estrela - Anjo Albuquerque

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Unidade 1
Arquitetura do Universo
Origem dos elementos químicos
Física e Química A 10º ano
Nebulosas Difusas
“Maternidade de
estrelas”
Nuvens gigantescas e escuras
de poeiras e gases.
Essencialmente constituídas por
hidrogénio.
Águia
Nascimento das Estrelas
Sabe-se hoje que as estrelas têm origem nas nebulosas.
As nebulosas são nuvens de gases constituídas
essencialmente por H, podendo existir uma
quantidade variável de outros elementos que
foram sintetizados em estrelas de gerações
anteriores e que, na fase final da sua vida,
explodiram e libertaram para o espaço parte da
sua matéria.
Cabeça de
Cavalo
Cone
Os electrões livres ligam-se aos
Protões e neutrões ligam entre si
núcleos, formando os primeiros
para formar os primeiros núcleos
átomos: hidrogénio-1; deutério,
de átomos.
hélio-3 e lítio-7.
A radiação deixou de ser absorvida pelas
partículas existentes, começou a propagar-se
pelo Universo, “enfraquecendo” devido à
expansão - radiação cósmica de micro ondas.
Devido à acção da força gravitacional, um número considerável de
átomos das nebulosas pode aproximar-se, criando uma gigantesca bolsa
de gás – a protoestrela.
À medida que a matéria dessa protoestrela se contrai por acção da
gravidade, a energia cinética entre os átomos aumenta, o que provoca o
seu aquecimento. Quando a temperatura, no seu interior, se aproxima
dos 10 milhões de graus Kelvin, iniciam-se as reacções nucleares de
fusão do hidrogénio – nasce a estrela.
Nebulosa
A nebulosa comprime-se
e aquece cada vez mais,
tornando-se mais densa
Protoestrela
Estrela
Compressão
Compressão
e aquecimento
e aquecimento
Nebulosa em
contração por ação
da força gravitacional
Devido ao extremo
aquecimento iniciam-se
as reações de fusão:
nasce a estrela
Na zona mais densa da nebulosa, observa-se uma contração por ação da gravidade.
Observa-se simultaneamente um aumento de temperatura.
Forma-se uma protoestrela.
Os restos de matéria reorganizamse à volta da estrela em formação
por ação da gravidade.
Simultaneamente a energia da
estrela aumenta com o inicio da
fusão de hidrogénio em hélio devido
às elevadas pressões e temperaturas
no interior da estrela o que faz
aumentar significativamente o seu
brilho .
Organização no Universo

Superenxames – conjunto de enxames de galáxias.

Enxame de Galáxias – conjunto de galáxias próximas.

Galáxia – conjunto de estrelas, nebulosas, planetas



Sistema Solar – Conjunto de planetas e outros corpos
celestes que orbitam em torno de uma estrela.
Nebulosas – enormes conjuntos de gases e poeiras
cósmicas.
Buraco negro – enorme quantidade de massa.
Brilho de estrelas
Tamanho
Cor
Temperatura
Brilho
Menor que o
Sol
Laranja/
avermelhado
+
*
Semelhante
ao Sol
Amarelo
++
**
Maior que o
Sol
Branco azulado
+++
***
Todos os elementos químicos existentes no Universo
formaram-se através de reações nucleares.
As estrelas podem experimentar evoluções
diferentes em função da sua massa inicial.
Diagrama de Hertzsprung-Russell (H-R)
A maior parte das estrelas encontra-se na
sequência principal porque passam a maior
parte das suas vidas, “a queimar” o
hidrogénio e o hélio através de reações
nucleares de fusão.


Reacções Químicas: os núcleos dos átomos não são
alterados. Os elementos químicos do sistema
reacional mantêm-se, havendo apenas uma alteração
das unidades estruturais do sistema reacional.
Reações Nucleares: os núcleos dos átomos são
alterados havendo transformação de uns elementos
noutros diferentes.
PARTÍCULAS
TAMANHO DAS
PARTÍCULAS
Átomos,
Reações
0,1 (átomos)
moléculas,
Químicas
1nm (moléculas)
iões, electrões
Reações
nucleares
Núcleos,
protões,
neutrões
1 fm (núcleos)
0,1 fm (protões,
neutrões)
ENERGIA POR
kg
10 MJ
10 TJ
1fm = 10-15 m; 1nm =10-9 m; 1MJ = 1x106 J; 1TJ = 1x1012 J
Nuclídeo - átomo caracterizado pelo seu número de protões e
neutrões.
Isótopos - átomos com igual número de protões mas com
diferente número neutrões.
Partícula
Símbolo
Protão
p
Neutrão
n
Electrão
e- ou β-
Positrão
e+ ou β+
Neutrino

Notação
1
1
p
ou
1
0
1
1
H
n
e ou 
0 
0 
e
ou
1
1 
0
1

0
1


0
0
É a antipartícula do electrão – mesma massa, carga contrária.
REAÇÕES - FUSÃO NUCLEAR
A escrita das equações correspondentes às reacções nucleares
deve mostrar a observância das seguintes leis:
Lei da conservação do número de nucleões – a soma dos
números de massa deve ser igual nos dois membros da
equação.
Conservação da carga total – a soma dos números atómicos
deve ser igual nos dois membros da equação.
A energia posta em jogo é milhões de vezes superior à que é
posta em jogo nas reacções químicas vulgares.
A formação dos núcleos atómicos no Universo primitivo foi
resultado de reacções nucleares. As reacções nucleares
mais importantes no Big Bang foram as que se descreve a
seguir.
Deutério
Radiação
n  p H  
2
1
Fusão Nuclear
Consiste na junção de dois núcleos pequenos com a
obtenção de um núcleo maior, de maior massa que o
conjunto dos núcleos iniciais.
Existe libertação colossal de energia.
Exemplo:
4 H  He 2 e  Energia
1
1
4
2
0
1
2
1
H  n H  


H  p He  
3
1
3
2
O deutério juntou-se a um neutrão ou
a um protão para dar,
respectivamente, trítio (isótopo do
hidrogénio) e hélio (isótopo mais leve
e menos comum do hélio).
Fusão Nuclear
2
1
H H H  p
2
1
H  H  He  n
2
1
2
1
1
3
3
2
O deutério juntou-se também a
outros núcleos de deutério para dar o
trítio e hélio-3 (libertando um protão
e um neutrão.
3
1
H  p He  
4
2


O trítio e o hélio capturaram um
protão ou um neutrão, dando hélio-4.
He  n He  
4
2
Fusão Nuclear
4
3
7
2 He1 H 3 Li  


He He Be  
3
2
7
4
O hélio-4, colidindo com o trítio ou com
o hélio-3, originou lítio e berílio-7.
Fusão Nuclear
Consiste na junção de dois núcleos pequenos com a obtenção
de um núcleo maior, de menor massa que o conjunto dos
núcleos iniciais.
Existe libertação colossal de energia.
Ex: 411H 24He 210 e  Energia
Fissão Nuclear
Um núcleo grande, instável, divide-se (cinde-se) em dois núcleos
mais pequenos e mais estáveis, com apreciável diminuição de
massa e grande libertação de energia .
1
90
143
1
Ex: 235
92
0
38
54
0
U  n Sr  Xe 3 n  Energia
FISSÃO
NUCLEAR
A seguir ao Big Bang, formaram-se
por todo o universo deutério, trítio,
hélio-3, hélio-4, lítio-7 e berílio-7.
CONCLUINDO
Todos os outros elementos que
conhecemos foram formados nas
estrelas ou em explosões de estrelas.
Evolução e Morte das Estrelas:
o nascimento de outros corpos celestes
1. A duração da vida de
uma estrela, assim como a
forma como irá terminar a
sua vida, dependem da sua
massa inicial.
3. Estrelas maiores queimam mais rapidamente o
seu combustível para produzir a energia necessária
para equilibrar a contracção gravitacional e,
portanto, a sua temperatura é mais elevada.
2. Sendo o hidrogénio o
combustível das estrelas,
é de prever que quanto
maior for a sua massa,
menor será o tempo de
vida da estrela.
4. As estrelas de maior massa têm
um tempo de vida mais curto, mas
brilham muito mais intensamente do
que uma estrela de menor massa.
ANÃ BRANCA – É o fim de uma estrela de massa
aproximadamente igual à massa solar
Esgota-se o
hidrogénio
Fase principal da
vida de uma estrela:
equilíbrio entre as
forças de pressão e a
força gravitacional.
Temperatura é suficiente para, no
núcleo: 3 24He  126C  Energia e
na camada que envolve o núcleo: 4 11H  24He  2 01e  Energia
As forças de pressão
que contrariam a força
gravitacional enfraquecem
e a estrela volta a contrairse e a aquecer.
A energia proveniente destas fusões
provoca a expansão da camada exterior
da estrela e a, consequente, diminuição da
sua temperatura. A estrela assume
proporções enormíssimas e um aspecto
avermelhado – a estrela transforma-se
numa gigante vermelha.
Após se finalizarem as reacções de
transformação de hélio em carbono
A estrela torna-se muito instável, libertando um
gás para as camadas exteriores e para o espaço
formando nuvens de gás ionizado – as nebulosas
planetárias. O núcleo da estrela contrai-se,
resultando numa estrela de carbono puro, muito
quente e densa, cujo diâmetro se aproxima do
diâmetro terrestre – uma anã branca.
ANÃ BRANCA – É o fim de uma estrela de massa
aproximadamente igual à massa do Sol
Após ter chegado a esta fase, e uma vez esgotado o seu combustível,
uma anã branca irá transformar-se numa esfera fria, sem brilho e de
densidade extraordinariamente elevada (a massa de um centímetro
cúbico de matéria de uma anã branca atinge algumas toneladas).
Nebulosa do Anel
Nebulosa do Anel do Sul
ESTRELA DE NEUTRÕES OU PULSAR - O fim de uma estrela de massa
aproximadamente 10 vezes superior à massa do Sol
A fase inicial é idêntica à
evolução de uma estrela tipo Sol –
até à fase de gigante vermelha.
Quanto o hélio se esgota
no núcleo da estrela
A energia libertada no núcleo
aquece as camadas exteriores
A temperatura atingida é suficiente para:
C  24H  168O  Energia
12
6
e, sucessivamente, vão-se formando novos
núcleos pesados como o néon, magnésio,
silício, árgon, cálcio, até ao ferro.
As reacções nucleares, sempre acompanhadas de uma nova libertação
de energia. Assim, ocorre a expansão das camadas exteriores – a
estrela transforma-se numa supergigante vermelha.
Quando a energia libertada não é suficiente
para continuar as reacções nucleares
A matéria próxima do
núcleo cai para o centro
Devido a acção da força gravitacional, ocorre o colapso violento da matéria para o
centro da estrela, o que provoca a sua explosão – a estrela em explosão é uma
supernova.
Ocorre a produção de neutrões As forças de pressão dos neutrões equilibram a força
gravitacional e o que resta do núcleo da estrela transforma-se numa esfera de densidade
de centenas de milhões de toneladas por cm3 – forma-se uma estrela de neutrões.
Estrela de Neutrões ou Pulsar - é o fim de uma estrela
de massa aproximadamente 8 vezes superior à massa
solar.
Nebulosa do Caranguejo. Vestígios
de uma supernova observada pelos
chineses em 1054 e que se encontra
a uma distância de 6000 anos-luz.
Buraco Negro -
é o fim de uma estrela de massa aproximadamente 28 vezes
superior à massa solar
A estrela passa pelas fases de supergigante vermelha e de supernova.
Devido à sua elevada massa, a força gravitacional continua a comprimir cada vez
mais o núcleo estelar, pelo que a sua densidade aumenta.
Enquanto decorre o colapso da estrela a força gravitacional
é tão elevada que nenhuma força interior a consegue
compensar.
No lugar da estrela fica uma região escura que
não emite qualquer radiação e que captura toda a
radiação, proveniente de outras fontes, que lhe
passam próximo – formou-se um buraco negro.
ilustração de um buraco negro a
devorar a sua estrela vizinha
Resumindo
M  MSol
Gigante Vermelha
Nebulosa Planetária, cujo
centro é uma Anã Branca
Nebulosa
M  8 MSol
Supergigante Vermelha
Supernova
Estrela de
Neutrões
ou Pulsar
Buraco
Negro
M  28MSol
Supergigante Vermelha
Supernova
Nucleossíntese Interestrelar
Nucleossíntese
interestelar:
lítio, berílio,
boro
H →He
Fase principal na vida
da estrela
Nucleossíntese
Primordial
Formação dos
primeiros átomos
Morte das estrelas:
génese dos elementos
de número atómico
superior ao do ferro
até ao urânio
Formação das estrelas
nuclossíntese estrelar
do hidrogénio ao ferro
H →He
He→C,O
Gigante vermelha
H →He
He→C,O
……….Fe
Supergigante vermelha
Nucleossíntese Interestrelar
Este processo de génese dos elementos químicos chama-se
nucleossíntese no meio interestrelar. Os elementos que
formam o nosso corpo, como o cálcio dos ossos, o ferro do
sangue e todos os outros elementos, foram gerados no
interior das estrelas, na matéria que as formou que delas
resultou.
Somos feitos de matéria cósmica; “somos poeira de estrelas”.
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