espessuEM TEMPO ra, não sendo especificado um limite exato para que ela termine. Como é formada por gases, ela se torna mais rarefeita à medida Rarefeito: com pouca densidade. No caso da atmosfera, significa queda na que se afasta do planeta. concentração e variedade de gases Embora usualmente a atmosfera seja referida como uma que a compõem e, consequentemente, diminuição da pressão atmosférica. camada, não existe uma borda definida que a separe do espaço sideral. Se a radiação emitida pelo Sol (assim como por todas as outras estrelas) atravessa o espaço, por que ele não é claro? Essa interessante pergunta agora pode ser respondida, uma vez que já sabemos que a cor do nosso céu depende de processos de espalhamento da luz solar por moléculas que compõem nossa atmosfera. Ocorre que no espaço não existem essas moléculas! Não há luz espalhada! Por não haver espalhamento da luz, proveniente do Sol, o espaço que nos envolve é escuro, quase negro. No entanto, quando o astronauta olha diretamente para o Sol, ele o vê com uma intensa cor branca. A formação da atmosfera terrestre O planeta Terra tem aproximadamente 4,5 bilhões de anos e, nesse tempo, sofreu muitas mudanças e transformações que possibilitaram o surgimento e a manutenção dos seres vivos. Assim como a superfície do planeta se modificou, a atmosfera terrestre também sofreu alterações ao longo do tempo. Uma dessas alterações diz respeito à sua composição química. Originalmente, a atmosfera terrestre era composta, principalmente, de gás carbônico (CO2), de gases como o metano (CH4) e a amônia (NH3), e de compostos de enxofre (provenientes, em sua maioria, de erupções vulcânicas, muito frequentes naquela época). Além desses gases, muitas partículas retidas pela ação da gravidade também compunham a atmosfera primitiva. Compostos como gás oxigênio e gás nitrogênio quase não existiam. A superfície do planeta Terra apresentava altas temperaturas e elevadas doses de radiação solar. Isso, somado às constantes descargas elétricas, culminou no desenvolvimento de moléculas mais complexas, que aos poucos foram dando origem aos primeiros organismos. H2O NH3 NH3 CH4 CO2 EF19_7_CIE_L1_U1_01.indd Mar SAE DIGITAL S/A H2O (Disponível em: <http://www. on.br/daed/pequeno_cientista/ conteudo/revista/pdf/cores_ceu. pdf>. Acesso em: 16 ago. 2018.) Moléculas orgânicas simples Representação da formação de moléculas simples a partir de gases existentes na atmosfera terrestre primitiva. CIÊNCIAS 265 Encaminhamento metodológico Selecione imagens e vídeos da Terra produzidos do espaço e mostre aos alunos. Explore os elementos que podem ser vistos em algumas imagens, como a água, as porções de continentes, as nuvens e, principalmente, a atmosfera. Em contraste com a cor negra do espaço, a atmosfera apresenta-se cada vez mais fina à medida que se afasta da superfície terrestre. Explique aos alunos que as moléculas são agrupamentos de átomos que se mantêm unidos e não podem ser separados sem afetar ou destruir as propriedades das substâncias. É interessante salientar, também, como era a composição da atmosfera há 4,5 bilhões de anos e como ela se transformou na composição de hoje. Na seção a seguir, “Dicas para ampliar o trabalho”, explica-se a origem da cor escura do espaço sideral. Leia para os alunos como curiosidade ou proponha a eles que respondam ao questionamento que inicia o texto. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 265 265 08/10/2018 11:11:43 Observe no quadro a seguir a diferença de porcentagem de alguns gases existentes na atmosfera primitiva em comparação com a atmosfera atual. Encaminhamento metodológico Descreva para os alunos como era a atmosfera primitiva, sua composição química e como foi possível para os seres vivos se desenvolverem. Ressalte também como ocorreu a alteração na composição da atmosfera até se apresentar com a composição que possui atualmente. Na seção “Conexão”, há um texto que explora os aspectos da atmosfera de outros planetas do Sistema Solar. Leia o texto com os alunos e, em seguida, auxilie-os na resolução das atividades propostas. Oxigênio Argônio Dióxido de carbono Atmosfera primitiva 1,9% 0,001% 0,1% 98% Atmosfera atual 78% 21% 0,9% 0,03% CONEXÃO Leia o texto a seguir, que trata da cor da atmosfera em outros planetas rochosos, e, em seguida, responda às perguntas propostas. O céu também é azul em outros planetas? Um dia bonito é um dia de céu azulzinho, certo? Bem, isso se você estiver na Terra. [...] Apesar de enxergarmos a luz do sol como branca, ela é, na verdade, composta de todas as cores que vemos no arco-íris. Aqui na Terra, vemos o céu azul porque a componente azul da luz solar é espalhada em todas as direções enquanto atravessa nossa atmosfera, uma camada de gases que recobre nosso planeta. [...] Nos outros planetas, a coisa muda de figura. Em Mercúrio, como praticamente não existe atmosfera, o céu é escuro durante o dia, pois não há espalhamento da luz solar. Assim como na Lua, de lá, poderíamos ver o Sol e as outras estrelas ao mesmo tempo. Em Vênus, ocorre o contrário: por ter uma atmosfera extremamente densa, o céu desse planeta está permanentemente nublado, encoberto. Já em Marte, [...] é a componente vermelha da luz solar que é mais espalhada, pois seu comprimento de onda tem tamanho semelhante às A atmosfera terrestre incontáveis partículas de poeira em suspensão na sua é vista da cor azul. atmosfera rarefeita. Então, no planeta vermelho, o céu é avermelhado durante o dia, mas o pôr do sol é azulado. [...] A Terra é azul! Exclamou Iuri Gagarin, cosmonauta russo e primeiro ser humano a ir ao espaço, em 12 de abril de 1961. E por que azul? Porque as moléculas presentes em nossa atmosfera, em particular o oxigênio (O2) e o nitrogênio (N2) por serem menores, são mais eficientes em espalhar a radiação com o menor comprimento de onda. Como na região espectral do visível as radiações de menor comprimento de onda são o azul e violeta, o espalhamento seletivo promovido pelas moléculas do ar é responsável pela cor azul do céu. [...] 266 Nitrogênio Observe que a quantidade de oxigênio e de nitrogênio que hoje compõe a maior parte da nossa atmosfera era bem menor na atmosfera primitiva, ou seja, nos primeiros milhões de anos da Terra. A pequena quantidade desses gases inviabilizava a existência de seres vivos em nosso planeta. Hoje, sabemos que o oxigênio presente na atmosfera foi formado e é mantido devido a processos biológicos que ocorrem no planeta. A atmosfera é um verdadeiro “cobertor” do nosso plaEM TEMPO neta, pois protege os seres vivos do ambiente inóspito do espaço cósmico. Ela também “filtra” parte da radiação solar, Inóspito: lugar onde não há vida e não se consegue viver; inabitável. principalmente os raios ultravioleta, que, quando em contato com a pele dos seres vivos por muito tempo, pode ocasionar diversos problemas de saúde. A atmosfera ainda mantém a temperatura na superfície terrestre dentro de uma faixa em que é possível ocorrer o desenvolvimento e a manutenção dos seres vivos. Além disso, ela também atua no ciclo hidrológico, pois se comporta como um condensador de água. Isso significa que é na atmosfera que o vapor-d’água irá se transformar novamente em água líquida para formar a chuva. Dicas para ampliar o trabalho (Disponível em: <http:// cienciaecultura.bvs.br/ scielo.php?pid=S000967252015000300010&script=sci_ arttext>. Acesso em: 16 ago. 2018.) Gases (Disponível em: <http://chc.org.br/o-ceu-tambem-e-azul-em-outros-planetas/>. Acesso em: 15 ago. 2018. Adaptado.) 266 CIÊNCIAS CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 266 08/10/2018 11:11:48 1. Se a luz do sol é branca, por que vemos o céu em tons de azul? 2. Por que o céu de Vênus é permanentemente nublado? 3. O texto não cita a cor de Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Faça uma pesquisa e escreva qual é a cor desses planetas gasosos. INTERAÇÃO Como você acha que a atmosfera influencia na coloração dos planetas? Que tal realizarmos um experimento para verificar como isso acontece? Material necessário: • lanterna (deve ser uma fonte de luz branca e forte); • aquário cheio de água; • cartolina branca; • leite em pó. Como fazer: • Em um ambiente escuro, coloque o aquário com água sobre uma superfície plana e posicione a lanterna em frente a um dos lados do aquário. • No lado oposto à lanterna, deixando um espaço após o aquário, fixe a cartolina branca, de modo que o feixe de luz da lanterna passe pela água e atinja a superfície do papel. • Adicione uma colher de chá de leite em pó à água e mexa bem. EF19_7_CIE_L1_U1_01.indd Roupplar, kontur-vid, Picsfive/Shutterstock (Disponível em: <http://chc.org.br/azul-da-cor-do-ceu/>. Acesso em: 15 ago. 2018. Adaptado.) CIÊNCIAS 267 Respostas 1. Porque o comprimento de onda azul da luz é mais espalhado pela atmosfera do nosso planeta. 2. Porque a atmosfera de Vênus é extremamente densa, o que impede a passagem dos raios luminosos. 3. Júpiter apresenta cores em tons marrons, amarelo, vermelho e branco. Saturno é marrom amarelado. Urano e Netuno, embora com tons diferentes, são azuis. Encaminhamento metodológico Na seção “Interação” é sugerido um experimento para que os alunos compreendam como a luz se comporta ao interagir com a atmosfera e a consequente cor do céu que essa interação produz. Se houver possibilidade, substitua a lanterna por um projetor de slides para que a intensidade da luz seja maior. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 267 267 08/10/2018 11:11:55 Respostas a) Qual é a cor projetada na cartolina? Olhando o aquário pela lateral, qual é a cor do feixe de luz? a) No meio da cartolina será possível observar que a luz projetada é avermelhada, porém, pela lateral do aquário, ela será azulada. Isso acontece porque a luz vermelha se propaga em linha reta. Já a luz azul sofre desvio e, por isso, fica na lateral. Assim, a luz azul é muito mais desviada da sua direção original do que a vermelha ou a laranja. b) O experimento simula a passagem da luz solar pela atmosfera terrestre. A lanterna está simulando o Sol, e o leite em pó está simulando as partículas que constituem a atmosfera terrestre. b) Qual é a relação desse experimento com o que acontece com a coloração da atmosfera terrestre? Qual material simula o Sol e qual simula a atmosfera? Encaminhamento metodológico Informe aos alunos que as camadas da atmosfera têm características diferentes. Analise a imagem das quilometragens aproximadas que as camadas possuem em relação à superfície terrestre. As medidas utilizadas na elaboração do material foram retiradas do site da National Aeronautics and Space Administration (NASA) e estão disponíveis em: • <https://www.nasa.gov/ mission_pages/sunearth/ science/atmosphere-layers2. html>. Acesso em: 16 ago. 2018. No entanto, podem ser encontradas variações nessas medidas, conforme as fontes pesquisadas. Nesse caso, optou-se por trabalhar com as medidas da NASA, já que esta é uma instituição de destaque em estudos espaciais. Altitude (km) 10 000 1000 600,0 85,0 50,0 15,0 Exosfera Termosfera Mesosfera Camada de Ozônio Estratosfera Troposfera Representação das camadas da atmosfera. A estreita faixa rosa indica a camada de ozônio. 268 EF19_7_CIE_L1_U1_01.indd Ao observarmos o céu, percebemos que sua cor é azul. Isso se deve à presença da atmosfera que envolve nosso planeta. Entretanto, é importante lembrar que se estivéssemos na superfície de outro astro sem atmosfera, perceberíamos que o espaço sideral é escuro. Para fins de estudo, a atmosfera foi dividida em camadas que se distribuem de forma desigual à medida que se afastam da superfície terrestre. Cada camada possui características e propriedades específicas, como veremos mais adiante. As camadas da atmosfera podem ter diferentes classificações, que são baseadas em diferentes critérios. Uma delas, por exemplo, analisa a composição do ar e divide a atmosfera em: homosfera (composição sem grandes variações); heterosfera (maiores quantidades de hélio e hidrogênio) e exosfera (camada muito rarefeita, onde as moléculas de gás começam a escapar da atração da gravidade da Terra). Porém, a forma mais comum de classificação que iremos estudar é a divisão em cinco camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera. Observe essas camadas atmosféricas na imagem ao lado. Designua/Shutterstock As camadas da atmosfera CIÊNCIAS Orientação pra RA O conteúdo disponível na realidade aumentada aborda as camadas da atmosfera. Trabalhe esta realidade aumentada como revisão de conteúdo, sanando as possíveis dúvidas que venham a surgir. 268 CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 268 08/10/2018 11:12:02 É a camada mais próxima da crosta terrestre e se estende desde o nível do mar até 15 km de altura, em média. É nela que vivemos e onde se concentram 80% da umidade e dos gases nitrogênio, oxigênio e gás carbônico. Nesta camada ocorrem os fenômenos climáticos, como as chuvas, a formação de nuvens, de relâmpagos, de neve e a poluição do ar. É nessa camada também que a temperatura diminui progressivamente à medida que a altitude aumenta, podendo atingir -55ºC. Retomando a ilustração da página anterior que representa as divisões da atmosfera, é possível observar que os aviões de transporte de cargas e de passageiros e os balões não ultrapassam essa camada. Estratosfera Na troposfera acontecem os fenômenos meteorológicos. Acima da troposfera há uma região denominada estratosfera, na qual está localizada a camada de ozônio. A camada de ozônio é vital para todos os seres vivos, pois ela filtra algumas radiações vindas do Sol. Sem esse filtro, a Terra não ofereceria condições para o aparecimento e para a manutenção da vida como conhecemos. PARA SABER MAIS EF19_7_CIE_L1_U1_01.indd EF19_7_CIE_L1_U1_01.indd Troposfera Qual é a função do ozônio? O ozônio (O3) é um dos gases que compõe a atmosfera e cerca de 90% de suas moléculas se concentram entre 20 e 35 km de altitude, região denominada camada de ozônio. Sua importância está no fato de ser o único gás que filtra a radiação ultravioleta do tipo B (UV-B), nociva aos seres vivos. O ozônio tem funções diferentes na atmosfera, em função da altitude em que se encontra. Na estratosfera, o ozônio é criado quando a radiação ultravioleta, de origem solar, interage com a molécula de oxigênio, quebrando-a em dois átomos de oxigênio (O). O átomo de oxigênio liberado une-se a uma molécula de oxigênio (O2), formando assim o ozônio (O3). Na região estratosférica, Molécula do gás ozônio. 90% da radiação ultravioleta do tipo B é absorvida pelo ozônio. Ao nível do solo, na troposfera, o ozônio perde a sua função de protetor e se transforma em um gás poluente, responsável pelo aumento da temperatura da superfície, junto ao monóxido de carbono (CO), ao dióxido de carbono (CO2), ao metano (CH4) e ao óxido nitroso (N2O). [...] (Disponível em: <http://www.mma.gov.br/clima/protecao-da-camada-deozonio/a-camada-de-ozonio>. Acesso em: 15 ago. 2018. Adaptado.) CIÊNCIAS 269 Encaminhamento metodológico Explique aos alunos as características da troposfera. Essa é a camada mais próxima à superfície terrestre. O nome dessa camada significa “esfera turbulenta”, pois é nela em que vivemos e é onde ocorrem os fenômenos atmosféricos. Explique, também, as características da estratosfera. Essa é uma região fundamental para a sobrevivência dos seres na Terra devido à grande concentração de ozônio. Esse gás impede que parte dos raios solares nocivos cheguem à superfície terrestre. Não deixe de discutir a respeito do afinamento ou do buraco na camada de ozônio que, entre alguns problemas associados, aumenta o risco de câncer de pele. A radiação ultravioleta, filtrada pela camada de ozônio, é também nociva aos animais e às plantas, causando muitos prejuízos na área da agricultura. Comente, também, que o gás ozônio na estratosfera não é poluente, mas em altas concentrações na superfície terrestre pode se tornar poluente e tóxico aos seres vivos. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 269 269 08/10/2018 11:12:07 Mesosfera Encaminhamento metodológico A mesosfera estende-se até 85 km de altura a partir da superfície terrestre. Nessa região, acontece a incineração (queima) da maior parte dos meteoroides vindos do espaço. Essa queima deixa um rastro luminoso conhecido popularmente como estrela cadente. No entanto, o nome correto para esse fenômeno luminoso é “meteoro”. Explique aos alunos as características da mesosfera. Conte a eles que é nesta camada que observamos as “estrelas cadentes”. Explique aos alunos as características da termosfera, destacando as informações mais relevantes. Selecione imagens e vídeos de auroras boreais e austrais e exiba aos alunos. Proponha a eles que realizem pesquisas desse tema e compartilhem com os colegas suas descobertas. Esse compartilhamento pode ocorrer por meio de redes sociais, por exemplo, ou por meio de um debate em sala. Explique a respeito da exosfera, a última camada da atmosfera, que se apresenta bastante tênue e rala. Comente que na exosfera as temperaturas podem chegar a 1 000°C, mas os satélites artificiais que orbitam essa região não entram em combustão porque o ar é rarefeito e as moléculas de gás não provocam calor suficiente. Explique a composição da atmosfera e mostre o gráfico aos alunos. Termosfera Aurora boreal no Alasca. Acima da mesosfera encontra-se a termosfera, região em que a temperatura aumenta rapidamente e a radiação solar é muito forte. As partículas dos gases que formam a atmosfera estão muito afastadas, por isso essa região tem baixíssima densidade. A termosfera inicia-se em uma altitude de 85 km, aproximadamente, e vai até 500 – 1 000 km acima da superfície da Terra (sua espessura tem relação com a atividade solar). É nessa região que se formam as auroras boreais e austrais, que podem ser observadas nas regiões polares do planeta. As auroras austrais ocorrem no sul do planeta Terra e, geralmente, são menos intensas que as boreais, que ocorrem no norte do planeta. Ambas resultam do choque de partículas que vêm do Sol com as partículas que formam a alta atmosfera. Exosfera A exosfera estende-se acima dos 500 – 1 000 km a partir da superfície da Terra. Ela é muito tênue, pois as partículas que a formam estão muito distantes umas das outras e se afastam progressivamente, até não ser possível identificar a presença da atmosfera. É na exosfera que se encontram os satélites artificiais. Do que é feita a atmosfera? No século XVIII, o químico francês Lavoisier (1743-1794) realizou experimentos demonstrando que a atmosfera é formada por diversos tipos de gases. Os mais abundantes são o nitrogênio (78%) e o oxigênio (21%). Há também dióxido de carbono (CO2), gases raros e outros (1%). Observe na figura a seguir como se dá essa proporção e note que a atmosfera é composta majoritariamente de gás nitrogênio. Satélite artificial na exosfera. Dicas para ampliar o trabalho 270 Gás nitrogênio Gás oxigênio EF19_7_CIE_L1_U1_01.indd [...] O que causa a aurora polar? Na realidade, a aurora acontece em função do choque dos ventos solares contra o campo magnético do planeta. Ventos solares? O vento solar é formado por partículas (elétrons, prótons e outras partículas radioativas) eletricamente carregadas, emitidas continuamente pelo Sol. O campo magnético da Terra funciona como um escudo de força, protegendo o planeta da radiação ultravioleta do Sol e possibilitando a existência de vida. As partículas do vento solar colidem violentamente e em grande velocidade contra os gases da atmosfera (ionosfera) terrestre. Parte da energia da partícula é transferida para o Representação de meteoros. Outros gases Gases da atmosfera em partes por cem. 270 CIÊNCIAS átomo em um processo chamado ionização. O átomo libera elétrons que vão se chocar com outros átomos em um novo processo de ionização. Nesse processo de excitação e estabilização dos átomos, a luz é emitida. (Disponível em: <http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1343&sid=9>. Acesso em: 16 ago. 2018.) Orientação para RA A animação disponível no objeto digital tem como proposta abordar os gases constituintes da atmosfera, bem como evidenciar a importância desses gases para a manutenção da vida na Terra. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 270 08/10/2018 11:12:17 produzidos água e gás carbônico, sendo que este último precisa ser eliminado do organismo por ser tóxico quando em grandes quantidades. É um gás incolor, sem cheiro e inerte, isto é, à temperatura ambiente ele não reage com outros elementos. O elemento químico nitrogênio é fundamental para os seres vivos. Quando associado a outros elementos, ele é a base da composição química de todos os organismos vivos. O gás nitrogênio presente na atmosfera não pode ser aproveitado diretamente pela maioria dos seres vivos. No entanto, algumas bactérias existentes no solo ou associadas a algumas raízes vegetais conseguem transformar o gás nitrogênio em nitratos, que são aproveitados pelas plantas e, por meio da alimentação, chegam aos animais. photoiconix/Shutterstock Nódulos presentes na raiz da planta abrigam bactérias do solo. Nitrogênio atmosférico N2 Fixação por radiação Fixação por radiação Consumo animal (proteínas de plantas) Fertilizantes Eutrofização (rios, lagos) Desnitrificação Lixiviação Matéria orgânica (estrume, animais e plantas mortas) Nitrificação Fixação Fixa ção por bactérias bact érias (plantas leguminosas) Lixiviação Nitrificação amônio, nitrito, nitrato Consumo vegetal Representação do ciclo do nitrogênio. Gás oxigênio EF19_7_CIE_L1_U1_01.indd EF19_7_CIE_L1_U1_01.indd Gás nitrogênio O gás oxigênio é essencial no processo de respiração. Nesse processo, os seres vivos absorvem o gás oxigênio da atmosfera e este gera muitas reações importantes no organismo. Durante o processo de respiração, ocorre a produção de dióxido de carbono (CO2), que é eliminado na atmosfera. O gás oxigênio também é conhecido por ser um gás comburente, isto é, que “alimenta” a chama do fogo. Isso significa que se não houver o gás oxigênio, os objetos não queimam. CIÊNCIAS 271 Encaminhamento metodológico O gás nitrogênio é fundamental para a elaboração de proteínas que atuarão na constituição dos organismos. O ciclo do nitrogênio não é de fácil compreensão para os alunos nessa fase, mas explique que o gás presente na atmosfera é absorvido por bactérias fixadoras de nitrogênio presentes no solo e em raízes de plantas leguminosas. Essas bactérias transformam o nitrogênio, de forma que as plantas podem utilizá-lo para sua constituição. Os animais inspiram esse gás durante seus ciclos respiratórios, porém toda a quantidade é expirada. Por meio da alimentação, os seres consumidores de plantas ou de animais obtêm nitrogênio para crescer e se desenvolver. Ao morrerem, o nitrogênio presente nos organismos dos seres vivos é novamente incorporado ao meio. O gás oxigênio é fundamental para a sobrevivência da maioria dos seres que o utilizam no processo de respiração celular. A glicose, proveniente da digestão, e o oxigênio combinam-se nas células para produzir energia. Nesse processo, também são CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 271 271 08/10/2018 11:12:28 INTERAÇÃO Encaminhamento metodológico Você pode observar como o gás oxigênio é essencial ao processo de combustão. Acompanhe a demonstração feita pelo seu professor. Material necessário: • uma vela; Na seção “Interação”, demonstre aos alunos a importância do gás oxigênio na combustão (queima). Siga os procedimentos descritos e discuta com eles os resultados obtidos na realização do experimento. Explique-lhes acerca do dióxido de carbono e da importância que ele tem para o processo de fotossíntese e para a manutenção das cadeias alimentares. Analise com os alunos a imagem que representa os ciclos do carbono e do oxigênio. Esses dois ciclos estão sendo abordados juntos pela intrincada relação que têm, principalmente ao tratar a fotossíntese e a respiração. Explique aos alunos que, além dos gases estudados, a atmosfera possui outros componentes. Dentre eles, o vapor-d’água e a poeira se destacam. • fósforos; • um copo de vidro. Como fazer: • Fixe a vela em uma superfície plana e deixe-a acesa. • Coloque o copo sobre a vela acesa, conforme o modelo, e observe. b.co imaged k tterstoc m/Shu Descreva o que aconteceu com a vela. O dióxido de carbono (CO2) é um gás eliminado por alguns seres vivos durante a respiração. Além disso, esse gás é utilizado pelas plantas para realizar a fotossíntese, processo pelo qual a partir do dióxido de carbono atmosférico e da água, em presença de luz e clorofila, as plantas produzem compostos orgânicos que serão utilizados para o metabolismo próprio, como a glicose, que serve de alimento para elas. Durante esse processo, as plantas também eliminam gás oxigênio (O2) para a atmosfera e, desse modo, ajudam a repor parte do oxigênio consumido pelos seres vivos durante a respiração. Resposta Espera-se que a vela permaneça acesa durante certo tempo dentro do copo e depois se apague. A vela ficará acesa enquanto há gás oxigênio disponível para ser queimado. Quando ele acabar, ela não conseguirá manter a chama e se apagará. PLANTAS ABSORVEM DIÓXIDO DE CARBONO QUEIMA DE COMBUSTÍVEIS RESPIRAÇÃO DAS PLANTAS O2 RESPIRAÇÃO DOS ANIMAIS O2 PLANTAS ELIMINAM GÁS OXIGÊNIO (O2) NO PROCESSO DE FOTOSSÍNTESE DECOMPOSIÇÃO DE SERES MORTOS Representação simplificada dos ciclos do carbono e do oxigênio. A evaporação da água de oceanos, rios, lagos e outros depósitos é muito grande. A quantidade de vapor-d’água na atmosfera irá determinar a umidade relativa do ar que pode influenciar na qualidade do ar e na saúde humana. O valor indicado como ideal pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 40% a 70% de umidade. Acima desses valores, o ar fica saturado de vapor-d’água, o que interfere no mecanismo de controle da temperatura corporal exercido pela transpiração. Abaixo desses valores pode causar complicações alérgicas e respiratórias devido ao ressecamento de mucosas, além de dificultar a dispersão dos poluentes. EF19_7_CIE_L1_U1_01.indd O vapor-d’água presente na atmosfera 272 272 CO2 DIÓXIDO DE CARBONO NO AR Mr. High Sky/Shutterstock Dióxido de carbono CIÊNCIAS CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 272 08/10/2018 11:12:35 Umidade relativa do ar Significa, em termos simplificados, quanto de água na forma de vapor existe na atmosfera, no momento, em relação ao total máximo que poderia existir, na temperatura observada. A umidade do ar é mais baixa principalmente no final do inverno e no início da primavera, no período da tarde, entre 12 e 16 horas. [...] Observe a seguir alguns cuidados a serem tomados. Entre 20 e 30% – Estado de atenção • Evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11 e 15 horas. • Umidificar o ambiente com vaporizadores, Higrômetro: aparelho que mede toalhas molhadas, recipientes com água, a umidade relativa do ar. molhamento de jardins etc. • Sempre que possível, permanecer em locais protegidos do sol, em áreas vegetadas etc. • Consumir água à vontade. Entre 12 e 20% – Estado de alerta • Observar as recomendações do estado de atenção. • Suprimir exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10 e 16 horas. • Evitar aglomerações em ambientes fechados. • Usar soro fisiológico para olhos e narinas. Abaixo de 12% – Estado de emergência • Observar as recomendações para os estados de atenção e de alerta. • Determinar a interrupção de qualquer atividade ao ar livre entre 10 e 16 horas, como aulas de educação física, coleta de lixo, entrega de correspondência etc. • Determinar a suspensão de atividades que exijam aglomerações de pessoas em recintos fechados, como aulas, cinemas etc. entre 10 e 16 horas. • Durante as tardes, manter com umidade os ambientes internos, principalmente quarto de crianças, hospitais etc. [...] (Disponível em: <www.cpa.unicamp.br/artigos-especiais/umidade-do-ar-saude-no-inverno.html>. Acesso em: 15 ago. 2018.) Propriedades físicas do ar O ar não pode ser visto, mas a sua presença pode ser comprovada por meio da análise das propriedades que ele apresenta. EF19_7_CIE_L1_U1_01.indd EF19_7_CIE_L1_U1_01.indd PARA SABER MAIS Matéria e massa O ar possui massa e ocupa lugar no espaço, por isso é matéria. Para observar como ele ocupa espaço, basta encher um balão de festa. CIÊNCIAS 273 Encaminhamento metodológico Leia com os alunos o texto da seção “Para saber mais” a respeito da importância da umidade relativa do ar para a saúde e o que as porcentagens de sua presença indicam. Comente que quanto mais quente o ar estiver nos períodos de longa estiagem (sem chuva), menor será a umidade do ar. Explique também que o ressecamento das mucosas das vias aéreas torna a pessoa mais vulnerável a infecções virais e bacterianas. A baixa umidade do ar deixa o sangue mais denso por causa da desidratação, o que favorece o aparecimento de problemas oculares e de alergias. Retome com os alunos o conceito de matéria e explique-lhes que o ar é constituído por matéria, embora seja invisível. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 273 273 08/10/2018 11:12:37 INTERAÇÃO Encaminhamento metodológico Na seção “Interação” será possível demonstrar a característica que o ar tem de possuir massa e ocupar lugar no espaço. • corante alimentício de qualquer cor; • um funil de vidro. Respostas Como fazer: • Adicione algumas gotas de corante à água na bacia. a) A água não vai entrar no funil, pois o ar está ocupando o espaço. b) A água poderá entrar no funil e ocupar o espaço deixado pelo ar que saiu, comprovando que o ar ocupa espaço. • Tape a abertura menor do funil com o dedo conforme ilustração. • Coloque o funil com a extremidade menor em contato com a água da bacia sem retirar o dedo. Observe o que acontece com a água e responda às questões a seguir. a) Por que a água não entra no funil? Encaminhamento metodológico 274 b) O que vai acontecer se você retirar o dedo da extremidade do funil? 600 km Exosfera 85 km Termosfera 50 km Mesosfera 15 km Camada de Ozônio Estratosfera Troposfera Representação das camadas da atmosfera. 274 A pressão interna anula a pressão externa. EF19_7_CIE_L1_U1_01.indd 1 000 km Observe a imagem. Nela, é possível ver as camadas da atmosfera que já estudamos e perceber que, sobre a superfície, há uma camada de gases que chega a mais de 1 000 km de extensão. Todo esse ar exerce pressão, chamada pressão atmosférica, que é a força exercida pelo peso do ar sobre os corpos. Nós não sentimos esse peso sobre os ombros porque nosso corpo está cheio de ar, e a mesma pressão que atua de fora para dentro atua de dentro para fora. No entanto, nosso corpo possui sensores que detectam as pequenas variações de pressão que podem ocorrer na pressão externa. Um exemplo disso é o que sentimos no tímpano quando subimos ou descemos de alturas rapidamente, como em estradas nas serras ou até mesmo em elevadores de prédios muito altos. decade3d-anatomyonline/Shutterstock Pressão Altitude Designua/Shutterstock Retome o conteúdo já estudado a respeito das camadas da atmosfera. Além do fato de que elas vão ficando cada vez mais rarefeitas à medida que se afastam da superfície, comente com os alunos que, quanto maior for a coluna de ar sobre determinado ponto, maior será a pressão exercida pela atmosfera. Por isso, quanto menor for a altitude, maior será a coluna de ar e maior a pressão atmosférica. Da mesma forma, quanto maior for a altitude de um local, menor será a coluna de ar sobre ele e, consequentemente, menor a pressão atmosférica. Ao falar da pressão atmosférica, comente com os alunos que dificilmente sentimos os efeitos dela porque a pressão interna do corpo está equilibrada com a externa. Mostre aos alunos a imagem que representa esse equilíbrio de pressões. SAE DIGITAL S/A Você acabou de estudar que o ar é constituído por matéria. De que maneira você comprovaria isso? Que tal fazer um experimento que comprove a existência do ar? Material necessário: • uma bacia com água; CIÊNCIAS CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 274 08/10/2018 11:12:48 Para compreender o equilíbrio da pressão atmosférica em relação ao nosso corpo, você e seus colegas podem fazer um experimento. Material necessário: • cartolina; • papel de seda; • tesoura de ponta redonda; • cola. Como fazer: • Recorte dois quadrados de cartolina medindo 15 cm x 15 cm. No centro dos quadrados, recorte um círculo de 9 cm de diâmetro. • Coloque um pedaço de papel de seda entre os dois quadrados de cartolina, de modo a cobrir o círculo recortado, e cole os dois quadrados de cartolina. • Espere a cola secar e faça o teste. • Primeiro, peça a um colega para segurar o quadrado e coloque um indicador de cada lado do papel de seda. Aperte os dois indicadores, um contra o outro. • Em seguida, retire um dos indicadores e continue a pressionar o papel de seda. Depois de realizar o experimento, responda às questões a seguir. Respostas 1. Espera-se que os alunos percebam que o papel está sendo pressionado pelos dois dedos de maneira igual, ou seja, em equilíbrio. 2. O papel de seda foi empurrado pelo dedo que o estava pressionando, ou seja, o equilíbrio foi perdido. 1. O que aconteceu com o papel de seda quando foi pressionado pelos dois dedos? Por quê? Encaminhamento metodológico 2. O que aconteceu com o papel de seda quando foi pressionado por apenas um dedo? Explique. A pressão e a altitude 25 Altitude (km) Quanto maior a altitude, menor a pressão atmosférica. Isso porque, à medida que um corpo sobe na atmosfera, menor é a coluna de gases acima dele. Observe o gráfico ao lado. Ao nível do mar, a pressão atmosférica média é de 760 mmHg. No entanto, no alto do Monte Everest, a uma altura de 8 850 metros, a pressão atmosférica média é de 250 mmHg. Portanto, quanto maior for a altitude, menor será a pressão atmosférica. Explique aos alunos que, quanto menor for a altitude de um local, maior é a pressão atmosférica. Analise a imagem com os alunos para explicar esse conceito. Ressalte que, quanto menor for a altitude, maior será a camada de gases, por isso a pressão é maior. Blamb/Shutterstock 30 EF19_7_CIE_L1_U1_01.indd EF19_7_CIE_L1_U1_01.indd pessoa está acostumada a pressões menores e vai em direção a lugares com maiores pressões, pode ter um desconforto relacionado à membrana timpânica. Em ambos os casos, após alguns dias ou horas, o corpo equilibra as pressões interna e externa. Algumas pessoas nem sentem essa diferença de pressão. INTERAÇÃO 20 Monte Everest 8 850 m 15 250 mmHg 10 Nível do Mar 0 m 760 mmHg 5 0 0 100 200 300 400 500 600 700 800 Pressão atmosférica (mmHg) CIÊNCIAS 275 Encaminhamento metodológico Na seção “Interação”, reúna os alunos em duplas e oriente-os a seguirem os procedimentos descritos. É importante que eles percebam a relação entre a pressão atmosférica e a pressão do corpo. Quando os dois dedos estiverem pressionando o papel de seda, comente com os alunos que há esse equilíbrio entre a pressão interna e a externa ao corpo. Já quando um dos dedos é retirado, o papel é pressionado para um dos lados. Comente a respeito da mudança de pressão atmosférica e como ela pode ser sentida na membrana timpânica, quando, por exemplo, uma pessoa desce a serra em direção ao litoral, onde a pressão atmosférica é maior se comparada ao local de origem. A pessoa pode sentir um desconforto até que o equilíbrio se restabeleça. Explique aos alunos que a diferença da pressão atmosférica entre locais com altitudes distintas implica algumas reações do organismo. Por exemplo, uma pessoa que está acostumada a pressões atmosféricas altas e vai em direção a um local de baixa pressão pode sofrer com a menor disponibilidade de ar em altitudes maiores. Quando a CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 275 275 08/10/2018 11:12:51 DESENVOLVER E APLICAR Encaminhamento metodológico Analise as duas imagens a seguir e depois responda às questões propostas. Respostas Rudolf Tepfenhart/Shutterstock A Considere que uma pessoa saiu da cidade A e foi para a cidade B. a) Essa pessoa foi para um local com maior ou menor pressão atmosférica? Explique. a) A pessoa foi a um local com maior pressão atmosférica porque a cidade B está ao nível do mar. b) Quanto menor for a altitude de um local, maior será a pressão atmosférica sobre ele; e quanto maior for a altitude, menor será a pressão atmosférica. c) A membrana timpânica pode sentir a maior pressão e dar a sensação de “entupimento” da orelha. b) Qual é a relação entre altitude e pressão atmosférica? c) É comum pessoas que se deslocam de locais com altitudes diferentes apresentarem alguns sintomas em resposta a essa mudança. Cite um indicativo comum manifestado no corpo pelas pessoas quando saem de altitudes maiores em direção a menores, e vice-versa. 276 EF19_7_CIE_L1_U1_01.indd Quando a pressão atmosférica diminui, ocorre a queda de nível do barômetro. Esse instrumento indica a pressão atmosférica, a altitude e prováveis mudanças do tempo. A pressão é capaz de interferir em condições básicas de meteorologia, como temperatura, ventos e precipitação. slimlukas/Shutterstock A pressão e as condições climáticas Barômetro – instrumento utilizado para medir a pressão atmosférica. 276 B Felix Mizioznikov/Shutterstock Na seção “Desenvolver e aplicar”, os alunos devem analisar as duas imagens. A primeira é de uma região montanhosa, com grande altitude e menor pressão atmosférica quando comparada com a segunda imagem, que é de uma cidade ao nível do mar e possui menor altitude e maior pressão atmosférica. CIÊNCIAS CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 276 08/10/2018 11:13:06 Pretty Vectors/Shutterstock O ar oferece resistência ao movimento. Quanto maior for a velocidade em que o objeto ou o corpo estiver, maior será a resistência do ar. Isso é o que acontece, por exemplo, ao se abrir o paraquedas. Até que ele se abra completamente, a velocidade de queda é alta. Após sua abertura, a queda se torna mais lenta devido à resistência do ar em relação ao paraquedas. Outra maneira de se observar a resistência do ar é soltando uma folha de papel aberta e, em seguida, amassar essa folha formando uma bolinha e soltando-a também. Seria possível observar a diferença no tempo de queda, pois a resistência do ar seria maior na folha aberta, que levaria um tempo maior para alcançar o chão. Assim, os meios de transporte como aviões, carros, navios, são projetados de forma a minimizar esse efeito, pois assim consomem menos combustível e sofrem menor desgaste. A ação da resistência do ar no paraquedas aberto diminui a velocidade da queda. Compressão, expansão e elasticidade SAE DIGITAL S/A Outra propriedade do ar é a compressão. De acordo com essa propriedade, o ar pode ser comprimido e diminuir seu volume. Isso pode ser facilmente observado ao pressionar o êmbolo de uma seringa fechando o orifício de saída de ar. Mas é importante observar que a compressão possui um limite. Ao cessar a força de aplicação, a tendência do êmbolo é retornar à origem, comprovando que o ar possui também outra propriedade, a elasticidade. EF19_7_CIE_L1_U1_01.indd EF19_7_CIE_L1_U1_01.indd Resistência O ar apresenta as propriedades de compressão e de elasticidade. O ar atmosférico também apresenta a capacidade de ocupar um volume maior. Essa propriedade é chamada de expansão, ou seja, é a propriedade que o ar possui de ocupar todo espaço disponível. CIÊNCIAS 277 Encaminhamento metodológico Explique aos alunos a respeito da resistência do ar usando como exemplo o princípio de funcionamento dos paraquedas. Para explicar a compressão, a expansão e a elasticidade, leve para a sala de aula várias seringas a fim de que os alunos reproduzam o experimento que está representado nas imagens. Reproduza com os alunos a experiência citada no texto, com a folha de papel aberta e depois com a mesma folha amassada, fazendo uma bolinha de papel, para que observem o tempo que ambas demoram para cair, ilustrando a resistência do ar. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 277 277 08/10/2018 11:13:09 ATIVIDADES Respostas 1. Encontre os nomes das camadas da atmosfera correspondentes e depois preencha o diagrama: 1. As respostas estão no livro do aluno. I. Camada mais próxima da superfície da Terra. 2. Troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera. II. Camada mais tênue e que desaparece no espaço sideral. 3. A camada em que vivemos estende-se até, aproximadamente, 15 quilômetros. Nela, acontecem os fenômenos meteorológicos. Seu nome é troposfera. V. Camada onde se formam as auroras boreais e austrais. III. Camada em que a camada de ozônio pode ser encontrada. IV. Camada em que acontece a queima da maior parte dos meteoroides. A I. T R O P O S F E R A E R M II. E X O S F E R A III. E S T R A T O S F A F V. IV. M E S O S F E R A T E R M O S F E R A A 2. Escreva os nomes das camadas da atmosfera em ordem, começando pela mais próxima à superfície terrestre até a mais afastada. EF19_7_CIE_L1_U1_01.indd 3. Caracterize a camada em que vivemos. Como ela se chama? 278 278 CIÊNCIAS CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 278 08/10/2018 11:13:10 5. Faça uma cópia dos desenhos a seguir e monte a sequência das camadas da atmosfera terrestre. Terra troposfera termosfera estratosfera mesosfera exosfera EF19_7_CIE_L1_U1_01.indd EF19_7_CIE_L1_U1_01.indd 4. Onde está localizada a camada de ozônio? Como ela ajuda na manutenção da vida na Terra? CIÊNCIAS 279 Respostas 4. A camada de ozônio está localizada na estratosfera e ajuda na manutenção da vida na Terra ao filtrar as radiações vindas do Sol. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 279 279 08/10/2018 11:13:12 Respostas a) Represente, na camada correspondente, o Monte Everest, a montanha mais alta da Terra. b) Represente uma aurora boreal em sua camada correspondente. c) Represente um meteoro (estrela cadente) em sua camada correspondente. d) Represente, na camada correspondente, um astronauta "entrando" no espaço sideral. e) Represente a camada de ozônio em sua camada correspondente. Depois de representar o que foi solicitado, recorte as cópias das esferas e monte-as, colocando a exosfera por baixo e na sequência as demais camadas, deixando a Terra para o final. Fixe as esferas de forma que não se movimentem. 5. a) O Monte Everest na troposfera. b) A aurora boreal na termosfera. c) Um meteoro (estrela cadente) na mesosfera. d) Um astronauta na exosfera. e) A camada de ozônio na estratosfera. 6. SAE DIGITAL S/A 6. Observe a figura: a) Ao nível do mar, ou seja, no Rio de Janeiro. b) No Monte Everest. c) Não, pois apresentam altitudes diferentes. Responda às questões a seguir. a) Onde a pressão atmosférica é maior? c) A pressão atmosférica no México é igual à do Rio de Janeiro? Por quê? 280 280 EF19_7_CIE_L1_U1_01.indd b) Onde a pressão atmosférica é menor? CIÊNCIAS CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 280 08/10/2018 11:13:13 Camadas da atmosfera – Relacionando conceitos ATMOSFERA é formada por é composta de camadas troposfera diferentes tipos de gases estratosfera que compõem o ar mesosfera que possui as propriedades termosfera matéria e massa exosfera compressibilidade elasticidade expansibilidade muda de acordo com altitude EF19_7_CIE_L1_U1_01.indd pressão que interfere nas condições climáticas CIÊNCIAS 281 Encaminhamento metodológico Apresente o mapa conceitual e explique cada uma das relações horizontais e verticais entre os conteúdos e suas relações interdisciplinares, se for o caso. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 281 281 08/10/2018 11:13:15 Objetivos do capítulo • Fenômenos naturais • Incêndios florestais • Vulcanismo • Fenômenos antrópicos • Indústria • Automóveis • Queimadas • compreender de que maneira as atividades humanas poluem a atmosfera; • diferenciar os fenômenos antrópicos e naturais e a forma como cada um interfere na poluição do ar. Realidade Aumentada • Chuva ácida; • Os poluentes e os problemas da poluição. Neste capítulo, a habilidade EF07CI12, que trata da composição da atmosfera, continuará sendo trabalhada. Ao longo do capítulo, a alteração na composição atmosférica natural e antrópica será discutida. Observe a imagem de abertura com os alunos. Ela representa a poluição atmosférica na China. Discuta com eles o fato de a foto ter sido submetida a tratamento antes de ser publicada e que, mesmo assim, a visualização de seus componentes é dificultada pela poluição. Converse com os alunos questionando-os como é o local em que vivem e se há regiões como a mostrada na imagem. Discutam a respeito das implicações da poluição para o ambiente e para os seres que nele habitam. Relembre com os alunos o smog vivido na Inglaterra em 1952 que, de certa forma, contribuiu para que as discussões de cunho ambiental tomassem lugar no cenário internacional. Foi nessa mesma época que várias ações e encontros ocorreram para se chegar ao que conhecemos hoje como Educação Ambiental, fundamental para tornar as ações humanas mais harmônicas com o ambiente. un Encaminhamento metodológico idade 1 Atm osfera tterstoc Timski/Shu k 2. Industrialização e fenômenos atmosféricos Observe com atenção a imagem de abertura. Ela foi feita no início de dezembro de 2015, em Pequim, na China. Para melhorar a qualidade da imagem, ela foi tratada, mas, mesmo assim, só é possível ver os prédios mais próximos. Ao fundo, é possível enxergar apenas silhuetas de edifícios, pois uma densa “cortina” cinzenta torna o ar turvo ao redor deles. Essa “cortina” é formada por partículas poluidoras lançadas na atmosfera pela ação dos seres humanos. Por meio de quais ações os seres humanos podem poluir a atmosfera? Como é o ar no local em que você vive? Como você pode ajudar a manter um ar atmosférico de boa qualidade? 282 • Disponível em: <https://hypescience.com/londres-o-nevoeiro-que-matou-mais-de10-000-pessoas/>. Acesso em: 14 ago. 2018. Leia mais a história da Educação Ambiental no link a seguir. • Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/ historia.pdf>. Acesso em: 14 ago. 2018. Dicas para ampliar o trabalho Para ampliar o assunto sobre o evento que aconteceu na Inglaterra em 1952, leia o artigo “Londres: o nevoeiro que matou mais de 10.000 pessoas” com os alunos. 282 CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 282 08/10/2018 11:13:32 Poluição yV on Você sabe o significado da palavra “poluição”? O termo “poluição” tem origem na Roma Antiga e significa sujar, manchar. É assunto constantemente presente nos noticiários e nas conversas do dia a dia, pois trata-se de um problema grave que envolve o futuro do planeta e dos seres vivos. Assim, pesquisas envolvendo maneiras de controlá-la merecem destaque e apoio de inúmeros setores da sociedade. Do ponto de vista ecológico, poluir é provocar alterações desfavoráveis ao ambiente causadas pelos subprodutos e pelos resíduos da atividade humana, os quais podem contaminar o solo, as águas e o ar. Poluições radioativa, sonora e luminosa também são importantes áreas de estudo, uma vez que possuem grande interferência nos ecossistemas. As águas de rios, lagos e mares podem ser poluídas pelos esgotos e pela atividade das fábricas e das mineradoras. O mesmo pode acontecer com o solo, a exemplo da agricultura e da criação de animais realizadas de forma inadequada, podendo provocar a poluição e a degradação dos solos. T Muitas atividades humanas também ameaçam a qualidade do ar, como ilustra a imagem de abertura do capítulo. Dado que a troposfera é a camada mais próxima da crosta terrestre, é nela que ocorre a poluição do ar, que é prejudicial aos seres vivos. Fatores como emissão de gases dos carros, das fábricas e das usinas termoelétricas movidas a carvão contribuem para aumentar os níveis de poluição do ar. Quando a poluição se intensifica, fábricas são obrigadas a parar e os automóveis têm restrição para circular. No ano de 2015, a China decretou vários alertas vermelhos indicando que os níveis de poluição do ar estavam perigosos à saúde humana. ers u tt /Sh 12 31 k toc A poluição atmosférica Mulheres usando máscara para se protegerem da poluição. EF19_7_CIE_L1_U1_02.indd Ugis Riba/Shutterstock A poluição do ar depende de suas fontes de emissão que, por sua vez, podem ocorrer de forma natural ou antrópica (provocada pelo ser humano). Quanto à forma de dispersão, pode ser oriunda de fontes fixas ou estacionárias (indústrias, vulcões etc.); ou móveis e difusas (automóveis, trens, aviões, navios etc.). CIÊNCIAS 283 Encaminhamento metodológico Questione os alunos sobre o significado do termo poluição. Eles podem citar exemplos de poluição para tentar explicá-la, pois esse é um tema bastante comum na atualidade. Questione-os também a respeito das principais fontes poluidoras existentes na cidade onde vivem e discuta possibilidades de reduzir a poluição local. Discuta com os alunos as atividades antrópicas que agravam a poluição atmosférica e de que maneira as ações humanas podem ser mudadas para minimizar os efeitos dessa poluição. Converse com eles a respeito da poluição que pode ser causada por fontes naturais, como os vulcões e as queimadas. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 283 283 08/10/2018 11:13:34 Poluição de origem natural Encaminhamento metodológico É aquela causada por um fenômeno da natureza, como quando um raio atinge uma floresta provocando incêndio, quando há emissão de gases vulcânicos devido ao movimento das placas tectônicas (emitindo óxidos de enxofre e gás sulfídrico), quando há liberação de gás metano produzido durante o processo de digestão de alguns animais, por exemplo, bovinos em grandes quantidades criados por pecuaristas, entre outros. Esses fenômenos naturais independem da ação humana, porém podem ser agravados por ela. Como exemplo disso, podemos citar a retirada de mata ciliar, que deixa as margens desprotegidas e aumenta as chances de ocorrência de inundações. Nas últimas décadas, o número de registros de desastres naturais tem aumentado, principalmente, em virtude do crescimento desordenado das cidades e das indústrias, bem como do elevado número de carros e outros meios de transporte em circulação. Um incêndio florestal causado por uma descarga elétrica (um raio) trata-se de um processo de queima de biomassa. Essa queima produz grande quantidade de dióxido de carbono e outros compostos, como monóxido de carbono e gases que contêm nitrogênio e enxofre. Lembre-se de que um incêndio também pode ocorrer devido a ações antrópicas. As partículas geradas por essas queimadas em épocas de seca formam uma camada de fumaça que permanece por aproximadamente uma semana na atmosfera. Depois disso, essa camada de fumaça é levada pelas correntes de ventos para regiões distantes de onde foi gerada, o que pode afetar até mesmo o ciclo hidrológico da região. O transporte desses poluentes para locais distantes de onde foram gerados altera os ciclos biogeoquímicos da região. Instigue os alunos a falarem quais são as fontes naturais que causam poluição. Explique a eles o que são os compostos químicos formados a partir de enxofre e nitrogênio (SOx e NOx). Para ampliar as discussões, leve notícias de catástrofes naturais. Analise com eles se é possível que alguma atitude antrópica possa ter resultado nestas catástrofes e de que forma esse acontecimento poderia ter sido evitado. Explique o que é biomassa e como ela tem se tornado uma fonte de energia alternativa. EM TEMPO Biomassa: trata-se de toda matéria orgânica, de origem vegetal ou animal, da qual se produz energia. Pode ser obtida de plantas, madeira, resíduos agrícolas, excrementos e até mesmo lixo. Ciclo biogeoquímico: percurso realizado por um ente químico de maneira cíclica entre seres vivos e ambiente. Franck Scuotto/Shutterstock Imagem de queimada ocasionada por fenômeno natural. 284 284 CIÊNCIAS 284 CIÊNCIAS CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 284 08/10/2018 11:13:36 EM TEMPO Material particulado: trata-se de um conjunto de poluentes sólidos e líquidos, que fica suspenso na atmosfera devido ao seu pequeno tamanho. Eva Kali/Shutterstock O vulcanismo é uma das formas de poluição natural. Os vulcões são aberturas na crosta terrestre, de formato montanhoso, por onde saem, quando em atividade, magma, cinzas, gases e poeira. A formação dessa estrutura geológica ocorre, geralmente, devido ao encontro entre placas tectônicas. Quando um vulcão entra em atividade, ele lança, além do magma, material particulado, cinzas e muitas substâncias tóxicas na atmosfera, por exemplo o ácido sulfídrico (H2S) e o dióxido de enxofre (SO2). Chaminé SAE DIGITAL S/A Câmara magmática Placa tectônica Movimento da placa Imagem de vulcão em atividade. EF19_7_CIE_L1_U1_02.indd Natee K Os gases que são expelidos levam algum tempo até se dissiparem. Embora a poluição causada por vulcões seja bastante grave para o ambiente e para a saúde dos seres vivos, estudos indicam que a poluição atmosférica gerada nas grandes cidades, devido à grande quantidade e frequência, oferece muito mais riscos do que os gases lançados pelos vulcões. Sejam provenientes de queimadas ou de vulcões em atividade, os gases, uma vez lançados na atmosfera, atingem grandes distâncias devido às correntes de vento. A inalação desses gases provoca inúmeras doenças pulmonares e cardíacas. O dióxido de enxofre, por exemplo, causa irritação nos olhos e na pele, além de edemas pulmonares que podem, em casos mais severos, levar o indivíduo à morte. Crianças e idosos são mais suscetíveis a doenças respiratórias causadas por esses gases. Jindaku m/Shutt ersto ck Crianças podem apresentar comprometimento do sistema respiratório devido à poluição do ar. CIÊNCIAS 285 Encaminhamento metodológico Discuta com os alunos como a combustão gera gases poluentes caso se acumule na atmosfera e que a poluição gerada num local é espalhada pelo vento, atingindo regiões distantes de onde foi lançada. Explique a eles como os vulcões interferem na geografia da região afetada. Porém, em comparação com as fontes de poluição antrópica, os vulcões não causam tantos riscos ao ambiente, pois não há muitos em atividade no mundo. Explique aos alunos o que são materiais particulados e como eles podem se acumular nos pulmões das pessoas quando em alta concentração no ar. Comente que várias doenças são transmitidas pelo ar, por gotículas de saliva ou por objetos contaminados. Explique que em épocas de escassez de chuva estas doenças são mais comuns e que as crianças e os idosos são os que mais sofrem, pois são os mais vulneráveis. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 285 285 08/10/2018 11:13:39 Respostas CONEXÃO a) O ácido sulfídrico (H2S). b) Mudanças climáticas, como aumento do efeito estufa e chuva ácida. Outra desvantagem é o lançamento de cinzas, que além de causar prejuízos respiratórios à população, diminui a visibilidade, o que pode interromper voos regulares na região, entre outros. c) Gastos para o setor de saúde pública provocados por problemas respiratórios na população; a chuva ácida pode provocar a destruição de monumentos e outros objetos etc. Leia o texto a seguir, que trata da erupção do vulcão Kilauea, localizado no Havaí, que causou grandes problemas para a população. Em seguida, responda às questões. (Disponível em: <https://www.terra.com.br/noticias/ climatempo/erupcao-de-vulcao-espalha-dioxido-de-enxofreem-regiao-do-havai,53799655eedf0c99459760188c08c38 8x3glku9u.html>. Acesso em: 16 ago. 2018. Adaptado.) Static/W.Commons No dia 03 de maio de 2018, o vulcão Kilauea entrou em erupção, liberando cinzas, lava e gás na atmosfera. No meio dos produtos liberados, um gás tóxico foi detectado. Esse gás é invisível aos nossos olhos, mas pode afetar a saúde humana e o clima da Terra. O gás reage com o vapor-d’água na atmosfera para produzir chuva ácida. Além disso, também pode reagir com outros gases para formar partículas de aerossol que causam neblina e, em eventos extremos, resfriamento do clima [...]. Lava do vulcão se espalhando pela cidade. De acordo com as informações do texto e da imagem, responda às questões a seguir. a) Qual é o gás tóxico que foi descoberto? Se necessário, pesquise a resposta. b) Pesquise e cite dois exemplos de transtornos decorrentes da erupção vulcânica que interferem nas atividades humanas e na saúde do ambiente. EF19_7_CIE_L1_U1_02.indd c) Escolha um dos transtornos citados por você no item anterior e explique suas consequências econômicas. 286 286 CIÊNCIAS CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 286 08/10/2018 11:13:42 EF19_7_CIE_L1_U1_02.indd Poluição de origem antrópica A palavra antrópica vem do grego anthropos, que significa homem. Assim, uma ação antrópica é uma ação feita pelo ser humano, que pode ser boa ou ruim. Plantar uma árvore ou provocar um incêndio em uma floresta são exemplos de ações antrópicas, a diferença está no resultado obtido, que irá causar um impacto positivo ou negativo no ambiente. O crescente aumento da população mundial, bem como a rápida industrialização, comprometeu muito a qualidade do ar que respiramos. A Lei nº 6.938, de 31/8/81, que trata da Política Nacional de Meio Ambiente, define poluição como: “[...] a degradação da qualidade ambiental, resultante de atividades que direta ou indiretamente prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; afetem desfavoravelmente a biota (conjunto de seres vivos de um ecossistema); afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos." (Disponível: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm>. Acesso em: 20 ago. 2018.) Logo, dentre as poluições de origem antrópica conhecidas, ou seja, aquelas provocadas pelo ser humano, podemos destacar: • queimadas; • gases tóxicos diariamente eliminados pelas chaminés de indústrias; • meios de transporte que liberam uma grande quantidade de partículas no ambiente ao queimar combustíveis fósseis (gasolina, óleo diesel, querosene e carvão). Todas essas formas de poluição geram muitos gases tóxicos, como os óxidos de nitrogênio (NOx), o monóxido de carbono (CO), o dióxido de carbono (CO2) e os óxidos de enxofre (SOx). r ova/Shutte stock LanaElc Jeff Zehnder/Shutt ersto c k Carros e chaminés de indústria liberando gases tóxicos na atmosfera. CIÊNCIAS 287 Encaminhamento metodológico Discuta quais são os fenômenos antrópicos mais poluentes e perigosos ao ambiente, que são aqueles citados no texto do livro do aluno. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 287 287 08/10/2018 11:13:46 Leve imagens da Revolução Industrial para que os alunos observem como eram as indústrias e como elas foram se modernizando e, ao mesmo tempo, aumentando a poluição atmosférica. Mostre o dilema que existe entre desenvolvimento e ambiente, pois muitas tecnologias e facilidades criadas pelos seres humanos acabam sendo grandes fontes de poluição. Porém, converse com eles explicando que muitas dessas criações facilitaram nossa rotina, como os novos meios de locomoção e as novas tecnologias. Explique aos alunos o que são fontes renováveis de energia e como precisamos utilizar mais estas fontes do que as que não são renováveis. Comente com eles que os combustíveis fósseis são uma fonte finita de energia, ou seja, um dia irão se esgotar. Os veículos liberam gases poluentes na atmosfera. INTERAÇÃO 288 EF19_7_CIE_L1_U1_02.indd Energia limpa [...] De onde vem a energia que move tantas coisas? Será que fazer funcionar tudo o que necessita de energia prejudica o ambiente? Calma, calma, nada de pânico. É possível, sim, usar a energia sem destruir nosso querido planeta. Sabe como? Usando energia limpa. [...] Energia limpa é aquela que produz menos gases que poluem o ar ou que é gerada a partir de fontes renováveis, ou seja, fontes que, mesmo depois de utilizadas, serão recolocadas no meio ambiente pela própria natureza. As fontes de energia mais utilizadas hoje em dia vêm de recursos naturais, que são bens escassos. Isso quer dizer que um dia elas vão acabar. É o que acontece com o petróleo, por exemplo. A partir dele, são feitos a gasolina e o óleo diesel, que movem carros, caminhões e ônibus. Mas o petróleo, que é retirado de camadas bem profundas da Terra, vai deixar de existir um dia. [...] é por isso que cientistas estão pesquisando outros meios de levar a energia até nossas casas. A ideia é que todos possam continuar jogando videogame e andando de carro por aí, mas sem acabar com os recursos da natureza ou destruir o ambiente. 288 Toa55/Shutterstock A poluição atmosférica é causada pela emissão em larga escala de substâncias nocivas. Essa emissão cresceu muito após a Revolução Industrial, no século XVIII, devido ao aumento no número de indústrias, as quais necessitavam da energia gerada pela queima de carvão mineral para seu funcionamento. Essa ação resultava na emissão diária de toneladas de poluentes na atmosfera. Desde então, os seres vivos precisam conviver com a poluição e todas as suas consequências, como o que acontece com as grandes cidades no mundo. São Paulo, Tóquio e Nova Iorque, por exemplo, são cidades que estão entre as mais poluídas. Outra fonte de poluição é aquela emitida pelos escapamentos de automóveis que circulam nas ruas. Isso ocorre, principalmente, devido à queima dos combustíveis derivados do petróleo (combustíveis fósseis), que lançam na atmosfera compostos que contêm, além de enxofre, grande quantidade de monóxido e dióxido de carbono. No mundo em constante transformação, a demanda por energia só aumenta, trazendo alguns malefícios. Por exemplo, uma indústria traz muitas riquezas, pois gera novos materiais que proporcionam conforto e qualidade de vida, além de criar muitos empregos e movimentar a economia. Contudo, isso demanda ainda mais energia, gerando um ciclo contínuo de poluição. Desta forma, para que possamos diminuir os impactos negativos no ambiente, precisamos encontrar alternativas sustentáveis para manter nosso planeta um lugar habitável para todos os seres vivos. Ugis Riba/Shutterstock Histórico da ação antrópica relacionada à poluição Encaminhamento metodológico CIÊNCIAS CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 288 08/10/2018 11:13:47 (Disponível em: <http://chc.org.br/energia-limpa/>. Acesso em: 15 mai. 2018. Adaptado.) Em grupos, construam um cartaz que contenha atitudes que podemos assumir para diminuir o gasto desnecessário de energia em casa, na escola e nas ruas. Divida o cartaz em três categorias, como no exemplo a seguir. Transportes : • usar mai s transport e coletivo; Em casa: • apagar as luzes; • • • • • • • • (Disponível em: <www.planalto. gov.br/ccivil_03/ leis/L6938.htm>. Acesso em: 2 mai. 2018.) Consumo: • comprar apenas o necessário; • • • • Principais poluentes atmosféricos Os impactos ambientais decorrentes da poluição atmosférica podem ser em escala local, regional ou global, dependendo do tipo de poluente liberado e das características ambientais. Da mesma forma, as concentrações de poluentes na atmosfera podem variar em um mesmo local, ao longo de um período. Isso ocorre de acordo com as características do relevo (topografia) do lugar, com as condições meteorológicas e com o tipo de poluente lançado, fatores que alteram a sua dispersão. Dentre os principais poluentes que causam a poluição atmosférica, podemos destacar os que serão apresentados a seguir. Monóxido de carbono (CO) EF19_7_CIE_L1_U1_02.indd EF19_7_CIE_L1_U1_02.indd c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos; [...]”. [...] Não faltam opções para gerarmos energia limpa e renovável. A energia eólica, que é gerada através dos ventos, a biomassa, que é produzida a partir do bagaço da cana-de-açúcar, e a energia solar, gerada com o calor e a radiação do sol, são bons exemplos disso. Outra solução, que é sempre bem-vinda, é a economia! Acredita que, se todos os brasileiros economizassem energia em pequenas ações do dia a dia, só gastaríamos metade da energia que usamos atualmente?! E isso se pode fazer com atitudes simples, como apagar uma lâmpada ou tomar um banho menos demorado. Produto resultante da queima incompleta dos combustíveis fósseis. Esse gás se une à hemoglobina presente nas células do sangue, competindo com o gás oxigênio. Portanto, quando respiramos esse gás, a ligação entre a hemoglobina e o monóxido de carbono impossibilita a ligação de oxigênio à hemoglobina e, consequentemente, o transporte de oxigênio, podendo ocasionar morte por asfixia. O monóxido de carbono não tem cheiro e pode causar dor de cabeça e cansaço. Se inalado em altas concentrações, pode levar à morte. CIÊNCIAS 289 Encaminhamento metodológico Na seção “Interação”, os alunos construirão um cartaz usando post-it colorido para separar de que forma desperdiçamos energia em casa, nos transportes e no consumo. Pode ser usado um post-it para cada citação. Caso não tenha post-it, podem ser usadas canetinhas coloridas. Dicas para ampliar o trabalho Antes de iniciar o conteúdo “Principais poluentes Atmosféricos”, apresente o Art.3.º, III da Lei n.º 6.938/81, que define o termo “poluição”: “[...] Poluição é a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 289 289 08/10/2018 11:13:48 Dióxido de enxofre (SO ) Encaminhamento metodológico 2 É resultado da queima incompleta de combustíveis fósseis e pode ser liberado também através de erupções vulcânicas. Em contato com a umidade do ar, transforma-se em óxido sulfúrico (SO3), passando rapidamente a ácido sulfúrico (H2SO4), que é o principal formador da chuva ácida. Explique aos alunos a respeito da chuva ácida. Essa é uma ótima oportunidade para realizar uma atividade com o professor de Química, que poderá trabalhar as equações químicas que ocorrem nesse processo de acidificação da chuva. A chuva já é ácida, mas, ao reagir com certos componentes, fica ainda mais ácida. Comente com eles que a chuva ácida não cai apenas sobre os locais onde há poluição, pois com os ventos ela é espalhada por diversas localidades. Dióxido de carbono (CO ) 2 É o gás liberado no processo de respiração e, também, produzido pelos motores que utilizam combustíveis fósseis. Não é um gás tóxico aos seres vivos, mas, em excesso, é responsável pelo aumento do efeito estufa. Gás metano (CH ) 4 É produzido, principalmente, pela decomposição da matéria orgânica e no processo de digestão dos animais herbívoros ruminantes. É precursor para a formação do ozônio troposférico e se apresenta como potencial causador do efeito estufa. Problemas causados pela poluição atmosférica Os gases eliminados e acumulados na atmosfera têm impactos ambientais graves. Dentre eles, podemos citar a chuva ácida, a intensificação do efeito estufa, a inversão térmica e o afinamento da camada de ozônio. Vamos estudá-los? Chuva ácida Sugestão de atividade A água da chuva, em condições normais, tem um pH de 5,6, sendo, portanto, levemente ácida. Isso ocorre devido à combinação do gás carbônico do ar com a água das chuvas, formando o ácido carbônico, segundo a seguinte reação: Solicite aos alunos que pesquisem algumas tecnologias usadas na diminuição da poluição atmosférica, como os catalisadores de automóveis e os filtros nas indústrias. Após a realização das pesquisas, oportunize aos alunos um momento para que compartilhem o que descobriram. H2O + CO2 → H2CO3 NOx SOx Nuvem de água NOx SOx + SAE DIGITAL S/A O pH 5,6 é considerado o valor limite, pois abaixo disso já se qualifica uma chuva como ácida, a qual se forma quando os óxidos de enxofre (SOx) e de nitrogênio (NOx) reagem com o vapor-d’água atmosférico (contido nas nuvens), produzindo os ácidos sulfúrico (H2SO4) e nítrico (H2NO3), que acidificam a água. Chuva ácida Indústrias Oxidação Floresta Automóveis Lago Esquema de formação da chuva ácida. 290 290 EF19_7_CIE_L1_U1_02.indd NOx CIÊNCIAS CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 290 08/10/2018 11:13:50 (Disponível em: <www.usp.br/ qambiental/>. Acesso em: 20 ago. 2018.) Orientação para RA A animação disponível na realidade aumentada explica como ocorre a formação das chuvas ácidas. Explique aos alunos que os elementos que reagem com o oxigênio podem formar diversos óxidos, e que esses, quando misturados em água, podem se transformar em ácidos ou bases. Aproveite o assunto para trabalhar os efeitos que essas substâncias causam sobre a fauna e a flora, e a aceleração dos processos de oxidação de metais, como a ferrugem em carros, a corrosão de estátuas e fachadas, além da contaminação de solos e águas. Nino Barbieri/ W. Commons Anticiclo/Shutterstock Árvores mortas por causa da chuva ácida. EF19_7_CIE_L1_U1_02.indd EF19_7_CIE_L1_U1_02.indd são utilizadas mundialmente pelos tomadores de decisões (no nível político) e cientistas. [...] as projeções são variáveis, e o aumento de temperatura para o final do século XXI pode ser em média de 1,8 (na melhor das hipóteses) a 4,0°C (no pior cenário). O nível do mar pode subir de 18 a 59 cm. [...]” As águas da chuva (assim como a geada, a neve e a neblina) ficam carregadas dessas substâncias que, ao chegarem à superfície terrestre, alteram a composição química do solo e das águas. É importante destacar que os efeitos das chuvas ácidas podem ser verificados em locais distantes da sua origem, pois, devido às correntes de ar e aos regimes pluviais, essas nuvens ácidas podem ser deslocadas para muitos quilômetros de seu ponto de origem, levando seus efeitos deletérios a regiões em que esses gases normalmente não são encontrados. A chuva ácida pode acarretar danos materiais, como a corrosão de mármores e metais, além da destruição de monumentos. Contudo, os efeitos não se resumem apenas a danos físicos, mas também interferem no equilíbrio dos ecossistemas. A chuva ácida diminui o pH do solo, o que interfere na solubilidade dos sais minerais, como o alumínio, que é tóxico e tem sua solubilidade favorecida pelo pH ácido, comprometendo, assim, o desenvolvimento das plantas. Além disso, o aumento da acidez em certos lagos causa a mortalidade de peixes, prejudicando, também, os ciclos reprodutivos, pois os espermatozoides e os óvulos são sensíveis às mudanças de pH. O nitrogênio lançado pela chuva ácida em determinados lagos pode causar o crescimento excessivo de algas e, consequentemente, a perda de oxigênio, provocando um significativo empobrecimento da diversidade da vida aquática. Esse fenômeno pode ser reduzido por meio da instalação de equipamentos nas indústrias, os quais evitam as emissões gasosas, principalmente de compostos de enxofre e nitrogênio. Estátua corroída pelo efeito da chuva ácida. Efeito estufa É o fenômeno natural responsável, em grande parte, pela manutenção do equilíbrio térmico da Terra. Os gases atmosféricos, como o gás carbônico (CO2), o metano (CH4) e o vapor-d’água, funcionam como uma barreira, impedindo que parte da energia do Sol absorvida pela Terra durante o dia seja refletida de volta para o espaço. CIÊNCIAS 291 Encaminhamento metodológico Pesquise monumentos que sofreram com a ação da chuva ácida ou solicite a pesquisa aos alunos. Explique aos alunos que o efeito estufa é fundamental para a manutenção dos seres vivos na Terra, mas há o agravamento desse efeito pelos gases liberados na atmosfera em virtude das ações antrópicas. Dicas para ampliar o trabalho Comente com os alunos os relatórios do IPCC, o órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) que pesquisa e divulga os relatórios sobre o aquecimento global. “[...] o chamado IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (Intergovernmental Panel on Climate Change), conta com a participação de cerca de 2 500 cientistas e técnicos que têm como objetivo avaliar e relatar as variações climáticas e os impactos ambientais de forma objetiva e compreensível. As avaliações do IPCC CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 291 291 08/10/2018 11:13:52 Solicite aos alunos que pesquisem reportagens que demonstram consequências do agravamento do efeito estufa no Brasil e no mundo. No dia marcado, peça a eles que apresentem as reportagens pesquisadas e as colem em um grande mural. É importante que, depois das apresentações, sejam discutidas medidas para prevenir os efeitos devastadores de tal problema ambiental. Efeito estufa (Natural) Efeito estufa (Intensificado pela poluição) Parte do calor escapa para o espaço Radiação solar SAE DIGITAL S/A Dessa forma, parte do calor fica “aprisionada” próximo à superfície da Terra (onde o ar é mais denso). Esse fato faz com que a temperatura média do planeta fique em torno de 15°C. A esse fenômeno de retenção de calor na Terra dá-se o nome de efeito estufa. Se não existisse o efeito estufa, a temperatura média na Terra seria em torno de –15°C e, consequentemente, não existiria água na forma líquida nem a grande variedade de seres vivos que existe hoje. Sugestão de atividade Uma parte menor do calor escapa para o espaço Radiação solar Parte do calor é retida na Terra Atmosfera Uma parte maior do calor é retida na Terra Atmosfera Terra Terra Esquema comparativo do efeito estufa natural e do efeito estufa intensificado pela ação humana. O efeito estufa tem se intensificado devido à grande emissão de gases poluentes, principalmente daqueles produzidos pela combustão de madeira, carvão, gás natural, petróleo e seus derivados. Esse fenômeno é responsável pelo aumento da temperatura média da superfície terrestre (aquecimento global), o que acarreta mudanças climáticas capazes de: • alterar a distribuição da flora e da fauna na superfície terrestre; • alterar o perfil dos continentes pela elevação do nível dos oceanos, não só pelo aumento da temperatura das águas, mas pelo derretimento do gelo presente nas regiões polares e nas geleiras; • alterar a produtividade agrícola; • destruir, por alagamento, centros urbanos localizados à beira-mar; • provocar aridez em diversas regiões do planeta Terra. Em condições normais, existe um gradiente de diminuição da temperatura do ar de acordo com o aumento da altitude (o ar é mais frio em lugares mais altos). Ao longo do dia, o ar frio tende a descer (porque é mais denso) e o ar quente tende a subir (pois é menos denso), criando correntes de convecção que renovam o ar junto ao solo. Assim, os gases normais e os poluidores são levados para as camadas mais altas da atmosfera e lá se dissipam. A inversão térmica caracteriza-se pela sobreposição de uma camada de ar quente a uma camada de ar frio que, sendo mais densa, fica “aprisionada” sob o ar quente. Esse é um fenômeno natural que ocorre durante todo o ano. No entanto, na estação fria ela se manifesta próximo à superfície do solo, evitando que as correntes de convecção se formem. Dessa forma, o ar junto ao solo fica estagnado e 292 292 EF19_7_CIE_L1_U1_02.indd Inversão térmica CIÊNCIAS CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 292 08/10/2018 11:13:59 SAE DIGITAL S/A Ar frio Ar mais frio Ar quente Ar frio Ar frio Ar quente Inversão térmica Situação normal Esquema comparando a inversão térmica com a situação normal. Afinamento da camada de ozônio Na rarefeita estratosfera, na faixa dos 25 mil metros, logo acima da altitude de cruzeiro dos aviões supersônicos, paira ao redor da Terra uma tênue camada de gás muito importante para o equilíbrio ecológico do planeta: a camada de ozônio. O ozônio (O3) presente nessa região é responsável pela proteção dos seres vivos contra a ação nociva dos raios ultravioleta irradiados pelo Sol. O afinamento da camada de ozônio foi originalmente detectado em 1985, por uma equipe de meteorologistas britânicos que monitorava a atmosfera sobre a Antártida. Segundo observações, durante vários meses do ano ocorre um afinamento na camada de ozônio no Hemisfério Sul. Fevereiro 1979 EF19_7_CIE_L1_U1_02.indd EF19_7_CIE_L1_U1_02.indd não sofre renovação. Nas cidades industriais, com grande densidade populacional, a inversão térmica causa o acúmulo de poluentes no ar, em concentrações que podem levar a efeitos danosos. Um exemplo de cidade brasileira que sofre de inversão térmica é São Paulo. Fevereiro 1999 Fevereiro 2018 (Fonte: Nasa – Disponível em: <https://ozonewatch.gsfc.nasa.gov>.) Imagens da camada de ozônio nos anos 1979, 1999 e 2018. As regiões mais azuladas indicam partes mais finas da camada de ozônio. CIÊNCIAS 293 Encaminhamento metodológico Analise com os alunos o esquema que representa a inversão térmica e explique a eles como esse processo ocorre, bem como suas consequências. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 293 293 08/10/2018 11:14:00 Realize mais uma vez um trabalho com o professor de Química ao detalhar para os alunos como ocorrem as reações químicas que ocasionam o afinamento da camada de ozônio. Dicas para ampliar o trabalho O buraco na camada de ozônio está diminuindo, afirma NASA [....] cientistas da NASA conseguiram provar, por meio de observações de satélites, que o buraco na camada de ozônio está diminuindo. Em um estudo publicado [...] relacionam a novidade ao Protocolo de Montreal. Em vigor desde 1989, o documento estipula que os países participantes substituam as substâncias que empobrecem a camada de ozônio, com destaque para o clorofluorcarboneto, também conhecido como CFC, usado em aerossóis. Esses compostos podem chegar à estratosfera, onde são afetados pela radiação ultravioleta do Sol, liberando os átomos de cloro que destroem as moléculas de ozônio que, por sua vez, protegem a Terra de absorver a radiação que pode prejudicar as formas de vida do planeta. [...] Os cientistas estimam que, por volta de 2060, o buraco tenha diminuído consideravelmente – ou até desaparecido. (Disponível em: <https:// revistagalileu.globo.com/Ciencia/ noticia/2018/01/o-buracona-camada-de-ozonio-estadiminuindo-afirma-nasa.html>. Acesso em: 20 ago. 2018.) Orientação para RA TierneyMJ/Shutterstock Após alguns anos de pesquisas sobre a atmosfera, dois químicos constataram que o ozônio estava sendo destruído em consequência de um vazamento de compostos químicos artificiais para a atmosfera. Os principais responsáveis eram um grupo de produtos químicos denominados clorofluorcarbonetos (CFC), popularmente chamados de freon ou frigen. Esses compostos foram amplamente utilizados nos frigoríficos, nas geladeiras, nos frigobares, nos aparelhos de ar-condicionado, nos aerossóis e sprays, nas espumas sintéticas utilizadas nos estofamentos de carros, colchões e tapetes, nas espumas sintéticas rígidas (geralmente brancas, como o isopor), nas embalagens de equipamentos eletrônicos, nas bandejas, nos pratos, nos copos descartáveis, nas caixas de ovos e nas embalagens de comida pronta. Em 1985, em um acordo internacional denominado Protocolo de Montreal, os países se comprometeram a trocar informações, estudar e proteger a camada de ozônio. O Chapéu e protetor solar são importantes Brasil aderiu a esse protocolo em 1990, comprometendo-se a para evitar queimaduras de Sol. eliminar o CFC completamente até 2010. Embora o afinamento da camada de ozônio já esteja regredindo, essa situação determinaria uma maior exposição à radiação ultravioleta. Nos seres humanos, haveria uma maior taxa de câncer de pele, incidência de catarata e problemas no sistema imunológico. Além disso, poderia ocorrer uma elevada taxa de mutação, tanto nas plantas quanto nos animais. O excesso de radiação ultravioleta afetaria o plâncton marinho e, consequentemente, as diversas cadeias alimentares, muitas das quais representam uma fonte de alimento para a humanidade. Encaminhamento metodológico Como o CFC reage com o ozônio? O CFC liberado na atmosfera atravessa a troposfera, atingindo a estratosfera, onde destrói centenas de milhares de moléculas de ozônio até se neutralizar entre 75 e 110 anos mais tarde. Segundo cálculos, uma única molécula de cloro pode destruir cerca de 100 mil moléculas de ozônio. Vejamos como ocorre a ação do CFC: • A radiação ultravioleta do Sol quebra as moléculas de CFC, deixando livres os átomos de cloro: CFC Radiação ultravioleta CF + C– • Os átomos de cloro reagem com o ozônio, originando oxigênio e monóxido de cloro: C– + O3 → O2 + CO • A radiação ultravioleta quebra as moléculas de ozônio, originando gás oxigênio e átomos de oxigênio: Luz O3 O2 + O– ultravioleta EF19_7_CIE_L1_U1_02.indd • Os átomos de oxigênio reagem com o monóxido de cloro, formando gás oxigênio e deixando livres os átomos de cloro: O– + CO → O2 + C– • Com a liberação de átomos de cloro, reinicia-se o ciclo. 294 CIÊNCIAS • Disponível em: <http://www.ebc.com.br/infantil/voce-sabia/2015/08/poluicao-doar-o-que-sao-os-poluentes-atmosfericos>. Acesso em: 05 set. 2018. O conteúdo disponível na realidade aumentada aborda os poluentes atmosféricos e os problemas que são causados pela poluição. Trabalhe o conteúdo como forma de revisão com os alunos, questionando-os sobre o que lembram a respeito do tema. Para ampliar o assunto, leia o texto indicado no link a seguir. 294 CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 294 08/10/2018 11:14:02 Leia a seguir o trecho da canção “Movido a água”, de Itamar Assumpção. Existe o carro movido a gasolina Existe o carro movido a óleo diesel Existe o carro movido a álcool Existe o carro movido a eletricidade Existe o carro movido a gás de cozinha Eu descobri o carro movido a água Quase eu grito eureca, Eurico Aí saquei que a água ia ficar uma nota E os açudes iam tudo secar Os rios não desaguariam mais no mar Nem o mar mais virar sertão Nem o sertão mais vira mar Banho nem de sol Chamei o anjo e devolvi a descoberta para o infinito Aleguei ser um invento inviável Só realizável por obra e graça do santo espírito Agora eu tô bolando um carro movido a bagulhos Dejetos, restos, detritos, fezes, três vezes estrume Um carro de luxo movido a lixo. (Disponível em: <https://www.letras.mus.br/itamar-assumpcao/272462/>. Acesso em: 20 ago. 2018.) De acordo com a letra da música, responda: a) Quais são os tipos de combustíveis citados no texto que movem os automóveis? b) Pesquise quais são os poluentes que esses combustíveis lançam no ambiente. c) Pesquise qual é o tipo de combustível que pode ser gerado do lixo. EF19_7_CIE_L1_U1_02.indd EF19_7_CIE_L1_U1_02.indd DESENVOLVER E APLICAR CIÊNCIAS 295 Encaminhamento metodológico Na seção “Desenvolver e aplicar”, os alunos têm à disposição a letra de uma música para analisarem e responderem às questões propostas. Respostas a) Gasolina, óleo diesel, álcool, eletricidade, gás de cozinha e água. b) Principalmente dióxido de carbono, monóxido de carbono, SOx e NOx. c) O gás metano. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 295 295 08/10/2018 11:14:03 Os poluentes são classificados em dois tipos: primários e secundários. Os primários são aqueles lançados diretamente no ambiente, por exemplo os gases emitidos pelas chaminés das fábricas e pelo escapamento dos automóveis. Já os poluentes secundários não são lançados diretamente no ambiente, mas surgem como resultado das reações químicas que ocorrem entre os poluentes primários e a atmosfera, por exemplo o que acontece com o ozônio. Esclareça aos alunos a diferença entre os poluentes primários e secundários, ajudando-os na interpretação da imagem. Respostas 1. De acordo com a definição, poluentes atmosféricos são gases e partículas sólidas resultantes das atividades humanas e de fenômenos naturais dispersos no ar atmosférico. Poluentes primários CO, NO, CO2 , SO2 , CXHY , NO2 e partículas em suspensão. Poluentes secundários HNO3, SO3 H2SO4, H2O2, –3 Estacionária Natural danylyukk1/Shutterstock Classificação dos poluentes Encaminhamento metodológico –2 O3 e sais de NO e SO4 . Fontes Móvel ATIVIDADES 1. O que são poluentes atmosféricos? 2. a) Resposta pessoal, mas espera-se que os alunos compreendam que a fumaça gerada pelos poluidores na cidade é maior do que a gerada pelos gases da Esquadrilha da Fumaça. b) Chaminés das fábricas e automóveis. 2. Observe a charge a seguir e responda: Não adianta. Não dá pra competir... ESQUADRILHA DA FUMAÇA NOS 450 ANOS DE SP (Jornal Correio Popular, 22 jan. 2004. Adaptado.) b) São Paulo é atualmente a cidade da fumaça preta, resultado das chaminés das fábricas que utilizam o carvão para o seu funcionamento. Cite duas fontes primárias de poluição retratadas na charge. 296 296 EF19_7_CIE_L1_U1_02.indd a) Explique o que você entendeu da charge acima. CIÊNCIAS CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 296 08/10/2018 11:14:04 Aeroporto – Sul da Ilha Em caso de congestionamento Desligue o motor Essa situação pode ser um grande problema no interior de túneis que fazem parte da rede viária de grandes metrópoles. Isso ocorre devido a um gás letal e inodoro que é liberado do escapamento dos automóveis. a) Qual é o nome desse gás? b) Por que esse gás pode levar o indivíduo à morte? 4. A poluição é causada por substâncias químicas ou agentes físicos no ambiente, geralmente de origem antrópica. Esses poluentes afetam a vida no planeta e prejudicam a saúde dos seres vivos. Sobre esse tema, analise as alternativas a seguir e assinale V para as alternativas verdadeiras e F para as falsas. a) ( V ) As queimadas alteram a quantidade de gases da atmosfera e são consideradas prejudiciais ao planeta. b) ( F ) Os carros e os caminhões não colaboram com o aumento da poluição, pois seus escapamentos filtram as impurezas que poderiam contaminar o ar. c) ( V ) Os vulcões são fontes naturais de poluição. d) ( V ) A atividade humana industrial libera no ar substâncias tóxicas que podem causar doenças pulmonares e até levar o indivíduo à morte. Aqui no campo, nunca haverá poluição do ar, ufa! Inspiring/Shutterstock 5. Observe a imagem a seguir. Você acha que a fala do agricultor está correta? Justifique sua resposta. EF19_7_CIE_L1_U1_02.indd EF19_7_CIE_L1_U1_02.indd 3. Observe a placa a seguir. CIÊNCIAS 297 Respostas 3. a) Esse gás é o monóxido de carbono (CO). b) O monóxido de carbono se liga à hemoglobina que, como já está sendo utilizada pelo CO, não se liga ao oxigênio. O indivíduo pode morrer por falta de oxigênio. 4. As respostas estão no livro do aluno. 5. Resposta pessoal, mas espera-se que os alunos consigam responder que os ventos levam a poluição para locais distantes de onde é gerada, sendo assim, mesmo que o agricultor resida numa região rural, onde não há fábricas e muitos automóveis, o ar poderá estar poluído. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 297 297 08/10/2018 11:14:05 Respostas 6. Sabe-se que o monóxido de carbono provém dos automóveis e é um grande poluidor atmosférico. Estima-se que são lançados, em média, 75,5 milhões de toneladas desse gás na atmosfera por ano. Sendo assim, cite duas medidas que podem ser adotadas para reduzir a poluição atmosférica causada por gases em sua cidade. 6. Investir em transporte coletivo, criar ciclovias, investir em combustíveis limpos etc. 7. A resposta está no livro do aluno. 8. O homem, que está escolhendo uma máscara para sair de casa, precisa dela porque o ar do lado de fora está muito poluído, o que é possível ver através da janela, ou seja, a máscara servirá para que ele possa respirar. 7. Qual das seguintes fontes de produção de energia é a mais recomendável para que ocorra a redução da emissão de dióxido de carbono na atmosfera? ( ( ( (X ) Óleo diesel ) Gasolina ) Querosene ) Vento 8. Observe a charge a seguir. (Disponível em: <www.arionaurocartuns.com.br>. Acesso em: 31 ago. 2018.) EF19_7_CIE_L1_U1_02.indd Descreva o que está levando o homem a tomar a atitude representada na charge. 298 298 CIÊNCIAS CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 298 08/10/2018 11:14:06 Industrialização e fenômenos atmosféricos – Relacionando conceitos ATMOSFERA pode sofrer danos pela poluição pode ser originada por fenômenos naturais fenômenos antrópicos provocados por provocados por industrialização vulcanismo automóveis EF19_7_CIE_L1_U1_02.indd incêndios florestais queimadas CIÊNCIAS 299 Encaminhamento metodológico Apresente o mapa conceitual e explique cada uma das relações horizontais e verticais entre os conteúdos e suas relações interdisciplinares. Isso proporcionará aos alunos experiências de aprendizagem que mobilizem os conhecimentos trabalhados no capítulo para interpretar a realidade local e global. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 299 299 08/10/2018 11:14:08 Objetivos do capítulo • Máquinas simples • Máquinas térmicas • Máquinas elétricas • Máquinas e poluição atmosférica • conhecer as máquinas simples, térmicas e elétricas; • identificar as aplicações das máquinas em atividades do cotidiano; REVOLUÇÃO INDUSTRIAL TRANSFORMAÇÃO DE INDÚSTRIAS E INOVAÇÃO • reconhecer que os motores que queimam combustíveis fósseis podem poluir o ar e trazer consequências negativas ao ambiente. • Classificação das alavancas; • Motor 4 tempos ou de Otto. INDÚSTRIA 1.0 Mecanização e energia a vapor. Encaminhamento metodológico 300 1784 un Neste capítulo, é trabalhada a habilidade EF07CI01, que se refere ao uso de máquinas ao longo da história da humanidade. O capítulo também aborda aspectos relacionados às habilidades EF07CI02, EF07CI03, EF07CI04, EF07CI05 e EF07CI06, que complementam as discussões relacionadas à termodinâmica, por exemplo. Observe com os alunos a imagem de abertura do capítulo. Ela representa algumas mudanças pelas quais as indústrias passaram ao longo da história da humanidade. Analise cada uma das fases, indicando aos alunos as principais mudanças ocorridas. A grande mudança proveniente da Revolução Industrial foi a substituição da mão de obra humana pelo maquinário. Cada vez mais a informatização dos processos está fazendo com que os maquinários sejam mais produtivos em menos tempo. Por outro lado, toda essa informatização tem exigido profissionais capacitados a operarem as máquinas. É importante discutir isso com os alunos para que eles percebam as mudanças que a Revolução Industrial causou e ainda causa na vida das pessoas. Para finalizar a discussão de abertura, pergunte aos alunos que exemplos de máquinas eles conhecem e quais usam em seu dia a dia. Talvez muitos se surpreendam ao perceberem INDÚSTRIA 2.0 Produção em massa, linha de montagem, energia elétrica. 1870 INDÚSTRIA 3.0 INDÚSTRIA 4.0 Era da eletrônica, Era do conhecimento, automação e compu- linhas de produção tação na operação cibernéticas, redes. de máquinas. 1969 elenabsl/Shutterstock Realidade Aumentada ATUALMENTE idade 1 Atmosfera ck ttersto nia/Shu Mihai Simo 3. Máquinas simples, térmicas e elétricas A industrialização é caracterizada pela substituição da mão de obra humana por máquinas. Isso faz com que o processo de fabricação de produtos seja mais rápido e se produza em maior quantidade. Mesmo causando vários problemas ambientais, como visto no capítulo anterior, a industrialização proporciona melhoria em outros aspectos da vida dos seres humanos. Você consegue listar situações cotidianas em que utilizamos algum tipo de máquina para facilitar uma tarefa? 300 que objetos muito simples e amplamente usados no cotidiano são classificados como máquinas. Em seguida, peça aos alunos que observem ao seu redor e identifiquem alguns objetos que funcionam como máquinas, por exemplo, a maçaneta da porta, a lâmina do apontador de lápis, o ventilador da sala de aula, o motor do cortador de grama etc. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 300 08/10/2018 11:14:16 Máquinas Na seção “Desenvolver e aplicar”, todos os exemplos citados na pergunta certamente são máquinas complexas formadas por grande número de peças, engrenagens, parafusos etc. Comente com os alunos que as primeiras máquinas que vamos estudar neste capítulo são denominadas máquinas simples justamente porque suas estruturas são tão básicas que às vezes parece estranho chamá-las de máquinas. Apesar disso, as máquinas simples, assim como as complexas, auxiliam-nos a realizar muitas tarefas. Em nosso cotidiano, utilizamos diversos tipos de máquinas para facilitar nossa vida. Seja para praticar esportes ou para locomoção de maneira mais eficiente, buscamos sempre aperfeiçoar o modo de realizar as tarefas diárias. Lembre-se das tarefas que você realiza diariamente. Quais são os objetos e os dispositivos eletroeletrônicos que auxiliam a abrir a porta, descascar uma fruta, mover-se até a escola? Discuta com seus colegas a respeito de como seria possível realizar tais tarefas de maneira manual, sem o auxílio de máquinas. DESENVOLVER E APLICAR Divulgação United Artists. A imagem é uma cena do filme Tempos modernos, que estreou em 1936, interpretado e produzido por Charles Chaplin. A obra satiriza situações do cotidiano dos trabalhadores no início do século XX e questiona a relação ser humano-máquina. Dicas para ampliar o trabalho Se achar oportuno, reserve um momento da aula e passe a cena do filme Tempos modernos que ilustra a seção “Desenvolver e aplicar”. EF19_7_CIE_L1_U1_03.indd Charles Chaplin em Tempos modernos. A cena em que Chaplin é engolido pelas engrenagens do maquinário tornou-se um clássico do cinema mundial e nos revela como essa relação pode ser contraditória. A máquina nos ajuda, mas, se usada de maneira extrema, também escraviza, obrigando-nos a seguir um ritmo cada vez mais acelerado e uma produção sempre maior. Agora, pense um pouco a respeito das máquinas para responder às questões. O que você entende por máquinas? Alguma coisa como a máquina do filme? Algo como máquinas de lavar roupa, de lavar louça, de cortar grama, de costura? Ou ainda carros, aviões, máquinas de guerra etc.? CIÊNCIAS 301 Encaminhamento metodológico Explique aos alunos que as máquinas servem para auxiliar as pessoas em suas tarefas diárias, por exemplo, a rampa de acesso auxilia as pessoas a irem de um andar inferior ao superior de um edifício, a tesoura permite realizar cortes mais precisos que as lâminas simples, como o estilete etc. Comente também que as máquinas que necessitam de uma fonte de energia, como as térmicas e as elétricas, também estão presentes em diferentes tarefas do cotidiano. No caso das máquinas térmicas, as principais aplicações estão relacionadas ao uso nos motores dos automóveis e usinas termoelétricas, enquanto as máquinas elétricas estão no secador de cabelo, aspirador de pó e, também, nos geradores das usinas de energia elétrica. No ícone “Oralidade”, os alunos deverão relatar seus conhecimentos a respeito dos usos das máquinas. Espera-se que relatem experiências pessoais que vivenciam em suas casas ou em atividades de lazer, por exemplo. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 301 301 08/10/2018 11:14:18 Com o desenvolvimento da tecnologia, os seres humanos foram construindo máquinas cada vez mais poderosas e complexas. Iniciaremos nossos estudos com as chamadas máquinas simples, ou seja, aquelas que não têm fonte de energia interna. Podem parecer inúteis em um primeiro pensamento, mas, se utilizadas da maneira correta, nos ajudam a realizar vários Dois exemplos de máquinas simples. À esquerda, sistema de tipos de trabalho. Observe as imagens engrenagens interligadas por corrente e, à direita, roldana fixa e corda. ao lado. Aleks Melnik/ Shu t tersto ck Comece a explicação acerca das máquinas simples falando da alavanca e discuta com os alunos o significado da famosa frase atribuída a Arquimedes: “Deem uma alavanca e um ponto de apoio e eu deslocarei o mundo”. Carlos Caetano/Shutterstock Máquinas simples Encaminhamento metodológico A alavanca nada mais é do que uma barra rígida (de madeira, metal ou outro material) que se move apoiada sobre algum tipo de suporte: o ponto de apoio. Nas alavancas, podemos identificar alguns elementos: o ponto de apoio, a força potente (esforço feito pela pessoa) e a força resistente, que é o objeto que se pretende deslocar. Se fizermos um esquema de alavanca, identificaremos ainda o braço de alavanca da força potente e o braço de alavanca da força resistente. Força potente F1 2001 SNOWBOUND, ALL RIGHTS RESERVED Alavancas Ilustração que representa a frase “Deem uma alavanca e um ponto de apoio e eu deslocarei o mundo”, atribuída a Arquimedes (século III a.C.), referindo-se ao uso das alavancas. Força resistente F2 d1 d2 Braço da força potente Braço da força resistente Ponto de apoio Todas as alavancas possuem três elementos comuns: o ponto de apoio, o braço da força potente e o braço da força resistente. 302 302 CIÊNCIAS CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 302 08/10/2018 11:14:21 Em seus experimentos, Arquimedes concluiu que uma alavanca está em equilíbrio quando os valores das forças multiplicadas às suas respectivas distâncias são iguais. F1 · d1 = F2 · d2 Ele percebeu que, para manter o equilíbrio da alavanca e diminuir o esforço (aplicar menos força para usar a alavanca), bastaria aumentar a distância entre o ponto de aplicação da força e o ponto de apoio. Dependendo da posição ocupada por cada elemento de uma alavanca, ela pode ser classificada em: interfixa, inter-resistente ou interpotente. Alavancas interfixas: são aquelas em que o ponto de apoio fica entre a força resistente e a força potente. Força resistente F2 F2 = será o peso de Fernanda = 40 kg · 10 m/s2 = 400 N d1 = será a distância que procuramos = x d2 = será a distância de Fernanda ao centro da gangorra = 1,5 m SAE DIGITAL S/A Força potente F1 Em seguida, é importante estabelecer as distâncias: Com os dados determinados, é possível usar a fórmula: F1·d1 = F2·d2 , em que, no caso do exercício apresentado, F1 é determinado pelo peso de Lucas, d1 é determinado pela distância entre Lucas e o ponto de apoio, F2 é determinado pelo peso de Fernanda e d2 é determinado pela distância entre Fernanda e o ponto de apoio. Inserindo os dados na fórmula, tem-se: Ponto de apoio SAE DIGITAL S/A Ilustração esquemática da alavanca interfixa. Força resistente Força potente 600 · x = 400 · 1,5 600x = 600 x = 600/600 x=1m Ponto de apoio Exemplos de alavancas interfixas: tesouras, martelos e guindastes. Alavancas inter-resistentes: aquelas em que a força resistente fica entre a força potente e o ponto de apoio. Força resistente F1 Lucas deve se sentar a 1 m do centro da gangorra. SAE DIGITAL S/A Força potente F2 Ponto de apoio EF19_7_CIE_L1_U1_03.indd SAE DIGITAL S/A Ilustração esquemática da alavanca inter-resistente. Força resistente Força potente Ponto de apoio Exemplos de alavancas inter-resistentes: quebra-nozes, carrinhos de mão e articulação do pé humano. CIÊNCIAS 303 Encaminhamento metodológico Ressalte a diferença entre os tipos de alavancas e suas respectivas funções em tarefas do dia a dia e cite exemplos de objetos e partes do corpo onde eles são encontrados. Sugestão de atividade Lucas e Fernanda têm massa de 60 kg e 40 kg, respectivamente, e querem brincar de gangorra. Se cada lado tem 1,5 m, a que distância do centro Lucas deve se sentar para que a gangorra fique em equilíbrio, sabendo que Fernanda está numa das extremidades do brinquedo? Solução: Primeiramente, é necessário calcular a força peso de Lucas e Fernanda. Para isso, utiliza-se a fórmula: P = m · g, em que P é a força peso, m é a massa e g é a força da gravidade. A força peso é dada em Newtons (N). F1 = será o peso de Lucas = 60 kg · 10 m/s2 = 600 N CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 303 303 08/10/2018 11:14:23 Alavancas interpotentes: aquelas em que a força potente fica entre o ponto de apoio e a força resistente. Encaminhamento metodológico Continue a explicação dos tipos de alavancas e suas respectivas funções em tarefas do dia a dia. Em seguida cite exemplos de objetos e partes do corpo onde essas alavancas são encontradas. Antes de iniciar a explicação a respeito das roldanas, pergunte aos alunos se lembram em quais situações do cotidiano elas são utilizadas, por exemplo, varal, vara de pesca, haste de bandeira etc. Analise com os alunos a imagem que mostra os componentes de uma roldana fixa. Na seção “Para saber mais”, há um texto que relata o primeiro uso de um sistema de roldanas. Leia-o com os alunos. SAE DIGITAL S/A Força potente F1 Força resistente F2 Ponto de apoio SAE DIGITAL S/A Ilustração esquemática da alavanca interpotente. Força resistente Força potente Ponto de apoio Exemplos de alavancas interpotentes: uso do bíceps no braço humano e pinças. É importante destacar que alavancas interpotentes são utilizadas para diminuir a força aplicada, ou seja, a força potente é maior que a força resistente, por isso objetos delicados como pinças e cortadores de unhas são classificados como alavancas desse tipo. Roldanas Orientação para RA O objetivo deste jogo é classificar diferentes itens de nosso cotidiano em alavancas do tipo interfixa, inter-resistente e interpotente. Para isso, o jogo apresenta objetos encontrados pela personagem em um baú e que devem ser classificados pelos alunos. SAE DIGITAL S/A Sulco Roldanas são máquinas simples que auxiliam em diversas atividades do nosso dia a dia. São discos com um sulco no qual uma corda se encaixa. Essa corda pode correr livremente ou não. Existem, basicamente, dois tipos de roldanas: fixa e móvel. Elas são utilizadas em academias, construções e elevadores. Eixo Disco Corda Roldana fixa e corda. [...] A história relata que Arquimedes foi a primeira pessoa que construiu e usou um sistema de roldanas, assim ele podia deslocar grandes pesos exercendo pequenas forças. Para mostrar a eficiência deste dispositivo, ele preparou uma espetacular demonstração experimental: um navio da frota real grega foi tirado da água, com grande esforço, por um grupo de soldados e colocado sobre a areia da praia. Ligando o sistema de roldanas ao navio, Arquimedes convidou o Rei Hieron para puxar a extremidade livre da corda, o qual conseguiu sozinho e sem grande esforço arrastar o navio sobre a areia, causando surpresa geral e fazendo aumentar ainda mais o prestígio de Arquimedes junto ao Rei. [...] (Disponível em: <www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=pmd&cod=_ pmd2005_i2102>. Acesso em: 17 ago. 2018. Adaptado.) 304 304 EF19_7_CIE_L1_U1_03.indd PARA SABER MAIS CIÊNCIAS CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 304 08/10/2018 11:14:26 Vinicius Bacarin/Shutterstock As roldanas fixas são usadas para mudar a direção e/ou o sentido de uma força. Em relação à intensidade da força aplicada não há ganhos, pois ela é a mesma que a força resistente. Veja dois exemplos em que as roldanas fixas facilitam o trabalho: SAE DIGITAL S/A Quando se tira água de um poço, o balde desce ao fundo e volta graças ao auxílio de uma roldana. Nas cerimônias de hasteamento de bandeiras, as roldanas fixas estão presas ao mastro. Elas redirecionam o sentido de aplicação da força e permitem a subida da bandeira. SAE DIGITAL S/A Roldanas móveis As roldanas móveis reduzem a força aplicada e movimentam-se com o objeto transportado, pois seu eixo não é fixo. Em uma roldana como a representada no esquema ao lado, o peso do corpo é sustentado por duas forças: uma exercida pelo suporte fixo e outra, pela pessoa. Portanto, usando uma roldana como essa, é possível sustentar um objeto exercendo uma força de intensidade igual à metade do peso dele. Associação de roldanas As associações de roldanas são usadas quando há necessidade de erguer objetos muito pesados. Quando o sistema é formado por uma roldana fixa e diversas móveis, determinamos a força a ser aplicada dividindo a força resistente por 2n, em que n será o número de roldanas móveis do sistema. Veja nos exemplos a seguir algumas situações. D C B Fixa Fixa Fixa F=R F= R 2 Esquema de uma roldana móvel sustentando um peso. Fixa F= R 4 F= R 8 SAE DIGITAL S/A A EF19_7_CIE_L1_U1_03.indd EF19_7_CIE_L1_U1_03.indd Roldanas fixas Esquema mostrando uma roldana fixa (A) e três associações (B, C, D) compostas de uma roldana fixa e roldanas móveis em diferentes quantidades. Observe que a força aplicada para suspender os objetos diminui conforme se aumenta o número de roldanas móveis. CIÊNCIAS 305 Encaminhamento metodológico Ao falar da associação de roldanas, explique que as ilustrações demonstram diferentes maneiras de organizá-las e de que forma a associação de roldanas reduz a força necessária para levantar determinados objetos. Em A, a roldana é fixa. Para um peso R, será preciso aplicar uma força F de valor igual (F = R). Em B, temos um sistema com uma roldana fixa e uma móvel, então 21 = 2. A força a ser aplicada será R/2¹ (F = R/2), ou seja, a metade do peso do corpo. Em C, o sistema é formado por uma roldana fixa e duas móveis, por isso teremos 22 = 4. A força aplicada deverá ser de R/2² (F = R/4), ou seja, terá 1/4 do peso do objeto. Finalmente, em D, há três roldanas móveis no sistema (2³ = 8), então a força a ser aplicada terá intensidade de R/2³ (F = R/8), isto é, oito vezes menor que o peso do objeto. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 305 305 08/10/2018 11:14:28 Existem outras composições usando roldanas, sendo esses apenas alguns exemplos possíveis. De maneira geral, na associação de roldanas, o valor da força resultante é determinado por: F = R/2n Sendo: F – a força a ser aplicada; R – a força resistente; n – o número de roldanas móveis. Encaminhamento metodológico Na seção “Interação”, os alunos deverão pesquisar exemplos de associações de polia e outros tipos de máquinas simples. Após realizarem a pesquisa, oportunize aos alunos um momento para que compartilhem o que descobriram com os demais colegas. INTERAÇÃO Em pequenos grupos, pesquisem outros tipos de associações de polia e outros tipos de máquinas simples, como o plano inclinado e o parafuso. Em sua pesquisa, busque informações em sites confiáveis e livros indicados pelo professor. ATIVIDADES Respostas Sugestão de atividade 1. Roberval quer montar um móbile para seu filho mais novo. Para isso, montou o esquema a seguir para mostrar à sua esposa que a ideia é de fácil execução e segura. Qual deve ser o valor da força potente (P) aplicada a essa alavanca interfixa, a fim de se obter o equilíbrio? 2. A vantagem mecânica de um dispositivo é definida pela razão R/F, em que F é a força exercida por uma pessoa para elevar uma carga cujo peso é R. Considerando as montagens a seguir, a única em que a vantagem mecânica é menor que 1 está representada em: b) a) F x F R R R = 20 N Solução: 2x + x = 3,6 m 3x = 3,6 m x = 1,2 m F1 · d1 = F2 · d2 20 · 1,2 = P · 2,4 24 = P · 2,4 P = 10 N. 306 c) F R 306 d) F R CIÊNCIAS CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 306 08/10/2018 11:14:30 EF19_7_CIE_L1_U1_03.indd P=? EF19_7_CIE_L1_U1_03.indd 2x 3,60 m d) 3drenderings/Shutterstock c) SergiyKuzmin/Shutterstock a) Interfixa. b) Interfixa. c) Interpotente. d) Inter-resistente. 2. B b) AlexMalikov/Shutterstock a) DJTaylor/Shutterstock 1. Identifique os tipos de alavancas apresentados a seguir. 1. EF19_7_CIE_L1_U1_03.indd EF19_7_CIE_L1_U1_03.indd SAE DIGITAL S/A Máquinas térmicas VASF/W.Commons Ilustração esquemática demonstrando o trabalho realizado por um cavalo suspendendo, por meio de corda e roldana fixa, um balde de 75 kgf a 1 m de altura em 1s. Representação da bomba hidráulica de Thomas Savery. Newton Henry Black/W.Commons Vimos que as máquinas simples foram, por muitos anos, fundamentais para o desenvolvimento da sociedade, pois possibilitaram a realização de tarefas com menor esforço físico. Até hoje elas são amplamente utilizadas. Entretanto, com o passar do tempo, o ser humano desenvolveu diferentes ferramentas, dispositivos e máquinas sofisticadas na busca de superar suas limitações e realizar suas tarefas gastando menos energia. Por exemplo, animais foram usados como força motora de máquinas. Observe na imagem ao lado que um cavalo está usando sua força para puxar água de um poço. Com o trabalho de especialistas, técnicos e engenheiros, foram desenvolvidas máquinas que passaram a ser utilizadas em substituição a animais e pessoas em tarefas específicas, por exemplo, na retirada de água das minas de carvão. Nessa época, a tarefa de retirar água das minas de carvão era muito dispendiosa, exaustiva e demorada, pois envolvia o trabalho de muitos animais e pessoas. Motivados por esse desafio, alguns projetistas de máquinas começaram a desenvolver dispositivos que executassem tais tarefas fazendo uso do calor como fonte de energia. Todos os corpos e objetos são feitos de átomos que estão em constante movimento, possuindo energia que se chama energia interna de um corpo – é basicamente a velocidade com que as partículas se movem. A grandeza física que está associada a essa agitação das moléculas é a temperatura. Mas, e o que é calor? Calor é uma grandeza física que mede essa energia térmica em movimento entre dois corpos com temperaturas diferentes e é um dos princípios básicos do funcionamento das máquinas térmicas. A primeira máquina térmica foi inventada pelo físico francês Denis Papin, mas foi Thomas Savery, um engenheiro militar inglês, que criou a primeira máquina a vapor industrial com o objetivo de retirar água dos poços das minas de carvão. Entretanto, devido a problemas técnicos, essa máquina não obteve sucesso. Anos depois, em 1712, outro engenheiro inglês, Thomas Newcomen, desenvolveu um modelo de bomba hidráulica capaz de realizar a retirada de água das minas de maneira mais eficiente se comparada ao esforço realizado por animais e pessoas. como é o caso da máquina térmica de Watt, mas dificilmente os trabalhos são desenvolvidos de maneira isolada. Representação da bomba hidráulica de Newcomen. CIÊNCIAS 307 Encaminhamento metodológico Ao explicar a respeito das máquinas térmicas, comente com os alunos como eram realizadas as tarefas que exigiam esforços físicos. Explique que, antes do uso de máquinas térmicas, as tarefas eram realizadas por animais, entre eles os seres humanos, ocasionando cansaço físico aos seres vivos e demandando maior tempo para a execução da atividade. Utilize a ilustração para explicar que o uso de máquinas simples pode ser considerado como um meio de auxiliar na realização de tarefas, o que pode ser observado na imagem que ilustra a retirada da água de um poço com auxílio de uma roldana. Comente que as imagens da bomba hidráulica de Savery e de Newcomen ilustram as máquinas antecessoras à máquina térmica. Valorize o desenvolvimento dos protótipos, pois tanto a ciência quanto o desenvolvimento tecnológico ocorrem de maneira conjunta, em que vários estudiosos se dedicam para descobrir, inventar ou melhorar algo. Comente que muitas vezes apenas um cientista acaba tendo maior destaque, levando o mérito de ser o idealizador de um experimento ou dispositivo, CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 307 307 08/10/2018 11:14:31 Por volta de 1775, James Watt, após realizar uma série de estudos na bomba hidráulica de Newcomen, desenvolveu a primeira máquina térmica de rendimento superior às suas antecessoras. Eram chamadas assim porque utilizavam o Entrada calor para transformar água em vapor, de vapor o qual era capaz de movimentar um pistão, que, por sua vez, movia um eixo, acionando uma manivela que permitia Pistão aproveitar a energia mecânica proveniente dos movimentos contínuos para Cilindro a realização de tarefas. No estudo das máquinas térmicas, podemos associar o movimento contínuo que elas realizam com a capacidade de realizar trabalho. Em Física, o termo trabalho significa uma atividade que envolve força Condensador e deslocamento, ou seja, o trabalho é realizado quando se aplica força sobre um objeto e ele se desloca. Ele pode ser Representação da máquina a vapor de Watt. representado pelo símbolo τ. De acordo com a primeira lei da termodinâmica, a energia não é criada nem destruída, mas pode ser transformada. Assim, ao fornecer calor (Q) à máquina térmica, há uma elevação de temperatura que provoca o aumento da energia interna (U) desse sistema, e por meio dos dispositivos mecânicos a energia térmica é transformada em energia mecânica. Dessa forma, há algum tipo de movimento, ou seja, é realizado um trabalho mecânico (τ). Dessa maneira, o calor (Q) fornecido é igual à soma da energia utilizada para movimento, ou seja, trabalho mecânico ( τ ), mais a energia interna (U) da máquina. Matematicamente: Q =τ+ U Essas três grandezas envolvidas são formas de energia: EM TEMPO calor (Q) é energia térmica, U é a energia interna e o trabalho mecânico ( τ ) está relacionado à energia de movimento, ou Caloria: quantidade de energia necessária seja, energia mecânica. Assim, todas têm a mesma unidade de para elevar em 1°C a temperatura de 1 g de água. medida: joule (J). Existem outras unidades para a medida de energia, como a caloria (cal) popularmente utilizada no Brasil. De acordo com a segunda lei da termodinâmica, durante o processo de funcionamento da máquina térmica ocorrem perdas que não permitem que o rendimento seja total. Assim, para determinar o rendimento de uma máquina térmica, temos: η = τ /Q Sendo η o rendimento, τ o trabalho realizado, ou seja, a energia utilizada para movimento, e Q a energia fornecida na forma de calor. O rendimento η possibilita determinar quanto de calor utilizado pela máquina é convertido em trabalho. Quanto mais próximo de 1, melhor o rendimento. Encaminhamento metodológico EF19_7_CIE_L1_U1_03.indd SAE DIGITAL S/A Apresente a definição da primeira lei da termodinâmica, considerando que ela está representada no processo de funcionamento da máquina térmica. Explique que nesse tipo de máquina ocorre a transformação da energia térmica em energia mecânica. Ao falar do rendimento da máquina térmica, explique que, conforme a segunda lei da termodinâmica, é impossível obter de um sistema termodinâmico um rendimento igual a 100%. Explique que em todo processo a perda de energia pode ocorrer de diferentes formas, principalmente na forma de calor. 308 308 CIÊNCIAS CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 308 08/10/2018 11:14:33 FONTE QUENTE QFQ Máquina térmica QFF FONTE FRIA SAE DIGITAL S/A τ Diagrama esquemático do fluxo de uma máquina térmica. Um exemplo prático: de maneira simplificada, no motor de um carro a fonte quente (QFQ) é a queima do combustível, o trabalho mecânico ( τ ) é o movimento proporcionado ao carro e a fonte fria (QFF) é o ambiente externo. Nesse tipo de motor, parte da energia conseguida pela queima do combustível é perdida em forma de calor pelo aquecimento do motor e pelos gases expelidos pelo cano de escape, por exemplo. PARA SABER MAIS EF19_7_CIE_L1_U1_03.indd EF19_7_CIE_L1_U1_03.indd James Watt valia-se do conceito físico de energia para demonstrar que sua máquina, comparada aos homens e aos animais, era realmente capaz de realizar determinadas tarefas em um menor tempo. Demonstrando matematicamente sua potência, temos: P= τ /t Sendo P a potência (watt), τ o trabalho mecânico (joule) e t o tempo (segundos) em que foi realizado esse trabalho. Analisando essa equação, nota-se que a potência é diretamente proporcional ao trabalho realizado, ou seja, à quantidade de energia utilizada para gerar movimento, e também inversamente proporcional ao tempo, ou seja, quanto menor for o tempo empregado por uma máquina para realizar determinado trabalho, maior será a sua potência e consequentemente maior o seu rendimento. Para realizar trabalho mecânico, uma máquina térmica sempre utiliza duas fontes: uma quente e uma fria. O calor que a máquina recebe sempre vem da fonte quente. Parte da energia recebida da fonte quente (QFQ) é utilizada para realizar movimento, ou seja, é convertida em trabalho ( τ ), enquanto outra parte perde-se para a fonte fria (QFF). Dessa forma, o trabalho realizado é igual à energia retirada da fonte quente menos a energia perdida para a fonte fria ( τ =QFQ – QFF). Observe o esquema a seguir. Máquinas frigoríficas Como pudemos perceber anteriormente, nas máquinas térmicas o natural é sempre que o calor flua do corpo mais quente para o mais frio. Nas máquinas frigoríficas ocorre o contrário, o calor segue, forçadamente, de um corpo frio para um corpo quente. Em uma geladeira, a fonte fria é o interior desta, enquanto a fonte quente é o ambiente onde ela está. É o motor da geladeira que realiza trabalho ao tirar calor da fonte fria (alimentos que estão dentro da geladeira), jogando para o ambiente, e é este trabalho que aparece na conta de luz como energia elétrica gasta. Mas e se deixarmos a porta da geladeira aberta, conseguiremos esfriar o ambiente? CIÊNCIAS 309 CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 309 309 08/10/2018 11:14:34 DESENVOLVER E APLICAR Encaminhamento metodológico Os seres humanos deixaram de ser nômades quando passaram a dominar as técnicas de agricultura e de pecuária e fixaram residência. Nessa época, os povos buscavam estabelecer suas aldeias em regiões próximas às margens dos rios para garantir água para o consumo próprio, dos animais e para uso na agricultura. Além disso, passaram a desenvolver ferramentas que os auxiliassem em suas tarefas, como o arado. Essa ferramenta era utilizada para revolver a terra com o objetivo de prepará-la para o plantio. Existiram diferentes tipos de arados. Os primeiros eram simplesmente galhos de árvores que os agricultores passavam no solo para fazer sulcos e que removiam somente a camada superficial. Com o passar dos anos, começaram a fazer uso de ferramentas de madeira e metal, mais eficientes e movidas a força animal, cujo resultado era superior, pois, além dos sulcos, os arados reviravam a terra e aumentavam a produtividade agrícola. DnBr/Shutterstock Na seção “Desenvolver e aplicar”, destaca-se a evolução do arado como ferramenta principal para o desenvolvimento da agricultura. Espera-se que os alunos percebam que a evolução tecnológica dos tipos de dispositivos utilizados para fazer a ferramenta de arado, bem como a substituição dos animais por máquinas, colaboraram para esse avanço. Oportunize um momento para que os alunos possam conversar a respeito do que descobriram ao realizarem a atividade. Atribui-se aos egípcios a criação do arado. A tração animal pode ser usada para arar o solo. 310 310 EF19_7_CIE_L1_U1_03.indd Vyntage Visuals/Shutterstock Muitos anos se passaram e o avanço tecnológico permitiu que a tração animal desse lugar aos tratores e os simples arados pontiagudos fossem substituídos por enormes arados de discos rotativos. Essa evolução tecnológica, associada às práticas sustentáveis de agricultura, possibilitou grande revolução na produção agrícola, a qual passou de familiar e de subsistência para grandes produções agrícolas. Converse com seus colegas e discutam a importância do uso das máquinas simples e das máquinas térmicas no desenvolvimento da agricultura. CIÊNCIAS CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 310 08/10/2018 11:14:46 • Disponível em: <http:// www.cienciamao.usp.br/tudo/ exibir.php?midia=cbef&cod=_ laboratoriocaseirocalori>. Acesso em: 21 ago. 2018. Os estudos sobre o calor realizados por diferentes cientistas na época do desenvolvimento das máquinas térmicas, além de contribuírem para o aumento do rendimento desses dispositivos, trouxeram maior compreensão da relação entre trabalho e energia térmica. Define-se calor como a energia transferida de um lugar para outro. Os diferentes materiais não possuem calor, mas sim energia interna; dessa forma, ao absorver ou ceder calor de determinada fonte, a energia interna dessa substância irá aumentar ou diminuir, respectivamente. A transferência de calor entre dois corpos ocorre, num processo natural, do corpo com maior temperatura para o corpo de menor temperatura. Transferência Considerando um sistema hipotético de calor livre de perdas, o calor que flui de um corpo com maior temperatura é absorvido pelo corpo com menor temperatura, dessa forma, a energia do sistema se conserva. Entropia Quente Frio A troca de calor entre os corpos com temperaturas diferentes cessa Segunda Lei da Termodinâmica quando ambos atingem a mesma temperatura. Esse fenômeno é chamado de O calor flui do corpo de maior temperatura para o de menor temperatura. equilíbrio térmico. Para medir o calor transferido entre dois corpos em um sistema fechado ou TA medir o calor de reações químicas ou TB mudanças físicas, bem como a capacidade de calor, é possível usar um instrumento denominado calorímetro. Fouad A. Saad/Shutterstock 2. Proponha aos alunos a construção de um forno solar de baixo custo utilizando materiais simples. As instruções podem ser encontradas no link a seguir. erstock Rattiya Thongdumhyu/Shutt • Disponível em: <http:// solarcooking.wikia.com/ wiki/%22Minimum%22_Solar_ Box_Cooker?li_source=LI&li_ medium=wikia-footer-wikirec>. Acesso em: 21 ago. 2018. T T EF19_7_CIE_L1_U1_03.indd EF19_7_CIE_L1_U1_03.indd Calor e temperatura Equilíbrio térmico O equilíbrio térmico ocorre quando dois corpos de temperaturas iniciais diferentes igualam suas temperaturas finais. Calorímetro. CIÊNCIAS 311 Encaminhamento metodológico Ao explicar os conceitos de calor e temperatura, comente que é muito importante diferenciá-los. Calor é a transferência de energia entre corpos em estados térmicos distintos e esse processo cessa quando ambos atingem a mesma temperatura, ou seja, atingem o equilíbrio térmico. A temperatura está relacionada ao nível de agitação térmica das moléculas que formam os corpos. Por meio do tato ou observando, por exemplo, a agitação de um líquido sendo aquecido em uma chama, é possível afirmar que esse corpo está com a temperatura elevada, entretanto, não é possível determinar qual é a sua temperatura. Explique que, para isso, faz-se necessário o uso de termômetros analógicos ou digitais. Sugestão de atividade 1. O texto didático explica o funcionamento do calorímetro. Se achar oportuno, é possível construir um modelo de baixo custo. As instruções podem ser encontradas no link a seguir. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 311 311 08/10/2018 11:15:20 Vimos que um dos efeitos do fornecimento de calor a um corpo é o aumento da energia interna. Esse ganho de temperatura, se analisado em nível microscópico, mostra que o corpo, ao ser aquecido, apresenta maior agitação em sua estrutura molecular. Isso nos permite definir que a temperatura é uma grandeza física associada à agitação molecular da substância. Corpo com temperatura baixa Partículas menos agitadas Corpo com temperatura alta Partículas mais agitadas O grau de agitação das moléculas depende da temperatura do corpo. Quanto maior for a temperatura, maior será o grau de agitação das moléculas que formam o corpo. Quando um corpo é aquecido, ele aumenta de tamanho e, ao ser resfriado, ele diminui de tamanho. Esses dois fenômenos físicos são conhecidos, respectivamente, como dilatação térmica e contração térmica. Observe a imagem a seguir. A barra tem determinado comprimento (L0) a determinada temperatura (T0). Quando a barra é aquecida (T = T0 + ∆T), a temperatura adicional (∆T) faz com que aumente seu comprimento (L). Isso significa que a barra sofreu dilatação linear. T0 L0 ∆L T = T0 + ∆T L Os trilhos de trem apresentam espaços para não romperem ao se dilatarem. 312 312 EF19_7_CIE_L1_U1_03.indd Entre os trilhos que formam as linhas dos trens ou metrôs é necessário deixar um espaço para que um trilho não desloque o outro quando se dilatarem. A água apresenta um comportamento anômalo ao mudar de temperatura. Ela, ao contrário de outros materiais, aumenta seu volume ao ser resfriada. designbydx/Shutterstock Representação da dilatação linear de uma barra. CIÊNCIAS CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 312 08/10/2018 11:15:23 Variação de superfície ∆S Superfície inicial S0 v0 Aquecimento Sugestão de atividade 1. Solicite uma pesquisa dos diferentes tipos de termômetros que são utilizados, por exemplo, nas indústrias, pois é comum os alunos conhecerem somente os termômetros clínicos. v 2. Caso o laboratório da escola tenha termômetros clínicos analógicos ou digitais, faça alguns experimentos simples comparando a precisão de medida de temperatura entre esses dois modelos. Representação da dilatação superficial e volumétrica. grey_and/Shutterstock Dana_C/Shutterstock Para determinar os valores de dilatação dos corpos, podemos utilizar as expressões matemáticas a seguir. As letras gregas α, β e γ são chamadas de coeficientes de dilatação e estão relacionadas ao tipo de material que está sofrendo a dilatação térmica, sendo que β = 2α; γ = 3α. ∆L= α · L0 · ∆T, e ∆L = Lf – L0 ∆A= β · A0 · ∆T, e ∆A = Af – A0 ∆V= γ · V0 · ∆T, e ∆V = Vf – V0 ∆L, ∆A e ∆V são as variações no comprimento, na área e no volume, respectivamente, dos corpos estudados. Ao medir a temperatura de um corpo, estamos, na realidade, medindo sua agitação molecular. Como essa agitação ocorre em nível microscópico, é impossível realizar medidas de temperatura baseadas nos efeitos da agitação molecular. Uma maneira de saber se um corpo está com a temperatura elevada é aproximando a mão, pois por meio do tato podemos ter uma referência sensorial ou, como foi explicado anteriormente, observar se o corpo sofreu uma dilatação térmica. Entretanto, se quisermos saber o valor exato da temperatura, precisamos utilizar um aparelho chamado termômetro. Existem termômetros analógicos e digitais. Os analógicos apresentam uma escala graduada com valores mínimos e máximos e divisões de acordo com a escala termométrica que estiver graduada. Os digitais possuem um mostrador que registra o valor da temperatura do corpo que se está medindo. O funcionamento da maior parte dos termômetros tem como base o fenômeno do equilíbrio térmico. O termômetro clínico, por exemplo, após entrar em contato com o corpo do qual se está medindo a temperatura, passados alguns minutos, entra em equilíbrio térmico e marca a temperatura desse corpo. Por isso, ao medirmos a temperatura do corpo humano, é necessário esperar alguns minutos antes de conferir a temperatura. No caso dos digitais, estes possuem um aviso sonoro que dispara quando o termômetro atinge o equilíbrio térmico com o corpo da pessoa. Existem ainda os termômetros digitais a laser, que medem a temperatura por meio do contato de um feixe de laser com o corpo em questão. EF19_7_CIE_L1_U1_03.indd EF19_7_CIE_L1_U1_03.indd Quando a dilatação é predominante em duas dimensões, é chamada de superficial; quando é em três dimensões, é chamada de volumétrica. Observe a imagem: à esquerda observamos a dilatação superficial, ou seja, ampliam-se a largura e o comprimento; já à direita, observamos a dilatação volumétrica, na qual se ampliam a largura, a altura e o comprimento. Termômetro clínico analógico. Termômetro clínico digital. CIÊNCIAS 313 Encaminhamento metodológico Comente que a dilatação térmica pode ser categorizada em linear, superficial e volumétrica, explicando a diferença entre esses três tipos e suas respectivas fórmulas. Comente que o coeficiente de dilatação térmica depende do tipo do material e normalmente ele é obtido por meio de tabelas específicas. Retome a explicação dos termômetros analógicos e digitais comentando as diferenças entre ambos. Explique que no analógico é possível notar a escala com as divisões entre cada unidade e os valores máximo e mínimo que ele mede. Explique que os termômetros baseiam seu funcionamento no fenômeno do equilíbrio térmico, ou seja, ele registra a temperatura do corpo após ambos os corpos estarem na mesma temperatura. Comente que o calor flui do corpo de maior temperatura para o corpo de menor temperatura; assim, durante essa transferência de energia entre os corpos, ocorre a elevação da agitação das moléculas do corpo que recebe calor, mas isso não é visível. Entretanto, podemos listar como consequências dessa manifestação a elevação da temperatura do corpo e a possível dilatação térmica. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 313 313 08/10/2018 11:15:23 Máquinas e motores de combustão Encaminhamento metodológico 314 utte rsto ck phart Creatio n/Sh M or Observe a seguir as quatro etapas do funcionamento do motor. 1.a etapa: admissão do ar e combustível. 2.a etapa: compressão. Válvula de admissão 3.a etapa: explosão e expansão. 4.a etapa: expulsão de gases. Válvula de escape ADMISSÃO 314 COMPRESSÃO EXPLOSÃO ESCAPAMENTO Posição do pistão em cada etapa de funcionamento do motor de um automóvel. Observe a posição das válvulas de admissão (à esquerda) e de escape (à direita) em cada etapa do processo de funcionamento do motor. EF19_7_CIE_L1_U1_03.indd Andrea Danti/Shutterstock Explique aos alunos que os motores automotivos foram uma evolução das máquinas térmicas, portanto, mais uma vez é importante destacar que a ciência e a tecnologia andam juntas e são feitas pelas ideias de inúmeros cientistas e não somente do idealizador do produto, nesse caso Nikolaus August Otto. Comente que, diferente do que ocorreu com as máquinas térmicas, que eram fixas e serviam para determinadas tarefas, as máquinas desenvolvidas por Otto tiveram aplicação principalmente para atender o trabalho em dispositivos móveis, ou seja, veículos automotores. Explique o ciclo de funcionamento do motor e como ocorrem as etapas de admissão, compressão, explosão e expansão e expulsão dos gases. O fluxo do ar e do combustível nas etapas do funcionamento de um motor a explosão obedecem à sequência a seguir. 1.ª etapa: ocorre a admissão da mistura de ar e combustível a baixa pressão; 2.ª etapa: acontece a compressão dessa mistura com a subida do pistão, provocando elevação da pressão e da temperatura; 3.ª etapa: ocorre a explosão da mistura, causada por uma faísca elétrica originada pela vela de ignição, e consequente aumento da pressão e da temperatura, seguido de uma expansão. É nessa etapa que há realização de trabalho, responsável pelo movimento; 4.ª etapa: acontece a expulsão dos gases resultantes, com a abertura da válvula de saída e a subida do pistão. É importante ressaltar o funcionamento dos motores de combustão, pois serve de gancho para explicar a poluição proveniente dos gases emitidos por motores de veículos automotores e pelas usinas termoelétricas que queimam combustíveis fósseis. Os motores utilizados nos veículos automotores, tais como conhecemos hoje em dia, passaram por inúmeros aperfeiçoamentos entre 1700 e 1800. Nesse período, foram realizados inúmeros trabalhos científicos que buscavam encontrar um tipo de combustível que, além de ser de rápida combustão, pudesse ser confinado em um reservatório sem apresentar risco de explosão. Depois de muitas tentativas de cientistas, como Robert Street, Eugene Barsanti, Felici Mattuci e Étienne Lenoir, em 1861 um modelo próximo ao que é utilizado atualmente nos automóveis foi desenvolvido. O proModelo do motor tótipo desse motor foi desenvolvido pelo desenvolvido por Otto. alemão Nikolaus August Otto. Os motores de combustão são formados por um bloco de ferro ou alumínio onde são montadas as câmaras de combustão e os cilindros, nos quais se movimentam os pistões. A transformação e o aproveitamento da energia produzida na explosão, oriundos das câmaras de combustão, ocorrem por meio de um sistema articulado com os pistões. Esse sistema, composto do virabrequim e da biela, transforma o movimento sincronizado de subida e descida dos pistões em rotação contínua. Ao girar o virabrequim, o movimento de rotação do motor chega até as rodas através de um sistema de transmissão, que é interligado às rodas dianteiras e traseiras do carro. Com a implementação da indústria automobilística, uma das principais aplicações do motor a explosão foi nos veículos automotores. Embora os motores de automóveis tenham potências e disposições diferentes, conforme o modelo e o fabricante do veículo, é possível identificar peças com funções semelhantes, por exemplo, pistão, cilindro, vela, sistema biela-manivela, entre outros dispositivos que, ao realizarem um trabalho em conjunto, colocam o motor em movimento. CIÊNCIAS Orientação para RA O objetivo desta animação é ilustrar as fases de um motor 4 tempos, comum em carros e outros meios de transporte. Aproveite o conteúdo da animação para mostrar aos alunos cada uma das etapas do ciclo e discutir detalhadamente o funcionamento desse tipo de motor. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 314 08/10/2018 11:15:46 Esclareça que os geradores são utilizados em usinas geradoras de energia elétrica e, independentemente de estas serem nucleares, térmicas ou hidráulicas, seu princípio de funcionamento é o mesmo: a energia elétrica é transformada a partir do movimento do eixo do gerador. O que difere nessas usinas é a maneira como o movimento é produzido no gerador. No caso das usinas hidráulicas, a energia da água faz os geradores se movimentarem; já nas demais usinas citadas, o vapor é o responsável pela movimentação dos geradores. Jeff Zehnder/Shutterstock O desenvolvimento das máquinas elétricas contou com a contribuição de inúmeros cientistas que elaboraram diferentes dispositivos eletromecânicos entre as décadas de 1820 a 1890. Entre esses cientistas, o físico dinamarquês Hans Christian Oersted foi quem descobriu o princípio do motor eletromagnético. Ilustração esquemática do experimento realizado por Oersted. Sugestão de atividade Em 1820, ao realizar experimentos com agulhas imantadas e eletricidade, Oersted observou que, ao estabelecer a corrente elétrica no circuito, gerava ao redor dos fios condutores um campo eletromagnético capaz de movimentar a agulha magnética de uma bússola, mudando sua orientação. Outro importante cientista que realizou inúmeros feitos na área da eletricidade foi o físico e químico inglês Michael Faraday. Inicialmente, em 1931, Faraday desenvolveu um dispositivo que ficou conhecido como anel de Faraday – dispositivo composto de um conjunto de espirais circulares, separadas em dois circuitos. Ao realizar experimentos com esse dispositivo, Faraday descobriu que, ao movimentar o anel próximo de um ímã, era possível produzir eletricidade. Durante os anos seguintes, as pesquisas na área de eletricidade se ocupavam de trabalhos relacionados ao desenvolvimento de máquinas elétricas e outros dispositivos que operassem em corrente alternada ou corrente contínua. Assim, cientistas como Antoine-Hoppolyte Pixii, Marcel Deprèz, Jakob Einstein e Zénobe Gramme desenvolveram modelos experimentais de máquinas elétricas, e estas passaram a ser conhecidas como motores e geradores elétricos, que operavam em corrente contínua ou alternada. Em 1889, o croata-americano Nikola Tesla desenvolveu o motor de indução que foi utilizado como gerador de corrente alternada, permitindo a distribuição de energia por longas distâncias. EF19_7_CIE_L1_U1_03.indd EF19_7_CIE_L1_U1_03.indd Máquinas elétricas Se possível, realize um experimento simples com uma bússola, uma pilha e um pedaço de fio de cobre enrolado em um metal ou lápis, em forma de uma espiral, a fim de produzir campo magnético, e relacione-o à ilustração do experimento realizado por Oersted. Ilustração esquemática do motor de Tesla (à direita) e o gerador (à esquerda). CIÊNCIAS 315 Encaminhamento metodológico Inicie a explicação sobre as máquinas elétricas comentando novamente que essas máquinas são fruto do trabalho de inúmeros cientistas que pesquisaram o fenômeno da eletricidade. Comente que a expressão “máquina elétrica” está se referindo somente aos dispositivos capazes de transformar energia elétrica em energia mecânica. Nesse caso, as máquinas elétricas são os motores, ou seja, os dispositivos que recebem energia e a transformam em movimento. Comente também a respeito do experimento realizado por Faraday, o qual foi fundamental para o desenvolvimento do motor e do gerador elétrico. Ressalte que diferentes cientistas estavam envolvidos nas pesquisas de corrente elétrica e comente a diferença entre corrente contínua e alternada. Apresente a ilustração do motor desenvolvido por Tesla e explique o funcionamento descrevendo o percurso da corrente elétrica nos fios condutores a partir do gerador em direção ao motor. É fundamental que os alunos entendam esse percurso para que possam diferenciar o que é um motor e o que é um gerador. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 315 315 08/10/2018 11:15:53 Máquinas e poluição atmosférica Encaminhamento metodológico Vimos ao longo deste capítulo que o ser humano desenvolveu inúmeras máquinas que foram identificadas como simples, térmicas e elétricas. As máquinas simples servem para auxiliar as pessoas principalmente em tarefas do dia a dia, permitindo um menor esforço físico. No caso das máquinas elétricas, elas fazem uso de energia elétrica para gerar movimentos em diferentes tipos de máquinas, sem a emissão de poluentes. No caso das máquinas térmicas, no início de sua utilização, tinham como foco principal as tarefas industriais. Com o passar dos anos, as máquinas térmicas passaram a realizar outras tarefas e, atualmente, essa tecnologia é utilizada no motor a explosão na maior parte dos veículos automotores, além de ser responsável pela geração de energia elétrica nas usinas termoelétricas. Sabe-se que os motores dos automóveis e as termoelétricas utilizam combustíveis derivados de petróleo para entrar em funcionamento. No caso dos automóveis, o excesso de veículos automotores nos grandes centros urbanos, associado à queima desses combustíveis, resulta no lançamento de uma grande quantidade de monóxido e dióxido de carbono (gás carbônico) na atmosfera, os quais colaboram no cenário do aquecimento global e no agravamento do efeito estufa nas grandes cidades. As termoelétricas, por sua vez, emitem enormes quantidades de poluentes, ocasionando desequilíbrio da qualidade do ar. Os cientistas afirmam que, entre as diversas formas de degradação ambiental, a poluição atmosférica é uma das que mais prejudicam a saúde humana, os ecossistemas e o patrimônio histórico cultural, assim como o clima, podendo resultar em impactos de alcances locais, regionais e globais. Aproveite a explicação das usinas geradoras de energia e comente que as termoelétricas normalmente utilizam combustíveis fósseis para aquecer o reservatório térmico. Após a combustão, os produtos resultantes da queima desses combustíveis são expelidos para a atmosfera e prejudicam a saúde dos seres vivos e do ambiente. Discuta com os alunos os efeitos dos poluentes atmosféricos na saúde das pessoas e o que poderia ser feito para amenizar esses efeitos. POLUENTES Respostas 1. O chá estava a uma temperatura mais alta do que a do ambiente. Quando existe diferença entre as temperaturas de dois corpos, o corpo com maior temperatura perde calor para o de menor temperatura. Após algum tempo, os corpos entram em equilíbrio térmico, que é quando as temperaturas se igualam. EFEITOS NA SAÚDE CO (monóxido de carbono) Atua no sangue, reduzindo sua oxigenação, provocando náuseas e intoxicação. NOx (óxidos de nitrogênio) Problemas respiratórios. Metais pesados Podem atingir os alvéolos pulmonares e causar irritações, asma, bronquite e câncer nos pulmões. SOx (óxidos de enxofre) Irritação nos olhos, problemas respiratórios e cardiovasculares. O3 (gás ozônio na troposfera) Irritação nos olhos e problemas respiratórios (reação inflamatória nas vias aéreas). Tabela 1: Efeitos nocivos dos principais poluentes veiculares à saúde. (Disponível em: <www.researchgate.net/publication/314885518_POLUICAO_ATMOSFERICA_PROVENIENTE_DA_QUEIMA_ DE_COMBUSTIVEIS_DERIVADOS_DO_PETROLEO_EM_VEICULOS_AUTOMOTORES>. Acesso em: 10 set. 2018.) ATIVIDADES EF19_7_CIE_L1_U1_03.indd 1. Uma xícara de chá foi colocada sobre uma mesa e esquecida, e o chá atingiu a temperatura ambiente. Explique por que isso aconteceu. 316 316 CIÊNCIAS CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 316 08/10/2018 11:15:54 1. Explique o funcionamento de um termômetro clínico analógico, levando em conta a ocorrência do equilíbrio térmico. Solução: Ao encostar o termômetro no corpo, ambos irão trocar calor, que será transferido do corpo de maior temperatura para o de menor. Ao ser aquecido, o líquido existente no interior do termômetro expande e, quando atinge o equilíbrio térmico, indica a temperatura em que o corpo se encontra. 3. Suponha que cientistas tenham descoberto um novo material, feito de certa combinação de elementos, que os deixou surpresos devido ao fato de possuir um coeficiente de dilatação linear (α) igual a 2°C-1. A partir desse dado, sabe-se que é possível encontrar os coeficientes de dilatação superficial (β) e volumétrica (γ) desse mesmo material. a) Quais são os valores que os cientistas encontraram para essas duas constantes do material? b) Imagine que, a partir desse novo material, seja possível produzir uma barra que possa facilitar no projeto de um novo equipamento científico. Para isso, os cientistas precisam encontrar quanto o comprimento de uma barra, que inicialmente possui 2 m, varia para um aumento de temperatura de 0,5°C. Qual será esse valor? 2. As usinas termoelétricas funcionam como uma máquina a vapor, pois pela queima de combustível movem turbinas para a geração de energia. Qual é a importância de utilizar fontes alternativas de energia, como a solar e a eólica, em vez de produzir energia elétrica por meio de termoelétricas? 4. Explique a diferença entre as máquinas elétrica e térmica. Em seguida, explique quais são as vantagens que a máquina elétrica apresenta em relação à térmica. Solução: Espera-se que os alunos respondam que a usina eólica e a solar não produzem queima de combustíveis fósseis, por isso não poluem o ambiente, como acontece com as termoelétricas, que queimam derivados de petróleo. 5. Qual é a importância das vistorias na combustão de automóveis realizadas em alguns estados brasileiros? EF19_7_CIE_L1_U1_03.indd EF19_7_CIE_L1_U1_03.indd Sugestão de atividades 2. Em trilhos de trem e em pontes, por exemplo, há espaços deixados no momento de sua construção. Por que é necessário deixar esses espaços? CIÊNCIAS 317 Respostas 2. É necessário deixar esses espaços para que, quando o material estiver com temperaturas altas e sofrer a dilatação térmica, este não rache ou desloque o outro. 3. -1 -1 a) β = 4°C e γ = 6°C . b) ∆L = L0 · α · ∆T → ∆L = 2 · 2 · 0,5 → ∆L = 2 m 4. A máquina elétrica funciona por meio de energia elétrica e a térmica necessita da queima de combustível, normalmente combustíveis fósseis. Por isso, pode-se dizer que a emissão de dióxido de carbono (CO2), gás do efeito estufa liberado na atmosfera, torna-se um fato preocupante para a saúde dos seres vivos e do ambiente. 5. Espera-se que respondam que essas vistorias visam conferir os níveis de emissão de gases dos automóveis e caminhões para monitorar a qualidade dessas emissões e, assim, proibir a circulação de veículos cuja emissão esteja acima dos níveis permitidos. CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 317 317 08/10/2018 11:15:54 Máquinas simples, térmicas e elétricas – Relacionando conceitos Encaminhamento metodológico Apresente o mapa conceitual e explique cada uma das relações horizontais e verticais entre os conteúdos e suas relações interdisciplinares, se for o caso. MÁQUINAS podem ser simples térmicas elétricas como substituíram funcionam alavancas força animal na realização de trabalho com base no eletromagnetismo podem ser interfixas interpotentes inter-resistentes 318 318 CIÊNCIAS CIÊNCIAS PG19LP271SDC0_MIOLO_EF19_7_CIE_L1_LP.indb 318 08/10/2018 11:15:55 Referências ALLABY, M. et al. Atmosphere, a scientific history of air, weather, and climate. New York: Facts on Files, 2009. ALLABY, M. et al. The Encyclopedia of Earth: a complete visual guide. Berkeley: University of California, 2008. ASSUMPÇÃO, I. Movida a água. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/itamar-assumpcao/272462/>. Acesso em: 20 ago. 2018.) CHALOUB, R. M. 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