Batistas unidos em oração pela Nação brasileira

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ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 10/04/16
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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
1
Ano CXV
Edição 15
Domingo, 10.04.2016
R$ 3,20
Batistas unidos em oração
pela Nação brasileira
OBSERVATÓRIO BATISTA
LOURENÇO STELIO REGA
Estudos sobre a Igreja III –
Como deve funcionar a Igreja?
Programa da
96a Assembleia da
Convenção Batista
Brasileira
Confira a programação completa da 96ª Assembleia
da Convenção Batista Brasileira, que acontecerá entre
os dias 15 e 19 de abril na cidade de Santos - SP.
O tema escolhido para este ano é “Transformados
pelo Poder do Reino de Deus”, e divisa: “Porque
o reino de Deus não consiste em palavras, mas em
poder” (I Coríntios 4.20). Página 09
Já pudemos observar que a Igreja, além de
organismo, tem um caráter “organizacional”, que
a própria ideia da metáfora de Corpo de Cristo
sugere. Ela precisa ser gerida, administrada, há nela
diversas áreas de atuação. Mas como a Igreja deve
ser administrada? Só alguns poucos deverão trabalhar
na Igreja? Existe grau de importância nos diversos
trabalhos da Igreja?; Confira o texto completo na
página 15.
2
o jornal batista – domingo, 10/04/16
reflexão
EDITORIAL
O JORNAL BATISTA
Órgão oficial da Convenção Batista
Brasileira. Semanário Confessional,
doutrinário, inspirativo e noticioso.
Um condutor chamado Jesus
Fundado em 10.01.1901
INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189
PUBLICAÇÃO DO
CONSELHO GERAL DA CBB
FUNDADOR
W.E. Entzminger
PRESIDENTE
Vanderlei Batista Marins
DIRETOR GERAL
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SECRETÁRIA DE REDAÇÃO
Paloma Silva Furtado
(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)
CONSELHO EDITORIAL
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Othon Avila
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DIRETORES HISTÓRICOS
W.E. Entzminger,
fundador (1901 a 1919);
A.B. Detter (1904 e 1907);
S.L. Watson (1920 a 1925);
Theodoro Rodrigues Teixeira
(1925 a 1940);
Moisés Silveira (1940 a 1946);
Almir Gonçalves (1946 a 1964);
José dos Reis Pereira
(1964 a 1988);
Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e
Salovi Bernardo (1995 a 2002)
INTERINOS HISTÓRICOS
Zacarias Taylor (1904);
A.L. Dunstan (1907);
Salomão Ginsburg (1913 a 1914);
L.T. Hites (1921 a 1922); e
A.B. Christie (1923).
ARTE: Oliverartelucas
IMPRESSÃO: Jornal do Commércio
U
m dia desses, em
uma das minhas
idas à minha cidade natal, Arraial do Cabo, município
da Região dos Lagos do Rio
de Janeiro, observei algo
curioso e que Deus pôde
claramente falar ao meu
coração. Eu acredito e costumo enfatizar que Deus
fala conosco através de tudo
o que está a nossa volta.
Cada detalhe que nos cerca
é uma estratégia de Deus
para chamar a nossa atenção
para Ele. Basta, apenas, que
estejamos atentos e sensíveis
à voz do Pai.
E nesse dia, Deus usou
algo bem rotineiro para mim
para trazer as respostas que
meu coração necessitava
naquela hora. Usou a própria viagem, que faço regularmente. Quando entrei no
ônibus reparei que o motorista chamava-se “Jesus”,
e aquilo chamou a minha
atenção. Ao longo da viagem
fui pensando, ministrada
pelo Espírito Santo, a respeito daquele motorista na
condução do ônibus. Pensamentos como “Ele não pode
dormir, senão provocará um
acidente”, “Ele precisa estar
atento na estrada, pois já
está à noite”, “Eu não sei o
que pode acontecer na estrada, mas estou confiando que
chegarei bem”, “Tenho certeza do destino que chegarei, pois comprei a passagem
para o local que desejo ir”,
etc., passaram pela minha
cabeça.
Foi então que comecei
a fazer uma analogia entre o motorista do ônibus e
o condutor da minha vida
que, ironicamente, também
chama-se Jesus. Eu não sei
nada a respeitos dos planos
de Deus para minha vida,
para qual propósito Ele está
direcionando-me, mas posso
ter plena certeza de que Ele
está na condução, Ele está
no controle de tudo. Assim
como o motorista tinha o
compromisso de levar todos os passageiros de forma
segura até Arraial do Cabo,
o nosso Jesus também tem
compromisso conosco de
conduzir a nossa vida, se
assim O permitirmos. Podemos plenamente confiar nas
providências de Deus, pois
Ele, como um condutor na
estrada, vê o que não podemos ver e nos livra de situações que até mesmo nunca
saberemos. O papel dEle é
cuidar dos seus filhos, que
foram resgatados com preço
de sangue, derramado pelo
Unigênito.
Nós, seres humanos, temos
muita dificuldade em confiar
plenamente em Deus, falo
por mim. É fácil clamarmos
ao Senhor, cantarmos louvores, expressando a nossa
confiança. Contudo, na prática, viver “de fé em fé” não
é assim tão fácil. Precisamos
esforçar-nos para aprender a
descansar nos braços do Pai.
Descansar verdadeiramente,
assim como fazemos em
uma viagem após um dia
cansativo de trabalho. Temos certeza de que o nosso
Deus amoroso está cuidando
de tudo e que nos levará
pelo caminho que lhe apraz,
se estivermos debaixo da
Sua vontade. Então, não há
porque ficarmos ansiosos e
preocupados. A condução
da nossa vida não está nas
nossas mãos. Ou não deveria estar. O lugar mais seguro para estarmos é no colo
do Pai, lugar de descanso
e voz suave, que responde
a todos com carinho, zelo
e atenção. Ore, confie e espere. Deus está no controle
de tudo!
Paloma Furtado,
jornalista, secretária de
Redação de OJB
o jornal batista – domingo, 10/04/16
reflexão
3
bilhete de sorocaba
JULIO OLIVEIRA SANCHES
Joias de Cristo
E
sse era o nome da
classe de juniores na
Escola Bíblica Dominical (EBD). O grupo
se reunia sob a sombra de
árvore frondosa ao lado da
Congregação de taipa, na
fazenda do meu avô materno. No outono, as frutinhas
vermelhas da árvore, uma
vez amassadas, ofereciam
material para colar as roupas
dos colegas no banco de
madeira. A pobre professora só via o resultado. Os
mais afoitos eram levados
“sob orelhas” aos pais que
participavam da EBD no salão. Claro que a vara seria
aplicada quando chegassem
ao lar. Não havia desculpa.
Primeiro, pelo desrespeito
à professora. Segundo, por
dano ao patrimônio da Congregação. Durante a semana,
as frutinhas eram usadas para
“pegar” passarinhos. Tempo
bom. Não havia Ibama na
fazenda.
O material didático usado
tinha o mesmo nome da classe. A cada domingo a lição
seguinte era distribuída com
a orientação de guardá-la até
terminar o trimestre. Ao final
do trimestre o aluno recebia
a capa para “encadernar” as
lições. Havia orgulho em
portar as lições agrupadas.
Assim era a Escola Bíblica
Dominical naqueles bons
tempos. Estudava-se a Bíblia e aprendia-se a Palavra
de Deus. Memorizar textos bíblicos era desafio que
alegrava. Especialmente o
texto áureo da lição. Havia
a abertura da EBD realizada
pelo diretor, ocorria o encerramento, Os relatórios eram
lidos, o número de visitantes
nas classes era contabilizado,
a oferta era levantada. Havia
a pergunta: “Quantos leram a
Bíblia durante a semana?”, e
também “Quantos estudaram
a lição em casa?”. A classe
que não apresentava ausen-
tes era destaque para todos.
Cada classe era chamada
nominalmente. Orgulhosos
os alunos repetiam de cor o
versículo escolhido pelo professor. Os visitantes recebiam
atenção especial. Recebiam
um cartão de boas vindas.
Eram vistos como potenciais
membros da Igreja no futuro.
Os aniversariantes da semana
eram chamados à frente e
saudados com alegria. Ao
chegar a determinada idade,
o aluno era promovido à
outra classe, que o recebia
com abraços. O dia da promoção era dia de festa para
os pequenos que estavam
crescendo. Isso alimentava o
desejo de ser grande.
A Escola Dominical era levada a sério por todos os membros da Igreja. Era inadmissível
ser membro da Igreja e não
ser aluno da EBD. A Igreja
crescia alimentada pela EBD.
Em números, esta era sempre
maior que a Igreja, por agregar
os familiares dos membros.
Havia o dia do rumo, último
domingo de abril. Um claviculário era colocado ao lado
do púlpito. Cada chefe de
família pendurava a chave da
casa como testemunho de que
toda a família estava presente
na Igreja naquele domingo. E
estava.
O tempo e o desinteresse
dos salvos pelo estudo da
Bíblia foram eliminando aos
poucos o romantismo santo
da EBD. As desculpas para
não participar da EBD são
incontáveis, desde professores
despreparados à literatura que
não atende as necessidades
dos alunos; assuntos fora do
contexto da vivência diária
dos salvos. Tudo é pretexto
para não participar. Os autores das lições se revelam incapazes em atender a demanda
da sociedade moderna. As
lições são escritas com um
ano de antecedência. Quando
chegam às Igrejas estão desa-
tualizadas. Alguns extrapolam
com sementes de heresias,
desconectadas da realidade
do momento. Isto exige do
professor vigilância constante.
Ao desistir da EBD, o membro da Igreja torna-se presa
fácil das heresias que pululam diariamente no rádio e
TV. Perde a oportunidade de
lapidar a fé, firmar relacionamentos saudáveis com os
demais membros do Corpo
de Cristo. As discussões, discordâncias e confrontos no
estudo da Bíblia, na classe
da EBD, são fundamentais
ao aperfeiçoamento da caminhada cristã. O sucesso
da Igreja Primitiva se deve
a prática do estudo bíblico
em grupos. A Escola Bíblica
ministrada por Paulo na casa
de Tito Justo alcançou toda
a Ásia com a mensagem do
Evangelho, de acordo com
Atos 18.7-11. Razão simples:
A EBD é agência de evangelização.
Transformados pelo
poder do Reino, crescei na
graça e conhecimento
Levir Perêa Merlo,
colaborador de OJB
“Vós, pois, amados, prevenidos como estais de antemão, acautelai-vos; não
suceda que, arrastados pelo
erro desses insubordinados,
descaiais da vossa própria firmeza; antes crescei na graça
e no conhecimento de nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo. A Ele seja a glória, tanto
agora como no dia eterno” (II
Pe 3.17-18).
N
o mês de abril a
ênfase é o ensino, e é dedicado
a Escola Bíblica
Dominical (EBD). O aprendizado é base para qualquer
sociedade que deseja se desenvolver. Sem o ensino não
há crescimento, não há maturidade, não há desenvolvimento espiritual, ou seja, o
ensino é fundamental.
Quando analisamos o
Novo Testamento, percebemos que tudo gira em torno
do ensino e aprendizado: No
nascimento de Jesus Cristo;
Jesus no meio dos doutores
aos doze anos; na chamada
dos discípulos pelo Senhor;
no famoso “Sermão do Monte”; nos ensinos escatológicos de Jesus; nas Cartas de
Paulo, Lucas, Pedro, João,
Tiago e Judas, etc. Ainda que
lembremos com mais intensidade dos ensinos da EBD no
mês de abril, não significa
que vamos negligenciar essa
importante ferramenta de trabalho chamado “ensino” ao
longo do ano. Na verdade, os
estudos, os ensinos e o aprendizado só vão cessar quando
estivermos na presença do
Pai, ali só haverá louvores!
Sendo servos discípulos
transformados pelo poder
do Reino de Deus, nosso
desejo deverá ser sempre
de crescer na Graça e no
Conhecimento do Senhor
Jesus Cristo. Como bem diz
o apóstolo Pedro: “Desejai
ardentemente, como crianças
recém-nascidas, o genuíno
leite espiritual, para que, por
ele, vos seja dado crescimento para salvação” (I Pe 2.2).
Sim, queridos, não podemos nos descuidar nessa área
importante da vida, de aprender, de ler e de ensinar. E,
certamente, fazendo isso, jamais seremos enganados pela
astúcia de homens maus.
Vamos perseguir esse alvo
de crescermos e continuar
ajudando na expansão da
obra maravilhosa do Senhor.
Também não vamos deixar
a EBD morrer, façamos da
nossa Escola bíblica um verdadeiro pequeno grupo que
trabalhe com vibração, dinâmica, responsabilidade
e muita alegria no Senhor.
Avante!
4
o jornal batista – domingo, 10/04/16
reflexão
GOTAS BÍBLICAS
NA ATUALIDADE
OLAVO FEIJÓ
pastor, professor de Psicologia
Jesus: Nossa esperança Nosso cansaço
Jeferson R. Cristianini,
pastor, colaborador de OJB
N
ossos dias são
marcados pela
desesperança. As
pessoas que nos
circundam já perderam a
esperança e, até mesmo, nós,
cristãos, por vezes ficamos
desesperançosos. Isso não
pode acontecer conosco,
pois carregamos a mensagem
de Jesus, que é a esperança.
A mensagem do Evangelho
é puramente repleta de esperança. Paulo diz que “Se
nossa esperança em Cristo
se limita apenas a esta vida,
somos os mais infelizes de todos os homens” (I Co 15.19).
Nossa esperança em Cristo
é transcendente, e rompe as
questões dessa terra. Nossa
esperança em Cristo foca na
salvação e na vida eterna, e
por isso somos desafiados
a levar essa esperança para
aqueles que estão desesperançosos e mortos, espiritualmente falando. Jesus é a
esperança que transcende as
situações dessa vida. Nossa
esperança em Cristo está
para além das coisas dessa
terra, mas nossa esperança
em Cristo que nos dá paz e
alegria para viver é a vida
eterna e a ressurreição.
É comum ouvirmos pessoas
dizendo que não têm mais
esperança em várias instâncias da vida. As inúmeras
quantidades de informações
sobre a violência promovida
pelo ser humano nos quatro
cantos do mundo faz com
que as pessoas não acreditem mais umas nas outras.
As atrocidades e brutalidade
como o ser humano lida com
seu semelhante provoca um
esfriamento nos corações
daqueles que insistem crer
em um mundo melhor. A
violência e truculência do
cenário religioso mundial
com ataques terroristas e com
o aliciamento da juventude
pelos extremistas religiosos,
e os escândalos de líderes
religiosos no tocante a dinheiro e sexo esfriam a fé das
pessoas, e a desesperança na
religião cresce. A crise humanitária, visualizada pelos
milhares de refugiados das
guerras locais de seus países
revelam a maldade e o egoísmo do coração humano.
A esperança vai sendo sufocada nessa sociedade pós
moderna, mas a Bíblia, atual
a todas as épocas, ensina que
a nossa esperança é Jesus de
Nazaré. Na profecia do Servo
Sofredor, narrada pelo Isaías,
diz que o Messias esperado
seria a luz dos povos, de
acordo com Isaías 42. As
nações do mundo precisam
conhecer ao Senhor e Salvador Jesus: A esperança. As
nações precisam colocar a
esperança no nome de Jesus,
por isso precisamos orar,
contribuir e enviar recursos
para que os missionários cheguem com o Evangelho aos
quatro cantos da terra, como
descreve Mateus 12.21. Só
Jesus desfaz a desesperança,
pois Ele é a nossa esperança,
não somente para essa vida,
mas principalmente para a
vida eterna. Leve esperança!
e Jesus
“Vinde a mim, todos os que cansam. Neste contexto, o
estais cansados e oprimidos, Senhor Jesus bondosamene eu vos aliviarei” (Mt 11.28). te nos convida: Vinde a
mim, trazendo vosso canpós declarar a inti- saço e opressão.
Apesar de sabermos do
midade dEle, Filho,
com o Pai celeste, convite de Jesus, nem sempre
Jesus revela Seu tomamos a decisão de aceitar
poder divino de causar res- as condições do descanso
tauração na vida dos Seus oferecido. Porque permitir
discípulos. “Vinde a Mim, que Cristo administre nossa
todos os que estais cansados mente, nosso corpo, nossa
e oprimidos e Eu vos alivia- alma, exige uma atitude de
fé. O Senhor cumpre Sua prorei” (Mt 11.28).
Viver a vida cristã é ta- messa. Nós, outros, porém,
refa cansativa. Ela exige as nem sempre temos coragem
maiores energias dos discí- de permitir em nós as interpulos. Com a continuidade venções do Cristo. Até quandas provações causadas do insistiremos em adotar as
pelo mundo, o corpo se condições humanas? Adoteressente, a alma se afli- mos a coragem humilde de
ge. Por mais que procure- permitir entregarmos a Cristo
mos demonstrar amor, há nosso cansaço e opressão.
respostas injustas que nos Ele sempre nos alivia e nos
ferem, nos oprimem, nos restaura.
A
o jornal batista – domingo, 10/04/16
reflexão
Ossos secos e falta de esperança
Edgar Silva Santos, pastor
da Primeira Igreja Batista
de Jardim Mauá – Manaus
– AM
“...Eis que dizem: Os nossos ossos se secaram e pereceu a nossa esperança;
estamos de todo exterminados” (Ez. 37.11). Este quadro,
pintado com cores fortes pelo
profeta Ezequiel, parece projetar as suas sombras sobre
a nação brasileira, que vive
um momento crítico de sua
história.
A s pa l a v ra s pr o féticas
soam demasiadamente atuais quando nos fixamos, de
modo mais amplo, no pano-
rama mundial, extrapolando
a situação do Brasil, isoladamente.
O famoso intelectual italiano Umberto Eco, no Livro
”Em que creem os que não
creem?”, faz uma acertada
radiografia do mundo em que
vivemos e assinala algumas
de suas deprimentes características: “A multiplicação
de depósitos nucleares incontrolados e incontroláveis,
as chuvas ácidas, a floresta
amazônica que desaparece, o
buraco na camada de ozônio,
as migrações de deserdados
que batem à porta dos países
ricos, a fome em continentes
inteiros, novas e incuráveis
Olhe para
Jesus
Cleverson Pereira do Valle,
pastor, colaborador de OJB
“M
aldito o
homem
que confia no homem” (Jr 17.5a). Não tem
algo pior do que ser traído!
Quantas mulheres sofrem
porque passaram por uma
traição, quantos maridos sofrem também por isso. A
quebra da confiança é algo
muito triste. Famílias são
devastadas por traições. Em
muitos casos, acontecem a
separação, o divórcio. Os
filhos ficam sem rumo.
Trair é enganar, é agir de
forma desonesta, é desapontar o próximo. A traição não
acontece só no contexto do
casamento, mas também
acontece entre vizinhos, entre colegas de trabalho e em
diversos lugares.
A pessoa traída sofre muito,
porque fica sem acreditar no
que a outra pessoa foi capaz
de fazer. Porque acontece a
traição, não podemos mais
confiar em ninguém? De forma alguma, podemos e deve-
pestilências, a destruição interessada do solo, os climas
que se modificam, o degelo
das regiões glaciais, a engenharia genética que ameaça
clonar os seres humanos e
o suicídio ecológico do planeta”.
Sem dúvida, são situações
alarmantes. E não podemos
desconsiderar o recrudescimento da violência nas
grandes e até nas pequenas
cidades, a inversão dos valores e a falta de referenciais
para a nossa juventude.
Mas, apesar de tudo, há
esperança. A Bíblia diz que
“Em esperança somos salvos”
(Rm 3.24a) e que “Temos
por capacete a esperança da
salvação” (I Ts 5.8).
No Deus Eterno temos posto a nossa confiança. Afinal,
como já se disse, “Os extremos do homem são as oportunidades de Deus”.
Só Deus é autoexistente. Nós
existimos por meio dEle, para
Ele vivemos e nEle esperamos.
Podemos, assim, afirmar que
essa esperança imorredoura
vem do Senhor mesmo, é dádiva sublime do céu.
Ela não está na ciência do
homem, mas na sabedoria de
Deus; não está na fatuidade
dos projetos humanos, mas
na segurança das promessas
divinas; não está nos ofus-
5
cantes tesouros deste mundo,
mas na alentada riqueza do
céu. É uma esperança que
não chora sobre a sepultura, mas sorri e canta pelos
caminhos de Emaús, pelas
estradas singelas da Galileia,
pelas sendas da vida.
“Não devemos imaginar
que as estrelas estejam mortas só porque o céu está nublado”, diz o provérbio árabe. Os ossos podem secar-se
de repente e, circunstancialmente, nos embates duros
da vida. Mas a esperança
em Deus se renova, como se
renovam em nós, cotidianamente, a Sua graça e a Sua
misericórdia.
Sou cristão! Então,
como estou agindo?
Érika Efigênio Januário,
diaconisa na Igreja Batista
Vida Nova – Osvaldo Cruz
mos confiar nas pessoas. Não - SP
é porque você encontrou no
condição do ser
pacote de dinheiro uma nota
humano, no mundo
falsa, que concluirá que todas
em que vivemos,
são falsas. Infelizmente há
é única: Ser servo.
falsos, mas o que nos alegra
é que há muita gente séria, Precisamos fazer um check
comprometida com a verda- up em nossas vidas, a fim de
saber bem a quem e como
de, que é transparente.
Encontro nas Escrituras estamos servindo. Se a Deus,
uma recomendação: “Olhan- em espírito e em verdade,
do para Jesus, Autor e Consu- como diz em João 4.23-24,
ou se ao diabo, por meio da
mador da fé” (Hb 12.2a).
Diante de tantas coisas carne, de acordo com Gálaruins, diante de problemas tas 5.19-21.
O tempo é curto e caminhade relacionamentos, não podemos deixar de olhar para Je- mos para o fim; nossa “Vida
sus. Ao olhar para Ele vemos a passa como a erva que pela
perfeição, o Verbo encarnado, manhã nasce e a tarde murcha
o Salvador da humanidade. e seca”. O verdadeiro cristão
Jesus veio com o propósito é diferente e faz a diferença
de salvar a humanidade dos onde quer que se encontre,
seus pecados. Jesus veio res- pois ele nasceu do Espírito e
taurar o homem. Jesus veio agora vive em espírito.
Quando me converti, há
ligar o homem a Deus. Veio
restaurar relacionamentos 12 anos, fiquei maravilharompidos e, através dEle, o da com tamanho amor pela
homem pode perdoar e viver humanidade e, por meio do
texto da crucificação de Jesus
uma nova vida.
Convido você a olhar para (Lucas 23.26-49), foi que
Jesus sempre, não fixe o seu meus olhos se abriram e eu
olhar em outra coisa. Fixe o disse “sim” ao Senhor Jesus,
seu olhar no Autor e Consu- para que Ele fosse também o
Senhor da minha vida.
mador da nossa fé.
A
Servos do Senhor de todos
os lugares, não desanimem,
nem se cansem de buscar
a santificação dia após dia
em suas vidas. O mundo se
tornou muito cruel, mas nós
vivemos para honra e glória
do Senhor e, em razão disso,
somos alegres, temos paz e
devemos viver relacionamentos discipuladores em meio
a tantas atitudes enganosas
e más.
O amor, assim como é a
essência de Deus, também
deve ser a parte principal do
nosso ser. Quando aprendemos a amar o nosso próximo,
nossa vida se torna melhor e
passamos a entender e desejar “Que eu diminua e que
Cristo cresça por meio da
minha vida”.
Há uma missão para cada
um de nós, crentes em Jesus
Cristo, e um propósito segundo o qual devemos honrar a
Deus com a vida que Ele nos
concedeu e com a confiança
que Ele depositou em cada
um de nós, para testemunhar
do amor tão grande dEle para
conosco, que nos tirou das
trevas e colocou em Seus
caminhos eternos.
Será que, como cristão que
diz ser, você está vivendo os
propósitos designados por
Deus para sua vida? Será que
você está tirando almas que
caminham a passos largos
para o inferno deste rumo,
por meio do seu testemunho
de vida, de seu trabalho na
Obra do Senhor, mediante
o “Ide” de Jesus Cristo? Ou
você pensa que cumpre o
sacrifício de Cristo na cruz
simplesmente indo aos cultos domingo à noite? Isto é,
quando dá.
O cristão cheio do Espírito
Santo não se cala, ele se doa.
O mundo está carente de Jesus e, nós, cristãos, O temos.
Disponha-se a manter um
relacionamento com aqueles
que ainda não conhecem ao
Senhor, a agregar pessoas
para conviver em união, caminhando juntos, formando
discípulos para continuar e
trabalhar na Obra do Senhor.
As gerações vindouras e
todos que ainda se encontram vivendo em trevas precisam conhecer a Jesus e
viver como Ele, para que
nós todos possamos aguardar Sua segunda vinda até
que Ele volte. E busque uma
multidão, “A Sua Igreja”. “Eis
que venho sem demora” (Ap
3.11).
6
o jornal batista – domingo, 10/04/16
Hotéis e flats em Santos
APTOS
LEITOS
12
PARQUE BALNEÁRIO HOTEL
Av. Ana Costa, 555 - Gonzaga
Tel. (13) 3285-6900
Fax (13) 3284-0475
www.parquebalneario.com.br
[email protected]
119
189
13
MENDES PLAZA HOTEL
Av. Mal. Floriano Peixoto, 42 - Gonzaga
Tel. (13) 3208-6400
Fax (13) 3208-6406
www.mendeshoteis.com.br
[email protected]
105
209
14
MENDES PANORAMA HOTEL
Rua Euclides da Cunha, 15 - Gonzaga
Tel. (13) 3208-6400
Fax (13) 3208-6406
www.mendeshoteis.com.br
[email protected]
135
277
15
MERCURE
Av. Washington Luiz, 565, Torre I – Boqueirão
Tel. (13) 3036-1013
www.accorhotels.com
[email protected]
95
190
16
MONTE SERRAT COMFORT HOTEL
Rua Bittencourt, 130 – Centro
Tel. (13) 3232-6624
www.monteserrathotel.com.br
[email protected]
92
250
17
NATAL
Av. Mal. Floriano Peixoto, 104 - Gonzaga
Tel. (13) 3284-2732
Fax (13) 3877-8584
www.hotelnatal.com.br
[email protected]
24
61
18
NOVO HOTEL DE SANTOS
Pça Washington, 31 - José Menino
Tel. (13) 3225-1853
www.novohoteldesantos.com.br
[email protected]
20
74
19
PRAIANO
Av. Barão de Penedo, 39 - José Menino
Tel. (13) 3237-4033
Fax (13) 3237-7478
www.hotelpraiano.com.br
[email protected]
51
143
20
RITZ HOTEL
Av. Mal. Deodoro, 24 - Gonzaga
Tel. (13) 3284-1171
www.hotelritz.com.br
40
80
APTOS
LEITOS
1
CARINA FLAT HOTEL
Rua Ministro João Mendes, 271 - Aparecida
Tel. (13) 3278-2000
Fax (13) 3236-3135
www.carinaflat.com.br
[email protected]
60
140
2
COSMOPOLITAN PRAIA FLAT
Rua Bahia, 174 - Gonzaga
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12
40
132
216
85
35
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9
320
18
60
320
114
56
o jornal batista – domingo, 10/04/16
missões nacionais
“Por esta causa me ponho de
joelhos diante do Pai” (Ef 3.14)
N
Equipe de Missões Nacionais conduzindo o período de oração
Batistas brasileiros em Clamor pela Nação
A
equipe de Missões
Nacionais se reuniu em clamor pelo
Brasil. A vigília, que
foi realizada no dia 31 de
março, aconteceu ao longo
do dia no Seminário do Sul,
na Tijuca – RJ, e foi dirigida
pelas diversas organizações
da denominação.
Missionários, radicais e
voluntários da JMN conduziram o período da manhã com
orações específicas de cunho
social, político e econômico
que a sociedade brasileira
tem enfrentado. Além dos
momentos de intercessão,
aconteceram também períodos de louvor e adoração,
pois sabemos que o Senhor
habita no meio dos louvores,
de acordo com Salmos 22.3.
Espalhados pelos campos,
outra equipe de missionários
também esteve unida em
oração pela mesma causa.
De joelho, clamamos pela
transformação espiritual do
nosso país.
Nas palavras de exortação
que Paulo deu ao seu filho na
fé Timóteo, ele recomenda
que, antes de tudo, haja súplicas, orações, intercessões
e ação de graças por todos os
homens; pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma
vida tranquila e pacífica, com
toda a piedade e dignidade.
Pois isso é bom e agradável
perante Deus, nosso Salvador, que deseja que todos
os homens sejam salvos e
cheguem ao conhecimento
da verdade, como descreve I
Timóteo 2.1-4)
o Relatório Mundial sobre Drogas
2015, o Escritório
das Nações Unidas sobre Drogas e Crime
(UNODC) revela que cerca
de 246 milhões de pessoas,
ou um pouco mais de 5% da
população mundial entre 15
e 64 anos de idade, usaram
drogas ilícitas em 2013.
No Brasil, o número de usuários de crack ultrapassa a 370
mil pessoas. Isso corresponde
a 0,8% da população das capitais do país. Além disso, 14%
do total são crianças e adolescentes, o que equivale a mais
de 50 mil usuários.
Uma pesquisa realizada
com alunos dos sete estados
do Brasil onde a Cristolândia
possui Unidades, números
reveladores nos auxiliaram na
definição dos caminhos para
disseminação do Movimento
Nacional de Prevenção ao uso
de Drogas, o Viver.
Focando os esforços na prevenção, a proposta é tratar de
forma profunda, buscando
trabalhar o fortalecimento da
autoestima e caráter de nossos
adolescentes e jovens. A ideia
é que estejam aptos a realizar
escolhas saudáveis e sejam
influenciadores na visão do
movimento Viver. A proposta é organizar uma corrente
7
gigantesca de proteção que
envolva a nova geração em
uma visão de prevenção.
Nossa visão é que o Viver,
Movimento Nacional de Prevenção ao Uso de Drogas,
seja referência para os Batistas
Brasileiros, associado à praticas
preventivas que alcancem, através da Igreja local, as famílias,
comunidades ou instituições.
A Junta de Missões Nacionais
capacitará as Igrejas por meio
de congressos locais, oficinais
e material de apoio, tornando-as capazes e responsáveis pela
aplicação do Projeto.
O movimento Viver deverá
ser permanente e motivador.
Será a criação de uma identidade que gere um forte sentimento de pertença. Pretendemos que seja uma “selo” a ser
usado por nossos adultos, jovens, adolescentes e crianças.
O lançamento será marcado
pelas ações nas escolas da
cidade de Santos e pela ‘Caminhada Viver’ que acontecerá
na 96ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira, em
Santos - SP, no dia 14 de abril,
saindo às 16h30 do Mendes
Convention Center.
Encoraje sua Igreja ou instituição a receber o selo do
Movimento Viver! Mais informações no www.movimentoviverjmn.org.br
8
o jornal batista – domingo, 10/04/16
Pastor Jonatas Soares celebra
Jubileu de Coral Ministerial
Jorge Vinicius Vargas
Machado, pastor de Jovens
e Adolescentes da Igreja
Batista Fonte Carioca – São
João de Meriti - RJ
N
notícias do brasil batista
o último dia 23
de março, a Igreja Batista Fonte
Carioca, em São
João de Meriti - RJ, se reuniu,
como faz todas as quartas-feiras. Porém, o motivo dessa
vez era mais do que especial:
Comemorar os 35 anos de
posse do pastor Jonatas Soares à frente da Igreja. Empos-
sado em 21/03/1981, pastor
Jonatas é o quarto obreiro a
pastorear àquela Igreja que,
em fevereiro, completou 58
anos.
O culto de aniversário foi
norteado pelo Salmo 126.6,
e foi trazido à memória que
em 35 anos de ministério
não foram poucas as adversidades e dificuldades, mas
grandes também foram as
alegrias e frutos colhidos.
Em dado momento do culto, a juventude da Igreja foi
perguntada sobre quantos
dos que hoje são jovens na
Igreja foram dedicados ao
Senhor enquanto bebês pelo
pastor Jonatas. Era a maioria. E, quando perguntado a
Igreja sobre quantos foram
batizados por ele, quase a
totalidade dos membros são
frutos desse ministério.
O corpo diaconal, o coro
da Igreja (Que tem o nome
de Coro Pastor Jonatas Soares), a Associação Batista
Meritiense - Representada
por seu diretor executivo,
Elias Theóphilo - e a OPBB
– Subsecção Fluminense, na
pessoa do presidente pastor
Marcos Lopes, que também
foi o orador da noite, prestaram homenagens com placas,
quadros e flores registrando o
momento histórico. A mensagem trazida nos lembrou
a excelência do ministério
pastoral, e foi destacado que
pastor Jonatas é sempre lembrado como uma referência
de ministério e de caráter por
onde passa.
Ao longo desses 35 anos,
muitos pastores foram ovelhas do pastor Jonatas. Muitos
batismos foram celebrados
(Não há números exatos, mas
as estimativas passam de mil
batismos). Milhares de casamentos e muitas centenas de
bebês que foram dedicados.
É o legado que se tem até
aqui destes 35 anos. E, como
muita coisa o nosso Deus
há de fazer ainda através do
pastor Jonatas Soares, é certo
de que muito mais gente ainda será abençoada pela vida
desse servo de Deus.
“Aquele que leva a preciosa
semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com
alegria, trazendo consigo os
seus molhos” (Sl 126.6).
O homem que Deus está
usando na Primeira Igreja
Batista do Brás - SP
Salvador Soler, pastor
E
m 07 de fevereiro
deste ano, no culto
vespertino, inspirando a todos os presentes, cantou o coro principal
da Primeira Igreja Batista
do Brás - SP, sob a regência do maestro Prado Benfica. Toda a Igreja estava em
comemoração pelo quinto
aniversário de pastorado
do querido pastor Marcos
Peres. Em seguida, o irmão
diácono, Reinaldo Berzins,
emocionado e agradecido,
falou com alegria do homem
que Deus está usando com
unção do Espírito Santo na
PIB do Brás, bem como sua
família: Magali, sua esposa,
e André, seu filho.
A Igreja registrou frases
em seu boletim que manifestaram o quanto os membros da Igreja e seus departamentos estão reconhecidos e respeitosos apoiando
toda orientação do seu pastor e seu ministério. Nestes
cinco anos a membresia foi
edificada segundo a Palavra
de Deus, além de ser atendida pelas áreas eclesiásticas,
administrativas, teológicas,
e do cuidado pastoral com
dedicação.
Após as oportunas palavras do diácono Berzins, foi
convocada a presença ao
púlpito do pastor Salvador
Soler para orar agradecendo
e pedindo a Deus que continue abençoando o aniversariante na sua linda trajetória
ministerial.
Não devemos cessar de
render graças ao nosso
Deus pelo obreiro que nos
enviou. A nossa oração é
para que o Senhor continue usando o seu servo
por muitos e muitos anos
e que tudo redunde para
a Glória de Jesus Cristo,
nosso Senhor.
o jornal batista – domingo, 10/04/16
9
Programa da 96 Assembleia da
Convenção Batista Brasileira
a
DOMINGO - DIA 17
Tema 2016: Transformados pelo Poder do Reino de Deus
Divisa 2016: “Porque o reino de Deus não consiste em palavras, mas em 08h30 às 12h30 – Programa nas Igrejas locais
14h00 às 17h30 - CÂMARAS SETORIAS – Segundo Momento (Se Necessário)
poder”.
19h30 – Noite Evangelística
1 Coríntios 4.20
1ª SESSÃO
Sexta-feira - Dia 15 - 8h30 às 12h00
08h30 - Composição da mesa
08h40 - Instalação da 96ª Assembleia - (Tema, Divisa e Hino)
08h50 - Aprovação do Programa Provisório
08h55 - Louvor e Adoração
09h15 - Momento cívico - “Hino Nacional Brasileiro”
09h25 - Momento de Oração e Louvor
09h45 - Mensagem do Presidente: Pr. Vanderlei Batista Marins
10h30 - Oração pela Pátria
10h35 - Nomeação das Comissões e Diretoria das Câmaras Setoriais
10h55 - Louvor e Adoração
11h15 - Momento de Oração pela Denominação e sua liderança
11h20 - Louvor e Adoração
11h45 - Aprovação da agenda para 2ª Sessão
12h00 - Oração e Encerramento
7ª SESSÃO
Segunda-feira - Dia 18 - 8h30 às 12h00
08h30 - Instalação da 7ª Sessão
08h35 - Expediente
08h50 - Tema, Divisa e Hino Oficial
09h00 - Louvor e Adoração
09h30 - Mensagem: Eliane Salgado - DF
10h15 - Oração e Louvor
10h30 - Momento Literário – Convicção Editora
11h00 - Comissão de Programa
12h00 - Aprovação da agenda da 8ª Sessão e Encerramento
8ª SESSÃO
Segunda-feira - Dia 18 - 14h00 às 17h30
14h00 - Instalação da 8ª Sessão
14h05 - Expediente
14h10 - Inspiração Musical
2ª SESSÃO
14h25 - Relatório da Câmara Setorial de Educação Ministerial
Sexta-feira - Dia 15 - 14h00 às 17h30
15h05 - Relatório da Comissão de Assuntos Especiais
14h00 - Instalação da 2ª sessão
15h15 - Comissão de Programa
14h05 - Expediente
15h55 - Relatório da Câmara Setorial de Educação Religiosa
14h10 - Adoração e louvor (Tema, Divisa e Hino)
14h25 - Relatório do Conselho Geral – Apresentação, deliberação e apro- 16h45 - Representação Denominacional
17h00 - Aprovação da agenda da 9ª e 10ª Sessões e Encerramento
vação
16h30 - Inspiração Musical
16h35 - Relatório do Conselho Fiscal
9ª SESSÃO
17h25 - Aprovação das agendas das reuniões 3ª e 4ª Sessões
Segunda-feira - Dia 18 - 19h30 às 21h30
17h30 - Encerramento
19h30 - Instalação da 9ª Sessão
19h35 - Tema, Divisa e Hino Oficial
19h45 - Louvor e Adoração
3ª SESSÃO
20h10 - Mensagem: Pr. Carlos Trindade - RS
Sexta-feira - Dia 15 - 19h30 às 21h30
20h55 - Inspiração Musical e Oração
19h30 - Instalação da 3ª sessão
21h15 - Filme promocional da 97ª Assembleia da CBB
19h40 - Apresentação das Autoridades e Visitantes
21h30 - Encerramento
19h50 - Saudação aos Batistas Brasileiros
20h00 - Mensagem aos Batistas, autoridades e visitantes – Presidente da CBB
20h10 - Adoração e louvor (Tema, Divisa e Hino)
20h30 - Mensagem Oficial: Transformados pelo Poder do Reino de Deus
10ª SESSÃO
Pr. Roberto Amorim de Menezes
Terça-feira - Dia 19 - 8h30 às 12h00
21h15 - Inspiração musical e Oração
08h30 - Instalação da 10ª Sessão
21h30 - Encerramento
08h35 - Expediente
08h50 - Adoração e Louvor
09h15 - Mensagem: Pr. Ramon Márcio – MG
4ª SESSÃO
10h00 - Adoração e louvor
Sábado - Dia 16 - 08h30 às 12h00
10h20 - Representação denominacional – ABM, UBLA, AIBBAM
08h30 - Instalação da 4ª Sessão
11h10 - Inspiração Musical e Oração
08h35 - Expediente
11h15 - Comissão de programa
08h40 - Adoração e Louvor – Tema, Divisa e Hino
11h55 - Aprovação da agenda da 11ª Sessão
09h00 - Mensagem: Pr. Gilvan Barbosa - PI
12h00 - Encerramento
09h50 - Orientações sobre funcionamento da Câmaras Setoriais
10h00 - Adoração e Louvor
10h25 - Comissão de Programa
11ª SESSÃO
11h45 - Aprovação das agendas das reuniões 5ª, 6ª e 7ª Sessões
Terça-feira - Dia 19 - 14h00 às 17h30
12h00 - Encerramento
14h00 - Instalação da 11ª Sessão
14h10 - Expediente
14h15 - Relatório da Câmara Setorial de Missões
5ª SESSÃO
14h55 - Parecer da Comissão de Renovação do Conselho
Sábado - Dia 16 - 14h00 às 17h30
16h20 - Relatório da Câmara Setorial de Ação Social
•Câmara Setorial de Missões
17h00 - Comissão de Programa
•Câmara Setorial de Educação Religiosa
17h20 - Aprovação da agenda da 12ª Sessão e Encerramento
•Câmara Setorial de Educação Teológica
•Câmara Setorial de Ação Social
6ª SESSÃO
Sábado - Dia 16 - 19h30 às 21h30 – Noite Missionária
19h30 - Instalação da 6ª Sessão
19h35 - Programação Missionária - Missões Mundiais & Nacionais
21h30 - Encerramento
12ª SESSÃO
Terça-feira – Dia 19 - 19h30 às 21h30
19h30 - Instalação da 12ª Sessão
19h40 – Mensagem Musical - AMBB
20h30 - Mensagem: Pr. Carlos Water Marques da Silva - SP
21h20 - Agradecimentos
21h30 - Oração de Encerramento da 96ª Assembleia da CBB
10
o jornal batista – domingo, 10/04/16
notícias do brasil batista
Um encontro que se multiplicará
Francisca Farias, professora,
líder do Ministério de
Educação Religiosa da
Segunda Igreja Batista/São
Luís - MA
N
o dia 20 de julho
de 1969, quando
se tornou o primeiro homem a
pisar na lua, Neil Armstrong
eternizou uma frase célebre:
“Este é um pequeno passo
para um homem, um salto
gigante para a humanidade”,
e é com esse sentimento de
conquista que inicio com os
leitores uma partilha do que
aconteceu na nossa cidade,
São Luís do Maranhão. Nos
dias 22 e 23 de janeiro deste
ano, a Educação Religiosa
deu um pequeno passo para
um ministério e um salto gigante para o Reino de Deus.
A partir dos sonhos e desejos de três pessoas: Professora
Maria do Socorro Coelho
Raposo – Ministra de Missões
da Segunda Igreja Batista em
São Luís, professora Maria
Luzia – Educadora Religiosa,
membro da Primeira Igreja
Batista de Rosário – MA, e
Samuel Assumpção – Educador e membro da Igreja Ba-
tista do COHATRAC em São
Luís, foi pensado, planejado
e executado um Encontro
de Educadores Cristãos. Este
não foi um primeiro encontro
como pensaram alguns. Nos
anos 90 e no início dos anos
2000, tivemos uns três encontros com ênfase em Educação,
com palestrantes como o educador Lucas Pereira Barbosa,
a Educadora Terezinha Brito e
a educadora Dalva Malheiros.
Os anos passaram e a chama
parecia apagada. Sem uma
liderança estadual na área,
poucas Igrejas com ministros
ou ministras de Educação Religiosa, o curso de Educação
sendo extinto do Seminário
Teológico Batista de São Luís,
todos esses fatores e uma visão turva de como se dá o
real crescimento da Igreja,
contribuíram para um silêncio
incômodo da Educação, dos
educadores e educadoras.
Movidos pela paixão ao
ministério da Educação nas
nossas Igrejas do campo é que
foi realizado, sob a liderança
destes irmãos sonhadores e
realizadores, o Encontro dos
dias 22 e 23 de janeiro. O
mesmo aconteceu no templo
da Segunda Igreja Batista de
São Luís, com o tema “A importância da educação cristã
no fortalecimento da Igreja”.
Muitos irmãos e irmãs envolvidos no Ministério de Educação
de suas Igrejas ou envolvidos
no Ministério do Ensino através da EBD se fizeram presentes e fomos todos abençoados
pela mensagem de abertura
do pastor Willeam Campelo,
educador religioso e, atualmente, pastor da Primeira Igreja Batista da Cidade Operária
São Luís, e pelas mensagens
edificantes e desafiadoras da
educadora, professora Samya
Vanessa Soares de Araújo,
presidente dos Educadores
Cristãos Batistas do Brasil, que,
amorosamente, veio à Ilha de
São Luís do Maranhão ajudar
a reacender a chama da Educação Religiosa.
Um momento marcante
foi a troca de experiências,
quando os presentes compartilharam suas experiências
e desafios, podendo, assim,
ajudar e serem ajudados. Em
cada depoimento era confirmado que a Igreja obedeceu
a ordem de ensinar. “Tu, pois,
meu filho, fortifica-te na graça
que há em Cristo Jesus; e o
que de mim ouviste de muitas
testemunhas, transmite-o a
homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem
os outros” (II Tm 2.1-2).
Como servos do Deus Altíssimos escolhidos para assumir
um chamado e um ministério
que vem do Pai, fomos desafiados e comissionados ao serviço, em cada mensagem, cada
depoimento, cada pergunta,
cada momento de conversa
informal. Sabemos que quando
aceitamos o chamado de servir
através do ensino, não podemos esquecer do princípio bíblico “O que ensina, esmere-se
em fazê-lo” (Rm 12:7b).
O ministério de Educação
determinará o rumo daquele que aprende e, por isso,
afirmamos que tal ministério
é de grande relevância. Priorizar a Educação Religiosa
em nossas Igrejas é priorizar
o ensino da Palavra de Deus,
ensino esse que tem que ser
verdadeiro no meio do Seu
povo, pois “Toda Escritura é
inspirada por Deus e útil para
o ensino, para a repreensão,
para a correção e para a educação na justiça” (II Tm 3.16).
Nossa gratidão aos idealizadores, aos participantes,
aos preletores, e que este
encontro seja o primeiro de
um novo tempo que se multiplicará em muitos outros encontros. Que o Eterno Mestre
nos capacite e nos ajude a
servi-lO sempre e melhor.
Primeira Igreja Batista de Bauru - SP
completa 96 anos
Adriana Salgado, jornalista,
líder de jovens da Primeira
Igreja Batista de Bauru – SP
D
esde de 07 de
março de 1920,
quando os membros fundadores
celebraram o primeiro culto,
a Primeira Igreja Batista de
Bauru - SP vem marcando
a história de sua região e
também do povo Batista. A
princípio, formada por 24
membros, hoje a Igreja já
conta com mais 500 irmãos
em sua membresia, sob a
liderança do pastor Jeferson
Cristianini.
Além desses irmãos, que
fazem parte da atual história,
muitos outros já passaram
pela PIB contribuindo de
alguma forma para o crescimento da Igreja, que no mês
de março completou seus 96
anos. Conhecida pelo trabalho evangelístico na região e
pela organização de novas
Igrejas, a PIB de Bauru tem
permanecido perseverante
em seu propósito de proclamar o Evangelho.
Por isso, as celebrações
do aniversário não poderiam deixar de ser marcadas pela alegria, gratidão e
entrega de vidas ao Senhor
Jesus. Na abertura das celebrações, o pastor Jarbas
Antônio Valetim, pastor
missionário itinerante da
Convenção Batista do estado de São Paulo, trouxe
mensagens que refletiram
sobre uma Igreja que vive a
sombra da cruz. Para completar a festa, os irmãos do
Quarteto Sonância estive-
ram presentes entoando louvores de entrega e gratidão.
No final de semana seguinte, toda a Igreja esteve
em festa comemorando a
profissão de fé e a celebração do batismo de 16 novos
irmãos, resultado do intenso trabalho de anúncio do
Evangelho e do investimento
em vidas. E para encerrar as
festividades, o pastor Nelson
Nunes de Lima esteve presente trazendo a mensagem,
junto com o Conjunto de
Flautas e Violões da Igreja Batista Nova Esperança.
Além disso, outros cinco irmãos do Projeto Cristolândia
estiveram entregando suas
vidas e descendo as águas
do batismo.
Muitos são os motivos de
gratidão ao Senhor ao longo
desses 96 anos de história.
A PIB propõe-se a ser uma
Igreja viva, que proclama a
Glória do Deus Vivo e quer
continuar trabalhando para a
expansão do Evangelho. Para
conhecer a PIB de Bauru e os
trabalhos realizados, acesse:
fb.com/pibbauru
o jornal batista – domingo, 10/04/16
missões mundiais
11
Duas décadas levando
esperança ao Caribe
Willy Rangel – Redação de
Missões Mundiais
E
m 2016, Missões
Mundiais completa
20 anos de atuação
oficial em uma ilha
no Caribe fechada ao Evangelho; o trabalho começou
com o envio de sustento a 17
missionários da terra. Porém,
essa história teve início muito
antes de 1996.
Nesta ilha, existem duas
Convenções Batistas, a denominada Ocidental, apoiada pela Convenção do sul
dos Estados Unidos até que
um evento político inviabilizou a parceria, e a Oriental,
apoiada pelos americanos
do norte.
No anos 1970, em uma reunião da Aliança Batista Mundial, o então presidente da
Convenção Ocidental encontrou o pastor Nilson Fanini, na
época presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB),
e lhe fez um apelo para que
os Batistas brasileiros, através
de Missões Mundiais, visitassem seu país. O pastor Fanini
transmitiu o apelo ao então
diretor executivo da JMM,
pastor Waldemiro Tymchak,
que apenas em 1992 fez sua
primeira tentativa de viagem
à ilha com um grupo de pastores brasileiros. Porém, eles
tiveram seus pedidos de visto
negados.
Dois anos depois, em
1994, a Convenção da ilha
deu entrada em outro pedido
de visto para que um grupo
de pastores visitasse as Igrejas
do país, e apenas em 1995
foi autorizada a visita de 26
pastores.
O pastor Antonio Galvão,
mais antigo missionário da
JMM em atividade, liderou
a caravana ao lado do pastor
Helio Lima, então presidente
de Missões Mundiais, cargo
que hoje não existe mais.
“Como resultado, em uma
semana tivemos mais de 350
decisões por Cristo e centenas de consagrações e reconciliações de pessoas que, por
causa da revolução na ilha,
tinham deixado a Igreja”,
conta o pastor Galvão, nomeado missionário da JMM
em 1972.
A visita à ilha foi aproveitada para negociar com o
governo, que interfere inclusive no direito a culto dos
cidadãos da ilha, a autorização de envio de missionários
brasileiros, o que foi negado
enfaticamente, segundo o
pastor Galvão, mas que seria
possível ajudar pastores locais, o que aconteceu no ano
seguinte, 1996, com o envio
de sustento de 17 obreiros
nacionais, sendo 12 na convenção ocidental e cinco na
oriental.
“Ali elaboramos o convênio e o assinamos com o
presidente de cada convenção, que passou a vigorar
a partir de março daquele
mesmo ano”, lembra o pastor
Galvão.
Pastor da primeira caravana à ilha durante visita a um lar em 1995
Uma realidade que vem
mudando há 20 anos
Em 1995, ano da primeira
visita da JMM à ilha, havia
145 Igrejas e quase nenhuma casa-culto em quatro
províncias no oeste do país.
Havia também cerca de 50
pastores para atender essas igrejas, ou seja, alguns
pastoreavam de três a cinco
Igrejas.
No leste, eram 157 Igrejas
e apenas 60 pastores para
atendê-las. Algumas casas-culto funcionavam sem
autorização do governo, porém a visão missionária dessa região era mais apurada,
segundo o pastor Galvão.
A situação dos templos era
precária, muitos sem janelas
e mobiliário, pois não havia
recursos financeiros nem
autorização do governo para
reformas.
“A alimentação era muito
precária, o povo não tinha
acesso à carne bovina há
anos; esta era apenas para
turistas nos hotéis. Quando
tinha carne de frango ou suína, o povo não tinha dinheiro
para comprar, por isso fomos
orientados a levar ajuda para
a família que nos hospedaria para que ela pudesse ter
uma alimentação melhor e
adquiri-la em local onde o
governo comercializava em
moeda americana”, relata o
pastor Galvão.
A permissão do governo
da ilha para enviar ajuda
aos missionários da terra em
acordo com as duas convenções permitiu também o
repasse de recursos para as
Igrejas dos obreiros de forma
que pudessem comprar cadeiras, bancos, fazer reformas
quando encontrassem mate-
rial e até bicicletas para que
o pastor melhor atendesse às
comunidades.
“O que nos impressionou
foi descobrir que vários desses obreiros repartiam o sustento que mandávamos com
um ou dois outros obreiros
que não tinham sustento”,
destaca o pastor Galvão.
A rigidez do regime na ilha
influenciava demais no avanço do Evangelho.
“Em todas as reuniões, havia ‘espias do governo’, só
que os pastores locais não
sabiam quem eram. Não se
podia abordar pessoas na
rua, só podíamos falar dentro
das casas-culto e nem sequer
entregar folhetos, pois se
fôssemos pegos, seríamos enviados de volta no primeiro
voo. Ou seja, naquele tempo,
o trabalho estava confinado
dentro das casas”, resume.
“Hoje a situação é totalmente diferente, pois o governo tem permitido pouco
a pouco uma abertura e autorização a imigração de seus
cidadãos para outros países,
e estes ajudam suas famílias
com o envio de recursos”,
conta.
Atualmente, Missões Mundiais mantém mais de 200
missionários nesta ilha do
Caribe e, em 2015, quase
duas décadas depois que pastores brasileiros pisaram pela
primeira na ilha, foi enviado
o casal Augusto e Kenya, brasileiros, que apoiam a capacitação dos obreiros nacionais.
Caminhando com refugiados
Cláudio Elivan –
Coordenador do
Voluntários Sem Fronteiras
da JMM
A
Bíblia está repleta
de exemplos sobre
como devem ser
tratados os refugiados, aqueles que fogem
de sua terra por conta de
guerras e que, perseguidos,
temem morrer em virtude
de sua escolha religiosa,
posição política ou simplesmente por estar em meio
ao fogo cruzado. A própria
família de Jesus, quando ele
ainda era uma criança, teve
que sair como refugiada para
o Egito (Mateus 2.13-21).
Fico pasmo ao ver “seguidores de Jesus” fazendo
declarações sem nenhum
amor com relação a estas
pessoas – precisamos lembrar que são pessoas, não
Maioria dos povos refugiados está concentrada no Oriente Médio
são “muçulmanos”, não são
“terroristas”, não são “oportunistas”.
Em uma das viagens pelo
programa Voluntários Sem
Fronteiras, ouvi a fala de um
jovem refugiado que disse:
“Estamos apenas em busca
de um lugar onde ninguém
nos machuque, onde ninguém nos humilhe, onde
ninguém nos mate”. Estas
pessoas estão em busca de
tão pouco, e nós, que temos
tanto, temos feito menos
ainda por eles.
Estive em alguns campos
de refugiados no Oriente
Médio, visitei as tendas de
sírios que estão vivendo em
situação miserável. Suas
crianças agora trabalham,
e não conseguem vagas nas
escolas, não têm acesso ao
sistema público de saúde.
Estive com um pastor em
um dos países com maior
concentração de refugiados
no mundo. Ele contava que
ainda criança aprendeu a
odiar seus inimigos sírios,
aos 15 anos aprendeu a assassiná-los, vingando todos
os males que lhes haviam
feito. Depois de crescer e
se tornar pastor, sua Igreja orava constantemente
para que Deus os vingasse,
levando o mal aos sírios.
Hoje, Deus trabalhou tanto
no seu coração e da sua
comunidade de fé que sua
Igreja se tornou um local de
socorro para seus antigos
inimigos. Muçulmanos ou
cristãos, não importa qual
seja a religião, eles agora
os veem como pessoas e os
amam por meio de ações.
Ao invés de vingança, levam amor a eles. Muitos,
vendo este amor, estão entregando suas vidas a Cristo. Que obra incrível que o
Espírito Santo faz!
Como diz em Provérbios
31.8, “Erga a voz em favor
dos que não podem se defender”. Encontre maneiras
de defender o direito destas
pessoas, interceda, doe e
faça parte de grupos de Missões Mundiais, que é uma
das organizações sérias que
estão trabalhando para que
o Evangelho chegue até eles
de maneira integral, dando-lhes abrigo, comida, atendimento médico, educação e
salvação. Não fique parado
apenas olhando as notícias,
faça parte da mudança!
12
o jornal batista – domingo, 10/04/16
o jornal batista – domingo, 10/04/16
ponto de vista
13
Não abandone
a Igreja!
Paulo Francis Jr.,
colaborador de OJB
U
m náufrago foi
encontrado dez
anos depois em
uma pequena
ilha. Quando o capitão do
navio de resgate chegou ao
local, notou que havia três
cabanas de bambu cobertas
com folhas de coqueiro.
“Por que três cabanas? Você
não ficou aqui sozinho por
dez anos?”, perguntou o
capitão. “Sim, fiquei”, respondeu o náufrago. E completou: “Aquela primeira
cabana é a minha casa e,
aquela segunda, é a minha
Igreja”. “E o que é aquela
terceira cabana ali adiante?”,
insistiu o capitão. O magro e
barbudo homem, com olhar
de desprezo respondeu: “É a
minha ex-Igreja”.
Tenho um profundo respeito por cada cidadão de
Presidente Venceslau e região. Não quero interferir
em crença de ninguém. No
entanto, a minha preocupação transcende estas linhas.
Sinceramente: O que está
acontecendo com o Brasil?
Que tipo de gente tem conduzido esta Nação? Que
podridão sem fim é essa?
Quem consegue ficar tranquilo quando vê o futuro
sendo destruído? Que esgoto
é esse? Tenho a convicção
de que muitos leitores deste
Jornal, além de seus muitos
outros desejos particulares,
fizeram o compromisso ao
final do ano de 2015 de
também dar maior atenção à
vida espiritual em 2016. Isso
significa estar mais próximo
do Criador. Nada que te
possa acontecer, até mesmo
um acidente gravíssimo, o
levará mais perto do Mestre
do que quando você estiver
dentro de um templo, orando e ouvindo a sua Palavra.
As pessoas têm mil sugestões
para resolver a desgraça em
que o país entrou. Ninguém
quer admitir o óbvio: Isso
ocorre pelo desprezo das
coisas divinas. E a mão de
um Deus justo é pesada.
Nosso crescimento só
ocorrerá quando houver um
confronto com a verdade. A
mensagem de hoje é esta:
Tornamo-nos o povo que
tem a obrigação de enganar
uns aos outros. Passar o outro
para trás. Assim, optamos
sempre por frequentar a Igreja na qual nos sentimos bem
e chegamos aonde chegamos. Religião boa é aquela
que coloca o dedo na nossa
ferida. A instrução do Mestre
é para que “repudiemos a
nós mesmos”. De crentes nos
transformamos em “clientes”
das Igrejas e queremos sempre um sermão rápido e indolor, bem ao “estilo miojo”. A
verdade, não, machuca.
O Brasil ruma para o caos
pelo abandono das Igrejas.
Veja o que eu ouvi em uma
pregação: “O último censo populacional revelou a
existência de cerca de 27,2
milhões de evangélicos. Se
ex-irmãos que foram evangelizados realmente permanecessem nas Igrejas
brasileiras, esse montante
seria de aproximadamente
70 milhões de crentes. Antes de ser vista como uma
‘ameaça’, a desistência do
Evangelho desse enorme
contingente deve ser compreendida por líderes de
todo o Brasil como um sinal
de alerta de que algo não vai
bem”. Já o escritor Ronald
Eyre afirmou: “Você não
pode encontrar o conhecimento, reorganizando sua
ignorância”. Em um sermão
que ouvi do pastor Josemar
Bessa, houve um esclarecimento importante sobre isso:
“Você nunca vai encontrar
a santidade reorganizando
o pecado da sociedade”. E
o que nós temos visto? Ainda que possa ser chocante,
penso, sinceramente, que
há grupos empenhados no
fim das Igrejas. Será possível isso? Infelizmente, aos
poucos estão querendo imputar às Igrejas as mazelas
do mundo.
Mas, prestem atenção! Há
um alerta mais grave nisso:
Quem não dá atenção ao Espírito de Deus, dá atenção a
Satanás. As divergências, as
brigas, os assassinatos, tanto
entre os poderosos como entre as pessoas comuns nesta
Nação, têm uma origem clara: Ninguém mais quer ouvir
o que o Criador tem a dizer.
O brasileiro caminha a passos largos com ira, rancores,
falsidades e desobediências
para o naufrágio. Como já
afirmei aqui, de outra parte
o governo se tornou literalmente inimigo da população
e está aplicando ipsis litteris,
uma lei de que poucos se
dão conta: “Eu concordo que
o povo passe fome, desde
que trabalhe”. Assim, já há
pessoas vivendo até sem
energia elétrica em casa.
Estando na Igreja, ouvindo
a Palavra de Deus já está
dificílimo, imagine sem. A
minha esperança, felizmente, vai além do que estamos
vendo. A tempestade que
passamos agora é terrível.
A pior de todas! Já há quem
diga sobre uma recuperação em 20 ou 30 anos. O
que podemos fazer é não
abandonar o barco. As águas
repletas de tubarões estão
invadindo a embarcação.
Estamos sendo açoitados por
ondas e ondas de políticos
corruptos, mas isso vai passar. O governo de Brasília é
interino. O governo de Deus
é perene. Eu creio! O Criador sempre levanta alguém
para consertar o que está
errado. Precisamos orar, e
é na Igreja, de joelhos! Fora
dela, jamais virá a bonança.
14
o jornal batista – domingo, 10/04/16
ponto de vista
Por que sou cristão?
E
ssa é uma pergunta
que nos leva a uma
profunda reflexão.
Tem-se, hoje em dia,
uma percepção muito rasa
do significado de ser cristão.
Ser cristão é uma questão,
primariamente, de novo nascimento (João 3.1-8; Colossenses 3.1-4). Ninguém pode
ser cristão a não ser pela via
da regeneração, da mudança
do coração, da mudança de
natureza. O cristão é alguém
que estava morto e reviveu,
estava perdido e foi achado.
O cristão recebeu a natureza
de Cristo. Houve uma reconciliação promovida pelo
Senhor como o Autor da
nossa redenção (II Coríntios
5.18-20). Por isso, ser cristão é estar em Cristo como
nova criatura, pois as coisas
velhas já passaram e tudo se
fez novo (II Coríntios 5.17).
O cristão anda em novidade
de vida. Deixou para trás a
velha vida, escrava, perdida
e iníqua.
A natureza do cristão está
visceralmente ligada à Obra
de Cristo na cruz e na ressurreição. Jesus morreu para
a nossa justificação e, por
isso, temos paz com Deus
(Efésios 5.1-2). Ser cristão
não é simplesmente uma
escolha religiosa, mas uma
profunda experiência com
Cristo, identificando-se com
Ele na Sua morte e na Sua
ressurreição. À semelhança
de Paulo, aquele que está em
Cristo está disposto a sofrer
todas as implicações da sua
experiência de forma vívida.
Para Paulo, o viver é Cristo e
o morrer é lucro (Filipenses
1.21). O Senhor Jesus salvou
Paulo por graça e misericórdia. Todo o mérito foi do
Redentor.
A razão de ser cristão é o
fato incontestável de Cristo
estar na vida fazendo toda a
diferença. O autentico cristianismo é Cristo em nós, a
esperança da glória (Colossenses 1.27). É o fato histórico e também doutrinal da
nossa crucificação, morte e
ressurreição com Ele (Gálatas 2.20; Romanos 6.1-11).
Há um comprometimento
da pessoa que está em Cristo com todas as implicações
dessa experiência histórica
e teológica. Por esta razão,
Jesus ensinou que os que
estão nEle são perseguidos,
humilhados e maltratados,
mas que devem se alegrar
porque é grande o seu galardão nos céus (Mateus
5.11-12).
Ser cristão é possuir a suficiência de Cristo Jesus. A sua
vida é Cristo. O seu maior
prazer é Cristo Jesus. Ele
aprendeu a viver contente
em toda e qualquer situação
(Filipenses 4.10-20). Está contido no contentamento de
Cristo. Tem prazer em viver
os ensinos do seu Redentor
em todo o tempo. É ser sal da
terra e luz do mundo, cumprindo responsavelmente a
missão que o Mestre deixou
(Mateus 5.13-16). O cristão
está engajado no cumprimento da Grande Comissão
(Mateus 28.18-20). O seu
único interesse é glorificar
o Pai obedecendo a Cristo.
O advogado cristão norte-americano Horatio Gates
Spafford, após perder suas
filhas em um naufrágio no
Mar do Norte, compôs o
Hino 398 do Cantor Cristão,
testemunhando como sua
convicção: “Sou feliz com
Jesus, meu Senhor”.
É somente pela Graça de
Deus que a pessoa é tornada cristã, nascida de novo
e regenerada. Vivendo pela
fé, ela obra em todo o tempo (Efésios 2.8-10). A sua fé
produz obras maravilhosas
que honram o seu Salvador.
A Graça de Deus é operante
em sua vida tornando-a santa
em todo o seu procedimento.
Há uma mudança radical
na sua cosmovisão. Não é
possível, é uma incoerência,
o cristão não ser relevante
neste mundo. Ele não ama o
mundo como sistema, mas
ama as pessoas que estão no
mundo e deseja vê-las transformadas (I João 2.15-17). O
autêntico cristão tem prazer
na adoração ao Senhor, no
aprendizado da Sua Palavra,
na comunhão dos santos e
no testemunho fidedigno do
evangelho. Está comprometido com o serviço ao próximo. Como Jesus, anda por
toda a parte fazendo o bem
(Atos 10.38). Por que sou
cristão? Por causa de Cristo,
o único Redentor. Graças a
Deus pelo Seu dom inefável
em Cristo Jesus (II Coríntios
9.15).
Por que seguir a Cristo?
Juvenal Mariano de Oliveira
Netto, colaborador de OJB
M
uitas pessoas
já ouviram falar
acerca de Jesus
Cristo e do plano de Deus para salvar a
humanidade, entretanto, a
reação de grande parte destas
pessoas ao serem arguidas se
querem entregar-se a Ele, é
“não”. As pessoas têm uma
ideia muito equivocada em
relação ao cristianismo, pois
veem como algo muito laborioso. Pensam sempre no que
terão que deixar e nunca no
que conquistarão. Eis alguns
motivos, dentre os milhares existentes, pelos quais o
homem deve se render totalmente a Cristo.
1) - Toda a raça humana
possui no seu DNA a necessidade de uma divindade,
de um ser superior para se
relacionar e adorar. O grande problema é que muitos
buscam a um deus errado,
inexistente. O apóstolo João
começa a falar sobre Jesus
em seu livro, dando ênfase
que Ele não é qualquer um,
afirmando o seguinte: “No
princípio (Ele) era o Verbo,
e o Verbo estava com Deus,
e o Verbo era Deus” (Jo 1.1).
Jesus é o único Deus digno de ser adorado. João, ao
utilizar a palavra “Verbo”,
queria mostrar para toda a
humanidade que Jesus tinha,
tem e sempre terá o poder
da “Palavra” - logos no grego
-, quando ele fala todas as
coisas terão que se submeter
a sua autoridade e somente
um Deus com “D” maiúsculo
possui tal atributo (Mateus
8.27; 28.18).
2) - Só Ele pode oferecer
ao homem a verdadeira paz
(Isaías 9.6; João 14.27). A
paz que o mundo oferece é
momentânea e baseada em
eventualidades, não obstante, a paz que Ele oferece
independe de circunstâncias, ou seja, poderei dizer
como Davi: “Ainda que eu
ande pelo vale da sombra
da morte, não temerei mal
algum, pois Ele está comigo”
(Sl 23.4).
3) - Só Ele pode, definitivamente, oferecer o amor
perfeito. O seu amor é incondicional, prova disso
é o relato feito por Lucas
em seu Evangelho, de um
ladrão que estava sendo
crucificado ao lado de Cristo; que se arrependera nos
últimos momentos de vida
e Jesus o amou, perdoando
os seus pecados e lhe concedendo o direito de estar
com Ele no paraíso (Lucas
23.39-43). O apóstolo Paulo
diz que Jesus provou esse
amor (Ágape no grego) para
com toda a humanidade,
quando se ofereceu para
morrer na cruz em resgate
dos pecadores redimidos
(Romanos 5.8).
4) - Ele jamais deixará os
seus seguidores sozinhos,
garantiu que estaria com eles
todos os dias até a consumação dos séculos, sempre
presente em toda e qualquer
situação (Mateus 28.20), por
isso o profeta o chamou de
Emanuel, o Deus conosco
(Isaías 7.14).
5) - Prometeu que não permitiria que fossem tentados
além daquilo que poderiam
suportar, ou seja, a vitória,
com Ele, estaria sempre garantida (I Coríntios 10.13).
6) - Prometeu que sempre
renovaria as suas forças e o
seu ânimo a fim de poderem
cumprir com a sua missão
(Mateus 11. 28-30).
7) - Afirmou que transformaria toda a tristeza em
alegria, quis dizer com isso
que, apesar dos momentos
de pranto e de dor que, porventura, viessem a ter que
passar neste mundo, no final
de tudo, Ele enxugaria dos
seus olhos toda a lágrima
para sempre (João 16.20;
Apocalipse 21.4).
8) - Garantiu fidelidade a
todos o que nEle creem, ainda que em algum momento
se tornassem infiéis para com
Ele (II Timóteo 2.13). Com
isso, Ele está afirmando que
as suas mãos sempre estariam
estendidas para reerguê-los
quando tropeçarem e caírem,
sempre disposto a lhes conceder uma segunda chance.
9) - Empenhou a sua palavra em que todo aquele que
O buscasse, jamais O desprezaria ou O lançaria fora
(João 6.37).
10) - Curou muitos enfermos e fez muitos milagres,
sempre dando ênfase que a
fé e a perseverança destas
pessoas teriam sido cruciais
para que Ele atendesse as
suas súplicas (João 11.40;
Hebreus 11.6; Mateus 9.22;
Lucas 18.42).
11) - Somente através dEle
o homem pode ser reconciliado com Deus (João 3.18,
14.6; I Timóteo 2.5; II Coríntios 5.18-19), ter todos
os seus pecados cancelados
(Colossenses 2.13-14) e a
oportunidade de ter os seus
nomes escritos no Livro da
Vida, que é a garantia de
estarem com Ele nos céus
(Apocalipse 22.14). Paulo,
se referindo aos cristãos, afirma que nenhum sofrimento
do mundo presente poderia
ser comparado com a glória
que haveria de ser revelada
a cada um deles (Romanos
8.18).
É bem verdade que o cristão nunca receberá um atestado de imunidade ao sofrimento, à dor, ou receberá
um tratamento diferenciado
das demais pessoas por estarem com Ele, mas tem a
garantia de que, assim como
Ele sofreu, morreu, mais ao
terceiro dia ressuscitou, todo
aquele que crer nele também ressuscitará com Ele no
último dia (I Coríntios 15).
Portanto, quero afirmar com
toda a convicção do mundo:
“Vale a pena ser um seguidor
de Cristo”.
o jornal batista – domingo, 10/04/16
ponto de vista
OBSERVATÓRIO BATISTA
15
LOURENÇO STELIO REGA
N
Estudos sobre a Igreja III –
Como deve funcionar a Igreja?
ão é nossa intenção repetir o que
poderá facilmente
ser estudado em
compêndios de Eclesiologia
(Parte da Teologia que estuda a doutrina da Igreja), mas
abordar o assunto dentro de
uma perspectiva mais prática
e assim torná-la assimilável.
Eu chamaria essa abordagem
de “Eclesiologia Funcional”.
Já pudemos observar que
a Igreja, além de organismo,
tem um caráter “organizacional”, que a própria ideia
da metáfora de Corpo de
Cristo sugere. Ela precisa
ser gerida, administrada, há
nela diversas áreas de atuação. Mas como a Igreja deve
ser administrada? Só alguns
poucos deverão trabalhar na
Igreja? Existe grau de importância nos diversos trabalhos
da Igreja?
No artigo anterior procurei
demonstrar que a Igreja existe para cumprir a missão que
Deus para ela deu (“missio
Dei”), ao que chamei de missão integral ampla, para não
confundirmos com o movimento da Teologia da Missão
Integral (TMI), que focaliza
mais o lado sócio-político da
missão da Igreja. Essa Missão
Integral Ampla nos presenteia
com uma visão “tridimensional”, de modo a demonstrar
que a Igreja possui diversos ministérios ou esferas de
ação.
Esses diversos ministérios
aparecem muito cedo, tanto
em Jerusalém quanto no desenrolar dos primeiros passos
da Igreja em sua expansão,
principalmente entre os gentios, aqui temos o que podemos chamar de dons de serviços (Para não confundirmos
com dons de sinais, que no
futuro vamos tratar).
Segundo o livro de Atos
(Atos 6.1-12) os 12 eram
assistidos pelos sete a fim de
que pudessem se consagrar
à oração e à ministração da
Palavra, enquanto aqueles se
encarregariam da assistência
social da Igreja.
Em Jerusalém (Atos 11.30),
temos também a existência
de presbíteros, mesmo antes
de Paulo apresentar as suas
qualificações a Tito e a Timóteo. Neste trecho de Atos,
os apóstolos nem são mencionados, talvez por estarem
fora em viagem missionária,
e assim a liderança da Igreja
ficaria sob o comando dos
presbíteros.
É interessante notar aqui
dois fatos. (1) Não há um
só presbítero na liderança
da Igreja local no NT, mas
presbíteros, indicando descentralização de poder. (2)
Os “presbíteros” de Éfeso
(Atos 20.28) são chamados
de “bispos” e se continuarmos analisando o texto também encontraremos aqui a
ideia da função “pastoral”.
O que poderemos concluir
disso é que presbítero, bispo e pastor são três palavras
que descrevem três facetas
diferentes de uma só atividade.
“Presbítero” era o ancião
e dá a ideia de alguém com
experiência na vida. “Bispo”,
do grego “epíscopos”, que
significa superintendente,
gerente, indicando o aspecto
administrativo. “Pastor” é alguém que cuida de ovelhas,
indicando o cuidado pastoral
pelo desenvolvimento dos
crentes.
Na Igreja do Primeiro Século já é possível notar a existência de líderes e liderados
e o texto chave que indica
esse fato é Efésios 4.11-16:
“E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas,
e outros como evangelistas,
e outros como pastores e
mestres, tendo em vista o
aperfeiçoamento dos santos,
para a obra do ministério,
para a edificação do corpo de
Cristo” (Ef 4.11-16).
Para que, então, deve existir o apóstolo, o profeta, o
evangelista, o pastor-mestre
(Um só dom, na forma grega)? A partir do versículo 12
encontramos a resposta:
Para o aperfeiçoamento
(No grego katartismos: preparo, equipamento, conserto
de redes, tornar algo no que
deve ser) dos santos;
Para que os santos, depois
de devidamente preparados,
possam desempenhar seu
serviço;
E, assim, ocorra a edificação da Igreja.
E os liderados, quem são?
Paulo, em Romanos 12.6-8,
menciona representativamente alguns deles: “Ministério”
(gr. diakonia, que é a tarefa
do diácono ou de qualquer
outra pessoa que executa serviços na Igreja, não ligados
diretamente à Palavra, à oração), “ensino”, “exortação”
(aconselhamento), “exercício
da misericórdia” (assistência
social), etc.
Já falamos da missão “holística” (integral ampla) da
Igreja, e aqui poderemos
dar um caráter prático a isto
se relacionarmos as diversas
tarefas da igreja à sua própria
missão e assim poderemos
ilustrar essa integração ministérios/dons de serviços/
missão com a seguinte figura:
tua o seu próprio crescimento
para edificação de si mesmo
em amor” (Ef 4.15-16).
Não podemos deixar de
mencionar que, infelizmente,
temos caído na desventura
de achar que só devemos
trabalhar na Igreja se formos
eleitos para algum cargo.
“Esse ano vou descansar, não
quero ser eleito”, é o chavão.
Não há prática mais desagregadora que essa. Todos
os crentes são chamados para
exercer funções específicas
dentro da Igreja por meio dos
dons de serviços que Deus
lhes concede (I Co 12.11).
Alguns são escolhidos para
liderar, mas isso não significa
que os outros sem o dom de
liderar deverão, em um berço
esplêndido, apenas contemplar as atividades da Igreja
sem qualquer comprometimento. Talvez por isso é que
o domingo, dia do descanso,
tem se tornado um dia de
cansaço para muitos crentes
que, sentindo a importância
Veja na cor verde como
os dons de serviços que temos no Novo Testamento
se encaixam perfeitamente,
dando oportunidades para
que cada crente desempenhe
o seu ministério de modo
que se cumpra o que está em
Efésios 4.15-16: “Cresçamos
em tudo naquele que é a
cabeça, Cristo, do qual todo
corpo inteiro bem ajustado, e
ligado pelo auxílio de todas
as juntas, segundo a justa
operação de cada parte, efe-
e necessidade da Obra de
Deus, se empenham com
afinco no trabalho tendo de
fazer a sua parte e a de outro
que não quer se comprometer. Até quando isso ocorrerá
em muitas Igrejas?!
Outro aspecto preocupante
é o conceito de distinção
entre “clero” e “leigos” que
muito temos feito ao crermos, ainda que inconscientemente, que nós pastores
somos mais importantes que
nossas ovelhas. No NT não
há essa distinção que queremos fazer. Podemos estar na
liderança do povo de Deus,
mas isso não nos faz melhores. Aliás, a palavra “leigo”
vem do grego “laikos” (Que
vem de “laos”, povo) que significa “Alguém do povo”. Se
a Igreja é o “Povo de Deus” (I
Pe 2.9,10), todos nós somos
leigos, isto é, pertencentes ao
povo de Deus.
Sobre isso é bom citarmos
Ray C. Stedman, em seu Livro “A Igreja – Corpo Vivo
de Cristo” (p. 79, 80):
“... Veio uma transferência
gradativa de responsabilidade do povo para o que foi
denominado de clero... O
conceito bíblico de que todo
crente é um sacerdote diante de Deus foi se perdendo
aos poucos, surgindo um
corpo especial de supercristãos que eram procurados
praticamente para todos os
fins e assim acabou sendo
chamado de ministério (ou o
pastorado). Agora, Efésios 4
deixa bem claro que todos os
cristãos estão nos ministérios.
A tarefa própria dos quatro
ministérios de apoio que examinamos é treinar, motivar e
servir de suporte às pessoas
no trabalho do seu próprio
ministério. Quando o ministério foi, portanto, relegado
aos profissionais, não sobrou
nada para as pessoas fazerem
a não ser vir à igreja e ficar
escutando. Dizia-se-lhes que
era sua responsabilidade trazer o mundo para dentro do
edifício da igreja, a fim de ouvir o pastor pregar o evangelho. Em breve o cristianismo
se tornou nada mais, nada
menos do que um esporte de
espectadores, muito parecido
com o futebol: 22 homens em
campo, desesperadamente
precisando de descanso, e 20
mil nas arquibancadas, desesperadamente precisando de
exercício!”.
Para concluir, como sua
Igreja tem concebido a sua
missão, a sua finalidade em
existir, cada membro conhece os dons de serviços que
Deus tem lhes dado e os tem
exercido?
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