DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS G QUINTA-FEIRA, 9 DE MARÇO DE 2017 5 Terra Santa Agro S.A. Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2016 (anteriormente denominada Vanguarda Agro S.A.) Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma CNPJ/MF 05.799.312/0001-20 Relatório da Administração Mensagem da Administração: No final de 2015 e início de 2016, as condições climáticas para a safra 2015/16 apontavam para um cenário difícil. A forte seca causada pelo evento climático El Niño no Mato Grosso e na região do “Mapitoba” e o excesso de chuvas no Centro-Oeste na época da colheita da 1ª safra, bem como o encerramento prematuro das chuvas nas culturas de 2ª safra, causaram perdas expressivas para as empresas produtoras de grãos e fibras. Na Terra Santa Agro não foi diferente. Conforme descrito nos Releases dos Resultados do 2T16 e 3T16, a ocorrência desse fenômeno, impactou negativamente a cultura da soja, bem como prejudicou as produtividades da 2ª safra do algodão e do milho, conforme descrito abaixo. • Soja: o excesso de chuvas durante o mês de janeiro e março em algumas regiões do estado do Mato Grosso prejudicou a colheita da cultura, refletindo na queda de produtividade, que totalizou 3.084 kg/ha (51,4 scs/ha). Na Bahia, também houve queda de produtividade devido ao déficit hídrico na época da colheita e desenvolvimento da cultura. A produtividade média final da Companhia foi de 3.002 kg/ha (50,0 scs/ha). • Algodão (2ª safra): (i) o estresse hídrico, ocorrido nos meses de abril e maio; (ii) as altas temperaturas, que aceleraram o ciclo da cultura, afetando a formação das maçãs; e (iii) a ocorrência de chuvas de forma não uniforme, com índices entre 80 a 216 mm no mês de agosto, impactaram diretamente a produtividade da lavoura, cuja produtividade média foi 3.519 kg/ha (234,6 @/ha); • Milho (2ª safra): a irregularidade das chuvas no estado do Mato Grosso, causou impacto negativo na produtividade da cultura, que registrou média de 6.060 kg/ha (101,0 scs/ha). Não obstante as quedas de produtividades verificadas, é importante ressaltar que estas foram superiores às médias para o estado do Mato Grosso, conforme apresentado no gráfico abaixo, o que demonstra que as medidas operacionais adotadas desde 2013 colocam a Terra Santa em outro patamar dentro os produtores agrícolas, onde devemos buscar ser sempre comparativamente melhores que nossos vizinhos (que sofre com o mesmo microclima) e que a média do estado. SOJA 49,8 46,3 51,9 54,4 52,9 51,4 59,5 54,6 49,0 47,5 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17E MT - CONAB Terra Santa MT MILHO 121,0 103,0 96,0 101,5 106,9 91,6 118,7 101,0 94,6 66,7 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17E MT - CONAB Terra Santa MT 751.170 Fluxo de Amortização (R$ mil) 131.897 88.249 128.401 109.982 64.874 226.702 275,8 ALGODÃO 239,0 234,3 lavoura, os quais sofreram com mesmo microclima que a Terra Santa. Atribuímos essa diferença ao respeito às janelas de plantio, o escalonamento da colheita, a um manejo bem feito e à correção de solo. Entretanto, mesmo com as adversidades acima mencionadas, registramos um EBITDA Ajustado de R$ 53,0 milhões em 2016, 99,6% superior ao valor de 2015, que foi de R$ 26,5 milhões. É importante ressaltar, em 2016, a geração de caixa operacional de R$ 69,1 milhões, quando comparado à geração de caixa operacional de R$ 86,1 milhões em 2015. No que diz respeito ao endividamento da Companhia, vale observar que, tanto a dívida líquida em reais quanto a dívida convertida em dólares apresentaram reduções, em relação a 2015, de 21,6% e 6,1%, respectivamente. Conforme mencionado nos relatórios anteriores, a administração trabalhou, ao longo de 2016, conjuntamente com as instituições financeiras para o alongamento do prazo de pagamento de seus financiamentos para a adequação do fluxo de caixa financeiro ao fluxo de geração de caixa operacional. Considerando a conclusão da reestruturação da dívida da Companhia, aproximadamente 80% das dívidas da Companhia estão no longo prazo, situação inversa à 2015, quando 89% estavam no curto prazo. Apresentamos abaixo gráfico demonstrando o fluxo de amortização com a conclusão do processo. 263,3 266,4 264,8 274,1 244,2 234,6 1.065 Dívida Geral 199,1 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17E MT - CONAB (consolidado) Terra Santa MT Calculando as perdas estimadas de produtividade pelo preço médio realizado nas culturas, ajustadas pelas despesas de venda (impostos, fretes, etc.), estimamos que o impacto desse fenômeno climático foi de aproximadamente R$ 72,0 milhões no ano safra 2015/16, que afetou o resultado de 2016 desde a linha de receita líquida. Por mais danoso que seja, ainda foi muito melhor do que o potencial de perda, quando comparamos as perdas de safras de diversos vizinhos de 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 Ainda no que tange a parte financeira da Companhia, foi criada e aprovada pelo Conselho de Administração da Companhia, uma Política de Gestão de Riscos, cujo objetivo é proteger o caixa da Companhia diante de suas exposições em commodities e câmbio. Por esta política, foi criado um Comitê de Riscos, que, em reuniões quinzenais, analisa as exposições da Companhia e as formas de mitigação a serem usadas. Não podemos deixar de mencionar que a safra 2016/17, que impactará os resultados financeiros de 2017, está muito bem encaminhada. A soja encontra-se em fase final de colheita e, apesar das chuvas que dificultaram a colheita, temos como expectativa final de produtividade 3.570 kg/ha (59,5 scs/ha), 5,7% acima da meta inicial da Companhia e 9,0% acima da média prevista para o estado do Mato Balanços Patrimoniais Em milhares de reais Ativo Circulante Caixa e equivalentes de caixa Títulos e valores mobiliários Contas a receber de clientes Títulos a receber Estoques Ativos biológicos Partes relacionadas Tributos a recuperar Despesas antecipadas Outros ativos Grosso (considerando média do estado conforme divulgada no 5º Levantamento da Safra da Conab, em fevereiro de 2017). O plantio de algodão de 2ª safra foi concluído dentro da janela ideal e apresenta bom desenvolvimento. O plantio de milho foi concluído com 95% da área inicialmente planejada devido ao término do período agronomicamente adequado. Os resultados operacionais demonstram otimismo em relação ao ano de 2017 e vão ao encontro da “Visão” definida pela Companhia que é “Ser até 2020 a melhor empresa de produção agrícola e de desenvolvimento de terras do Brasil”. Para nós, melhor não significa ser a maior, mas sim a mais eficiente operacionalmente e mais eficiente em custo. Os resultados operacionais apresentados nas últimas duas safras demonstram que estamos no caminho correto e estamos confiantes de que, em 2017, o desempenho operacional verificado nos últimos anos seja refletido nos resultados financeiros da Companhia. Serviços de Auditoria Independente: A empresa PricewaterhouseCopers foi contratada, em 2012, pela Companhia para a prestação de serviços de auditoria externa relacionados aos exames das demonstrações financeiras da Companhia. Em atendimento à Instrução CVM nº 381/03, informamos que essa empresa de auditoria, prestou serviços de assessoria tributária. Por esses serviços, foi realizado o pagamento de R$ 95 mil (valor bruto, com impostos). As informações não contábeis, assim como outras informações operacionais, não foram revisadas pelos auditores independentes. Relatório do Comitê de Auditoria: Relatório do Comitê de Auditoria e Gestão de Risco: O Comitê de Auditoria e Gestão de Risco da Terra Santa Agro S.A., no cumprimento de suas atribuições, baseia-se, para suas análises e avaliações, em informações recebidas da Administração, da Auditoria Interna, dos Auditores Externos e dos executivos responsáveis pela gestão de riscos e pelos controles internos nos diversos segmentos da Organização. O Comitê de Auditoria e Gestão de Risco tem como principais responsabilidades: (i) Supervisionar os processos de controles internos e de gerenciamento de riscos inerentes às atividades da Companhia e de suas controladas, bem como os trabalhos desenvolvidos pelas Auditorias Interna e Externa e (ii) Avaliar a qualidade e integridade das demonstrações financeiras. No decorrer do ano de 2016, o Comitê de Auditoria e Gestão de Risco reuniu-se em 4 (quatro) ocasiões, apresentando ao Conselho de Administração da Companhia suas ponderações e recomendações e em reunião realizada em 7 de março de 2017, foram discutidas e analisadas as demonstrações financeiras de 31/12/2016. Conclusão: O Comitê de Auditoria e Gestão de Risco, com base nas informações recebidas e nas atividades desenvolvidas no período, ponderadas devidamente suas responsabilidades e as limitações decorrentes do escopo de sua atuação e considerando o Relatório elaborado pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, entende que as demonstrações contábeis individuais e consolidadas em 31/12/2016 foram elaboradas em conformidade com as práticas adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), e recomenda sua aprovação pelo Conselho de Administração. São Paulo/SP, 7 de Março de 2017 Marcos Reinaldo Severino Peters Carlos Augusto R. de Athayde F. Marcelo Lambrecht Presidente e Membro Membro Efetivo Membro Efetivo Demonstrações do Resultado - Exercícios Findos em 31 de Dezembro Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Controladora 2016 2015 Consolidado 2016 2015 4 1.768 4.232 5 6 7 8 11 9 210 3.602 160.712 195.161 2.379 16.451 597 1.250 382.130 210 382.340 Nota Ativos não circulantes mantidos para venda Não circulante Títulos a receber Tributos a recuperar Tributos diferidos Partes relacionadas Depósitos judiciais Outros ativos Investimentos Imobilizado Intangível 6 9 10 11 19 12 13 14 Total do ativo 8.818 26.485 148.063 14.332 2.563 751 201.012 1.206.046 259.906 1.364 1.668.328 2.050.668 24.240 5.005 51.481 20.962 239.443 217.937 2.061 16.126 808 1.664 579.727 5.164 9.070 205.930 195.161 2.379 17.549 3.438 1.860 444.783 210 444.993 579.727 36.269 50.460 179.855 19.020 2.394 4.833 292.831 1.181.911 303.273 1.876 1.779.891 2.359.618 25.414 5.005 15.917 34.333 300.232 217.937 2.061 19.317 6.028 2.056 628.300 36.269 65.724 184.102 16.655 7.300 4.833 314.883 1.114.547 284.496 1.657.094 2.102.087 1.163.842 289.374 1.768.099 2.396.399 15 16 11 17 21 18 Não circulante Fornecedores Empréstimos e financiamentos Tributos parcelados Títulos a pagar Tributos diferidos Dívida com a União - PESA Provisão para contingências Provisão para perdas em investimentos 628.300 24.385 59.208 151.532 14.276 7.880 770 258.051 Nota Passivo e patrimônio líquido Circulante Salários e contribuições sociais Fornecedores Tributos a recolher Empréstimos e financiamentos Partes relacionadas Adiantamentos de clientes Tributos parcelados Instrumentos financeiros derivativos Arrendamentos e serviços a pagar Dívida com a União - PESA Títulos a pagar 15 16 10 18 19 11 Total do passivo Patrimônio líquido Capital Reservas de capital Ajuste de avaliação patrimonial Prejuízos acumulados Total do patrimônio líquido Total do passivo e do patrimônio líquido Controladora 2016 2015 10.271 174.163 5.955 131.897 2.840 64.714 1.251 5.907 15.453 3.236 6.443 422.130 8.117 170.131 5.520 872.094 4.821 96.177 2.088 39.802 3.075 4.555 1.206.380 2.067 619.273 4.898 448 504 106.042 2.978 19.795 1.443 650.902 1.073.032 4.387 18.856 1.246 131.199 1.337.579 164 Consolidado 2016 2015 11.274 177.245 8.707 131.897 8.840 174.946 7.008 872.094 102.143 2.075 5.907 15.453 3.236 6.850 464.787 121.750 1.291 2.088 39.802 3.075 5.507 1.236.401 2.090 619.273 5.256 2.061 8.211 2.978 19.795 504 106.042 933 731 6.506 4.387 18.856 659.664 1.124.451 137.959 1.374.360 20 2.707.502 2.108 (69.706) (1.662.268) 977.636 2.050.668 2.707.502 2.708 (173.183) (1.514.988) 1.022.039 2.359.618 2.707.502 2.108 (69.706) (1.662.268) 977.636 2.102.087 2.707.502 2.708 (173.183) (1.514.988) 1.022.039 2.396.399 Receita líquida de vendas Variação do valor justo dos ativos biológicos e produtos agrícolas Realização do valor justo dos ativos biológicos Custo dos produtos vendidos Lucro (prejuízo) bruto Receitas (despesas) operacionais Despesas gerais, administrativas e com vendas Honorários da administração Resultado de equivalência patrimonial Provisão para perdas em investimentos Impairment de ativos e gastos com desmobilização Outras receitas (despesas), líquidas Prejuízo operacional Resultado financeiro Receitas financeiras Despesas financeiras Variações cambiais, líquidas Nota 23 Controladora 2016 2015 658.390 769.210 24 24 24 120.540 (114.792) (704.394) (40.256) 85.605 (68.830) (785.563) 422 109.020 (124.691) (716.263) 1.321 77.960 (39.353) (841.201) 50.573 24 22 12 12 1.5 24 (47.989) (5.705) 10.012 (197) (5.056) (25.435) (74.370) (114.626) (68.118) (6.542) 18.910 (82) (54.894) (3.288) (114.014) (113.592) (73.252) (5.705) (79.798) (6.542) (5.323) (30.579) (114.859) (113.538) (54.894) 19.057 (122.177) (71.604) 41.742 (135.024) 41.293 (51.989) 48.387 (112.538) (38.131) (102.282) 42.575 (133.570) 40.407 (50.588) 54.962 (118.737) (63.056) (126.831) (166.615) (215.874) (164.126) (198.435) (6) 16.054 (148.078) (148.078) (359) 37.294 (161.500) (161.500) 25 Prejuízo antes do imposto de renda e da contribuição social Imposto de renda e contribuição social Corrente 10(b) Diferido 10(b) Prejuízo do exercício Prejuízo do exercício atribuível aos acionistas da Companhia Prejuízo básico e diluído por ação 27 18.537 (148.078) (148.078) (8,2660) 54.374 (161.500) (161.500) (0,4147) Demonstração do Resultado Abrangente - Exercícios Findos em 31 de Dezembro (Em milhares de reais) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (Em milhares de reais) Capital Capital social 2.674.991 20 (a) 53.362 Nota Em 1º de janeiro de 2015 Integralização de capital Prejuízo do exercício Variação cambial de hedge de fluxo de caixa, líquida dos impostos Efeitos com plano de opções de ações reconhecidos no exercício Em 31 de dezembro de 2015 Em 1º de janeiro de 2016 Prejuízo do exercício Variação cambial de hedge de fluxo de caixa, líquida dos impostos Efeitos com plano de opções de ações reconhecidos no exercício Em 31 de dezembro de 2016 Gastos com Reservas emissão de ações de capital (20.851) 2.986 Ajuste de Prejuízos avaliação patrimonial acumulados (56.453) (1.354.228) (161.500) 20 (c) 28 (116.730) 2.728.353 2.728.353 (20.851) (20.851) (278) 2.708 2.708 (20.851) (600) 2.108 20 (c) 28 (173.183) (173.183) 740 (1.514.988) (1.514.988) (148.078) 103.477 2.728.353 (69.706) 798 (1.662.268) Total do patrimônio líquido 1.246.445 53.362 (161.500) (116.730) 462 1.022.039 1.022.039 (148.078) 103.477 198 977.636 Demonstrações do Valor Adicionado - Exercícios Findos em 31 de Dezembro (Em milhares de reais) Controladora 2016 2015 Receitas Vendas de mercadorias e produtos Outras receitas PEPRO - Prêmio equalizador pago ao produtor Abatimentos e devolução de vendas Perdas estimadas em créditos de liquidação duvidosa Valor justo dos ativos biológicos e produtos agrícolas Insumos adquiridos de terceiros Matérias-primas consumidas Realização do valor justo dos ativos biológicos Materiais, energia, serviços de terceiros e outros Perdas estimadas em estoques Impairment de ativos e gastos com desmobilização Outras despesas 733.091 909.203 10.219 9.419 441 1.245 (1.896) (3.179) (21.791) (533) 120.540 85.605 840.604 1.001.760 Consolidado 2016 2015 798.218 985.839 11.514 24.174 441 10.262 (1.920) (3.485) (21.791) (533) 109.020 77.960 895.482 1.094.217 (273.369) (293.649) (273.369) (313.538) (114.792) (68.830) (124.691) (39.353) (364.458) (389.021) (344.476) (393.498) (155) 381 (155) 381 (5.056) (54.894) (5.323) (54.894) (22.195) (26.023) (29.631) (27.273) (780.025) (832.036) (777.645) (828.175) 60.579 169.724 117.837 266.042 (26.705) (43.017) (41.210) (55.363) 33.874 126.707 76.627 210.679 Valor adicionado bruto Depreciação e amortização Valor adicionado líquido gerado pela Companhia Valor adicionado recebido em transferência Resultado de equivalência patrimonial 10.012 18.910 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras Provisão para perdas em investimentos Receitas financeiras Valor adicionado total a distribuir Distribuição do valor adicionado Pessoal: Remuneração direta Benefícios FGTS Impostos, taxas e contribuições: Federais Estaduais Municipais Diferidos Remuneração de capitais de terceiros: Juros e variações cambiais Multas Aluguéis e arrendamentos Remuneração de capitais próprios: Prejuízo do exercício Valor adicionado distribuído Controladora 2016 2015 (197) (82) 41.742 48.387 85.431 193.922 Consolidado 2016 2015 42.575 54.962 119.202 265.641 52.197 1.288 3.910 84.194 1.253 6.660 90.235 100.231 1.334 1.299 7.010 7.980 36.712 7.223 88 (18.537) 30.566 10.925 142 (54.374) 23.422 33.477 10.782 12.255 117 217 (16.054) (37.294) 118.097 1.155 31.376 245.214 756 30.086 117.204 275.203 1.854 1.755 31.376 32.018 (148.078) (161.500) (148.078) (161.500) 85.431 193.922 119.202 265.641 Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2016 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 1. Informações gerais 1.1 Atividades operacionais: A Terra Santa Agro S.A., nova denominação da Vanguarda Agro S.A. (“Companhia” ou “Terra Santa Agro”), foi constituída em 18 de julho de 2003, sob a denominação de Brasil Biodiesel Comércio e Indústria de Óleos Vegetais Ltda., como uma sociedade por quotas de responsabilidade limitada, tendo atualmente sede na Praça General Gentil Falcão, 108 - cj 81, Brooklin Novo, São Paulo - SP. Em 9 de novembro de 2006, por meio do OFÍCIO/CVM/SEP/RIC/nº 046/2006, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) concedeu à Companhia o registro de “Companhia Aberta”, possibilitando a negociação de ações ordinárias de sua emissão no mercado de bolsa de valores. Em 28 de outubro de 2016, foi aprovado em Assembleia Geral Extraordinária, por unanimidade dos acionistas presentes, a alteração da denominação social da Companhia para Terra Santa Agro S.A., em homenagem a uma de suas fazendas localizada no norte do Estado de Mato Grosso. Essa alteração tem por objetivo registrar o novo ciclo que se inicia após a conclusão do “turnaround” operacional iniciado em 2013 e da reestruturação da dívida bancária. A Companhia manterá a identidade organizacional criada e desenvolvida ao longo dos últimos 3 anos, a qual tem como objetivo principal alcançar a excelência operacional na produção de grãos e fibras e no desenvolvimento de terras. A Companhia explora atividades agrícolas, com destaque para as culturas de soja, milho e algodão. Também participa no capital de outras empresas, cujas atividades consistem basicamente em: • cultivo de produtos agrícolas e sua comercialização; • comercialização de insumos agropecuários; • beneficiamento do algodão em caroço, próprio e de terceiros; • prestação de serviços de armazenagem de insumos e produtos agrícolas; • prestação de serviços de preparo de solo e colheita com máquinas agrícolas. Essas atividades são exploradas em terras próprias, arrendadas de terceiros e sob regime de parceria agrícola com as partes relacionadas Vanguarda do Brasil S.A. e Maeda S.A. Agroindustrial. 1.2 Situação econômica e financeira da Companhia: (a) Reestruturação financeira: Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia e suas controladas apresentaram capital circulante líquido negativo de R$ 19.794, substancialmente representado por dívidas de curto prazo com passivos bancários e com fornecedores, nos montantes de R$ 131.897 e R$ 177.254, respectivamente. Essas obrigações são mais representativas no balanço patrimonial da Companhia e suas controladas nos últimos meses de cada exercício, quando há a necessidade de maior volume de capital de giro disponível, uma vez que é o período que elas possuem compromissos a liquidar da safra anterior, e necessitam de recursos para o plantio da safra seguinte. A situação financeira atual já considera o êxito obtido pela Companhia na renegociação das suas dívidas bancárias concluída em novembro de 2016, e que resultou no alongamento de parte das dívidas bancárias reclassificando do passivo circulante para o passivo de longo prazo, o montante de R$ 592.371. Ainda, como resultado dessa renegociação, a administração repactuou o prazo de pagamento para, aproximadamente, 80% do passivo bancário da Companhia, que passou a ter prazo médio de pagamento do principal superior a 5 anos, considerando período de carência variável de 2 a 5 anos para amortização. Os custos financeiros da operação estão mencionados na Nota 16. A administração considera que o fluxo financeiro renegociado está adequado à expectativa de geração de caixa operacional da Companhia para os próximos anos, sendo esse um passo fundamental para o equacionamento de sua estrutura de capital, criando condições para focar no seu desenvolvimento e fortalecimento operacional e financeiro. Não obstante o êxito obtido nessas renegociações, a Companhia mantem o monitoramento contínuo de seu fluxo de caixa operacional, buscando alternativas para a captação de novos recursos que são necessários para o financiamento de suas operações nos próximos 12 meses. Nesse contexto, a administração da Companhia vem trabalhando com a negociação de prazos para o pagamento de fornecedores, captação de recursos em linhas de crédito oferecidas por instituições financeiras que não fizeram parte da renegociação citada anteriormente, operações de barter e outros mecanismos financeiros oferecidos pelo mercado, com o objetivo de cumprir com suas obrigações no curto prazo. Nesse cenário, a Companhia já obteve êxito na renegociação das obrigações com fornecedores (Nota 15), para as quais haviam pagamentos em atraso, com vistas a assegurar a manutenção das relações comerciais para o financiamento da safra 2016/2017. Adicionalmente, considerando o sucesso obtido na renegociação de seus passivos bancários, o montante das linhas de crédito e de outras fontes de captação que estão à disposição da administração, bem como o estágio e o bom andamento das negociações já iniciadas com fornecedores, além do êxito já obtido em renegociações com fornecedores e bancos nos últimos anos e a consistência de seu plano de negócio, levam a administração a ter plena confiança na capacidade da Companhia em operacionalizar seus planos para o financiamento de suas operações e manutenção de sua continuidade operacional. Nesse contexto, todavia, considerando que seus planos futuros podem não se concretizar, a administração pode avaliar, ainda, a possibilidade de contar com recursos financeiros de seus acionistas ou de terceiros para suprir eventuais necessidades de caixa. (b) Resultado operacional e expectativas futuras: O resultado da Companhia na safra 2015/2016 foi impactado, de forma significativa, pela queda de produtividades das culturas de soja, algodão e milho, em função dos efeitos climáticos do fenômeno El Niño, sentidos de forma ampla em todo o setor. Tal fenômeno ocasionou falta de chuvas em períodos críticos de formação de grãos e fibra no decorrer do ano safra e fez com que a Companhia obtivesse, em relação ao seu plano inicial de produção, queda de produtividades de soja, algodão e milho (segunda safra e alternativo) na ordem de 9,8%, 6% e 19,4%, respectivamente. Importante salientar que o ano safra 2015/2016 foi um ano difícil para o setor agrícola, pois, além das adversidades climáticas ocasionadas pelo El Niño, as receitas também foram afetadas pela apreciação de 16,5% do Real frente ao Dólar durante o ano, o que fez com que as receitas atreladas ao dólar (a maior parte das receitas da Companhia) sofressem com esta apreciação. As projeções de resultado e geração de caixa mostram que as medidas que estão sendo adotadas ao longo dos últimos anos: (i) maiores investimentos em correção e perfil de solos; (ii) devolução de arrendamentos em áreas e regiões com baixo potencial de geração de resultado; (iii) austeridade em custos e despesas operacionais; (iv) investimento nas melhores tecnologias disponíveis no mercado (sementes, fertilizantes e defensivos agrícolas); e (v) reforço da cultura organizacional e capacitação de pessoas, estão fazendo com que a Companhia consiga, em anos bons, produzir melhor do que a média, e em anos ruins, como este que se encerrou, consiga perder menos que a média dos demais produtores. Essa estimativa já pode ser confirmada se observarmos a produtividade obtida até o momento na safra de soja 2016/2017, que iniciou a sua colheita nos últimos dias de dezembro e, até a data destas demonstrações financeiras tem apresentado produtividade acima de nossas projeções iniciais e em linha com as áreas de maior produtividade nas regiões de nossas lavouras. Por esses motivos, a administração acredita que os fatores ocorridos na safra 2015/2016 não são recorrentes e que, nas próximas safras, a Companhia possa alcançar os níveis adequados de produtividade em todas as culturas que planta e consiga gerar resultados e caixa para fazer frente aos compromissos operacionais e financeiros assumidos. 1.3 Arrendamentos - encerramento das operações no Estado da Bahia: Neste exercício, a Companhia firmou termos de encerramento antecipado dos contratos de arrendamentos, equivalentes a, aproximadamente, 12,1 mil hectares localizados no Estado da Bahia. Esta decisão faz parte da estratégia da Companhia, com foco na produtividade/rentabilidade da operação e no perfil de risco, e priorizando áreas com melhor histórico climático, aumentando sua lucratividade e otimizando a utilização do seu capital de giro empregado. Com isso, a Administração reconheceu contabilmente a baixa por impairment dos ativos relacionados a essas áreas de arrendamento devolvidas, no montante de R$ 4.081 (Nota 1.5), e encerra suas avaliações quanto a devoluções de arrendamentos e entende que as áreas que se encontram no portfólio da Companhia atendem aos critérios de produtividade e rentabilidade previstos em seu plano de negócios. 1.4 Núcleo Santa Clara: O Núcleo de Produção Santa Clara consistia em um projeto da Brasil Ecodiesel Indústria e Comércio de Biocombustíveis e Óleos Vegetais S.A. (antiga denominação da Terra Santa Agro S.A.) para produção de mamona no sul do Piauí. Nesse projeto, o Instituto de Terras do Piauí doou para Enguia Gen PI Ltda. (empresa não pertencente ao Grupo) uma área de 17,9 mil hectares para o desenvolvimento de um projeto completo, envolvendo a construção de casas, lavouras, escola, posto médico e toda infraestrutura para que aproximadamente 600 famílias selecionadas produzissem mamona. No instrumento de doação ficou acordado que após 10 (dez) anos de parceria rural haveria a doação dessas áreas de terras aos parceiros. A Buriti Agrícola Ltda., controlada integral da Companhia, ficou responsável pelo projeto, que envolvia além de toda a infraestrutura, material para o plantio, adiantamentos de safra no valor de R$ 164 reais por família mensalmente e parte da produção seria dividida em uma proporção 80% (parceiro) e 20% (empresa). Além disso, a controlada se comprometeria a comprar 80% da produção de mamona destes parceiros. Com o desenvolvimento do projeto e amparado em estudos da Embrapa, a produção de mamona naquela região do Piauí mostrou-se inviável para prosseguimento do projeto. Paralelamente, a controlada Buriti Agrícola Ltda. manteve suas obrigações, liberando os agricultores de produzir mamona. Com isso, a controlada protocolou pedido de devolução da área ao Governo do Piauí, para que o Estado efetivasse as transferências das terras aos parceiros, sendo aceito pela Procuradoria do Estado do Piauí. Em 15 de junho de 2016, foi firmada escritura pública entre a Enguia Gen PI Ltda. e o Instituto de Terras do Piauí confirmando a reversão da doação sem ônus contratuais à controlada, porém, sem ressarcimento dos investimentos efetuados na área. Em razão da reversão da doação, a controlada reconheceu contabilmente a baixa por impairment dos ativos vinculados a essa operação no montante total de R$ 267. 1.5 Impairment de ativos e gastos com desmobilização: Em razão do processo de devolução de áreas iniciada em 2015, a Companhia reconheceu a baixa de ativos, apresentada na linha de Impairment de ativos e gastos com desmobilização, cuja natureza é como segue: Bahia Áreas devolvidas (i) Núcleo Santa Clara (ii) Total Ágio alocado a contratos (348) (348) Multas contratuais (622) (622) Investimento em ativo fixo (25) (422) (447) Investimentos em solo (781) (781) Resultado com ativos fixos mantidos para venda (655) (438) 155 (938) Liquidação de obrigações com estoques (225) (225) Créditos tributários de ICMS (165) (165) Gastos com desmobilização (1.260) (537) (1.797) (4.081) (975) (267) (5.323) (i) Refere-se substancialmente a gastos com rescisões de colaboradores, máquinas, entre outros a fim de operacionalizar a devolução de áreas nos estados de Mato Grosso e Piauí, ocorrida em 2015. (ii) O Núcleo Santa Clara estava vinculado com a operação da controlada Buriti Agrícola Ltda. Em 2015, a Companhia reconheceu contabilmente a baixa por impairment dos ativos relacionados a devolução e/ou subarrendamentos de contratos de arrendamentos, equivalentes a, aproximadamente, 40,5 mil hectares localizados nos Estados de Mato Grosso, Bahia e Piauí, no montante total de R$ 54.894, dos quais R$ 45.819 refere-se ao valor residual dos investimentos em solo e em infraestrutura realizados nessas áreas e, R$ 9.075 refere-se ao valor residual do intangível (mais-valia) apurado quando da aquisição dos referidos contratos de arrendamento (Notas 13 e 14). 2. Resumo das principais políticas contábeis As demonstrações financeiras foram preparadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e as normas internacionais de relatório financeiro (International Financial Reporting Standards (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Consolidado 2016 2015 733.255 853.167 Prejuízo do exercício Outros resultados abrangentes: Itens a serem posteriormente reclassificados para o resultado Variação cambial de hedge de fluxo de caixa Tributos diferidos sobre outros resultados abrangentes Outros componentes do resultado abrangente, líquido dos efeitos tributários Total do resultado abrangente do exercício, líquido dos efeitos tributários Controladora e consolidado 2016 2015 (148.078) (161.500) 156.783 (53.306) 103.477 (44.601) (176.864) 60.134 (116.730) (278.230) Demonstrações dos Fluxos de Caixa - Exercícios Findos em 31 de Dezembro (Em milhares de reais) Controladora Consolidado 2016 2015 2016 2015 Fluxo de caixa das atividades operacionais Prejuízo antes do imposto de renda e da contribuição social (166.615) (215.874) (164.126) (198.435) Ajustes para reconciliar o resultado do exercício com o caixa gerado pelas atividades operacionais: Variação do valor justo dos ativos biológicos e produto agrícola (120.540) (85.605) (109.020) (77.960) Realização do valor justo dos ativos biológicos 114.792 68.830 124.691 39.353 Depreciações e amortizações 26.705 43.017 41.210 55.363 Resultado na venda e baixas de bens do imobilizado 1.815 229 2.174 171 Resultado da equivalência patrimonial (10.012) (18.910) Provisão para perdas em investimentos 197 82 Despesas com planos de outorga de opções de compra de ações 198 462 198 462 Provisão para contingências 2.120 (14.452) 2.120 (14.452) Ganhos na adesão de parcelamentos tributários (232) Provisão das perdas estimadas para créditos de liquidação duvidosa 21.973 481 21.973 481 Provisão (reversão) das perdas estimadas em estoques 155 (381) 155 (381) Provisão dos créditos tributários ao valor recuperável 6.618 19.433 8.468 19.475 Créditos tributários extemporâneos tomados no exercício – (337) – (10.305) Impairment de ativos, incluindo ágio alocado a contratos 3.045 54.894 4.035 54.894 Ajuste a valor presente de ativos e passivos financeiros 5.684 3.755 6.584 6.669 Juros e variações cambiais, líquidos 82.394 193.954 79.161 209.032 Variação nos ativos e passivos: Contas a receber de clientes 51.111 (41.896) 10.178 (1.017) Títulos a receber 42.224 2.072 34.948 (8.260) Estoques 103.023 28.172 87.311 14.051 Ativos biológicos 12.761 43.235 14.822 45.768 Tributos a recuperar 5.995 (6.627) (12.435) (14.906) Despesas antecipadas 211 145 2.590 4.106 Outros ativos 4.496 144 4.259 (233) Depósitos judiciais (1.350) (1.055) (1.761) (1.456) Salários e contribuições sociais 2.153 (2.754) 2.434 (2.160) Fornecedores 7.161 32.124 6.426 (79.156) Tributos a recolher 8.329 7.746 10.807 1.917 Adiantamentos de clientes (31.729) 70.662 (18.513) 90.020 Tributos parcelados 6.149 (1.307) 4.994 (1.129) Arrendamentos e serviços a pagar (24.805) 6.937 (24.805) 6.937 Partes relacionadas (16.099) (47.562) – Títulos a pagar 1.551 (690) 2.051 826 Caixa gerado pelas atividades operacionais 139.710 138.924 140.929 139.443 Imposto de renda e contribuição social pagos – (6) (37) Juros pagos (75.889) (52.696) (75.889) (52.696) Instrumentos financeiros derivativos recebidos (pagos) - NDF 4.109 (557) 4.109 (557) Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais - a transportar 67.930 85.671 69.143 86.153 Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais - de transporte 67.930 85.671 69.143 86.153 Fluxo de caixa das atividades de investimento Aplicações financeiras 5.298 (4.263) 5.298 (4.263) Recebimento pela venda de ativo 5.522 1.355 5.691 1.355 Pagamento de terras – (1.000) – (1.000) Aquisição de imobilizado (10.813) (23.563) (10.905) (23.568) Aquisição de intangível (39) (610) (39) (610) Caixa gerado pelas (aplicado nas) atividades de investimento (32) (28.081) 45 (28.086) Fluxo de caixa das atividades de financiamento Aumento de capital – 53.362 – 53.362 Captações de empréstimos e financiamentos 131.724 262.235 131.724 262.235 Amortização de empréstimos e financiamentos (215.602) (474.369) (215.602) (474.369) Pagamentos de custos de captação (1.234) (10.179) (1.234) (10.179) Instrumentos financeiros derivativos pagos - Swap (5.258) (9.196) (5.258) (9.196) – (1.803) – (1.803) Pagamento de partes relacionadas, líquidos Caixa aplicado nas atividades de financiamento (90.370) (179.950) (90.370) (179.950) Redução do saldo de caixa e equivalentes de caixa, líquida (22.472) (122.360) (21.182) (121.883) Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 24.240 146.600 25.414 147.297 Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 1.768 24.240 4.232 25.414 Board (IASB)), e evidenciam todas as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras, e somente elas, as quais estão consistentes com as utilizadas pela administração na sua gestão. As principais políticas contábeis aplicadas na preparação dessas demonstrações financeiras estão definidas abaixo. Essas políticas foram aplicadas de modo consistente nos exercícios apresentados, salvo disposição em contrário. 2.1 Base de preparação: As demonstrações financeiras foram elaboradas com base no custo histórico, exceto pelo ativo biológico que está mensurado ao valor justo menos despesas com vendas e ativos e passivos financeiros (inclusive instrumentos derivativos) mensurados ao valor justo, conforme descrito nas práticas contábeis a seguir. A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da administração da Companhia no processo de aplicação das políticas contábeis do Grupo. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras, estão divulgadas na Nota 3. A Companhia e suas controladas operam no segmento agrícola e a administração considera como uma única unidade de negócio. As operações da Companhia são controladas, gerenciadas e monitoradas pela administração de forma integrada. Em 8 de março de 2017, foi autorizada pela administração da Companhia e pelo Conselho de Administração a emissão das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2016. (a) Demonstrações financeiras individuais: As demonstrações financeiras individuais da Controladora foram preparadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Pelo fato de que as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicadas nas demonstrações financeiras individuais, a partir de 2014, não diferem do IFRS aplicável às demonstrações financeiras separadas, uma vez que ele passou a permitir a aplicação do método de equivalência patrimonial em controladas, coligadas e joint ventures nas demonstrações separadas, elas também estão em conformidade com as normas internacionais de relatório financeiro (International Financial Reporting Standards (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB)). Essas demonstrações individuais são divulgadas em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas. (b) Demonstrações financeiras consolidadas: As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas e estão sendo apresentadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e conforme as normas internacionais de relatório financeiro (International Financial Reporting Standards (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB)). A apresentação da Demonstração do Valor Adicionado (DVA), individual e consolidada, é requerida pela legislação societária brasileira e pelas práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis a companhias abertas. As IFRS não requerem a apresentação dessa demonstração. Como consequência, pelas IFRS, essa demonstração está apresentada como informação suplementar, sem prejuízo do conjunto das demonstrações contábeis. QUINTA-FEIRA, 9 DE MARÇO DE 2017 G DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS 6 Terra Santa Agro S.A. (anteriormente denominada Vanguarda Agro S.A.) CNPJ/MF 05.799.312/0001-20 Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2016 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 2.2 Bases de consolidação e investimentos em controladas: As demonstrações financeiras consolidadas incluem as demonstrações financeiras da Companhia e de suas controladas. O controle é obtido quando a Companhia tem o poder de controlar as políticas financeiras e operacionais de uma entidade para auferir benefícios de suas atividades. Nas demonstrações financeiras individuais da Companhia as informações financeiras das controladas são reconhecidas através do método de equivalência patrimonial. Os resultados das controladas adquiridas são incluídas nas demonstrações consolidadas do resultado a partir da data da efetiva aquisição. As demonstrações financeiras das controladas são elaboradas para o mesmo período de divulgação que o da controladora, utilizando políticas contábeis consistentes com as adotadas pela Controladora. Todas as transações, saldos, receitas e despesas entre as empresas do grupo são eliminados integralmente nas demonstrações financeiras consolidadas. A Companhia possui investimentos até 31 de dezembro nas seguintes empresas controladas, as quais foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas: Percentual de participação no capital total e votante 2016 2015 Buriti Agrícola Ltda. 100,00 100,00 Cratéus Algodoeira S.A. 99,48 99,48 Ecotrans Transporte, Serviços e Locação de Equipamentos e Máquinas Ltda 99,98 99,98 Mocuri Agrícola Ltda 99,94 99,94 Vanguarda do Brasil S.A. 100,00 100,00 Maeda S.A. Agroendustrial 100,00 100,00 2.3 Conversão de moeda estrangeira: 2.3.1 Moeda funcional e de apresentação: Os itens incluídos nas demonstrações financeiras da Companhia e controladas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico no qual as companhias atuam (“moeda funcional”). As demonstrações financeiras individuais e consolidadas são apresentadas em reais, que é a moeda funcional da Companhia e de suas controladas. 2.3.2 Transações e saldos: Na elaboração das demonstrações financeiras da Companhia e de suas controladas, as transações em moeda estrangeira são registradas de acordo com as taxas de câmbio vigentes na data de cada transação. Os itens monetários em moeda estrangeira são reconvertidos pelas taxas vigentes no fim do exercício. Os itens não monetários registrados pelo valor justo apurado em moeda estrangeira são reconvertidos pelas taxas vigentes na data em que o valor justo foi determinado. Os itens não monetários que são mensurados pelo custo histórico em uma moeda estrangeira devem ser convertidos, utilizando a taxa vigente da data da transação. 2.4 Caixa e equivalentes de caixa: São representados por dinheiro em caixa, recursos em contas bancárias de livre movimentação e por aplicações financeiras cujos saldos não diferem significativamente dos valores de mercado, com resgate de até 90 dias da data da aplicação conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor, os quais são registrados pelos valores de custo acrescidos dos rendimentos auferidos até as datas dos balanços, que não excedem o seu valor de mercado ou de realização. 2.5 Instrumentos financeiros: 2.5.1 Ativos financeiros: Os ativos financeiros mantidos pela Companhia e suas controladas, quando aplicável, são classificados sob as seguintes categorias: (a) ativos financeiros mensurados a valor justo por meio de resultado; (b) disponíveis para venda; e (c) empréstimos e recebíveis. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos e passivos financeiros foram adquiridos ou contratados. (a) Ativos financeiros mensurados a valor justo por meio de resultado: Os ativos financeiros mensurados a valor justo por meio de resultado são ativos mantidos para negociação, quando adquiridos para esse fim, principalmente no curto prazo. Os instrumentos financeiros derivativos também são classificados nesta categoria, a menos que tenham sido designados como instrumentos de hedge (proteção) em uma contabilização de hedge. A metodologia para apuração do valor justo está descrito na Nota 21. (b) Disponíveis para venda: Quando aplicável, são incluídos nesta categoria os ativos financeiros não derivativos, como títulos e/ou ações cotadas em mercado ativo ou não cotadas em mercado ativo, mas que possam ter os valores justos estimados razoavelmente. (c) Empréstimos e recebíveis: São incluídos nesta classificação os ativos financeiros não derivativos, com pagamentos fixos ou determináveis que não são cotados em um mercado ativo. Os empréstimos e recebíveis são mensurados pelo valor do custo amortizado utilizando-se o método de juros efetivos, deduzidos de qualquer perda por redução do valor recuperável. A receita de juros é reconhecida através da aplicação da taxa de juros efetiva, exceto para créditos de curto prazo quando o reconhecimento de juros é imaterial. 2.5.2 Redução ao valor recuperável de ativos financeiros: Ativos financeiros, exceto aqueles designados ao valor justo por meio do resultado, são avaliados a cada data de balanço para identificação de eventual redução ao valor recuperável de ativos (impairment). São considerados deteriorados quando existem evidências de que um ou mais eventos tenham ocorrido após o reconhecimento inicial do ativo financeiro e que tenham impactado o fluxo estimado de caixa futuro do investimento. 2.5.3 Passivos financeiros: Os passivos financeiros da Companhia e de suas controladas são substancialmente representados por fornecedores e empréstimos e financiamentos. Estão demonstrados pelos valores de contratação, acrescidos dos encargos pactuados, que incluem juros e atualização monetária ou cambial incorrido e subsequentemente mensurados ao custo amortizado usando o método da taxa de juros efetiva. O método de juros efetivos é utilizado para calcular o custo amortizado de um passivo financeiro e alocar sua despesa de juros pelo respectivo período. 2.5.4 Instrumentos financeiros derivativos e atividades de hedge: Inicialmente, os derivativos são reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato de derivativos é celebrado e são, subsequentemente, remensurados ao seu valor justo. O método para reconhecer o ganho ou a perda resultante depende do fato do derivativo ser designado ou não como um instrumento de hedge nos casos de adoção da contabilidade de hedge (hedge accounting). Sendo este o caso, o método depende da natureza do item que está sendo protegido por hedge. A Companhia e suas controladas adotam a contabilidade de hedge (hedge accounting) e designa certos derivativos como hedge de um risco específico associado a um ativo ou passivo reconhecido ou uma operação prevista altamente provável (hedge de fluxo de caixa). A Companhia e suas controladas, no início da operação, avalia a relação entre os instrumentos de hedge e os itens protegidos por hedge, assim como os objetivos da gestão de risco e a estratégia para a realização de várias operações de hedge. Também documenta sua avaliação, tanto no início do hedge como de forma contínua, de que os derivativos usados nas operações de hedge são altamente eficazes na compensação de variações no valor justo ou nos fluxos de caixa dos itens protegidos por hedge. Os valores justos dos vários instrumentos derivativos usados para fins de hedge estão divulgados na Nota 21 (h), bem como as movimentações nos valores de hedge classificados na conta “Ajustes de avaliação patrimonial” no patrimônio líquido. O valor justo total de um derivativo de hedge é classificado como ativo ou passivo não circulante, quando o vencimento remanescente do item protegido por hedge for superior a 12 meses, e como ativo ou passivo circulante, quando o vencimento remanescente do item protegido por hedge for inferior a 12 meses. Os derivativos de negociação são classificados como ativo ou passivo circulante. (a) Hedge de fluxo de caixa: A parcela efetiva das variações no valor justo de derivativos designados e qualificados como hedge de fluxo de caixa é reconhecida no patrimônio líquido, na conta “Ajustes de avaliação patrimonial”. O ganho ou perda relacionado com a parcela não efetiva é imediatamente reconhecido na demonstração do resultado como “Resultado financeiro”. Os valores acumulados no patrimônio líquido são realizados na demonstração do resultado nos períodos em que o item protegido por hedge afetar o resultado (por exemplo, quando ocorrer a venda prevista que é protegida por hedge). O ganho ou perda relacionado com a parcela efetiva dos swaps de taxa de juros que protege os empréstimos com taxas variáveis é reconhecido na demonstração do resultado como “Despesas financeiras”. O ganho ou perda relacionado com a parcela não efetiva é reconhecido na demonstração do resultado em “Resultado financeiro”. Entretanto, quando a operação prevista protegida por hedge resultar no reconhecimento de um ativo não financeiro (por exemplo, estoques ou ativos fixos), os ganhos e as perdas previamente diferidos no patrimônio são transferidos do patrimônio e incluídos na mensuração inicial do custo do ativo. Os valores diferidos são, finalmente, reconhecidos no custo dos produtos vendidos, no caso dos estoques, ou na depreciação, no caso de bens do ativo imobilizado. Quando um instrumento de hedge vence ou é vendido, ou quando um hedge não atende mais aos critérios da contabilidade de hedge, todo ganho ou perda acumulado existente no patrimônio naquele momento permanece no patrimônio e é reconhecido no resultado quando a operação for reconhecida na demonstração do resultado. Quando não se espera mais que uma operação ocorra, o ganho ou a perda acumulado que havia sido apresentado no patrimônio é imediatamente transferido para a demonstração do resultado em “Resultado financeiro”. (b) Derivativos mensurados ao valor justo por meio do resultado: Certos instrumentos derivativos não se qualificam para a contabilização de hedge. As variações no valor justo de qualquer um desses instrumentos derivativos são reconhecidas imediatamente na demonstração do resultado em “Resultado financeiro”. 2.6 Contas a receber de clientes e títulos a receber: São demonstradas ao valor de realização, ajustados por provisão para perda constituída com base na avaliação da administração quanto a eventuais perdas na realização de contas a receber. Os montantes a receber de clientes são registrados com base nos valores nominais e não são ajustados a valor presente por apresentarem vencimento de curto prazo e por não apresentarem um efeito relevante nas demonstrações financeiras. Para os saldos de títulos a receber relativos à venda de imóveis e equipamentos o tratamento é semelhante, aplicando-se ainda, o ajuste a valor presente para as parcelas de longo prazo. 2.7 Estoques: Os estoques dos produtos agrícolas são avaliados pelo valor realizável líquido. A Companhia e suas controladas constituem provisão para redução ao valor líquido de realização dos estoques, quando necessário. Os demais estoques são avaliados pelo custo médio de aquisição ou produção, que não excede o valor líquido de realização. O custo dos estoques está baseado no princípio do custo médio e incluem gastos incorridos na aquisição e transportes. No caso de estoques de produtos acabados e estoques de produtos em elaboração, o custo inclui parte dos gastos gerais de fabricação, determinados com base na capacidade normal de operação. 2.8 Combinações de negócios: Nas demonstrações financeiras consolidadas, as aquisições de negócios são contabilizadas pelo método de aquisição. A contrapartida transferida em uma combinação de negócios é mensurada pelo valor justo, que é calculado pela soma dos valores justos dos ativos transferidos pela Companhia, dos passivos incorridos pela Companhia na data de aquisição para os antigos controladores da adquirida e das participações emitidas pela Companhia em troca do controle da adquirida. Os custos relacionados à aquisição são geralmente reconhecidos no resultado, quando incorridos. Os ativos adquiridos e os passivos assumidos identificáveis são reconhecidos pelo valor justo na data da aquisição, exceto por: • ativos ou passivos fiscais diferidos e ativos e passivos relacionados a acordos de benefícios com empregados que são reconhecidos e mensurados de acordo com a IAS 12 - “Impostos sobre a Renda” e IAS 19 “Benefícios aos Empregados” (equivalentes aos CPC 32 e CPC 33), respectivamente; • passivos ou instrumentos de patrimônio relacionados a acordos de pagamento baseado em ações da adquirida ou acordos de pagamento baseado em ações da Companhia celebrados em substituição aos acordos de pagamento baseado em ações da adquirida são mensurados de acordo com a IFRS 2 - “Pagamento Baseado em Ações” (equivalentes ao CPC 10) na data de aquisição; e • ativos classificados como mantidos para venda conforme a IFRS 5 - “Ativos Não Correntes Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas” (equivalente ao CPC 31) são mensurados conforme essa Norma. Demonstrações financeiras individuais: Nas demonstrações financeiras individuais, a Companhia aplica os requisitos da Interpretação Técnica ICPC 09, a qual requer que qualquer montante excedente ao custo de aquisição sobre a participação da Companhia no valor justo líquido dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis da adquirida na data de aquisição seja reconhecido como ágio. O ágio é acrescido ao valor contábil do investimento. Qualquer montante da participação da Companhia no valor justo líquido dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis que exceda o custo de aquisição, após a reavaliação, é imediatamente reconhecido no resultado. As contraprestações transferidas bem como o valor justo líquido dos ativos e passivos são mensurados utilizando-se os mesmos critérios aplicáveis as demonstrações financeiras consolidadas descritos anteriormente. 2.9 Imobilizado: Os bens do ativo imobilizado da Companhia e das suas controladas estão demonstrados ao custo de aquisição, deduzido da depreciação e amortização acumuladas e da provisão para baixa decorrente do teste de recuperação (impairment). São registrados como parte dos custos das imobilizações em andamento os honorários profissionais e, no caso de ativos qualificáveis, os custos de empréstimos capitalizados de acordo com a política contábil da Companhia. Tais imobilizações são classificadas nas categorias adequadas do imobilizado quando concluídas e prontas para o uso pretendido. A depreciação desses ativos inicia-se quando eles estão prontos para o uso pretendido na mesma base dos outros ativos imobilizados. A depreciação é reconhecida com base na vida útil estimada de cada ativo pelo método linear (Nota 13), de modo que o valor do custo menos o seu valor residual após sua vida útil seja integralmente baixado (exceto para terrenos e construções em andamento). A vida útil estimada, os valores residuais e os métodos de depreciação são revisados e ajustados, caso aplicável, ao final de cada exercício e o efeito de quaisquer mudanças nas estimativas é contabilizado prospectivamente. Quando aplicável, ocorrendo perda decorrente das situações em que o valor contábil do ativo ultrapasse seu valor recuperável, quaisquer ganhos ou perdas na baixa de um item do imobilizado são determinados pela diferença entre os valores recebidos na venda e o valor contábil do ativo e são reconhecidos no resultado. 2.10 Ágio: O ágio (goodwill) resultante de uma combinação de negócios é demonstrado ao custo na data da combinação do negócio, líquido da perda acumulada no valor recuperável, se houver. Para fins de teste de redução no valor recuperável, o ágio é alocado para cada uma das unidades geradoras de caixa que irão se beneficiar das sinergias da combinação. O ágio é submetido anualmente a teste de redução no valor recuperável, ou com maior frequência quando houver indicação de que poderá apresentar redução no seu valor recuperável. Qualquer perda por redução no valor recuperável de ágio é reconhecida diretamente no resultado do exercício. A perda por redução no valor recuperável não é revertida em períodos subsequentes. Quando da alienação da correspondente unidade geradora de caixa, o valor atribuível de ágio é incluído na apuração do lucro ou prejuízo da alienação. 2.11 Ativos intangíveis com vida útil definida: Ativos intangíveis, com vida útil definida, são registrados ao custo, deduzido da amortização e das perdas por redução ao valor recuperável acumulado. A amortização é reconhecida linearmente com base na vida útil estimada dos ativos. A vida útil estimada e o método de amortização são revisados no fim de cada exercício e o efeito de quaisquer mudanças nas estimativas é contabilizado prospectivamente. 2.12 Redução ao valor recuperável de ativos tangíveis e intangíveis, excluindo o ágio: No final de cada exercício, a Companhia e suas controladas, revisam o valor contábil de seus ativos tangíveis e intangíveis para determinar se há alguma evidência de perda não recuperável, ou, ainda, sempre que eventos ou alterações significativas nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperado. Quando aplicável, ocorrendo perda decorrente das situações em que o valor contábil do ativo ultrapasse seu valor recuperável, definido pelo maior valor entre o valor em uso do ativo e o valor líquido de venda do ativo, esta é reconhecida no resultado do exercício. 2.13 Ativos biológicos: Os ativos biológicos da Companhia e suas controladas correspondem, substancialmente, às culturas de algodão, soja e milho e são mensurados pelo valor justo menos as despesas de venda. As lavouras de algodão, soja e milho são culturas temporárias, nas quais o produto agrícola é colhido após um período de tempo que varia de 110 a 180 dias após a data de plantio, dependendo da cultura, variedade, localização geográfica e condições climáticas. Essas lavouras são cultivadas pela Companhia com o objetivo de colher e comercializar o produto agrícola correspondente. As premissas significativas utilizadas na determinação do valor justo desses ativos biológicos estão demonstradas na Nota 8. O valor justo dos ativos biológicos é determinado no seu reconhecimento inicial e na data-base das demonstrações financeiras. O ganho ou perda na variação do valor justo dos ativos biológicos é determinado pela diferença entre o valor justo e os custos incorridos com plantio e tratos culturais dos ativos biológicos até o momento da avaliação, deduzido das eventuais variações acumuladas do valor justo de períodos anteriores, quando aplicável (demonstrações intermediárias), sendo registrado no resultado do período na rubrica “Variação do valor justo dos ativos biológicos”. Em determinadas circunstâncias, a estimativa do valor justo menos as despesas de venda se aproxima do correspondente valor de custo de formação até aquele momento, especialmente quando uma pequena transformação biológica ocorre desde o momento inicial ou quando não se espera que o impacto dessa transformação sobre o preço seja material (basicamente no caso lavouras plantadas a poucos dias do encerramento das demonstrações financeiras ou culturas de ciclo curto) sendo que, nesses casos, os gastos incorridos podem permanecer avaliados ao custo. 2.14 Arrendamentos: Os arrendamentos nos quais uma parcela significativa dos riscos e benefícios da propriedade é retida pelo arrendador são classificados como arrendamentos operacionais. Os pagamentos efetuados para arrendamentos operacionais (líquidos de quaisquer incentivos recebidos do arrendador) são reconhecidos na demonstração do resultado pelo método linear, durante o período do arrendamento. 2.15 Provisões: As provisões são reconhecidas para obrigações presentes (legal ou presumida) resultante de eventos passados, em que seja possível estimar os valores de forma confiável e cuja liquidação seja provável. O valor reconhecido como provisão é a melhor estimativa das considerações requeridas para liquidar a obrigação no final de cada período de relatório, considerando-se os riscos e as incertezas relativas. Quando a provisão é mensurada com base nos fluxos de caixa estimados para liquidar a obrigação, seu valor contábil corresponde ao valor presente desses fluxos de caixa. Quando alguns ou todos os benefícios econômicos requeridos para a liquidação de uma provisão são esperados que sejam recuperados de um terceiro, um ativo é reconhecido se, e somente se, o reembolso for virtualmente certo e o valor puder ser mensurado de forma confiável. São constituídas para todas as contingências referentes a processos judiciais para os quais é provável que uma saída de recursos seja feita para liquidar a contingência/obrigação e uma estimativa razoável possa ser feita. A avaliação da probabilidade de perda inclui a avaliação das evidências disponíveis, a hierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões mais recentes nos tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem como a avaliação dos advogados externos. As provisões são revisadas e ajustadas para levar em conta alterações nas circunstâncias, tais como prazo de prescrição aplicável, conclusões de inspeções fiscais ou exposições adicionais identificadas com base em novos assuntos ou decisões de tribunais. 2.16 Acordos de pagamentos baseados em ações: O plano de remuneração baseado em ações é mensurado pelo valor justo dos instrumentos de patrimônio na data da outorga. Os detalhes a respeito dos acordos de pagamentos baseados em ações com executivos da Companhia estão descritos na Nota 28. A Companhia e suas controladas não possuem transações de pagamentos baseados em ações com fornecedores de serviços externos. 2.17 Imposto de renda e contribuição social: As despesas de imposto de renda e contribuição social do período compreendem os impostos corrente e diferido. Os impostos sobre a renda são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto na proporção em que estiverem relacionados com itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido ou no resultado abrangente. Nesse caso, o imposto também é reconhecido no patrimônio líquido ou no resultado abrangente. O encargo de imposto de renda e a contribuição social corrente e diferido é calculado com base nas leis tributárias promulgadas, ou substancialmente promulgadas, na data do balanço. A administração avalia, periodicamente, as posições assumidas pela Companhia e suas controladas nas apurações de impostos sobre a renda com relação às situações em que a regulamentação fiscal aplicável dá margem a interpretações; e estabelece provisões, quando apropriado, com base nos valores estimados de pagamento às autoridades fiscais. O imposto de renda e a contribuição social diferidos são reconhecidos usando-se o método do passivo sobre as diferenças temporárias decorrentes de diferenças entre as bases fiscais dos ativos e passivos e seus valores contábeis nas demonstrações financeiras. Entretanto, o imposto de renda e a contribuição social diferidos não são contabilizados se resultar do reconhecimento inicial de um ativo ou passivo em uma operação que não seja uma combinação de negócios, a qual, na época da transação, não afeta o resultado contábil, nem o lucro tributável (prejuízo fiscal). O imposto de renda e a contribuição social diferidos ativo são reconhecidos somente na proporção da probabilidade de que lucro tributável futuro esteja disponível e contra o qual as diferenças temporárias e os prejuízos fiscais possam ser usados. Os impostos de renda diferidos ativos e passivos são apresentados pelo líquido no balanço quando há o direito legal e a intenção de compensá-los quando da apuração dos tributos correntes, em geral relacionado com a mesma entidade legal e mesma autoridade fiscal. Dessa forma, impostos diferidos ativos e passivos em diferentes entidades, em geral são apresentados em separado, e não pelo líquido. 2.18 Outros passivos circulante e não circulante: Demonstrados pelos valores nominais conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias e/ou cambiais incorridos até as datas dos balanços patrimoniais. 2.19 Apuração do resultado e reconhecimento da receita: O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil de competência do exercício. A receita é mensurada pelo valor justo da contraprestação recebida ou a receber, deduzida de impostos, devoluções, descontos comerciais e/ou bonificações concedidos ao comprador e outras deduções similares, bem como das eliminações das vendas entre a Companhia e suas controladas. As receitas de vendas são reconhecidas na demonstração do resultado quando riscos significantes são transferidos ao comprador. Uma receita não é reconhecida se há incerteza significativa quanto à sua realização. Mais especificamente, a receita de venda de produtos é reconhecida quando os produtos são entregues e a titularidade legal é transferida. 2.20 Receitas e despesas financeiras: Representam juros e variações monetárias e cambiais decorrentes de adiantamentos de contratos de câmbio, aplicações financeiras, clientes, variação monetária e cambial ativa e passiva, e descontos obtidos de fornecedores pelo pagamento antecipado de duplicatas, conforme demonstrado na Nota 26. 2.21 Resultado por ação: Conforme a IAS 33 e o CPC 41 - “Resultado por Ação”, o lucro líquido (prejuízo) deve ser apresentado como básico e diluído (Nota 27). 2.22 Normas novas que ainda não estão em vigor: As seguintes novas normas foram emitidas pelo IASB mas não estão em vigor para o exercício de 2016. A adoção antecipada de normas, embora encorajada pelo IASB, não é permitida, no Brasil, pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). • IFRS 9/ CPC 48 - “Instrumentos Financeiros” aborda a classificação, a mensuração e o reconhecimento de ativos e passivos financeiros. A versão completa do IFRS 9 foi publicada em julho de 2014, com vigência para 1o de janeiro de 2018, e substitui a orientação no IAS 39/ CPC38, que diz respeito à classificação e à mensuração de instrumentos financeiros. As principais alterações que o IFRS 9 traz são: (i) novos critérios de classificação de ativos financeiros; (ii) novo modelo de impairment para ativos financeiros, híbrido de perdas esperadas e incorridas, em substituição ao modelo atual de perdas incorridas; e (iii) flexibilização das exigências para adoção da contabilidade de hedge. A Administração avaliou o novo pronunciamento e, considerando as suas transações atuais, não identificou mudanças que pudessem ter impacto relevante sobre as demonstrações financeiras da Companhia. • IFRS 15/ CPC 47 - “Receita de Contratos com Clientes” - Essa nova norma traz os princípios que uma entidade aplicará para determinar a mensuração da receita e quando ela é reconhecida. Essa norma baseia-se no princípio de que a receita é reconhecida quando o controle de um bem ou serviço é transferido a um cliente, assim, o princípio de controle substituirá o princípio de riscos e benefícios. Ela entra em vigor em 1o de janeiro de 2018 e substitui a IAS 11/ CPC 17 - “Contratos de Construção”, IAS 18/ CPC 30 - “Receitas” e correspondentes interpretações. A Administração avaliou essa nova norma e em sua opinião não deve ter efeito relevante em suas demonstrações financeiras, considerando a natureza de suas transações de venda, onde as obrigações de performance são claras e a transferência do controle dos bens e serviços não é complexa. • IFRS 16 - “Operações de Arrendamento Mercantil” - com essa nova norma, os arrendatários passam a ter que reconhecer o passivo dos pagamentos futuros e o direito de uso do ativo arrendado para praticamente todos os contratos de arrendamento mercantil, incluindo os operacionais, podendo ficar fora do escopo dessa nova norma determinados contratos de curto prazo ou de pequenos montantes. Os critérios de reconhecimento e mensuração dos arrendamentos nas demonstrações financeiras dos arrendadores ficam substancialmente mantidos. O IFRS 16 entra em vigor para exercícios iniciados em ou após 1º de janeiro de 2019 e substitui o IAS 17/ CPC 06 - “Operações de Arrendamento Mercantil” e correspondentes interpretações. A Administração está avaliando os impactos da adoção da norma, uma vez que mantém operações de arrendamento de terras de terceiros com a finalidade de cultivo dos ativos biológicos, totalizando 74 mil hectares de terras agriculturáveis e compromissos futuros na ordem de R$ 176 milhões (vide nota explicativa 29 (b)). Por ora, o entendimento da administração é de que o referido montante seja reconhecido como ativo e passivo no balanço patrimonial. Dada a complexidade do tema, pode ser que, até a adoção inicial dessa norma, haja revisão dessa conclusão. Não há outras normas IFRS ou interpretações IFRIC que ainda não entraram em vigor que poderiam ter impacto significativo sobre as demonstrações financeiras individuais e consolidadas. 3. Estimativas e julgamentos contábeis críticos A preparação das demonstrações financeiras individuais e consolidadas de acordo com as normas IFRS e as normas CPC determinam que a administração faça julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação de políticas contábeis e os valores reportados de ativos, passivos, receitas e despesas. Os resultados reais podem divergir dessas estimativas. 3.1 Estimativas e premissas contábeis críticas: As informações sobre incertezas sobre premissas e estimativas que possuam um risco significativo de resultar em um ajuste material dentro do próximo exercício estão relacionadas, principalmente, aos seguintes aspectos: mensuração dos ativos biológicos, vida útil dos ativos imobilizados, realização dos créditos tributários diferidos e tributos a recuperar, realização de contas e/ ou títulos a receber (provisão para devedores duvidosos), valor justo de derivativos e outros instrumentos financeiros, provisões para contingências fiscais, cíveis e trabalhistas, as quais, apesar de refletirem o julgamento da melhor estimativa possível por parte da administração da Companhia e de suas controladas, relacionadas à probabilidade de eventos futuros, podem eventualmente apresentar variações em relação aos dados e valores reais. Nesse contexto, destaca-se que as projeções de resultados futuros da Companhia, que suportam (i) a avaliação do valor de mercado da Companhia, considerando o seu valor em uso, utilizado para avaliação de impairment e do ágio (Nota 14) (ii) a estimativa de resultados tributáveis futuros, que suporta o registro e a manutenção dos créditos tributários diferidos. Adicionalmente, essas projeções apresentam alta sensibilidade, principalmente no que se refere às variações na taxa de câmbio e nos preços das commodities agrícolas e as estimativas de produtividade com as quais a Companhia trabalha. Estimativas e premissas são revistas de uma maneira contínua. Revisões com relação a estimativas contábeis são reconhecidas no período em que as estimativas são revisadas e em quaisquer períodos futuros afetados. 3.2 Julgamentos críticos na aplicação das políticas contábeis da entidade - Títulos a receber por venda de ativos e processo arbitral relacionado: A provisão para redução ao valor recuperável de títulos a receber é constituída em montante considerado suficiente para cobrir as prováveis perdas em sua realização. Conforme divulgado na Nota 6 (c) a seguir, a Companhia possui títulos a receber pela venda de ativos no montante de R$ 20.304, em 31 de dezembro de 2016 e 2015. Esse crédito está garantido pela alienação fiduciária de um imóvel (unidade industrial de São Luiz Gonzaga) que, na avaliação da administração, era suficiente para garantir a recuperabilidade do referido crédito. No entanto, em setembro de 2016, foi instaurado, a pedido da contraparte, procedimento arbitral sigiloso que questiona a legitimidade do crédito da Companhia e requer a rescisão do contrato de venda com a devolução dos valores já pagos. Nesse contexto, a administração da Companhia, considerando a opinião de seus consultores jurídicos, entende: (i) que o êxito na recuperação do crédito é possível e, em atendimento as determinações do CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, decidiu constituir provisão para impairment na totalidade do valor do crédito constituído, e (ii) que o procedimento arbitral instaurado não deverá se materializar em perdas adicionais para a Companhia. 4. Caixa e equivalentes de caixa Controladora Consolidado Descrição 2016 2015 2016 2015 Bancos em moeda nacional 1.647 17 2.762 298 Bancos em moeda estrangeira 1 255 1.330 444 Aplicações financeiras (i) 120 23.968 140 24.672 1.768 24.240 4.232 25.414 (i) A Companhia pode resgatar imediatamente essas aplicações sem ônus ou restrição. 5. Contas a receber de clientes Controladora Consolidado 2016 2015 2016 2015 Clientes em moeda nacional 2.325 4.064 Clientes em moeda estrangeira 228 7.701 5.182 12.035 Partes relacionadas (i) 41.637 228 51.663 5.182 16.099 (–) Provisão para impairment (18) (182) (18) (182) 210 51.481 5.164 15.917 (i) Referia-se à venda de algodão em caroço para a controlada Vanguarda do Brasil S.A. (Nota 11). A composição dos valores a receber por idade de vencimento é a seguinte: Controladora Consolidado 2016 2015 2016 2015 A vencer: Até 30 dias 228 2.967 4.169 5.337 De 31 a 90 dias 734 1.983 De 91 a 180 dias 41.602 53 Acima de 180 dias 5.757 5.757 Vencidos: Até 30 dias 35 1.013 2.334 De 31 a 90 dias 368 435 Acima de 180 dias 200 200 228 51.663 5.182 16.099 As movimentações na provisão para créditos de liquidação duvidosa de clientes são as seguintes: Controladora Consolidado 2016 2015 2016 2015 Saldo inicial 182 263 182 263 Perdas por redução ao valor recuperável reconhecida 18 27 18 94 Valores recuperados no exercício (182) (56) (182) (123) Contas a receber de clientes baixadas durante o exercício como incobráveis (52) (52) Saldo final 18 182 18 182 A Companhia e suas controladas efetuaram análise da realização dos saldos vencidos e constituíram provisão para créditos de liquidação duvidosa para os valores com baixa possibilidade de recuperação. 6. Títulos a receber Controladora Consolidado 2016 2015 2016 2015 Por venda de terras/armazéns (a) 1.236 1.235 10.038 15.195 Por venda da fábrica de óleo (b) 13.800 13.800 13.800 Por venda de unidades industriais (c) 20.304 20.304 20.304 20.304 Partes relacionadas (d) 6.971 20.313 6.971 20.056 Confissões de dívidas 4.062 4.062 4.062 4.062 Outros créditos 6.033 3.688 6.046 3.688 (–) Ajuste a valor presente (169) (2.109) (1.749) (2.441) (–) Provisão para impairment (26.017) (4.062) (26.017) (4.062) 12.420 57.231 33.455 70.602 (3.602) (20.962) (9.070) (34.333) Circulante Não circulante 8.818 36.269 24.385 36.269 (a) Os títulos a receber pelas vendas de imobilizados referem-se substancialmente: (i) à alienação, em setembro de 2010, da fazenda situada no município de Edéia (GO). O saldo residual em aberto no montante de R$ 2.302 será pago pela compradora a partir da apresentação, pela Companhia, de comprovação da efetiva baixa e cancelamento da garantia da dívida com o PESA nas matrículas dos imóveis; e (ii) à venda, em setembro de 2016, de uma área com benfeitorias constituídas de armazém de grãos, máquinas e implementos no município de Paranatinga - MT. O saldo em aberto, no montante de R$ 6.500, será recebido em parcelas semestrais até o exercício de 2018. (b) Refere-se à venda da unidade de esmagamento de caroço de algodão localizada no município de Itumbiara - GO. O valor de R$ 13.800 será pago pela compradora no prazo de sete dias contados a partir da apresentação, pela Companhia, de comprovação da efetiva baixa e cancelamento da garantia da dívida com o PESA nas matrículas dos imóveis, previsto para novembro de 2018. Os títulos estão descontados a valor presente no reconhecimento inicial a uma taxa de juros de 5% a.a.. Em 2016, esses títulos foram cedidos pela Companhia à controlada Maeda S.A. Agroindustrial para a liquidação de operações de mútuo (Nota 11 (a)). (c) As unidades industriais de Rosário do Sul I e II e São Luiz Gonzaga foram alienadas em 10 de novembro de 2011 por R$ 55.455, dos quais R$ 25.000 foram recebidos na data da venda e R$ 30.455 a ser recebido em 36 prestações mensais consecutivas. O saldo em 31 de dezembro de 2016 corresponde às parcelas vencidas entre dezembro de 2012 e novembro de 2014, com provisão de impairment para sua totalidade, conforme descrito na nota explicativa 3.2. (d) O saldo em aberto refere-se a venda de maquinário agrícola, defensivos, fertilizantes e outros ativos, ocorrida no exercício, conforme Nota Explicativa 11 (c). Controladora Consolidado 7. Estoques Produtos agrícolas 2016 2015 2016 2015 Produtos agrícolas - custos de formação 6.393 43.677 46.953 79.062 Produtos agrícolas - ajuste ao valor realizável líquido (798) 3.469 2.616 28.302 Sementes, adubos, fertilizantes e defensivos agrícolas 98.000 140.374 98.148 140.374 Embalagens e material de acondicionamento 692 725 1.024 831 Peças de reposição 4.203 5.693 4.747 5.920 Adiantamentos a fornecedores 462 354 462 362 Gastos de manutenção nas entressafras 47.983 40.080 47.983 40.167 Outros estoques 4.360 5.499 4.580 5.642 (–) Provisão para impairment (i) (583) (428) (583) (428) 160.712 239.443 205.930 300.232 (i) Refere-se, substancialmente, a obsolescência de materiais no estoque que apresentam baixa expectativa de realização. Os insumos, sementes, adubos, fertilizantes, defensivos agrícolas, peças de reposição, embalagens, material de acondicionamento e outros materiais são avaliados pelo custo médio de aquisição. Os produtos agrícolas provenientes da colheita dos ativos biológicos são mensurados ao valor justo menos as despesas de venda no ponto de colheita. Após colhidos, são mensurados pelo valor realizável líquido, conforme Pronunciamento Técnico CPC 16. Em 31 de dezembro de 2016, 2.723 toneladas de produtos agrícolas, no montante aproximado de R$ 11.898, estão cedidas em garantia a fornecedores de insumos agrícolas (2015 - 6.928 toneladas, no montante aproximado de R$ 34.635). A movimentação da provisão para impairment é assim demonstrada: 2016 2015 Saldo inicial 428 809 Adições 585 260 Reversões (430) (641) Saldo final 583 428 A despesa com a constituição das perdas estimadas com estoques é registrada na demonstração do resultado, sob a rubrica “Outras receitas (despesas), líquidas”. 8. Ativos biológicos Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia explorava cerca de 113,2 mil hectares de terras cultiváveis (em dezembro de 2015 - 124,8 mil hectares), entre terras próprias e de terceiros. As áreas exploradas pela Companhia estão localizadas no Estado de Mato Grosso e nelas são cultivadas culturas temporárias com destaque para algodão, soja e milho. O valor justo dos ativos biológicos da Companhia representa o valor presente dos fluxos de caixa líquidos estimados para esses ativos, o qual é determinado por meio da aplicação de premissas estabelecidas pela administração da Companhia. As terras próprias em que as lavouras estão plantadas são classificadas no ativo imobilizado e não integram o valor justo dos ativos biológicos. (a) Principais premissas utilizadas na mensuração do valor justo: (i) Entradas de caixa obtidas pela multiplicação da (i) produção estimada, medida em sacas de 60kg para a soja e o milho e arrobas para o algodão em caroço e (ii) do preço do mercado futuro de cada produto, quando disponível. (ii) O preço do algodão em caroço (produto agrícola da lavoura de algodão) foi obtido por meio da decomposição do preço disponível para a pluma de algodão (commodity), menos os custos do beneficiamento (descaroçamento) e dos preços atribuíveis aos subprodutos (caroço e fibrílha). (iii) Saídas de caixa representadas pela estimativa de (i) custos necessários para que ocorra a transformação biológica da cultura (tratos culturais) até a colheita, (ii) custos com a Colheita, Carregamento e Transporte (CCT) e (iii) custo de capital (aluguel das terras e de máquinas e equipamentos). (iv) Com base na estimativa de receitas e custos, a Companhia determina o valor justo dos ativos biológicos, que são registrados na rubrica de ativos biológicos e tem como contra partida a rubrica “Variação no valor justo dos ativos biológicos e produtos agrícolas” no resultado do exercício. (v) O modelo e as premissas utilizadas na determinação do valor justo representam a melhor estimativa da administração na data das demonstrações financeiras e são revisados trimestralmente e, se necessário, ajustados. (b) Análise de sensibilidade: A administração considera que o resultado obtido com a mensuração do valor justo dos ativos biológicos é sensível à variação das premissas descritas acima, e que o resultado real pode vir a aumentar ou reduzir em caso de diferenças entre os valores estimados e aqueles realizados no momento da colheita desses ativos. As principais premissas que foram utilizadas na determinação do valor justo dos ativos biológicos em 31 de dezembro são como segue: Controladora e Consolidado 2016 2015 Aréa total estimada de colheita (há) 106.562 123.110 Aréa total em estagio de marcação (há) 54.519 36.980 Produtividade prevista em sacas, líquido de parcerias agrícolas 46,97 43,16 Soja em US$ 18,14 13,81 Cotação cambial 3,28 4,00 A administração entende que as premissas mais sensíveis à mudanças são a produtividade, o preço das commodities e as taxas de câmbio, e, nesse contexto, verificou se essas premissas fossem 10% menores em 31 de dezembro de 2016, a rubrica Ativo biológico, no balanço patrimonial da Companhia, seria apresentado a menor em R$ 31.568; Por outro lado, se as mesmas premissas apresentassem variação positiva de 10% na mesma data-base, o saldo de Ativo biológico seria apresentado a maior por R$ 38.843. Controladora e Consolidado (c) Movimentação - 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2016 Outras Algodão Soja Milho culturas Total Saldo dos ativos biológicos em 31 de dezembro de 2015 217.937 217.937 Aumento decorrente de plantio e tratos culturais 130.038 293.474 92.547 957 517.016 Redução decorrente da colheita (130.038) (326.944) (92.547) (278) (549.807) Variação do valor justo 10.015 10.015 Saldo dos ativos biológicos em 31 de dezembro de 2016 194.482 679 195.161 Ativos biológicos avaliados a valor justo 143.636 143.636 Lavouras avaliadas ao custo de formação (i) 50.846 679 51.525 194.482 679 195.161 (i) Em 31 de dezembro de 2016 e de 2015, conforme política de valorização do ativo biológico adotada pela Companhia, parcela significativa do seu ativo biológico ainda não apresentava transformação biológica (a partir do 73º dia após o plantio, conforme estimativa) e, portanto, o ativo foi mantido pelo custo de formação. (d) Movimentação - 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2015 Controladora e Consolidado Outras Algodão Soja Milho culturas Total Saldo dos ativos biológicos em 31 de dezembro de 2014 23.305 239.258 1.496 432 264.491 Aumento decorrente de plantio e tratos culturais 126.815 315.875 99.000 18.262 559.952 Redução decorrente da colheita, vendas e perdas (150.120) (340.515) (100.496) (18.694) (609.825) Variação do valor justo 3.319 3.319 Saldo dos ativos biológicos em 31 de dezembro de 2015 217.937 217.937 Ativos biológicos avaliados a valor justo 95.763 95.763 Lavouras avaliadas ao custo de formação (i) 122.174 122.174 217.937 217.937 9. Tributos a recuperar Controladora Consolidado 2016 2015 2016 2015 ICMS (*) 13.579 14.226 13.937 14.383 COFINS (*) 36.221 51.687 62.793 65.877 PIS (*) 8.336 10.913 14.036 14.002 IRPJ 27.848 27.848 28.023 28.025 IRRF 8.084 9.695 9.396 10.205 CSLL 9.994 9.994 10.163 10.158 Outros tributos 1.586 242 3.428 2.222 (62.712) (58.019) (65.019) (59.831) (–) Provisão para impairment (**) 42.936 66.586 76.757 85.041 Circulante (16.451) (16.126) (17.549) (19.317) Não circulante 26.485 50.460 59.208 65.724 (*) Referem-se, principalmente, a créditos oriundos da aquisição de insumos e matéria-prima, bem como da utilização de serviços relativos ao processo de produção de biodiesel (fretes e energia elétrica). (**) Refere-se a impairment (provisão para perda) de créditos tributários de IRPJ, CSLL, ICMS, PIS e COFINS. A Companhia possui saldo de PIS e COFINS acumulado ao longo dos últimos exercícios provenientes, substancialmente, das saídas internas com benefício da suspensão e vendas destinadas ao mercado externo. As realizações dos créditos ocorrem de duas formas: (i) compensação com débitos próprios, vencidos ou vincendos; ou (ii) ressarcimento em espécie. A administração, com o apoio dos seus consultores tributários, e considerando a expertise na produção agroindustrial da controlada Vanguarda do Brasil S.A. (Nota 11), implementou, a partir de 21 de setembro de 2015, um novo modelo de negócio que, além dos benefícios operacionais, tem maximizado a realização desses créditos acumulados. Atualmente, a administração não espera incorrer em perdas adicionais na realização dos mesmos. Em 2016, a Companhia e suas controladas Maeda S.A. Agroindustrial e Vanguarda do Brasil S.A. por se enquadrarem nos requisitos estabelecidos pela Portaria MF 348/2010 (Procedimento Especial de ressarcimento de créditos de PIS/COFINS), e ante a resistência da Administração Fiscal em efetuar a disponibilização de tais valores à título de ressarcimento antecipado, pleitearam judicialmente a declaração e reconhecimento do direito ao procedimento especial de ressarcimento de créditos de PIS/COFINS previsto no diploma normativo citado, para determinar que a autoridade fazendária cumpra o disposto no artigo 2º da Portaria MF 348/2010 e promova o ressarcimento antecipado de 50% do total dos créditos pleiteados, abstendo-se, ainda, de realizar a compensação de ofício com débitos suspensos nos termos do artigo 151 do Código Tributário Nacional - CTN. 10. Tributos diferidos A Companhia e as controladas Maeda S.A. Agroindustrial e Vanguarda do Brasil S.A. utilizam a sistemática do lucro real, calculando e registrando seus tributos com base nas alíquotas efetivas vigentes na data de elaboração das demonstrações financeiras. Controladora Consolidado (a) Natureza e expectativa de realização dos tributos diferidos: Natureza por entidade legal 2016 2015 2016 2015 Créditos tributários sobre: Prejuízos fiscais acumulados 181.012 173.220 270.570 270.570 Contribuição social sobre base negativa acumulada 65.164 62.359 97.404 97.404 Diferenças temporárias: Tributos com exigibilidade suspensa 1.387 1.313 1.387 1.313 Provisão para impairment 9.469 1.780 10.519 3.120 Provisão para contingências 6.228 6.153 6.228 6.163 Ajuste a valor presente de recebíveis de longo prazo 57 717 594 830 Instrumentos financeiros derivativos 2.008 263 2.008 263 Provisão para perdas com tributos 3.225 2.283 3.331 2.283 Hedge accounting 35.908 89.215 35.908 89.215 Outras provisões temporárias 1.328 1.062 1.924 1.063 305.786 338.365 430.029 472.224 Débitos tributários sobre: Variação cambial (i) 1.746 2.833 Valor justo dos ativos biológicos e produtos agrícolas 4.430 2.475 5.027 10.916 Custo atribuído 21.393 27.112 148.694 154.752 Ajuste a valor presente 88 2.242 88 2.250 Outras provisões temporárias 29 Hedge accounting 73.867 89.215 73.867 89.215 Amortização ágio (lucros futuros) 56.199 37.466 56.199 37.466 157.723 158.510 286.708 294.628 Créditos tributários, líquidos 148.063 179.855 151.532 184.102 Débitos tributários, líquidos (8.211) (6.506) Total líquido 148.063 179.855 143.321 177.596 (i) No exercício de 2016, a Companhia e suas controladas optaram pela tributação da variação cambial pelo regime de caixa. O imposto de renda e contribuição social diferidos foram calculados sobre os prejuízos fiscais e bases negativas de contribuição social, bem como sobre diferenças temporárias entre as bases de cálculo desses tributos e os valores contábeis das demonstrações financeiras, associadas a ajustes decorrentes da adoção dos novos pronunciamentos e os impostos diferidos ativos sobre as diferenças temporárias dedutíveis, apenas quando for provável que a Companhia e as controladas apresentarão lucro tributável futuro em montante suficiente para que tais diferenças temporárias dedutíveis possam ser utilizadas. Os créditos tributários diferidos sobre o saldo de prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social apurados até 31 de dezembro de 2016 e não registrados são de R$ 131.633, na controladora e no consolidado, em função de não atenderem aos requerimentos da norma contábil para seu reconhecimento. Na avaliação da capacidade de recuperação dos tributos diferidos, a administração considera as projeções do lucro tributável futuro e as movimentações das diferenças temporárias. Quando for mais provável que uma parte ou a totalidade dos tributos não será realizada não há constituição de tributos diferidos ativos. Não há prescrição para utilização dos saldos de prejuízos fiscais e bases negativas. A expectativa de realização dos créditos relativos ao prejuízo fiscal e a base negativa de contribuição social Controladora Consolidado ocorrerá de acordo com o cronograma a seguir: Montante Percentual Montante Percentual Em 2017 14.121 4% Em 2018 6.990 3% 22.858 6% Em 2019 23.709 10% 40.819 11% Em 2020 32.317 13% 50.294 14% Em 2021 41.253 17% 58.850 16% Entre 2022 a 2023 111.589 45% 145.293 39% Entre 2024 a 2025 30.318 12% 35.740 10% 246.176 100% 367.975 100% DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS G QUINTA-FEIRA, 9 DE MARÇO DE 2017 7 Terra Santa Agro S.A. (anteriormente denominada Vanguarda Agro S.A.) CNPJ/MF 05.799.312/0001-20 Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2016 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma A estimativa de realização dos ativos e passivos de tributos diferidos é como segue: Controladora Consolidado Ativo de tributos diferidos 2016 2015 2016 2015 Ativo de tributos diferidos a ser recuperado em até 12 meses 1.110 31.983 16.364 54.689 Ativo de tributos diferidos a ser recuperado depois de 12 meses 304.676 306.382 413.665 417.535 305.786 338.365 430.029 472.224 Passivo de imposto diferido Passivo de tributos diferidos a ser recuperado em até 12 meses 4.243 38.210 4.840 44.198 Passivo de tributos diferidos a ser recuperado depois de 12 meses 153.480 120.300 281.868 250.430 157.723 158.510 286.708 294.628 148.063 179.855 143.321 177.596 Ativo de tributos diferidos, líquido (b) Conciliação da despesa efetiva de imposto de renda e contribuição social: Os valores do imposto de renda e contribuição social que afetaram o resultado do exercício são demonstrados como segue: Controladora Consolidado 2016 2015 2016 2015 Prejuízo antes do imposto de renda e contribuição social (166.615) (215.874) (164.126) (198.435) Taxa nominal 34% 34% 34% 34% 56.649 73.397 55.803 67.468 Tributos sobre exclusões (adições): De equivalência patrimonial 3.337 6.402 Despesas não dedutíveis (13.936) (37) (14.326) (1.337) Crédito tributário não constituído sobre prejuízos fiscais (27.386) (23.356) (27.386) (23.356) Apuração de tributos de controladas pelo lucro presumido (357) (441) (127) (2.032) 2.314 (5.399) Outros No resultado do exercício 18.537 54.374 16.048 36.935 (c) Lei nº 12.973/14: Conforme determina a Lei nº 12.973/14, a partir de 2015, foram abertas as subcontas para registro das diferenças positivas e negativas entre os valores dos ativos mensurados conforme a legislação societária e os valores mensurados de acordo com os critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007 (RTT), para que o efeito tributário desses ajustes seja dado à medida da realização desses ativos. 11. Partes relacionadas Controladora Consolidado (a) Saldos: Ativo circulante 2016 2015 2016 2015 Contas a receber de clientes Vanguarda do Brasil S.A. (i) 41.637 Títulos a receber (Nota 7) Vanguarda do Brasil S.A. 257 Agropecuária Margarida Ltda. (ii) 2.057 20.056 2.057 20.056 Partes relacionadas Adiantamento de arrendamento FWA Empreendimentos e Participações S.A. (iii) 2.379 2.061 2.379 2.061 4.436 64.011 4.436 22.117 Ativo não circulante Partes relacionadas Adiantamentos para futuro aumento de capital 56 6 Adiantamento de arrendamento FWA Empreendimentos e Participações S.A. (iii) 14.276 16.655 14.276 16.655 Contratos de mútuo (iv) Vanguarda do Brasil S.A. 2.359 Títulos a receber (Nota 7) Agropecuária Margarida Ltda. (ii) 4.914 4.914 19.246 19.020 19.190 16.655 Controladora Passivo circulante 2016 2015 Contratos de mútuos (iv) Maeda S.A. Agroindustrial 2.631 4.821 Vanguarda do Brasil S.A. 209 2.840 4.821 (i) Referia-se, substancialmente, às contas a receber pela venda dos estoques de algodão em caroço à controlada, que assumiu o processo de beneficiamento do produto, para a produção de pluma e caroço de algodão, para posterior comercialização, em seu próprio nome, com o mercado externo. Essa operação foi realizada no contexto do contrato de locação das usinas de beneficiamento de algodão Deciolândia e Ribeiro do Céu, da Companhia para a sua controlada Vanguarda do Brasil S.A., e que incluiu as construções, benfeitorias, máquinas, implementos e bens imóveis existentes nessas unidades, com o objetivo de melhoria operacional. O montante foi integralmente recebido no exercício. (ii) Referese a venda de insumos agrícolas e ativo fixo (Item (c), abaixo), efetuada pela Companhia e sua controlada Vanguarda do Brasil S.A. à Agropecuária Margarida Ltda., empresa controlada pelo Sr. Otaviano Olavo Pivetta, em condições normais de mercado. (iii) A parte relacionada FWA Empreendimentos e Participações S.A. é controlada pelo Sr. Otaviano Olavo Pivetta e mantém, desde 2011, contrato de arrendamento de área agriculturável com a Companhia. A área explorável é de 3.813 hectares, com custo médio anual de R$ 2.379, sendo que o contrato firmado possui vigência até 2024. (iv) Os saldos apresentados no ativo não circulante e no passivo circulante, correspondem a operações de mútuo, com prazos de vencimento variáveis e renováveis, atualizados com base em taxas e/ou indexadores acordados entre as partes. Os saldos referentes a provisão para perdas em investimentos na Controladora estão assim demonstrados: Controladora 2016 2015 Buriti Agrícola Ltda. 60 Mocuri Agrícola Ltda. 2 1 Ecotrans Transporte Ltda. 1.381 1.245 1.443 1.246 (b) Transações: As transações com partes relacionadas realizadas no exercício são como segue: Controladora Consolidado Operações 2016 2015 2016 2015 Venda de mercadorias e produtos Vanguarda do Brasil S.A. (i) 170.926 85.040 Agropecuária Margarida Ltda. (ii) 27.543 7.979 30.656 9.543 Custos Custo dos produtos vendidos Vanguarda do Brasil S.A. (i) (97.232) (49.932) Agropecuária Margarida Ltda. (ii) (27.907) (7.481) (29.114) (8.672) Reembolso de despesas compartilhadas Agropecuária Margarida Ltda. (iii) 481 416 481 481 Venda de ativos Agropecuária Margarida Ltda. (iv) 768 (904) 768 (904) Resultado com aluguéis e arrendamentos Vanguarda do Brasil S.A. (v) 791 383 Bonsucex Holding S.A. (vi) (45) (14) (45) (14) Maria Zilda Oliveira de Araújo (vii) (431) (200) (431) (200) FWA Empreendimentos e Participações S.A. (2.061) (2.473) (2.061) (2.473) Resultado financeiro sobre saldos de mútuo Maeda S.A Agroindustrial (1.426) (732) Maeda Armazéns Gerais S.A Vanguarda do Brasil S.A. (2.017) 335 Crateús Algodoeira S.A. (7) Acionistas indiretos - Família Maeda (206) (206) (i) Refere-se substancialmente a vendas de algodão em caroço para a controlada Vanguarda do Brasil S.A.. (ii) Refere-se a vendas de milho e insumos agrícolas, efetuada pela Companhia e sua controlada Vanguarda do Brasil S.A. à Agropecuária Margarida Ltda., empresa controlada pelo Sr. Otaviano Olavo Pivetta, em condições normais de mercado. (iii) Reembolso de energia elétrica consumida pela parte relacionada Agropecuária Margarida Ltda. em unidade da Companhia. (iv) Refere-se a vendas de maquinário agrícola ocorridas no exercício. (v) Refere-se a aluguel de unidades de beneficiamento de algodão. (vi) Refere-se a aluguel de imóvel residencial destinado ao executivo Arlindo de Azevedo Moura. (vii) Contrato de locação de sala comercial para abrigar as instalações da matriz da Companhia, conforme contrato firmado em 30 de abril de 2015, pelo prazo de 5 anos. (c) Subarrendamentos de área e venda de ativos - Agropecuária Margarida Ltda.: Em outubro de 2015, a Companhia efetuou o subarrendamento de áreas com produtividade abaixo do ponto de equilíbrio, no total de 17,4 mil hectares, para a parte relacionada Agropecuária Margarida Ltda. Essa transação foi aprovada pelo Conselho de Administração e efetuada objetivando atender aos melhores interesses da Companhia. Considerando que a decisão foi deliberada e aprovada em 6 de outubro de 2015 e que a janela ideal de plantio da soja ocorre até a primeira semana de novembro, não havia tempo hábil para a parte relacionada Agropecuária Margarida Ltda. assumir a condução das operações de plantio. Com isso, a Companhia conduziu o plantio nas áreas subarrendadas no estado de Mato Grosso, conforme Nota 6 (d). Essa operação resultou em uma perda contábil no exercício de 2015 no montante de R$ 904, resultante de gastos não reembolsáveis, tais como: rescisões de colaboradores, gastos com máquinas que não seriam aproveitadas pela parte relacionada, entre outros e foi contabilizada na rubrica “Outras receitas (despesas), líquidas”. Em 2016, dando continuidade ao processo de subarrendamento e desmobilização dessas áreas, a Companhia também vendeu insumos e maquinários agrícolas, no montante de R$ 15.908, para essa mesma parte relacionada. Em 31 de dezembro de 2016, o valor a receber pelas operações acima descritas totaliza a R$ 6.971, com vencimentos até 2020. A movimentação desses recebíveis no exercício foi como segue: Em 31 de dezembro de 2015 20.056 (+) Venda de maquinário agrícola e outros ativos 8.450 (+) Venda de defensivos e fertilizantes 6.355 (+) Venda de peças, acessórios e outros bens de pequeno valor 1.103 (–) Recebimentos pelos gastos com o preparo de solo e plantio (25.798) (–) Recebimento pela venda de maquinário agrícola (2.968) (227) (–) Variação cambial/monetária do saldo em aberto Em 31 de dezembro de 2016 6.971 Circulante (2.057) Não circulante 4.914 No último trimestre de 2016, a Companhia renegociou os valores em atraso junto à parte relacionada, estabelecendo novo cronograma para o recebimento do montante ainda não liquidado. 12. Investimentos (Controladora) 12.1 Informações sobre as investidas Patrimônio Resultado Efeito no Percentual de líquido/(passivo Receita do resultado da participação Ativo Passivo a descoberto) líquida exercício controladora Vanguarda do Brasil S.A. (i) 100,00% 662.946 52.734 610.212 225.174 8.707 8.707 Maeda S.A. Agroindustrial. 100,00% 116.813 1.571 115.242 10.671 2.144 2.144 Ecotrans Transporte Ltda. (ii) 99,99% 1.381 (1.381) (136) (136) Buriti Agrícola Ltda. 100,00% 1 61 (60) (897) (897) Crateús Algodoeira S.A. 99,48% 168 2 166 (2) (2) (1) Mocuri Agrícola Ltda. (ii) 99,99% 2 (2) (1) 9.815 Os fluxos de caixa das controladas impactam as demonstrações financeiras consolidadas, substancialmente, pelo resultado do seu fluxo de caixa operacional, haja vista que as atividades de financiamento e investimento são representados, em sua maioria, por repasses de recursos entre as partes. (i) O resultado do exercício compreende o montante de R$ 3.394 referente ao alinhamento de prática contábil na demonstração financeira da sociedade controlada para fins de consolidação, referente a valorização dos produtos agrícolas a valor de mercado em 31 de dezembro de 2016, nos termos do parágrafo 36 do Pronunciamento Técnico CPC 18 (R2) Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto. (ii) Provisão para perda nos investimentos conforme demonstrado nas Notas 11 e 24. 12.2 Movimentação dos investimentos: (a) 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2016 Maeda S.A. Vanguarda do Crateús Buriti Agroindustrial Brasil S.A. Algodoeira S.A. Agrícola Ltda. Total Movimentação dos investimentos: Saldos em 31 de dezembro de 2015 266.835 914.412 168 496 1.181.911 Aumento de capital (i) 18.146 341 18.487 Resultado de equivalência patrimonial 2.144 8.707 (2) (837) 10.012 Amortização de mais-valia (651) (3.714) (4.365) dos ativos líquidos Saldos em 31 de dezembro de 2016 268.328 937.551 166 1.206.045 (i) Em 2016, a Companhia integralizou os saldos de adiantamentos para futuro aumento de capital nas controladas Vanguarda do Brasil S.A. e Buriti Agrícola Ltda. durante o exercício. (b) 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2015 Vanguarda Maeda Crateús Buriti Maeda S.A. do Brasil Armazéns Algodoeira Agrícola Agroindustrial S.A. Gerais S.A. S.A. Ltda. Total Movimentação dos investimentos: Saldos em 31 de dezembro de 2014 253.450 840.402 4.254 168 91 1.098.365 Aumento de capital 2.396 75.999 1.512 79.907 Resultado de equivalência patrimonial 7.856 12.083 78 (1.107) 18.910 Incorporação de acervo líquido 4.332 (4.332) Amortização de mais-valia dos ativos líquidos (527) (5.669) (6.196) (672) (8.403) (9.075) Baixa do ágio por impairment 266.835 914.412 168 496 1.181.911 Saldos em 31 de dezembro de 2015 12.3 Ágio sobre investimentos: (a) Maeda S.A. Agroindustrial Vida útil Mais-valia das terras Indefinida Intangíveis relacionados a contratos 8 anos Ágio Indefinida (b) Vanguarda do Brasil S.A. Mais-valia das terras Intangíveis relacionados a contratos Ágio Vida útil Indefinida 7,2 anos Indefinida 2015 36.598 1.117 116.022 153.737 2015 160.698 10.893 159.462 331.053 Amortização (651) (651) Amortização (3.714) 2016 36.598 466 116.022 153.086 2016 160.698 7.179 159.462 327.339 (3.714) 13. Imobilizado 13.1 Movimentação de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2016 (Controladora) Saldo Trans- Transferência para Saldo Custo inicial Adições Baixas ferências mantidos para venda final Terras para exploração 2.443 (129) 2.314 Edificações e instalações 64.807 183 (12.331) 877 (33) 53.503 Máquinas e equipamentos 355.399 1.364 (32.166) 3.230 (2.220) 325.607 Veículos 39.624 (4.075) 71 (393) 35.227 Aeronaves 15.524 15.524 Móveis e utensílios 13.372 85 (3.513) 177 (29) 10.092 Imobilizações em curso 3.105 6.733 (7.671) 2.167 Adiantamento para aquisição de imobilizado 330 1.210 (268) (1.063) 209 Correção de solo 68.608 4.767 (21.691) 4.131 55.815 Outros imobilizados 3.689 (272) 248 3.665 566.901 14.342 (74.445) – (2.675) 504.123 Total Taxa média Transferência ponderada anual Saldo Trans- para mantidos Saldo Depreciação de depreciação inicial Adições Baixas ferências para venda final Edificações e instalações 3% (8.923) (1.910) 2.070 10 (8.753) Máquinas e equipamentos 6% (163.011) (19.309) 20.973 1.313 (160.034) Veículos 5% (18.032) (1.746) 2.548 249 (16.981) Aeronaves 12% (6.112) (1.875) (7.987) Móveis e utensílios 8% (8.327) (989) 2.786 14 (6.516) Correção de solo 11% (57.646) (4.733) 20.274 (42.105) Outros imobilizados 11% (1.577) (487) 223 (1.841) (263.628) (31.049) 48.874 – 1.586 (244.217) Total Saldo líquidos 2016 2015 Terras para exploração 2.314 2.443 Edificações e instalações 44.750 55.884 Máquinas e equipamentos 165.573 192.388 Veículos 18.246 21.592 Aeronaves 7.537 9.412 Móveis e utensílios 3.576 5.045 Imobilizações em curso 2.167 3.105 Adiantamento para aquisição de imobilizado 209 330 Correção de solo 13.710 10.962 Outros imobilizados 1.824 2.112 Total 259.906 303.273 13.2 Movimentação de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2015 (Controladora) Saldo TransfeTransferência para Saldo Custo inicial Adições Baixas rências Impairment mantidos para venda final Terras para exploração 2.443 2.443 Edificações e instalações 60.737 244 (235) 5.292 (1.231) 64.807 Máquinas e equipamentos 349.223 1.005 (2.625) 8.192 (373) (23) 355.399 Veículos 38.242 779 (657) 1.260 39.624 Aeronaves 17.266 (853) 232 (1.121) 15.524 Móveis e utensílios 13.553 155 (409) 73 13.372 Imobilizações em curso 7.616 20.044 (407) (24.148) 3.105 Adiantamento para aquisição de imobilizado 3.241 1.967 (381) (4.497) 330 Correção de solo 124.837 (4.415) 12.268 (64.082) 68.608 Outros imobilizados 13.161 7 (4.234) 1.328 (6.573) 3.689 Total 630.319 24.201 (14.216) (72.259) (1.144) 566.901 Taxa média Transfeponderada rência para anual de Saldo Transfedisponível Saldo Depreciação depreciação inicial Adições Baixas rências Impairment para venda final Edificações e instalações 3% (7.723) (1.691) 177 (1) 315 (8.923) Máquinas e equipamentos 6% (144.320) (20.143) 1.241 204 7 (163.011) Veículos 5% (16.524) (1.926) 418 (18.032) Aeronaves 13% (5.239) (2.250) 744 633 (6.112) Móveis e utensílios 8% (7.546) (1.066) 285 (8.327) Correção de solo 10% (78.980) (7.096) 4.415 24.015 (57.646) Outros imobilizados 11% (4.707) (2.231) 3.455 1 1.905 (1.577) (265.039) (36.403) 10.735 26.439 640 (263.628) Total Saldo líquidos 2015 2014 Terras para exploração 2.443 2.443 Edificações e instalações 55.884 53.014 Máquinas e equipamentos 192.388 204.903 Veículos 21.592 21.718 Aeronaves 9.412 12.027 Móveis e utensílios 5.045 6.007 Imobilizações em curso 3.105 7.616 Adiantamento para aquisição de imobilizado 330 3.241 Correção de solo 10.962 45.857 Outros imobilizados 2.112 8.454 Total 303.273 365.280 13.3 Movimentação de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2016 (Consolidado) Saldo TransfeTransferência para Saldo Custo inicial Adições Baixas rências Impairment mantidos para venda final Terras para exploração 787.122 (129) 786.993 Edificações e instalações 132.710 183 (13.038) 943 (40) (33) 120.725 Máquinas e equipamentos 367.387 1.450 (32.506) 3.778 (4.140) 335.969 Veículos 44.265 (4.075) 71 (5.022) 35.239 Aeronaves 15.524 15.524 Móveis e utensílios 13.500 86 (3.513) 177 (120) 10.130 Núcleo de produção Santa Clara 11.034 (11.034) Imobilizações em curso 3.534 6.796 (8.132) 2.198 Adiantamento para aquisição de imobilizado 535 1.295 (405) (1.216) 209 Correção de solo 113.116 4.767 (21.691) 4.131 100.323 Outros imobilizados 5.018 (272) 248 (28) 4.966 Total 1.493.745 14.577 (75.629) – (11.102) (9.315) 1.412.276 Taxa média Transfeponderada rência para anual de Saldo Transfemantidos Saldo Depreciação depreciação inicial Adições Baixas rências Impairment para venda final Edificações e instalações 3% (18.489) (3.656) 2.291 20 10 (19.824) Máquinas e equipamentos 6% (165.001) (19.843) 20.982 3.096 (160.766) Veículos 5% (22.661) (1.747) 2.548 4.878 (16.982) Aeronaves 12% (6.112) (1.875) (7.987) Móveis e utensílios 9% (8.414) (995) 2.785 97 (6.527) Núcleo de produção Santa Clara 1% (10.622) (32) 10.653 Correção de solo 8% (97.019) (7.053) 20.274 (83.798) Outros imobilizados 8% (1.585) (488) 223 6 (1.844) Total (329.903) (35.689) 49.103 10.679 8.081 (297.728) Saldo líquidos 2016 2015 Terras para exploração 786.993 787.122 Edificações e instalações 100.901 114.221 Máquinas e equipamentos 175.203 202.386 Veículos 18.257 21.604 Aeronaves 7.537 9.412 Móveis e utensílios 3.603 5.086 Núcleo de produção Santa Clara 412 Imobilizações em curso 2.198 3.534 Adiantamento para aquisição de imobilizado 209 535 Correção de solo 16.525 16.097 Outros imobilizados 3.122 3.433 Total 1.114.548 1.163.842 13.4 Movimentação de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2015 (Consolidado) Transferência Saldo Transfepara mantidos Saldo Custo inicial Adições Baixas rências Impairment para venda final Terras para exploração 787.122 787.122 Edificações e instalações 122.985 265 (235) 10.926 (1.231) 132.710 Máquinas e equipamentos 351.890 1.005 (2.625) 17.513 (373) (23) 367.387 Veículos 42.872 790 (657) 1.260 44.265 Aeronaves 17.266 (853) 232 (1.121) 15.524 Móveis e utensílios 13.646 155 (409) 108 13.500 Núcleo de produção Santa Clara 11.034 11.034 Imobilizações em curso 18.281 20.860 (407) (35.200) 3.534 Adiantamento para aquisição de imobilizado 7.084 1.979 (93) (8.435) 535 Correção de solo 169.345 (4.415) 12.268 (64.082) 113.116 Outros imobilizados 14.490 7 (4.234) 1.328 (6.573) 5.018 Total 1.556.015 25.061 (13.928) (72.259) (1.144) 1.493.745 Taxa média Transfeponderada rência para anual de Saldo Transfedisponível Saldo Depreciação depreciação inicial Adições Baixas rências Impairment para venda final Edificações e instalações 3% (15.741) (3.284) 216 5 315 (18.489) Máquinas e equipamentos 6% (146.067) (20.382) 1.241 (4) 204 7 (165.001) Veículos 4% (21.153) (1.926) 418 (22.661) Aeronaves 13% (5.239) (2.250) 744 633 (6.112) Móveis e utensílios 8% (7.628) (1.071) 285 (8.414) Núcleo de produção Santa Clara 1% (10.558) (64) (10.622) Correção de solo 11% (113.134) (12.315) 4.415 24.015 (97.019) (1) 1.905 (1.585) Outros imobilizados 8% (4.712) (2.232) 3.455 Total (324.232) (43.524) 10.774 26.439 640 (329.903) 2015 2014 Saldos líquidos Terras para exploração 787.122 787.122 Edificações e instalações 114.221 107.244 Máquinas e equipamentos 202.386 205.823 Veículos 21.604 21.719 Aeronaves 9.412 12.027 Móveis e utensílios 5.086 6.018 Núcleo de produção Santa Clara 412 476 Imobilizações em curso 3.534 18.281 Adiantamento para aquisição de imobilizado 535 7.084 Correção de solo 16.097 56.211 Outros imobilizados 3.433 9.778 Total 1.163.842 1.231.783 14. Intangível: (a) Controladora Direitos de uso de softwares Outros intangíveis 2016 2015 Taxa anual Custo Amortização acumulada Líquido Líquido de amortização 5.122 (3.929) 1.193 1.705 12% 171 171 171 5.293 (3.929) 1.364 1.876 (b) Consolidado 2016 2015 Taxa anual Amortização de amorCusto acumulada Líquido Líquido tização Contratos de arrendamento de terras (Vanguarda) 37.615 (30.436) 7.179 10.893 13,89% Contratos de arrendamento de terras (Maeda) (*) 3.474 (3.008) 466 1.117 12,50% Direitos de uso de softwares 5.126 (3.930) 1.196 1.705 12% Outros intangíveis 171 171 175 275.484 275.484 275.484 Ágio - Consolidado (goodwill) 321.870 (37.374) 284.496 289.374 (*) A amortização acumulada inclui a baixa por impairment no montante de R$ 348, reconhecida no exercício em razão da devolução de áreas de terra com rentabilidade abaixo do ponto de equilíbrio. (c) Testes do ágio para verificação de impairment: O ágio é alocado ao segmento agrícola, que é considerado pela administração da Companhia como uma única unidade geradora de caixa (UGC). O valor recuperável dessa UGC é determinado com base em um modelo de cálculo híbrido, que considera o valor em uso dos ativos, exceto as terras que são consideradas pelo seu valor de venda e que oneram o fluxo de caixa descontado pelo seu custo de arrendamento. O valor de venda das terras foi determinado com base em laudo de avaliação de especialista independente contratado pela administração da Companhia. O valor em uso é determinado por modelos de fluxos de caixa descontados a valor presente, antes do imposto de renda e da contribuição social, baseados em orçamentos financeiros aprovados pela administração para um período de dez anos, considerando as informações disponíveis no momento do cálculo. As premissas-chave utilizadas nos cálculos do valor em uso, em 31 de dezembro de 2016 e de 2015, foram estimadas pela administração, com base em informações de mercado e dados internos, e consideram: • volume de vendas - a melhor estimativa da administração para os dois primeiros anos, e acréscimo de 2% para os anos seguintes, com base no desempenho passado, nas expectativas da administração para o desenvolvimento do mercado, nas atuais tendências do setor, e as previsões de inflação para o longo prazo. • preço de venda - determinado com base em cotações futuras disponíveis no mercado financeiro para o período de dois anos. • taxas de crescimento - metas de inflação para o mercado nacional e americano. • taxa de câmbio - curva de dólar divulgada pelo Banco Central do Brasil. • margem bruta - a margem média atual aplicada sobre a receita estimada, considerando o mix de vendas e a expectativa de aumento de custos futuros das lavouras. • Outros custos operacionais - representados pelos custos fixos, estimados com base na estrutura atual dos negócios, ajustados pelos aumentos inflacionários, sem considerar quaisquer reestruturações futuras ou medidas de economias de custo. • Taxa de desconto - estimada em 15,76% ao ano, depois dos impostos, que considera, entre outras variáveis, a estrutura de capital da Companhia e o custo de capital próprio e de terceiros. Como resultado dos testes efetuados, a administração avaliou não ser necessário constituir qualquer provisão para impairment do ágio. Controladora Consolidado 15. Fornecedores 2016 2015 2016 2015 De insumos agrícolas Em moeda estrangeira 152.580 161.734 152.580 162.658 (–) Ajuste a valor presente (3.564) (4.746) (3.564) (4.746) Em moeda nacional 19.598 4.298 19.598 4.818 (–) Ajuste a valor presente (476) (76) (476) (76) De bens - em moeda nacional 771 1.403 866 3.486 Diversos - em moeda nacional 7.321 8.022 10.331 9.310 176.230 170.635 179.335 175.450 Circulante (174.163) (170.131) (177.245) (174.946) Não circulante 2.067 504 2.090 504 A Companhia e a controlada Vanguarda do Brasil S.A. efetuam o cálculo do Ajuste a Valor Presente (AVP) sobre a compra dos insumos com prazo de pagamento superior a 90 dias, utilizando a taxa média de 5% ao ano para os fornecedores de insumos em moeda estrangeira e nacional, que a administração entende ser o custo financeiro médio das suas operações com fornecedores. Em 31 de dezembro de 2016, os saldos em moeda estrangeira, da Companhia e Consolidado, totalizam a US$ 46.922 mil (2015 - US$ 41.419 mil e US$ 41.656 mil, respectivamente). Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia e suas controladas possuíam R$ 14.110 de contas a pagar a fornecedores vencidos, os quais foram, substancialmente, pagos ou renegociados até a publicação destas demonstrações financeiras. Esses atrasos são oriundos, principalmente, do fato de que o ciclo agrícola é dinâmico e o faturamento de todo o algodão e milho não ocorre até o encerramento do exercício e normalmente não gera constrições para a Companhia, gerando apenas uma necessidade de renegociação, normalmente através de cessão de contratos celebrados. 16. Empréstimos e financiamentos (Controladora e consolidado): Custo médio ponderado Modalidade Indexador 2016 2015 2016 2015 Moeda Nacional Crédito Rural e Custeio R$ 17,04% a.a. 18,13% a.a. 14.789 14.628 Aquisição de Imobilizado (BNDES Finame e FCO) R$ 3,86% a.a. 3,82% a.a. 32.088 45.733 Conta garantida R$ 13,63% a.a. 1.849 Aquisição de Imobilizado (Arrendamento Mercantil) R$ 14,28% a.a. 14,28% a.a. 1.278 1.800 Crédito à Exportação Indireta (CCB, CCE e NCE) R$ 18,21% a.a. 17,72% a.a. 11.355 61.495 Custeio de Projeto (BNDES PCA) R$ 3,50% a.a. 3,50% a.a. 1.293 2.451 10,06% a.a. 12,40% a.a. 62.652 126.107 Moeda Estrangeira Crédito à Exportação (PPE) US$ 7,10% a.a. 6,61% a.a. 559.731 667.677 Crédito à Exportação (ACC) US$ 7,07% a.a. 5,70% a.a. 71.069 84.290 Aquisição de Imobilizado (Finimp e Resolução 2770) US$ + Libor 6 6,32% a.a. 5,96% a.a. 11.699 21.078 Crédito à Exportação Indireta (CCB, CCE e NCE) US$ 6,75% a.a. 3,76% a.a. 46.019 78.984 7,06% a.a. 6,25% a.a. 688.518 852.029 Total 7,31% a.a. 7,05% a.a. 751.170 978.136 Circulante (131.897) (872.094) 619.273 106.042 Não Circulante O valor justo dos empréstimos e financiamentos se aproxima, substancialmente, dos valores apresentados nas demonstrações financeiras. Em 31 de dezembro de 2016, os vencimentos têm a seguinte composição por exercício social, conforme cronograma de desembolso (incluindo juros futuros): Total do fluxo não descon2021 Modalidade tado 2017 2018 2019 2020 a 2023 Moeda Nacional Crédito Rural e Custeio 15.759 15.759 Aquisição de Imobilizado (BNDES Finame e FCO) 34.277 12.473 8.805 6.080 2.519 4.400 Conta garantida 1.849 1.849 Aquisição de Imobilizado (Arrendamento Mercantil) 1.448 724 724 Crédito à Exportação Indireta (CCB, CCE e NCE) 14.219 6.169 3.602 4.448 Custeio de Projeto (BNDES PCA) 1.340 655 633 52 68.892 37.629 13.764 10.580 2.519 4.400 Moeda Estrangeira Crédito à Exportação (PPE) 722.708 100.175 88.773 124.492 110.566 298.702 Crédito à Exportação (ACC) 80.539 31.218 13.581 12.762 11.917 11.061 Aquisição de Imobilizado (Finimp e Resolução 2770) 12.370 5.786 3.438 3.146 55.414 4.687 14.824 14.002 13.198 8.703 Crédito à Exportação Indireta (CCB e CCE) 871.031 141.866 120.616 154.402 135.681 318.466 Total 939.923 179.495 134.380 164.982 138.200 322.866 Circulante (179.495) Não Circulante 760.428 (a) Garantias: Os empréstimos e financiamentos da Companhia estão garantidos por alienação fiduciária de bens móveis, imóveis e produto, aval, fiança, fiel depositário, hipoteca, nota promissória, penhor rural e mercantil. A Companhia possui empréstimos e financiamentos que estão garantidos na modalidade hipoteca e alienação fiduciária de bens imóveis com terras registradas em seu patrimônio e de suas controladas com valor contábil de R$ 611.217. Adicionalmente, no âmbito da reestruturação mencionada na Nota 1.2 (a), a Companhia concedeu penhor de 100% das ações das subsidiárias Maeda S.A. Agroindustrial e Vanguarda do Brasil S.A., para os bancos Itaú Unibanco S.A. e Bradesco S.A. Atualmente, essas empresas são não operacionais e possuem como principal ativo terras que estão sendo cultivadas pela Companhia. Importante mencionar que esses ativos estão em grande parte já concedidos em hipoteca aos mesmos credores ou outros bancos. (b) Covenants e Outros Compromissos: Como forma de monitoramento da situação financeira da Companhia e suas controladas pelos credores envolvidos em contratos financeiros, são utilizados covenants financeiros em alguns dos contratos de dívida. A Companhia realiza o acompanhamento sobre o atendimento a tais cláusulas e, quando aplicável, negocia a obtenção de cartas de waiver antes do encerramento do exercício social. Em 31 de dezembro de 2016, a administração obteve as cartas de waiver das instituições financeiras para aqueles contratos cujos covenants financeiros não foram atendidos. Essa situação é diferente daquela verificada em 31 de dezembro de 2015, quando a Companhia, em fase de reestruturação da sua dívida bancária, não atendeu aos covenants exigidos em determinados contratos de empréstimos e não obteve cartas de waiver, o que resultou na reclassificação do montante de R$ 395.337 para o passivo circulante naquela data. Os contratos celebrados no âmbito da renegociação, em especial Banco do Brasil S.A., Itaú Unibanco S.A. e Bradesco S.A., possuem covenants financeiros padronizados, notadamente um limite para relação da Dívida x EBITDA Ajustado, além da obrigatoriedade de manutenção da participação societária dos principais acionistas (Nota 31). Importante mencionar que a Companhia e os credores Itaú Unibanco S.A. e Bradesco S.A. já definiram os incentivos por pagamento antecipado da linha, cujos custos são crescentes à medida que o contrato se aproxima de seu vencimento final, ou seja, a Companhia possui um incentivo financeiro ao pré-pagamento da dívida renegociada. Controladora Consolidado 17. Adiantamentos de clientes: 2016 2015 2016 2015 Clientes nacionais 5.038 48.225 13.306 53.914 Clientes estrangeiros 59.676 47.952 88.837 67.836 64.714 96.177 102.143 121.750 Em 31 de dezembro de 2016, os valores da Companhia e do Consolidado, em moeda estrangeira, correspondem a US$ 18.374 mil e US$ 27.021 mil, respectivamente (2015 - US$ 12.280 mil e US$ 17.372 mil, respectivamente). 18. Dívida com a união - PESA (Controladora e consolidado) Em 1998, mediante aditivo contratual e operação de securitização, foram alongados, junto à instituição financeira federal, os vencimentos de financiamentos para custeio agrícola, sob o amparo da Resolução nº 2.471/98 do Banco Central do Brasil, no âmbito do Programa Especial de Saneamento de Ativos (PESA). Consoante contratos firmados, a atualização monetária desses financiamentos (IGP-M) é capitalizada para amortização no vencimento da operação, previsto para novembro de 2018, e os juros atualmente incidentes, de 3% ao ano, são liquidados a cada ano, para fins de seu cálculo, o IGP-M incidente sobre o principal está limitado a 9,5% ao ano. A partir de 2001, a União passou a ser credora desses financiamentos, conforme Medida Provisória nº 2.196/03, sem modificações nas condições pactuadas em contrato firmado junto à instituição financeira. Em garantia desses financiamentos foram oferecidos avais, hipotecas e bens do ativo imobilizado, bem como aplicações financeiras em Certificados do Tesouro Nacional (CTN), com vencimento igual ao dos financiamentos. Segundo as condições pactuadas, a atualização monetária pelo IGP-M e os juros de 12% ao ano dessas aplicações são capitalizados para que, no seu vencimento, o montante apurado seja igual ao montante dos financiamentos. Devido às especificidades desse instrumento financeiro (prazo alongado e encargos subsidiados), a administração da Companhia, em linha com as novas práticas contábeis, introduzidas pela Lei nº 11.638/07, vem registrando o referido instrumento utilizando o conceito de Ajuste a Valor Presente, calculando o valor dessa obrigação com base no fluxo de desembolsos futuros trazidos a valor presente, descontados por uma taxa de juros, referencial para a data em que a transação foi contratada, de 12% ao ano. O saldo originário referente ao PESA foi incorporado por meio do acervo líquido cindido da controlada 2016 2015 Maeda S.A. Agroindustrial. Valor do principal + juros futuros 138.118 118.887 Aplicações financeiras vinculadas - CTN (131.643) (109.654) (261) (1.771) Valos presente dos juros futuros 6.214 7.462 Circulante (3.236) (3.075) Não circulante 2.978 4.387 19. Provisão para contingências A administração, com base na análise individual dos processos impetrados contra a Companhia e suas controladas e suportada por opinião de seus consultores jurídicos, constituiu provisões no passivo não circulante, para riscos com perdas Consolidado consideradas prováveis, conforme demonstrado a seguir: 2016 2015 Pro- Depósitos Valor Pro- Depósitos Valor Causas visão judiciais líquido visão judiciais líquido Trabalhistas 10.485 (2.239) 8.246 8.864 (1.058) 7.806 Tributárias 2.630 2.630 2.430 2.430 Cíveis 5.201 (362) 4.839 5.119 (362) 4.757 Tributos sub-judice 4.080 4.080 3.863 3.863 Total 22.396 (2.601) 19.795 20.276 (1.420) 18.856 Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2016, a Companhia e suas subsidiárias possuem depósitos judiciais para os quais não mantêm provisão para contingências nos montantes totais de R$ 2.563 (controladora) e R$ 7.880 (consolidado), respectivamente (2015 - R$ 2.394 e R$ 7.300, respectivamente). QUINTA-FEIRA, 9 DE MARÇO DE 2017 G DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS 8 Terra Santa Agro S.A. (anteriormente denominada Vanguarda Agro S.A.) CNPJ/MF 05.799.312/0001-20 Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2016 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 19.1 Movimentação das provisões cuja perda estimada é provável, de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2016 (Controladora e consolidado): Controladora e Consolidado Causas Trabalhistas Tributárias Cíveis Tributos sub-judice Total Saldos em 31 de dezembro de 2015 7.806 2.430 4.757 3.863 18.856 Novos processos e complementos 2.884 200 87 3.171 Baixas no exercício (2.687) (5) (2.692) Depósitos judiciais relacionados (1.181) (1.181) 1.424 217 1.641 Encargos financeiros no exercício Saldos em 31 de dezembro de 2016 8.246 2.630 4.839 4.080 19.795 19.2 Movimentação das provisões cuja perda estimada é provável, de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2015 (Controladora e consolidado): Controladora e Consolidado Causas Trabalhistas Tributárias Cíveis Tributo sub-judice Total Saldos em 31 de dezembro de 2014 7.582 3.016 4.290 18.259 33.147 Novos processos e complementos 4.730 698 5.428 Baixas no exercício (4.768) (586) (231) (16.390) (21.975) Depósitos judiciais relacionados 262 (101) 161 Encargos financeiros no período 2.095 2.095 Saldos em 31 de dezembro de 2015 7.806 2.430 4.757 3863 18.856 19.3 Ações com perda classificada como possível: As ações abaixo apresentadas compreendem aquelas cuja estimativa de perda é possível, conforme opinião da administração, baseada na opinião de seus assessores jurídicos, e por isso não estão provisionadas nas demonstrações financeiras: Controladora e Consolidado Causas 2016 2015 Tributárias 80.896 56.571 Trabalhistas 17.438 17.763 Cíveis 7.050 7.075 105.384 81.409 19.4 Outras informações: As ações consideradas relevantes pela administração da Companhia são: (a) Reclamações trabalhistas: Em 17 de março de 2009, a Companhia foi notificada da existência da demanda pelo descumprimento de cláusula contratual com Marcos César de Moraes (cláusula penal) e pedido indenizatório em razão de suposta estabilidade. A ação foi julgada procedente em primeira e segunda estâncias e ainda está pendente de julgamento de Agravo Regimental junto ao TST. O Reclamante deu início a execução provisória da sentença, sendo que na data de 15 de setembro de 2015 foi expedida Carta Precatória para o município de Nova Mutum para penhora dos bens imóveis oferecidos em garantia pela Companhia. O valor atualizado da condenação é de R$ 17.667 (2015 - R$ 13.935), dos quais a Companhia provisiona o montante de R$ 5.146 (2015 - R$ 3.739), sendo que o restante do valor atualizado da condenação de R$ 12.521 (2015 - R$ 10.194), é considerado possível pela Companhia e seus advogados em razão da possibilidade de redução do valor atualizado da cláusula penal (de R$ 5.000 para R$ 1.000, em valores originais). (b) Tributos em discussão judicial: A controlada Maeda S.A. Agroindustrial, baseada na opinião favorável dos seus consultores jurídicos, vem contestando a exigibilidade e, também, requerendo, administrativa ou judicialmente, o reconhecimento de créditos compensados com determinados impostos e contribuições. Os saldos foram incorporados pela Companhia por meio do acervo líquido cindido da Maeda S.A. Agroindustrial em 23 de dezembro de 2013. Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia mantém provisão para perda provável no montante de R$ 4.080 (2015 - R$ 3.863), referente aos créditos presumidos de IPI tomados sobre exportações do período compreendido entre 2000 e 2002, os quais foram compensados com débitos tributários nos meses de novembro e dezembro de 2003 e julho de 2004. (c) Ação cível - Construrio Ltda.: Trata-se de ação de reintegração de posse cumulada com perdas e danos movida pela Construrio Ltda. em face de Otaviano Pivetta (Processo nº 1031/2006/2ª Vara/Comarca de Nova Mutum). Nesta ação foi proferida sentença, que após a oposição de embargos de declaração, rejeitado pelo juiz, foi publicada em 1o de fevereiro de 2012, julgando procedentes os pedidos para: (i) determinar a reintegração na posse da Construrio Ltda.; e (ii) condenar o réu ao pagamento de indenização pelo período de utilização da posse, devendo o quantum indenizatório ser apurado em liquidação de sentença. Foi interposto recurso de apelação, que foi recebido e julgado improcedente. Interpusemos Recurso Especial (REsp), ao qual foi negado seguimento. Em razão da decisão que negou seguimento ao REsp, foi interposto Agravo Regimental, também improvido. Por fim, foi interposto recurso de embargos de declaração, que foi julgado improcedente e a ação transitou em julgado. A execução definitiva da sentença está em trâmite e o autor já foi reintegrado na posse do imóvel. Está pendente apenas a apuração do valor da indenização pelo uso da terra. A possibilidade de perda é provável no montante de R$ 4.192, valor este que está provisionado. 20. Patrimônio líquido (a) Capital social: Em 31 de dezembro de 2016 e de 2015, o capital social era representado por 17.914 mil ações ordinárias nominativas e sem valor nominal. As ações de emissão da Companhia são exclusivamente ordinárias e têm a forma nominativa, escritural e sem valor nominal. Fica assegurado aos acionistas, na proporção das ações de que forem titulares, direito de preferência para subscrição de aumentos de capital. (b) Destinação dos lucros: O lucro líquido do exercício, após a dedução dos prejuízos acumulados, se houver, terá a seguinte destinação: • 5% serão aplicados na constituição de reserva legal, a qual não poderá exceder 20% do capital social. • 25% do lucro líquido de cada exercício será distribuído como dividendos obrigatórios, nos termos do artigo 202, da Lei nº 6.404/76. Caso, após as deduções previstas acima, ainda haja saldo, o mesmo ficará à disposição da Assembleia para destinação. (c) Reserva de hedge de fluxo de caixa: Em 31 de dezembro de 2016, o valor da reserva de hedge de fluxo de caixa apresenta uma perda de R$ 69.706 (2015 - perda de R$ 173.183). 2016 2015 No início do exercício (173.183) (56.453) Variação do valor justo de hedge de fluxo de caixa 123.419 (276.223) Valores eficaz transferidos para a demonstração do resultado 32.070 99.359 Parcela ineficaz da perda transferida para o resultado financeiro 1.295 Tributos diferidos sobre hedge de fluxo de caixa (53.307) 60.134 No final do exercício (69.706) (173.183) 21. Instrumentos financeiros (a) Considerações gerais: No curso normal de suas operações, a Companhia e suas controladas estão expostas a riscos, tais como riscos de mercado e de crédito. Esses riscos são monitorados pela administração utilizando-se instrumentos de gestão e políticas definidas pelo Conselho de Administração. (b) Gestão de risco de capital: A Companhia administra seu capital, para assegurar que possa continuar com suas atividades normais, ao mesmo tempo em que procura maximizar o retorno a todas as partes interessadas ou envolvidas em suas operações, por meio da otimização do saldo das dívidas e do patrimônio. A estrutura de capital da Companhia é formada por capital próprio, que inclui capital e reservas e o capital de terceiros. A administração da Companhia revisa anualmente a sua estrutura de capital, considerando as determinações de cláusulas de covenants das operações de financiamento (Nota 16 (b)). Como parte dessa revisão, a administração considera o custo de capital e os riscos associados a cada classe de capital. (c) Principais políticas contábeis: Os detalhes a respeito das principais políticas contábeis e métodos adotados, inclusive o critério para reconhecimento, a base para mensuração e a base na qual as receitas e despesas são reconhecidas no resultado em relação a cada classe de instrumentos financeiros, estão referenciados na Nota 2. (d) Categoria de instrumentos financeiros Categoria de Controladora Consolidado Ativo instrumento financeiro 2016 2015 2016 2015 Caixa e equivalentes de caixa Empréstimos e recebíveis 1.768 24.240 4.232 25.414 Títulos e valores mobiliários Empréstimos e recebíveis 5.005 5.005 Contas a receber de clientes Empréstimos e recebíveis 210 51.481 5.164 15.917 Títulos a receber Empréstimos e recebíveis 12.420 57.231 26.233 50.437 Títulos a receber Valor justo por meio do resultado 7.222 20.165 Partes relacionadas Empréstimos e recebíveis 16.711 21.081 16.655 18.716 Depósitos judiciais Empréstimos e recebíveis 2.563 2.394 7.880 7.300 Outros ativos Empréstimos e recebíveis 2.001 6.497 2.630 6.889 35.673 167.929 70.016 149.843 Passivo Fornecedores Outros passivos 176.230 170.635 179.335 175.450 Empréstimos e financiamentos Outros passivos 751.170 978.136 751.170 978.136 Instrumentos financeiros derivativos Valor justo por meio do resultado 5.907 2.088 5.907 2.088 Dívida com a União - PESA Outros passivos 6.214 7.462 6.214 7.462 Títulos a pagar Outros passivos 6.443 4.555 6.850 5.507 Partes relacionadas Outros passivos 2.840 4.821 Arrendamentos e serviços a pagar Outros passivos 15.453 39.802 15.453 39.802 964.257 1.207.499 964.929 1.208.445 (e) Classificação e metodologia de apuração do valor justo dos instrumentos financeiros: Os saldos das contas a receber de clientes, títulos e valores mobiliários e contas a pagar aos fornecedores pelo valor contábil, menos a perda (impairment) no caso de contas a receber, esteja próxima de seus valores justos. O valor justo dos passivos financeiros, para fins de divulgação, é estimado mediante o desconto dos fluxos de caixa contratuais futuros pela taxa de juros vigente no mercado, que está disponível para a Companhia e suas controladas para instrumentos financeiros similares. A Companhia e suas controladas aplicam o Pronunciamento Técnico CPC 40/IFRS 7 para instrumentos financeiros mensurados no balanço patrimonial pelo valor justo, o que requer divulgação das mensurações do valor justo pelo nível da seguinte hierarquia: • Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos idênticos (Nível 1). • Informações, além dos preços cotados, incluídas no nível 1 que são adotadas pelo mercado para o ativo ou passivo, seja diretamente (ou seja, como preços) ou indiretamente (ou seja, derivados dos preços) (Nível 2). • Inserções para os ativos ou passivos que não são baseadas nos dados adotados pelo mercado (ou seja, inserções não observáveis) (Nível 3). Em 31 de dezembro, todos os ativos e passivos financeiros consolidados mensurados ao valor justo por meio do resultado estão classificados no nível 2 e são como segue: Ativo 2016 2015 Títulos e valores mobiliários 5.005 Passivo Instrumentos financeiros derivativos 5.907 2.088 (f) Gerenciamento de risco financeiro: A Companhia apresenta exposição aos seguintes riscos advindos do uso de instrumentos financeiros: risco de crédito, risco de liquidez e risco de mercado. Essa nota apresenta informações sobre a exposição a cada um dos riscos supramencionados, os objetivos da Companhia, políticas e processos para a mensuração e gerenciamento de risco e o gerenciamento de capital. Divulgações quantitativas adicionais são incluídas ao longo dessas demonstrações financeiras e também, nessa nota explicativa. (g) Estrutura do gerenciamento de risco: O Conselho de Administração, assessorado pelo Comitê de Auditoria e Gestão de Riscos, bem como pelo Comitê Estratégico Financeiro tem responsabilidade e supervisão da estrutura de gerenciamento de risco da Companhia. Os riscos operacionais da Companhia são constantemente avaliados pela auditoria interna, a qual se reporta diretamente ao comitê de auditoria e gestão de riscos, órgão que tem por objetivo supervisionar e estabelecer as diretrizes a serem seguidas pela auditoria interna. Do ponto de vista dos riscos financeiros, foi criado o Comitê Operacional de Riscos, órgão não estatutário e composto pela diretoria da Companhia, com o objetivo de monitorar e administrar os riscos de exposição ao câmbio, taxas de juros, crédito e as commodities agrícolas, bem como tomar as medidas necessárias com o objetivo de diminuir as exposições. Os principais riscos de mercado a que a Companhia e suas controladas estão expostas na condução das suas atividades são: (i) Risco de crédito: O risco surge da possibilidade de a Companhia vir a incorrer em perdas resultantes da dificuldade de recebimento de valores faturados a seus clientes. Para reduzir esse tipo de risco e para auxiliar no gerenciamento do risco de inadimplência, a Companhia trabalha com controle rigoroso de análise de crédito dos clientes. Adicionalmente, a administração entende que o perfil de sua carteira de clientes não expõe o Grupo a riscos significativos de crédito. (ii) Gerenciamento do risco de liquidez: A Companhia gerencia o risco de liquidez mantendo linhas de crédito bancárias e linhas de crédito para captação de empréstimos que julgue adequados, através do monitoramento contínuo dos fluxos de caixa previstos e reais, e pela combinação dos perfis de vencimento dos ativos e passivos financeiros. Em 2016, a Companhia efetuou pagamentos de empréstimos e financiamentos às instituições financeiras no montante de R$ 215.602. A Companhia não possuía linhas de créditos contratadas em 31 de dezembro de 2016, que não estivessem sendo utilizadas. A tabela abaixo analisa os passivos financeiros não derivativos da Companhia e suas controladas, por faixas de vencimento, correspondentes ao período remanescente no balan ço patrimonial até a data contratual do vencimento. Controladora Menos de Entre um Entre dois e Acima de Em 31 de dezembro de 2016 um ano e dois anos cinco anos cinco anos Total Fornecedores 174.163 2.067 176.230 Empréstimos e financiamentos 131.897 216.650 402.623 751.170 Dívida com a União - PESA 3.236 2.978 6.214 Arrendamentos e serviços a pagar 15.453 15.453 Partes relacionadas 2.840 2.840 Títulos a pagar 6.443 6.443 334.032 221.695 402.623 958.350 Em 31 de dezembro de 2015 Fornecedores 170.131 504 170.635 Empréstimos e financiamentos 872.094 53.513 47.574 4.955 978.136 Dívida com a União - PESA 3.075 2.771 1.616 7.462 Arrendamentos e serviços a pagar 39.802 39.802 Partes relacionadas 4.821 4.821 Títulos a pagar 4.555 4.555 1.094.478 56.788 49.190 4.955 1.205.411 Em 31 de dezembro de 2016 Fornecedores Empréstimos e financiamentos Dívida com a União - PESA Títulos a pagar Arrendamentos e serviços a pagar Em 31 de dezembro de 2015 Fornecedores Empréstimos e financiamentos Dívida com a União - PESA Títulos a pagar Arrendamentos e serviços a pagar Consolidado Menos de Entre um Entre dois e Acima de um ano e dois anos cinco anos cinco anos 177.245 2.090 131.897 216.650 402.623 3.236 2.978 6.850 15.453 334.681 221.718 402.623 Total 179.335 751.170 6.214 6.850 15.453 959.022 174.946 504 175.450 872.094 53.513 47.574 4.955 978.136 3.075 2.771 1.616 7.462 5.507 5.507 39.802 39.802 1.095.424 56.788 49.190 4.955 1.206.357 Conforme mencionado na Nota 1.2, a Companhia obteve êxito na renegociação de seu passivo bancário e vem renegociando os demais débitos de curto prazo dentro das políticas de gerenciamento de risco de liquidez. (iii) Risco de taxa de câmbio: A Companhia tem compromissos de venda, bem como de compras e de empréstimos e financiamentos, em moeda estrangeira. A Companhia contrata derivativos para reduzir a exposição ao risco de mudança na taxa de câmbio. Assim, o referido risco de câmbio é calculado levando-se em consideração dois principais aspectos: (i) o impacto nas contas do balanço que são indexadas a moeda estrangeira; (ii) o impacto no fluxo de caixa das entradas e saídas de fluxo financeiro indexados a moeda estrangeira e; (iii) desde agosto de 2013, a Companhia adotou a prática de hedge accounting, designando suas dívidas expostas à variação do risco cambial como hedge tanto das suas vendas futuras para fins de exportação, bem como vendas futuras indexadas ao dólar, como descrito no item (h). As variações cambiais dos empréstimos e financiamentos designados são classificadas na rubrica de “Ajuste de avaliação patrimonial” no patrimônio líquido, líquidas de tributos diferidos, e tais valores são realizados na demonstração do resultado nos períodos em que o item protegido por hedge afetar o resultado, cujos efeitos são apropriados ao resultado, na rubrica “Receita líquida de vendas”, de modo a minimizar as variações indesejadas do objeto do hedge. Análise de sensibilidade de moeda estrangeira: A Companhia possui ativos e passivos atrelados a moeda estrangeira no balanço de 31 de dezembro de 2016. Para fins de análise de sensibilidade, a administração adotou como cenário I (provável) a taxa de mercado futuro vigente no exercício de elaboração destas demonstrações financeiras, para o cenário II (possível) esta taxa foi corrigida em 25% e para o cenário III (remoto) em 50%. Saldos 25% 50% em 31 de Cenário II - Possível Cenário III - Remoto dezembro R$ ganho R$ ganho R$ ganho Descrição Taxa (perda) Taxa (perda) em US$ mil Taxa (*) (perda) Ativos Depósitos bancários - em moeda estrangeira 408 3,5327 112 4,4159 360 5,2991 721 Contas a receber de clientes 1.590 3,5327 435 4,4159 1.404 5,2991 2.809 Adiantamentos a fornecedores 142 3,5327 39 4,4159 125 5,2991 250 Passivos Fornecedores de insumos 46.817 3,5327 (12.810) 4,4159 (41.348) 5,2991 (82.695) Empréstimos e financiamentos 211.260 3,5327 (57.806) 4,4159 (186.581) 5,2991 (373.162) Adiantamento de clientes 27.258 3,5327 (7.458) 4,4159 (24.074) 5,2991 (48.148) Efeito líquido no resultado (77.489) (250.112) (500.225) (*) A taxa de conversão (R$ 3,5327 para US$ 1,00) utilizada nas tabelas de sensibilidade como cenário provável para os próximos 12 meses foi obtida na BM&FBOVESPA - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros na data-base de 31 de dezembro de 2016. A Companhia e suas controladas possuem contratos de venda em dólar de produtos agrícolas, conforme divulgado na Nota 29, no montante de US$ 53.759 mil. Não foram adicionados na tabela acima, já que ainda não foram faturadas e portanto não estão registrados nas contas a receber de clientes. Os empréstimos e financiamentos da Companhia nominados em dólar estão designados no hedge accounting. Eventuais perdas nesses instrumentos em função da apreciação do dólar frente ao real resultarão, em contrapartida, ganhos dos itens protegidos (no caso, as receitas da Companhia) e vice-versa. (iv) Risco de taxa de juros: A Companhia possui empréstimos indexados pela variação da LIBOR e do IGPM, e aplicações financeiras indexadas à variação do CDI, expondo estes ativos e passivos às flutuações nas taxas de juros conforme demonstrado no quadro de sensibilidade abaixo. A Companhia monitora continuamente as taxas de juros de mercado com o objetivo de avaliar a eventual necessidade de contratação de derivativos para se proteger contra o risco de volatilidade dessas taxas. Análise de sensibilidade de variação nas taxas de juros: Para efeito de análise de sensibilidade, e utilizando os saldos de aplicações financeiras e de empréstimos e financiamentos em 31 de dezembro de 2016, a Companhia oferece o cenário I (provável) a partir das expectativas de mercado para a média na taxa básica de juros em 2016. Na projeção do cenário II (possível), essa média foi corrigida em 25%, e para o cenário III (remoto), em 50%. Cenário I Cenário II Cenário III Saldos em 31 de R$ ganho R$ ganho R$ ganho Modalidade dezembro de 2016 Taxa (*) (perda) Taxa (perda) Taxa (perda) Aplicações financeiras CDI 140 13,63% 19 17,04% 24 20,45% 29 Empréstimos e financiamentos Libor 6 meses 11.699 1,32% (154) 1,65% (193) 1,98% (231) Efeito líquido no resultado (135) (169) (202) (*) As taxas utilizadas nas tabelas de sensibilidade como cenário provável foram extraídas nos sites dos órgãos oficiais de divulgação dos respectivos índices. (v) Valor de mercado dos instrumentos financeiros: Os instrumentos financeiros da Companhia mensurados ao custo amortizado são representados, substancialmente, por aplicações financeiras e empréstimos e financiamentos que são corrigidos por taxas de juros variáveis, conforme divulgado nas respectivas notas explicativas. Adicionalmente, a Companhia e suas controladas possuem instrumentos financeiros representados por contas a receber de clientes e contas a pagar a fornecedores substancialmente com vencimento em curto prazo. No entendimento da administração devido a essas características o valor justo destes instrumentos é próximo aos saldos contábeis. (vi) Risco dos preços das commodities: A Companhia gerencia o risco de exposição a commodities, através do monitoramento contínuo dos fluxos de caixa previstos e reais, e pela combinação dos perfis de vencimento dos ativos e passivos. (vii) Instrumentos financeiros derivativos: Os instrumentos financeiros derivativos têm o propósito de proteger suas operações contra os riscos de flutuação na taxa de câmbio e nos preços das commodities e não são utilizados para fins especulativos. Os instrumentos financeiros (Swap) destacados abaixo foram contratados pela Companhia como proteção para variações relativas à Libor. 2016 2015 Valor de Efeito no Valor de Perda no referência Valor justo resultado referência Valor justo resultado (nocional), (mercado) financeiro (nocional), (mercado) financeiro Tipo em USD em R$ em R$ em USD em R$ em R$ Swaps de moeda e taxa de juros Hedge/Swap de valor justo (USD) 5.617 (54) (723) 12.000 (773) (9.196) NDF de valor justo (USD) 7.697 (5.853) 4.109 (557) Opção de venda (USD) (4.536) 4.725 (1.315) No cenário acima apresentado, para as opções de compra e venda foram efetuadas análises de sensibilidade para cenários com variações de 25% e em 50% na taxa do dólar estadunidense. Em ambos os casos, o instrumento atinge a barreira e a operação perde o efeito. (h) Hedge accounting: Desde agosto de 2013, a Companhia efetua a designação formal de suas operações sujeitas a hedge accounting para os instrumentos financeiros não derivativos de proteção de fluxos de caixa das receitas de exportação de soja, algodão em pluma, caroço de algodão e milho, documentando: (i) o relacionamento do hedge, (ii) o objetivo e estratégia de gerenciamento de risco da Companhia em tomar o hedge, (iii) a identificação do instrumento financeiro, (iv) o objeto ou transação coberta, (v) a natureza do risco a ser coberto, (vi) a descrição da relação de cobertura, (vii) a demonstração da correlação entre o hedge e o objeto de cobertura e (viii) a demonstração retrospectiva e prospectiva da efetividade do hedge. A Companhia efetuou registro dos ganhos e perdas considerados como efetivos para fins do hedge accounting em conta específica no patrimônio líquido, até que o objeto de cobertura (item coberto) afete o resultado, momento no qual este ganho ou perda de cada instrumento designado deverá afetar o resultado na mesma rubrica que o item protegido (no caso, receita de vendas). Em 31 de dezembro de 2016, os impactos contabilizados no patrimônio líquido da Companhia e a estimativa de realização no resultado estão demonstrados a seguir: Exercício de realização Contratos de financiamentos 2017 2018 2019 2020 2021 2022 Total geral Crédito à exportação (PPE) (365) (12.133) (21.509) (19.412) (19.914) (39.094) (112.427) Crédito à exportação (ACC) 2.442 2.442 Aquisição de imobilizado (Finimp e resolução 2770) (1.076) (967) (916) (2.959) Crédito à Exportação Indireta (CCB, CCE e NCE) (193) 2.043 2.043 2.043 1.393 7.329 808 (11.057) (20.382) (17.369) (18.521) (39.094) (105.615) Vendas/resultado financeiro 808 (11.057) (20.382) (17.369) (18.521) (39.094) (105.615) (–) Tributos diferidos (274) 3.759 6.930 5.905 6.297 13.292 35.909 Efeito no patrimônio líquido 534 (7.298) (13.452) (11.464) (12.224) (25.802) (69.706) 22. Remuneração dos administradores: De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, contemplando as modificações nas práticas contábeis introduzidas pela Lei nº 11.638/07, e com o Estatuto Social da Companhia, é responsabilidade dos acionistas, em Assembleia Geral, fixar o montante global da remuneração anual dos adminisControladora e Consolidado tradores. A remuneração dos diretores e conselheiros no exercício foi a seguinte: 2016 2015 Remuneração de conselheiros 1.149 1.620 Remuneração dos administradores 3.631 3.839 Encargos sociais 925 1.083 5.705 6.542 A Companhia não concede benefícios pós-emprego e benefícios de rescisão de contrato de trabalho. Adicionalmente, ver Nota 28 para pagamentos baseados em ações. Controladora Consolidado 23. Receita líquida de vendas 2016 2015 2016 2015 Receita bruta de vendas e serviços 733.091 909.203 798.218 985.839 Variação cambial (Hedge fluxo de caixa) (32.070) (99.359) (32.070) (99.359) Deduções de vendas Devoluções e abatimentos (1.896) (3.179) (1.920) (3.485) Impostos sobre vendas (40.735) (37.455) (30.973) (29.828) Total das deduções de vendas (42.631) (40.634) (32.893) (33.313) Receita líquida de vendas e serviços 658.390 769.210 733.255 853.167 24. Despesas por natureza Apresentamos a seguir, segregação por natureza, dos custos e das despesas apre-sentados nas demonstrações do resultado de acordo com sua função: Controladora Consolidado 2016 2015 2016 2015 Custos variáveis e gastos indiretos de produção (333.566) (320.448) (272.327) (325.180) Matéria-prima (273.369) (293.649) (273.369) (313.538) Variação do valor justo dos ativos biológicos e produto agrícola 120.540 85.605 109.020 77.960 Realização do valor justo dos ativos biológicos (114.792) (68.830) (124.691) (39.353) Despesas com pessoal (55.688) (90.131) (96.888) (107.636) Honorários da administração (5.705) (6.542) (5.705) (6.542) Manutenções, reparos e serviços de terceiros (47.753) (72.488) (65.942) (78.519) Depreciações e amortizações (26.705) (43.017) (41.210) (55.363) Fretes, comissões e despesas portuárias (3.180) (17.714) (26.527) (24.488) Resultado de equivalência patrimonial 10.012 18.910 Provisão para perda em investimentos (197) (82) Resultado na venda e baixas de bens do imobilizado (1.815) (229) (2.174) (171) Perdas estimadas em créditos de liquidação duvidosa (21.791) (533) (21.791) (533) Provisão dos créditos tributários ao valor recuperável (6.618) (19.433) (8.468) (19.475) Impairment de ativos e gastos com desmobilização (5.056) (54.894) (5.323) (54.894) Perdas estimadas de estoques (155) 381 (155) 381 PEPRO - Prêmio equalizador pago ao produtor 441 1.245 441 10.262 (7.619) (953) (11.684) 12.318 Outras receitas e despesas, líquidas (773.016) (882.802) (846.793) (924.771) Tais valores estão apresentados na demonstração do resultado do exercício nas seguintes rubricas: Controladora Consolidado 2016 2015 2016 2015 Custo dos produtos vendidos (704.394) (785.563) (716.263) (841.201) Variação do valor justo dos ativos biológicos e produtos agrícolas 120.540 85.605 109.020 77.960 Realização do valor justo dos ativos biológicos (114.792) (68.830) (124.691) (39.353) Despesas gerais, administrativas e com vendas (47.989) (68.118) (73.252) (79.798) Honorários da administração (5.705) (6.542) (5.705) (6.542) Resultado de equivalência patrimonial 10.012 18.910 Provisão para perdas em investimentos (197) (82) Impairment de ativos e gastos com desmobilização (5.056) (54.894) (5.323) (54.894) Outras receitas (despesas) operacionais (25.435) (3.288) (30.579) 19.057 (773.016) (882.802) (846.793) (924.771) 25. Resultado financeiro Receitas financeiras Rendimentos de aplicações financeiras Ajuste a valor presente de recebíveis Juros ativos Variações monetárias ativas Descontos obtidos Ganho com instrumentos financeiros derivativos Despesas financeiras Juros sobre empréstimos e financiamentos Juros passivos e multa de mora Variações monetárias passivas Perda com instrumentos financeiros derivativos Ajuste a valor presente de fornecedores de insumos IOF Amortização de custos de captação Outras despesas Variações cambiais, líquidas Variações cambiais ativas Variações cambiais passivas Controladora 2016 2015 769 2.279 1.940 1.593 21.247 22.880 4.336 1.968 1.935 4.626 11.515 15.041 41.742 48.387 Consolidado 2016 2015 844 2.303 2.323 1.946 21.405 25.411 4.511 2.057 1.977 8.204 11.515 15.041 42.575 54.962 (81.112) (72.628) (81.116) (72.636) (14.947) (3.993) (12.027) (6.102) (7.782) (1.884) (7.782) (1.884) (16.483) (22.950) (16.483) (22.950) (7.624) (5.348) (8.907) (8.615) (1.140) (928) (1.200) (1.641) (3.900) (2.424) (3.900) (2.424) (2.036) (2.383) (2.155) (2.485) (135.024) (112.538) (133.570) (118.737) 117.932 79.050 136.531 (76.639) (117.181) (96.124) 41.293 (38.131) 40.407 (51.989) (102.282) (50.588) 114.480 (177.536) (63.056) (126.831) Resultado financeiro 26. Transações que não afetaram o caixa e equivalentes de caixa A seguir relacionamos as transações no exercício que não afetaram o caixa e equivalentes de caixa: Controladora Consolidado 2016 2015 2016 2015 Compensação de tributos a recolher com saldos a recuperar 10.872 7.088 12.086 7.088 Aumento de capital em controladas (Nota 13.2) 18.487 79.907 Venda de ativos a prazo 15.588 1.569 15.646 1.301 Aquisição de imobilizado a prazo 3.529 638 3.672 1.493 27. Resultado por ação: As tabelas a seguir reconciliam o resultado e a média ponderada do valor por ação utilizado para o cálculo do prejuízo básico e do prejuízo diluído por ação. Controladora 2016 2015 Prejuízo utilizado na apuração do prejuízo básico e diluído por ação (148.078) (161.500) Quantidade de ações no período (em milhares) - média ponderada do exercício (i) 17.914 389.399 Prejuízo por ação - básico e diluído (R$) (8,2660) (0,4147) (i) Em 18 de setembro de 2015, houve o grupamento de ações na proporção de 30 (trinta) para uma (1). Instrumentos antidiluidores: Os instrumentos abaixo relacionados não possuem efeitos diluidores e, como consequência, a quantidade média ponderada de ações ordinárias utilizada na apuração do prejuízo diluído por ação foi a mesma utilizada para o cálculo do prejuízo por ação básico. 2016 2015 Ações consideradas como emitidas sem nenhuma contrapartida relacionada a pagamentos baseados em ações (em milhares) 89 70 28. Pagamentos baseados em ações (a) Controladora: A Companhia possui plano de remuneração baseado em ações para os seus executivos. De acordo com as condições do plano, conforme aprovado pelos acionistas na Assembleia Geral Ordinária de 30 de abril de 2009 e, posteriormente regulamentadas pelo Conselho de Administração em 7 e 26 de outubro de 2010, os executivos definidos para participação do plano receberam opções para a compra de ações ordinárias. Cada opção de compra dos empregados pode ser convertida em uma ação ordinária da Companhia no momento do exercício da opção. Nenhum valor é pago ou será pago pelo beneficiário no ato do recebimento da opção. As opções não dão direito a dividendos ou ao voto. A quantidade de opções concedida foi definida pelo Conselho de Administração da Companhia, assessorado pelo Comitê de Recursos Humanos, e não está vinculada ao atingimento de metas individuais ou coletivas da Companhia. Na mesma metodologia o Conselho de Administração da Companhia aprovou nos exercícios de 2013, 2014, 2015 e no exercício corrente, a outorga de opções de compras de ações ao seu CEO, Arlindo de Azevedo Moura. O executivo receberá opções para a compra de ações ordinárias por um preço de exercício de R$ 99,90, R$ 104,40, R$ 30,00 e R$ 10,59, respectivamente. As opções de ações concedidas têm como uma de suas condições para exercício a permanência dos executivos na Companhia. Na situação de desligamento da Companhia, a opção deverá ser exercida no prazo de 30 dias ou perderá sua validade. Em 31 de dezembro de 2016, temos vigente no programa, as opções de compras de ações concedidas ao executivo Arlindo de Azevedo Moura. Apresentamos abaixo o demonstrativo dos planos outorgados pela Companhia: 1ª Outorga 12 meses 24 meses 36 meses Data da outorga 14/03/2013 14/03/2013 14/03/2013 Volatilidade do preço da ação 39,70% a.a. 39,70% a.a. 39,70% a.a. “Vesting period” 12 meses 24 meses 36 meses Prazo para exercício após o “vesting period” 36 meses 36 meses 36 meses Número de opções 7.407 7.407 7.407 Valor justo - R$ 47,66 53,89 59,35 Valor da opção - R$ 99,90 99,90 99,90 2ª Outorga 12 meses 24 meses 36 meses Data da outorga 18/02/2014 18/02/2014 18/02/2014 Volatilidade do preço da ação 27,03% a.a. 27,03% a.a. 27,03% a.a. “Vesting period” 12 meses 24 meses 36 meses Prazo para exercício após o “vesting period” 36 meses 36 meses 36 meses Número de opções 7.407 7.407 7.407 Valor justo - R$ 27,30 33,00 38,40 Valor da opção - R$ 104,40 104,40 104,40 3ª Outorga 12 meses 24 meses 36 meses Data da outorga 24/02/2015 24/02/2015 24/02/2015 Volatilidade do preço da ação 57,33% a.a. 57,33% a.a. 57,33% a.a. “Vesting period” 12 meses 24 meses 36 meses Prazo para exercício após o “vesting period” 36 meses 36 meses 36 meses Número de opções 7.407 7.407 7.407 Valor justo - R$ 16,80 18,30 21,00 Valor da opção - R$ 30,00 30,00 30,00 4ª Outorga 12 meses 24 meses 36 meses Data da outorga 23/02/2016 23/02/2016 23/02/2016 Volatilidade do preço da ação 51,64% a.a. 51,64% a.a. 51,64% a.a. “Vesting period” 12 meses 24 meses 36 meses Prazo para exercício após o “vesting period” 36 meses 36 meses 36 meses Número de opções 7.407 7.407 7.407 Valor justo - R$ 2,23 2,73 3,16 Valor da opção - R$ 10,59 10,59 10,59 (b) Valor justo das opções de compra de ações outorgadas durante o exercício (controladora e consolidado): A Companhia reconhece a despesa com o plano de opções com base no valor justo das opções outorgadas, considerando o valor justo das mesmas na data da outorga. A determinação do valor das opções de outorga de opções de compra foi a metodologia de precificação de opções Black & Scholes. Este modelo foi adotado por sua ampla utilização pelo mercado financeiro para avaliar este tipo de ativo. O modelo Black-Scholes utiliza como premissa o vencimento em anos. As Stock Options avaliadas possuem prazo de carência para exercício e validade de 36 meses a partir de cada vencimento. O vencimento em anos representa a quantidade de dias anualizada até a validade das Stock Options. As opções foram precificadas de acordo a volatilidade de preços históricos e foi calculada com base na metodologia Exponential Weighted Moving Average para o prazo de 60 dias, utilizadas as cotações relativas a 14 de março de 2013 (1ª outorga), 18 de fevereiro de 2014 (2ª outorga), 24 de fevereiro de 2015 (3ª outorga) e 23 de fevereiro de 2016 (4ª outorga). (c) Movimentações nas opções de compra de ações: durante o exercício (controladora e consolidado): Quantidade de opções Saldo em 1° de janeiro de 2016 70.369 Concedidas durante o exercício 22.221 Prescritas durante o exercício (3.706) Saldo em 31 de dezembro de 2016 88.884 A despesa é registrada pro-rata-temporis, durante o período de prestação de serviços que se inicia na data da outorga, até a data em que o beneficiário adquire o direito ao exercício da opção em contrapartida da reserva de capital no patrimônio líquido. As despesas reconhecidas no exercício foram: Controladora e Consolidado 2016 2015 Despesas com pessoal - opção de ações 198 462 29. Compromissos (Consolidado) (a) Vendas futuras: Os compromissos futuros existentes em 31 de dezembro de 2016 referem-se a Companhia e suas controladas, como segue: Consolidado Produto Data de Entrega Quantidade Contratos Unidade Moeda Frete Preço Safra 15/16 Algodão em Pluma (i) Outubro a Dezembro/16 5.933 11 LP DÓLAR CIF 0,67 Algodão em Pluma (i) Outubro a Dezembro/16 640 3 LP DÓLAR FOB 0,70 Algodão em Pluma Janeiro a Março/17 922 4 LP DÓLAR CIF 0,74 Algodão em Pluma Janeiro a Março/17 451 2 LP DÓLAR FOB 0,72 Algodão em Pluma Janeiro a Março/17 117 2 LP REAL FOB 2,78 Caroço de Algodão (ii) Outubro a Dezembro/16 2.186 2 TON DÓLAR CIF 234,00 Caroço de Algodão (ii) Outubro a Dezembro/16 65 1 TON REAL FOB 630,00 Caroço de Algodão Janeiro a Março/17 450 1 TON REAL FOB 780,00 Milho Janeiro a Março/17 9.116 1 SC REAL CIF 20,00 Safra 16/17 Algodão em Pluma Julho a Setembro/17 11.549 21 LP DÓLAR CIF 0,71 Algodão em Pluma Outubro a Dezembro/17 11.651 14 LP DÓLAR CIF 0,71 Caroço de Algodão Julho a Setembro/17 7.000 2 TON REAL CIF 619,00 Caroço de Algodão Julho a Setembro/17 3.000 2 TON REAL FOB 550,00 Caroço de Algodão Outubro a Dezembro/17 1.000 1 TON REAL FOB 550,00 Milho Julho a Setembro/17 98.000 9 SC DÓLAR FOB 4,77 Milho Julho a Setembro/17 30.000 1 SC DÓLAR FOB A Fixar Milho Julho a Setembro/17 36.000 4 SC REAL FOB 18,03 Milho Outubro a Dezembro/17 5.000 1 SC REAL FOB 16,70 Soja Janeiro a Março/17 171.500 32 SC DÓLAR FOB 17,69 Soja Janeiro a Março/17 1.049 1 SC REAL CIF 66,50 Soja Janeiro a Março/17 22.741 12 SC REAL FOB 62,64 Soja Abril a Junho/17 72.000 12 SC DÓLAR FOB 19,00 Soja Abril a Junho/17 300 1 SC REAL FOB 71,00 Para os produtos da safra 15/16: (i) Refere-se a algodão em pluma não entregues devido a atraso na apresentação/ aprovação de take-up, reflexos de chuvas que ocorreram em período de colheita e prejudicaram a qualidade visual do algodão, ocasionando maior tempo de negociação e aprovação dos lotes. Também, houve atrasos em função de baixa cadência de navio em porto e pouca disponibilidade de transporte rodoviário para entrega no mercado interno. Todos os take-up foram aprovados entre novembro e dezembro e os embarques foram realizados no primeiro trimestre de 2017. (ii) Refere-se a caroço de algodão não entregues devido diversas omissões de navios no porto de Paranaguá, gerando atrasos em embarques com navios já nomeados. Os embarques foram realizados no primeiro trimestre de 2017. (b) Arrendamento e parceria agrícola: Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia possuía contratados 74.288 mil hectares de arrendamento operacional e parceria agrícola mantido com terceiros, com vencimentos até 2026, conforme abaixo discriminado: Consolidado Valores ponderados Área arrendada Vencimento (em sacas de Tipo de Unidade Localização Estado (em ha) dos contratos soja/ha/ano) arrendamento São José Campo Novo do Parecis Mato Grosso 10.295 2021 12,64 Operacional Ribeiro do Céu Nova Mutum Mato Grosso 18.122 2024 9,05 Operacional Guapirama Diamantino Mato Grosso 16.213 2020 11,39 Operacional Parecis Campo Novo do Parecis Mato Grosso 8.920 2023 12,11 Operacional Mãe Margarida Santa Rita do Trivelato Mato Grosso 7.765 2021 10,86 Operacional Sete Placas Diamantino Mato Grosso 4.966 2020 11,91 Operacional Cachoeira Campo Novo do Parecis Mato Grosso 5.257 2018 13,25 Operacional Terra Santa Tabaporã Mato Grosso 2.750 2026 7,66 Operacional 74.288 Os compromissos futuros relacionados a esses contratos estão fixados em sacas de soja de acordo com o preço médio, na região de cada unidade, na data do seu respectivo pagamento. Os pagamentos mínimos futuros de arrendamentos e aluguéis mercantis operacionais, em reais, da Companhia, são assim resumidos: Fluxo de pagamentos Valores Pagamentos em até 1 ano 49.919 Pagamentos em mais de 1 ano e até 5 anos 107.173 Pagamentos em mais de 5 anos 19.128 Total de pagamentos mínimos futuros de arrendamentos 176.220 DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS G QUINTA-FEIRA, 9 DE MARÇO DE 2017 9 Terra Santa Agro S.A. (anteriormente denominada Vanguarda Agro S.A.) CNPJ/MF 05.799.312/0001-20 Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2016 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Os contratos de arrendamento com terceiros da Companhia são indexados pela cotação da saca de soja na região de cada unidade. Assim, os pagamentos futuros mínimos são estimados em quantidade de sacas de soja, convertidos para a moeda nacional, utilizando-se a cotação da soja em cada região, na data de cada balanço. Consequentemente, os valores dos pagamentos mínimos acima demonstrados poderão sofrer significativa variação até o momento do pagamento, em função da alteração do valor do mercado da commoditie. Em relação aos contratos de arrendamento com terceiros ressalta-se que: • não há cláusulas de pagamento contingente; • não há termos de renovação ou de opções de compra, salvo os termos dispostos na Lei 4.504/64 artigo 92, § 3° e 95, IV; • os contratos firmados são indexados à variação do preço da saca de soja e não há outras cláusulas de reajustamento; • não há restrições impostas, tais como as relativas a dividendos e juros sobre o capital próprio, dívida adicional, ou qualquer outra que requeira divulgação adicional. 30. Cobertura de seguros (Não auditado): A Companhia e suas controladas mantêm apólices de seguro contratadas junto a algumas das principais seguradoras do País, que foram definidas por orientação de especialistas e levam em consideração a natureza e o grau de risco envolvido. Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia possuía cobertura de seguros contra incêndio e riscos diversos para os bens do ativo imobilizado, conforme demonstrado abaixo. Valor segurado Responsabilidade civil 80.000 Riscos diversos - Imobilizado 242.868 322.868 31. Eventos subsequentes Em fevereiro de 2017, a Companhia foi informada pela BTG Pactual WM Gestão de Recursos Ltda., na qualidade de gestora do Fundo de Investimento Multimercado Crédito Privado VNT (“Fundo”) detido pelo investidor Otaviano Olavo Pivetta, que foram alienadas, em leilão realizado na BM&F Bovespa, a totalidade das 2.147.952 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal da Companhia de sua titularidade, representativas de 11,99% do capital social. Com venda de suas respectivas ações, a participação do Fundo no capital social da Companhia fica reduzida a 0,0% (zero), enquanto o acionista BONSUCEX HOLDING S.A., consideradas as aquisições de ações em leilão realizado nesta data, conjuntamente com seus acionistas, aumentaram sua participação no capital social da Companhia para 27,019%, correspondentes a 4.840.327 ações ordinárias. Em 10 de fevereiro de 2017, em razão da transação mencionada acima, o Sr. Otaviano Olavo Pivetta apresentou carta de renúncia ao cargo de Conselheiro de Administração da Companhia. O Conselho de Administração aprovou a renúncia em 21 de fevereiro de 2017, quando também designou o Sr. Christophe Malik Akli como conselheiro independente substituto com prazo de mandato até a Assembleia Geral a ser realizada pela Companhia. Conselho de Administração Renato Carvalho do Nasciment Vice-Presidente Christophe Malik Akli Conselheiro Independente Silvio Tini de Araújo - Presidente do Conselho Carlos Augusto Reis de Athayde Fernandes Fernando Zanoni Ambrogi Coelho Gonçalves Conselheiro Conselheiro Diretoria Alexandre Enrico Silva Figliolino Conselheiro Independente Mateus Affonso Bandeira Conselheiro Independente Contador Arlindo de Azevedo Moura - Diretor Presidente Cristiano Soares - Diretor Financeiro e de Relações com Investidores Márcio José Ferreira - Diretor de Operações Sandro Marcelo Costa - Diretor Comercial Marcelo Lambrecht - CRC1RS-063106/S-SP Parecer do Conselho Fiscal Os membros do Conselho Fiscal da Terra Santa Agro S. A., no exercício de suas atribuições legais e estatutárias, em reunião realizada nesta data, examinaram o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras e o Relatório dos Auditores Independentes (PricewaterhouseCoopers), sem ressalvas, relativos ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2016. À vista das análises dos documentos acima mencionados, opinam que eles refletem com fidelidade a situação patrimonial e econômico-financeira da Companhia, estando em condições de serem submetidos à apreciação da Assembleia Geral. São Paulo, 8 de março de 2017. Edmundo de Macedo Soares e Silva Filho Vanessa Claro Lopes Marcel Cecchi Vieira Declaração da Diretoria Declaração em Cumprimento aos Incisos V e VI do Artigo 25 da Instrução CVM. nº 480/09. Os Diretores da Terra Santa Agro S.A., sociedade anônima, com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Praça General Gentil Falcão, 108, conjunto 81 - Cidade Monções, CEP 04571-150 e inscrita no CNPJ/MF sob o nº 05.799.312/0001-20, declaram que (i) reviram, discutiram e concordam com as opiniões expressas no parecer dos Auditores Independentes e (ii) reviram, discutiram e concordam com as demonstrações financeiras do exercício de 2016, em cumprimento ao artigo 25, incisos V e VI da Instrução CVM nº 480/09. São Paulo, 8 de março de 2017. Arlindo de Azevedo Moura Cristiano Soares Rodrigues Márcio José Ferreira Sandro Marcelo Costa Relatório do Auditor Independente sobre as Demonstrações Financeiras Individuais e Consolidadas Aos Administradores e Acionistas Terra Santa Agro S.A. Opinião Examinamos as demonstrações financeiras individuais da Terra Santa Agro S.A. (“Companhia”) que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2016 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, assim como as demonstrações financeiras consolidadas da Terra Santa Agro S.A. e suas controladas (“Consolidado”) que compreendem o balanço patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2016 e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Terra Santa Agro S.A. e da Terra Santa Agro S.A. e suas controladas em 31 de dezembro de 2016, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa, bem como o desempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB). Base para opinião Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir, intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas”. Somos independentes em relação à Companhia e suas controladas, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas conforme essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Principais Assuntos de Auditoria Principais Assuntos de Auditoria (PAA) são aqueles que, em nosso julgamento profissional, foram os mais significativos em nossa auditoria do exercício Assuntos corrente. Esses assuntos foram tratados no contexto de nossa auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas como um todo e na formação de nossa opinião sobre essas demonstrações financeiras individuais e consolidadas e, portanto, não expressamos uma opinião separada sobre Porque é esses assuntos. um PAA Porque é um PAA Como o assunto foi conduzido em nossa auditoria Situação econômica e financeira da Companhia (Nota 1.2 às demonstrações financeiras) No exercício de 2016, a Companhia finalizou as negociações para o alongamento de parcela significativa de suas dívidas bancárias. Apesar desse alongamento ter resultado em um fluxo de pagamentos mais favorável, a Companhia apresentou, em 31 de dezembro de 2016, excesso de passivos sobre ativos circulantes no montante de R$ 19.794 mil. A administração possui expectativa, baseada em suas projeções de resultados e de fluxos de caixa para os próximos doze meses a partir da data do balanço, de gerar caixa operacional, bem como de captar novos recursos junto a bancos e parceiros comerciais para suprir necessidades de caixa. Consideramos que esse foi um dos principais assuntos de nossa auditoria porque a avaliação da administração está fundamentada em projeções de resultados futuros, preparadas com base em premissas que podem não se concretizar. Títulos a receber e processo arbitral envolvendo a Companhia (Nota 3.2 e Nota 6 (c) às demonstrações financeiras) A Companhia possui, em 31 de dezembro de 2016, títulos a receber pela venda de ativos no montante de R$ 20.304 mil, cujo devedor encontra-se em recuperação judicial. Em 2016, essa contraparte iniciou procedimento arbitral requerendo a rescisão do contrato de venda e a devolução dos valores já pagos. Diante dessa medida adotada pela contraparte, a administração registrou, em 2016, provisão para perdas da totalidade do crédito constituído. Consideramos esse assunto como significativo para a nossa auditoria em razão do valor envolvido, bem como da importância dessa avaliação, que requer o exercício de julgamento da administração para determinar os desdobramentos desse assunto e os impactos nas suas demonstrações financeiras. Impairment do ágio (Goodwill) (Notas 2.10 e 14 às demonstrações financeiras) e recuperabilidade dos ativos de tributos diferidos (Nota 10 (a) às demonstrações financeiras) Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia e suas controladas mantêm em suas demonstrações financeiras saldo de ágio (Goodwill) de R$ 275.484 mil, resultante de aquisições de negócios ocorridas em anos anteriores. A Companhia e suas controladas também possuem ativos de tributos diferidos provenientes de prejuízos fiscais, base negativa da contribuição social e diferenças temporárias no montante de R$ 367.974 mil, os quais foram registrados com base em estudo que contém as projeções de lucros tributáveis futuros. A avaliação anual de recuperabilidade desses ativos envolve premissas e julgamentos críticos por parte da administração na determinação dos fluxos de caixa futuros esperados da Companhia e de suas controladas. Focamos nossos trabalhos nas projeções de resultado, pois envolvem estimativas e julgamentos críticos da administração na preparação dos fluxos de caixa futuros, os quais, se alterados, poderão resultar em valores substancialmente diferentes dos apurados pela Companhia. Como o assunto foi conduzido Dentre outros, efetuamos os seguintes principais procedimentos de auditoria: Obtivemos o memorando de avaliação da capacidade financeira preparado pela administração e confrontamos com as projeções de resultados futuros (“Projeções”) aprovadas pelo Conselho de Administração. Avaliamos e testamos, com o apoio de nossos especialistas internos, a razoabilidade do modelo de cálculo utilizados pela administração para preparar as Projeções. Avaliamos a razoabilidade das principais premissas utilizadas nas Projeções, tais como taxa de desconto, produtividade, preço de venda e custos de formação da cultura, bem como dos níveis de captação de recursos, mediante a comparação dessas premissas com informações de mercado, quando disponíveis, linhas de créditos disponíveis e com informações históricas da própria Companhia. Efetuamos análises de sensibilidade para as principais premissas das Projeções, para avaliar os resultados em diferentes cenários possíveis. Verificamos se o cronograma de pagamento dos financiamentos considerados nas projeções está de acordo com as condições contratuais determinadas quando do alongamento das dívidas bancárias. Testamos os controles internos da Companhia referentes ao monitoramento do cumprimento das cláusulas restritiva (covenants) existentes nos contratos de financiamento. Para os covenants não cumpridos, inspecionamos os consentimentos (waiver) obtidos junto às instituições financeiras correspondentes. Efetuamos a leitura das divulgações realizadas nas notas explicativas. Nossos procedimentos de auditoria demonstraram que os julgamentos e premissas utilizados pela administração são razoáveis e as divulgações consistentes com dados e informações obtidos. Nossos procedimentos de auditoria incluíram, dentre outros, a obtenção de confirmação da posição do assessor jurídico externo da Companhia que avalia as probabilidades da Companhia obter êxito no recebimento dos títulos ou, eventualmente, incorrer em perdas adicionais, considerando os desdobramentos das ações tomadas pelas partes envolvidas. Avaliamos as premissas utilizadas pela administração para o registro da provisão para perdas frente ao risco de não recebimento do ativo e potenciais obrigações oriundas desse processo e leitura das divulgações realizadas nas notas explicativas. Consideramos que os julgamentos e critérios adotados pela administração para a determinação da provisão para perdas são razoáveis e que as divulgações efetuadas são consistentes com os dados e informações obtidos. Nossa abordagem de auditoria considerou, dentre outros, os seguintes procedimentos: • Confrontamos os fluxos de caixa futuros utilizados no teste de recuperação do ágio com as projeções de resultados futuros (“Projeções”) aprovadas pelo Conselho de Administração, projeções essas objeto de procedimentos de auditoria descritos no PAA “Situação econômica e financeira da Companhia”, acima descrito. • Com o apoio de nossos especialistas internos em avaliação de negócios, discutimos a adequação do modelo utilizado pela administração para fins da avaliação de recuperabilidade do ágio. • Especificamente para as terras, obtivemos os respectivos laudos de avaliação, preparados por avaliadores independentes contratados pela administração, e confrontamos as principais premissas apresentadas nesse laudo com as informações internas da Companhia, ou, quando aplicável, com informações e dados de mercado. • Adicionalmente, para os tributos diferidos, entendemos e testamos, por amostragem, os ajustes fiscais necessários para projetar os lucros tributáveis futuros, bem como confrontamos os valores de prejuízos fiscais, das bases negativas de contribuição social e das diferenças temporárias, com as escriturações fiscais correspondentes. • Efetuamos a leitura das divulgações efetuadas nas notas explicativas. Nossos procedimentos de auditoria demonstraram que os julgamentos e premissas utilizados pela administração são razoáveis e as divulgações são consistentes com dados e informações obtidos. Porque é um PAA Como o assunto foi conduzido em nossa auditoria Determinação do valor justo dos ativos biológicos (Nota 8 às demonstrações financeiras) A Companhia avalia seus ativos biológicos pelo valor justo, que totalizam R$ 195.161 mil em 31 de dezembro de 2016. Essa avaliação requer o exercício de julgamento crítico por parte da administração da Companhia na determinação das premissas, que incluem, entre outras, o preço futuro dos produtos (commodities), a cotação futura do dólar estadunidense e a produtividade estimada das lavouras. Essa foi uma área de foco de nossa auditoria uma vez que variações nas premissas utilizadas podem produzir estimativas de valor justo significativamente diferentes, com impacto imediato nas demonstrações financeiras da Companhia. Nossos procedimentos envolveram, dentre outros, o entendimento e teste dos principais cálculos e premissas que são utilizados na avaliação e mensuração dos ativos biológicos. Avaliamos a razoabilidade da metodologia adotada e a consistência das principais informações e premissas utilizadas na determinação do valor justo dos ativos biológicos, mediante (i) discussão com a administração, (ii) comparação com informações de mercado, quando disponíveis, e (iii) comparação com informações históricas da própria Companhia, considerando aspectos inerentes de cada cultura, bem como sua localidade. Confrontamos as premissas desses cálculos com as premissas utilizadas nas projeções de resultados futuros (“Projeções”) aprovadas pelo Conselho de Administração, projeções essas objeto de procedimentos de auditoria descritos no PAA “Situação econômica e financeira da Companhia”, acima descrito. Efetuamos análises de sensibilidade, considerando diferentes cenários de preços das commodities e produtividade das lavouras. Efetuamos a leitura das divulgações efetuadas nas notas. Nossos procedimentos e auditoria demonstraram que os julgamentos e premissas utilizados pela administração são razoáveis e as divulgações são consistentes com dados e informações obtidos. Outros assuntos Demonstrações do Valor Adicionado As demonstrações individual e consolidada do valor adicionado (DVA) referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2016, elaboradas sob a responsabilidade da administração da Companhia e apresentadas como informação suplementar para fins de IFRS, foram submetidas a procedimentos de auditoria executados em conjunto com a auditoria das demonstrações financeiras da Companhia. Para a formação de nossa opinião, avaliamos se essas demonstrações estão conciliadas com as demonstrações financeiras e registros contábeis, conforme aplicável, e se a sua forma e conteúdo estão de acordo com os critérios definidos no Pronunciamento Técnico CPC 09 - “Demonstração do Valor Adicionado”. Em nossa opinião, essas demonstrações do valor adicionado foram adequadamente elaboradas, em todos os aspectos relevantes, segundo os critérios definidos nesse Pronunciamento Técnico e são consistentes em relação às demonstrações financeiras individuais e consolidadas tomadas em conjunto. Outras informações que acompanham as demonstrações financeiras individuais e consolidadas e o relatório do auditor A administração da Companhia é responsável por essas outras informações que compreendem o Relatório da Administração. Nossa opinião sobre as demonstrações financeiras individuais e consolidadas não abrange o Relatório da Administração e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório. Em conexão com a auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, nossa responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante, inconsistente com as demonstrações financeiras ou com nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no Relatório da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a este respeito. Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações financeiras individuais e consolidadas A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras individuais e consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Na elaboração das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, a administração é responsável pela avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a administração pretenda liquidar a Companhia ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações. Os responsáveis pela governança da Companhia e suas controladas são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras. Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras individuais e consolidadas, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras. Como parte de uma auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso: • Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais. • Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas não com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia e suas controladas. • Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração. • Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Companhia. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia a não mais se manter em continuidade operacional. • Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, inclusive as divulgações e se essas demonstrações financeiras representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada. • Obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente referente às informações financeiras das entidades ou atividades de negócio do grupo para expressar uma opinião sobre as demonstrações financeiras consolidadas. Somos responsáveis pela direção, supervisão e desempenho da auditoria do grupo e, consequentemente, pela opinião de auditoria. Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos. Fornecemos também aos responsáveis pela governança declaração de que cumprimos com as exigências éticas relevantes, incluindo os requisitos aplicáveis de independência, e comunicamos todos os eventuais relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar, consideravelmente, nossa independência, incluindo, quando aplicável, as respectivas salvaguardas. Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsáveis pela governança, determinamos aqueles que foram considerados como mais significativos na auditoria das demonstrações financeiras do exercício corrente e que, dessa maneira, constituem os principais assuntos de auditoria. Descrevemos esses assuntos em nosso relatório de auditoria, a menos que lei ou regulamento tenha proibido divulgação pública do assunto, ou quando, em circunstâncias extremamente raras, determinarmos que o assunto não deve ser comunicado em nosso relatório porque as consequências adversas de tal comunicação podem, dentro de uma perspectiva razoável, superar os benefícios da comunicação para o interesse público. Ribeirão Preto, 08 de março de 2017 PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 “F” Maurício Cardoso de Moraes Contador CRC 1PR035795/O-1 “T” SP