PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE TEATRO São João del-Rei – MG 2007 2 Histórico e Justificativa São João del-Rei, que surgiu nos primeiros anos do século XVIII e foi elevada a vila no dia 08 de dezembro de 1713, foi, durante os séculos XVIII e XIX e, em certa medida, durante as primeiras décadas do século XX, um importante centro de atividades teatrais no Estado de Minas Gerais. É por isso que Regina Horta Duarte faz uma analogia entre a importância que a cidade do Rio de Janeiro tinha para as províncias e a importância que São João del-Rei e Ouro Preto tinham para as Minas em termos teatrais: “assim como os teatros de Ouro Preto e São João del-Rei brilhavam aos olhos dos habitantes de outras cidades mineiras, a vida teatral da Corte aparecia como algo mágico para a população das outras províncias” (Duarte, 1995: 140). A importância da cidade em relação ao teatro pode ser notada pela grande quantidade de grupos amadores, pelo número de autores teatrais são-joanenses, pelos teatros lotados, pelas companhias profissionais vindas de outras cidades, comprovando com isso a intensidade do movimento teatral até pelo menos os anos 40 do século XX. As primeiras notícias que temos sobre teatro nessa cidade datam de 1782 e constam do Livro de Acórdãos da Intendência Municipal. O texto refere-se a uma Casa da Ópera: Acordaram e determinaram que o Alcaide desta vila notificasse a todos os moradores que tem testados de rua e sai da parte do lado que vai da frente da Casa da Ópera para a rua de S. Francisco para que todos continuassem a fazer os esgotos na forma em que estava principiado na boca da dita rua (Citado em Guerra, s.d.: 16). Além dessa Casa da Ópera de 1782 ou de antes ainda, pois Affonso Ávila supõe existir uma casa desse tipo em São João del-Rei já em 1775 1, Antônio Guerra menciona em seu livro mais seis teatros diferentes construídos no século XIX e outros quatorze construídos no século XX, nem todos funcionando simultaneamente, é verdade, pois muitos foram demolidos ou simplesmente desativados. Entretanto, o número nos parece já bastante significativo. Além dos edifícios teatrais, pode-se notar um número bastante significativo de autores locais. Antônio Guerra lista pelo menos 37 autores abrangendo o período que vai de 1879 a 1964 (s.d.: 9-11). Muitos são autores de uma única peça, sempre segundo Guerra, mas outros produziram várias obras dramáticas de diversos gêneros. Algumas peças de autores locais fizeram bastante sucesso, sendo, em geral, encenadas por grupos da cidade, mas também, às vezes, pelas companhias em excursão. Um desses autores teve uma de suas peças publicada em livro: Severiano de Resende, que escreveu A Virgem Mártir de Santarém. São João del-Rei era também ponto de parada de companhias teatrais vindas do Rio de Janeiro e de São Paulo. Citamos apenas a título de exemplo: Companhia de Ópera Cômica Marion André (1888); Companhia Dramática dirigida pelo ator Febo, da qual faziam parte Furtado Coelho e Apolônia Pinto (1893); Companhia de Operetas do Teatro Variedades, da qual faziam 1 Affonso Ávila diz que o empresário Sousa Lisboa referiu-se em carta de 05 de março de 1775 à atividade de 'operistas' em São João del-Rei (1978: 30). Conferir também na mesma obra a p. 6. 3 parte atores como Amélia Lopiccolo, Concetta, Ana Leopoldina, Machado, Biar, Rocha, Portugal e os bailarinos Vitulli e Terezinha Vitulli (1894); Companhia dos atores Machado e Cardoso da Mota (1897); Companhia de Variedades da atriz Apolônia Pinto (1898); Companhia Itália Fausta (1918); Companhia do artista português Chaby Pinheiro (1920); Companhia Jaime Costa (1925); Companhia de Comédias de Piolim (1931); e o Circo Teatro Dudu (1932)2. Depois de 1934 vieram ainda à cidade companhias mais conhecidas do público atual: Procópio Ferreira (1937); Irmãos Celestino (1937); Palmerim Silva (1938); e Eva e seus artistas, da atriz Eva Todor (1945). A cidade também foi pródiga em grupos de teatro amador desde o século XIX: Discípulos de Talma, Sociedade Dramática Particular, Sociedade Dramática Juvenil, Grupo Dramático Oeste de Minas, Clube Dramático Familiar, Clube União Popular, Grêmio Teatral Américo dos Santos, Grêmio Infantil Tijucano, Clube Teatral Antônio Felipe e Clube Teatral Artur Azevedo, entre os mais importantes. Os vários grupos teatrais amadores fundados tanto no século XIX, quanto no século passado, funcionavam simultaneamente, e chegaram mesmo a criar uma concorrência entre si, fato que não é abordado por Antônio Guerra, mas que pode ser vislumbrado em alguns documentos. *** Em 1992, a profa. Beti Rabetti, trabalhando como Pesquisadora Visitante na então Vicediretoria de Recursos Humanos e Assuntos Comunitários, apresentou proposta para criação do Grupo de Pesquisas em Artes Cênicas (GPAC), projeto que foi por ela implementado e coordenado até 31 de agosto de 2004, quando o professor Alberto Ferreira da Rocha Junior assumiu a coordenação do mesmo. O grupo foi estruturado a partir de três princípios fundamentais que o comprometiam já desde sua criação, com a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, com ênfase nestas duas últimas, já que não havia na instituição curso de graduação em Teatro: interdisciplinaridade, relação com a cultura local e da microrregião do Campo das Vertentes e indissociabilidade entre teoria e prática artística e cultural. O Grupo consolidou-se e conseguiu que três de seus integrantes concluíssem o Mestrado em Teatro na UNIRIO: Ana Cristina Martins Dias, Cláudio José Guilarduci e Francisco Neves Arruda (a primeira em 2000 e os outros dois em 2001). Ana Dias e Cláudio Guilarduci ainda fazem parte do Grupo e este último trabalha na UNIPAC, sendo que o prof. Guilarduci também possui bolsa de pesquisador pela FUNADESP, desenvolve projeto de pesquisa sobre peças teatrais sãojoanenses e também é professor na UEMG. Além disso, outro integrante do Grupo, Wagner Teixeira Dias, graduado em Letras da UFSJ, obteve seu registro de ator profissional em Belo Horizonte. Isso demonstra que o Grupo de Pesquisas em Artes Cênicas da UFSJ teve competência para formar pesquisadores e profissionais. Em 1994 e 1995, o Grupo ofereceu uma Oficina de Extensão em Interpretação Teatral, financiada pelo PROEXTE do MEC/SESU. No dia 11 de outubro de 2003, J.Dângelo publicou na 2 Todas as informações foram retiradas do livro de Antônio Guerra. 4 Gazeta de São João del-Rei uma carta pública ao então Reitor da UFSJ, prof. Mário Neto Borges, sugerindo a necessidade de criação de um curso de Teatro na universidade. Aprovado o projeto de extensão no Departamento de Letras, Artes e Cultura, o mesmo obteve apoio da Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, na pessoa da profa. Valéria Kemp e da Reitoria, na pessoa do prof. Mário Neto Borges para sua realização. A Oficina possuía íntima relação com as pesquisas desenvolvidas pelo GPAC e, portanto, ofereceu uma ênfase no estudo teórico/prático do teatro musicado brasileiro, perfazendo um total de 360 hs. As aulas foram ministradas durante todo o ano de 2004, iniciou com trinta alunos e terminou com vinte e oito. O espetáculo final foi representado três vezes recebendo um público de aproximadamente 1.200 pessoas, número obtido pela contagem dos ingressos. O projeto contou com o apoio do vereador Adenor Simões Coelho, enquanto coordenador do projeto de modernização do Teatro Municipal de São João del-Rei, no qual foram realizadas algumas aulas, uma Aula Aberta, ensaios e apresentações do espetáculo de fim de curso, que foi encenado sob a direção de Adyr Assumpção e tinha como título A ponte, a fonte, o teatro e o burro: uma revista cômico-carnavalesca. No ano de 2005, a Reitoria, na pessoa do prof. Helvécio Luiz Reis, a Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários e o Departamento de Letras, Artes e Cultura voltaram a realizar a Oficina, cujas aulas começaram em março com 29 alunos e terminaram em dezembro do mesmo ano. Foi encenada a comédia Casa de Orates de Artur Azevedo com direção de Rita Gusmão (UFMG). O texto foi escolhido por estar sendo desenvolvida pesquisa com alunos de graduação e mestrado sobre a obra do autor maranhense. Em 2006, a Oficina de Interpretação Teatral teve nova edição e realizou espetáculo intitulado Sertão Menino, inspirado em conto de João Guimarães Rosa. Após a vinda da profª. Cláudia Braga para a universidade em 1997, foi criado o GETEB, Grupo de Estudos em Teatro Brasileiro, cujo trabalho vem sendo direcionado ao estudo do teatro brasileiro, em especial à dramaturgia de cunho popular. O trabalho desenvolvido pela professora gerou a publicação do livro Teatro em Minas Gerais, a publicação em dois volumes da obra teatral de Coelho Neto (em 1998 e 2001), pela Funarte, e o volume Em busca da brasilidade: teatro brasileiro na Primeira República em 2003, pela Perspectiva, e a tradução da obra Le Mélodrame, publicada em 2005 também pela Perspectiva, todos resultados diretos de pesquisas realizadas pelo grupo. Pela seriedade de suas propostas, o GETEB vem contando ininterruptamente com o apoio de Instituições de fomento à pesquisa como a FAPEMIG, o CNPq e a CAPES, para o desenvolvimento de seu trabalho. Neste momento, o grupo consolida estudos até então realizados. Para o período de trabalhos 2003-2006 o grupo definiu o tema "Tradição e Modernidade", a partir do qual foram analisadas as manifestações do teatro popular estudadas no âmbito do Projeto de Pesquisa Do Melodrama à Telenovela: dramaturgia popular no Brasil. Desde agosto de 2004 o GETEB como um todo encontra-se envolvido, ainda, no projeto de pesquisa "Barbara Heliodora: sessenta anos pensando o teatro no Brasil" trabalho que envolve a 5 digitalização do acervo da crítica teatral que dá nome ao projeto e que tem como um de seus objetivos sua divulgação por meio digital e impresso a partir de 2005. Atualmente a profª Claudia Braga realiza projeto de pós-doutorado na França. No fim de 2004, quando do processo seletivo para ingresso na UFSJ, foi realizada a seguinte questão: “Caso os cursos listados abaixo fossem oferecidos pela UFSJ, em qual deles você se inscreveria?” 404 (quatrocentos e quatro) inscritos optaram pela alternativa ‘Teatro’, um número significativo. Esse breve histórico deixa evidente que a Universidade Federal de São João del-Rei possui vários motivos para abrir um curso de graduação em Teatro. Em primeiro lugar, é importante sublinhar o fato de que a cidade e a região possuem uma longa tradição das artes cênicas que remonta ao século XVIII; possui um Teatro Municipal, inaugurado em 1893, atualmente com 480 lugares, recentemente equipado e reestruturado; a UFSJ possui um acervo notável de documentos da área que vem sendo organizado e estudado desde 1992; finalmente, durante o Inverno Cultural, evento realizado pela Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da UFSJ e que em 2008 terá sua 21ª edição, tem como um de seus pontos fortes a área em questão com enorme procura pelas oficinas e pelos espetáculos de artes cênicas que sempre deixam os teatros e praças lotados. Em segundo lugar, a infra-estrutura necessária para a realização do curso já está bastante adiantada, com dois teatros (um no Campus Dom Bosco e outro no Campus Santo Antônio) uma boa biblioteca, incluindo alguns periódicos e os laboratórios e salas de aula que podem ser utilizados nos turnos diurnos. Em terceiro lugar, há evidência, pelos questionários já realizados, de que haverá demanda para o curso. Por fim, gostaríamos de salientar que o projeto de graduação em Teatro nasce de projetos de pesquisa e extensão que já são desenvolvidos, o que significa que o curso terá um crescimento e consolidação bastante tranqüilos. 6 Identificação do curso e local de funcionamento: Graduação em Teatro. O local ideal de funcionamento é o Campus Dom Bosco por possuir teatro e acervo bibliográfico significativo que já é utilizado pelo curso de Letras. No caso de ser necessário realizar o curso no Campus CTAN teríamos a dificuldade de não possuirmos um teatro e termos que deslocar parte do acervo bibliográfico para este último campus. Turno de funcionamento, número de vagas e dimensão das turmas. O curso de graduação em Teatro deverá funcionar preferencialmente no turno vespertino a partir de 13:30 até no máximo 18:30. Serão oferecidas 50 (quarenta) vagas por ano. Para muitas disciplinas práticas serão oferecidas subturmas de 25 (vinte) alunos. Dados sobre o corpo docente É fundamental que o corpo docente que for constituído para o curso de graduação em Teatro seja formado de uma quantidade significativa de professores que já tenham desenvolvido projetos artísticos, de pesquisa e/ou extensão, relacionados à Cultura Popular, ao Teatro Musicado e a trabalho com Fontes Primárias e Acervos. Esse perfil não visa buscar uma especialização precoce do aluno, mas investir num diferencial em relação a outros cursos de graduação, contribuir para os trabalhos já desenvolvidos no Mestrado em Letras da UFSJ e dialogar com a realidade local e estadual. Evidentemente que os alunos deverão possuir uma visão panorâmica da situação dos estudos teatrais no Brasil e no mundo durante seus quatro anos de graduação. Serão necessários 14 docentes em regime de 40 horas DE para o funcionamento do curso. Em linhas gerais, os docentes estarão quantitativamente divididos da seguinte forma: 3 (três) para Teoria e História, 2 (dois) para Estágios e 9 (nove) para os módulos práticos. É necessário contratar ao menos dois professores para o início do curso. Biblioteca A biblioteca da UFSJ já possui um acervo razoável de obras da área de artes cênicas, sobretudo em relação à dramaturgia, pois os livros também são usados para o curso de Graduação e para o Programa de Mestrado em Letras. Há uma boa quantidade de livros de dramaturgos nacionais desde Anchieta até Nelson Rodrigues, além de algumas obras contemporâneas. Há também livros de História do Teatro Brasileiro e Mundial e livros de Teoria do Teatro. Há também alguns livros sobre circo, dança e ópera, completando o quadro geral das Artes Cênicas. É necessário, contudo, adquirir mais exemplares de algumas obras de História do Teatro que já constam em nossas estantes, além de livros de Dramaturgia de outros países. A maior lacuna da biblioteca é certamente na área de prática teatral, pois faltam obras atualizadas sobre Interpretação e Direção Teatral. A UFSJ conta também com um importante acervo de obras teatrais que pertenceu ao amador local Antônio Guerra. Esse acervo encontra-se em sua quase totalidade classificado. São 7 mais de mil peças teatrais impressas, datilografadas e manuscritas, além de partituras, fotos e jornais. O referido acervo já é objeto de pesquisa de alunos de Iniciação Científica do curso de Graduação em Letras da UFSJ e de alunos do Mestrado em Letras de nossa instituição. Outras informações sobre as obras podem ser consultadas no endereço eletrônico www.acervos.ufsj.edu.br . O projeto que resultou na criação da página eletrônica e na publicação de um CD-ROM obteve financiamento da FAPEMIG. Apesar da falta de um maior número de exemplares, pode-se dizer que seria possível iniciar o curso de graduação com a compra inicial de duzentos títulos, perfazendo um total de 600 exemplares. Em relação aos periódicos, apesar de ser necessário adquirir novos exemplares, a FUNARTE e professores da UFSJ têm doado obras importantes para a Biblioteca, como uma boa coleção da revista Dyonisos, outra da revista da SBAT e números avulsos da revista Folhetim e dos Anais da Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-graduação em Artes Cênicas (ABRACE). Espaço físico e equipamentos necessários O curso precisa de salas de aulas para módulos programáticos teóricos e práticos. A UFSJ já dispõe de salas arejadas e suficientemente amplas com infra-estrutura de acesso a portadores de necessidades especiais que podem ser usadas para os módulos teóricos. As aulas práticas precisam ser desenvolvidas em salas que possuam cortinas de tecido para propiciar um ambiente isolado da interferência de passantes e de luz solar. Essas salas não precisam de isolamento acústico, mas é recomendável que não fiquem muito próximas de salas de aula com outras disciplinas ocorrendo simultaneamente. É muito importante que se possa utilizar com bastante freqüência o Teatro do Campus Dom Bosco e o do Campus Santo Antônio não apenas para aulas, mas também para ensaios e montagens teatrais, o que acarretará uma significativa diminuição do uso dos teatros por parte da comunidade acadêmica em geral. Entretanto, os teatros precisam de uma reforma estrutural, sobretudo para que possam ser adquiridos equipamentos de som e de luz adequados às necessidades de um curso de graduação em Teatro. O teatro do Campus Santo Antônio encontra-se em melhor estado de conservação e precisa sobretudo de reforma na parte elétrica para serem instalados refletores e aparelhagem de som. Ele já possui uma boa acústica, cabine de som e luz, urdimento e bastidores. O teatro do Campus Dom Bosco é o que precisa de maiores reparos, pois sua acústica não é boa e seu urdimento cedeu espaço à atual sala do SETEC que precisaria ser desativada para que o teatro voltasse a funcionar de modo completo. Há uma cabine de som e de luz, mas precisariam ser adquiridos os respectivos equipamentos. A vantagem do teatro do Campus Dom Bosco é que ele possui um camarim bastante espaçoso com salas para maquiagem e banheiros com chuveiros, bastando uma reforma para que esteja apto para funcionar. São necessárias também cortinas para isolar o ambiente da luz solar. É também necessário uma sala para as aulas de Expressão Corporal e Dança. Este é o único espaço físico de que a UFSJ não dispõe até o momento. A sala precisa ser ampla, 8 iluminada e arejada, ter piso de tábua sem cera ou ser recoberto com linóleo e espelhos. Esta é a única sala que não pode ser utilizada para outras finalidades. Tendo em vista que serão construídos cenários para os espetáculos, é importante que a marcenaria da universidade possa estar disponível para a confecção dos mesmos e que esteja disponível um galpão ou espaço do gênero para armazenamento do material produzido. O Grupo de Pesquisas em Artes Cênicas já acumulou uma quantidade razoável de figurinos e adereços em seus 14 anos de existência. Esse material está todo dentro do referido camarim do Teatro Dom Bosco e precisaria ser guardado e organizado em outra sala mais adequada. 9 Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Teatro Apresentação e Justificativa Preservada a concepção universalista das idéias e os objetivos nacionais próprios a uma Instituição Federal de Ensino Superior, a Universidade Federal de São João del-Rei deve também assumir compromissos com: o conhecimento e a transformação da realidade mineira; a pesquisa, a recuperação e a revitalização do rico patrimônio material e imaterial representado pela pluralidade cultural de Minas Gerais; o uso eficiente, moderno e ecológico de recursos naturais; o esforço de recuperação da qualidade e produtividade do ensino em Minas, em todos os níveis; as vocações e potencialidades da região em que está inserida e com as demandas da sociedade; a interiorização de fatores de elevação da qualidade de vida, do ensino e da pesquisa; a redução das desigualdades sociais e regionais. formação de atores, diretores e professores de teatro. A função da Universidade, através, no caso, do curso de graduação em Teatro, é prover a formação de recursos humanos aptos para o exercício da docência no nível do ensino fundamental (quatro últimas séries) e médio e também aptos para atuar no mercado de trabalho artístico. Tendo em vista que o objetivo de toda Instituição de Ensino Superior é o aprimoramento dos estudos relativos a cada área do Conhecimento que ela se propõe a fomentar, tendo ainda como princípio ser um centro de irradiação de conhecimento através do ensino, da pesquisa e da extensão, a UFSJ vislumbra a criação do Curso de graduação em Teatro com Habilitação em Interpretação e em Licenciatura. O Curso visa à formação e profissionalização em nível superior de jovens e adultos, assegurando-lhes uma formação inicial de qualidade e crítica, habilitando-os para atuar tanto em áreas artísticas quanto em processos educativos e pedagógicos em espaços escolares e não-escolares. Justifica-se também pela possibilidade de atender às demandas de formação de professores para a educação básica da região e do Estado de Minas Gerais e pelo destaque que o Estado tem obtido nas Artes Cênicas em geral tanto através de grupos artísticos quanto através de Festivais. Na perspectiva da formação de profissionais na área de Artes, mais especificamente Teatro, e levando ainda em consideração, a inexistência de Cursos de Graduação em Teatro na região, a grande demanda pelos cursos de extensão oferecidos pelo GPAC e pelos cursos e oficinas ofertados no Inverno Cultural da UFSJ, podemos constatar que existe uma grande demanda de jovens e adultos com pretensões de obter um diploma de curso superior em Teatro. Além disso, a Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96 explicita a realização da ação do Estado no campo educacional estabelecendo que "o ensino da arte constituirá componente obrigatório, nos 10 diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos" 3 . A proposta do Curso tem como parâmetros os dispositivos da legislação federal – Lei nº. 9394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, a Resolução CNE/CP nº 2 de 19 de fevereiro de 2002 que institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, graduação plena e as Diretrizes Curriculares para o Curso de Graduação em Teatro. O eixo norteador do Curso visa assegurar uma formação teórico-metodológica comprometida: com a aprendizagem do aluno para atuar em ambientes escolares e não-escolares; com as diversidades econômico-sociais, religiosas, de gênero e étnico-culturais; com desenvolvimento de práticas investigativas e de pesquisa visando o ensino e a aprendizagem, assim como o processo de construção de conhecimentos; com o uso de tecnologias da informação e da comunicação e de metodologias, estratégias e materiais de apoio inovadores; com a elaboração e execução de projetos e trabalhos coletivos, objetivando o desenvolvimento de práticas democráticas e participativas; com a formação do aluno comprometido ética e socialmente com sua prática profissional. Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, sancionada em 1996 (Lei n° 9.394/96), o ensino de Arte passou a ser obrigatório na Educação Básica (cf. art. 26, § 2°), e, ao ser incluído na estrutura curricular como área, a Arte deixou de ser considerada apenas como uma atividade complementar à própria educação. Neste mesmo caminho, o Ministério da Educação, respaldado por essa lei, lançou as propostas dos PCNs–Parâmetros Curriculares Nacionais. Os Parâmetros atualmente ocupam talvez o único locus de referência para os profissionais de educação que pretendem utilizar a Arte na elaboração de seus projetos pedagógicos, na reflexão da prática educativa cotidiana, na análise de materiais pedagógicos e na própria discussão sobre educação. Tendo em vista que as escolas públicas e particulares do interior do Estado quase não possuem professores com formação específica na área de Artes, um curso de graduação em Arte Cênicas poderá suprir, na medida do possível, tal deficiência. OBJETIVOS DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM TEATRO DA UFSJ Objetivo Geral Formar profissionais capazes de responder de forma autônoma, segura e inovadora às solicitações profissionais pertinentes às atribuições de um graduado em Teatro, preocupando-se com os aspectos artísticos, culturais e sociais de sua área em geral. 3 A Nova LDB (Lei nº 9.394/96). Cap. 5, art.26, § 2º. 11 Objetivos específicos Formar um profissional capaz de lidar com teorias, conceitos e métodos próprios do Teatro; Consolidar na UFSJ um centro de ensino, pesquisa e extensão de excelência em Teatro, capaz de promover o conhecimento da pluralidade de saberes desenvolvidos nas diversas áreas do teatro. Desenvolver uma proposta acadêmica que considere os princípios da interdisciplinaridade, da inclusão social e cultural, da formação continuada e do pluralismo cultural. Expandir a vivência teatral e dinamizar as atividades artísticas e a produção cênica. formar um profissional crítico e comprometido ética e socialmente com as questões sociais e contemporâneas; Formar agentes culturais multiplicadores para agirem em suas comunidades, favorecendo a transformação da sociedade brasileira pela experiência educativa e cultural. Desenvolver os potenciais de sensibilidade e expressividade artísticas bem como os conceitos da linguagem cênica, por meio de ação teórico-prática. Fortalecer atividades de extensão que possibilitem integração entre a universidade e a comunidade, pelo intercâmbio dos saberes populares e acadêmicos. Estimular o desenvolvimento do espírito crítico e construtivo favorecendo a inserção do profissional de Teatro – ator ou educador – no universo das transformações sociais. Formar professor capaz de participar ativamente da vida da escola e de identificar o seu papel como agente de transformação social. Objetivos do Bacharelado em Interpretação Teatral a) Formar bacharéis em “Teatro: Interpretação” capacitados para o desempenho da atuação/interpretação teatral. b) Formar bacharéis em “Teatro: Interpretação” capacitados a investigar e refletir criticamente sobre os diversos processos estéticos da arte de interpretar. Objetivo da Licenciatura em Teatro 12 a) Possibilitar o conhecimento dos princípios da educação e dos processos referentes ao desenvolvimento e aprendizagem necessários à prática pedagógica direcionada para o Teatro nas escolas de Ensino Básico. b) Formar professores aptos a coordenar o processo educacional no exercício da construção de conhecimentos teóricos e práticos sobre as linguagens cênica e teatral, tanto no âmbito da educação formal como em Cursos profissionalizantes de formação de atores e, ainda, para atuação no ensino não formal, por meio de oficinas pedagógicas e ação cultural. c) Estabelecer o exercício de procedimentos de reflexão, investigação, análise e crítica dos processos educacionais associados aos processos da arte teatral, implementando a pesquisa no âmbito da educação artística, buscando práticas inovadoras e efetivas. Perfil do egresso do Curso de Graduação em Teatro São as seguintes as competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno de graduação em Teatro na UFSJ: I - conhecimento da linguagem teatral, suas especificidades e seus desdobramentos, inclusive conceitos e métodos fundamentais à reflexão crítica dos diferentes elementos da linguagem teatral; II - conhecimento da história do teatro, da dramaturgia e da literatura dramática; III - domínio de códigos e convenções próprios da linguagem cênica na concepção da encenação e da criação do espetáculo teatral; IV - domínio técnico e expressivo do corpo e da voz visando a interpretação teatral; V - domínio técnico construtivo na composição dos elementos visuais da cena teatral; VI - capacidade de auto aprendizado contínuo, exercitando procedimentos de investigação, análise e crítica dos diversos elementos e processos estéticos da arte teatral. VII - conhecimento de princípios gerais de educação e dos processos pedagógicos referentes à aprendizagem e ao desenvolvimento do ser humano como subsídio para o trabalho educacional direcionado para o teatro e suas diversas manifestações; VIII - capacidade de coordenar o processo educacional de conhecimentos teóricos e práticos sob as linguagens cênica e teatral, no exercício do ensino de Teatro, tanto no âmbito formal como em práticas não-formais de ensino; IX – capacidade de refletir criticamente sobre a prática docente cotidiana para compreender tanto as características dos processos de ensino-aprendizagem, quanto à do contexto em que o ensino ocorre, de modo que sua atuação reflexiva facilite o desenvolvimento autônomo e emancipador dos sujeitos que participam do projeto educativo; 13 As competências acima citadas estão em total acordo a Resolução CNE/CES nº 4, de 08 de março de 2004, que aprova as Diretrizes Curriculares Nacionais para Cursos de Graduação em Teatro. Estágio supervisionado A articulação teoria-prática também é desenvolvida e incentivada na realização dos estágios que propiciam uma visão crítica da dinâmica das relações existentes no campo institucional e na aquisição de novos conhecimentos e experiências. São considerados campos de estágio de Licenciatura: escolas públicas e privadas de Educação Básica e demais instituições escolares ou não que requeiram o saber pedagógico na elaboração, planejamento e gestão de projetos educativos, artísticos ou culturais. De acordo com a Resolução de 19 de fevereiro de 2002, o aluno deverá cumprir uma carga horária de 400h de Estágio Supervisionado. Trabalho de Conclusão de Curso Para a conclusão do curso de Bacharelado, o aluno deverá elaborar um trabalho de Conclusão de Curso (TCC), sendo requisito parcial para aprovação. O Trabalho de Conclusão de Curso terá duas modalidades: Monografia ou Relato de Projeto Artístico Experimental. Ao aluno será oferecido um professor orientador, a partir do quarto semestre. Verificação do Rendimento Será processada por disciplina, com apuração no final de cada período letivo, abrangendo sempre assiduidade (mínimo 75%), e eficiência nos estudos (mínimo de 60 pontos). 5. Avaliação Nesta proposta de curso, a avaliação tem como objetivo mediar o processo de ensino e aprendizagem, partindo das especificidades de cada atividade pedagógica e dos módulos programáticos, assim como das particularidades do processo de elaboração do conhecimento dos alunos e das propostas dos docentes. Nesse sentido, propõe-se uma “avaliação diagnóstica” e continuada, substrato para o aperfeiçoamento do Curso, da metodologia do professor e do desempenho do aluno, constituindo assim, parte integrante do plano do curso, da unidade e da aula, envolvendo alunos e professores no mesmo processo. A partir desses princípios, propõe-se um sistema de avaliação do Curso e das atividades pedagógicas que verifique as competências e habilidades desenvolvidas. Nesse sistema, os 14 critérios de avaliação devem ser discutidos previamente com os alunos, assim como os resultados e as medidas a serem tomadas para o aperfeiçoamento do processo. A nota para promoção em disciplinas obrigatórias, optativas e eletivas segue o estabelecido no Regimento da UFSJ. Dentre as atividades disciplinares e pedagógicas, o estágio e o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) são condições fundamentais para obtenção do diploma de graduação. Desenho Curricular do Curso de Graduação em Teatro A Resolução do Conselho Nacional de Educação CNE/CP 2 de 19 de fevereiro de 2002, institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior. Conforme a Resolução, a carga horária dos cursos de formação de professores será efetivada mediante integralização de, no mínimo, 2800 (duas mil e oitocentas) horas, nas quais a articulação teoria-prática garanta, nos termos dos seus projetos pedagógicos, as seguintes dimensões dos componentes comuns: I - 400 (quatrocentas) horas de prática como componente curricular, vivenciadas ao longo do curso; II - 400 (quatrocentas) horas de estágio curricular supervisionado a partir do início da segunda metade do curso; III - 1800 (mil e oitocentas) horas de aulas para os conteúdos curriculares de natureza científico-cultural; IV - 200 (duzentas) horas para outras formas de atividades acadêmico-científico-culturais. Parágrafo único. Os alunos que exerçam atividade docente regular na educação básica poderão ter redução da carga horária do estágio curricular supervisionado até o máximo de 200 (duzentas) horas. Art. 2° A duração da carga horária prevista no Art. 1º desta Resolução, obedecidos os 200 (duzentos) dias letivos/ano dispostos na LDB, será integralizada em, no mínimo, 3 (três) anos letivos. DURAÇÃO DIAS LETIVOS SEMESTRAIS/ANUAIS SEMANAS LETIVAS TOTAL HORAS/AULA TOTAL HORAS/AULA TEMPO DE INTEGRALIZAÇÃO REGIME DIDÁTICO ESTÀGIO Nº. DE VAGAS Nº. DE TURMAS TURNO FORMA DE INGRESSO 04 anos 90/180 18 2.832 (Licenciatura) 2.432 (Bacharelado Mínimo: 3 anos e meio/máximo 07 anos Período/semestral 400 horas 50 1 com 2 subturmas em módulos práticos Noturno Classificação em processo seletivo 15 com prova de habilidade específica O desenho curricular desta proposta de graduação em Teatro segue aquele implementado já há alguns anos no curso de graduação em Letras da UFSJ. Seu desenho busca o máximo de flexibilização curricular possível de modo a que o aluno possa, sob a supervisão de seu orientador acadêmico, dar ênfase aos conteúdos que achar mais importantes para sua formação. Também temos como objetivo diminuir as dificuldades criadas pelo excesso de pré-requisitos, o que, em geral causa bastante transtorno tanto para o curso quanto para o aluno. Na verdade, seguimos a idéia de que a própria formação acadêmica, em muitos casos, não precisa seguir sempre a temporalidade cronológica (Teoria Literária I, II e III, ou História do Teatro I, II e III e assim por diante). Com a flexibilização curricular facilitamos a oferta dos módulos que podem ser modificados de acordo com a produção do conhecimento em geral e de acordo com os projetos de ensino, pesquisa e extensão em andamento, tornando mais forte a indissociabilidade desses três pilares da universidade. Isso significa que os módulos programáticos que serão listados abaixo são sugestões que podem vir a ser modificadas pelo Colegiado do Curso, há apenas a obrigatoriedade de cumprir a carga horária das unidades programáticas, tal como elas será apontadas abaixo. Ficou assim constituído o desenho curricular da graduação em Teatro: Estrutura O curso é dividido em três ciclos que não são consecutivos. Os ciclos são esferas de conhecimento desenvolvidas a partir de certos eixos ou níveis. Curso I de Artes II Cênicas III Ciclo comum às duas habilitações, com 1.044h de formação básica, previsto para ser desenvolvido em três semestres. Ciclo formador, com 1.188 horas de trabalho acadêmico. Ciclo habilitacional, apenas para licenciatura, com 400 horas de estágio. Observação: tanto no caso de Bacharelado quanto de Licenciatura são obrigatórias 200 hora em Atividades Acadêmicas Complementares Ao final do primeiro ciclo e/ou início do segundo ciclo, o aluno deverá fazer a opção pelo bacharelado ou pela licenciatura, ou pela habilitação dupla. Dos Ciclos do Curso de Teatro Cada ciclo do curso de graduação em Teatro é subdividido em unidades programáticas, que, por sua vez, são subdivididas em módulos programáticos. O aluno deverá cursar obrigatoriamente um número mínimo de horas em cada unidade programática, não havendo, portanto, módulos obrigatórios. 16 PRIMEIRO CICLO (1.044h) No primeiro ciclo do curso de Teatro o aluno deverá cursar 1.044 horas/aula em atividades introdutórias de práticas interpretativas, fundamentação sócio-cultural, estruturação e criação teatrais, distribuídas em unidades programáticas, como se segue: Unidade programática nº 1 360h distribuídas em módulos de tamanhos variáveis em INTRODUÇÃO A PRÁTICAS DE ATUAÇÃO número de horas, ministrados por diferentes professores, abrangendo a unidade programática. Jogos Teatrais (72h) Improvisação cênica (72h) Fundamentos da interpretação teatral (72h) Princípios da Expressão corporal (72h) Princípios da Voz em cena (72h) Módulos programáticos Unidade programática nº 2 INTRODUÇÃO À FUNDAMENTAÇÃO SÓCIOCULTURAL 432h distribuídas em módulos de tamanhos variáveis em número de horas, ministrados por diferentes professores, abrangendo a unidade programática. Estética (72h) História da arte (72h) Teatro e cultura (72h) História do espetáculo (216h) Módulos programáticos Unidade programática nº 3 INTRODUÇÃO À ESTRUTURAÇÃO E À CRIAÇÃO TEATRAIS Módulos programáticos 252h distribuídas em módulos de tamanhos variáveis em número de horas, ministrados por diferentes professores, abrangendo a unidade programática. Iluminação (36h) Cenografia e indumentária (72h) Introdução à dramaturgia (72h) Direção teatral (72h) Observações: As cargas horárias para cada módulo programático tanto do primeiro quanto do segundo ciclos são variáveis e podem ser modificadas de acordo com decisão do Colegiado de Curso. Ao final do primeiro ciclo, o aluno deverá solicitar um professor orientador que será responsável por: ♦ a cada etapa, acompanhar o aluno na elaboração de sua projeção de matrícula e ♦ projetar, orientar e conceituar as avaliações diagnóstica e final do segundo ciclo do curso. SEGUNDO CICLO (1.388h) 17 Das 1.388 horas integralizadoras do segundo ciclo, 1.188 horas serão distribuídas em estudo acadêmico oferecido em módulos de tamanhos variáveis, podendo ser ministrados por diferentes professores, dentro das unidades programáticas. 200 horas constarão de Atividades Acadêmicas Complementares. A partir do segundo ciclo, o aluno deverá fazer sua própria formação acadêmica, dentro de parâmetros previamente estabelecidos para suas escolhas pessoais, e de acordo com seu professor orientador, dentro das ofertas que o Curso de Teatro fará, a saber: Unidade programática nº 1 468h distribuídas em módulos de tamanhos variáveis em Práticas de atuação número de horas, ministrados por diferentes professores, abrangendo a unidade programática. Teorias e métodos de atuação cênica (216h) Voz em cena (72h) Musicalidade e ritmo cênico (72h) Dança (108h) Módulos programáticos Unidade programática nº 2 ESTRUTURAÇÃO E CRIAÇÃO TEATRAIS 288h (Licenciatura) e 324h (Bacharelado) distribuídas em módulos de tamanhos variáveis em número de horas, ministrados por diferentes professores, abrangendo a unidade programática. Laboratório de Escrita Cênica (72h-Licenciatura) Laboratório de Montagem Teatral (108h-Bacharelado) Estudos Teatrais: Montagem (216h) Módulos programáticos Unidade programática nº 3 FUNDAMENTAÇÃO SÓCIO-CULTURAL Módulos programáticos 360h (Bacharelado) e 432h (Licenciatura) distribuídas em módulos de tamanhos variáveis em número de horas, ministrados por diferentes professores, abrangendo a unidade programática. História do espetáculo (144h-Bacharelado e 216Licenciatura) Teatro e cultura popular (72h) Crítica Teatral (36h) Ética (36h) Estudos de dramaturgia (72h) O aluno também poderá cursar disciplinas de outros departamentos ou cursos da UFSJ e de outras instituições afins, escolhidas juntamente com cada orientador acadêmico. Os módulos cursados em domínio conexo não poderão ultrapassar o total de 288 horas. O Curso de Teatro pode oferecer módulos não presenciais,atendida a legislação vigente. Durante todo o curso o aluno deverá contabilizar 200 horas em Atividades Acadêmicas Complementares, destinadas ao enriquecimento didático, curricular, científico e cultural. 18 3º Ciclo: 400h LICENCIATURA O aluno deverá cursar 400 horas de Estágio Curricular Supervisionado. DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO Conforme definido por legislação pertinente, o Estágio Supervisionado “é o tempo de aprendizagem que, através de um período de permanência, alguém se demora em algum lugar ou ofício para aprender a prática do mesmo e depois poder exercer uma profissão ou ofício. Assim o estágio supõe uma relação pedagógica entre alguém que já é um profissional conhecido em um ambiente institucional de trabalho e um aluno estagiário. Por isso é que este momento se chama estágio supervisionado”. O Estágio Supervisionado dará ao estudante um conhecimento real da situação de trabalho. É aí que ele poderá “verificar e provar a realização das competências exigidas na prática profissional”. Com a finalidade de inserir o aluno/futuro professor nessa situação real de trabalho, haverá um projeto para que ele realize o Estágio Supervisionado de forma condizente ao estipulado. O projeto será acompanhado e avaliado pelos professores responsáveis junto ao Colegiado de Curso e pelas escolas em que ele for realizado, sendo que serão especificados claramente os objetivos e as tarefas pertinentes. Ao final do estágio, o aluno deverá apresentar um relatório ao seu orientador de estágio da UFSJ. Em relação à área de Artes como um todo e especificamente em relação à área de Teatro, tem-se realizado um grande esforço para que as Licenciaturas ofereçam estágios supervisionados por professores da área específica. Ainda que os módulos programáticos da área de Pedagogia sejam importantes para a formação do Licenciado, mais importante ainda é que o Estágio seja supervisionado por docente que conheça profundamente a área de Teatro e as especificidades de seu ensino na Educação Básica. O Estágio Supervisionado deve ser realizado em instituição formal de Ensino Básico. Além disso, até cinqüenta por cento da carga horária poderá ser realizada em outras instituições, oficinas e cursos livres de introdução ao teatro, dentro e fora da UFSJ para público variado, ou em escola de formação de atores. Tais instituições formais ou informais deverão ser previamente cadastradas pelo Colegiado do Curso de Teatro. Os estágios também podem ser vinculados a projetos de pesquisa e/ou de extensão de professores da UFSJ em geral. O aluno de licenciatura que estiver atuando como docente poderá ter a carga-horária reduzida em cinqüenta por cento, conforme a Resolução CNE/CP nº 2, de 19 de fevereiro de 2002. É importante ressaltar que somente o aluno matriculado em Estágio Supervisionado e cumprindo as exigências estabelecidas pelo Colegiado será considerado estagiário. Práticas 19 anteriores ao período de matrícula no estágio supervisionado deverão ser formalizadas e entregues ao professor orientador no prazo máximo de noventa dias após o término de realização e serão analisadas pelo Colegiado do Curso de Teatro, para que sejam avaliadas como atividades de estágio. Somente mediante aprovação do Colegiado é que as práticas serão incluídas na carga horária do estágio. O aluno, para iniciar o estágio de observação, de planejamento, de regência, matricular-se, previamente, a partir do quarto semestre. deverá O estágio de quatrocentas horas será organizado da seguinte forma: quatro módulos de 70 horas (30 horas presenciais e 40 horas de prática: observação, planejamento e regência) e um módulo programático de 120 horas (60 horas presenciais e 60 horas de regência), perfazendo o total de 400 horas de estágio. BACHARELADO Trabalho de Conclusão de Curso: O Trabalho de Conclusão de Curso é componente obrigatório para a conclusão do Curso de Bacharelado. Os alunos do Bacharelado em Interpretação Teatral deverão realizar Trabalho de Conclusão de Curso, com 36 horas no total, que poderá consistir em trabalho escrito a partir de uma das seguintes opções abaixo: I - Direção: direção de espetáculo teatral aberto ao público em geral. II - Interpretação: atuação em espetáculo teatral aberto ao público em geral. DAS ATIVIDADES ACADÊMICAS COMPLEMENTARES A Resolução CNE/CP 2, de 19 de Fevereiro de 2002, que institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior, prevê, no inciso IV do Artigo 1º, 200 ( duzentas) horas para outras formas de atividades acadêmico-científico-culturais. A discriminação das atividades aceitáveis para o Curso de Teatro, assim como a pontuação para o aproveitamento dessas atividades, serão determinadas em Resolução a ser elaborada pelo Colegiado de Curso. Deverão ser contempladas atividades de ensino, pesquisa e extensão, além de atividades administrativas, de participação em órgãos colegiados, de participação em entidades estudantis como CAs e DCE, etc. Ementário da Unidade programática nº 1 do Primeiro Ciclo 20 Os módulos que seguem abaixo com suas ementas e bibliografias devem ser considerados dentro da flexibilidade curricular desenhada para o curso de graduação em Teatro. Isso significa que o módulo intitulado História do Espetáculo necessariamente terá subdivisões. Exemplo: História do espetáculo: da Grécia clássica ao período medieval; História do Espetáculo: as encenações do Teatro de Arte de Moscou; História do Espetáculo: a evolução do espaço cênico e assim por diante. JOGOS TEATRAIS EMENTA: Introdução à linguagem dramática por meios de exercícios e jogos teatrais. Os jogos teatrais como instrumento da experiência cênica. Os jogos teatrais no trabalho do ator. O texto no jogo teatral. CONTEÚDO PROGRAMATICO: Compreensão de Jogos: origem, estrutura e aplicação. Jogos Teatrais para atores e não-atores. Características e Estruturas dos Jogos Teatrais, dos Jogos Dramáticos e dos Jogos Espontâneos. O texto na proposta dos jogos teatrais. Vivências e reflexões sobre os Jogos Teatrais. Treinamento do ator através dos jogos teatrais. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA AZEVEDO, Sônia Machado de. O papel do corpo no corpo do ator. São Paulo: Perspectiva, 2002. BOAL, Augusto. Técnicas latino-americanas de teatro popular. São Paulo: Hucitec, 1979. CHACRA, Sandra. Natureza e sentido da improvisação teatral. São Paulo: Perspectiva, 1983. COURTNEY, Richard. Jogo, teatro e pensamento: as bases intelectuais do teatro na educação. São Paulo: Perspectiva, 1980. HUIZINGA, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 1999. JAPIASSU, Ricardo. Metodologia do ensino do teatro. Campinas: Papirus, 2001. KISHIMOTO, Tizuko M.(org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo, Cortez, 1998. KOUDELA, Ingrid Dormien. Jogos teatrais. São Paulo: Perspectiva, 2002. IMPROVISAÇÃO EMENTA: A improvisação. Improvisação livre e orientada. Imaginação e fantasia. Improvisação com utilização de instrumentos para expressão do ator (exemplo: máscara neutra, ou técnica de composição coreográfica para a cena, tratamento da palavra nas diferentes formas de organização do discurso, modos de elocução, para expressão do ator com ou sem o recurso verbal como base para a criação de uma partitura cênica e objetos). CONTEÚDO PROGRAMATICO: Os jogos teatrais como base para a improvisação. A busca do corpo expressivo sobre a amálgama dos jogos teatrais. Investigação do estado extra-cotidiano do ator pela perspectiva dos jogos teatrais. A palavra nos diferentes gêneros: épico, lírico e dramático. Preparação do corpo cênico, incorporando Atenção, Articulação, Energia e Neutralidade. Exploração do trabalho de Máscara. Máscara Neutra: jogos de calma e equilíbrio. Percepção, Sensação e o Imaginário; a consciência da tríade no treinamento do ator. 21 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ARISTÓTELES. Arte Retórica e Poética. Rio de Janeiro: Ediouro, sd. AZEVEDO, Sônia Machado de. O papel do corpo no corpo do ator. São Paulo: Perspectiva, 2002. BENJAMIN, Walter. “O Narrador” in: Obras Escolhidas, Magia e Técnica, Arte e Política. São Paulo: Brasiliense, 1985. v.I, P.197-221. BOAL, Augusto. Técnicas latino-americanas de teatro popular. São Paulo: Hucitec, 1979. BROOK, Peter. "A máscara - saindo de nossas conchas" in O Ponto de Mudança. Rio de Janeiro, Civilização, Brasileira, 1994. BROOK, Peter. A Porta Aberta. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999. CHACRA, Sandra. Natureza e sentido da improvisação teatral. São Paulo: Perspectiva, 1983. CHACRA, Sandra. Natureza e Sentido da Improvisação Teatral. São Paulo: Perspectiva, 1983. CHEKHOV, Miguel. Para o Ator. São Paulo: Martins Fontes, 1986. COURTNEY, Richard. Jogo, teatro e pensamento: as bases intelectuais do teatro na educação. São Paulo: Perspectiva, 1980. HUIZINGA, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 1999. KISHIMOTO, Tizuko M.(org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo, Cortez, 1998. KOUDELA, Ingrid Dormien. Jogos teatrais. São Paulo: Perspectiva, 2002. KOUDELA, Ingrid Dormien. Texto e Jogo. São Paulo: Perspectiva, 1996. LECOQ, Jacques. Le Théâtre du Geste - mimes et acteurs. Paris, Bordas, 1987. LECOQ, Jacques. The Moving Body. Routledge: New York, 2002. MORENO, J. L. O teatro da espontaneidade. São Paulo: Edusp, 1984. OIDA, Yoshi. Um Ator errante. Beca: São Paulo, 1992. ROUSSEAU, Jean-Jacques. Ensaio sobre a Origem das Línguas. Campinas: UNICAMP, 1998. SANTOS, Vera Lúcia Bertoni dos. Brincadeira e conhecimento: do faz-de-conta à representação teatral. Porto Alegre: Medicação, 2002. SPOLIN, Viola. Improvisação para o Teatro. São Paulo: Perspectiva, 1978. STANISLAVSKI, C. Manual do Ator. São Paulo: Martins Fontes, 1989. FUNDAMENTOS DA INTERPRETAÇÃO TEATRAL EMENTA: Estudo teórico-prático dos elementos criadores do estado interior - ação, visualização, ritmo interno e externo, vontade e contra-vontade, imaginação, memória; estudo da palavra - ritmo, visualização, ação verbal; as ações físicas; a construção da personagem. Estudo prático de elementos técnicos pertencentes a diferentes técnicas de atuação. Estudo e apresentação de cenas. CONTEÚDO PROGRAMATICO: Estudo do conceito de “ação física”. Imaginação artística em cena. Memória sensorial. Concentração. Fé cênica. Permutas com o parceiro. O tempo-ritmo interior e exterior. Relaxamento. A preparação corporal (e vocal). Manutenção por meio de exercícios diários Encenação provisória e avaliação; aplicação de processos que dêem efetivas respostas aos diagnósticos e encenação definitiva. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BONFITTO, M. O Ator Compositor: as ações físicas como eixo: de Stanislavski a Barba. São Paulo: Perspectiva, 2002 22 GUINSBURG, Jacó. Stanislavski e o teatro de arte de Moscou. São Paulo: Perspectiva, 1985. HETHMON, Robert. El Método Del Actor’s Studio. Caracas: Fundamentos, 1972. KNÉBEL, María Osipovna. El último Stanislavski. Madrid, Espanha: Editorial Fundamentos, 1996. KUSNET, Eugênio. Ator e método. Rio de Janeiro: Serviço Nacional de Teatro, Ministério da Educação e Cultura, 1975 KUSNET, Eugênio. Introdução ao Método da “Ação Inconsciente”. São Paulo: Fundação Armando Alvares Penteado, 1971. LANGER, Susanne K. Sentimento e forma. São Paulo: Perspectiva, 1980. Lewis, Robert. Método ou Loucura. Fortaleza: UFC/TB, 1986. MEYERHOLD, V.(Org. Aldemar Conrado). O Teatro de Meyerhold. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969. STANISLAVSKI, Constantin. A construção do personagem. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. STANISLAVSKI, Constantin. A criação de um papel. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1990. STANISLAVSKI, Constantin. A preparação do ator. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1982. STANISLAVSKI, Constantin. Minha vida na arte. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1989. STRASBERG, Lee. Um sonho de paixão. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1990. TCHECOV, Michael. Para o ator. São Paulo: Zahar Editores, 1994. PRINCÍPIOS DA EXPRESSÃO CORPORAL EMENTA: Estudo Teórico-Prático de Técnicas de Expressão Corporal, promovendo o conhecimento do corpo e suas potencialidades expressivas: gesto, postura, mímica, o olhar e a voz. Criação de cenas. CONTEÚDO PROGRAMATICO: Noções básicas de anatomia aplicada ao movimento. Introdução aos princípios teóricos das técnicas corporais. Exercícios de consciência e percepção corporal. Desenvolvimento da relação do corpo no espaço/tempo. Jogos corporais. Partituras corporais a partir de um texto. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA AZEVEDO, Sônia Machado de. O papel do corpo no corpo do ator. São Paulo: Perspectiva, 2002. BEUTTENMULLER, M.G., LAPORT, Nelly. Expressão vocal e expressão corporal. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1974. BONFITTO, Matteo. O ator compositor. São Paulo: Perspectiva, 2002. DYCHTWALT, Ken. Corpomente. Trad.: Maria Silva Mourão Neto. São Paulo: Summus, 1984. FERNANDES, Ciane. O corpo em movimento. São Paulo: Annablume, 2002. FERREIRA, Léslie Piccolotto Trabalhando a voz. São Paulo: Summus, 1988. FERREIRA, Léslie Piccolotto. Voz profissional. Carapicuíba: Pró-Fono, 1995. GELEWSKY, Rolf. Buscando a dança do ser: movimento, irradiação, transformação. Casa Sri Aurobindo, 1990. LELUP, Jean-Yves. O corpo e seus símbolos: uma antropologia essencial. Org.: Lise Mary Alves de Lima. Petrópolis: Vozes, 1998. NUNES, Lília Manual de voz e dicção. Rio de Janeiro: SNT, 1972. OIDA, Yoshi. O ator invisível. São Paulo: Beca, 2001. QUITERO, Eudosia A. Estética da voz: uma voz para o ator. São Paulo: Summus, 1989. 23 RUDOLF, Laban. Domínio do Movimento. SP: Summus, 1971. SOARES, R.M.Freire, PICCOLOTTO, Leslie. Técnicas de impostação e comunicação oral. São Paulo: Loyola, 1977. VIANNA, Klauss. A Dança. São Paulo: Siciliano, 1990. PRINCÍPIOS DA VOZ EM CENA EMENTA: Panorama histórico da estética da voz no teatro. Identificação e reconhecimento dos componentes físicos do som vocal. Estudo da anatomia e fisiologia corporal/vocal. A relação saúde e higiene vocal versus emissão vocal. A respiração como organização da voz e da fala. CONTEÚDO PROGRAMATICO: Trajetória histórica da estética vocal no teatro. Conhecimento ativo de anatomia vocal e percepção cinestésica da fisiologia vocal. Conhecimento de terminologia do universo da voz, do canto e da fala. Respiração, Ressonância, Articulação, Projeção, Relaxamento. Classificação tradicional individual da voz. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BEUTTENMULLER, Maria da Glorinha e LAPORT, Nelly. Expressão vocal e expressão corporal. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1974. FRY, Dennis. Homo-Loquens: o homem como animal falante. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. NUNES, Lilia. Manual de voz e dicção. Rio de Janeiro: SNT, 1972. (série cartilhas de teatro). QUINTERO, Eudósia Acuña. Estética da voz: uma voz para o ator. São Paulo: Summus, 1989. SOARES, R.M.Freire e PICCOLOTTO, Leslie. Técnicas de impostação e comunicação oral. São Paulo: Loyola, 1977. FERREIRA, Leslie Piccolotto (org.). Voz profissional: o profissional da voz. Carapicuíba: Pró-Fono Departamento Editorial, 1995. HUCHE, François Le & ALLALI, André. A voz. Porto Alegre: Artmed, 2005. Vol.1. MELLO, Edimée Brandi de Souza. A educação da voz falada. Rio de Janeiro: Livraria Atheneu Editora, 1992. PONTES, Paulo & BEHLAU, Mara. Higiene vocal: Cuidando da Voz. Rio de Janeiro: Revinter, 2001. SOUCHARD, Philippe Emmanuel. O diafrágma. São Paulo: Summus, 1989. WISNIK, José Miguel. O som e o sentido: Uma outra História das Músicas. São Paulo: Cia das Letras, 2001. Ementário da Unidade programática nº 2 do Primeiro Ciclo ESTÉTICA EMENTA: Introdução à Estética. Estudo dos principais filósofos e idéias que influenciaram a História do Teatro. Estudo dos fundamentos da estética e da filosofia da arte; Introdução à reflexão estética, poética e crítica sobre a obra de arte. Discussão sobre o conceito de belo, prazer estético, função social da arte e outros problemas da produção, recepção e circulação da obra de arte. 24 CONTEÚDO PROGRAMATICO: Os conceitos de arte. As funções da arte. A arte e o conceito de imitação. A mimesis em Platão. A Poética de Aristóteles. A Estética de Hegel. A obra de arte e sua apropriação pelo pensamento filosófico. Estética e Formação: ideais humanos de participação e submissão. A Percepção estética. A estética da formação discursiva. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ADORNO, Theodor W; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985. ARISTÓTELES. Poética. Tradução de Eudoro de Souza. São Paulo: Ars Poética, 1992. BAUDRILLARD, Jean. A sociedade de consumo. Tradução de Artur Morao. Lisboa: Edições 70, 1995. BAYER, Raymond. História da Estética. Lisboa: Estampa, 1979. BEARDSLEY, Monroe C. e HOSPERS, John. Estética, Historia e Fundamentos. Madrid: ed. Catedra, 1976. BENJAMIN, Walter et al. Textos escolhidos. 2.ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983. (Os pensadores). BENTLEY, Eric. A Experiência Viva do Teatro. Trad. de Álvaro Cabral. RJ: Zahar Editores, 1981. BORNHEIM, Gerd. Brecht, a estética do teatro. Rio de Janeiro: Graal, 1992. BRANDÃO, Junito de Souza. Teatro Grego: comédia e tragédia. Petrópolis: Vozes,1985. BURKE, Edmund. Uma investigação filosófica sobre a origem de nossas idéias do sublime e do belo. [Tradução de Enid Abreu Dobránsky] Campinas: Papirus, 1993. CARLSON, Marvin. Teorias do Teatro. São Paulo: Editora da UNESP, 1993. CRUZ, Maria Teresa, Experiência estética e estetização da experiência, Revista de comunicação e linguagens, Ed. Cosmos, janeiro, n° 12-13, Lisboa,1991. DELEUZE, Gilles. Conversações, 1972-1990. [Tradução de Peter Pál Pelbart] Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992. FRANCASTEL, Pierre. A realidade figurativa. São Paulo: Editora Perspectiva, 1993. HEGEL, Georg Wilhelm. "Estética: o belo artístico ou o ideal", in: Os pensadores. [Tradução de Orlando Vitorino] São Paulo: Nova Cultural, 1988. HUME, David. "Ensaios políticos, morais e literários" in: BERKELEY, George e HUME, David. Os pensadores. [Tradução de Anoar Aiex, João Paulo Gomes Monteiro, Armando Mora de Oliveira] São Paulo: Nova Cultural, 1989. JAUSS, Hans Robert. Pequeña apologia de la experiencia estética. Barcelona: Ediciones Paidós, 2002. KANT, Immanuel. Crítica da faculdade do juízo. Trad. Valério Rohen Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1993. LIMA, Luiz Costa (org). A literatura e o leitor: textos de estética da recepção. Rio de Janeiro: Paz e Terra , 1979. LIMA, Luiz Costa. Estruturalismo e teoria da literatura: introdução às problemáticas estética e sistêmica. Petrópolis: Vozes, 1973. NOVAIS, Adauto. Artepensamento. 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As Novas Tendências. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ALBERTI, L. B. Da pintura. Campinas: editora da UNICAMP, 1999. ARGAN, G. C. História da arte como história da cidade. SP: Cia. das letras, 1996. ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos. São Paulo: Companhia das letras, 2001. BAUMGART, F. Breve história da arte. SP: Martins Fontes, 1994. BERTHOLD, M.: História mundial do teatro. São Paulo: Perspectiva, 2001. CHASTEL, A. A arte italiana. São Paulo: Martins Fontes, 1991. CLARK, K. Civilização. SP/Brasília: Martins Fontes/Editora da Universidade de Brasília, 1980. ECO, U. Arte e beleza na estética medieval. Rio de Janeiro: Globo, 1989. GOMBRICH, E. H. "Gesto ritualizado y expresion en el arte". In. La imagem y el ojo. Madrid: Alianza Editorial, 1993. GOMBRICH, E. H. A história da arte. Rio de Janeiro: Guanabara, 1993. HAUSER, Arnold. História social da arte e da literatura. São Paulo: Martins Fontes, 1998. HAUSER, H. 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Principais tendências do teatro moderno e contemporâneo. Principais manifestações teatrais de vanguarda e sua influência na cena contemporânea. Questões da cena contemporânea. CONTEÚDO PROGRAMATICO: O contexto grego e as origens do teatro helenístico. Do culto ao teatro: as origens da tragédia. As origens da comédia. O mimo grego. O mimo e a pantomima romanos. Os ludi romani: o teatro da res publica. O anfiteatro romano: pão e circo. O teatro na Roma Imperial. A comédia Romana. A fábula atelana. O sagrado e o profano no contexto medieval. O teatro religioso medieval: da liturgia ao mistério. A cena medieval. As festas carnavalescas. A farsa e a sottie. As alegorias e as moralidades. O retorno à antiguidade clássica. O teatro humanista. O teatro em perspectiva. O teatro 26 elisabetano. O Barroco. O Século de Ouro espanhol. O teatro jesuíta. O teatro clássico francês. Commedia dell´arte. O teatro da cidadania burguesa. O teatro nacional: Lessing e o modelo shakespeariano. O movimento Sturm und Drang. O classicismo alemão: Goethe e Schiller. O romantismo e o desafio à tradição. O drama moderno. O realismo românticohistórico. O teatro wagneriano. O naturalismo. O simbolismo. O surgimento do encenador. O teatro do diretor: a descoberta da teatralidade e do trabalho do ator. Craig. Appia. Stanislávski. Meyerhold. Futurismo, Expressionismo, Surrealismo. Brecht. Artaud. Teatro do Absurdo. Teatro Antropológico. O teatro engajado. As experiências de criação coletiva. O teatro e os meios de comunicação de massa. O teatro de imagens. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ADLER, Stella. Técnica da Representação Teatral. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. ALLARD, Geniviève e LEFORT, Pierre. La mascara. México: Fondo de Cultura, 1988. AMARAL, Ana Maria. Teatro de formas animadas. São Paulo: Edusp, 1991. ARÊAS, Vilma. Iniciação à comédia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990 (Col. Letras). ARISTÓTELES. Poética. 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Reflexão sobre a identidade expressiva do brasileiro e suas relações com a identidade cênica do ator em processo de formação. CONTEÚDO PROGRAMATICO: Teorias e métodos de pesquisa na cultura e no teatro. A expressão Teatral nas manifestações culturais. Patrimônio imaterial: conceitos e implicações. Patrimônio e performance. Incorporação e memória na performance do ator. O teatro de rua. O circoteatro. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ANDRADE, Julieta et alii. Identidade cultural do Brasil. Vargem Grande Paulista: A -9 Ed. 1999 ANDRADE, Mário de. Danças dramáticas do Brasil. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia/ INL. 1982, 3 V. AYALA, Marcos e AYALA, Maria Ignez Novais. Cultura Popular no Brasil: perspectiva de análise. São Paulo: Editora Ática,1995 BAKTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e Renascimento. O contexto de François Rabelais. São Paulo: HUCITEC, 1987. BAUDRILLARD, Jean. A sociedade de consumo. Lisboa: Edições70, 1995. BENEDICT, Ruth. Padrões de cultura. 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Os resultados deverão ser apresentados seja aos colegas, alunos e professores do Departamento, seja aberto ao público, no próprio departamento ou fora dele, a critério do professor. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: Princípios de eletricidade para a iluminação cênica Estudo dos aparelhos de iluminação. A luz enquanto instrumento de iluminação, de criação, de efeitos dramáticos e de geração de um espaço visual. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BONFITTO, Matteo. O ator compositor. São Paulo: Perspectiva, 2001. DODNDIS, Donis A. Sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 2000. GILLETE, J. Michael. Theatrical design and production: an introduction to scene design and construction, light, sound, costume and makeup. GUINSBURG, Jacó & COELHO, Teixeira (Orgs.) Semiologia do Teatro. São Paulo: Perspectiva, 1988. JUNIOR, Redondo. Panorama do teatro moderno. Lisboa: Ed. Arcádia, 1961. LANGER, Susanne K. Sentimento e forma. São Paulo: Perspectiva, 1980. RIPELLINO, A. M. O truque e a alma. 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Processos de criação de figurinos. Pesquisa de tipos de indumentárias e adereços. Pesquisa de materiais e equipamentos para manufatura de indumentárias, adereços e figurinos. A linguagem visual e os signos teatrais. As tendências cênicas dos atuais encenadores. Elementos fundamentais do figurino. CONTEÚDO PROGRAMATICO: Elementos fundamentais da cenografia - unidade, linha, massa, balanço. Dinâmica do movimento na cenografia. Cor, volume, textura, elementos geométricos. A cenografia como expressão cênica. Espaço total. O edifício teatral. Criação de espaços para cenas teatrais, elaboração de projetos e realização experimental. O acontecimento teatral e o figurino. O figurino como forma de expressão cênica. Estudo e experimentação de materiais. A utilização de materiais recicláveis no trabalho teatral. Confecção de adereços. Construção de cenas a partir dos adereços cênicos. Aspectos psicológicos do figurino. A psicologia das roupas. Figurinos e adereços: traje impessoal e personalizado, marcas sociais, marcas de reconhecimento. Integração da indumentária com outros elementos cênicos. Exercícios de caracterização de personagens. A maquilagem como forma de expressão cênica. Material para maquilagem. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BABLET, Denis. Les revolutions scéniques du XXéme Siècle. Paris: Societé Internationale d’art, 1975. BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. Rio de janeiro: Livraria Eldorado, 1986. BANU,G; UBERFELD,A. L’espace théâtral. Paris: CNDP, 1979 BARSACQ, André. Architecture et dramaturgie. Paris: Flammarion, 1950. BORNHEIM, Gerd. Teatro: a cena dividida. Porto Alegre: L&PM, 1983. BOULAY, Henriette e DÉPRATS, Lucien. Históire du Lieu et du Décor de Théâtre. Paris: Ligue Française de l’enseignement, 1966. BROOK, Peter. O Teatro e seu espaço. Petrópolis:Ed. Vozes, 1970. BUCHER, F. Histoire du Costume. Paris: Flamarion, 1965. BUTAZZI, G. La mode: Art, Histoire e Societé. Paris: Hachette, 1983. 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Introdução à técnica dramatúrgica: criação do texto teatral a partir de personagens, roteiros ou situações dadas. 34 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ARISTÓTELES. Poética. Tradução de Eudoro de Souza. São Paulo: Ars Poética, 1992. BENDER, Ivo. Comédia e riso: uma poética do teatro cômico. Porto Alegre: Edipucrs, 1996. BERGSON, Henri: O riso. São Paulo: Martins Fontes, 2002. BERTHOLD, M. Historia social del teatro. Madri: Guadarrama Punto Omega, 1974. (2 vol.). BRANDÃO, J. de Souza: Teatro grego: tragédia e comédia. São Paulo: Perspectiva, 1989. BROCKETT, Oscar G. History of the theatre. Austin: Universidade do Texas/Massachusetts: Allyn and Bacob, 1987.(5 edição). CARLSON, Marvin.Teorias do Teatro: estudo histórico-crítico dos gregos à atualidade. São Paulo: UNESP, 1998. CARPEAUX, Otto M. História da literatura ocidental. Rio de Janeiro: Tipo Editor Ltda, 1978. (8 vols). COURTNEY, Richard. Outline history of british drama. USA: Littlefield Adam&Co., 1982. GASSNER, J. Mestres do teatro I. 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Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006. DIREÇÃO TEATRAL EMENTA: Os principais diretores da História do Teatro e suas concepções. Noções de direção. Plano de direção. Estruturação do espetáculo. Análise do texto. Mise-en-scène. A definição dos elementos visuais: luz, figurino, cenário. Os elementos sonoros. Cronograma, produção, temporada. CONTEÚDO PROGRAMATICO: Introdução ao estudo da direção teatral. A potencialidade do texto e o estudo da teatralidade. O diretor como orientador e pedagogo. Processos de formação, treinamento e ensaio. O espaço cênico: imagens, arquiteturas, volumes e tridimensionalidades. Movimento e marcação. A concepção visual: cenografia, iluminação, figurinos e maquilagem. A concepção sonora. Planta baixa, marcação e composição cênica. Planejamento de ensaios e temporada. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA APPIA, A. A obra de arte viva. Lisboa: Arcádia, S.D. ARTAUD, Antonin . O teatro e seu duplo. São Paulo: Max Limonad,1981. ASLAN, O. L’acteur au XXème.Siècle. 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O teatro no meio de comunicação de massa: cinema, radioteatro e teleteatro. CONTEÚDO PROGRAMATICO: Estudo dos aspectos estéticos e poéticos a partir de diferentes referências: os encontros possíveis entre os vários estilos. O Ator e a cena: interpretação integrante de um discurso cênico. O ator no drama e na comédia. Os princípios da atuação na cena narrada e com “focos múltiplos”. O significado da imitação, mímesis. A ação artística comprometida socialmente. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ADLER, Stella. Técnica da Representação Teatral. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. ALLARD, Geniviève e LEFORT, Pierre. La mascara. México: Fondo de Cultura, 1988. AMARAL, Ana Maria. Teatro de formas animadas. São Paulo: Edusp, 1991. APPIA, A. A obra de arte viva. Lisboa: Arcádia, S.D. ARÊAS, Vilma. Iniciação à comédia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990 (Col. Letras). ARISTÓTELES. Poética. Trad., prefácio, introdução, compêndio e apêndices de Eudoro de Sousa. 4. ed. 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Adequação da voz ao espaço cênico. Exercícios psico-vocais. Aulas práticas e teóricas proporcionando a reflexão dos conteúdos expostos, estabelecendo o engajamento do estudante de teatro com a pesquisa de movimento vocal para o desenvolvimento do seu trabalho. Exercícios cênicos que aprofundem a pesquisa sobre a voz. CONTEÚDO PROGRAMATICO: Construir vozes: a técnica e a expressão vocais a favor da voz do personagem. A prática do solfejo e do vocalise como suportes da qualidade vocal. A respiração e a voz cênica. A consolidação do roteiro de aquecimento vocal/corporal. A relação corpo e voz no teatro. O estado de entrega para o jogo vocal. Como e porque constituir um ritual pré-cênico corporal/vocal. Questões sobre a oralidade teatral. Jogos dramáticos vocais. A partitura da voz falada (palavras de valor, enfases, pausas) e outros recursos, como subsídios para a construção da fala cênica. A musica e o canto no jogo vocal teatral. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ASLAN, Odete. 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Instrumentalizar o aluno com procedimentos relacionados ao canto coral, leitura de partitura e solfejo. Estudo prático e teórico dos principais elementos da linguagem musical. Aspectos rítmicos, melódicos e harmônicos. Treinamentos da escuta do ator através de exercícios rítmicos. Modelos de estrutura musical. Desenvolvimento da percepção rítmica. Contato com instrumentos de percussão para improvisação rítmica e improvisação livre e sua relação com a cena. Corpo, voz / gesto e movimento. CONTEÚDO PROGRAMATICO: Conscientização corporal e vocal para a cena. Elementos teóricos da música. Repertório: canções folclóricas, populares e eruditas. Elementos teóricos básicos da música. Efeitos expressivos em música. Oralidade, eloqüência e empatia com a platéia. Gesto corporal versus Gesto vocal. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BARDI, Patrícia. Physical Voice in the Moving Body. Amsterdã: SNDDO, 1995 BERTHERAT, Thérese. O corpo tem suas razões. 7. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1983. 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Técnicas de dança que contribuam para o desenvolvimento de uma consciência corporal e rítmica do ator como instrumento/canal de criação e expressão artística. Recursos específicos da dança na compreensão e expressão desse vocabulário. Estudo de pulsações rítmicas, expansão e recolhimento, queda e recuperação. Iniciação ao estudo de matrizes gestuais e matrizes de movimento de danças brasileiras de raízes populares, tradicionais e religiosas. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ARANTES, Antonio Augusto. O que é cultura popular. São Paulo: Brasiliense, 1981. (coleção primeiros passos), AZEVEDO, Sônia Machado de. O papel do corpo no corpo do ator. São Paulo: Perspectiva, 2002. BARBA, Eugenio e SAVARESE, N. A arte secreta do ator. São Paulo: Hucitec, 1995. BONFITTO, Matteo. O ator compositor. SP: Perspectiva, 2002. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é folclore. São Paulo: Brasiliense, 1982. (coleção primeiros passos) BURNIER, Luís Otávio. A Arte do Ator. Campinas: Editora da UNICAMP, 2001. 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CONTEÚDO PROGRAMATICO: As formas literárias e seus traços estilísticos. Os elementos fundamentais de dramaturgia. Principais formas teatrais, suas técnicas, seus elementos constituintes e seus modos de funcionamento. As formas teatrais mistas: interseção entre o dramático, o épico e o lírico no texto teatral. Os processos coletivos de criação de texto e outros processos dramatúrgicos contemporâneos. Os espetáculos contemporâneos sob o ponto de vista da dramaturgia. A criação de textos teatrais a partir dos elementos estruturais de formas teatrais e/ou dos modos de articulação de expressões dramatúrgicas particulares. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ADLER, Stella. Técnica da representação teatral. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. ALLARD, Geniviève e LEFORT, Pierre. La mascara. México: Fondo de Cultura, 1988. AMARAL, Ana Maria. Teatro de formas animadas. São Paulo: Edusp, 1991. ARANTES, Urias Corrêa. Artaud: teatro e cultura. Campinas: Editora da UNICAMP, 1988. ARAÚJO, Antônio C. 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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Bibliografia a ser definida de acordo com o projeto de montagem cênica. TEATRO E CULTURA POPULAR EMENTA: Estudo das principais manifestações artísticas do Brasil geradas pela cultura popular e de natureza teatral focando o fenômeno das práticas festivas, suas formas de espetacularidade e suas funções sócio-culturais e civilizatórias. Conceituação de performance, patrimônio imaterial e (re) tradicionalização. Reflexão sobre a identidade expressiva do brasileiro e suas relações com a identidade cênica do ator em processo de formação. CONTEÚDO PROGRAMATICO: Teorias e métodos de pesquisa na cultura popular e no teatro popular. A expressão Teatral nas manifestações culturais (as dramatizações da semama santa; o Teatro de Bonecos; O mamulengo; as comédias e dramas domésticos; os Folguedos Populares; as temáticas africana e indígena; as Cavalhadas entre outras. Patrimônio imaterial: conceitos e implicações. Patrimônio e performance. Incorporação e memória na performance do ator brincante. A performance afro-ameríndia: tradição e transformação. O teatro de rua. O circo-teatro. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ANDRADE, Julieta et alii. Identidade cultural do Brasil. Vargem Grande Paulista: A -9 Ed. 1999 ANDRADE, Mário de. Danças dramáticas do Brasil. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia/ INL. 1982, 3 V. AYALA, Marcos e AYALA, Maria Ignez Novais. Cultura Popular no Brasil: perspectiva de análise. São Paulo: Editora Ática,1995 BAKTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e Renascimento. O contexto de François Rabelais. São Paulo: HUCITEC, 1987. BAUDRILLARD, Jean. A sociedade de consumo. Lisboa: Edições70, 1995. BENEDICT, Ruth. Padrões de cultura. Lisboa: Livros do Brasil,1934. BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. Magia e técnica, arte e poética: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994. 49 BIÃO, Armindo. 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O Renascimento e o retorno à antiguidade clássica As raízes iluministas: o teatro da cidadania burguesa. O pré-romantismo e o classicismo alemão. O Barroco e suas mais importantes criações teatrais.Os principais movimentos estéticos do século XIX e suas manifestações teatrais. O nascimento do teatro moderno. Século XX: o século da encenação. Principais tendências do teatro moderno e contemporâneo. Principais manifestações teatrais de vanguarda e sua influência na cena contemporânea. Questões da cena contemporânea. CONTEÚDO PROGRAMATICO: O contexto grego e as origens do teatro helenístico. Do culto ao teatro: as origens da tragédia. As origens da comédia. O mimo grego. O mimo e a pantomima romanos. Os ludi romani: o teatro da res publica. O anfiteatro romano: pão e circo. O teatro na Roma Imperial. A comédia Romana. A fábula atelana. O sagrado e o profano no contexto medieval. O teatro religioso medieval: da liturgia ao mistério. A cena medieval. As festas carnavalescas. A farsa e a sottie. As alegorias e as moralidades. O retorno à antiguidade clássica. O teatro humanista. O teatro em perspectiva. O teatro elisabetano. O Barroco. O Século de Ouro espanhol. O teatro jesuíta. O teatro clássico francês. Commedia dell´arte. O teatro da cidadania burguesa. O teatro nacional: Lessing e o modelo shakespeariano. O movimento Sturm und Drang. O classicismo alemão: Goethe e Schiller. O romantismo e o desafio à tradição. O drama moderno. O realismo românticohistórico. O teatro wagneriano. O naturalismo. O simbolismo. O surgimento do encenador. O teatro do diretor: a descoberta da teatralidade e do trabalho do ator. Craig. Appia. Stanislávski. Meyerhold. Futurismo, Expressionismo, Surrealismo. Brecht. Artaud. Teatro do Absurdo. Teatro Antropológico. O teatro engajado. As experiências de criação coletiva. O teatro e os meios de comunicação de massa. O teatro de imagens. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ADLER, Stella. Técnica da Representação Teatral. 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O “brincar” no desenvolvimento cognitivo e sócio-afetivo. Perspectivas educacionais contemporâneas e suas implicações para a educação teatral. Metodologia dos jogos teatrais e interação com a linguagem cênica. O ensino do teatro nas escolas de formação de atores. Projetos teatrais voltados para a comunidade. CONTEÚDO PROGRAMATICO: Jogos teatrais e desenvolvimento sócio-cognitivo. Jogos teatrais e a construção de conhecimento. Metodologias dos jogos teatrais no Ensino Fundamental e Médio: do jogo ao texto e vice-versa. Processos para o ensino do teatro em escolas de formação de atores: planejamento, realização e avaliação processual. Projetos teatrais em comunidades: identificação dos participantes e estratégias de planejamento, realização e avaliação processual. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ABERASTURY, Arminda. A criança e seus jogos. Porto Alegre: Artes médicas, 1992. ALMEIDA, Marcus Vinicius Machado. Corpo e arte em terapia ocupacional. Rio de Janeiro: Enelivros, 2004. BARBOSA, Ana Mae. 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São Paulo: Martins Fontes, 1998. 59 FLUXOGRAMA PARA O CURSO DE LICENCIATURA EM TEATRO 1º CICLO 1º SEMESTRE 2º SEMESTRE (2º PERÍODO) 3ºSEMESTRE (3º PERÍODO) INTRODUÇÃO A PRÁTICAS DE INTRODUÇÃO A PRÁTICAS DE INTRODUÇÃO A PRÁTICAS DE ATUAÇÃO (144h) ATUAÇÃO (72H) ATUAÇÃO (144H) INTRODUÇÃO À FUNDAMENTAÇÃO INTRODUÇÃO À FUNDAMENTAÇÃO INTRODUÇÃO À FUNDAMENTAÇÃO SÓCIO-CULTURAL (144 horas) SÓCIO-CULTURAL (144 horas) SÓCIO-CULTURAL (144 horas) INTRODUÇÃO À ESTRUTURAÇÃO E À INTRODUÇÃO À ESTRUTURAÇÃO E À INTRODUÇÃO À ESTRUTURAÇÃO E À CRIAÇÃO TEATRAIS (72 horas) CRIAÇÃO TEATRAIS (108 horas) CRIAÇÃO TEATRAIS (72 horas) Atividades Acadêmicas Especiais 1º SEMESTRE (4º PERÍODO) Práticas de atuação 144 horas 2ºSEMESTRE (5º PERÍODO) Práticas de atuação 144 horas 2º Ciclo 3º SEMESTRE (6º PERÍODO) Práticas de atuação 144 horas 4º SEMESTRE (7º PERÍODO) Práticas de atuação 36 horas 5º SEMESTRE (8º PERÍODO) ESTRUTURAÇÃO E ESTRUTURAÇÃO E ESTRUTURAÇÃO E CRIAÇÃO TEATRAIS CRIAÇÃO TEATRAIS CRIAÇÃO TEATRAIS 108 horas 108 horas 72 horas FUNDAMENTAÇÃO FUNDAMENTAÇÃO FUNDAMENTAÇÃO SÓCIO-CULTURAL SÓCIO-CULTURAL SÓCIO-CULTURAL 144 horas 144 horas 108 horas 36 horas Estágio Curricular Estágio Curricular Estágio Curricular Estágio Curricular Estágio Curricular Supervisionado Supervisionado Supervisionado Supervisionado Supervisionado (72 horas) (72 horas) (72 horas) (72 horas) (112 horas) Atividades Acadêmicas Especiais FUNDAMENTAÇÃO SÓCIO-CULTURAL 60 FLUXOGRAMA PARA O CURSO DE BACHARELADO EM TEATRO PRIMEIRO CICLO 1º SEMESTRE 2º SEMESTRE (2º PERÍODO) 3ºSEMESTRE (3º PERÍODO) INTRODUÇÃO A PRÁTICAS DE INTRODUÇÃO A PRÁTICAS DE INTRODUÇÃO A PRÁTICAS DE ATUAÇÃO (144H) ATUAÇÃO (72H) ATUAÇÃO (144H) INTRODUÇÃO À FUNDAMENTAÇÃO INTRODUÇÃO À FUNDAMENTAÇÃO INTRODUÇÃO À FUNDAMENTAÇÃO SÓCIO-CULTURAL (144 horas) SÓCIO-CULTURAL (144 horas) SÓCIO-CULTURAL (144 horas) INTRODUÇÃO À ESTRUTURAÇÃO E À INTRODUÇÃO À ESTRUTURAÇÃO E À INTRODUÇÃO À ESTRUTURAÇÃO E À CRIAÇÃO TEATRAIS (72 horas) CRIAÇÃO TEATRAIS (108 horas) CRIAÇÃO TEATRAIS (72 horas) Atividades Acadêmicas Especiais 1º SEMESTRE (4º PERÍODO) Práticas de atuação 144 horas FUNDAMENTAÇÃO SÓCIO-CULTURAL 72 horas 2ºSEMESTRE (5º PERÍODO) Práticas de atuação 144 horas FUNDAMENTAÇÃO SÓCIO-CULTURAL 144 horas 2º CICLO 3º SEMESTRE (6º PERÍODO) Práticas de atuação 144 horas FUNDAMENTAÇÃO SÓCIO-CULTURAL 108 horas 4º SEMESTRE (7º PERÍODO) Práticas de atuação 36 horas 5º SEMESTRE (8º PERÍODO) ESTRUTURAÇÃO E ESTRUTURAÇÃO E CRIAÇÃO TEATRAIS CRIAÇÃO TEATRAIS 108 horas 108 horas FUNDAMENTAÇÃO SÓCIO-CULTURAL 108 horas FUNDAMENTAÇÃO SÓCIO-CULTURAL 36 horas TCC (36 horas) Atividades Acadêmicas Especiais 61 Segue uma sugestão inicial de quadro de módulos programáticos para guiar a implantação do curso. LICENCIATURA 1º SEMESTRE 1º Ciclo IPA: Jogos teatrais 2ºSEMESTRE 1º Ciclo IPA: Improvisação 3º SEMESTRE 1º Ciclo IPA:Fund. da Interp Teatral 4º SEMESTRE 2º e 3º Ciclos PA: Teor. e mét. de atuação cênica 5º SEMESTRE 2º e 3º Ciclos PA: Teor. e métodos de atuação cênica 6º SEMESTRE 2º e 3º Ciclos PA: Teor. e mét. de atuação cênica 72h IPA: Princ. de Exp. Corporal 72h IFSC: História da Arte 72 h IPA: Princ. da Voz em cena 72h PA: Voz em cena 72h PA: Musical. e ritmo cênico 72h PA: Dança PA: Dança 72h 36h 72h 72 h 72h 72h 72h IFSC: História do Espetáculo IFSC: História do Espetáculo IFSC: História do Espetáculo FSC: História do Espetáculo FSC: História do Espetáculo 72h IFSC: Estética 72h IECT: Iluminação 72h IFSC: Teatro e Cultura 72h FSC: História do Espetáculo 72h FSC: Estudos de dramaturgia 72 h IECT: Introdução à Dramaturgia 36h IECT: Direção 72h IECT: Cenografia e Indumentária 72h 72h 72h 72h 72h Estágio Curricular Superv. TOTAL 360h TOTAL 324h Módulos 2232h 72h TOTAL 360h TOTAL 360h Estagio 400h Estágio Curricular Superv. 7º SEMESTRE 2º e 3º Ciclos FSC: Teatro e Cultura Popular 8º SEMESTRE 2º e 3º Ciclos FSC: Ética 72h 36h FSC: Crítica Teatral ECT: Laboratório de Escrita Cênica ECT: Est. Teatrais (Montagem) 36h ECT: Est. Teatrais (Montagem) 108h Estágio Curricular Superv. 108h Estágio Curricular Superv. 72h 72h TOTAL 360h TOTAL 324h AACC 200h 72h Estágio Curricular Superv. 72h 112h TOTAL 324h TOTAL 256h TOTAL 2832H 62 Segue uma sugestão inicial de quadro de módulos programáticos para guiar a implantação do curso. BACHARELADO 1º SEMESTRE 2ºSEMESTRE 3º SEMESTRE 4º SEMESTRE 5º SEMESTRE 6º SEMESTRE 1º Ciclo 1º Ciclo 1º Ciclo 2º e 3º Ciclos 2º e 3º Ciclos 2º e 3º Ciclos IPA: Jogos teatrais IPA: Improvisação IPA:Fund. da Interp PA: Teor. e mét. de PA: Teor. e métodos PA: Teor. e mét. de Teatral atuação cênica de atuação cênica atuação cênica 72h IPA: Princ. de Exp. Corporal 72h IFSC: História da Arte 72 h IPA: Princ. da Voz em cena 72h PA: Voz em cena 72h PA: Musical. e ritmo cênico 72h PA: Dança 72h IFSC: História do Espetáculo 72h IFSC: História do Espetáculo 72 h IFSC: História do Espetáculo 72h FSC: História do Espetáculo 72h FSC: História do Espetáculo 72h 72h IFSC: Estética 72h IECT: Iluminação 72h IFSC: Teatro e Cultura 72h 72h FSC: Estudos de dramaturgia 72 h IECT: Introdução à Dramaturgia 36h IECT: Direção 72h IECT: Cenografia e Indumentária 72h 72h 72h TOTAL 360h TOTAL 324h Módulos 2232H TOTAL 360h 72h TOTAL 216h TOTAL 288h AACC 200h 7º SEMESTRE 2º e 3º Ciclos PA: Dança 36h FSC: Teatro e Cultura Popular FSC: Ética 72h FSC: Crítica Teatral 36h ECT: Est. Teatrais (Montagem) 36h ECT: Est. Teatrais (Montagem) 108h 108h TOTAL 252h 8º SEMESTRE 2º e 3º Ciclos TOTAL 252h TOTAL 2432 ECT: Lab. Montagem Teatral 108h TCC 36h TOTAL 180h