ISSN 1679-0189 o jornal batista – domingo, 10/04/16 ????? Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 1 Ano CXV Edição 15 Domingo, 10.04.2016 R$ 3,20 Batistas unidos em oração pela Nação brasileira OBSERVATÓRIO BATISTA LOURENÇO STELIO REGA Estudos sobre a Igreja III – Como deve funcionar a Igreja? Programa da 96a Assembleia da Convenção Batista Brasileira Confira a programação completa da 96ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira, que acontecerá entre os dias 15 e 19 de abril na cidade de Santos - SP. O tema escolhido para este ano é “Transformados pelo Poder do Reino de Deus”, e divisa: “Porque o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder” (I Coríntios 4.20). Página 09 Já pudemos observar que a Igreja, além de organismo, tem um caráter “organizacional”, que a própria ideia da metáfora de Corpo de Cristo sugere. Ela precisa ser gerida, administrada, há nela diversas áreas de atuação. Mas como a Igreja deve ser administrada? Só alguns poucos deverão trabalhar na Igreja? Existe grau de importância nos diversos trabalhos da Igreja?; Confira o texto completo na página 15. 2 o jornal batista – domingo, 10/04/16 reflexão EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Um condutor chamado Jesus Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: [email protected] Colaborações: [email protected] Assinaturas: [email protected] REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio U m dia desses, em uma das minhas idas à minha cidade natal, Arraial do Cabo, município da Região dos Lagos do Rio de Janeiro, observei algo curioso e que Deus pôde claramente falar ao meu coração. Eu acredito e costumo enfatizar que Deus fala conosco através de tudo o que está a nossa volta. Cada detalhe que nos cerca é uma estratégia de Deus para chamar a nossa atenção para Ele. Basta, apenas, que estejamos atentos e sensíveis à voz do Pai. E nesse dia, Deus usou algo bem rotineiro para mim para trazer as respostas que meu coração necessitava naquela hora. Usou a própria viagem, que faço regularmente. Quando entrei no ônibus reparei que o motorista chamava-se “Jesus”, e aquilo chamou a minha atenção. Ao longo da viagem fui pensando, ministrada pelo Espírito Santo, a respeito daquele motorista na condução do ônibus. Pensamentos como “Ele não pode dormir, senão provocará um acidente”, “Ele precisa estar atento na estrada, pois já está à noite”, “Eu não sei o que pode acontecer na estrada, mas estou confiando que chegarei bem”, “Tenho certeza do destino que chegarei, pois comprei a passagem para o local que desejo ir”, etc., passaram pela minha cabeça. Foi então que comecei a fazer uma analogia entre o motorista do ônibus e o condutor da minha vida que, ironicamente, também chama-se Jesus. Eu não sei nada a respeitos dos planos de Deus para minha vida, para qual propósito Ele está direcionando-me, mas posso ter plena certeza de que Ele está na condução, Ele está no controle de tudo. Assim como o motorista tinha o compromisso de levar todos os passageiros de forma segura até Arraial do Cabo, o nosso Jesus também tem compromisso conosco de conduzir a nossa vida, se assim O permitirmos. Podemos plenamente confiar nas providências de Deus, pois Ele, como um condutor na estrada, vê o que não podemos ver e nos livra de situações que até mesmo nunca saberemos. O papel dEle é cuidar dos seus filhos, que foram resgatados com preço de sangue, derramado pelo Unigênito. Nós, seres humanos, temos muita dificuldade em confiar plenamente em Deus, falo por mim. É fácil clamarmos ao Senhor, cantarmos louvores, expressando a nossa confiança. Contudo, na prática, viver “de fé em fé” não é assim tão fácil. Precisamos esforçar-nos para aprender a descansar nos braços do Pai. Descansar verdadeiramente, assim como fazemos em uma viagem após um dia cansativo de trabalho. Temos certeza de que o nosso Deus amoroso está cuidando de tudo e que nos levará pelo caminho que lhe apraz, se estivermos debaixo da Sua vontade. Então, não há porque ficarmos ansiosos e preocupados. A condução da nossa vida não está nas nossas mãos. Ou não deveria estar. O lugar mais seguro para estarmos é no colo do Pai, lugar de descanso e voz suave, que responde a todos com carinho, zelo e atenção. Ore, confie e espere. Deus está no controle de tudo! Paloma Furtado, jornalista, secretária de Redação de OJB o jornal batista – domingo, 10/04/16 reflexão 3 bilhete de sorocaba JULIO OLIVEIRA SANCHES Joias de Cristo E sse era o nome da classe de juniores na Escola Bíblica Dominical (EBD). O grupo se reunia sob a sombra de árvore frondosa ao lado da Congregação de taipa, na fazenda do meu avô materno. No outono, as frutinhas vermelhas da árvore, uma vez amassadas, ofereciam material para colar as roupas dos colegas no banco de madeira. A pobre professora só via o resultado. Os mais afoitos eram levados “sob orelhas” aos pais que participavam da EBD no salão. Claro que a vara seria aplicada quando chegassem ao lar. Não havia desculpa. Primeiro, pelo desrespeito à professora. Segundo, por dano ao patrimônio da Congregação. Durante a semana, as frutinhas eram usadas para “pegar” passarinhos. Tempo bom. Não havia Ibama na fazenda. O material didático usado tinha o mesmo nome da classe. A cada domingo a lição seguinte era distribuída com a orientação de guardá-la até terminar o trimestre. Ao final do trimestre o aluno recebia a capa para “encadernar” as lições. Havia orgulho em portar as lições agrupadas. Assim era a Escola Bíblica Dominical naqueles bons tempos. Estudava-se a Bíblia e aprendia-se a Palavra de Deus. Memorizar textos bíblicos era desafio que alegrava. Especialmente o texto áureo da lição. Havia a abertura da EBD realizada pelo diretor, ocorria o encerramento, Os relatórios eram lidos, o número de visitantes nas classes era contabilizado, a oferta era levantada. Havia a pergunta: “Quantos leram a Bíblia durante a semana?”, e também “Quantos estudaram a lição em casa?”. A classe que não apresentava ausen- tes era destaque para todos. Cada classe era chamada nominalmente. Orgulhosos os alunos repetiam de cor o versículo escolhido pelo professor. Os visitantes recebiam atenção especial. Recebiam um cartão de boas vindas. Eram vistos como potenciais membros da Igreja no futuro. Os aniversariantes da semana eram chamados à frente e saudados com alegria. Ao chegar a determinada idade, o aluno era promovido à outra classe, que o recebia com abraços. O dia da promoção era dia de festa para os pequenos que estavam crescendo. Isso alimentava o desejo de ser grande. A Escola Dominical era levada a sério por todos os membros da Igreja. Era inadmissível ser membro da Igreja e não ser aluno da EBD. A Igreja crescia alimentada pela EBD. Em números, esta era sempre maior que a Igreja, por agregar os familiares dos membros. Havia o dia do rumo, último domingo de abril. Um claviculário era colocado ao lado do púlpito. Cada chefe de família pendurava a chave da casa como testemunho de que toda a família estava presente na Igreja naquele domingo. E estava. O tempo e o desinteresse dos salvos pelo estudo da Bíblia foram eliminando aos poucos o romantismo santo da EBD. As desculpas para não participar da EBD são incontáveis, desde professores despreparados à literatura que não atende as necessidades dos alunos; assuntos fora do contexto da vivência diária dos salvos. Tudo é pretexto para não participar. Os autores das lições se revelam incapazes em atender a demanda da sociedade moderna. As lições são escritas com um ano de antecedência. Quando chegam às Igrejas estão desa- tualizadas. Alguns extrapolam com sementes de heresias, desconectadas da realidade do momento. Isto exige do professor vigilância constante. Ao desistir da EBD, o membro da Igreja torna-se presa fácil das heresias que pululam diariamente no rádio e TV. Perde a oportunidade de lapidar a fé, firmar relacionamentos saudáveis com os demais membros do Corpo de Cristo. As discussões, discordâncias e confrontos no estudo da Bíblia, na classe da EBD, são fundamentais ao aperfeiçoamento da caminhada cristã. O sucesso da Igreja Primitiva se deve a prática do estudo bíblico em grupos. A Escola Bíblica ministrada por Paulo na casa de Tito Justo alcançou toda a Ásia com a mensagem do Evangelho, de acordo com Atos 18.7-11. Razão simples: A EBD é agência de evangelização. Transformados pelo poder do Reino, crescei na graça e conhecimento Levir Perêa Merlo, colaborador de OJB “Vós, pois, amados, prevenidos como estais de antemão, acautelai-vos; não suceda que, arrastados pelo erro desses insubordinados, descaiais da vossa própria firmeza; antes crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A Ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno” (II Pe 3.17-18). N o mês de abril a ênfase é o ensino, e é dedicado a Escola Bíblica Dominical (EBD). O aprendizado é base para qualquer sociedade que deseja se desenvolver. Sem o ensino não há crescimento, não há maturidade, não há desenvolvimento espiritual, ou seja, o ensino é fundamental. Quando analisamos o Novo Testamento, percebemos que tudo gira em torno do ensino e aprendizado: No nascimento de Jesus Cristo; Jesus no meio dos doutores aos doze anos; na chamada dos discípulos pelo Senhor; no famoso “Sermão do Monte”; nos ensinos escatológicos de Jesus; nas Cartas de Paulo, Lucas, Pedro, João, Tiago e Judas, etc. Ainda que lembremos com mais intensidade dos ensinos da EBD no mês de abril, não significa que vamos negligenciar essa importante ferramenta de trabalho chamado “ensino” ao longo do ano. Na verdade, os estudos, os ensinos e o aprendizado só vão cessar quando estivermos na presença do Pai, ali só haverá louvores! Sendo servos discípulos transformados pelo poder do Reino de Deus, nosso desejo deverá ser sempre de crescer na Graça e no Conhecimento do Senhor Jesus Cristo. Como bem diz o apóstolo Pedro: “Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação” (I Pe 2.2). Sim, queridos, não podemos nos descuidar nessa área importante da vida, de aprender, de ler e de ensinar. E, certamente, fazendo isso, jamais seremos enganados pela astúcia de homens maus. Vamos perseguir esse alvo de crescermos e continuar ajudando na expansão da obra maravilhosa do Senhor. Também não vamos deixar a EBD morrer, façamos da nossa Escola bíblica um verdadeiro pequeno grupo que trabalhe com vibração, dinâmica, responsabilidade e muita alegria no Senhor. Avante! 4 o jornal batista – domingo, 10/04/16 reflexão GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia Jesus: Nossa esperança Nosso cansaço Jeferson R. Cristianini, pastor, colaborador de OJB N ossos dias são marcados pela desesperança. As pessoas que nos circundam já perderam a esperança e, até mesmo, nós, cristãos, por vezes ficamos desesperançosos. Isso não pode acontecer conosco, pois carregamos a mensagem de Jesus, que é a esperança. A mensagem do Evangelho é puramente repleta de esperança. Paulo diz que “Se nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens” (I Co 15.19). Nossa esperança em Cristo é transcendente, e rompe as questões dessa terra. Nossa esperança em Cristo foca na salvação e na vida eterna, e por isso somos desafiados a levar essa esperança para aqueles que estão desesperançosos e mortos, espiritualmente falando. Jesus é a esperança que transcende as situações dessa vida. Nossa esperança em Cristo está para além das coisas dessa terra, mas nossa esperança em Cristo que nos dá paz e alegria para viver é a vida eterna e a ressurreição. É comum ouvirmos pessoas dizendo que não têm mais esperança em várias instâncias da vida. As inúmeras quantidades de informações sobre a violência promovida pelo ser humano nos quatro cantos do mundo faz com que as pessoas não acreditem mais umas nas outras. As atrocidades e brutalidade como o ser humano lida com seu semelhante provoca um esfriamento nos corações daqueles que insistem crer em um mundo melhor. A violência e truculência do cenário religioso mundial com ataques terroristas e com o aliciamento da juventude pelos extremistas religiosos, e os escândalos de líderes religiosos no tocante a dinheiro e sexo esfriam a fé das pessoas, e a desesperança na religião cresce. A crise humanitária, visualizada pelos milhares de refugiados das guerras locais de seus países revelam a maldade e o egoísmo do coração humano. A esperança vai sendo sufocada nessa sociedade pós moderna, mas a Bíblia, atual a todas as épocas, ensina que a nossa esperança é Jesus de Nazaré. Na profecia do Servo Sofredor, narrada pelo Isaías, diz que o Messias esperado seria a luz dos povos, de acordo com Isaías 42. As nações do mundo precisam conhecer ao Senhor e Salvador Jesus: A esperança. As nações precisam colocar a esperança no nome de Jesus, por isso precisamos orar, contribuir e enviar recursos para que os missionários cheguem com o Evangelho aos quatro cantos da terra, como descreve Mateus 12.21. Só Jesus desfaz a desesperança, pois Ele é a nossa esperança, não somente para essa vida, mas principalmente para a vida eterna. Leve esperança! e Jesus “Vinde a mim, todos os que cansam. Neste contexto, o estais cansados e oprimidos, Senhor Jesus bondosamene eu vos aliviarei” (Mt 11.28). te nos convida: Vinde a mim, trazendo vosso canpós declarar a inti- saço e opressão. Apesar de sabermos do midade dEle, Filho, com o Pai celeste, convite de Jesus, nem sempre Jesus revela Seu tomamos a decisão de aceitar poder divino de causar res- as condições do descanso tauração na vida dos Seus oferecido. Porque permitir discípulos. “Vinde a Mim, que Cristo administre nossa todos os que estais cansados mente, nosso corpo, nossa e oprimidos e Eu vos alivia- alma, exige uma atitude de fé. O Senhor cumpre Sua prorei” (Mt 11.28). Viver a vida cristã é ta- messa. Nós, outros, porém, refa cansativa. Ela exige as nem sempre temos coragem maiores energias dos discí- de permitir em nós as interpulos. Com a continuidade venções do Cristo. Até quandas provações causadas do insistiremos em adotar as pelo mundo, o corpo se condições humanas? Adoteressente, a alma se afli- mos a coragem humilde de ge. Por mais que procure- permitir entregarmos a Cristo mos demonstrar amor, há nosso cansaço e opressão. respostas injustas que nos Ele sempre nos alivia e nos ferem, nos oprimem, nos restaura. A o jornal batista – domingo, 10/04/16 reflexão Ossos secos e falta de esperança Edgar Silva Santos, pastor da Primeira Igreja Batista de Jardim Mauá – Manaus – AM “...Eis que dizem: Os nossos ossos se secaram e pereceu a nossa esperança; estamos de todo exterminados” (Ez. 37.11). Este quadro, pintado com cores fortes pelo profeta Ezequiel, parece projetar as suas sombras sobre a nação brasileira, que vive um momento crítico de sua história. A s pa l a v ra s pr o féticas soam demasiadamente atuais quando nos fixamos, de modo mais amplo, no pano- rama mundial, extrapolando a situação do Brasil, isoladamente. O famoso intelectual italiano Umberto Eco, no Livro ”Em que creem os que não creem?”, faz uma acertada radiografia do mundo em que vivemos e assinala algumas de suas deprimentes características: “A multiplicação de depósitos nucleares incontrolados e incontroláveis, as chuvas ácidas, a floresta amazônica que desaparece, o buraco na camada de ozônio, as migrações de deserdados que batem à porta dos países ricos, a fome em continentes inteiros, novas e incuráveis Olhe para Jesus Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB “M aldito o homem que confia no homem” (Jr 17.5a). Não tem algo pior do que ser traído! Quantas mulheres sofrem porque passaram por uma traição, quantos maridos sofrem também por isso. A quebra da confiança é algo muito triste. Famílias são devastadas por traições. Em muitos casos, acontecem a separação, o divórcio. Os filhos ficam sem rumo. Trair é enganar, é agir de forma desonesta, é desapontar o próximo. A traição não acontece só no contexto do casamento, mas também acontece entre vizinhos, entre colegas de trabalho e em diversos lugares. A pessoa traída sofre muito, porque fica sem acreditar no que a outra pessoa foi capaz de fazer. Porque acontece a traição, não podemos mais confiar em ninguém? De forma alguma, podemos e deve- pestilências, a destruição interessada do solo, os climas que se modificam, o degelo das regiões glaciais, a engenharia genética que ameaça clonar os seres humanos e o suicídio ecológico do planeta”. Sem dúvida, são situações alarmantes. E não podemos desconsiderar o recrudescimento da violência nas grandes e até nas pequenas cidades, a inversão dos valores e a falta de referenciais para a nossa juventude. Mas, apesar de tudo, há esperança. A Bíblia diz que “Em esperança somos salvos” (Rm 3.24a) e que “Temos por capacete a esperança da salvação” (I Ts 5.8). No Deus Eterno temos posto a nossa confiança. Afinal, como já se disse, “Os extremos do homem são as oportunidades de Deus”. Só Deus é autoexistente. Nós existimos por meio dEle, para Ele vivemos e nEle esperamos. Podemos, assim, afirmar que essa esperança imorredoura vem do Senhor mesmo, é dádiva sublime do céu. Ela não está na ciência do homem, mas na sabedoria de Deus; não está na fatuidade dos projetos humanos, mas na segurança das promessas divinas; não está nos ofus- 5 cantes tesouros deste mundo, mas na alentada riqueza do céu. É uma esperança que não chora sobre a sepultura, mas sorri e canta pelos caminhos de Emaús, pelas estradas singelas da Galileia, pelas sendas da vida. “Não devemos imaginar que as estrelas estejam mortas só porque o céu está nublado”, diz o provérbio árabe. Os ossos podem secar-se de repente e, circunstancialmente, nos embates duros da vida. Mas a esperança em Deus se renova, como se renovam em nós, cotidianamente, a Sua graça e a Sua misericórdia. Sou cristão! Então, como estou agindo? Érika Efigênio Januário, diaconisa na Igreja Batista Vida Nova – Osvaldo Cruz mos confiar nas pessoas. Não - SP é porque você encontrou no condição do ser pacote de dinheiro uma nota humano, no mundo falsa, que concluirá que todas em que vivemos, são falsas. Infelizmente há é única: Ser servo. falsos, mas o que nos alegra é que há muita gente séria, Precisamos fazer um check comprometida com a verda- up em nossas vidas, a fim de saber bem a quem e como de, que é transparente. Encontro nas Escrituras estamos servindo. Se a Deus, uma recomendação: “Olhan- em espírito e em verdade, do para Jesus, Autor e Consu- como diz em João 4.23-24, ou se ao diabo, por meio da mador da fé” (Hb 12.2a). Diante de tantas coisas carne, de acordo com Gálaruins, diante de problemas tas 5.19-21. O tempo é curto e caminhade relacionamentos, não podemos deixar de olhar para Je- mos para o fim; nossa “Vida sus. Ao olhar para Ele vemos a passa como a erva que pela perfeição, o Verbo encarnado, manhã nasce e a tarde murcha o Salvador da humanidade. e seca”. O verdadeiro cristão Jesus veio com o propósito é diferente e faz a diferença de salvar a humanidade dos onde quer que se encontre, seus pecados. Jesus veio res- pois ele nasceu do Espírito e taurar o homem. Jesus veio agora vive em espírito. Quando me converti, há ligar o homem a Deus. Veio restaurar relacionamentos 12 anos, fiquei maravilharompidos e, através dEle, o da com tamanho amor pela homem pode perdoar e viver humanidade e, por meio do texto da crucificação de Jesus uma nova vida. Convido você a olhar para (Lucas 23.26-49), foi que Jesus sempre, não fixe o seu meus olhos se abriram e eu olhar em outra coisa. Fixe o disse “sim” ao Senhor Jesus, seu olhar no Autor e Consu- para que Ele fosse também o Senhor da minha vida. mador da nossa fé. A Servos do Senhor de todos os lugares, não desanimem, nem se cansem de buscar a santificação dia após dia em suas vidas. O mundo se tornou muito cruel, mas nós vivemos para honra e glória do Senhor e, em razão disso, somos alegres, temos paz e devemos viver relacionamentos discipuladores em meio a tantas atitudes enganosas e más. O amor, assim como é a essência de Deus, também deve ser a parte principal do nosso ser. Quando aprendemos a amar o nosso próximo, nossa vida se torna melhor e passamos a entender e desejar “Que eu diminua e que Cristo cresça por meio da minha vida”. Há uma missão para cada um de nós, crentes em Jesus Cristo, e um propósito segundo o qual devemos honrar a Deus com a vida que Ele nos concedeu e com a confiança que Ele depositou em cada um de nós, para testemunhar do amor tão grande dEle para conosco, que nos tirou das trevas e colocou em Seus caminhos eternos. Será que, como cristão que diz ser, você está vivendo os propósitos designados por Deus para sua vida? Será que você está tirando almas que caminham a passos largos para o inferno deste rumo, por meio do seu testemunho de vida, de seu trabalho na Obra do Senhor, mediante o “Ide” de Jesus Cristo? Ou você pensa que cumpre o sacrifício de Cristo na cruz simplesmente indo aos cultos domingo à noite? Isto é, quando dá. O cristão cheio do Espírito Santo não se cala, ele se doa. O mundo está carente de Jesus e, nós, cristãos, O temos. Disponha-se a manter um relacionamento com aqueles que ainda não conhecem ao Senhor, a agregar pessoas para conviver em união, caminhando juntos, formando discípulos para continuar e trabalhar na Obra do Senhor. As gerações vindouras e todos que ainda se encontram vivendo em trevas precisam conhecer a Jesus e viver como Ele, para que nós todos possamos aguardar Sua segunda vinda até que Ele volte. E busque uma multidão, “A Sua Igreja”. “Eis que venho sem demora” (Ap 3.11). 6 o jornal batista – domingo, 10/04/16 Hotéis e flats em Santos APTOS LEITOS 12 PARQUE BALNEÁRIO HOTEL Av. Ana Costa, 555 - Gonzaga Tel. (13) 3285-6900 Fax (13) 3284-0475 www.parquebalneario.com.br [email protected] 119 189 13 MENDES PLAZA HOTEL Av. Mal. Floriano Peixoto, 42 - Gonzaga Tel. (13) 3208-6400 Fax (13) 3208-6406 www.mendeshoteis.com.br [email protected] 105 209 14 MENDES PANORAMA HOTEL Rua Euclides da Cunha, 15 - Gonzaga Tel. (13) 3208-6400 Fax (13) 3208-6406 www.mendeshoteis.com.br [email protected] 135 277 15 MERCURE Av. Washington Luiz, 565, Torre I – Boqueirão Tel. (13) 3036-1013 www.accorhotels.com [email protected] 95 190 16 MONTE SERRAT COMFORT HOTEL Rua Bittencourt, 130 – Centro Tel. (13) 3232-6624 www.monteserrathotel.com.br [email protected] 92 250 17 NATAL Av. Mal. Floriano Peixoto, 104 - Gonzaga Tel. 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Floriano Peixoto, 206 - Gonzaga www.independenciahotel.com.br Telefax (13) 3237-6224 [email protected] 9 320 18 60 320 114 56 o jornal batista – domingo, 10/04/16 missões nacionais “Por esta causa me ponho de joelhos diante do Pai” (Ef 3.14) N Equipe de Missões Nacionais conduzindo o período de oração Batistas brasileiros em Clamor pela Nação A equipe de Missões Nacionais se reuniu em clamor pelo Brasil. A vigília, que foi realizada no dia 31 de março, aconteceu ao longo do dia no Seminário do Sul, na Tijuca – RJ, e foi dirigida pelas diversas organizações da denominação. Missionários, radicais e voluntários da JMN conduziram o período da manhã com orações específicas de cunho social, político e econômico que a sociedade brasileira tem enfrentado. Além dos momentos de intercessão, aconteceram também períodos de louvor e adoração, pois sabemos que o Senhor habita no meio dos louvores, de acordo com Salmos 22.3. Espalhados pelos campos, outra equipe de missionários também esteve unida em oração pela mesma causa. De joelho, clamamos pela transformação espiritual do nosso país. Nas palavras de exortação que Paulo deu ao seu filho na fé Timóteo, ele recomenda que, antes de tudo, haja súplicas, orações, intercessões e ação de graças por todos os homens; pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade. Pois isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador, que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade, como descreve I Timóteo 2.1-4) o Relatório Mundial sobre Drogas 2015, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) revela que cerca de 246 milhões de pessoas, ou um pouco mais de 5% da população mundial entre 15 e 64 anos de idade, usaram drogas ilícitas em 2013. No Brasil, o número de usuários de crack ultrapassa a 370 mil pessoas. Isso corresponde a 0,8% da população das capitais do país. Além disso, 14% do total são crianças e adolescentes, o que equivale a mais de 50 mil usuários. Uma pesquisa realizada com alunos dos sete estados do Brasil onde a Cristolândia possui Unidades, números reveladores nos auxiliaram na definição dos caminhos para disseminação do Movimento Nacional de Prevenção ao uso de Drogas, o Viver. Focando os esforços na prevenção, a proposta é tratar de forma profunda, buscando trabalhar o fortalecimento da autoestima e caráter de nossos adolescentes e jovens. A ideia é que estejam aptos a realizar escolhas saudáveis e sejam influenciadores na visão do movimento Viver. A proposta é organizar uma corrente 7 gigantesca de proteção que envolva a nova geração em uma visão de prevenção. Nossa visão é que o Viver, Movimento Nacional de Prevenção ao Uso de Drogas, seja referência para os Batistas Brasileiros, associado à praticas preventivas que alcancem, através da Igreja local, as famílias, comunidades ou instituições. A Junta de Missões Nacionais capacitará as Igrejas por meio de congressos locais, oficinais e material de apoio, tornando-as capazes e responsáveis pela aplicação do Projeto. O movimento Viver deverá ser permanente e motivador. Será a criação de uma identidade que gere um forte sentimento de pertença. Pretendemos que seja uma “selo” a ser usado por nossos adultos, jovens, adolescentes e crianças. O lançamento será marcado pelas ações nas escolas da cidade de Santos e pela ‘Caminhada Viver’ que acontecerá na 96ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira, em Santos - SP, no dia 14 de abril, saindo às 16h30 do Mendes Convention Center. Encoraje sua Igreja ou instituição a receber o selo do Movimento Viver! Mais informações no www.movimentoviverjmn.org.br 8 o jornal batista – domingo, 10/04/16 Pastor Jonatas Soares celebra Jubileu de Coral Ministerial Jorge Vinicius Vargas Machado, pastor de Jovens e Adolescentes da Igreja Batista Fonte Carioca – São João de Meriti - RJ N notícias do brasil batista o último dia 23 de março, a Igreja Batista Fonte Carioca, em São João de Meriti - RJ, se reuniu, como faz todas as quartas-feiras. Porém, o motivo dessa vez era mais do que especial: Comemorar os 35 anos de posse do pastor Jonatas Soares à frente da Igreja. Empos- sado em 21/03/1981, pastor Jonatas é o quarto obreiro a pastorear àquela Igreja que, em fevereiro, completou 58 anos. O culto de aniversário foi norteado pelo Salmo 126.6, e foi trazido à memória que em 35 anos de ministério não foram poucas as adversidades e dificuldades, mas grandes também foram as alegrias e frutos colhidos. Em dado momento do culto, a juventude da Igreja foi perguntada sobre quantos dos que hoje são jovens na Igreja foram dedicados ao Senhor enquanto bebês pelo pastor Jonatas. Era a maioria. E, quando perguntado a Igreja sobre quantos foram batizados por ele, quase a totalidade dos membros são frutos desse ministério. O corpo diaconal, o coro da Igreja (Que tem o nome de Coro Pastor Jonatas Soares), a Associação Batista Meritiense - Representada por seu diretor executivo, Elias Theóphilo - e a OPBB – Subsecção Fluminense, na pessoa do presidente pastor Marcos Lopes, que também foi o orador da noite, prestaram homenagens com placas, quadros e flores registrando o momento histórico. A mensagem trazida nos lembrou a excelência do ministério pastoral, e foi destacado que pastor Jonatas é sempre lembrado como uma referência de ministério e de caráter por onde passa. Ao longo desses 35 anos, muitos pastores foram ovelhas do pastor Jonatas. Muitos batismos foram celebrados (Não há números exatos, mas as estimativas passam de mil batismos). Milhares de casamentos e muitas centenas de bebês que foram dedicados. É o legado que se tem até aqui destes 35 anos. E, como muita coisa o nosso Deus há de fazer ainda através do pastor Jonatas Soares, é certo de que muito mais gente ainda será abençoada pela vida desse servo de Deus. “Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos” (Sl 126.6). O homem que Deus está usando na Primeira Igreja Batista do Brás - SP Salvador Soler, pastor E m 07 de fevereiro deste ano, no culto vespertino, inspirando a todos os presentes, cantou o coro principal da Primeira Igreja Batista do Brás - SP, sob a regência do maestro Prado Benfica. Toda a Igreja estava em comemoração pelo quinto aniversário de pastorado do querido pastor Marcos Peres. Em seguida, o irmão diácono, Reinaldo Berzins, emocionado e agradecido, falou com alegria do homem que Deus está usando com unção do Espírito Santo na PIB do Brás, bem como sua família: Magali, sua esposa, e André, seu filho. A Igreja registrou frases em seu boletim que manifestaram o quanto os membros da Igreja e seus departamentos estão reconhecidos e respeitosos apoiando toda orientação do seu pastor e seu ministério. Nestes cinco anos a membresia foi edificada segundo a Palavra de Deus, além de ser atendida pelas áreas eclesiásticas, administrativas, teológicas, e do cuidado pastoral com dedicação. Após as oportunas palavras do diácono Berzins, foi convocada a presença ao púlpito do pastor Salvador Soler para orar agradecendo e pedindo a Deus que continue abençoando o aniversariante na sua linda trajetória ministerial. Não devemos cessar de render graças ao nosso Deus pelo obreiro que nos enviou. A nossa oração é para que o Senhor continue usando o seu servo por muitos e muitos anos e que tudo redunde para a Glória de Jesus Cristo, nosso Senhor. o jornal batista – domingo, 10/04/16 9 Programa da 96 Assembleia da Convenção Batista Brasileira a DOMINGO - DIA 17 Tema 2016: Transformados pelo Poder do Reino de Deus Divisa 2016: “Porque o reino de Deus não consiste em palavras, mas em 08h30 às 12h30 – Programa nas Igrejas locais 14h00 às 17h30 - CÂMARAS SETORIAS – Segundo Momento (Se Necessário) poder”. 19h30 – Noite Evangelística 1 Coríntios 4.20 1ª SESSÃO Sexta-feira - Dia 15 - 8h30 às 12h00 08h30 - Composição da mesa 08h40 - Instalação da 96ª Assembleia - (Tema, Divisa e Hino) 08h50 - Aprovação do Programa Provisório 08h55 - Louvor e Adoração 09h15 - Momento cívico - “Hino Nacional Brasileiro” 09h25 - Momento de Oração e Louvor 09h45 - Mensagem do Presidente: Pr. Vanderlei Batista Marins 10h30 - Oração pela Pátria 10h35 - Nomeação das Comissões e Diretoria das Câmaras Setoriais 10h55 - Louvor e Adoração 11h15 - Momento de Oração pela Denominação e sua liderança 11h20 - Louvor e Adoração 11h45 - Aprovação da agenda para 2ª Sessão 12h00 - Oração e Encerramento 7ª SESSÃO Segunda-feira - Dia 18 - 8h30 às 12h00 08h30 - Instalação da 7ª Sessão 08h35 - Expediente 08h50 - Tema, Divisa e Hino Oficial 09h00 - Louvor e Adoração 09h30 - Mensagem: Eliane Salgado - DF 10h15 - Oração e Louvor 10h30 - Momento Literário – Convicção Editora 11h00 - Comissão de Programa 12h00 - Aprovação da agenda da 8ª Sessão e Encerramento 8ª SESSÃO Segunda-feira - Dia 18 - 14h00 às 17h30 14h00 - Instalação da 8ª Sessão 14h05 - Expediente 14h10 - Inspiração Musical 2ª SESSÃO 14h25 - Relatório da Câmara Setorial de Educação Ministerial Sexta-feira - Dia 15 - 14h00 às 17h30 15h05 - Relatório da Comissão de Assuntos Especiais 14h00 - Instalação da 2ª sessão 15h15 - Comissão de Programa 14h05 - Expediente 15h55 - Relatório da Câmara Setorial de Educação Religiosa 14h10 - Adoração e louvor (Tema, Divisa e Hino) 14h25 - Relatório do Conselho Geral – Apresentação, deliberação e apro- 16h45 - Representação Denominacional 17h00 - Aprovação da agenda da 9ª e 10ª Sessões e Encerramento vação 16h30 - Inspiração Musical 16h35 - Relatório do Conselho Fiscal 9ª SESSÃO 17h25 - Aprovação das agendas das reuniões 3ª e 4ª Sessões Segunda-feira - Dia 18 - 19h30 às 21h30 17h30 - Encerramento 19h30 - Instalação da 9ª Sessão 19h35 - Tema, Divisa e Hino Oficial 19h45 - Louvor e Adoração 3ª SESSÃO 20h10 - Mensagem: Pr. Carlos Trindade - RS Sexta-feira - Dia 15 - 19h30 às 21h30 20h55 - Inspiração Musical e Oração 19h30 - Instalação da 3ª sessão 21h15 - Filme promocional da 97ª Assembleia da CBB 19h40 - Apresentação das Autoridades e Visitantes 21h30 - Encerramento 19h50 - Saudação aos Batistas Brasileiros 20h00 - Mensagem aos Batistas, autoridades e visitantes – Presidente da CBB 20h10 - Adoração e louvor (Tema, Divisa e Hino) 20h30 - Mensagem Oficial: Transformados pelo Poder do Reino de Deus 10ª SESSÃO Pr. Roberto Amorim de Menezes Terça-feira - Dia 19 - 8h30 às 12h00 21h15 - Inspiração musical e Oração 08h30 - Instalação da 10ª Sessão 21h30 - Encerramento 08h35 - Expediente 08h50 - Adoração e Louvor 09h15 - Mensagem: Pr. Ramon Márcio – MG 4ª SESSÃO 10h00 - Adoração e louvor Sábado - Dia 16 - 08h30 às 12h00 10h20 - Representação denominacional – ABM, UBLA, AIBBAM 08h30 - Instalação da 4ª Sessão 11h10 - Inspiração Musical e Oração 08h35 - Expediente 11h15 - Comissão de programa 08h40 - Adoração e Louvor – Tema, Divisa e Hino 11h55 - Aprovação da agenda da 11ª Sessão 09h00 - Mensagem: Pr. Gilvan Barbosa - PI 12h00 - Encerramento 09h50 - Orientações sobre funcionamento da Câmaras Setoriais 10h00 - Adoração e Louvor 10h25 - Comissão de Programa 11ª SESSÃO 11h45 - Aprovação das agendas das reuniões 5ª, 6ª e 7ª Sessões Terça-feira - Dia 19 - 14h00 às 17h30 12h00 - Encerramento 14h00 - Instalação da 11ª Sessão 14h10 - Expediente 14h15 - Relatório da Câmara Setorial de Missões 5ª SESSÃO 14h55 - Parecer da Comissão de Renovação do Conselho Sábado - Dia 16 - 14h00 às 17h30 16h20 - Relatório da Câmara Setorial de Ação Social •Câmara Setorial de Missões 17h00 - Comissão de Programa •Câmara Setorial de Educação Religiosa 17h20 - Aprovação da agenda da 12ª Sessão e Encerramento •Câmara Setorial de Educação Teológica •Câmara Setorial de Ação Social 6ª SESSÃO Sábado - Dia 16 - 19h30 às 21h30 – Noite Missionária 19h30 - Instalação da 6ª Sessão 19h35 - Programação Missionária - Missões Mundiais & Nacionais 21h30 - Encerramento 12ª SESSÃO Terça-feira – Dia 19 - 19h30 às 21h30 19h30 - Instalação da 12ª Sessão 19h40 – Mensagem Musical - AMBB 20h30 - Mensagem: Pr. Carlos Water Marques da Silva - SP 21h20 - Agradecimentos 21h30 - Oração de Encerramento da 96ª Assembleia da CBB 10 o jornal batista – domingo, 10/04/16 notícias do brasil batista Um encontro que se multiplicará Francisca Farias, professora, líder do Ministério de Educação Religiosa da Segunda Igreja Batista/São Luís - MA N o dia 20 de julho de 1969, quando se tornou o primeiro homem a pisar na lua, Neil Armstrong eternizou uma frase célebre: “Este é um pequeno passo para um homem, um salto gigante para a humanidade”, e é com esse sentimento de conquista que inicio com os leitores uma partilha do que aconteceu na nossa cidade, São Luís do Maranhão. Nos dias 22 e 23 de janeiro deste ano, a Educação Religiosa deu um pequeno passo para um ministério e um salto gigante para o Reino de Deus. A partir dos sonhos e desejos de três pessoas: Professora Maria do Socorro Coelho Raposo – Ministra de Missões da Segunda Igreja Batista em São Luís, professora Maria Luzia – Educadora Religiosa, membro da Primeira Igreja Batista de Rosário – MA, e Samuel Assumpção – Educador e membro da Igreja Ba- tista do COHATRAC em São Luís, foi pensado, planejado e executado um Encontro de Educadores Cristãos. Este não foi um primeiro encontro como pensaram alguns. Nos anos 90 e no início dos anos 2000, tivemos uns três encontros com ênfase em Educação, com palestrantes como o educador Lucas Pereira Barbosa, a Educadora Terezinha Brito e a educadora Dalva Malheiros. Os anos passaram e a chama parecia apagada. Sem uma liderança estadual na área, poucas Igrejas com ministros ou ministras de Educação Religiosa, o curso de Educação sendo extinto do Seminário Teológico Batista de São Luís, todos esses fatores e uma visão turva de como se dá o real crescimento da Igreja, contribuíram para um silêncio incômodo da Educação, dos educadores e educadoras. Movidos pela paixão ao ministério da Educação nas nossas Igrejas do campo é que foi realizado, sob a liderança destes irmãos sonhadores e realizadores, o Encontro dos dias 22 e 23 de janeiro. O mesmo aconteceu no templo da Segunda Igreja Batista de São Luís, com o tema “A importância da educação cristã no fortalecimento da Igreja”. Muitos irmãos e irmãs envolvidos no Ministério de Educação de suas Igrejas ou envolvidos no Ministério do Ensino através da EBD se fizeram presentes e fomos todos abençoados pela mensagem de abertura do pastor Willeam Campelo, educador religioso e, atualmente, pastor da Primeira Igreja Batista da Cidade Operária São Luís, e pelas mensagens edificantes e desafiadoras da educadora, professora Samya Vanessa Soares de Araújo, presidente dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil, que, amorosamente, veio à Ilha de São Luís do Maranhão ajudar a reacender a chama da Educação Religiosa. Um momento marcante foi a troca de experiências, quando os presentes compartilharam suas experiências e desafios, podendo, assim, ajudar e serem ajudados. Em cada depoimento era confirmado que a Igreja obedeceu a ordem de ensinar. “Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus; e o que de mim ouviste de muitas testemunhas, transmite-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros” (II Tm 2.1-2). Como servos do Deus Altíssimos escolhidos para assumir um chamado e um ministério que vem do Pai, fomos desafiados e comissionados ao serviço, em cada mensagem, cada depoimento, cada pergunta, cada momento de conversa informal. Sabemos que quando aceitamos o chamado de servir através do ensino, não podemos esquecer do princípio bíblico “O que ensina, esmere-se em fazê-lo” (Rm 12:7b). O ministério de Educação determinará o rumo daquele que aprende e, por isso, afirmamos que tal ministério é de grande relevância. Priorizar a Educação Religiosa em nossas Igrejas é priorizar o ensino da Palavra de Deus, ensino esse que tem que ser verdadeiro no meio do Seu povo, pois “Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a educação na justiça” (II Tm 3.16). Nossa gratidão aos idealizadores, aos participantes, aos preletores, e que este encontro seja o primeiro de um novo tempo que se multiplicará em muitos outros encontros. Que o Eterno Mestre nos capacite e nos ajude a servi-lO sempre e melhor. Primeira Igreja Batista de Bauru - SP completa 96 anos Adriana Salgado, jornalista, líder de jovens da Primeira Igreja Batista de Bauru – SP D esde de 07 de março de 1920, quando os membros fundadores celebraram o primeiro culto, a Primeira Igreja Batista de Bauru - SP vem marcando a história de sua região e também do povo Batista. A princípio, formada por 24 membros, hoje a Igreja já conta com mais 500 irmãos em sua membresia, sob a liderança do pastor Jeferson Cristianini. Além desses irmãos, que fazem parte da atual história, muitos outros já passaram pela PIB contribuindo de alguma forma para o crescimento da Igreja, que no mês de março completou seus 96 anos. Conhecida pelo trabalho evangelístico na região e pela organização de novas Igrejas, a PIB de Bauru tem permanecido perseverante em seu propósito de proclamar o Evangelho. Por isso, as celebrações do aniversário não poderiam deixar de ser marcadas pela alegria, gratidão e entrega de vidas ao Senhor Jesus. Na abertura das celebrações, o pastor Jarbas Antônio Valetim, pastor missionário itinerante da Convenção Batista do estado de São Paulo, trouxe mensagens que refletiram sobre uma Igreja que vive a sombra da cruz. Para completar a festa, os irmãos do Quarteto Sonância estive- ram presentes entoando louvores de entrega e gratidão. No final de semana seguinte, toda a Igreja esteve em festa comemorando a profissão de fé e a celebração do batismo de 16 novos irmãos, resultado do intenso trabalho de anúncio do Evangelho e do investimento em vidas. E para encerrar as festividades, o pastor Nelson Nunes de Lima esteve presente trazendo a mensagem, junto com o Conjunto de Flautas e Violões da Igreja Batista Nova Esperança. Além disso, outros cinco irmãos do Projeto Cristolândia estiveram entregando suas vidas e descendo as águas do batismo. Muitos são os motivos de gratidão ao Senhor ao longo desses 96 anos de história. A PIB propõe-se a ser uma Igreja viva, que proclama a Glória do Deus Vivo e quer continuar trabalhando para a expansão do Evangelho. Para conhecer a PIB de Bauru e os trabalhos realizados, acesse: fb.com/pibbauru o jornal batista – domingo, 10/04/16 missões mundiais 11 Duas décadas levando esperança ao Caribe Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais E m 2016, Missões Mundiais completa 20 anos de atuação oficial em uma ilha no Caribe fechada ao Evangelho; o trabalho começou com o envio de sustento a 17 missionários da terra. Porém, essa história teve início muito antes de 1996. Nesta ilha, existem duas Convenções Batistas, a denominada Ocidental, apoiada pela Convenção do sul dos Estados Unidos até que um evento político inviabilizou a parceria, e a Oriental, apoiada pelos americanos do norte. No anos 1970, em uma reunião da Aliança Batista Mundial, o então presidente da Convenção Ocidental encontrou o pastor Nilson Fanini, na época presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB), e lhe fez um apelo para que os Batistas brasileiros, através de Missões Mundiais, visitassem seu país. O pastor Fanini transmitiu o apelo ao então diretor executivo da JMM, pastor Waldemiro Tymchak, que apenas em 1992 fez sua primeira tentativa de viagem à ilha com um grupo de pastores brasileiros. Porém, eles tiveram seus pedidos de visto negados. Dois anos depois, em 1994, a Convenção da ilha deu entrada em outro pedido de visto para que um grupo de pastores visitasse as Igrejas do país, e apenas em 1995 foi autorizada a visita de 26 pastores. O pastor Antonio Galvão, mais antigo missionário da JMM em atividade, liderou a caravana ao lado do pastor Helio Lima, então presidente de Missões Mundiais, cargo que hoje não existe mais. “Como resultado, em uma semana tivemos mais de 350 decisões por Cristo e centenas de consagrações e reconciliações de pessoas que, por causa da revolução na ilha, tinham deixado a Igreja”, conta o pastor Galvão, nomeado missionário da JMM em 1972. A visita à ilha foi aproveitada para negociar com o governo, que interfere inclusive no direito a culto dos cidadãos da ilha, a autorização de envio de missionários brasileiros, o que foi negado enfaticamente, segundo o pastor Galvão, mas que seria possível ajudar pastores locais, o que aconteceu no ano seguinte, 1996, com o envio de sustento de 17 obreiros nacionais, sendo 12 na convenção ocidental e cinco na oriental. “Ali elaboramos o convênio e o assinamos com o presidente de cada convenção, que passou a vigorar a partir de março daquele mesmo ano”, lembra o pastor Galvão. Pastor da primeira caravana à ilha durante visita a um lar em 1995 Uma realidade que vem mudando há 20 anos Em 1995, ano da primeira visita da JMM à ilha, havia 145 Igrejas e quase nenhuma casa-culto em quatro províncias no oeste do país. Havia também cerca de 50 pastores para atender essas igrejas, ou seja, alguns pastoreavam de três a cinco Igrejas. No leste, eram 157 Igrejas e apenas 60 pastores para atendê-las. Algumas casas-culto funcionavam sem autorização do governo, porém a visão missionária dessa região era mais apurada, segundo o pastor Galvão. A situação dos templos era precária, muitos sem janelas e mobiliário, pois não havia recursos financeiros nem autorização do governo para reformas. “A alimentação era muito precária, o povo não tinha acesso à carne bovina há anos; esta era apenas para turistas nos hotéis. Quando tinha carne de frango ou suína, o povo não tinha dinheiro para comprar, por isso fomos orientados a levar ajuda para a família que nos hospedaria para que ela pudesse ter uma alimentação melhor e adquiri-la em local onde o governo comercializava em moeda americana”, relata o pastor Galvão. A permissão do governo da ilha para enviar ajuda aos missionários da terra em acordo com as duas convenções permitiu também o repasse de recursos para as Igrejas dos obreiros de forma que pudessem comprar cadeiras, bancos, fazer reformas quando encontrassem mate- rial e até bicicletas para que o pastor melhor atendesse às comunidades. “O que nos impressionou foi descobrir que vários desses obreiros repartiam o sustento que mandávamos com um ou dois outros obreiros que não tinham sustento”, destaca o pastor Galvão. A rigidez do regime na ilha influenciava demais no avanço do Evangelho. “Em todas as reuniões, havia ‘espias do governo’, só que os pastores locais não sabiam quem eram. Não se podia abordar pessoas na rua, só podíamos falar dentro das casas-culto e nem sequer entregar folhetos, pois se fôssemos pegos, seríamos enviados de volta no primeiro voo. Ou seja, naquele tempo, o trabalho estava confinado dentro das casas”, resume. “Hoje a situação é totalmente diferente, pois o governo tem permitido pouco a pouco uma abertura e autorização a imigração de seus cidadãos para outros países, e estes ajudam suas famílias com o envio de recursos”, conta. Atualmente, Missões Mundiais mantém mais de 200 missionários nesta ilha do Caribe e, em 2015, quase duas décadas depois que pastores brasileiros pisaram pela primeira na ilha, foi enviado o casal Augusto e Kenya, brasileiros, que apoiam a capacitação dos obreiros nacionais. Caminhando com refugiados Cláudio Elivan – Coordenador do Voluntários Sem Fronteiras da JMM A Bíblia está repleta de exemplos sobre como devem ser tratados os refugiados, aqueles que fogem de sua terra por conta de guerras e que, perseguidos, temem morrer em virtude de sua escolha religiosa, posição política ou simplesmente por estar em meio ao fogo cruzado. A própria família de Jesus, quando ele ainda era uma criança, teve que sair como refugiada para o Egito (Mateus 2.13-21). Fico pasmo ao ver “seguidores de Jesus” fazendo declarações sem nenhum amor com relação a estas pessoas – precisamos lembrar que são pessoas, não Maioria dos povos refugiados está concentrada no Oriente Médio são “muçulmanos”, não são “terroristas”, não são “oportunistas”. Em uma das viagens pelo programa Voluntários Sem Fronteiras, ouvi a fala de um jovem refugiado que disse: “Estamos apenas em busca de um lugar onde ninguém nos machuque, onde ninguém nos humilhe, onde ninguém nos mate”. Estas pessoas estão em busca de tão pouco, e nós, que temos tanto, temos feito menos ainda por eles. Estive em alguns campos de refugiados no Oriente Médio, visitei as tendas de sírios que estão vivendo em situação miserável. Suas crianças agora trabalham, e não conseguem vagas nas escolas, não têm acesso ao sistema público de saúde. Estive com um pastor em um dos países com maior concentração de refugiados no mundo. Ele contava que ainda criança aprendeu a odiar seus inimigos sírios, aos 15 anos aprendeu a assassiná-los, vingando todos os males que lhes haviam feito. Depois de crescer e se tornar pastor, sua Igreja orava constantemente para que Deus os vingasse, levando o mal aos sírios. Hoje, Deus trabalhou tanto no seu coração e da sua comunidade de fé que sua Igreja se tornou um local de socorro para seus antigos inimigos. Muçulmanos ou cristãos, não importa qual seja a religião, eles agora os veem como pessoas e os amam por meio de ações. Ao invés de vingança, levam amor a eles. Muitos, vendo este amor, estão entregando suas vidas a Cristo. Que obra incrível que o Espírito Santo faz! Como diz em Provérbios 31.8, “Erga a voz em favor dos que não podem se defender”. Encontre maneiras de defender o direito destas pessoas, interceda, doe e faça parte de grupos de Missões Mundiais, que é uma das organizações sérias que estão trabalhando para que o Evangelho chegue até eles de maneira integral, dando-lhes abrigo, comida, atendimento médico, educação e salvação. Não fique parado apenas olhando as notícias, faça parte da mudança! 12 o jornal batista – domingo, 10/04/16 o jornal batista – domingo, 10/04/16 ponto de vista 13 Não abandone a Igreja! Paulo Francis Jr., colaborador de OJB U m náufrago foi encontrado dez anos depois em uma pequena ilha. Quando o capitão do navio de resgate chegou ao local, notou que havia três cabanas de bambu cobertas com folhas de coqueiro. “Por que três cabanas? Você não ficou aqui sozinho por dez anos?”, perguntou o capitão. “Sim, fiquei”, respondeu o náufrago. E completou: “Aquela primeira cabana é a minha casa e, aquela segunda, é a minha Igreja”. “E o que é aquela terceira cabana ali adiante?”, insistiu o capitão. O magro e barbudo homem, com olhar de desprezo respondeu: “É a minha ex-Igreja”. Tenho um profundo respeito por cada cidadão de Presidente Venceslau e região. Não quero interferir em crença de ninguém. No entanto, a minha preocupação transcende estas linhas. Sinceramente: O que está acontecendo com o Brasil? Que tipo de gente tem conduzido esta Nação? Que podridão sem fim é essa? Quem consegue ficar tranquilo quando vê o futuro sendo destruído? Que esgoto é esse? Tenho a convicção de que muitos leitores deste Jornal, além de seus muitos outros desejos particulares, fizeram o compromisso ao final do ano de 2015 de também dar maior atenção à vida espiritual em 2016. Isso significa estar mais próximo do Criador. Nada que te possa acontecer, até mesmo um acidente gravíssimo, o levará mais perto do Mestre do que quando você estiver dentro de um templo, orando e ouvindo a sua Palavra. As pessoas têm mil sugestões para resolver a desgraça em que o país entrou. Ninguém quer admitir o óbvio: Isso ocorre pelo desprezo das coisas divinas. E a mão de um Deus justo é pesada. Nosso crescimento só ocorrerá quando houver um confronto com a verdade. A mensagem de hoje é esta: Tornamo-nos o povo que tem a obrigação de enganar uns aos outros. Passar o outro para trás. Assim, optamos sempre por frequentar a Igreja na qual nos sentimos bem e chegamos aonde chegamos. Religião boa é aquela que coloca o dedo na nossa ferida. A instrução do Mestre é para que “repudiemos a nós mesmos”. De crentes nos transformamos em “clientes” das Igrejas e queremos sempre um sermão rápido e indolor, bem ao “estilo miojo”. A verdade, não, machuca. O Brasil ruma para o caos pelo abandono das Igrejas. Veja o que eu ouvi em uma pregação: “O último censo populacional revelou a existência de cerca de 27,2 milhões de evangélicos. Se ex-irmãos que foram evangelizados realmente permanecessem nas Igrejas brasileiras, esse montante seria de aproximadamente 70 milhões de crentes. Antes de ser vista como uma ‘ameaça’, a desistência do Evangelho desse enorme contingente deve ser compreendida por líderes de todo o Brasil como um sinal de alerta de que algo não vai bem”. Já o escritor Ronald Eyre afirmou: “Você não pode encontrar o conhecimento, reorganizando sua ignorância”. Em um sermão que ouvi do pastor Josemar Bessa, houve um esclarecimento importante sobre isso: “Você nunca vai encontrar a santidade reorganizando o pecado da sociedade”. E o que nós temos visto? Ainda que possa ser chocante, penso, sinceramente, que há grupos empenhados no fim das Igrejas. Será possível isso? Infelizmente, aos poucos estão querendo imputar às Igrejas as mazelas do mundo. Mas, prestem atenção! Há um alerta mais grave nisso: Quem não dá atenção ao Espírito de Deus, dá atenção a Satanás. As divergências, as brigas, os assassinatos, tanto entre os poderosos como entre as pessoas comuns nesta Nação, têm uma origem clara: Ninguém mais quer ouvir o que o Criador tem a dizer. O brasileiro caminha a passos largos com ira, rancores, falsidades e desobediências para o naufrágio. Como já afirmei aqui, de outra parte o governo se tornou literalmente inimigo da população e está aplicando ipsis litteris, uma lei de que poucos se dão conta: “Eu concordo que o povo passe fome, desde que trabalhe”. Assim, já há pessoas vivendo até sem energia elétrica em casa. Estando na Igreja, ouvindo a Palavra de Deus já está dificílimo, imagine sem. A minha esperança, felizmente, vai além do que estamos vendo. A tempestade que passamos agora é terrível. A pior de todas! Já há quem diga sobre uma recuperação em 20 ou 30 anos. O que podemos fazer é não abandonar o barco. As águas repletas de tubarões estão invadindo a embarcação. Estamos sendo açoitados por ondas e ondas de políticos corruptos, mas isso vai passar. O governo de Brasília é interino. O governo de Deus é perene. Eu creio! O Criador sempre levanta alguém para consertar o que está errado. Precisamos orar, e é na Igreja, de joelhos! Fora dela, jamais virá a bonança. 14 o jornal batista – domingo, 10/04/16 ponto de vista Por que sou cristão? E ssa é uma pergunta que nos leva a uma profunda reflexão. Tem-se, hoje em dia, uma percepção muito rasa do significado de ser cristão. Ser cristão é uma questão, primariamente, de novo nascimento (João 3.1-8; Colossenses 3.1-4). Ninguém pode ser cristão a não ser pela via da regeneração, da mudança do coração, da mudança de natureza. O cristão é alguém que estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. O cristão recebeu a natureza de Cristo. Houve uma reconciliação promovida pelo Senhor como o Autor da nossa redenção (II Coríntios 5.18-20). Por isso, ser cristão é estar em Cristo como nova criatura, pois as coisas velhas já passaram e tudo se fez novo (II Coríntios 5.17). O cristão anda em novidade de vida. Deixou para trás a velha vida, escrava, perdida e iníqua. A natureza do cristão está visceralmente ligada à Obra de Cristo na cruz e na ressurreição. Jesus morreu para a nossa justificação e, por isso, temos paz com Deus (Efésios 5.1-2). Ser cristão não é simplesmente uma escolha religiosa, mas uma profunda experiência com Cristo, identificando-se com Ele na Sua morte e na Sua ressurreição. À semelhança de Paulo, aquele que está em Cristo está disposto a sofrer todas as implicações da sua experiência de forma vívida. Para Paulo, o viver é Cristo e o morrer é lucro (Filipenses 1.21). O Senhor Jesus salvou Paulo por graça e misericórdia. Todo o mérito foi do Redentor. A razão de ser cristão é o fato incontestável de Cristo estar na vida fazendo toda a diferença. O autentico cristianismo é Cristo em nós, a esperança da glória (Colossenses 1.27). É o fato histórico e também doutrinal da nossa crucificação, morte e ressurreição com Ele (Gálatas 2.20; Romanos 6.1-11). Há um comprometimento da pessoa que está em Cristo com todas as implicações dessa experiência histórica e teológica. Por esta razão, Jesus ensinou que os que estão nEle são perseguidos, humilhados e maltratados, mas que devem se alegrar porque é grande o seu galardão nos céus (Mateus 5.11-12). Ser cristão é possuir a suficiência de Cristo Jesus. A sua vida é Cristo. O seu maior prazer é Cristo Jesus. Ele aprendeu a viver contente em toda e qualquer situação (Filipenses 4.10-20). Está contido no contentamento de Cristo. Tem prazer em viver os ensinos do seu Redentor em todo o tempo. É ser sal da terra e luz do mundo, cumprindo responsavelmente a missão que o Mestre deixou (Mateus 5.13-16). O cristão está engajado no cumprimento da Grande Comissão (Mateus 28.18-20). O seu único interesse é glorificar o Pai obedecendo a Cristo. O advogado cristão norte-americano Horatio Gates Spafford, após perder suas filhas em um naufrágio no Mar do Norte, compôs o Hino 398 do Cantor Cristão, testemunhando como sua convicção: “Sou feliz com Jesus, meu Senhor”. É somente pela Graça de Deus que a pessoa é tornada cristã, nascida de novo e regenerada. Vivendo pela fé, ela obra em todo o tempo (Efésios 2.8-10). A sua fé produz obras maravilhosas que honram o seu Salvador. A Graça de Deus é operante em sua vida tornando-a santa em todo o seu procedimento. Há uma mudança radical na sua cosmovisão. Não é possível, é uma incoerência, o cristão não ser relevante neste mundo. Ele não ama o mundo como sistema, mas ama as pessoas que estão no mundo e deseja vê-las transformadas (I João 2.15-17). O autêntico cristão tem prazer na adoração ao Senhor, no aprendizado da Sua Palavra, na comunhão dos santos e no testemunho fidedigno do evangelho. Está comprometido com o serviço ao próximo. Como Jesus, anda por toda a parte fazendo o bem (Atos 10.38). Por que sou cristão? Por causa de Cristo, o único Redentor. Graças a Deus pelo Seu dom inefável em Cristo Jesus (II Coríntios 9.15). Por que seguir a Cristo? Juvenal Mariano de Oliveira Netto, colaborador de OJB M uitas pessoas já ouviram falar acerca de Jesus Cristo e do plano de Deus para salvar a humanidade, entretanto, a reação de grande parte destas pessoas ao serem arguidas se querem entregar-se a Ele, é “não”. As pessoas têm uma ideia muito equivocada em relação ao cristianismo, pois veem como algo muito laborioso. Pensam sempre no que terão que deixar e nunca no que conquistarão. Eis alguns motivos, dentre os milhares existentes, pelos quais o homem deve se render totalmente a Cristo. 1) - Toda a raça humana possui no seu DNA a necessidade de uma divindade, de um ser superior para se relacionar e adorar. O grande problema é que muitos buscam a um deus errado, inexistente. O apóstolo João começa a falar sobre Jesus em seu livro, dando ênfase que Ele não é qualquer um, afirmando o seguinte: “No princípio (Ele) era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). Jesus é o único Deus digno de ser adorado. João, ao utilizar a palavra “Verbo”, queria mostrar para toda a humanidade que Jesus tinha, tem e sempre terá o poder da “Palavra” - logos no grego -, quando ele fala todas as coisas terão que se submeter a sua autoridade e somente um Deus com “D” maiúsculo possui tal atributo (Mateus 8.27; 28.18). 2) - Só Ele pode oferecer ao homem a verdadeira paz (Isaías 9.6; João 14.27). A paz que o mundo oferece é momentânea e baseada em eventualidades, não obstante, a paz que Ele oferece independe de circunstâncias, ou seja, poderei dizer como Davi: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, pois Ele está comigo” (Sl 23.4). 3) - Só Ele pode, definitivamente, oferecer o amor perfeito. O seu amor é incondicional, prova disso é o relato feito por Lucas em seu Evangelho, de um ladrão que estava sendo crucificado ao lado de Cristo; que se arrependera nos últimos momentos de vida e Jesus o amou, perdoando os seus pecados e lhe concedendo o direito de estar com Ele no paraíso (Lucas 23.39-43). O apóstolo Paulo diz que Jesus provou esse amor (Ágape no grego) para com toda a humanidade, quando se ofereceu para morrer na cruz em resgate dos pecadores redimidos (Romanos 5.8). 4) - Ele jamais deixará os seus seguidores sozinhos, garantiu que estaria com eles todos os dias até a consumação dos séculos, sempre presente em toda e qualquer situação (Mateus 28.20), por isso o profeta o chamou de Emanuel, o Deus conosco (Isaías 7.14). 5) - Prometeu que não permitiria que fossem tentados além daquilo que poderiam suportar, ou seja, a vitória, com Ele, estaria sempre garantida (I Coríntios 10.13). 6) - Prometeu que sempre renovaria as suas forças e o seu ânimo a fim de poderem cumprir com a sua missão (Mateus 11. 28-30). 7) - Afirmou que transformaria toda a tristeza em alegria, quis dizer com isso que, apesar dos momentos de pranto e de dor que, porventura, viessem a ter que passar neste mundo, no final de tudo, Ele enxugaria dos seus olhos toda a lágrima para sempre (João 16.20; Apocalipse 21.4). 8) - Garantiu fidelidade a todos o que nEle creem, ainda que em algum momento se tornassem infiéis para com Ele (II Timóteo 2.13). Com isso, Ele está afirmando que as suas mãos sempre estariam estendidas para reerguê-los quando tropeçarem e caírem, sempre disposto a lhes conceder uma segunda chance. 9) - Empenhou a sua palavra em que todo aquele que O buscasse, jamais O desprezaria ou O lançaria fora (João 6.37). 10) - Curou muitos enfermos e fez muitos milagres, sempre dando ênfase que a fé e a perseverança destas pessoas teriam sido cruciais para que Ele atendesse as suas súplicas (João 11.40; Hebreus 11.6; Mateus 9.22; Lucas 18.42). 11) - Somente através dEle o homem pode ser reconciliado com Deus (João 3.18, 14.6; I Timóteo 2.5; II Coríntios 5.18-19), ter todos os seus pecados cancelados (Colossenses 2.13-14) e a oportunidade de ter os seus nomes escritos no Livro da Vida, que é a garantia de estarem com Ele nos céus (Apocalipse 22.14). Paulo, se referindo aos cristãos, afirma que nenhum sofrimento do mundo presente poderia ser comparado com a glória que haveria de ser revelada a cada um deles (Romanos 8.18). É bem verdade que o cristão nunca receberá um atestado de imunidade ao sofrimento, à dor, ou receberá um tratamento diferenciado das demais pessoas por estarem com Ele, mas tem a garantia de que, assim como Ele sofreu, morreu, mais ao terceiro dia ressuscitou, todo aquele que crer nele também ressuscitará com Ele no último dia (I Coríntios 15). Portanto, quero afirmar com toda a convicção do mundo: “Vale a pena ser um seguidor de Cristo”. o jornal batista – domingo, 10/04/16 ponto de vista OBSERVATÓRIO BATISTA 15 LOURENÇO STELIO REGA N Estudos sobre a Igreja III – Como deve funcionar a Igreja? ão é nossa intenção repetir o que poderá facilmente ser estudado em compêndios de Eclesiologia (Parte da Teologia que estuda a doutrina da Igreja), mas abordar o assunto dentro de uma perspectiva mais prática e assim torná-la assimilável. Eu chamaria essa abordagem de “Eclesiologia Funcional”. Já pudemos observar que a Igreja, além de organismo, tem um caráter “organizacional”, que a própria ideia da metáfora de Corpo de Cristo sugere. Ela precisa ser gerida, administrada, há nela diversas áreas de atuação. Mas como a Igreja deve ser administrada? Só alguns poucos deverão trabalhar na Igreja? Existe grau de importância nos diversos trabalhos da Igreja? No artigo anterior procurei demonstrar que a Igreja existe para cumprir a missão que Deus para ela deu (“missio Dei”), ao que chamei de missão integral ampla, para não confundirmos com o movimento da Teologia da Missão Integral (TMI), que focaliza mais o lado sócio-político da missão da Igreja. Essa Missão Integral Ampla nos presenteia com uma visão “tridimensional”, de modo a demonstrar que a Igreja possui diversos ministérios ou esferas de ação. Esses diversos ministérios aparecem muito cedo, tanto em Jerusalém quanto no desenrolar dos primeiros passos da Igreja em sua expansão, principalmente entre os gentios, aqui temos o que podemos chamar de dons de serviços (Para não confundirmos com dons de sinais, que no futuro vamos tratar). Segundo o livro de Atos (Atos 6.1-12) os 12 eram assistidos pelos sete a fim de que pudessem se consagrar à oração e à ministração da Palavra, enquanto aqueles se encarregariam da assistência social da Igreja. Em Jerusalém (Atos 11.30), temos também a existência de presbíteros, mesmo antes de Paulo apresentar as suas qualificações a Tito e a Timóteo. Neste trecho de Atos, os apóstolos nem são mencionados, talvez por estarem fora em viagem missionária, e assim a liderança da Igreja ficaria sob o comando dos presbíteros. É interessante notar aqui dois fatos. (1) Não há um só presbítero na liderança da Igreja local no NT, mas presbíteros, indicando descentralização de poder. (2) Os “presbíteros” de Éfeso (Atos 20.28) são chamados de “bispos” e se continuarmos analisando o texto também encontraremos aqui a ideia da função “pastoral”. O que poderemos concluir disso é que presbítero, bispo e pastor são três palavras que descrevem três facetas diferentes de uma só atividade. “Presbítero” era o ancião e dá a ideia de alguém com experiência na vida. “Bispo”, do grego “epíscopos”, que significa superintendente, gerente, indicando o aspecto administrativo. “Pastor” é alguém que cuida de ovelhas, indicando o cuidado pastoral pelo desenvolvimento dos crentes. Na Igreja do Primeiro Século já é possível notar a existência de líderes e liderados e o texto chave que indica esse fato é Efésios 4.11-16: “E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.11-16). Para que, então, deve existir o apóstolo, o profeta, o evangelista, o pastor-mestre (Um só dom, na forma grega)? A partir do versículo 12 encontramos a resposta: Para o aperfeiçoamento (No grego katartismos: preparo, equipamento, conserto de redes, tornar algo no que deve ser) dos santos; Para que os santos, depois de devidamente preparados, possam desempenhar seu serviço; E, assim, ocorra a edificação da Igreja. E os liderados, quem são? Paulo, em Romanos 12.6-8, menciona representativamente alguns deles: “Ministério” (gr. diakonia, que é a tarefa do diácono ou de qualquer outra pessoa que executa serviços na Igreja, não ligados diretamente à Palavra, à oração), “ensino”, “exortação” (aconselhamento), “exercício da misericórdia” (assistência social), etc. Já falamos da missão “holística” (integral ampla) da Igreja, e aqui poderemos dar um caráter prático a isto se relacionarmos as diversas tarefas da igreja à sua própria missão e assim poderemos ilustrar essa integração ministérios/dons de serviços/ missão com a seguinte figura: tua o seu próprio crescimento para edificação de si mesmo em amor” (Ef 4.15-16). Não podemos deixar de mencionar que, infelizmente, temos caído na desventura de achar que só devemos trabalhar na Igreja se formos eleitos para algum cargo. “Esse ano vou descansar, não quero ser eleito”, é o chavão. Não há prática mais desagregadora que essa. Todos os crentes são chamados para exercer funções específicas dentro da Igreja por meio dos dons de serviços que Deus lhes concede (I Co 12.11). Alguns são escolhidos para liderar, mas isso não significa que os outros sem o dom de liderar deverão, em um berço esplêndido, apenas contemplar as atividades da Igreja sem qualquer comprometimento. Talvez por isso é que o domingo, dia do descanso, tem se tornado um dia de cansaço para muitos crentes que, sentindo a importância Veja na cor verde como os dons de serviços que temos no Novo Testamento se encaixam perfeitamente, dando oportunidades para que cada crente desempenhe o seu ministério de modo que se cumpra o que está em Efésios 4.15-16: “Cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo corpo inteiro bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, efe- e necessidade da Obra de Deus, se empenham com afinco no trabalho tendo de fazer a sua parte e a de outro que não quer se comprometer. Até quando isso ocorrerá em muitas Igrejas?! Outro aspecto preocupante é o conceito de distinção entre “clero” e “leigos” que muito temos feito ao crermos, ainda que inconscientemente, que nós pastores somos mais importantes que nossas ovelhas. No NT não há essa distinção que queremos fazer. Podemos estar na liderança do povo de Deus, mas isso não nos faz melhores. Aliás, a palavra “leigo” vem do grego “laikos” (Que vem de “laos”, povo) que significa “Alguém do povo”. Se a Igreja é o “Povo de Deus” (I Pe 2.9,10), todos nós somos leigos, isto é, pertencentes ao povo de Deus. Sobre isso é bom citarmos Ray C. Stedman, em seu Livro “A Igreja – Corpo Vivo de Cristo” (p. 79, 80): “... Veio uma transferência gradativa de responsabilidade do povo para o que foi denominado de clero... O conceito bíblico de que todo crente é um sacerdote diante de Deus foi se perdendo aos poucos, surgindo um corpo especial de supercristãos que eram procurados praticamente para todos os fins e assim acabou sendo chamado de ministério (ou o pastorado). Agora, Efésios 4 deixa bem claro que todos os cristãos estão nos ministérios. A tarefa própria dos quatro ministérios de apoio que examinamos é treinar, motivar e servir de suporte às pessoas no trabalho do seu próprio ministério. Quando o ministério foi, portanto, relegado aos profissionais, não sobrou nada para as pessoas fazerem a não ser vir à igreja e ficar escutando. Dizia-se-lhes que era sua responsabilidade trazer o mundo para dentro do edifício da igreja, a fim de ouvir o pastor pregar o evangelho. Em breve o cristianismo se tornou nada mais, nada menos do que um esporte de espectadores, muito parecido com o futebol: 22 homens em campo, desesperadamente precisando de descanso, e 20 mil nas arquibancadas, desesperadamente precisando de exercício!”. Para concluir, como sua Igreja tem concebido a sua missão, a sua finalidade em existir, cada membro conhece os dons de serviços que Deus tem lhes dado e os tem exercido?