dlscrib.com filosofia-clinica

Propaganda
FILOSOFIA CLÍNICA
- Propedêutica LÚCIO PACKTER P119f Packter, Lúcio
Filosofia clínica: roe!"#tica $ Lúcio Packter Florian%olis: &ara#'#, ())1
1* + (1 c: ilil- 1./- 0 e!1- Filosofia clínica
clínica  Proe!"#tica- I- Tít#lo
Tít#lo
C23 1/4-.*:0..-/
I567 84  8/9//  0)  *
Prieira e!io ela E!itora A&E, Porto Ale;re, 199.1
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Apresentação
E #a fria an= !e >#n=o, 'in=a cain=an!o ara o Instit#to Packter, anin=a!o e e# ?l#so !e
l, se ressa, e a@#ecen!o or # solin=o eio a!oreci!oA?ri as cortinas e fi in=a =a?it#al Btint#ra < @#e D coo e#s al#nos c=aa e# cafD- 7a!a !e
esecial: tr"s col=eres !e % forte ara nen=#a col=er !e aúcar- O aroa lo;o se esal=a elas salas !o
Instit#toE #a enore esa en'i!raa!a er;#l=ei so?re a correo !os rD<est;ios, !oc#entos, cartas e
to!o o a;loera!o !e aela!a- eta!e !isso se esarrao# elo c=o atD @#e e# localiasse o telefone
se fio @#e toco# !e?ai+o !e al;# onte- 2o o#tro la!o !a lin=a, # e!itor, 'o o#sa!a e fire, tin=a
o#'i!o contar !a Filosofia Clínica or # ai;o !ele, fil%sofo, @#e l=e telefonara !e 6elo Gorionte(
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter O con'ite era siles: # li'ro so?re Filosofia Clínica conten!o ori;ens, !efinio, alicao,
Dto!o, f#n!aentao e o#tros !e il eca!os racionais- C=e;a'a ento ais ce!o # con'ite @#e e#
referia rece?er ais tar!eFi@#ei ia;inan!o coo !e'e ser ins#ort'el # trata!o foral so?re Filosofia Clínica--- Ofereci a
ele as nossas aostilas !e a#la- As aostilas so ca!ernos clínicos conten!o transcriHes !e a#las ;ra'a!as,
aontaentos, erros e!itoriais !e to!as as nat#reas e al;#as ?ra'atas eto!ol%;icas- O e!itor resisti#
na roosta- Passo#  tar!e no Instit#to, too# os ca!ernos clínicos J4 !os 18 e os le'o#- Al;#as
seanas !eois, li;#ei a ele, na 'Dsera !e #a lon;a 'ia;e e o#'i a@#ilo @#e esera'a o#'ir, as e
arece# #ito ior or ter si!o !ito to e!#ca!aente- Os ca!ernos so aontoa!os !e te+tos ri!os
!estina!os a fil%sofos, se >eito !e li'ro e carentes !e correHes  ac=o# o e!itor- Reca!o ?e enten!i!o,
certoEnto acertaos o li'ro @#e a@#i est3a arte foi escrita no e@#eno co#ta!or essoal e sa;#Hes !e aeroortos, resta#rantes, @#artos
0
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter !e =otel, e ca!a teo @#e conse;#i no esao !e # "s, en@#anto 'ia>a'a or ais !e !e il
@#ilet
@#iletros
ros elo 6rasil, rearan!o
rearan!o a#las,
a#las, !an!o alestras,
alestras, entre'istas
entre'istas e a?rin!o
a?rin!o no'as t#ras
t#ras !e
Filosofia
Filosofia ClínicaClínica- 7o #ito
#ito !iferente
!iferente !a aneira coo fora escritos
escritos os ca!ernos clínicosclínicos- 2eois
2eois
'ia>ei ao s#l !e 5anta Catarina, casa !e e#s ais, e o terinei- E to!o esse esforo ara conse;#ir lan<
lo !#rante a Feira !o Li'ro !e Porto Ale;re, #a ocasio literariaente sa;ra!a aos ;aúc=os-
Apresentação
E #a fria an= !e >#n=o, 'in=a cain=an!o ara o Instit#to Packter, anin=a!o e e# ?l#so !e
l, se ressa, e a@#ecen!o or # solin=o eio a!oreci!oA?ri as cortinas e fi in=a =a?it#al Btint#ra < @#e D coo e#s al#nos c=aa e# cafD- 7a!a !e
esecial: tr"s col=eres !e % forte ara nen=#a col=er !e aúcar- O aroa lo;o se esal=a elas salas !o
Instit#toE #a enore esa en'i!raa!a er;#l=ei so?re a correo !os rD<est;ios, !oc#entos, cartas e
to!o o a;loera!o !e aela!a- eta!e !isso se esarrao# elo c=o atD @#e e# localiasse o telefone
se fio @#e toco# !e?ai+o !e al;# onte- 2o o#tro la!o !a lin=a, # e!itor, 'o o#sa!a e fire, tin=a
o#'i!o contar !a Filosofia Clínica or # ai;o !ele, fil%sofo, @#e l=e telefonara !e 6elo Gorionte(
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter O con'ite era siles: # li'ro so?re Filosofia Clínica conten!o ori;ens, !efinio, alicao,
Dto!o, f#n!aentao e o#tros !e il eca!os racionais- C=e;a'a ento ais ce!o # con'ite @#e e#
referia rece?er ais tar!eFi@#ei ia;inan!o coo !e'e ser ins#ort'el # trata!o foral so?re Filosofia Clínica--- Ofereci a
ele as nossas aostilas !e a#la- As aostilas so ca!ernos clínicos conten!o transcriHes !e a#las ;ra'a!as,
aontaentos, erros e!itoriais !e to!as as nat#reas e al;#as ?ra'atas eto!ol%;icas- O e!itor resisti#
na roosta- Passo#  tar!e no Instit#to, too# os ca!ernos clínicos J4 !os 18 e os le'o#- Al;#as
seanas !eois, li;#ei a ele, na 'Dsera !e #a lon;a 'ia;e e o#'i a@#ilo @#e esera'a o#'ir, as e
arece# #ito ior or ter si!o !ito to e!#ca!aente- Os ca!ernos so aontoa!os !e te+tos ri!os
!estina!os a fil%sofos, se >eito !e li'ro e carentes !e correHes  ac=o# o e!itor- Reca!o ?e enten!i!o,
certoEnto acertaos o li'ro @#e a@#i est3a arte foi escrita no e@#eno co#ta!or essoal e sa;#Hes !e aeroortos, resta#rantes, @#artos
0
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter !e =otel, e ca!a teo @#e conse;#i no esao !e # "s, en@#anto 'ia>a'a or ais !e !e il
@#ilet
@#iletros
ros elo 6rasil, rearan!o
rearan!o a#las,
a#las, !an!o alestras,
alestras, entre'istas
entre'istas e a?rin!o
a?rin!o no'as t#ras
t#ras !e
Filosofia
Filosofia ClínicaClínica- 7o #ito
#ito !iferente
!iferente !a aneira coo fora escritos
escritos os ca!ernos clínicosclínicos- 2eois
2eois
'ia>ei ao s#l !e 5anta Catarina, casa !e e#s ais, e o terinei- E to!o esse esforo ara conse;#ir lan<
lo !#rante a Feira !o Li'ro !e Porto Ale;re, #a ocasio literariaente sa;ra!a aos ;aúc=os-
as este li'ro no D # trata!o- M #a il#strao
il#strao so?re o @#e D e so?re o @#e fa a Filosofia
Filosofia ClínicaEle foi escrito ara o est#!ante !e filosofia, o sicanalista, o sic%lo;o, o D!ico, ta?D ao interessa!o
e filosofia, ao es@#isa!or !e =#anasPorto Ale;re, no'e?ro !e 199/Lúcio Packter *
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter CONTEÚDO
Intro!#o------------------------------------------------------------------/
1- Como funciona ---------------------------------------------------1*
E+aes cate;oriais ---------------------------------------------------00
< As s#?!i'isHes !os e+aes cate;oriais--------------------*/
< Ferraentas -----------------------------------------------------------*9
Estr#t#ra !e ensaento -------------------------------------------4*
< Interseo --------------------------------------------------------------4/
< T%icos ------------------------------------------------------------------/1
< Interseo entre estr#t#ras !e ensaento ---------------8(
(- O papel do filósofo clínico -----------------------------------8/
0- Os submodos e suas relações com a
estrutura de pensamento -----------------------------------------98
*- Palavras finais. ----------------------------------------------------1(.
6i?lio;rafia----------------------------------------------------------------100
4
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter INTRODUÇÃO
A !Dca!a !e 8) arece# s#rreen!ente ara @#e a 'i'e# !o onto !e 'ista !os aas, arte
eri!ional !a ADrica !o 5#l- E# tin=a @#ase 'inte anos, n#nca acre!itei @#e #!esse eso =a'er #a
;#erra nesta arte !o #n!o- O &ole !e /* foi !a!o se san;ria, e !eois !a@#ilo a ;#erra arecia al;o
iro''el- 7a falta !e ?an=os !e san;#e aiores, as nossas foras ara!as se esecialiara e
tort#rar resos olíticosE 198( o s#sto foi iensoN E+ceto os con'ersa!ores !e sere, nin;#D nos eios aca!"icos
ia;ina'a @#e a Ar;entina #!esse toar !e assalto as Il=as Falklan!s e enos ain!a @#e #!esse ser corri!a !e l or # assalto seel=ante- Era co# o constran;iento @#an!o o esanto acalo#- Fico#
arecen!o @#e os in;leses toara as il=as !e 'olta #ito facilente, o @#e foi eso 'er!a!e- Ao
?rasileiro co# @#e con=ecia os ar;entinos @#an!o 'in=a 'eranear aos il=ares e
/
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter nossas raias, nos eses !e >aneiro e fe'ereiro, alD !a ri'ali!a!e no f#te?ol, a@#eles a;#erri!os
'iin=os !a'a a enten!er @#e a ?ri;a seria aior- Aenas @#e 'i# a s#cata !os na'ios e a'iHes
ar;entinos, 'el=aria reanescente !a 5e;#n!a &#erra, sa?ia @#e no =a'eria a ínia c=ance- Para
i, o c=o@#e foi esecialente r#i- Al;#ns anos antes e# tin=a esta!o na@#elas il=as 'i'i ?ons !ias
e Port 5tanle- Por isso, !#rante eses no conse;#i associar o 'ento, o ar, as essoas !o o'oa!o a
# conte+to estúi!o !e ?o?as e e+losHes- Ain!a =o>e no osso6e, nos anos 8) =o#'e o cresciento !o PT- E al;# oento antes !e 89, arece# ter ocorri!o # encontro entre to!as as es@#er!as ossí'eis no 6rasil- Coo e?ro !a es@#er!a festi'a,
encontrei # l#;ar confort'el # conforto na reali!a!e inco!o--- AtD 1984, e rincialente @#an!o
5arne ass#i# !e'i!o  orte inesera!a !e Tancre!o, ac=o @#e nin;#D sa?ia ao certo se a a?ert#ra
olítica era ara 'aler- 3 receio ron!a'a- Le?ro @#e o#cos ataca'a os ilitares, o#cos
Bre'anc=istas, coo era c=aa!os, s% or@#e tin=a si!o tort#ra!os e
.
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter !eso>a!os e a;ora se ac=a'a no !ireito !e ;ritar, os re'anc=istas- A ;ente no sa?ia os liites !a no'a
li?er!a!e, ais conce!i!a or Beles !o @#e toa!a or n%s no sa?ia atD on!e o!ia ir se e!o, atD
on!e seria o liite ara o!er 'oltar, coisas assi- Po!er !ier o @#e se ensa D al;o #ito recente- Foi
!eora!o enten!er coo f#nciona'a 'i'er se e!oA ironia !o sDc#lo acontece# ain!a e 1989, @#an!o Rea;an JRea;anN e &or?ac=e' se
encontrara ai;a'elenteEnto, !e no'o, 1989, o ano e @#e o #ro to?o#Foi ara'il=oso-
Esta'a e # ?oteco e C#riti?a, erto !o Passeio Pú?lico, @#an!o a tele'iso ostro# as essoas
;aloan!o a #ra!a, estocan!o, retiran!o torrHes- Al;#ns alees se a>oel=a'a e rea'a, o#tros
!ana'a e ro!a, al;#ns ain!a aenas cain=a'a ao lar;o !a@#ela cicatri 'i'a !e e!ra, a;ora
estreeci!a, ronta a cicatriar !e 'e- Co a an;a !a caisa e# e#rra'a ara o la!o as l;rias
8
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter !os ol=os- Q#eria 'er, @#eria ?e?er co os ol=os t#!o a@#ilo, e ?e?iA !Dca!a !e 8) foi !e alí'io, !e c=oro, !e aor- 3a !Dca!a s#rreen!ente- Po#cos anos antes
ne o ais al#cinante !os =istoria!ores se atre'eria a a'entar ocorr"ncias coo, or e+elo, a
erestr%icaFoi t#!o #ito ?onitoE eio a esse conte+to coecei a es@#isar al;o @#e ais tar!e 'eio a se c=aar Filosofia
ClínicaQ#ase @#ine anos !eois, @#an!o e 199* finalente a?ri o Instit#to Packter Jo noe D #a
=oena;e a e# a' aterno, e Porto Ale;re, in=as es@#isas > era inforalente con=eci!as e
coenta!as, ain!a @#e e#s cole;as no ti'esse #a i!Dia ais recisa !o conteú!o !e e# tra?al=oOs coentrios !a'a conta !e #a no'a teoria  ?ase !e aconsel=aento, seel=ante ao @#e os
fil%sofos =olan!eses faia, o# al;#a teraia !e aoio- Al;#ns coentrios era eso !i'erti!os,
coo na noite e @#e e #a cantina a o#cos @#iletros !e Porto Ale;re, e iao, # cole;a
9
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter fil%sofo e+lico#<e co c#i!a!os o @#e era e+ataente a Filosofia Clínica, coisa @#e atD ento ele
n#nca tin=a o#'i!o se@#er falar- Cont#!o, o @#e esta'a or acontecer era inesera!o- Ca#so# # iacto
#ito forte e e eociono#Ia;ine 'oc" o @#e D a?rir # Instit#to ara Stra?al=arS filosofia, ara esecialiar fil%sofos 
clínica, e #a ci!a!e ti!a coo # !os ontos ne'rl;icos e sicanlise na ADrica Latina, ais a
conf#so failiar, !os ai;os, !os enos ai;os e !os !eais--- 2eenas !e asectos >#rí!icos,
ic#in=as cont?eis, !isositi'os !e lei !isso e !a@#ilo, al'ars, licenas, c%ia !e !iloa ara re;istrar e >#ntas, cart%rios, iostos, e# 2e#sN ais to!a a t#rin=a !o contra, claro6e, acontece# @#e, eso !iante !e t#!o isso, e#s r%rios rofessores #ni'ersitrios e e#s
cole;as !a Fac#l!a!e !e Filosofia fora ao Instit#to faer a inscrio ao c#rso !e forao e Filosofia
Clínica----N  lotan!o as 'a;as nas !#as t#ras iniciais- Ora 'e>aN
2eois !isso, o @#e acontece# foi # son=o ?onito @#e ten=o 'i'i!o !es!e ento1)
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Os fil%sofos clínicos se #nira, forara centros e ci!a!es ?rasileiras, #itos se
esecialiara e Filosofia Clínica ara crianas, ara essoas  orte, ara o?esos, a!olescentes,
;r#os, cons#ltoria a eresas, le'ara a clínica filos%fica a colD;ios, fac#l!a!es, e ain!a ais- 3a
coisso !e Dtica foi fora!a e # c%!i;o !e Dtica constr#í!o a%s eses !e tra?al=os o Instit#to
Packter contrato# assessoria >#rí!ica e cont?il e foi es@#isa!o # e?asaento >#rí!ico ara a
Filosofia Clínica co ?ase na Constit#io 6rasileira 'i;ente cons#ltaos o inistDrio !a E!#cao,
le;aliaos nossos aDis !iante !os asectos tra?al=istas e foi estr#t#ra!a #a Coisso !e
Ilantao !e C#rsos, c#>o o?>eti'o D c#i!ar !a @#ali!a!e !a forao !os fil%sofos clínicosA Filosofia Clínica D a filosofia aca!"ica !ireciona!a  clínica, realia!a #nicaente or fil%sofos
fora!os e fac#l!a!es recon=eci!as elo inistDrio !a E!#cao- O !isc#rso ento D !ireciona!o aos
fil%sofos- Enten!o @#e seria # atenta!o Dtico s essoas se os fil%sofos clínicos no
11
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter fosse rieiro fora!os e Filosofia- 7a Fac#l!a!e !e Filosofia n%s aren!eos Teoria !o
Con=eciento o# Eisteolo;ia, Mtica, L%;ica, Ontolo;ia, eto!olo;ia, Filosofias !a Ci"ncia, !a
Reli;io, !a Gist%ria, etafísica, Lin;#a;e, Gist%ria !a Filosofia, teorias !e al;#as !eenas !e
fil%sofos iortantes e ain!a #ito ais- Esses ensinaentos so a ?ase !a nossa clínicaO fil%sofo clínico #sa se#s con=ecientos filos%ficos, co Dto!o e f#n!aentao, na teraia !a
essoa2efinir a @#e se !iri;e o tra?al=o !o fil%sofo clínico D al;o or !eais siles e ain!a
a?ran;ente: a to!o a@#ele @#e ?#scar se#s ser'ios, coo terae#ta, co o int#ito !e 'i'enciar a filosofia
e @#estHes e+istenciais- Por e+elo: !es!e cons#ltoria a eresas atD teraia e ;r#os o# in!i'i!#al
!es!e teraia co#nitria atD aten!ientos a instit#iHes o# eso a'aliaHes !e sisteas i!eol%;icosPor fa'or, a@#i ten=o # e!i!o a faer: no 'aos arof#n!ar a;ora teas coo in!icaHes,
1(
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Dto!os, f#n!aentos e ?i?lio;rafia- Esses e o#tros teas estaro ao tDrino !estas ;inas, est ?e
e# o?>eti'o D ostrar a clínica filos%fica coo ela D na rtica, e !eois ir  eto!olo;iaPois ?e, ao tra?al=o-
10
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter 1. COMO F!C"O!#
E #a tar!e !e sol, o fil%sofo clínico est e se# cons#lt%rio, @#e fica e # anti;o e araí'el
?an;al, f#an!o se# cac=i?o e se !elician!o co al;#ns fra;entos !e 5"neca, esecialente @#an!o
ele conta @#e D necessrio nos recol=eros e n%s esos, “pois a relação com pessoas
diferentes demais de nós perturba nosso equilíbrio...” etc, @#an!o l=e aarece # 'el=o
esca!or ?#scan!o se entre'istar- O =oe, ara ser literal, arecia “magro e seco e tinha a
parte posterior do pescoço vincada de profundas rugas. As manchas escuras que os
raios do sol produzem sempre nos mares tropicais enchiam-lhe o rosto
estendendo-se ao longo dos braços e suas mãos estavam cobertas de cicatrizes
fundas que haviam sido causadas pela fricção das linhas !speras enganchadas em
pesados e enormes pei"es.
14
Filosofia Clínica - Propedêutica
Lúcio Packter #as nenhuma dessas cicatrizes era recente. $udo o que nele e"istia era velho
com e"ceção dos olhos que eram da cor do mar alegres e indom!veis.” Pois ?e, o 'el=o esca!or lo;o coeo# a coentar o oti'o !e estar roc#ran!o or #
fil%sofo , coo 'ereos lo;o e se;#i!a-
as rieiro @#ereos sa?er al;o realente iortante: @#al D o onto !e arti!a !o fil%sofo
clínico ao aten!er o 'el=o esca!or
7ote @#e aarece# # 'el=o esca!or @#e o fil%sofo clínico no con=ecia, n#nca 'ira e
@#al@#er arte, @#eren!o con'ersarE a;ora, coo se inicia a clínica
A resosta D ?e silesO fil%sofo lo;o le?ra @#e, = ais !e !ois il e @#in=entos anos, e+istia !eenas !e ensa!ores
roc#ran!o !ar e+licaHes so?re @#ase to!as as coisas, !os !ese>os =#anos aos istDrios !as estrelas3a t#rin=a !a esa!a, to!os con'ersa!ores !e !ar in'e>a a coentaristas esorti'os- 7a rtica,
conse;#ia falar ?e o# al !e @#al@#er coisa, confore o a;aento- Entre eles =a'ia # =oe,
14
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Prot;oras, @#e ensino# @#e “como cada coisa aparece para mim assim ela % para
mim& como cada coisa aparece para ti assim ela % para ti” - Res#i# t#!o !ien!o @#e “o
homem % a medida de todas as coisas.”
o# !ar al;#ns e+elos @#e tornaro as coisas ais fceisPense se 'oc" > o#'i# al;#a essoa !ien!o: “' mundo % dos espertos& rico % ladrão&
aqui se faz aqui se paga& mulher % tudo igual& homem não presta& a vida passa
ligeiro como um sonho& amor % coisa que não e"iste& quem v( cara não v( coração&
todo político mente& o que arde cura& quem cala consente& antes só do que mal
acompanhado& quem espera sempre alcança& devagar e sempre& % preciso amar para ser amado& só o amor constrói& vingança % um prato que se come frio& quem
diz o que quer ouve o que não quer& quem tem pressa come cru& )lho de pei"e
pei"inho %& ser mãe % padecer no paraíso& criar )lho d! muito trabalho& quem
semeia vento colhe tempestade& a*uda-te que +eus te a*udar!& para amar as
pessoas % preciso primeiro amar-se a si mesmo& o
1/
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter bem que se dese*a ao outro volta para a gente& a minha liberdade termina onde
começa a do outro& aprenda a respeitar para ser respeitado& o essencial os olhos
não v(em& quem luta da valor ao que tem& quem ama não mata& quem ama não
trai& viol(ncia gera viol(ncia& cada coisa tem seu tempo& uma relação aut(ntica %
feita com respeito m,tuo” , etc-, etc6e, Prot;oras nos ensino# @#e isso D assi ara as essoas @#e !ie isso  or@#e elas so a
e!i!a !e to!as as coisas @#e !ie reseito a elasN
5e #a essoa !i: - “omente quem foi amado pode agora amar” , se ela !i isso, no
iorta @#e e# concor!e o# !iscor!e iorta @#e ro'a'elente isso D assi ara ela- M esse o critDrio
@#e ela #sa ara 'i'enciar as coisas @#e esto relaciona!as a essa i!Dia 7o se trata a@#i !e sa?er se a i!Dia !a essoa est certa o# erra!a Jse D @#e e+iste certo o# erra!o
nissoN, se D ?oa o#  Ji!e, se ela est falan!o a 'er!a!e o# se est e en;anan!o, fin;in!o @#e !i a
'er!a!e- 7a!a !isso1.
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter A rieira lio f#n!aental na Filosofia Clínica D @#e a@#ilo @#e #a essoa sente, 'i'e, afira,
ia;ina, fa  isso D assi ara ela < , in!een!ente !e ser coartil=a!o co as o#tras essoas, !e ser aceito, critica!o, ironia!o, roi?i!o e assi or !iante- Ca!a essoa D “a medida de todas as
coisas” , coo !isse nosso rieiro fil%sofo - Por isso, ca!a essoa sente # ?ei>o carin=oso, o aroa
!o cafD, o 'ento nos ca?elos, a leit#ra !e # oea o# a a#!io !e #a lin!a ?ala!a !e aor, a l#
acia !e # l#ar, ca!a essoa 'i'e ca!a coisa !e # o!o único, e D ela @#e sa?er o raer o# o no
raer !o @#e est 'i'en!o, ois ca?e a ela ens#rar o @#e 'i'e, soente a ela--- eso @#e a!ote as
esas e!i!as !e ens#rao !e #a o#tra essoaEle escre'e# assi:
“' homem % a medida de todas as coisas
daquelas que são por aquilo que são e
daquelas que não são por aquilo que não são”.
#ito !eois !e Prot;oras, o#tro fil%sofo, c=aa!o Art=#r 5c=oen=a#er, retoo# o ass#nto e
ensino# @#e o “mundo % uma representação minha” , as
18
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter ta?D a!'erti# @#e o #n!o 'ai #ito alD !a in=a reresentao
aos e+lanar issoPor ais inteli;ente, con=ece!or !e teorias, ara'il=oso coo ser =#ano, est#!ioso, ro!í;io @#e
'oc" se>a, ain!a assi o #n!o ter il=Hes !e coisas @#e 'oc" no con=ece ne ia;ina- M isso o @#e
5c=oen=a#er @#is !ier est ?e
ale o esforo con=ecer # e!ao !o @#e escre'e# o fil%sofo:
“' mundo % representação minha... /uando o homem adquire essa
consci(ncia ...então sabe com clara certeza que não conhece o sol nem a terra
mas somente que tem um olho que v( o sol e uma mão que sente o contato de
terra0 sabe que o mundo circunstante só e"iste como representação isto % sempre
e somente em relação com o outro ser com o ser que o percebe com ele mesmo...
$udo o que o mundo inclui ou pode incluir % inegavelmente dependente do su*eito
não e"istindo senão para o su*eito. ' mundo % representação.” PorD, estaos a;ora !iante !e #
19
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter ro?lea realente sDrio- 7o o!ereos rosse;#ir se li!ar rieiro co elePense coi;o #a coisa: se ca!a essoa te #a oinio soente !ela, se ela 'i'e ca!a
aconteciento  aneira !ela, se a@#ilo D correto, no?re, ?o, >#sto, 'er!a!eiro, ?onito, a;ra!'el, se
t#!o isso D al;o @#e soente D assi ara ela, no #n!o @#e ela reresento# ara si esa, ento coo D
@#e fica a 'er!a!e A 'er!a!e ;eral, a@#ela 'er!a!e @#e D 'er!a!e ara to!os n%s 5er ento @#e 'aos
cair a;ora e #a ?a;#na !e conceitos e @#e to!as as coisas se torna relati'as
O @#e ser !o #n!o e !e n%s se ca!a # fier o @#e ?e enten!er, ale;an!o @#e na oinio !ele
est faen!o o @#e D correto
Ia;ine !#as essoas ?ri;an!o or tere ontos !e 'ista !i'er;entes so?re #a esa @#estoN
1- 'ra % apenas a sua representação 2 diz uma.
- 3 isso que voc( est! me dizendo sobre a minha representação % somente a sua
representação 2 diz a outra pessoa.
- 4 a sua
()
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter - 5ada disso % a sua...1
Q#e aa!a--Go#'e # fil%sofo @#e escre'e# so?re este ro?lea e 18.0- Ele, 7ietsc=e, e+lico# #ito ?e
a conf#so contan!o #a ?re'e =istorin=a- A@#i 'ai:
“3m algum remoto rincão do universo cintilante que se derrama em um sem2
n,mero de sistemas solares havia uma vez um astro onde animais inteligentes
inventaram o conhecimento. 6oi o minuto mais soberbo e mais mentiroso da
“história universal”0 mas tamb%m foi somente um minuto. 7assados poucos f8legos
da natureza congelou-se o astro e os animais inteligentes tiveram de morrer.
Assim poderia algu%m inventar uma f!bula e nem por isso teria ilustrado
su)cientemente quão lament!vel quão fantasmagórico e fugaz quão sem
)nalidade e gratuito )ca o intelecto humano dentro da natureza. 9ouve
eternidades em que ele não estava& quando de novo ele tiver passado nada ter!
acontecido. 7ois não h! para aquele intelecto nenhuma missão mais vasta que
conduzisse al%m da vida humana. Ao contr!rio ele % humano e
(1
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter somente seu possuidor e genitor o toma tão pateticamente como se os gonzos
do mundo girassem nele.” Por fa'or, no se ass#ste co o estilo !e 7ietsc=e- Ele cost#a'a escre'er coo @#e aca?o# !e
toar soin=o # ?#le inteiro !o e# cafD #roTra!#in!o nosso in@#ieto fil%sofo, o!eos !ier @#e as 'er!a!es !e #a a?el=a no so
necessariaente as 'er!a!es !e # e@#eno #rsin=o an!a, @#e or s#a 'e no so as 'er!a!es !e #a
roc=a estaciona!a e solo l#nar, @#e or s#a 'e no so as 'er!a!es !e #a essoaAssi, # fil%sofo clínico @#e tra?al=e e al;#a 'ila esrei!a contra # orro e #a
!as ;ran!es ci!a!es latino<aericanas, ele o!e o#'ir o eso !ito coloca!o or Uo=n 5tein?eck e Of ice an! en, e 190., eso sen!o e+teorVneo:
“$odo mundo quer um pedacinho de terra não muito. Alguma coisa que
se*a nossa. :m lugar onde a gente pudesse viver sem ser botado para fora. 3u
nunca tive nada assim. ;! plantei pra quase todos os desgraçados desse estado
mas não eram safras minhas& e quando eu fazia a colheita ela não era
((
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter minha. #as agora isso vai mudar pode ter certeza... 3u <ennie e =eorge. A
gente vai ter um lugarzinho pra nós. 3 um cachorro e coelhos e galinhas. 3 tamb%m
muito verde e quem sabe at% uma vaca ou uma cabra.” Essa essoa no fala !o e# o# !o se# #n!o- M sere, e !e @#al@#er >eito, o #n!o !ela, o
#n!o confore ela enten!e e 'i'e- O#tro =oe, na esa sit#ao, o!eria ter # enten!iento
#ito !iferenteE Filosofia Clínica, = !ois tios ?sicos !e 'er!a!eO c=ocolate @#ente creoso @#e se#s l?ios toca, os sentientos !e carin=o @#e 'oc"
e+erienta, s#as oiniHes, se#s con=ecientos, o so !istante !e #a fla#ta !e a# @#e c=e;a atD se#s
o#'i!os, as !elica!as cores !o o#tono, o aroa !os ca?elos !a essoa @#e 'oc" aa, essas so as s#as
'er!a!es- Ento, o rieiro tio !e 'er!a!e D a@#ela 'er!a!e @#e =a?ita se# corao, s#as cDl#las, 'oc"O se;#n!o tio ?sico !e 'er!a!e D a 'er!a!e con'enciona!a, consens#al, esta?eleci!a e
con>#nto or to!as as essoas- 2este o!o, o sinal 'er!e !o
(0
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter seforo in!ica @#e o cain=o est li?era!o  assa;e, as =oras @#e o rel%;io arca esti#la #
a!ro !e teo, a ala'ra el te # si;nifica!o o# ais !e #, confore as con'enHes, e assi
s#?se@Wenteente#itas 'ees a 'er!a!e s#?>eti'a !e #a essoa o!e se associar =aroniosaente, o# coli!ir, o#
ne;ar, o# a#entar, o# refletir, o# e'itar a 'er!a!e con'enciona!a- Ia;ine o @#e aconteceria se 'oc"
resol'esse naorar as #l=eres !e se#s ai;os e+ataente na socie!a!e e @#e 'i'eos--- Portanto,
eso @#e ca!a # ten=a #a 'er!a!e r%ria, isso no @#er !ier @#e a essoa ten=a o !ireito !e faer a@#ilo @#e l=e ! 'onta!e se ter !e restar contas or issoEnto, 'aos a!ianteO fil%sofo rece?e# e se# cons#lt%rio a 'isita !o 'el=o esca!or e ?#sca !e se#s ser'ios, e
a;ora o fil%sofo clínico > sa?e @#e t#!o o @#e o 'el=o esca!or !isser o# fier ser soente #a aostra
!e coo as coisas so ara o r%rio esca!or- 5e ele afirar @#e a 'i!a D ?oa o# , !ifícil o# fcil,
?re'e o# lon;a,
(*
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter sofri!a, feli, >#sta, !#ra, la?oriosa, enfi, isso soente ostrar @#e D assi @#e D ara o esca!orPor conse;#inte, o!eos consi!erar @#e o fil%sofo coeo# ?e se# ser'ioG o#tra coisa iortante @#e a;ora reciso contar a 'oc"Q#an!o o esca!or c=e;o# ao ?an;al !o fil%sofo, o fil%sofo ol=o# ara ele e te'e os
ensaentos @#e 'o# assar a se;#ir, !iscretaente:
“3is um homem vivido trabalhador curtido pelo sol pelos acontecimentos da
vida conhecedor dos movimentos das mar%s um homem do mar pobre humilde
um homem que merece todo o meu respeito.” Ora oraN as o @#e D isso
Antes eso !e o 'el=o esca!or !ier @#al@#er coisa, o fil%sofo > foi a'alian!o e !e!#in!o
# aontoa!o !e >#íos---N
5er @#e isso D clinicaente certo
Afinal, o fil%sofo ne !ei+o# o =oe se anifestar e concl#i# tantas anotaHes--- Po!eria
erfeitaente ser t#!o !iferente(4
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter 2iscretaente, o#tra 'e, @#ero !ier @#e isso D ine'it'elQ#an!o 'oc" for aresenta!o ao fa#stoso rio &#aí?a, insin#ante rio @#e circ#nscre'e eta!e !a
caital ;aúc=a, atD eso antes !e '"<lo > ter feito il ensaentos a reseito !ele- 7o = nen=#
ro?lea- 3 fil%sofo c=aa!o Gans&eor; &a!aer est#!o# o @#e c=ao# !e rD<>#íos- Os rD<
>#íos so 'er!a!es @#e a ;ente carre;a e @#e 'o restar contas co as nossas no'as 'i'"nciasPor e+elo: eso se con=ecer !ireito o 'el=o esca!or, o fil%sofo clínico > concl#i#: “3is
um homem vivido trabalhador curtido pelo sol pelos acontecimentos da vida
conhecedor dos movimentos das mar%s um homem do mar pobre humilde um
homem que merece todo o meu respeito”. as o esca!or o!eria ser e+ataente o oosto !o
@#e o fil%sofo enso#2a esa aneira, @#an!o #a essoa roc#ra elo fil%sofo clínico, o!e estar ensan!o #itas
coisas antes eso !e con'ersar co ele: “er! que ele vai pensar que eu sou normal ser!
(/
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter que vai )car me enchendo com perguntas ser! que vai me mandar ler aqueles
)lósofos chatos& quanto ser! que ele vai cobrar& acho que ele vai )car me
analisando”.
PrD<>#íos, ortanto3a enina o!e ir a # ?aile co tantos rD<>#íos !esa;ra!'eis @#e antes eso !e c=e;ar ao local o!e !ese>ar 'oltar ara casa- O#tras 'ees, ela te tantos rD<>#íos a;ra!'eis @#e se# corao
!isara e eoHes fortes, !e tanta 'olúia, aenas or ia;inar<se e eio ao ?aile6o, ento o fil%sofo clínico > sa?e @#e t#!o o @#e o 'el=o esca!or !isser o# fier ostrar
coo as coisas so ara o r%rio esca!or e @#e, !e @#al@#er o!o, o fil%sofo > iniciar a clínica co
# e@#eno aontoa!o !e rD<>#íos J@#e ais tar!e o!e ter !e colocar e+ataente no li+oAtD a@#i ac=o @#e estaos in!o #ito ?eA;ora 'aos arof#n!ar ais nossos con=ecientosO 'el=o esca!or #+o# #a ca!eira !e al=a trana!a, se a?anco# e rinciio# #a rosa
@#e asso a reortar literalente:
(.
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter “A cama % a minha amiga. +a cama % que eu preciso. 3spero por ela com
grande impaci(ncia. 4 f!cil quando se est! vencido. 3u nunca tinha sido derrotado
e não sabia como era f!cil. 3 o que me venceu> 5ada. 6ui longe demais foi o que
foi”.
-
2eois o 'el=o esca!or rosse;#i# s#a =ist%ria:
-“ 5ão posso continuar a pensar nestes disparates. A sorte % uma coisa que
vem de muitas formas e que % que a pode reconhecer> 3u c! por mim aceitaria um
bocado de sorte fosse qual fosse a forma como viesse e pagaria o que me pedissem
por ela. =ostaria de poder ver o brilho das luzes. 3stou sempre a dese*ar coisas.
#as essa % a coisa que mais dese*aria agora.” Ento falo# so?re al;#as coisas @#e o esca!or 'i'e e ar alto:
“/uando h! um ciclone v(em-se sempre sinais no c%u alguns dias antes se
se estiver no mar naturalmente. 3m terra )rme não os sabem prever porque não
conhecem os sinais. A forma das nuvens tamb%m deve ser diferente em terra
)rme.” (8
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Le?ro# !os ensaentos @#an!o esta'a e se# ?arco, lon;e !a costa:
“/uando trabalhava nos barcos de tartarugas )cava de serviço nas
forquetas dos brandais do mastro principal e mesmo dessa altura podia ver muita
coisa. 's gol)nhos parecem mais verdes vistos do alto e % f!cil ver as listras e as
manchas purp,reas que t(m. ?onseguia assim ver todos os pei"es dos cardumes.
7or que ser! que todos os pei"es mais r!pidos das correntes escuras t(m dorsos
purp,reos e geralmente listras ou manchas tamb%m purp,reas> ' gol)nho parece
verde porque na realidade % dourado. #as quando verdadeiramente faminto se
alimenta aparecem-lhe listras purp,reas nos lados tal como sucede com os
espadartes. er! a fome ou a velocidade enorme com que nadam o que produz essas listras>” Por fi, conto# !e #a 'e e @#e este'e co # ;ran!e ei+e na onta !a lin=a, @#an!o l#to#
#ito e se sentia estontea!o e fraco: ele ensa'a:
-
“eria absurdo que eu me traísse a mim próprio e morresse com um pei"e
(9
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter desses nas mãos. Agora que estou quase a dar cabo dele e que tudo est!
correndo bem só peço que +eus me d( forças para ag@entar. +irei uma centena de
7adre-5ossos e uma centena de Ave-#arias. #as não os posso dizer agora. 4 como
se *! os tivesse dito mas o direi mais tarde.” E encero# o !isc#rso co #a frase:
<
“A lua afeta o mar tal como afeta as mulheres.” A @#esto a;ora D o @#e faer co t#!o o @#e o 'el=o esca!or tro#+e ao fil%sofo -
O fil%sofo !e'e e!ir ais inforaHes 2e'e silenciar ara @#e o 'el=o rossi;a s#a =ist%ria2e'e concl#ir @#e se trata !e # =oe senil e cansa!o
6e, antes !e reson!er !ei+e @#e e# l=e conte o @#e aca?ei !e faer- Pe;#ei # e@#eno e
ara'il=oso li'ro #?lica!o e 194(, c=aa!o T=e Ol! an an! t=e 5ea, !e Ernest Gein;Xa, e
silesente retirei trec=os literais !as e+eri"ncias conta!as elo 'el=o esca!or 5antia;o, as fi isso
!e # o!o totalente aleat%rio0)
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Resecti'aente, ;inas 1(4, 1((, /4, ./, 91 e 01, !a tri;Dsia @#inta e!io !a Ci'iliao
6rasileira, !e 1990O e# o?>eti'o foi ostrar o @#e realente D o ais fre@Wente e clínica- A essoa aarece
traen!o # ass#nto @#al@#er a ser trata!o: # casaento arr#ina!o, orte !e al;#D aa!o, esta!os
afeti'os recrios e !olorosos Jan;ústias, 'aios, ansie!a!es %r?i!as, conf#sHes, conflitos e+istenciais
e o#tros ass#ntos- A @#esto D @#e essas @#estHes so trai!as, e ;eral, e+ataente coo fora
coloca!os os !eoientos !o 'el=o esca!or 5antia;o: = saltos teorais e l%;icos no = !efinio
e'i!ente so?re o conte+to social, =ist%rico, ;eo;rfico no e+iste # referencial se;#ro e @#e as
@#estHes trai!as ossa encontrar # ancora!o#ro fireRes#in!o falta as coor!ena!as e+istenciaisN
7a rtica, o clínico no sa?e i!entificar o @#e est sen!o trai!o e tal'e atD se erca e #
earan=a!o !e sit#aHes e fatos @#e o !ei+aro recisaente assi er!i!oA i!Dia inicial D @#e est t#!o solto e conf#so01
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter as n%s > 'aos resol'er issoLo;o !e início, o fil%sofo clínico sa?e @#e o @#e a essoa est !ien!o D soente al;o ie!iato,
coo al;#D @#e roc#ra o D!ico co fe?re alta !e 09 O co o int#ito !e se li'rar !a fe?re, as o
D!ico, sensato, no !ar antitDricos e anal;Dsicos  essoa e a an!ar ara casa reo#sar- Ele iniciar
#a sDrie !e e+aes D!icos ara !esco?rir o @#e est ocasionan!o a fe?re: #a infeco, #a
inflaao, al;#a olDstia ais ;ra'e2a esa aneira, o fil%sofo acol=e o @#e a essoa tra coo # ass#nto ie!iato, as
ie!iataente assa a es@#isar filosoficaente as inter<relaHes associa!as ao ass#ntoE coo isso D feito
M feito @#an!o, a%s os rieiros in#tos !e contato, a?os con'ersara so?re a@#ele ass#nto
ie!iato !a aneira coo foi trai!o ela essoa D # ?ate ao li're- 2#as essoas con'ersa coo
con'ersaria e # ar@#e, e #a ?i?lioteca, e # encontro cas#al no erca!o o# na r#a0(
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Lo;o e se;#i!a o fil%sofo ! início a al;o @#e c=aaos !e e+aes cate;oriais-
$%#M$& C#'$(O)"#"&
aos a # o#@#in=o !e =ist%riaArist%teles traia !e casa #a enraia!a tra!io et%!ica e eírica !e se# ai, D!ico- as
!#rante @#ase 'inte anos foi al#no !e Plato, # =oe tal'e #ito oeta e o#co fil%sofo, @#e le'o#
Arist%teles a ist#rar certos anta;onisos @#e n#nca se resol'era, @#e sa?e or@#e certas coisas
recisa ser aenas !o >eito @#e so- Q#an!o Plato lia se#s tra?al=os na Aca!eia, coo o trata!o so?re
a iortali!a!e !a ala, # !os o#cos al#nos @#e fira'a os Ds e acoan=a'a atentaente to!a a
leit#ra era e+ataente Arist%telesArist%teles realente aa'a se# estre- E no aenas le'o# a!iante o @#e aren!e#, coo
ta?D foi #ito alD !e se# ai;o fil%sofoArist%teles !esen'ol'e# 1) cate;orias, alicerces f#n!aentais ara @#e ossaos es@#isar @#al@#er coisa: s#?stVncia, @#anti!a!e, @#ali!a!e, relao,
00
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter l#;ar, teo, osio, osse, ati'i!a!e, assi'i!a!eas no !e'eos nos il#!ir co esse aarente tecniciso, ois Arist%teles se torna'a #ito ais
oeta e etafísico e #ito enos cientista @#an!o consi!era'a o ser =#ano e s#as eoHes e
coortaentosTantos sDc#los !eois, Kant retoa as cate;orias !e Arist%teles, e ain!a @#e ten=a afira!o ser se#
o?>eti'o o eso o?>eti'o !o 'el=o estre esta;irita, isso no D ?e assi-
2a esa fora, a;ora a Filosofia Clínica se #tilia !essas cate;orias, o!ifica!as e a!ata!as 
clínica- Acre!ito @#e nossos estres enten!eria a necessi!a!e !e teros feito as o!ificaHesO o?>eti'o !e #saros as cate;orias e clínica D o !e localiar e+istencialente a essoa- Atra'Ds
!os e+aes cate;oriais o fil%sofo sa?er o i!ioa !a essoa, se#s =?itos, s#a Doca, a olítica e os !a!os
sociais !a locali!a!e on!e 'i'e#, a ;eo;rafia, o conte+to reli;ioso, =ist%rico, entre o#tros asectos @#e
o!e ter iortVncia6o, retorno ento  er;#nta: coo isso D feito
0*
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Ia;ine @#e ao in'Ds !e traer e!aos literais !a e+eri"ncia !o 'el=o esca!or 5antia;o, coo
fi a@#i, tro#+esse a 'oc" a =ist%ria coleta, ?e or!ena!a, !es!e o !ia e @#e ele sai# !e se# ?arraco,
soin=o, sai# elo ar afora, ante'e # !e?ate !ifícil co # ei+e enore, atD @#an!o retorno# alD
!isso, @#e e# tro#+esse in=a =ist%ria ?e or!ena!a, se saltos l%;icos o# teorais @#e a tornasse
incoreensí'el3a !ecorr"ncia ie!iata D @#e a@#eles !isc#rsos a'#lsos silesente ;an=aria #a
localiao na =ist%ria, assaria a ter # senti!o, #a i!enti!a!e !entro !e # conte+toPortanto, a;ora o fil%sofo e!ir  essoa ara @#e l=e conte s#a =ist%ria, !es!e a Doca ais
reota !a @#al ten=a le?rana atD os !ias !e =o>eO fil%sofo necessita @#e a essoa conte a =ist%ria !ela or ela esa, se intDrretes, e roc#rar
to!o o teo anter<se atento, e'itan!o interfer"ncias @#e !et#re a =ist%ria !a essoa 7o caso !o esca!or 5antia;o, acoan=e #a il#strao:
04
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter 1' sol matinal tem2me feito doer os olhos durante toda a minha vida diz o pescador.
im.
#as ainda estão muito bons.
' continue.
B tardinha posso olhar de frente para o sol sem doer muito. 4 C tarde
que ele tem mais intensidade. #as de manhã faz-me doer mais.1
7as @#atro o# cinco cons#ltas iniciais, o fil%sofo se liitar a e+ressHes coo: “3 então> 3
daí> ?ontinue por favor. iga contando. ' que mais> 3 depois> ?omo segue a partir disso> Doc( estava me contando sobre tal fato prossiga” - Por@#e silesente o fil%sofo
te interesse e # =ist%rico s#erficial @#e coece, ten=a # !esen'ol'iento e c=e;#e a # tDrino-
E eio a isso = Binter'alos e @#e #ito ao o!e rolar solto, as aenas nos Binter'alosOs c#i!a!os so necessriosQ#ero il#strar al;#ns e@#í'ocos co#ns nesta arte inicial !os tra?al=os clínicos0/
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter “' sol matinal tem-me feito doer os olhos durante toda a minha vida” < afiro# o
'el=o 5antia;o5eria # e@#í'oco o fil%sofo clínico faer interfer"ncias e in!a;aHes coo: “' que o
senhor acha que causa isso> ' senhor *! procurou o m%dico da aldeia> ' senhor não acha que poderia ser de alguma outra coisa essa dor nos olhos> 7or que o
senhor est! me dizendo isso> ' que o senhor acha do sol> 6ale mais sobre esse
problema. :ltimamente isso o incomoda muito>1
Essas interfer"ncias e o#tras areci!as !es'iaria o c#rso !a =ist%ria @#e est sen!o conta!a ela
r%ria essoa, con!#in!o o fil%sofo a concl#sHes sofisticas a reseito !o @#e 'ai sen!o trata!oais tar!e, e o#tra arte !os tra?al=os clínicos, o fil%sofo ter o !ireito !e ta;arelar o @#anto
@#iser, as no a;oraInicialente, o fil%sofo constata #a 'ariao enore !e essoa ara essoa @#anto ao
=ist%ricoPor e+elo, = essoas @#e se recor!a soente !os cinco últios anos !e s#as 'i!as, o#tras
e'i!encia enores esaos se na!a le?rar =
0.
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter essoas @#e se recor!a !e s#as 'i!as !i!aticaente, ano a ano, !i'i!in!o s#as e+ist"ncias or #
critDrio teoral o#tras fae !i'isHes or acontecientos Dticos J “meu irmãozinho mentia para
mim e era muito feio” , o# co;niti'os J “aprendi a andar de bicicleta antes de aprender a escrever”  , o# a+iol%;icos E“eu me lembro das coisas a que eu dava importFncia do
ponto de vista da religião dos meus tios , e assi 'aiO fil%sofo lo;o erce?e coo a essoa relata s#a e+ist"ncia e a acoan=aAfinal, o @#e sa?e inicialente o fil%sofo so?re a essoa co @#e aca?a !e ter # rieiro
contato 5a?e o#co, #ito o#co eso-
Tal'e se>a #a essoa !esesera!a @#e roc#ra anter #a aar"ncia !e Bt#!o ?e tal'e se>a
# =oe a;ressi'o, oisso, ac=#ca!o, # con'ersa!or, al;#D recisan!o aenas !e carin=o, o#
@#eren!o aenas ?ater ao--- O @#e se o!e afirar !e início, afinal
O#tro asecto iortante D @#e coo ca!a essoa te # #n!o in!i'i!#al coo reresentao,
08
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter no o!e o fil%sofo coear a clínica !e tiolo;ias o# estere%tios o# !o;as coo:
<
Falta 2e#s no corao !essa essoaEsta essoa no erite o fl#ir nat#ral !as eoHes<
G # !istúr?io @#anto  se+#ali!a!e e al;# l#;ar<
Ela fo;e !o resente<
Ela no se ;osta, eis o ro?lea<
7o = # senti!o e s#a e+ist"ncia<
Ela fa >o;os e+istenciais infelies<
A criana @#e e+iste nela ?ri;a co o a!#lto @#e e+iste nela<
Este estreitaento e tenso no escoo ostra # narcisiso sec#n!rio<
A rieira coisa D li?erar o !iafra;a, ara @#e ela resire<
O @#e ser @#e =o#'e na 'i!a assa!a ara @#e esta essoa aresente tais ro?leas a;ora
<
A essoa D a@#ilo @#e coe- Q#e tio !e li+o est into+ican!o esta essoa a onto !e !ei+<la
!esse >eito
<
09
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Esto# e+a;eran!o, D e'i!enteQ#ero afirar @#e o fil%sofo clínico no coear !e #a !essas 'er!a!es coo ol!e ara a
clínica- 5e# ol!e D o#tro5e 'oc" toar a a#to?io;rafia !e C=arles C=alin e ler !o início ao fi co ateno, erce?er
ro'a'elente as 'er!a!es s#?>eti'as !a@#ele =oe5a?er se ele acre!ito# e 'i!as assa!as, e tría!es e!iianas, e aterialisos !ialDticos, o#
se eso se acre!itar sofre# a infl#"ncia !essas o# !e o#tras i!Dias- 2i;o ro'a'elente or@#e ne
t#!o o @#e D si;nificati'o e iortante e clínica D e+ataente e+resso o#, ain!a @#e e+resso,
assiila!o elo clínico O fil%sofo clínico ter #a esDcie !e a#to?io;rafia !a essoa, e D a artir !aí @#e o tra?al=o D
realia!oYs 'ees a essoa aa;o# !e anos !e s#a 'i!a e no se recor!a !e t"<los 'i'i!o  coo #
o!o !e li!ar co # ;ran!e sofriento @#e te'e na@#ele
*)
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter erío!o s 'ees D o contrrio: ela se le?ra erfeitaente !a@#ele sofriento or@#e acre!ita @#e D
reciso sofrer #ito nesta 'i!a a fi !e alcanar a orta !o cD# s 'ees a essoa in'ento# fatos e crio#
enre!os @#e >aais e+istira coo # o!o essoal !e s#ortar #a e+ist"ncia !ifícilO fil%sofo clínico !e'e o?e!ecer a critDrios ara @#e a essoa ossa ela?orar aroria!aente
s#a a#to?io;rafia- Esses critDrios fo;e ao o?>eti'o il#strati'o !este li'ro e tornaria s#a leit#ra
certaente ins#ort'el or isso 'o# aenas faer eno aos asectos ais #s#aisYs 'ees a essoa c=e;a ao fil%sofo sentin!o<se s#?>eti'aente Dssia, coo # '#lco 
'Dsera !a er#o, e seria ento ;rotesco @#e o fil%sofo fiesse os e+aes cate;oriais, or@#e D @#ase
e'i!ente @#e no conse;#iria- E caso assi, #saos !e # roce!iento !enoina!o estetici!a!e, #a
esDcie !e li're c#rso !a anifestao, coo a a?ert#ra !e coortas !e #a reresa- A essoa ento
c=ora !e o!o con'#lso, o# !esata a falar !e o!o o#lento e se freios, o# aresenta reaHes coo
!esaios e 'itos*1
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter G ocasiHes e @#e a essoa se e+ressa !e o!o recrio 'er?alente se coararos s#a
e+resso @#an!o !esen=a, toca # instr#ento !e cor!as, !ana o# coin=a o fil%sofo 'ai ao encontro
!os !a!os !e seiose !a essoa isso @#er !ier @#e o fil%sofo roc#rar !esen'ol'er s#a clínica
#tilian!o os !a!os !e e+resso ais acessí'eis e ricos !e @#e a essoa !is#ser- Por isso, alD !e
!iscilinas coo Filosofia !a Arte, Gist%ria, 5ociolo;ia, Filosofia !a Lin;#a;e  !a!as nas Fac#l!a!es
!e Filosofia < , os fil%sofos clínicos ain!a est#!a ar;ila e esc#lt#ra, lín;#as, cinea, int#ras e
soatici!a!e no Instit#to Packter- 2o contrrio, coo seria ossí'el a clínica co # #!o, o# co
@#e fosse ce;o e s#r!o, o# co essoas @#e no #!esse !isor, or @#al@#er rao, !o !a!o 'er?al
Ta?D o!e ocorrer @#e, ao e!ir e orientar a essoa a e !ar # relato a#to?io;rfico !e s#a
'i!a, e# este>a ina!'erti!aente afrontan!o o o!o coo esta essoa enten!e as coisas, coo as coisas
so ara ela JProt;oras - Por e+elo, #a essoa o!e
*(
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter consi!erar # !esro%sito @#e o fil%sofo @#eira @#atro o# cinco cons#ltas !e 4) in#tos ara ter #a
=ist%ria !ela, @#an!o os ro?leas @#e ela est traen!o so resentes, reentes, e, na oinio !ela,
recisa ser resol'i!os neste oento, a artir !as circ#nstVncias ie!iatasAin!a = casos e @#e # e+ae a#to?io;rfico s#erficial D silesente ins#ort'el 
essoa !e'i!o ao o!o coo ela D- G essoas, or e+elo, @#e >#l;a ser inútil o# il#s%rio faer #a
re'iso =ist%rica !a r%ria 'i!a, eso @#e so? rete+to !e con!io ara se iniciar a clínica o#tras
o!e acre!itar @#e to!a re'iso =ist%rica D #a farsa e @#e # entiroso tenta se rea?ilitar = @#e
enten!a @#e o assa!o no sir'a ara e+licar o resente, @#e o resente !e'e e+licar<se a si esoO fil%sofo clínico !e'e acatar tais anifestaHes coo ;en#ínas !a essoa, sen!o @#e “isso %
assim para ela” Tal'e este>a ne;an!o o assa!o, tal'e ten=a #ltraassa!o !ialeticaente #a leit#ra
=ist%rica !e si esas, tal'e realente ara elas o
*0
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter assa!o na!a si;nifi@#e, as coo o fil%sofo o!e sa?er !isso a riori G ;ente @#e roe# to
!efiniti'aente co se# r%rio assa!o, @#e se torna # assacre @#erer #sar !ele coo início !e
clínica- O erro no est na essoa, e# ac=o, as no fil%sofo se tentar forar #a inter'eno @#e afronte o
o!o !e ser !a essoaA riori sa?eos # ínio so?re a essoa5a?eos aenas @#e !e'ereos ne;ociar #a alternati'a: faer a col=eita cate;orial or foto;rafias or!ena!as cronolo;icaente e coenta!as ela essoa, le'antar # =ist%rico atra'Ds !e
essoas !a faília, or anotaHes @#e a essoa ten=a feito e # !irio o# @#ais@#er alternati'as @#e
ossa ser tra?al=a!as- 7o D #a sol#o %tia- #itas 'ees D aenas a única @#e o fil%sofo o!er
terEsto# coentan!o casos liites, ois na rtica =a?it#al D raro encontrar essoas @#e se
oon=a o# se sinta !esconfort'eis co o cain=o #s#al6e, a%s ter o =ist%rico coleto !a essoa, o fil%sofo es@#isa ais !eora!aente al;#ns
trec=os @#e no ficara !e'i!aente enten!i!os or a?os**
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Os e+aes cate;oriais fin!a @#an!o o fil%sofo clínico sa?e localiar e conte+t#aliar, co
;ran!e ar;e !e aro+iao, inforaHes soltas o# a;r#a!as @#e a essoa fornecePor e+elo, no caso !o nosso ai;o e 'el=o esca!or 5antia;o- 5e n%s ti'eros feito #
le'antaento coetente !a 'i!a !esse =oe, sa?ereos co ;ran!e aro+iao, D ro''el, o
si;nifica!o, a iortVncia, a circ#nstVncia, os oti'os, as conse@W"ncias e o#tras ilicaHes e s#a
'i!a a @#e os trec=os a se;#ir se refere:
“' que aconteceu % que acabou a minha sorte. #as quem sabe> $alvez ho*e
ela volte. ?ada dia % um novo dia. 4 melhor ter sorte. #as eu pre)ro fazer as coisas
sempre bem. 3ntão se a sorte me sorrir estou preparado.” -
E !eois:
“Pense constantemente no peixe. Pense no que está fazendo. Você não
deve distrair-se nem por um minuto.”
E !eois:
-
“Pessoas da minha idade nunca deviam estar sozinhas, mas é inevitáve.”
*4
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter E ento o @#e esta'a !esloca!o, a'#lso, incoreensí'el, ;an=a conte+to, c=o, 'ínc#los, se
transfora e arte necessria !e al;o aior-
AS SUBDIVISÕES DOS EXAES CATE!ORIAIS
E Filosofia Clínica #saos 4 cate;orias nos E+aes Cate;oriais: assunto Jie!iato e últio,
circunst*ncia, lu+ar, tempo e relaç,oAcoan=e a lin=a traa!a a se;#ir, e+elifican!o os (4 anos 'i'i!os or #a essoa atD =o>e:
<<<<<<<<<<<<<<< < < < < < < < < < < < < < < <
)
4
1)
14
()
(4
Ass#nto
Ass#nto
Circ#nstVncia
Circ#nstVncia
L#;ar
L#;ar Teo
Teo
Relao
Relao
A%s !ois o# tr"s eses !e tra?al=os co a essoa, o fil%sofo clínico ter referencias ais
est'eis so?re ontos iortantes*/
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter 5o?re os 4 anos !e i!a!e !a essoa, or e+elo, ele sa?er @#al era a @#esto o# @#estHes co
as @#ais a essoa li!a'a  Doca Jass#nto con=ecer to!o o conte+to e torno !a@#elas @#estHes, e @#ais
os asectos rele'antes !esse conte+to Jcirc#nstVncia ter #a noo !e coo a essoa 'i'ia
sensorialente, s#a 'i'"ncia sotica, e se# eio Jl#;ar o!er consi!erar co aior rorie!a!e a
teorali!a!e nessa essoa, se o teo era s#?>eti'aente c#rto, lon;o, fra;enta!o, insi;nificante
Jteo ter ci"ncia !e @#ais era as relaHes !eterina!as a essa essoa aos 4 anos !e i!a!e, se era
co se#s iros, co se#s ai;#in=os, s#a rofessora, se# #rsin=o !e ano o# tal'e co ela esa
Jrelao- O fil%sofo ter # enten!iento !a interseo entre as 4 cate;orias5er tran@Wilo ento constatar @#e s 'ees a cate;oria circ#nstVncia o!e se anter a esa or @#ase to!a a 'i!a !a essoa o# #!ar a ca!a ano e @#al as ilicaHes !isso @#ais os tios !e
relacionaentos Jrelao @#e a essoa te'e ao lon;o !a 'i!a, e assi or !iante- O fil%sofo con=ecer
!a!os s#rreen!entes*.
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Por e+elo, 'aos consi!erar a cate;oria teo- G essoas @#e se estr#t#rara !e o!o a
'i'er re!oinanteente no f#t#ro, !e # o!o tal @#e se o fil%sofo @#iser tra?al=ar o resente o# o
assa!o co elas 'ai ca#sar !es!e # e?arao atD c=o@#es 'iolentos !e reresentaoE o#tras ocasiHes 'iro  clínica essoas co orientao teoral li;a!a re!oinanteente
ao assa!o arece @#e 'i'e l--- Q#ere resol'er ass#ntos 'enci!os, no ara elas, %?'io- 3 e+elo
o!e ser a essoa @#e !ese>a #ito enten!er or @#e foi infeli e # relacionaento @#al@#er o#
enten!er or @#e “*ogou a vida fora” #ito ?e, as esta inter'eno inicial or arte !o fil%sofo clínico > no D #a ao clínica
antes !e se con=ecer a in!i'i!#ali!a!e !a essoa
5i, ela DPor si soente, ento, #a inter'eno assi > no contD e si esa r iscos consi!er'eis 
essoa 7o'aente si*8
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter F$))#M$!'#&
O fil%sofo clínico #tilia ferraentas eficaes e s#a ati'i!a!eInicialente, alD !a =istorici!a!e @#e > consi!eraos, a ló+ica formal , @#e est#!a os
conceitos, os >#íos e o raciocínio, alD !as leis !o ensaentoaos enten!er os oti'os rticos !esse #so !a l%;ica e clínica, est ?e
5#on=a @#e #a essoa se s#?eta a #a =inose e alcance # transe rof#n!o atra'Ds !e
in!#Hes se;#i!as, tal essoa assa a acre!itar, ais !o @#e t#!o no #n!o, @#e to!a 'e @#e ela for co
o a#to%'el atD !eterina!a r#a, l e+istir # l#;ar ara ser estaciona!o o a#to%'el, #a 'e @#e “o
poder da mente tudo pode” , etc- 2ias a%s o e+eriento, a essoa se;#e e se# a#to%'el ara
a r#a re!eterina!a, ten!o e si esa #a fD, forte e caa !e reo'er ontan=as, !e @#e l
c=e;an!o encontrar # l#;ar ara estacionar se# a#to%'el- Acontece @#e l c=e;an!o a essoa
constata @#e a tal r#a no te estacionaento, na 'er!a!e no te esao al;#, or@#e ine+iste
a'iento ara
*9
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter a#to%'el o @#e e+iste D # cala!o ara e!estres- E, ais ain!a, ao ler a laca co o noe !a r#a,
a essoa !esco?re @#e esta te'e o noe #!a!o, sen!o ortanto a;ora o#tra r#a- A r#a anti;a no e+iste
ais3 se;#n!o e+elo D o !a #l=er @#e se caso# carre;an!o #a certea ine+#;n'el: se ela
for #a ?oa e  @#e na conceo !ela si;nifica, or e+elo, c#i!ar !a =i;iene !os fil=os, s#a
felici!a!e estar ;aranti!a- O ro?lea D @#e @#anto ais ela se esfora ara #a =i;iene @#e ?eira a
esteriliao =ositalar, ais s#a 'i!a failiar !esorona, retornan!o a o?re #l=er a #a ara!il=a !e
conceitos se fi  sen!o ela ca!a 'e ais le;itiaente #a !es;raa!a 7ote @#e nos !ois casos a fora conceit#al est correta- as a fora no te correson!"ncia
no conteú!oE clínica ocorre @#e #itas 'ees a essoa se estr#t#ro# lin!aente, a fora !e s#as i!Dias
Jo?>etos entais est correta- Ento o raa te a certea !e @#e tra?al=an!o !#ro, sen!o coetente no
4)
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter @#e fa, sen!o Dtico e ersistente, @#an!o c=e;ar aos 4) anos ter #a e+ist"ncia tran@Wila, e !e #
o!o sofistico @#al@#er ele se con'ence !isso atD a últia cDl#la !e se# coro- Feli !ele se as !eais
cate;orias contri?#íre ara tal intento, o @#e e ;eral no acontece- O ais co# D @#e c=o@#es
s#cessi'os coece a ocorrer entre os conceitos @#e =a?ilita a al=a intelecti'a !o raa e os !a!os
eíricos !o c=o !#ro @#e o s#stenta, atD # !esfec=o no tanto re'isí'el @#anto a e+ati!o, as
lasti'elO#tras 'ees a essoa constr%i # infernin=o ental @#al@#er !e'i!o a foraHes infelies !e
estr#t#raHes conceit#ais3 e+elo D a essoa @#e o!eia ;ente !e ori;e ne;ra, crian!o to!o # sistea !e i!Dias @#e
!o ?ase racional a esse %!io, atD @#e ina!'erti!aente se aai+ona or #a essoa e+ataente !e
!escen!"ncia ne;ra !een!en!o !o c=o@#e !e foras, tal conflito o!e in'ia?iliar ;ran!e orHes !a
e+ist"ncia !a essoa, le'an!o<a a to!a #a  sorte !e conflitos41
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter 2#rante os e+aes cate;oriais, o fil%sofo clínico eranece atento a fi !e i!entificar ro?leas relaciona!os ao lo;iciso foral nas constr#Hes entais !a essoa-
O#tra ferraenta filos%fica D ori#n!a !o empirismo in+lês , !e nossos estres G#e, Locke e
6erkele2#rante os e+aes cate;oriais, o fil%sofo clínico es@#isa os !a!os cel#lares, sin;#lares, @#e
!era ori;e aos conceitos artic#lares e #ni'ersaisO fil%sofo roc#ra in!ícios !os !a!os !a e+eri"ncia @#e !era ori;e s i!Dias cole+as
JLocke @#e a essoa 'i'e- Proc#ra i!entificar a relao entre os conceitos e os !a!os sensoriaisPor e+elo, #a essoa i;noran!o os a'isos !e Locke e Kant so?re o reo a ser a;o or @#e se a'ent#rar alD !os liites !a rao, o!e estar 'i'en!o coo se fosse # cDre?ro se coro,
@#ase coo faria contente o ratio !e 2escartes- O coro se transfora ara ela coo @#e e # crcere,
coo !iria PlatoE, erce?a, isso no D necessariaente # ro?lea4(
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter 7oralente, e clínica, D fcil i!entificar @#an!o isso ocorre- Acre!ito @#e fora !a clínica
ta?D D fre@Wente a i!entificao- Pense, or e+elo, e #a essoa @#e afira co sinceri!a!e @#e
aa 'oc", en@#anto al;o e 'oc" anifesta @#e ela no est sen!o sincera- oc" n#nca o#'i# #a
re;ao so?re aor, a e fraterni!a!e feita or @#e ne sa?e o @#e D isso----
Ca?e a'isar a@#i @#e faer !o eiriso in;l"s #a anacDia D ?o?a;eAfinal, s 'ees a essoa 'i'e# sensorialente # 'er!a!eiro inferno e 'i!a, e , no entanto,
atra'Ds !e i!Dias cole+as @#e !esen'ol'e# a artir !ali, e tal'e e+ataente or a@#ilo, ten=a
conse;#i!o 'i'er consi!era'elente ?e, confore a s#?>eti'i!a!e !elaM ta?D or isso @#e o fil%sofo clínico associa ao lo;iciso foral o eiriso in;l"s, e
associa os !ois  analítica !a lin;#a;e e eisteolo;iaAfinal, o fil%sofo recisa ter instr#entao clínica ara o!er es@#isar o conteú!o !o tero,
o si;nifica!o, o #so, as raificaHes40
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Por e+elo: se a essoa !isser @#e aa o in'erno nas serras ;aúc=as, no s#l !o 6rasil  o
fil%sofo clínico o!e @#erer, confore o caso, es@#isar o @#e esta essoa enten!e or aor-
Co to!a essa e+osio @#e o!e estar l=e ca#san!o n#seas e rincíio !e 'ito, @#ero
aenas il#strar @#e a col=eita cate;orial no se trata !e # siles e+ercício a#to?io;rfico, o @#e,
sinceraente, ac=o @#e > D #itoO fil%sofo clínico !isHe !e instr#entais aroria!os e s 'ees to cont#n!entes @#anto a
conf#tao aristotDlica -
$&')')# $ P$!&#M$!'O
A coear !e a;ora entraos e #a o#tra etaa !e !esen'ol'iento !a clínica filos%ficaO fil%sofo clínico assa a es@#isar a;ora a estr#t#ra !e ensaento !a essoa- A estr#t#ra !e
ensaento D o o!o coo est e+istencialente a essoaO @#e isso si;nifica
5i;nifica a aneira coo esto associa!os e 'oc" to!os os se#s sentientos, os se#s
4*
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter enten!ientos, se#s !a!os Dticos e eisteol%;icos, reli;iosos e o @#e ais =o#'er5e os e+aes cate;oriais fora realia!os co coet"ncia, ser siles a;ora roce!er 
es@#isa !a estr#t#ra !e ensaentoQ#ero @#e 'oc" ense coi;o so?re al;#a essoa @#eri!a ara 'oc", #a essoa co
@#e 'oc" te con'i'i!o = anos, #a essoa aa!a @#e D realente iortante ara 'oc"5#on=a a;ora @#e e# er;#ntasse a 'oc" so?re as eoHes =a?it#ais @#e fre@Wenta essa
essoa, so?re as eoHes esecíficas @#e a =a?ita e # encontro failiar o# e # >antar co os
ai;os s#on=a @#e e# insista e contin#e in!a;an!o so?re o @#e ela ac=a !e si esa e !iferentes
conte+tos e ais, fainto e in=a c#riosi!a!e, @#e e# @#estione so?re coo o #n!o arece a ela, s#a
ci!a!e, se#s ai;os, e rossi;a er;#ntan!o @#ais os 'alores iortantes a essa essoa @#eri!a, @#ais as
i!Dias @#e cost#eiraente ela antD >#nto !e si esa, aon!e ela est in!o e s#a 'i!a, e isso t#!o
aenas ara início !e #a lon;a con'ersa--44
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Ac=o @#e 'oc" conse;#iria e !ar centenas !e resostas, il=ares !elas, atD @#e e# ti'esse
#a iresso consistente !e ter # rao'el con=eciento !a@#ela essoa @#e l=e D @#eri!a, a artir !e
se# #n!o coo reresentao, est ?e e'i!ente-
O?>eti'aente, 'oc" te # con=eciento inforal !a estr#t#ra !e ensaento !a essoa
@#e aaA;ora, se #!er enten!er coo to!as essas inforaHes @#e e asso# a reseito !ela se
relaciona entre si esas, ento se# con=eciento so?re a estr#t#ra !e ensaento !ela ;an=ar
rof#n!i!a!es aiores e !eci!i!aente iortantes-
INTERSEÇÃO
Acrescente a;ora a "nfase e a reciso @#e sero a#feri!as or # fil%sofo
esecialente treina!o-
clínico
A @#esto no oento D coo faer tal est#!o A resosta D @#e o est#!o rinciia co #a
Fac#l!a!e inteira !e Filosofia2eois !isso, o fil%sofo assar or cerca !e 'inte e @#atro eses !e esecialiao, faen!o
rD<
4/
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter est;ios e est;ios s#er'isiona!os, ais centenas !e =oras<a#la e 'í!eo, ;r#os !e est#!os !e
roce!ientos clínicos, acoan=aento e'ent#al !e clínicaAo encetar a arte a'ana!a !a clínica, o fil%sofo ter f#n!os con=ecientos a!ata!os 
rticaPor e+elo, o fil%sofo sa?er @#e t#!o o @#e ele consi!erar so?re a essoa @#e est aten!en!o
ostra co to!a a e'i!"ncia coo ele, fil%sofo, enten!e a reali!a!e- o# il#strar co o encontro entre
C=arles C=alin e Einstein, e 19(/, na Calif%rnia C=alin escre'e#:
“ A sua apar(ncia era a de um típico alemão dos Alpes no melhor sentido
*ovial e acolhedor. enti que sob os seus modos calmos e af!veis se escondia uma
índole profundamente emotiva e que provinha daí a sua e"traordin!ria força
intelectual.” O @#e C=alin Ja e!i!a !e to!as as coisas o?ser'o# e Einstein re'ela #ito !ele, C=alin
'i#, senti#, interreto#, se;#n!o s#a aneira únicaE clínica, o fil%sofo resta ateno  @#ali!a!e !e interseo entre ele e a essoa4.
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter aos #sar a atetica !e &eor; Cantor ara e+lanar co se;#rana, est ?e
E+iste a interseo ositi'a, a@#ela @#e D s#?>eti'aente araí'el s essoas en'ol'i!asA@#i a relao D a;ra!'el s essoas en'ol'i!as-
as o!e e+istir # o#tro tio !e interseo entre as essoas, coo a interseo ne;ati'aA@#i as essoas esto 'i'en!o s#?>eti'aente al a relao- A relao o!e estar !esa;ra!'el, r#i,
conflitante-
Q#ero @#e 'oc" reste #ita ateno ao @#e 'o# er;#ntar6e, or @#e certas essoas ant" #a interseo ne;ati'a, se seria #ito ais
con!iente roer a interseo
Por #itas e #itas raHes48
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter 3 casal o!e estar 'i'en!o #a relao !ifícil, s#?>eti'aente r#i a ca!a #a !as
essoas, e no entanto refere 'i'er !esse >eito atD @#e os fil=os cresa e saia !e casaE+iste o#tros tios !e interseo alD !essas !#as, e+iste #itos tios- G, or e+elo, a interseo conf#sa a@#ela e @#e a enina no sa?e o @#e sente elo naora!o, no sa?e se
;osta, se no ;osta, no sa?e se est in!iferente o# @#al@#er o#tra coisa- M c#rioso or@#e afinal ela est
naoran!o o raaN
as, coo 'ios, se ca!a essoa te #a reresentao r%ria a reseito !o #n!o e
!as coisas, D ossí'el @#e certas essoas se relacione !essa aneiraE+iste ta?D a interseo in!eterina!a, a@#ela e @#e a enina ora ;osta e ora no
;osta !o naora!o = olari!a!e- M c#rioso, e# sei, as o!e aostar @#e isso e+isteYs 'ees o @#e #ne o fil%sofo e a essoa D #a interseo !o tio ne;ati'o, sa?ia
O fil%sofo no ;osta !a essoa, as est e #a arte !o trataento e @#e no !e'e
a?an!on<la,
49
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter e a essoa no ;osta !ele, as enten!e @#e recisa !o tra?al=o @#e est sen!o feito- Assi, a interseo
D ne;ati'a e eranece ne;ati'a 7a rtica, as interseHes entre as essoas oscila, assa !e ositi'as ara conf#sas,
!eois ositi'as e assi or !iante- Po!e acontecer ta?D !e eranecere sere as esas, or @#e
no
A últia arte !a Filosofia Clínica D c=aa!a !e atetica si?%lica e est#!a os tios
!e interseHes ossí'eis #san!o !esen=os e ateticas so !eenas !e ;inas nas @#ais est#!aos
so?reosio, transar"ncia, ersecti'a e clc#lo, alD !e o#tros e@#enos =orrores, as ten=o #a ?oa
notícia ara 'oc": no falareos !isso a@#i, as si # o#co ais so?re estr#t#ra !e ensaento--- rieiro or@#e @#ero reson!er #a @#esto @#e !ei+ei a?erta: coo se enten!e a
estr#t#ra !e ensaento !a essoa
O asso inicial D no ficar iressiona!o co os noes, or fa'orN 7%s, fil%sofos,
cost#aos #sar noes !ifíceis, colica!os, coo
/)
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter ele#teronoia, atara+ia, ositi'iso l%;ico, as isso D s% na teoria- 7en=# !e n%s te #a fil=a
c=aa!a Atara+ia6e, o fil%sofo clínico 'ai coear, se falsa o!Dstia, !e (-4)) anos !e filosofia or isso, ?ar?a e cac=i?o e !ia, ele aonta:
'P"CO&
E e se;#i!a coloca o rieiro t%ico1- Como o mundo parece
E a@#i ele colocar t#!o o @#e a essoa enciono# so?re o a?iente, o #n!o on!e ela 'i'e- E+elo:
a in=a ci!a!e te r'ores @#e ser'e ara alientar os e@#enos ssaros(- O /ue ac0a de si mesmo
E a@#i colocar t#!o o @#e a essoa enciono# a reseito !o @#e ela ac=a !ela esa-
*- $moções JZaN oc" noto# @#e e# #lei o t%ico 0
A@#i 'o as eoHes !a essoa: aor, con!escen!"ncia, carin=o, tristea/1
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter 4- Pr-2uí3os
As 'er!a!es @#e a essoa te antes !e 'i'er # aconteciento- Por e+elo: @#e aa er!oaP#+a 'i!aN Aenas 4 t%icos ara enten!er a estr#t#ra !e #a essoa
7a 'er!a!e, esta relao a'ana atD coletar 0) t%icos- as, ain!a assi, 0) t%icos ara
enten!eros a estr#t#ra !e #a essoa no D o#co Concor!o e assino: D o#coAcontece @#e ca!a # !esses 0) t%icos se s#?!i'i!e e o#tros 0), @#e or s#a 'e se
s#?!i'i!e  ca!a #  e o#tros 0), e assi s#cessi'aente- O fil%sofo @#e se 'ire co isso--- D
ro?lea !ele, e no !a essoa @#e o roc#raO#tra coisa:
2e on!e o fil%sofo tira as inforaHes ara colocar, or e+elo, no t%ico eoHes
2os e+aes cate;oriais- A rieira coisa @#e D feita e clínicaaos a!iante/(
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter 7%s 'ios os 4 rieiros t%icos !a EP JD coo os fil%sofo clínicos c=aa a estr#t#ra !e
ensaento !a essoa:
1(*4-
Coo o #n!o arece
O @#e ac=a !e si eso
EoHes
PrD<>#íos
O @#e ser @#e o fil%sofo fa co isso
Ele esta?elece relaHes- Q#er 'er # e+elo
aos s#or #a essoa, #a lin!a oa @#e ten=a o se;#inte rD<>#ío: - “9omem não
presta& nunca amaria um homem.” Acontece @#e essa esa oa, e # !ia orno !#rante a ria'era, aca?a se !esco?rin!o
aan!o # raa, # =oeOra, o @#e teos a@#i
2ois t%icos !a EP !a oa esto e c=o@#e:
*- EoHes
A oa est aan!o # =oe4- PrD<>#íos
“9omem não presta& nunca amaria um homem.” /0
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Ento, !entro !a oa = # conflito- Ao eso teo e @#e ela acre!ita @#e n#nca aaria
# =oe e @#e =oe no resta, ao eso teo ela est aan!o # =oeIsso se tra!# e clínica e !ores !e ca?ea, en+a@#ecas, úlceras, c=ili@#es, tont#ras, cVncer,
e!o, ansie!a!e, an;ústia, !eresso e e # il=o !e o#tras coisasA essoa no 'ai roc#rar elo fil%sofo clínico !ien!o @#e est co # c=o@#e entre os
t%icos * e 4 !e s#a estr#t#ra !e ensaento- Ela 'ai roc#rar, D ro''el, !ien!o @#e est c=atea!a, o#
@#e = # 'aio e se# eito, o# @#e na!a est ais faen!o senti!o ara ela, o# @#e tee er!er o
controle e enlo#@#ecer etcCa?e ao fil%sofo clínico !esco?rir os c=o@#es, conflitos, torHes, s associaHes, o#tros
fatores entre os t%icos !a EP !a essoa 7ossaN T%icos !a EP !a essoa---N
Coo !isse antes, no se iressione co a noenclat#ra6asta enten!er !ireitin=o coo f#nciona- A teoria 'oc" o!e !ei+ar ara o#tra ocasio/*
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter 6e, @#e tal a;ora il#straros # conflito entre o t%ico 1, BCoo o #n!o arece, e o
t%ico (, BO @#e ac=a !e si eso
1- Coo o #n!o arece
(- O @#e ac=a !e si eso
aos s#or # raa @#e consi!ere a Terra # l#;ar i#n!o, # l#;ar on!e t#!o D
in>#stia, isDria, on!e na!a 'ale a ena, on!e s% e+iste e+lorao, !or e falsi!a!e- E ai !e @#e se
sacrificar or tal #n!o @#eren!o o?ter e troca carin=o e aor !as essoasN Este D o t%ico 1: Coo o
#n!o areceT%ico (, O @#e ac=a !e si eso: no entanto, ele te'e #a forao reli;iosa, foi cria!o
elos ais ara ser #a esDcie !e santo, e acre!ita @#e !e'e se sacrificar elo laneta Terra ara assi
o?ter carin=o e aor !as essoasEncrenca ara!aAo eso instante e @#e ele se sacrifica ela Terra i#n!a on!e 'i'e, ara o?ter carin=o e
aor !as essoas, ele sa?e @#e nessa Terra !e e+lorao, !or e falsi!a!e ele na!a encontrar !o @#e
roc#ra/4
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Q#ero a;ora arof#n!ar # o#co ais os ensinaentosPrieiro, o fil%sofo recol=e to!as as inforaHes co as @#ais reenc=er ca!a t%ico
!iretaente !a narrati'a !a essoa o fil%sofo aren!e !#rante o c#rso !e forao e Filosofia Clínica
os tr"s tios !e interretao @#e !e'e 'i;iar: literal, literal e l%;ica, e 'ia ?o sensoA se;#n!a coisa iortante D sa?er @#e o fil%sofo clínico est#!a al;o !enoina!o
a#to;enia- A#to;enia D o est#!o !as relaHes entre os t%icos !a EP !a essoaA;ora si o!eos er;#l=ar # o#co ais- O fil%sofo clínico constata s#rreen!entes
tios !e Es, s 'ees- Por e+elo: assi coo = essoas @#e no t" a 'iso, # ?rao o# #a erna,
= essoas @#e no t" # !eterina!o t%ico !a EP  or@#e no !esen'ol'era, or@#e an#lara,
or@#e tornara insi;nificantes e sa?e<se ais o @#e--2essa fora, al;#as essoas t" os t%icos 1, ( e 4, aenas:
1- Coo o #n!o arece
//
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter (- O @#e ac=a !e si eso
4- PrD<>#íos
On!e est o t%ico *, EoHes
Po!e #a essoa 'i'er se ter eoHes
Resosta: si sen=or, o!e2een!en!o !o @#e certa essoa 'i'e#, ela o!e ter cancela!o o t%ico * JeoHes !e s#a
'i!a, o# o!e t"<lo iniia!o tanto @#e se@#er o 'i'encia  !an!o riaia a o#tros t%icos3 e+elo !isso D a essoa @#e ao# #ito e te'e #a !eceo associa!a a esse aor to
forte @#anto seria se l=e ti'esse arranca!o o corao ao r%rio eito- A artir !e ento essa essoa o!e
ter an#la!o !e s#a 'i!a @#al@#er tio !e eoo, !e !or o# !e raer o# !e @#al@#er o#traA;ora 'o# contar al;o @#e 'ai ca#sar s#rresa5a?e o @#e D
7a Filosofia Clínica no e+iste noral + atol%;ico, no e+iste !oena + norali!a!eN
Isso si;nifica @#e se a essoa an#lo# Jcancelo#, ato#, e+tiro#, !etono# # t%ico coo o
* J EoHes !a 'i!a !ela, no @#er !ier @#e ela D
/.
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter anoral, !oente, rerii!a o# @#al@#er o#tra coisa- Q#er !ier aenas @#e or !ecorr"ncia !o @#e ela
'i'e# acontece# isso 7o = @#al@#er ro?lea e #a essoa assar a 'i'er se o!er aar o# o!iar o#tras
essoas, aniais o# o?>etos- Tal'e, ol=e s%N, ela este>a s#?>eti'aente ?e 'i'en!o !essa aneiraTal'e se>a essa aneira a única fora @#e ela encontro# ara so?re'i'er a%s ter sofri!o t#!o o @#e
o!ia s#ortarQ#e D @#e sa?e
Q#e D @#e sa?e, ara >#l;ar, cens#rar e !ier @#e ela est erra!a
Q#e D @#e 'i'e# a 'i!a !essa essoa ara o!er !ier @#e ela !e'e li?erar s#as eoHes,
entrar e contato co os e!os e !ores, ara assi e+orci<los
Por fa'orN Tal'e se>a e+ataente isso o @#e D reciso ara coloc<la a noca#te e+istencial
!e 'e--O fil%sofo clínico no D a!'o;a!o, no D sic%lo;o, no D D!ico ne analista- M ai
!esses rofissionais, D a@#ele @#e roc#ra enten!er o to!o, se>a
/8
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter atra'Ds !as artes, se>a atra'Ds !o to!o ara as artes- 7o l=e coete >#l;ar eticaente, e rincíio,
e clínica-
6o, a;ora e# reciso falar !e eso s#?>eti'o, iortVncia, si;nificao e !eterinao
s#?>eti'as, co a roessa solene !e @#e no serei # c=atoOl=e o eso s#?>eti'o @#e ca!a t%ico !a EP !e Francisco te ara ele, lo;o a se;#ir:
1-Coo o #n!o arece---------------(-O @#e ac=a !e si eso-----------------------------------0*-EoHes ---------------------Ora ora, nosso =iotDtico Francisco te o t%ico ( #ito aior e relao aos !eais
t%icos !e s#a EPIsso D #ito co#Pelo @#e se constata e clínica, ca!a essoa te t%icos !e s#a EP @#e ela consi!era,
!esen'ol'e#, cati'a, con=ece, etc-, ais e o#tros, enosaos s#or @#e o fil%sofo clínico !e Francisco, e @#e con=ece a EP !e Francisco, se
!eara co a se;#inte sit#ao: Francisco aa #a oa e sa?e @#e no #n!o e @#e 'i'e ela D #a
%tia essoa e @#er casar co
/9
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter ela, ter fil=os cont#!o, ele se ac=a iat#ro ara ass#ir # coroisso !essa nat#reaO fil%sofo clínico se '" !iante !e #a co!a a'aliaoCoo na estr#t#ra !e ensaento !e Francisco Bo @#e ac=a !e si eso J t%ico ( D
!eterinante, te aior eso s#?>eti'o, e relao aos !eais t%icos, ro'a'elente Francisco no
ass#ir # coroisso !a@#ela nat#reaO fil%sofo con=ece o conteú!o !e ca!a t%ico !a estr#t#ra !e ensaento !a essoa
a%s #a lon;a e criteriosa es@#isa ele 'ai a;r#ar as inforaHes or sit#aHes, conte+tos, !escriHes
alas e to!a #a ;aa !e critDrios e+i;entes- O reenc=iento !e ca!a t%ico D feito or critDrios !e
aro+iao e no !e e+ati!o afinal, no estaos no terreno !a ci"ncia estaos na rea !e =#anas5iles no
7a rtica, D ain!a ais siles !o @#e arece- Ten=o !a!o a#las !e Filosofia Clínica a
fil%sofo s !e to!o o aís J@#an!o e refiro a fil%sofos, esto# falan!o !e essoas !iloa!as e
.)
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Fac#l!a!es !e Filosofia recon=eci!as elo inistDrio !a E!#cao, e #a e+tenso !e @#ase cinco
il @#iletros e noralente eo a eles ara @#e ;ra'e o# file nossas a#las, eo ara @#e e
e+i>a no f#t#ro, @#an!o esti'ere clinican!o, a 'eraci!a!e !o @#e l=es ensino e a#la- 2i;o a eles @#e
a clínica filos%fica cost#a ser fcil, se;#ra e tran@Wila @#an!o realia!a !entro !os ensinaentos
assa!osE a%s este ?re'e seroin=o, creio @#e o!eos contin#aroc" est ;ostan!o !o @#e est aren!en!o atD a@#i Q#er ais
----- ois ter ain!a #ito ais, est ?e
U falaos !e FranciscoA;ora 'aos falar !e ariaO @#e se assa co aria D inteiraente !iferentearia no aresenta c=o@#e entre t%icos !e s#a EP- aria aresenta c=o@#es !entro !e #
único t%ico !a EP.1
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Coo D ossí'el
Acoan=e:
1(0*- EoHes --------------------------------------------Ocorre @#e aria aa e o!eia se# iroIsso o!e acontecer or@#e s 'ees as eoHes !a essoa se escla in!istintaente, o# aenas se
fora !e # o!o @#e nen=# noe o# r%t#lo conse;#e !efini<las, o# aarece coo anta;nicasQ#an!o elas aarece !e'i!o a #a forao in!istinta @#al@#er, o fil%sofo no as noear ele as
!escre'er no t%ico correson!ente- Isso or@#e ne t#!o o @#e D 'i'encia!o or #a essoa o!e ser noea!o or elaM ?e oort#no !ier @#e s 'ees #a 'i'"ncia @#al@#er !a essoa o!e estar e ais !e #
t%ico- Por e+elo: # =oe @#e afira aar ?elas #l=eres est se referin!o a, no ínio, !ois
t%icos*- EoHes
.(
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter 4-PrD<>#íos
7a rtica, as associaHes t%icas 'o ao infinito3 fil%sofo clínico resenciar ao lon;o !a 'i!a #a 'ariao interin'el !e !iferentes
associaHes t%icas- Teos ali #a oolo;ia, #a ?otVnica, #a fa#na rica e 'ariaHes, ara to!os os
;ostosAc=o #ito iortante @#e 'oc" coreen!a a alicao rtica !esses ensinaentosaos s#or @#e a s#a #l=er, no @#e se refere a 'oc", ten=a o se;#inte rD<>#ío: “#arido
fora de casa % bandido” - E 'aos s#or @#e esse rD<>#ío !e s#a #l=er ten=a # ienso eso
s#?>eti'o ara ela  e relao aos !eais t%icos !a estr#t#ra !e ensaento !ela1(0*4-
------------------------------------------------------------------PrD<>#íos-------------------------------------
Portanto, con=ecen!o inforalente a EP !e s#a #l=er, 'oc" sa?e @#e no iorta a
>#stificati'a
.0
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter eocional, Dtica, BecVnica, @#e se>a- Coo na estr#t#ra !e ensaento !ela = # rD<>#ío
!eterinante, # t%ico @#e soin=o o!e 'aler @#ase tanto @#anto to!os os o#tros >#ntos, !e na!a
a!ianta tentar !ialo;ar co ela- oc" ser # ?an!i!o, contra to!a a ro'a e contrrio, sinto #itoAlis, 'oc" > este'e en'ol'i!o o# en'ol'i!a co al;#D c#>o t%ico !eterinante e relao
a 'oc" foi EoHes J*, e e esecial al;o 'er!in=o alc#n=a!o !e ciúes
Q#e tal
2esc#le<e or ter !e e referir a #a sit#ao coo essaQ#ero confessar al;o @#e !esco?ri tra?al=an!o e clínica or il=ares !e =oras: a estr#t#ra !e
ensaento no D rí;i!a- A EP D %'el ela se transfora e e'ol#i a ca!a se;#n!o !#rante to!a a 'i!a !a
essoaas, nesse caso, coo D ossí'el se faer clínica, #a 'e @#e a essoa se o!ifica ano a%s
ano, s 'ees !e # !ia ara o#tro, confore o esta!o !e Vnio
Raciocine coi;o.*
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter 5e n%s teos # ai;o e co# c=aa!o Uoo arreco, or ais @#e Uoo arreco se
o!ifi@#e !#rante a 'i!a, se#s con=ecientos e t#!o o ais, ain!a assi n%s contin#areos
i!entifican!o o in!i'í!#o coo Uoo arreco- 2a esa fora, nossos fil=os, iros, ais, ai;os,
ain!a @#e se o!ifi@#e ao +io, so sere i!entifica!os or n%s or al;o único @#e caracteria
ca!a # !eles- Ento, e?ora a EP !e ca!a essoa se o!ifi@#e ao lon;o !a 'i!a contin#aente-- 7oralente, @#an!o fao #a alestra o# !o# #a entre'ista ais !eora!a  irensa D
co# @#e e er;#nte coisas coo:
-
“<,cio o que mais tem na estrutura de pensamento>” Te coisas coo o t%ico 11, 6#sca6#sca D aon!e a essoa se !iri;e e+istencialente-
Al;#as essoas t" #a 6#sca forte, !ecisi'a ara s#a e+ist"ncia- Elas sa?e o @#e @#ere,
sa?e @#e esto l#tan!o ara isso e sa?e @#e na!a o!e ser ais !ecisi'o a elas- Esto !isostas a
colocar t#!o o# @#ase t#!o !e la!o e f#no !isso.4
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter 5eria ais o# enos assi:
1- --(- ---/- ----------8- -----------------------11- 6#sca----------------------------------------1(- --------------------1*- ------------3 e+elo D o !a essoa @#e !ese>a ser rica, financeiraente falan!o, estan!o ara isso
!isosta a sacrificar s#a 'ai!a!e essoal, o @#e aa, e t#!o o aisCreia<e, D al;o no o#co raroO#tras 'ees a essoa no oss#i # ara on!e ir, no ensa e no se iorta co isso, ac=a atD
#a ?esteira lane>ar o f#t#ro- Ela no est certa ne erra!a ela aenas se estr#t#ro# !essa aneiraE a@#i aarece #ito #a o#tra er;#nta @#e e fae e @#e > encionei = o#co5e ca!a essoa D !e # >eito e isso no D certo ne erra!o, ?o ne a#, no tra!# ?e e
al, coo D ossí'el con'i'eros >#ntos neste laneta
./
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Afinal, fica arecen!o @#e ca!a essoa o!e faer o @#e ?e enten!er 7o D na!a !issoO fato !e ca!a essoa ter # #n!o r%rio coo reresentao no @#er !ier @#e ca!a #a
te a#tonoia ara faer o @#e ?e enten!er, l%;icoE+eriente c=e;ar ao ;#ic=" !o se# 6anco e !ier ao ?ancrio ara l=e assar ce il !%lares
silesente or@#e na s#a reresentao ele !e'e l=e ce!er tal iortVncia----- eso coreen!en!o a reresentao !as essoas, coo D a EP !elas, eso assi e
!i'ersas ocasiHes os c=o@#es sero ine'it'eisO fil%sofo ta?D est#!a os !a!os !e seiose !a essoa, t%ico 142a!os !e seiose so os eios !e e+resso !a essoaoc" recor!a !e s#a rieira naora!in=a
Recor!a coo foi @#an!o !ano# co ela a rieira 'e e acaricio# ner'osa o# calaente os
ca?elos !ela Le?ra @#an!o a ?ei>o# e @#an!o !eois no conse;#i# ais arar, @#ase s#focan!o a
enina Te na e%ria os sorrisos, os s#ss#rros, os se;re!os @#e
..
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter trocara Le?ra @#an!o ela l=e ro#?o# #a foto, roeten!o !e'ol'er e n#nca !e'ol'e# Le?ra
@#an!o 'oc" fe o eso co ela
Pois o fil%sofo es@#isar @#ais so os se#s !a!os !e e+resso nas circ#nstVncias !e s#a 'i!aAl;#ns refere cartas !e aor, o#tros refere associar aor e se+o, o#tros >aais
!eonstra o @#e sente, al;#ns recita oeas, al;#ns a?re !ireto 'er?alente, al;#ns refere
tocar co carin=oEnfi, ca!a essoa te se#s !a!os r%rios !e seiose3 !e e#s al#nos, =o>e fil%sofo clínico, encontro# !ific#l!a!es crescentes ara faer os
e+aes cate;oriais co #a enina !e 14 anos @#an!o constato# o !a!o !e seiose @#e ela #sa'a ara
se e+ressar so?re si esa, a escrita, ele col=e# to!as as cate;orias atra'Ds !e # !irio @#e ela asso#
a escre'in=arG ta?D o t%ico (), Eisteolo;ia-
7esse t%ico, o fil%sofo es@#isar o o!o coo a essoa con=ece as coisas5e 'oc" > 'isito# #a escola infantil, o!e ter fica!o intri;a!o co a aneira !i!tica co @#e
so assa!os os
.8
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter conteú!os- 3 fil%sofo te #ito a contri?#ir co a !i!tica, o Dto!o, a a@#isio e o e+ercício !o
con=ecientoG crianas @#e aren!e o?ser'an!o coo os a!#ltos fae = crianas @#e refere aren!er soin=as, or tentati'a = crianas @#e aren!e coian!o, crian!o, !estr#in!o o# silesente @#an!o
coa;i!as a aren!er = crianas @#e no aren!e or@#e este t%ico, na EP !elas, o!e estar s#?or!ina!o a # o#tro --Za, 'aos !e'a;arN
*- EoHes
()- Eisteolo;ia
Coo as associaHes t%icas 'o ao infinito, #a criana o!e associar os t%icos * e () !e s#a
EP- 2esse o!o, or e+elo, ela o!e con!icionar s#a aren!ia;e ao fato !e ;ostar o# no !o
rofessorPo!e ta?D associar:
11- 6#sca
()- Eisteolo;ia
--------- e !essa aneira soente aren!er @#an!o sentir @#e o ensinaento contri?#i ara o @#e
ale>a alcanar na 'i!a.9
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter 7a 'er!a!e, D iossí'el catalo;ar e e+elificar ),1[ !os casos, taan=a D a ;ran!ea !e
'ariaHesAc=o @#e neste onto a'ana!o !e nosso est#!o > o!eos ir a refle+Hes filos%ficas !e aior alit#!e5#on=a @#e n%s teos # ai;o e co# c#>a EP !eonstre @#e o t%ico (, O @#e ac=a !e
si eso, 'al=a # ínio ara ele  e relao aos !eais t%icos !e s#a EP1- --------------------------------------------(- O @#e ac=a !e si eso -----------
0*-
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Ia;ine o @#e o!e ocorrer se o nosso ai;o e co# for a #a li'raria corar # li'ro
!e a#to<a>#!a @#e ten=a f%r#las rontas: “'lhe no espelho e repita0 eu me amo eu mereço
tudo de bom eu sou bom puro e perfeito...” Lo;o ara ele, @#e te esse t%ico iniaente !esen'ol'i!oN
O @#e noralente ocorre D @#e ele o!e >o;ar o li'ro fora, o!e ri!ic#lariar os
ensinaentos, o!e ficar 8)
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter conf#so etc- 5ilesente or@#e ele coro# #a f%r#la ronta, #a f%r#la @#e no le'o# e
conta a EP única @#e ele te, única no #n!o to!oO eso o!e se efeti'ar se ele for a;ora a # terae#ta @#e re;#e a li're e+resso
!a@#ilo @#e ele sente etc- 3a "nfase !o;tica so?re o t%ico * JEoHes !a EPO# ento ia;ine se o nosso o?re ai;o se associar a #a escola esotDrica @#e reconie a
necessi!a!e !e a essoa ter #a eta , # o?>eti'o !e 'i!a, #a 6#sca Jt%ico 11 coo con!io !e
e+ist"nciaO?ser'e ?e @#e no se trata !a crítica fcil a # o# o#tro tio !e sistea !e ensaentoTrata<se !a aneira coo se ! a interseo, a aneira coerciti'a, co estra;os @#ase @#e e'i!entesQ#an!o o fil%sofo te #a es@#isa fire so?re a estr#t#ra !e ensaento !a essoa, ele
consi!era al;o @#e atD este oento ain!a no encionaos co aiores inúcias81
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Esto# e referin!o s interseHes entre Es-
"!'$)&$45$& $!')$ $Ps
Consi!ere coo e+elo @#e aria e Francisco se casara e @#e aarecera !iante !o
clínico or@#e esto ten!o !ific#l!a!es crescentes no relacionaento 7esse caso, o fil%sofo clínico est#!ar a @#ali!a!e !e interseo entre essas !#as essoas-
Q#ais os t%icos !a EP !e aria se #ne a @#ais t%icos !a EP !e Francisco
Parece !ifícil Tal'e na teoria area !ifícil- 7a rtica D to calo @#anto ;#a !e oo5#on=a @#e aria se caso# co Francisco re!oinanteente or@#e o aa'a J*- EoHes
e @#e Francisco caso# co aria or@#e ac=a'a @#e teria #a 'i!a confort'el, !e'i!o  fort#na !e
aria J4- PrD<>#íos- O @#e teos ento
8(
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Tal'e no início !a relao esti'esse sen!o ?o ara a?os, as !eois @#e Francisco se !e#
conta !e @#e aria era to o?re @#anto ele, t#!o r#i#- O rD<>#ío, o fator !e interseo co aria
enfra@#ece#- Por s#a 'e, aria senti# o interesse !e Francisco !esaarecer e, i;#alente, o aor @#e ela
tin=a or ele es'aecer- O único asecto @#e ain!a os #ne D a reli;io, or@#e “aquilo que +eus uniu
só se separa com a morte”.
as ne sere a interseo !eterinante e #a essoa te a 'er co o#tra essoa- Ys 'ees
#a essoa o!e ter #a interseo fortíssia co #a reli;io, co # o?>eto Jcarro o# a'io, #
sistea olítico Jar+iso o# neoli?eraliso, enfi @#al@#er coisa, ao in'Ds !e estar e interseo
!eterinante co o#tra essoa- Por e+elo:
80
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Carlos o!e ter #a interseo !eterinante, e ositi'a, co a socie!a!e e @#e 'i'e, e, co
\n;ela, s#a #l=er, anter #a interseo ne;ati'a- E no aenas ne;ati'a, coo ta?D o#co
si;nificati'a a eleE D!ia, ca!a essoa 'i'e ca!a se;#n!o il=ares !e interseHes- Entretanto, !e #a atD
tr"s cost#a ser !eterinantes !e ca!a 'e 7os e+elos ;rficos @#e 'ios, roc#rei silificar2e @#al@#er fora, 'oc" ?e o!e ia;inar as cole+i!a!es @#e as interseHes o!e
a?ran;er#itas 'ees o aior sofriento ca#sa!o a #a essoa ro'D !a @#ali!a!e !e interseo,
e !a intensi!a!e, co refer"ncia  #a EP @#e l=e est intiaente cola!a- Po!e ser # e+elo o caso
!e #a criana !e tr"s anos @#e D esanca!a ela e @#ase @#e !iariaente- E # caso assi tal'e o
rieiro o'iento clínico se>a o !e roer tal interseo, afastan!o a criana !a e atra'Ds !as
a#tori!a!es coetentesG casos ara 'aria!os ;ostos: # =oe o!e ter interseo !eterinante co a o?ra !e
# a#tor >
8*
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter orto, Fernan!o Pessoa, or e+elo o#tro =oe o!e ser aficiona!o a e!ras colori!as, roenso a
catar os o!eres eana!os or elas, e ter #a interseo iassí'el co elas, coisa @#e tal'e no ten=a
co o#tro ser =#anoTais casos e'i!encia al;#a atolo;ia ental
7o, no e'i!enciaQ#al D o ro?lea se #a essoa se estr#t#ro# !e o!o a aar lantas ao in'Ds !e aar essoas Q#al D a atolo;ia se o#tras essoas se relaciona ?e co e!ras, teorias reli;iosas, se
arecia estar ol=an!o ara o cD# e ?#sca !e fenenos raros en@#anto i;nora # ser =#ano
ie!iataente ao la!o
Ca!a essoa se estr#t#ra !e # o!o único e 'ai ter a e+ist"ncia confore a estr#t#ra @#e
!esen'ol'e#, aenas2iante !e tanta 'arie!a!e, sa?e 'oc" o @#e 'ai no íntio !e # fil%sofo clínico @#an!o ele
entra e contato co #a essoa
Ac=o @#e no osso reson!er co reciso, as osso tentar contar o @#e s#on=o @#e
ocorra na aioria !as 'ees84
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter 6. O P#P$7 O F"7&OFO C78!"CO
O fil%sofo clínico ?#sca sentir a essoa, o o!o coo toca, coo ol=a, fala, coo se
o'ienta, coo se relaciona co o eio on!e 'i'e o fil%sofo ?#sca con=ecer coo esta essoa est
estr#t#ra!a, @#ais os rD<>#íos, eoHes, ai+Hes !oinantes, aDis e+istenciais, entre o#tros !a!os, e
coo eles se relaciona entre eles esos e co o a?iente- Ento, o fil%sofo clínico, a%s tr"s eses
!e clínica, ais o# enos, enten!er @#e a@#ela essoa est estr#t#ra!a !e #a !eterina!a fora e @#e
or isso ten!e a f#ncionar !e !eterina!a aneiraE ;eral, o tra?al=o co a essoa no #ltraassa os seis eses- 2eois faeos cons#ltas !e
re'iso e !e aoio ocasionaisE ento c=e;aos  terceira arte !a clínica filos%fica8/
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter 7a rieira, os e+aes !as cate;orias 7a se;#n!a, a es@#isa !a estr#t#ra !e ensaentoE, na terceira, a @#esto D o @#e faer clinicaente @#anto aos ro?leas encontra!os na EP !a
essoa---5e o tra?al=o foi ?e realia!o atD a;ora, o restante ser tran@Wilo e ro'a'elente ?e  s#ce!i!oPense coi;o #a sit#aoaos s#or @#e 'oc" roe# # noi'a!o e est a?orreci!a, e #a sit#ao !e tristea @#e
se arrasta or seanas e seanas- oc" aa'a realente a essoa co @#e se casaria, tin=a #a
ersecti'a #ito se!#tora ara se# f#t#ro r%+io e a;ora no te ais na!aIa;ino coo 'oc" rece?eria # ai;o @#e @#isesse sinceraente a>#!ar nesse oento
!ifícil, toan!o al;#as !as ro'i!"ncias @#e se;#e: rieiro ele a con'ence a ir a #a festa e @#e
=a'er úsica, ;ente ?e !isosta, =ist%rias en;raa!as !eois, co #a le'e c=a'e !e ?rao ele a
con'ence a se;#ir co ele ao teatro, a #a !anceteria e ento,
8.
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter erce?en!o @#e 'oc" est !esaian!o elos cantos !e'i!o ao cansao, ele  ;raas a 2e#s  a le'a !e
'olta ara casaO#tra essoa, #a ai;a, ensina a 'oc" e+ercícios resirat%rios alterna!os or esancaento
!e alofa!as e colc=Hes, ao acoan=aento !e ;ritos e #i'osG o ai;o s?io, a@#ele @#e interretar o @#e 'oc" est sentin!o e !ir ara 'oc" o @#e 'oc"
est 'i'en!o, #a 'e @#e 'oc" no sa?e- O !ia;n%stico D @#e 'oc" i;nora a ess"ncia !e 'oc" esa a
casa rece?e incensoAtD @#e # o#tro ai;o c=e;a e 'arre t#!o co sal afastan!o assi as foras ne;ati'as !o
a?iente e !o !ia;n%stico anteriorE certo !ia, esta @#ase no fal=a, c=e;a a tal ai;a a@#ela !an!o o aior aoio e contan!o a
'oc" to!as as er'ersHes !a@#ele “safado” !e @#e ela ?on!a!e !os cD#s 'oc" se li'ro#Tal'e al;#a !essas inter'enHes ten=a # efeito realente encanta!or e l=e tra;a # ?e
e+istencial enore o ro?lea D @#e noralente
88
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter no D assi @#e acontece- 5ilesente or@#e elas fora fora!as a 'oc" coo # o!elo
tera"#tico a!ronia!o, aca?a!o, a teoria est ronta e arece @#e soente l=e ca?e resi;nar<se e aceit<
la- M claro @#e 'oc" o!e rec#sar, e ento a esa teoria ronta e aca?a!a arr#ar #a e+celente
e+licao ara taan=a re>eio !e s#a arte, o!e estar certo !isso- Ora, a r%ria filosofia ta?D se
encai+a nesses e+elos
Q#an!o or e+elo, 5"neca afira @#e “% preciso freq@entemente recolhermo-nos
em nós mesmos0 pois a relação com pessoas diferentes demais de nós perturba
nosso equilíbrio desperta nossas pai"Ges irrita nossas restantes fraquezas e
nossas chagas ainda não completamente curadas. #isturemos todavia as duas
coisas0 alternemos a solidão e o mundo. A solidão nos far! dese*ar a sociedade e
esta nos conduzir! novamente a nós mesmos& elas são antídotas uma C outra0 a
solidão curando nossos horror C multidão e a multidão curando nossa aversão C
solidão”  ele est !an!o receitas rontas ta?DN Afinal > sa?eos @#e isso @#e 5"neca afira e
89
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter se#s fra;entos “% assim que % para ele” , as no @#er !ier @#e se>a assi ara n%s to!osAntes !e rosse;#ir 'o# l=e faer # e!i!o: no ;#ar!e a iresso !e @#e esses
roce!ientos este>a erra!os o# se>a !e  ín!ole- 7o D essa a lio- A lio @#e !ese>o transitir D
@#e fora iortantes e a!e@#a!as !#rante sDc#los as teraias rontas, as isso aca?o#A;ora 'aos s#or o#tra coisa 'aos s#or @#e o fil%sofo clínico con=ece @#e 'oc" te #a
forte oinio so?re 'oc" esa, @#e D reciso #as o#cas seanas !e l;rias e recol=iento ara @#e
'oc" ossa se recoor e+istencialente, ois D isso o @#e 'oc" sa?e !e si esa Jt%ico ( o fil%sofo
sa?e ta?D @#e 'oc" aa, @#an!o aa, co intensi!a!e, co ;ran!e entre;a e @#e cost#a ter ?ic=in=os !e estiao or erto @#an!o sofre al;# ?a@#e afeti'o, ois isso l=e fa ?e Jt%ico *,
EoHes ele ta?D sa?e @#e 'oc" te #a fD !e ao ino+i!'el a reseito !o sofriento ser necessrio, @#an!o se D >o'e, ara se crescer e aren!er Jt%ico 4, PrD<>#íos- 7ossa, @#anta coisa ele
sa?eN
9)
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Te ais- Ele con=ece @#e 'oc" cost#a faer lon;as cain=a!as elo tra>eto ar?oria!o @#e
'ai !e s#a casa atD a 3ni'ersi!a!e sa?e @#e D esse o o!o coo 'oc" li!a, e li!a ?e, co !ores
afeti'as Jt%ico 14, 5eiose- O fil%sofo i;#alente enten!e @#e o o!o @#e 'oc" #sa ara enten!er e
sair !as sit#aHes !ifíceis !a 'i!a D refletir #ito so?re o @#e =o#'e e a?rir s#as concl#sHes a #a essoa
na @#al confie, as @#e no l=e !e'e !ar consel=os !e'e aenas o#'ir or@#e 'oc" esa resol'e s#as
feri!as Jt%ico (), Eisteolo;ia- E assi or !ianteOra, !e on!e tiro# to!o esse enten!iento so?re 'oc" o nosso fil%sofo
Tiro# !e 'oc" esaN
Tiro# !as inforaHes @#e col=e# nas o#cas seanas e @#e con'i'e# co 'oc", tiro# !os
e+aes cate;oriaisEnto D a artir !essa estr#t#ra !e ensaento @#e ele sa?er coo a;ir, D essa a EP, única no
#n!o, @#e !ar a ele a orientao !a ao clínicaTal'e ento ele s#;ira @#e 'oc" aceite a@#ele ;atin=o @#e s#a tia @#er l=e !ar, tal'e ele
recoen!e lon;as
91
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter cain=a!as or l#;ares esecíficos, tal'e aceite s#as l;rias co carin=o, tal'e no faa
interretaHes  ao contrrio, tal'e ea @#e 'oc" reflita #ito e @#e ' a?rin!o e con'ersas co ele as
concl#sHes @#e 'oc" alcano#, e so coisas @#e ele aenas o#'iroc" noto# @#e esto# !ien!o “talvez” !eais
M or@#e = o#tros asectos @#e 'aos consi!erar a se;#iras, a;ora, ense sinceraente na rorie!a!e feli !e #a clínica feita !a essoa ara a teoria,
e n#nca ao contrrio J@#ase n#nca, ois = e+ceHes: casos !e eer;"ncia, or e+elo, e @#e se e+i;e
#a ao ri!a e no se te teo ara os e+aes rD'iosIa;ine o @#e D con'i'er co al;#D @#e no >#l;ar s#as aHes, @#e no colocar 'oc" n#
en@#a!raento tiol%;ico, @#e acoan=ar e+istencialente 'oc" reseitan!o o o!o coo 'oc" D, @#e
estar ao la!o @#an!o for ara ser e @#e e'itar afrontaentos inúteis  aneira coo 'oc" se estr#t#ro#5e 'oc" n#nca 'i'e# al;o assi, e# !ese>o D @#e isso ain!a l=e acontea ao enos #a 'e na 'i!a  se
s#a EP esti'er !isoní'el a tal 'i'"ncia9(
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter M iortante !ier @#e o fil%sofo clínico no ter #a atit#!e assi'a, aceitan!o e enten!en!o
laci!aente o @#e l=e for trai!o ac=o iro''el # fil%sofo conse;#ir taan=a atit#!e- Afinal, o
fil%sofo clínico @#e est !iante !e 'oc" ta?D te #a estr#t#ra !e ensaento @#e estar e
interseo co a s#a-
Ys 'ees, a essoa o!e ter #a EP, # o!o !e ser, @#e afronte f#riosaente a EP !o fil%sofo,
a tal #r;"ncia, @#e ele silesente no consi;a efet#ar se# tra?al=o coo clínico- 3 tra?al=o @#e
e+i;e f#n!aentao e Dto!o- M erfeitaente nat#ral @#e al;o !essa nat#rea ocorra e @#e in'ia?ilie a
atit#!e clínica  ten!o o fil%sofo ento @#e s#;erir  essoa o noe !e # cole;aAl;#ns fil%sofos clínicos !e in=a e@#ie se sente  'onta!e ara faer aten!iento a
failiares r%+ios, coo ais, fil=os, e eso  r%ria #l=er- O#tros no @#ere sa?er !isso9*
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter O @#e to!os arece ter ci"ncia D @#e a @#ali!a!e e a intensi!a!e !a interseo so f#n!aentais ao
tra?al=o clínico !aí os c#i!a!osaos consi!erar os o#tros asectos, est ?e
Colo@#ei reeti!aente o tero tal'e = o#co or raHes clínicas @#e 'aos 'erificar a;ora5#on=a @#e se# iroin=o oss#i o =?ito !e ter coo ai;#in=os !e escola eninos @#e
cost#a e+lorar a ?oa 'onta!e !ele e a#+iliar os o#tros- Ento 'oc" constata @#e ele fa as liHes !e
casa ara os o#tros, @#ase n#nca conse;#e coer se# lanc=e soin=o e retorna fainto ara casa, entre
o#tras sit#aHes- Tal'e se# iroin=o este>a co # Pa!ro Jt%ico 1. !a EP, #a sit#ao @#e se
reete se fi- 7esse caso, o#co a>#!ar @#e se tra?al=e ara @#e ele contin#e faen!o o @#e
noralente fa ara o!ificar a sit#ao, se for !a 'onta!e !ele o!ificar, e'i!ente- Por@#e o enino
o!e estar feli e s#a con!io- Alis, D co# @#e al;#ns ais tra;a se#s fil=os  clínica or >#l;are @#e os fil=os esto co ro?leas, o @#e ne sere correson!e  'erso !esses94
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Ressal'as !e la!o, se# iroin=o o!e estar 'i'en!o #a ara!il=a conceit#al, #a e+resso
@#e os fil%sofos clínicos cost#a #sar2ei+e<e e+elificar- 5#on=a # =oe @#e ten=a e s#a EP coo t%ico !eterinante o
se;#inte rD<>#ío J'er!a!e s#?>eti'a a riori:
<
“Hasta andar sempre para adiante que em um momento a estrada chegar!
ao )nal”.
as o fato D @#e esse =oe est cain=an!o so?re a lin=a @#e erfa # círc#lo- Ain!a @#e
ele creia @#e e al;# oento a estra!a c=e;ar ao fi, isso no ocorrer ne eso @#e ele !" #
il=o !e 'oltas- 7e eso @#e ele si;a an!an!o or to!a a eterni!a!e- Isso D #a ara!il=a
conceit#alM co# @#e a essoa ten=a #itas ara!il=as conceit#ais, a aioria !elas insi;nificantes 
'i!a !a essoaas e+iste ara!il=a !e conceitos #ito cr#el  e+ist"ncia o!e tornar a 'i!a #a isDria- Por e+elo,
9/
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter tal'e a essoa @#e or on!e assa soente esal=a !or e !estr#io, tal'e o s#>eito @#e conse;#e estar e fran;al=os e ca!a ereen!iento e s#a 'i!a, tal'e a oa @#e soente se aai+ona or =oens
incaaes !e aar e ani#la!ores eocionais er'ersos- Tal'e ta?D a essoa arecie 'i'er sit#aHes %r?i!as, @#e ara ela so !e al;#a aneira atraentes- Q#e D @#e sa?e
M oort#no !ier @#e ara!il=a conceit#al no si;nifica al;o r#i o# in!ese>'el  essoa- G
ara!il=as !e conceitos 'er!a!eiraente lin!as e !ese>'eis, coo o!e ser # aor correson!i!o e
'i'i!o co raer9.
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter 9. O& &:MOO& $ &#& )$7#45$& COM # $&')')# $ P$!&#M$!'O
Ento o fil%sofo clínico sa?e @#e #a sen=ora @#e o roc#re co o ass#nto ie!iato, coo
'ios no início, !e @#erer aren!er a “ter mais controle sobre seus )lhos” o!e l=e traer s#rresas- Tal'e a #l=er > se>a est#i!aente controla!ora, @#eren!o a;ora aren!er a ser !Dsota6e, o @#e o fil%sofo clínico 'ai tra?al=ar na essoa
Afinal, a ca!a se;#n!o il=Hes !e no'i!a!es ocorre na EP !e ca!a essoa: e@#enos c=o@#es,
conflitos, s foraHes o# foraHes infelies e #ito ais- 3 e+elo D @#an!o 'oc" est in!eciso
@#anto a sa?er se 'ai >antar aenas #a sala!a o# aro'eitar a noite ara # >e>#Ora, ro'a'elente no = rao ara se oc#ar clinicaente co isso- O fil%sofo est
interessa!o nos ;ran!es
98
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter c=o@#es entre t%icos !a EP, na@#eles n%s ce;os iortantes, nas @#estHes essenciais-
T#!o ?e, as coo sa?er @#ais as @#estHes f#n!aentais @#e erece ateno e clínica e as
@#e o#co reresenta
2ar #a resosta o!e ser !ifícil se o fil%sofo no con=ece a estr#t#ra !e ensaento !a essoa,
ois ter !e #sar !e =i%teses e raciocínios fr;eisA;ora t#!o se torna !iferente se o fil%sofo con=ece a estr#t#ra !e ensaento !a essoa- 5e 'oc"
ler o li'ro !e Gein;Xa so?re a o!issDia 'i'i!a elo 'el=o esca!or 5antia;o ter # con=eciento
;ran!e o s#ficiente ara localiar as @#estHes rinciais, o @#e D iortante e o @#e o#co iortaE'i!enteente @#e no e+iste reciso atetica nessa localiao e+iste o @#e n%s fil%sofos clínicos
c=aaos !e “e"atidão por apro"imação” - O# se>a, = # +io !e ro?a?ili!a!e @#anto ao
!ia;n%stico- 7o oento, D o el=or @#e o!e ser feitoQ#an!o o fil%sofo i!entifica as @#estHes @#e sero tra?al=a!as e clínica, ele t"  !isosio
no 4 o# 1) ne 14 roce!ientos clínico s- Ele te  !isosio 0( aneiras !e tra?al=ar99
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Para @#e ac=a 0( aneiras !e inter'enHes clínicas # núero e+a;era!o, ain!a teos #a
o#tra no'i!a!e ara !a@#i a o#cas lin=as6e, !isse antes @#e no D a essoa @#e 'ai  teoria, as @#e e Filosofia Clínica a teoria se
fora a coear !e ca!a essoa !e'eos consi!erar @#e > rinciiaos co rD<>#íos, al;o ine'it'elPense ?e: no arece a;ora #a contra!io afirar @#e !isoos !e 0( aneiras,
roce!ientos clínico s, co os @#ais 'aos tra?al=ar co as @#estHes !a essoa
A aarente contra!io > 'ai !ireto or ;#a a?ai+o--- Prieiro, o fil%sofo clínico no #sa o
noe “t%cnica” , or ress#or # o!o rí;i!o, # estere%tio- O fil%sofo #sa o noe “submodo” , o
o!o !e ?ai+o ara cia, con!iciona!o irree!ia'elente a ser s#?alterno  estr#t#ra !e ensaentoOs s#?o!os so foras se conteú!o 7o se reoc#e co esse aarente ala'rea!o e # in#to t#!o isso ficar il#ina!o e níti!o
coo # !ia ensolara!o nos aas1))
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter 6e, ao terinar o est#!o !o escrito so?re o nosso ?o ai;o e 'el=o esca!or 5antia;o, n%s
sa?ereos @#e ele esca ei+es ;ran!es co s#a lin=a e se# ?arco, @#e ele a'ana ar a!entro e no fica
lanta!o  ?eira !o ar, con=ecereos al;#ns asectos !a estr#t#ra !e ensaento !o 5antia;o,
sa?ereos #ito !o @#e ele !ese>a, ia;ina, sente, sa?e, enten!e e ais ain!a-
Pois ?e, a iniciar !aí sa?ereos @#al roce!iento clínico #tiliar- 2e'eos #sar !e
aconsel=aento 2e'eos faer o 'el=o esca!or refletir E refletir so?re @#ais ass#ntos E @#e tio !e
refle+o
G essoas @#e c=e;a ao fil%sofo or@#e @#ere enten!er coo f#nciona or e+elo, elas
recisa #r;enteente coreen!er or @#e sente tanto ciúe !a essoa aa!a a esse tio !e essoa,
tal'e o fil%sofo recise es@#isar co ela o f#ncionaento !o @#e 'i'e- as = essoas @#e no
s#orta esse tio !e es@#isa- Elas 'o ao fil%sofo co #a !or e+istencial @#al@#er e @#ere se li'rar !a@#ilo o @#anto antes @#ere @#e a !or are no @#ere est#!ar coo elas esas f#nciona1)1
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter aos ser a;ora ain!a ais esecíficosEstr#t#ra !e ensaento ] t#!o o @#e est e 'oc": con=eciento, ati!Hes, eoHes, sensaHes,
etc5#?o!os ] a aneira coo inforalente a essoa e+ercita a@#ilo @#e est nelaPor e+elo: E!#ar!o aa A!Dlia e an!a flores aarelas erf#a!as a ela- O aor @#e E!#ar!o
sente D o @#e est !entro !ele, na estr#t#ra !e ensaento !ele- O ato !e entrar e #a floric#lt#ra,
escol=er al;#as flores, cor<las e !eois en!ere<las  ADlia se constit#i no s#?o!o inforal @#e
E!#ar!o encontro# ara e+ressar o @#e esta'a na estr#t#ra !e ensaento !ele, @#e D o aorIsso D ?e siles, fcil esoA;ora e acoan=e e al;#as anifestaHes c#riosas @#e o!e ocorrerA EP encontra s#?o!os eficaesE+elo: E!#ar!o aa A!Dlia e a ?ei>a coo e+resso !esse aor este s#?o!o inforal @#e
#sa, o ?ei>ar, D a correson!"ncia fiel ao @#e l=e 'ai no
1)1
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter íntio, ao aor @#e sente- As coisas arece ?e concatena!asas a EP o!e encontrar s#?o!os contraro!#centesE+elo: E!#ar!o aa A!Dlia e e+ressa isso roi?in!o @#e ela ense o# faa @#al@#er coisa @#e
no ten=a coo o?>eti'o ele eso- 5% @#e ao s#foc<la !essa aneira, o raa 'ai inan!o o aor @#e
sente or ela e 'ai crian!o # clia !e !esconfiana út#aA EP o!e #sar s#?o!os @#e no !oina-
E+elo: E!#ar!o in'enta !e coin=ar ara A!Dlia, @#an!o na 'er!a!e ter sorte se aca?ar no
incen!ian!o a coin=aA EP no encontra s#?o!os !e e+ressoE+elo: E!#ar!o aa A!Dlia, as no conse;#e anifestar esse aor or carta, or to@#e, or @#al@#er eio- Ele retD esse aor !entro !e si eso, sofren!o co isso iensos a?alos !e an;ústia e
!orO#tra 'e os e+elos 'o s !eenas- 7ote @#e #a essoa o!e ter con=ecientos a'ana!os
!eri'a!os !e
1)(
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter se#s est#!os, o!e !oinar a úsica, a literat#ra, o!e ter 'i'i!o e+eri"ncia 'aria!as, e s#a, o!e
ter #a estr#t#ra !e ensaento rica, e no entanto no encontrar aneiras !e e+ressar to!a essa
ri@#ea ---N O oosto ta?D D 'er!a!eiroEsto# sen!o !i!tico- 7a rtica t#!o est interli;a!o, no = !istino- 5e 'oc" a?rir #a essoa
ao eio @#eren!o encontrar l o t%ico (0 o# 0), ac=o @#e 'ai se !ececionar- Por@#e !entro !a essoa
t#!o D #a coisa soente6e, o!eos a;ora !ar # e+elo ais aro+ia!o so?re os s#?o!os3 s#?o!o #ito #sa!o e clínica, sintotico a #a Doca coo a nossa, c=aa<se
ar;#entao !eri'a!a - Ele consiste na es@#isa !as raHes r%+ias !e !eterina!o e'entoPor e+elo: 'aos s#or @#e se>a o caso !e es@#isar e clínica os oti'os @#e a essoa te
ara se ?oicotar e to!os os ro>etos e s#a 'i!aEnto o fil%sofo, con=ecen!o a EP !a essoa, est#!ar # cain=o ara c=e;ar to r%+io
@#anto #!er !as ca#sas s 'ees #a essoa c=e;a s ca#sas !e #a @#esto aenas
1)0
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter con'ersan!o inforalente so?re isso, s 'ees recisa @#e o fil%sofo a con!#a or eio !e
in!a;aHes s#cessi'as JPor @#" !e tal coisa Q#al o oti'o O @#e a le'o# 2i;a<e #a rao ara tal
fato, etc  s 'ees a essoa ter acesso @#ase @#e ie!iato s ca#sas @#e roc#ra se #!er er;#ntar ao
fil%sofo so?re !eterina!os coortaentos e #!er se sentir se;#ra- Ento, #sar ar;#entao !eri'a!a
si;nifica @#e o fil%sofo ir e ?#sca !as ca#sas, !as ori;ens, as coo ele realiar isso no D
re!eterina!o, ois D a EP !a essoa @#e l=e !ar os arVetros5e o fil%sofo ti'er coo rD<>#ío e s#a ati'i!a!e clínica @#e a Bc#ra se ! atra'Ds !a
!esco?erta !as ca#sas !o sofriento, ele certaente se eter e a#ros- Para #itas essoas, sa?er o
@#e est ca#san!o se#s sofrientos reresenta li'rar<se !eles ara #itas o#tras, sa?er o @#e est
ca#san!o se#s sofrientos no reresenta o'iento al;# na@#ela !ireo, o!en!o ain!a !e 'e
iorar a sit#ao to!a o# ocasionar in!iferena- Por isso, o fil%sofo clínico soente #sar este s#?o!o,
1)*
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter ar;#entao !eri'a!a, @#an!o encontrar in!ícios na EP !a essoa @#e l=e ostre essa !ireo co
?oa ar;e !e se;#rana3 o#tro s#?o!o #ito #tilia!o c=aa<se es@#ea resol#ti'o- A@#i o fil%sofo no an!a ais
 cata !os oti'os, !as ca#sas, !as raíes, na!a !issoO es@#ea resol#ti'o est#!a a aneira coo a essoa raciocina, ara e se;#i!a #sar esta
esa aneira ara resol'er as @#estHes #r;entesG essoas @#e raciocina assi:
Proposiç,o  E# @#ero faer #a fac#l!a!eE ie!iataente consi!era t#!o !e Dssio @#e o!e l=es acontecer or toar tal !eciso-
Perdas  7o ter !in=eiro ara a;ar, rero'ar nas sa?atinas, !esco?rir @#e realente D #a criat#ra
inferiorPor últio, concl#e:
Conclus,o < 7o farei a fac#l!a!eTa?D = essoas @#e raciocina assi:
Proposiç,o < E# @#ero 'ia>ar nestas fDrias- Passa ento a coarar t#!o o @#e e+iste !e ?o e !e
r#i, coloca t#!o e #a esDcie !e ?alana:
1)4
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter A fa'or X contra
E finalente aca?a in!ecisas, otan!o or e!ir # consel=o a al;#D @#e reseita- O#
a?an!ona a @#esto- O# @#al@#er o#tra coisaE clínica, o fil%sofo ter oort#ni!a!e !e resenciar raciocínios !e 'er!a!eiros ala?aristas !o
ensaento- E+elo:
Proposiç,o < E# @#ero 'ia>ar nas fDrias !e >#l=o  &rDcia- Aí a essoa se le?ra !as últias fDrias e
coea a c=orar-
C=ora #ito- Le?ra @#e se !i'orcio# na@#ela 'ia;e- E se;#i!a, sente #a ansie!a!e forte e
roo'e # assalto  ;ela!eira- E+a#sta, se es@#ece !o ass#nto- ais tar!e, 'ia int#io, enten!e @#e
!e'e 'ia>ar- as aca?a no 'ia>an!oAo est#!ar o raciocínio !a essoa, o fil%sofo !esco?re @#e = @#e consi;a tratar co a friea
!o clc#lo s#as r%rias @#estHes eocionais = @#e ela?ore raciocínios ca%ticos @#an!o li!a co as
r%rias eoHes = @#e soente consi;a raciocinar corretaente @#an!o o ass#nto se refere  'i!a
!os
1)/
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter o#tros- Ao !ier Bcorretaente, esto# e referin!o aos asectos l%;ico< foraisPor @#e ocorre taan=as 'ariaHes
Ocorre or@#e !#rante o raciocínio entra !e enetra !a!os int#iti'os, eocionais, or@#e a
ateno fo;e e aca?a traen!o e se# retorno !a!os estran=os ao @#e esta'a sen!o raciocina!o, or@#e a
essoa coete e@#í'ocos l%;icos, or@#e = constr#Hes sofisticas e #itas o#tras anifestaHesConfira # e+eloUoa@#i 'ai constr#ir se# raciocínio a artir !e # rD<>#ío fortíssio e s#a EP:
PrD<>#ío  Os >#!e#s so os c#la!os !e t#!oEnto ele 'e con'ersar coi;o, lo;o @#an!o e# esto# sain!o co e# a' ela orta !a
5ina;o;aEle se sente al ao e 'er e @#er @#e e# enten!a @#e so# o c#la!o !issoAr;#entao !eri'a!a  Por @#e 'oc" sere fa co @#e e# e sinta al, Lúcio
E e se;#i!a enfileira raHes a'#lsas, ! inotes l%;icos e no fi ain!a sai ?ra'o or@#e no
enten!i os oti'os !ele, o @#e fa co @#e e+clae:
1).
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter -
Isso tamb%m % culpa sua
E 'ai e?ora-
7e sere, ortanto, o fil%sofo o!er #sar # es@#ea resol#ti'o co a essoa- G essoas
@#e realente no s#orta ter !e raciocinar a ro%sito !e se#s r%rios ro?leas- Po!e ser enoso
!eais, o# a?orrece!or !eais, o# elas aenas resol'e tais ro?leas or !a!os int#iti'os D ais o#
enos, o caara!a @#e fa o @#e l=e ! no corao, assi ?r#sco, e !eois 'ai 'er o @#e =o#'e
e+ataente-
Consi!ero # crie Dtico o fil%sofo forar #a essoa a # es@#ea resol#ti'o se isso afrontar a reresentao !ela- e# 2e#s !o CD#, a essoa silesente no f#nciona !esse >eitoN
I
Ia;ine # ai !ien!o ao fil=o @#e ele !e'e refletir antes !e faer as coisas, se o fil=o fa as
coisas ?asea!o nas eoHesN Ia;ine # fil=o !ien!o @#e no te o aor !os ais or@#e os ais no
con'ersa co ele, @#an!o na 'er!a!e os !a!os !e seiose co os @#ais os ais e+ressa o aor elo
fil=o so efeti'a!os coran!o caros resentes e os !an!o a eleN
1)8
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter O fil%sofo clínico constata nesses casos @#e esto ocorren!o ro?leas na interseo n#nca
>aais, o fil%sofo !iria @#e = # correto e # o#tro erra!o, ois isso no e+isteaos aos e+elos:
Pe!ro e 6ela t" #a interseo ositi'aEsto felies >#ntos, atD @#e se casa- Co o casaento, coea a iocar os ro?leasO fil%sofo @#e resta ser'ios ao casal lo;o erce?e @#e os ro?leas no se refere s
estr#t#ras !e ensaento !e ca!a #- Os ro?leas refere<se aos s#?o!os inforaisN
Ocorre @#e Pe!ro aa 6ela, e e+ressa esse aor !an!o a ela # lin!o aartaento, #a conta
?ancria ro?#sta, oort#ni!a!es sociais, as or al;#a rao no antD relao íntias co ela- Por s#a 'e, t#!o @#e 6ela esera'a !o casaento co o =oe @#e aa era @#e ele fosse # aante
ar!ente e carin=oso, ais !o @#e @#al@#er coisa 6ela
1)9
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter !eonstra o aor @#e sente or Pe!ro #san!o eas íntias ers#asi'as, roc#ran!o !ar carícias @#e
@#ase n#nca so correson!i!as2esse >eito, coo ca!a # #sa s#?o!os inforais !iferentes ara !eonstrar # sentiento
forte coartil=a!o or a?os, e coo os s#?o!os, resecti'aente, afronta as EPs #t#aente, o
conflito arece ois ara!o-
G casos e @#e # e?ate !essa nat#rea se resol'e laci!aenteM ?e 'er!a!e @#e s 'ees a essoa o!e estar a!ecen!o #ito or ter aren!i!o a raciocinar !e # o!o @#e l=e tra !or nesse caso, o fil%sofo o!er tentar tra?al=ar co ela # es@#ea
resol#ti'oAc=o iortante coentar @#e certas essoas #sa !#rante to!a a 'i!a !ois o# tr"s s#?o!os
?sicos ara @#ase to!as as @#estHes o#tras essoas sa?e #sar s#?o!os a!e@#a!os a ca!a conte+to
o#tras se atraal=a6e, 'aos 'er o#tro s#?o!o
G # s#?o!o !enoina!o e !ireo ao tero sin;#lar, #ito #tilia!o ara !ar esecifici!a!e, o?>eti'i!a!e,
11)
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter con;r#"ncia, !iscerniento s i!Dias- M # s#?o!o ?onito- 2eri'a !iretaente !os tra?al=os !os
fil%sofo s 2a'i! G#e, Uo=n Locke e &eor;e 6erkele, co fire ?ase nos escritos !e l%;ica !e
Arist%teles e Kant7o ca?e a@#i entrar e inúcias, or isso s#;iro @#e !eois 'oc" !" #a ol=a!a co ateno
na ?i?lio;rafia @#e anotei nas últias ;inas6o, = essoas @#e ?#sca or clarea, e'i!"ncia, reciso !o ensaento elas esto
er!i!as, aflitas, conf#sas, etc- 7esses casos, o fil%sofo o!e otar or con!#ir resonsa'elente a
essoa aos !a!os cel#lares- Por e+elo: a @#ais essoas 'oc" se refere @#an!o afira @#e foi a;oa!a
E entre elas, @#al e+ataente E o @#e ela fe @#e a a;oo#
Esse eso rocesso o!e ser feito soaticaenteO fil%sofo , or e+elo, toca a o !a essoa e er;#nta se se# to@#e D forte o# fraco, se s#a
ele est úi!a, se o !e!o an#lar est !o?ra!o, se s#a ele D ais clara o# esc#ra @#e a !a essoa, e assi
or !iante111
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Cont#!o, e clínica, @#an!o o fil%sofo otar or # tra?al=o sotico, ele > ter
con=eciento rD'io !a EP !a essoa ento sa?er coo tocar, on!e tocar, o oti'o, o o?>eti'oG essoas @#e no tolera ser toca!as, ac=a o coro # ero o?>eto @#e s#orta a coisa
ara'il=osa @#e so as i!Dias o#tros ac=a coro e ente #a única forao, e = @#e !" riaia
ao coro- Ca!a #, confore 'ios, te a s#a 'er!a!e s#?>eti'a, @#e D “a medida de todas as
coisas” , or@#e “isso % assim para cada um” -
5e a essoa 'i'e fantasian!o, se>a l o @#e for, to!a #a 'i!a e no e!i# oinio al;#a a
@#e @#er @#e se>a, ois se ac=a s#?>eti'aente ?e, nin;#D te na!a co isso- 7o e+iste # o!o
certo e # erra!o !e se 'i'er, !o onto !e 'ista e+istencial- 5e or al;# oti'o a essoa !esrea se#
coro e 'i'e re!oinanteente e a?straHes, se @#ase erce?er o estali!o !os ;ra'etos  lareira no
in'erno, se sentir o raer sensorial !e faer aor ?e ;ostoso co @#e aa, se sentir a r%ria
ele @#an!o se ?an=a, isso no in!ica atolo;ia ela o!e estar faen!o clc#los,
11(
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter ia;inan!o @#ais os se;re!os !o 3ni'erso, o!e estar tra?al=an!o e al;#a teoria esirit#alE rincíio, o fil%sofo clínico aren!e no c#rso !e esecialiao a tra?al=ar ca!a s#?o!o
tanto soaticaente @#anto 'er?alente- Esecificaente @#anto ao coro, o fil%sofo no inicia or f%r#las rontas !o tio: D reciso rela+ar, D necessrio resirar corretaente, tal úsc#lo retesa!o assi
o# tal conforao anatica assa!a si;nifica tal e tal coisa- O fil%sofo aren!e @#e se a essoa constr#i#
#a co#raa #sc#lar @#al@#er tal'e se>a a aneira @#e ten=a encontra!o !e so?re'i'er, e tal'e, e
al;#ns casos, no se !e'e r a o- O#tras 'ees, #a resirao c#rta e s#erficial D a resosta e+ata
@#e a essoa encontro# ara li!ar co #a fo?ia atro  @#e foi ?ani!a ;raas a esse s#?o!o inforalO fil%sofo clínico ento e+eria e al;o @#e, ?e o# al, a essoa > resol'e#
As essoas t" “representaçGes” J5c=oen=a#er iensaente !iferentes- Al;#as resol'e
se#s ro?leas f#;in!o !eles, e!in!o socorro, enfrentan!o !e #
110
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter o!o s#ici!a, o# est#!an!o aneiras a!e@#a!as, o# ne;an!o @#e ten=a ro?leas, o# encaran!o
ro?leas coo !!i'as o# ensinaentos elos @#ais recisa assarO fil%sofo , coo o noe !i, D ai;o !a 'er!a!e s#?>eti'a, e no o !ono !ela5e 'oc" resol'e se#s ro?leas f#;in!o !eles e est 'i'en!o ?e co isso, ento acre!ito @#e
no !e'o e eter e no e eteria !e >eito nen=#, a no ser @#e fosse c=aa!o a fa"<loTal'e a socie!a!e ten=a noes coo co'ar!ia, e!o, falta !e carter ara esse coortaento
e# no ten=o- E #itos casos, = #ito ais co'ar!ia e l#tar !o @#e e f#;irEnto, !e # o!o ;eral, o fil%sofo clínico est#!ar @#ais s#?o!os sero #sa!os or critDrios esecíficos: a essoa > #sa inforalente tal s#?o!o Ela #sa co c=ance !e eficcia Q#ais
o#tros s#?o!os o!e ser #sa!os nesta EP Q#ais s#?o!os t" afini!a!e, acesso, a!e@#ao a esta
EP Q#ais s#?o!os tero efeito so?re os ro?leas esecíficos a sere trata!os nesta EP
11*
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Ao aten!er a #a criana, o fil%sofo o!e constatar no t%ico (), Eisteolo;ia, @#e ela l=e !
con!iHes !e ensinar a ela o!os !e resol#o, s#?o!osN Por e+elo: ain!a @#e #a criana no sai?a
an!ar e #a ?icicleta Jo @#e seria # s#?o!o inforal, ela o!e aren!er a an!ar e #a ?icicleta,
confore a interseo co o instr#tor, confore @#eira aren!er, confore ossa aren!er, confore,
enfi, s#a EP coorte tal anifestaoaos ento a ais # s#?o!o
Le?ro<e !e #, e esecial, @#e cost#a encantar os fil%sofos clínicos aren!ies:
reconstr#o 7%s #saos reconstr#o ara res;atar le?ranas @#e se er!era, ara refaer cain=os
e+istenciais tort#osos e ?ases a;ora raoa'elente se;#ras, ara cicatriar feri!as na EP !a essoa,
ara constr#ir e+eri"ncias @#e or al;#a rao sofrera a?alos !e ;ra'es arVetrosA reconstr#o !eri'a !e est#!os feitos co fil%sofo s !a lin;#a;e, analíticos, soa!os 
filosofia atetica: 6ertran! R#ssell, Alfre! ^=ite=ea!, U- L114
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter A#stin, ^itt;enstein, 6loofiel!, C=osk, Rle, Uo=n ^ins!o, &- E- ooreo# #sar !e analo;ia ara tornar o rocesso acessí'el- 5#on=a @#e or al;#a rao o
tra?al=o e @#esto se>a rec#erar #a inforao @#al@#er, as a essoa te aenas #a 'a;a
refer"ncia, coo est na fi;#ra a se;#ir:
A artir !essa refer"ncia, o fil%sofo #sar os est#!os !os fil%sofo s !o eiriso in;l"s,
esecialente os tr"s rincíios !e 2a'i! G#e, fil%sofo escoc"s: conti;Wi!a!e, ca#sa e efeito e
seel=ana- Ento ele !isHe !e #a infini!a!e !e rocessos @#e o!e faer rec#erar, reconstr#ir,
!a!os er!i!os:
11/
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter a Pe!ir e+licaHes
e+licaHes !etal=a!as so?re a rea
rea s#?se@Wente
s#?se@Wente ao onto
onto * afinal
afinal a essoa
essoa te acesso
acesso a essa
inforao ? Ca!a !a!o @#e s#r;ir, o fil%sofo #tilia ara #a no'a es@#isa e ?#sca !e !etal=es e
esecifici!a!esc Y feit#ra
feit#ra !e # @#e?ra<
@#e?ra< ca?ea, a ia;e
ia;e 'ai sen!o reconstr#í!a! Antes eso !o tDrino
tDrino !o rocesso,
rocesso, a essoa
essoa #ne, instinti'aente,
instinti'aente, os !a!os restantes
restantes e reconstr%i
reconstr%i
a ia;e-
5e o fil%sofo clínico ti'er acesso a # e!acin=o ínio !a e+eri"ncia !a essoa J# aroa,
#a ?risa s#a'e, # trec=o !e #a elo!ia---, se ele ti'er #a
11.
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter e!rin=a @#e se>a, ro'a'elente
ro'a'elente o!er efet#ar #a
#a reconstr#oConsi!ere o efeito @#e isso o!e ter e #a essoa @#e c=e;#e  clínica e+istencialente
arrasa!a--Atra'Ds !e # e@#eno foco !e l#, tal'e, confore as con!iHes, tal'e o fil%sofo ossa
a#entar a l# !a 'ela atD @#e ela il#ine a aior arte !o a?ienteCoo e+elo, s#on=a @#e 'oc" foi  raia certa 'e e ;osto# #ito, as @#e @#ase !e na!a
conse;#e se le?rar-
O fil%sofo o!eria faer inserHes coo: “Doc( estava
estava com sand!lias>
sand!lias> /ual a cor delas> A !gua do mar estava
estava quente ou fria> $inha
$inha muita gente na praia>
praia> ' que fez teo a essoa o!e ter
ter #a le?rana lin!a e rica !e al;o
enquanto esteve l!> 3tc.- E o#co teo
@#e foi ara'il=oso  'i!a !ela- E este>a certo !e @#e o oosto ta?D D 'er!a!eiro- 5e al;#D, or e+elo, fica er;#ntan!o soente so?re coisas !olorosas e s#?>eti'aente r#ins o# falan!o !e coisas
!esa;ra!'eis, lo;o lo;o a ;ente, ro'a'elente, coea a se sentir Dssio118
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter A;ora, #ita atenoN 7%s fil%sofos
fil%sofos clínicos consi!eraos
consi!eraos # crie Dtico faer # tra?al=o !e
reconstr#o co a essoa se se ter os e+aes cate;oriais e a estr#t#ra !e ensaento #ito ?e
es@#isa!os- 5e isso,
isso, os res#lta!os o!eria ser
ser !esastrososA reconstr#o D feita criteriosaente e co o?>eti'os clínico s ?e !elinea!os- As
As er;#ntas e as
colocaHes !o fil%sofo le'a e conta !a!os estr#t#rais !inVicos e cole+osE clínica, elo @#e con=eo, no e+iste ;ica- 7o sei “curar” #a fo?ia e !e in#tos o#
faer al;#D rof#n!aente ert#r?a!o ter s#a ert#r?ao e+tira!a a%s eia !úia !e cons#ltas- O
@#e e+ist
e+istee D serie!
serie!a!e
a!e,, #ito
#ito tra?al
tra?al=o,
=o, es@#
es@#isa
isa,, e, f#n!a
f#n!aent
ental
alent
ente,
e, DticaDtica- 7in;#D
7in;#D
 'er
'er #
fil%sofo clínico
clínico se e+i?in!o na tele'iso o# faen!o tr#@#es !e salo, or@#e ele no te forao ara
isso, e seria cassa!o ie!iataente elo Consel=o !e Mtica !a Filosofia ClínicaM nat#
nat#ra
rall @#
@#ee # roc
roce!
e!i
ien
ento
to co
coo a reco
recons
nstr
tr#
#o
o a?ra
a?ra #a
#a ;aa
;aa enor
enor
e !e
ossi?ili!a!es,
ossi?ili!a!es, esecialente
119
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter elo encantaento @#e ro!# na essoa @#an!o realia!o corretaente or # fil%sofo clínico
caacita!o, as no se trata !e #a anacDia6e, ac=o @#e esses e+elos co s#?o!os tro#+era #a noo !os roce!ientos
#tilia!os elo fil%sofo
fil%sofo clínico 7a arte final !a Filosofia Clínica, os fil%sofos aren!e a constr#ir s#?o!os a artir !os
!a!os col=i!os na EP !a essoaOs 0( s#?o!os ?sicos so na 'er!a!e coo as letras !o alfa?eto con=ecen!o<os co
intii!a!e e sa?en!o coo eles se relaciona, o fil%sofo o!e constr#ir il=ares !e o#tros- Ia;ine, or e+e
e+el
lo,
o, @#an
@#anta
tass ala
ala'r
'ras
as 'o
'oc"
c" o
o!e
!eri
riaa for
forar
ar co
co as letr
letras
as !o alfa
alfa?e
?eto
toNN 7o
7oss
ssoo alfa
alfa?e
?eto
to !e
roce!ientos clínicos D esse:
';:# $ &:MOO&
1- E !ireo ao tero sin;#lar (- E !ireo ao tero #ni'ersal
0- E !ireo s sensaHes
1()
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter *4/.891)111(101*141/1.1819()(1(((0(*(4(/-
E !ireo s i!Dias cole+as
Es@#ea resol#ti'o
E !ireo ao !esfec=o
In'erso
Recíroca !e in'erso
2i'iso
Ar;#entao
Ar;#entao !eri'a!a
Atal=o
6#sca
2eslocaento c#rto
2eslocaento lon;o
A!io
Roteiriar Percecionar Estetici!a!e
Estetici!a!e seleti'a
Tra!#o
Inforao !iri;i!a
ice< conceito
Int#io
Retroao
Intencionali!a!e !iri;i!a J filtro
A+iolo;ia
1(1
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter (.(8(90) 010(-
A#to;enia
Eisteolo;ia
Reconstr#o
Anlise in!ireta : F#no
Ao
Gi%tese
E+erientao
E+ressi'i!a!e
Princíios !e 'er!a!e
7a rtica, o fil%sofo #sa os s#?o!os escla!os- 5e 'oc" arasse s#?itaente a clínica ara
er;#ntar @#ais s#?o!os
s#?o!os ele est #san!o, D ro''el @#e o fil%sofo clínico recisasse ensar
ensar or al;#ns
oentos
oentos antes !e reson!erreson!er- 2a esa aneira 'oc" ensaria
ensaria se e# interro
interroesse
esse al;o @#e 'oc"
esti'esse falan!o ara l=e er;#ntar: < Q#ais as letras !a ala'ra J)losofandoJ 
E o eso ocorre @#anto  estr#t#ra !e ensaento !a essoa- Co a rtica clínica, o
fil%sofo fica ca!a 'e ais ato a enten!er !iretaente o to!o, as relaHes, ain!a @#e necessariaente
ten=a !e consi!erar as artes, o !a!o cel#lar1((
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Por@#e na rtica os t%icos !a estr#t#ra !e ensaento se ist#ra @#ase @#e
in!istintaente-
$&')')# $ P$!&#M$!'O
1(0*4/.891)111(101*-
Coo o #n!o arece J fenoenolo;icaente
O @#e ac=a !e si eso
5ensorial _ A?strato
EoHes
PrD<>#íos
Teros a;en!a!os no intelecto
Teros: #ni'ersal, artic#lar, sin;#lar Teros: 3ní'oco _ E@#í'oco
2isc#rso: Coleto _ Incoleto
Estr#t#rao !e raciocínio
6#sca
Pai+Hes !oinantes
Coortaento _ F#no
Esaciali!a!e : In'erso
Recíroca !e in'erso
2eslocaento c#rto
2eslocaento lon;o
1(0
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter 141/1.1819()(1(((0(*(4(/(.(8-
5eiose
5i;nifica!o
Pa!ro _ Ara!il=a conceit#al
A+iolo;ia
T%ico !e sin;#lari!a!e e+istencial
Eisteolo;ia
E+ressi'i!a!e
Pael e+istencial
Ao
Gi%tese
E+erientao
Princíios !e 'er!a!e
Anlise !a estr#t#ra
InterseHes !e estr#t#ra !e ensaento
(90)-
2a!os !a atetica si?%lica
A#to;enia
M iortante !ier ta?D @#e na atetica si?%lica, a arte final !a Filosofia Clínica,
essas !i'isHes !i!ticas !esaarece aos o#cos- O fil%sofo clínico ento 'ai se oc#ar co est#!os
cole+os1(*
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Ele est#!a t%icos analos, #a 'e @#e = essoas @#e !esen'ol'e associaHes t%icas
raras, s 'ees !ifíceis !e noear e atD eso !e !escre'er, so associaHes t%icas @#e soente
aarece coo !eri'aHes !e o#tras 7a atetica si?%lica , o fil%sofo clínico est#!a acienteente ta?D as interseHes entre
EsO fil%sofo es@#isa a;ora a EP coo # to!o- Por e+elo: 'aos s#or @#e 'oc" le'e se#
carro a # ecVnico afiran!o @#e ele aeaa e+lo!ir @#an!o a 'eloci!a!e se aro+ia !os ce
@#iletros or =ora, e @#e > D este o @#into ecVnico @#e e+aina se# carro- O rieiro ecVnico
troco# os ne#s o se;#n!o, os 'i!ros @#e !ei+a'a assar o ar !e fora ara !entro o terceiro lio# a
s#>eira @#e =a'ia no otor o @#arto troco# o otor- as este @#into ecVnico l=e e+lico#
carin=osaente @#e # sitico f#s@#in=a, ano /., D coo # 'el=in=o- O ro?lea no est nos
'i!ros o# no otor, e na 'er!a!e no = na!a !e erra!o co ele- O @#e acontece D @#e ele D # f#s@#in=a
/. e se coorta con!i;naente coo tal tal'e =o#'esse
1(4
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter # ro?lea ;ra'e se ele @#isesse acoan=ar #a 6^, a cento e sessenta @#iletros =orrios, na
FreeXa @#e li;a Porto Ale;re s raias ;aúc=as 7a atetica si?%lica, o fil%sofo ta?D 'ai !ei+an!o as ala'ras !e la!o, aos o#cos- Ele
assa a tra?al=ar co fi;#ras- Os est#!os !e l%;ica, estDtica e filosofia !a lin;#a;e se arof#n!aEsses est#!os so feitos a%s o c#rso !e forao e Filosofia Clínica e a%s o fil%sofo clínico ter # ínio !e !ois anos !e e+eri"ncia clínica- AtD o oento aenas # tero !a atetica si?%lica
foi est#!a!a elos fil%sofos clínicos !o &r#o A'ana!o !e Est#!os, se!ia!o e Porto Ale;re1(/
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter <. P#7#=)#& F"!#"&
A rieira consi!erao final D @#e @#an!o 'oc" for a # fil%sofo clínico, ele !e'er ter e
al;# l#;ar 'isí'el !e se# cons#lt%rio o# clínica o !iloa !e ;ra!#ao e Filosofia, eiti!o or #a
Fac#l!a!e recon=eci!a elo inistDrio !a E!#cao- AlD !isso, ele !e'e ter o certifica!o A !o Instit#to
Packter o# !e al;# Centro o# Instit#to !e Filosofia Clínica !e'i!aente le;alia!o- E @#al@#er o#tro
caso, 'oc" o!e entrar e contato ie!iato co o Instit#to Packter, @#e, atra'Ds !e se# !eartaento
>#rí!ico, toar as ro'i!"ncias le;ais ca?í'eis2es!e @#e o tra?al=o ioneiro !a Filosofia Clínica torno#<se con=eci!o e alcano# o reseito
rofissional !e'i!o  @#ali!a!e e  resonsa?ili!a!e !e se#s fil%sofo s, !es!e ento t" aareci!o
a'ent#reiros e e+lora!ores ilícitos, #san!o criinosaente nossos tra?al=os1(.
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter O c#rso !e Esecialiao e Filosofia Clínica D feito !a se;#inte aneira:
<
ínio !e (* eses !e a#las co # fil%sofo clínico fora!o-
<
O al#no rece?e 18 aostilas- Estas aostilas so c=aa!as !e BCa!ernos e a i!entificao D feita
or letras: !o Ca!erno A atD o Ca!erno R- Os al#nos est#!a os ca!ernos e casa as a#las so rticas2aos s aostilas o noe inforal !e ca!erno or@#e elas so aenas # coleento s a#las
rticas: cont" transcriHes !e ;ra'aHes e a#la, aontaentos, il#straHes- Esses ca!ernos o!e ser a!@#iri!os no Instit#to Packter<
O al#no assa or # rD<est;io co # fil%sofo clínico instr#tor, a contar !o se;#n!o o#
terceiro "s !e a#las- 7esse rD<est;io, o fil%sofo clínico realia os e+aes cate;oriais co o al#no<
O al#no assa a fre@#entar a#las !e ar;ila _ esc#lt#ra, int#ra, lín;#as, alestras, ;r#os !e
es@#isas !e s#?o!os, est#!os !e files, ati'i!a!es !e carter fac#ltati'o<
A%s o nono "s !e a#la, o al#no o!e iniciar se# est;io s#er'isiona!o1(8
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Ele 'ai clinicar # cole;a !e a#la e ser clinica!o or o#tro no = necessi!a!e !e se faer isso !entro
!a esa t#ra !e a#la- Tanto o rD<est;io @#anto o est;io so !oc#entos or ;ra'aHes e
transcriHes ao tDrino !os tra?al=os esse aterial retorna ao cliente, in'aria'elente<
5e o instr#tor consi!erar @#e o al#no est ato  clinicar, este D a#toria!o a aten!er # o# !ois
clientes, alD !o est;io @#e est sen!o feito- Cont#!o, esses aten!ientos so o?ri;atoriaente
s#er'isiona!os elo fil%sofo clínico resons'el<
Ao tDrino !as a#las, !os est;ios, e le'an!o e conta a con'i'"ncia !o al#no co o ;r#o e
co o instr#tor, o al#no rece?e o Certifica!o A J ato  clínica e  es@#isa o# o Certifica!o 6 J ato
soente  es@#isa, no  clínica
<
Ento, o fil%sofo clínico recD fora!o se inscre'e no Consel=o Re;ional !e Filosofia Clínica
e rece?e a carteira !o CRFCA%s o @#e 'ios, ac=o @#e se torna tran@Wilo a;ora caracteriar o fil%sofo clínico coo a@#ele
@#e #sa a filosofia aca!"ica, !e'i!aente =a?ilita!o, e s#a eseciali!a!e clínica1(9
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter M co# @#e e er;#nte e @#ais asectos a Filosofia Clínica se !iferencia !a e!icina
Psi@#itrica, !a Psicanlise, !a Psicolo;ia- As !iferenas so enores- A Filosofia D ai e e !essas
!iscilinas, e # ai rí;i!o sere !isosto a criticar, sen!o @#e a contraarti!a no D enos 'er!a!eiraas isso est terinan!o- O @#e se constata =o>e D # aoio út#o, # coan=eiriso ca!a 'e ais
=aronioso- A interseo se torna rai!aente ositi'aA Filosofia Clínica te coo características:
<
O #so !e escritos filos%ficos, @#ase @#e e+cl#si'aente-
<
O #so !e teorias e a#tores !a r%ria Filosofia, @#ase @#e e+cl#si'aente fil%sofos-
<
A#s"ncia !e tiolo;ia-
<
A#s"ncia !e critDrios D!icos coo noral ` atol%;icos, !oente ` sa#!'el-
<
7o #tilia e!icaentos e !ro;as-
<
Proc#ra inicialente localiar e+istencialente a essoa atra'Ds !os e+aes !as cate;orias10)
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter <
A%s a localiao e+istencial !a essoa, D est#!a!a a estr#t#ra !e ensaento !a essoa e se#s
resecti'os s#?o!os inforais associa!os-
<
A últia ao !o fil%sofo clínico D a alicao !ireta e contin#a!a !e s#?o!os constr#í!os a
artir !a esecifi!a!e !a essoa<
O trataento clínico ten!e a se efeti'ar entre / e 1) eses, co aten!ientos +ios !e (
encontros seanais !e 4) in#tos<
O fil%sofo clínico no te =a?ilitao e no te a#tori!a!e le;al ara aten!er a essoas co
estr#t#rao tal @#e se>a ie!i!as !o e+ercício li're !e s#a ci!a!ania, re@#eren!o inter!io
=ositalar, ci'il- AlD !e casos esecíficos !a e!icina: into+icaHes, !isosiHes ne#rol%;icas @#e
necessite !e acoan=aento D!ico e e!icaentos o# cir#r;ias- E tais casos a ao !o fil%sofo
clínico D #nicaente eriti!a co a a#toriao !a faília e co a !e'i!a onitorao !o D!ico<
F#n!aentao te%rica e Dto!o: lo;iciso foral associa!o ao eiriso in;l"s e  analítica
!a lin;#a;e J filosofia !a lin;#a;e, =istorici!a!e e
101
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter fenoenolo;ia eisteolo;ia- Por últio, atetica si?%lica<
O aten!iento D feito e @#al@#er local: cons#lt%rio, >ar!ins, cantinas, escolas- 7o = liitao
@#anto a isso10(
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter :iblio+rafia
Arist%teles- Or;anon- Cate;oria- Lis?oa: &#iares, 1984 - T%icos ] Os Pensa!ores *- 5o Pa#lo: A?ril C#lt#ral, 19.0Aer, Alfre! U#li#s- O Pro?lea !o Con=eciento- Lis?oa: 3lisseia, 19.)A#stin, Uo=n Lan;s=aX- Q#an!o !ier D faer: Pala'ra e Ao- Porto
Ale;re: Artes D!icas, 199)6acon, Francis- 7o'# Or;an#- 6#enos Aires: Losa!a, 19/16er;son, Genri- atDria e e%ria: Ensaio so?re a relao !o coro co o esírito5o Pa#lo: arins Fontes, 199)6erkele, &eor;e- Tr"s 2ilo;os entre Glas  Filono#s- a!ri: Aliana E!itorial, 199)6#?er, artin- E# T#- 5o Pa#lo: Corte e oraes,19.9 - A 6elie'in; G#anis:  TestaentCassirer, Ernest- La P=iloso=ie !es foras s?oli@#es- Paris: Js-n-, 19.(  - Essa on an: Intro!#ction to a =iloso= of =#an c#lt#re 7eX Ga'en: bale 3ni'ersit Press, 199(100
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter C=osk, 7oa- 5tactic 5tr#ct#res- T=e Ga;#e: o#ton, 194.2erri!a, Uac@#es- &raatolo;ia- 5o Pa#lo: Persecti'a, 19.0  - A Escrit#ra e a 2iferena- 5o Pa#lo: Persecti'a, 19.1-Fo#ca#lt, ic=el- O 7asciento !a Clínica- Rio !e Uaneiro: Forense 3ni'ersitria, 199*  - Gist%ria !a Lo#c#ra- 5o Pa#lo: Persecti'a, 1989&a!aer, Gans<&eor;- er!a!  Dto!o: F#n!aentos !e #na Geren"#tica Filos%fica5alaanca: 5í;#ee, 198*Gei!e;;er, artin- Q#e D etafísica 5o Pa#lo: 2#as Ci!a!es, 19/9  - Q#e D isto a Filosofia I!enti!a!e e 2iferena- 5o Pa#lo: 2#as Ci!a!es, 19.1  - Intro!#o  etafísica- Rio !e Uaneiro: Teo 6rasileiro, 19/* - Q#e si;nifica ensar 6#enos Aires: 7o'a, 19/*Ge;el, &eor; ^-F-, Fenoenolo;ia !el Esírit#- D+ico, 2F: Fon!o !e C#lt#ra Econ%ica, 1984G#sserl, E!#n!- A I!Dia !a Fenoenolo;ia- Lis?oa: E!iHes .), 198/  - e!itaHes Cartesianas- Intro!#o  Fenoenolo;ia- Porto: RDs, s$!-
10*
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter G#e, 2a'i!- Trata!o !e la nat#rea =#ana: a#to?io;rafia- a!ri!: Tecnos, 199(G#?ol!t, ^il=el 'on- 5o?re a !i'ersi!a!e !e la estr#t#ra !el len;#a>e =#ano  s# infl#encia so?re
el !esarrollo esirit#al !e la =#ani!a!e6arcelona: Antroos, 199)Kant, Ean#el- Crítica !a Rao P#ra- 5o Pa#lo: A?ril C#lt#ral, 1980 - Crítica !a Fac#l!a!e !o U#ío- Rio !e Uaneiro: Forense 3ni'ersitria, 1990LD'i<5tra#ss, Cla#!e- Las Estr#t#ras Eleentares !el Parentesco- 6#enos Aires: Pai!%s, 19/9 - 7ake! an- t=olo;i@#es ol- *- 3ni'ersit of C=ica;o Press, 198/elea#<Pont, a#rice- Fenoenolo;ia !a Perceo- 5o Pa#lo: artins Fontes, 199/  - A Estr#t#ra !o Coortaento- 6elo Gorionte: Interli'ros,19.4
 - 5i;nos- 5o Pa#lo: artins Fontes, 1991 7ietsc=e, Frie!ric=- Assi fala'a aratr#sta: # li'ro ara to!a ;ente e ara nin;#D - Para a &enealo;ia !a oral ] Os Pensa!ores- 5o Pa#lo, 19.8Orte;a  &asset, UosD- La !es=#aniaci%n !el art- Ensaos EstDticos- a!ri!: er- !e Occi!ent, 19.)Otto, R#!olf- I!ea of t=e Gol- O+for! 3ni'- Press- P#?lis=e!, 1948104
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter Plato- Aolo;ia !e 5%crates- 5o Pa#lo: Atena, l9*0 - O 6an@#ete- 5o Pa#lo: Atena, 19*0 - Criton- 6#enos Aires: A;#ilar, 199( - Dnon- Lis?oa: Coli?ri, 199( - A Reú?lica- 5o Pa#lo: C#lt#ra 6rasileira, s-! - Fe!ro- Lis?oa: &#iares, 1989Pierce, C=arles 5an!ers- T=e Fi+ation of 6eliefPoer, Karl R- L%;ica !a Pes@#isa Científica- 5o Pa#lo: C#ltri+, 1989  - A isDria !o Gistoriciso- 5o Pa#lo: C#ltri+, 198. - Con>ect#ras e Ref#taHes: Pensaento Científico- 6rasília: E!itora 3n6, 198(Poer, Karl < Eccles, Uo=n C- O CDre?ro e o Pensaento- 6rasília < Cainas: 3n6 < Pair#s, 199(  - O E# e o se# CDre?ro- 6rasília < Cainas: 3n6 < Pair#s, 1991Prot;oras- Fra;entos  testionios- 6#enos Aires- A;#ilar, 19.0Roter!, Eraso !e- O Elo;io !a Lo#c#ra- 5o Pa#lo: artins Fontes, 199.-
Rle, &il?ert- 2ileas- 5o Pa#lo: artins Fontes, 1990 - T=e Concet of in!- Lon!res: G#tc=inson, 19*910/
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter R#ssell, 6ertran!- T=e Analsis of in!- 3nXin, 19(1  - Anlise !a atDria- Rio !e Uaneiro: a=ar, 19.8  - A#to?io;rafia- Rio !e Uaneiro: Ci'iliao 6rasileira, 19.)5a#ss#re, Ferninan! !e- C#rso !e Lin;Wística &eral- 5o Pa#lo: C#ltri+, 19.*5artre, Uean<Pa#l- A Ia;inao- 5o Pa#lo: 2ifel, 19/*  - As Pala'ras- Rio !e Uaneiro: 7o'a Fronteira, 19/*5earle, Uo=n R- ente, CDre?ro e Ci"ncia- Lis?oa: E!iHes .), 198.  - Intencionali!a!e- 5o Pa#lo: artins Fontes, 19945c=oen=a#er, Art=#r- 5o?re a Filosofia 3ni'ersitria- 5o Pa#lo: Polis, 1991
- O #n!o Coo onta!e e Reresentao- JIII Parte- 5o Pa#lo: 7o'a
C#lt#ral, 199.5inoa, 6ene!ict#s- Mtica- 6#enos Aires: A;#ilar, 19.0 - Trata!o Teol%;ico<Político- Lis?oa: Irensa 7 C oe!a, 1989^=ite=ea!, A -7-< R#ssell, 6- Princiia at=eatica- Ca?ri!;e, 19(4<., (a- 0'^=ite=ea! A- 7- Process an! Realit an essa in Cosolo;- 7eX bork, 19.910.
Filosofia Clínica < Proe!"#tica
Lúcio Packter  - A F#no !a Rao- 6rasília:376, 1988, (a e!^itt;enstein, L#!Xi;- In'esti;aHes Filos%ficas- 5o Pa#lo: A?ril C#lt#ral, 198* - Tractat#s Lo;ico<P=iloso=ic#s- 5o Pa#lo: 7acional, 19/8-
Download