cardíaca - Heart Failure

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UM GUIA DE CONSULTA RÁPIDA
PARA CUIDAR
DE UMA PESSOA COM
INSUFICIÊNCIA
CARDÍACA
1)
PREFÁCIO
Você pode ser marido, esposa, filho(a), amigo(a) ou
vizinho(a). Você pode viver 24 horas por dia com a
pessoa da qual você está cuidando ou morar a uma
distância de 24 horas de viagem.
Você é simplesmente a pessoa considerada importante para
ajudar alguém com insuficiência cardíaca a viver nesse estado.
Esta apostila, desenvolvida em parceria com a importante
colaboração e o apoio da Pumping Marvellous Foundation, Grupo
de Insuficiência Cardíaca dirigido pelos pacientes do Reino
Unido, foi elaborada com base na experiência das pessoas
que fornecem assistência àquelas que vivem com insuficiência
cardíaca. Ela foi desenvolvida como um guia de consulta fácil
para que você possa começar a entender a doença e para que
você possa ajudar seu (sua) ente querido(a) a lidar com ela.
Gostaríamos de agradecer Nick Hartshorne-Evans, fundador,
presidente e paciente portador de insuficiência cardíaca e
Angela Graves, enfermeira clínica chefe e especialista em
insuficiência cardíaca, da Pumping Marvellous Foundation, por
sua valiosa colaboração na redação deste guia.
Gostaríamos também de agradecer-lhe em nome dos
pacientes, dos profissionais de saúde e da sociedade
em geral pela leitura desta apostila e pela sua ajuda.
Atenção: Ao usar esta apostila, você e seu(sua) ente
querido(a) não devem deixar de interagir com os
profissionais de saúde e seguir as orientações destes.
Em caso de qualquer dúvida a respeito da doença,
converse com um profissional de saúde o mais
rápido possível.
2
3
2)
COMPROMISSO DO
CUIDADOR(A)
Um conjunto de princípios que ajudam você a tomar conta
de si mesmo e de seu(sua) ente querido(a) ou amigo(a) com
insuficiência cardíaca está no centro do seu compromisso com
essas pessoas. Cuidar de uma pessoa com insuficiência cardíaca
significa compreender, da melhor forma possível, o seu estado
de saúde e como este afeta a sua vida, mas isso não deve
significar que as suas ações devam ser definidas pela doença.
Tente sempre se lembrar dos pontos a seguir e converse a
respeito deles com (a) seu(sua) ente querido(a).
• Lembre-se de que você está fazendo um excelente trabalho,
orgulhe-se.
• Reserve um tempo para você, certifique-se de encontrar
tempo para os seus hobbies ou para participar dos eventos que
você mais gosta.
• Cuide de si mesmo. É importante lembrar que essa não é
uma atitude egoísta, mas sensata. Você precisa estar bem para
poder ajudar seu(sua) ente querido(a) a ficar bem.
• Não tenha medo de pedir ajuda. Todo mundo tem seus
limites, reconheça os seus e peça ajuda.
• É perfeitamente normal experimentar uma variedade
de emoções difíceis, sentir-se irritado ou triste, ter
dias bons e dias ruins. Nos dias ruins, não se sinta
culpado.
• É importante que o seu compromisso com
seu(sua) ente querido(a) seja reconhecido
e que a família e os amigos(as) também
compreendam a importância de seus papéis.
Converse sobre o seu papel e sobre as dificuldades
que você estiver enfrentando.
4
“Obtenha a tranquilidade que
você precisa perguntando
sempre a seu(sua) ente
querido(a) se tudo está bem”
– Cuidador(a)
5
3)
ENTENDENDO A
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
O coração é um músculo que bombeia sangue para o corpo
todo. Com a insuficiência cardíaca, o coração não está
bombeando o sangue corretamente e, com frequência tem seu
volume aumentado por causa do esforço extra para funcionar1.
Ela é diferente de um ataque cardíaco, o qual envolve a falta de
sangue para o coração geralmente causada por um coágulo nas
artérias que irrigam o órgão2.
Geralmente, há um motivo pelo qual o coração não está
bombeando o sangue corretamente. Na maioria das vezes, tal
fato se deve aos danos no músculo cardíaco causados por um
fornecimento insuficiente de sangue1,3. Isso pode acontecer
depois de um ataque cardíaco, ou quando alguém teve pressão
arterial alta, que afetou o coração. Outras causas incluem1,3:
• Um vírus que afetou a eficiência do coração.
• O ritmo cardíaco não é normal.
• Geneticamente, o coração não foi formado tão bem quanto
deveria.
• As válvulas cardíacas estão danificadas.
• Consumo excessivo de álcool.
• Uso de drogas recreativas.
• Alguns medicamentos quimioterápicos.
• Em casos mais raros, há uma forma de
insuficiência cardíaca associada à gravidez.
Às vezes, simplesmente não sabemos
qual é a causa.
6
Não há dúvidas de que essa doença cardíaca é grave. Mas a boa notícia
é que há muito conhecimento sobre ela, existem diversos tratamentos
eficazes disponíveis e em desenvolvimento, e você e seu(sua) ente
querido(a) ou amigo(a) podem fazer várias coisas e assumir um papel
ativo para lidar com essa doença.
Os sintomas da insuficiência cardíaca podem, às vezes, piorar
rapidamente. Isso é chamado de episódio agudo ou insuficiência cardíaca
aguda3. Eles podem ser causados por um evento temporário e
não durar muito tempo, mas a insuficiência cardíaca
aguda precisa de algum tipo de intervenção dos
profissionais de saúde3.
7
3)
ENTÃO, ONDE ESTÁ SEU(SUA) ENTE QUERIDO(A)
EM NOVA YORK?
Essa talvez seja uma pergunta estranha, mas os pacientes e
os profissionais de saúde muitas vezes acreditam que a escala
de classificação da New York Heart Association (NYHA) é útil na
avaliação da gravidade da doença com base na limitação das
atividades físicas do(a) seu(sua) ente querido(a)3.
Então, onde é que está seu(sua) ente querido(a) na escala hoje?
8
CLASSE
NYHA
SINTOMAS4
I
Seu(sua) ente querido(a) pode executar todas as
atividades físicas sem ficar com falta de ar ou
cansado ou apresentar palpitações.
II
Seu(sua) ente querido(a) fica com falta de
ar ou cansado ou apresenta palpitações ao
realizar atividades que exigem mais esforço. Por
exemplo, caminhar em declives íngremes ou ao
subir diversos lances de escadas.
III
Seu(sua) ente querido(a) fica com falta de ar ou
cansado(a) ou apresenta palpitações ao realizar
atividades cotidianas (por exemplo, andar a pé
ao longo de um caminho plano).
IV
Seu(sua) ente querido(a) se sente ofegante em
repouso e permanece a maior parte do tempo
em casa. Seu(sua) ente querido(a) não consegue
executar qualquer atividade física sem ficar
com falta de ar ou cansado ou apresentar
palpitações.
As pessoas com essa doença muitas vezes acreditam que têm certa
quantidade de energia, como uma bateria, para cada dia. A quantidade
de energia dessa bateria geralmente depende da forma como o estado
de saúde é avaliado na escala NYHA. Assim como você pode pensar
em como aproveitar ao máximo uma bateria, é uma boa ideia pensar
na quantidade de energia que seu(sua) ente querido(a) ou amigo(a) tem
e procurar planejar como ele(a) irá usá-la durante todo o dia, e dar
prioridade às atividades que são mais importantes para ele(a).
“Eu estou sempre
dizendo a ele(a):
‘Vá mais devagar e
descanse um pouco’”
– Cuidador(a)
9
4)
O QUE ISSO SIGNIFICA
PARA MIM?
A posição do seu(sua) ente querido(a) ou amigo(a) na escala
de classificação da New York Heart Association (NYHA) e as suas
próprias circunstâncias determinarão como a doença cardíaca
afeta o seu dia a dia.
Uma das suas funções mais importantes é ajudar seu(sua) ente
querido(a) a manter uma atitude positiva e determinada. Isso
pode realmente ajudá-lo(a) a atuar ativamente no seu estado.
Pesquisas mostram que aquelas pessoas que conseguem se
adaptar à sua doença e controlá-la são mais felizes e têm uma
melhor qualidade de vida5.
Embora tal fato provavelmente mude alguns aspectos da sua
própria vida, ele não precisa tomar conta da sua vida. O seu
primeiro instinto pode ser tentar fazer tudo para seu(sua) ente
querido(a), mas, de tempos em tempos, você precisa parar um
pouco e viver a sua própria vida. Já percebemos que pensar em
você mesmo e tirar uma folga do “trabalho de cuidador(a)” de
vez em quando torna você um cuidador(a) melhor.
A insuficiência cardíaca do seu(sua) ente querido(a) pode afetar
áreas da sua vida, para as quais poderá ser necessário procurar
algum tipo de ajuda ou orientação. São elas:
•Finanças
• Trabalho
• Intimidade do seu relacionamento
Entre em contato com o seu profissional de saúde ou
assistente social se você sentir que precisa de ajuda.
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APOIO PRÁTICO
Uma maneira de você poder ajudar seu(sua) ente querido(a) ou amigo(a)
a controlar a doença é incentivando-o(a) a ficar atento(a), todos os dias,
nos fatores a seguir. Você também poderá encontrar formas de ajudá-lo(a)
com o passar do tempo.
11
4)
FIQUE ATENTO NO(A)...3,6
Súbito aumento de peso.
Um aumento súbito de peso pode acontecer porque líquidos
estão se acumulando no corpo, pois a insuficiência cardíaca
está piorando.
Inchaço.
Você pode notar inchaço nos seus membros inferiores, no
abdômen ou nos pés. Isso acontece quando o corpo retém
líquido.
Respiração.
Ele(a) pode sentir dificuldade em respirar, especialmente com
esforços ou quando deitado(a) na cama.
Fadiga.
Muitas pessoas com essa doença vão se sentir muito
cansadas. Lembre-se de que seu(sua) ente querido(a) tem uma
quantidade limitada de energia diária.
Tonturas/Vertigens.
Às vezes, ele(a) pode ter tonturas ou vertigens por causa da
doença e da medicação que está tomando.
Medicações.
Ele(a) pode estar tomando muitos comprimidos e todos estes
têm uma função. Consulte as orientações desta apostila para
obter uma lista completa dos medicamentos.
12
O QUE VOCÊ PODE FAZER PARA
AJUDAR
ENTRE EM CONTATO
COM UM PROFISSIONAL
DE SAÚDE SE...
Incentive-o(a) a se pesar na mesma hora
todos os dias.
Ele(a) ganhar cerca de 1,8 a
2,3 quilogramas (4-5 libras)
no espaço de 2 ou 3 dias7.
Lembre-o(a) de controlar a quantidade
de líquidos que está tomando e de não
exceder a quantidade sugerida pelo
profissional de saúde.
Incentive-o(a) a descansar frequentemente
durante o dia.
Se houver inchaço, as pernas devem ser
mantidas elevadas em um banquinho.
O inchaço piorar muito.
Incentive seu(sua) ente querido(a) a não
realizar esforços extremos. Se a respiração
piorar à noite, forneça a ele(a) diversos
travesseiros para mantê-lo(a) levantado(a)
na cama para ajudar na respiração.
A respiração ou tosse
piorar muito.
Incentive-o(a) a descansar todos os
dias. Certifique-se de que ele(a) siga seu
próprio ritmo e de que não exagere.
O nível de fadiga piorar
e começar a afetar as
atividades do dia a dia.
Incentive seu(sua) ente querido(a) a se
levantar lentamente da cama e a se
equilibrar antes de começar a caminhar.
As tonturas ou vertigens
estiverem causando
desequilíbrio ou quedas.
Incentive-o(a) a controlar a própria
medicação. Ele(a) deve saber exatamente
o que está tomando, com que frequência
e por quê. Um organizador de
comprimidos diários pode ajudar no dia
a dia.
Ele(a) tiver dúvidas a
respeito da medicação,
como efeitos colaterais,
ou se sentirem que a
medicação não está tendo o
efeito desejado.
13
4)
APOIO EMOCIONAL
Seu(sua) ente querido(a) terá dias bons e dias ruins, tanto física
como emocionalmente. Embora você sempre se esforce para
ser o mais solidário possível, você também terá dias bons e dias
ruins e, às vezes, você pode sentir que é muito para você. É em
momentos como esses que você precisa conversar com alguém,
seja um profissional da saúde, um membro da família ou um
amigo(a).
Lembre-se do compromisso do(a) cuidador(a) no início
desta apostila. Você precisa cuidar de si mesmo, reconhecer
seus próprios limites e pedir ajuda a outras pessoas quando
necessário. Precisa manter os elementos da sua própria vida,
incluindo aqueles que não incluem necessariamente seu(sua)
ente querido(a). Essa não é uma atitude egoísta, mas sim
essencial para ajudá-lo(a) a ser um cuidador(a) melhor.
Além disso, se você e seu(sua) ente querido(a) acreditarem que
está sendo muito difícil lidar com os sintomas físicos da doença,
entre em contato com o profissional de saúde do seu(sua) ente
querido(a) e marque uma consulta o mais rápido possível.
Obtenha ajuda quando precisar, você não precisa fazer tudo
sozinho(a).
14
ESTRESSE DO(A) CUIDADOR(A)
Cuidar de alguém pode afetar muito o seu bem-estar físico e mental.
Por isso, é importante saber se você está começando a ter dificuldades.
Algumas coisas que você pode enfrentar com o passar do tempo podem
incluir:
• Ansiedade, irritabilidade e depressão
•Insônia
• Não conseguir se alimentar corretamente
• Aumento da ingestão de álcool ou fumo
• Um declínio da sua saúde física
• Dificuldades para se concentrar
• Cansaço e apatia
• Negligenciar suas responsabilidades
Se você começar a sentir esses sintomas, lembre-se do compromisso do(a)
cuidador(a), peça ajuda de modo que você possa compartilhar o fardo
e não relute em aceitar a ajuda de outras pessoas. Separe um momento
durante o dia só para você como, por exemplo, um banho demorado.
Procure saber se existe algum grupo de apoio a cuidadores na sua região.
Se você estiver preocupado(a) com a sua saúde física ou mental, consulte
o seu profissional de saúde.
“O(A) cuidador(a) também precisa de
ajuda, assim como o(a) paciente” –
Cuidador(a)
15
5)
MEDICAÇÕES E
INTERVENÇÕES
COMO FOI DIAGNOSTICADA A INSUFICIÊNCIA
CARDÍACA DO(A) SEU(SUA) ENTE QUERIDO(A)?8
Diversos exames de sangue, eletrocardiogramas e exames de
imagem do coração, assim como um exame completo pelos
profissionais de saúde foram realizados para diagnosticar a
insuficiência cardíaca.
• Exames de sangue
Estes são os exames de rotina para verificar se os rins e
o fígado estão funcionando corretamente. Além disso,
se seu(sua) ente querido(a) tiver anemia (menos glóbulos
vermelhos do sangue do que o normal ou menos hemoglobina
do que o normal em cada glóbulo vermelho do sangue) ou
problemas na tireoide (uma grande glândula no pescoço),
exames de sangue devem ter sido realizados para verificar se
essas condições foram afetadas ou se causaram a insuficiência
cardíaca.
Um exame de sangue específico pode ter sido realizado para
medir algo chamado de peptídeos natriuréticos (um tipo
de hormônio produzido pelo coração), cujos níveis podem
indicar a insuficiência cardíaca.
• Eletrocardiograma (ECG)
É um exame que nos dá um traçado da atividade do coração
e é muito informativo. Ele permite que os profissionais
de saúde saibam se o coração está batendo muito rápido,
muito devagar e se há problemas no coração que podem ter
ocorrido no passado.
16
• Ecocardiograma
Ele é fundamental no diagnóstico de insuficiência cardíaca. Ele
fornece uma leitura do coração que mostra se este está bombeando
adequadamente, o tamanho e a condição das válvulas.
Outros exames mais complexos também podem ser realizados e podem
ajudar os profissionais de saúde a entender o que aconteceu com o
coração.
MEDICAÇÕES
Após um diagnóstico de insuficiência cardíaca, diversas medicações
podem ter sido receitadas para o(a) seu(sua) ente querido(a). A seguir,
você pode ler mais a respeito delas, junto com algumas dicas sobre como
elas devem ser tomadas.
No entanto, uma boa forma de começar é entender por que é tão
importante tomar essas medicações conforme as instruções do
profissional de saúde. Entendemos que tomar diversos comprimidos com
alguns dos sintomas que podem surgir com o passar do tempo, às vezes,
pode fazer com que o doente sinta que está carregando um fardo.
Mas também sabemos que se as pessoas tomarem suas medicações
regularmente, conforme orientadas pelos profissionais da área de saúde,
tais medicações podem ter um efeito drástico positivo na saúde e no bemestar. Seu(sua) ente querido(a) pode achar que está levando algum tempo
para se acostumar com algumas medicações, mas é importante insistir
e ele(a) geralmente se adaptará de forma rápida. Se ele(a) continuar
achando que está tendo problemas, aconselhe-o a conversar com o
profissional de saúde.
17
5)
Algumas dicas gerais sobre como tomar a medicação:
• Os pacientes devem ser responsáveis pela sua própria
medicação. Eles devem saber exatamente o que estão
tomando, com que frequência e porquê.
• Às vezes, a medicação pode fazer as pessoas se sentirem piores
antes de fazê-las se sentirem melhores. Portanto, é importante
que elas não desistam ou parem de repente de tomar as
medicações sem antes falar com um profissional de saúde.
• Encontrar a dose ideal de uma medicação para cada
paciente pode ser um processo lento. Em alguns casos, certos
comprimidos devem começar a ser tomados em doses baixas
e serem gradualmente aumentadas. Portanto, certifique-se de
que seu(sua) ente querido(a) não desanime, ele(a) conseguirá.
• Ele(a) pode precisar tomar muitos comprimidos e todos eles
têm uma função.
• Ele(a) deve procurar não se esquecer de tomar a medicação.
Certifique-se de que eles tomem todas as medicações no
horário certo e conforme recomendado. Um organizador
diário de comprimidos pode ser útil.
18
• Lembre-se, essa é uma parceria entre o(a) seu(sua) ente querido(a), você
e o profissional de saúde. Portanto, incentive-o(a) a discutir os efeitos
da medicação e se qualquer um de vocês tiver dúvidas ou
precisar de ajuda, é só pedir.
19
5)
DISPOSITIVOS IMPLANTÁVEIS / MARCAPASSOS
• Terapia de ressincronização cardíaca (TRC) /
dispositivo biventricular8
A TRC / dispositivo biventricular pode ser adequada para
algumas pessoas com insuficiência cardíaca. Esses dispositivos
enviam sinais elétricos minúsculos ao coração para ajudá-lo
a bater de uma forma mais sincronizada e, por fim, ajudam
o coração a bombear de forma mais eficaz. No entanto, esses
dispositivos só são adequados para cerca de um terço das
pessoas com insuficiência cardíaca.
• Cardioversor desfibrilador implantável (CDI)8
O coração não apenas tem um batimento, mas também
um ritmo. Às vezes, um problema nesse ritmo pode trazer
consequências graves. Nesses casos, um CDI pode ser
recomendado. Isso requer a implantação de uma pequena
caixa sob a pele da parte superior do tórax. Os fios estão
conectados ao músculo do coração em uma extremidade e
a caixa na outra extremidade. Essa é uma forma de tratar
quaisquer problemas de ritmo cardíaco possivelmente fatais.
Ocasionalmente, uma TRC e um CDI podem ser combinados
em um único dispositivo.
20
21
6)
CUIDADOS À DISTÂNCIA
Por causa do trabalho, família ou outros compromissos,
nem sempre é possível viver com ou próximo à pessoa
com insuficiência cardíaca que você está cuidando.
Existem algumas coisas a serem consideradas quando
cuidamos de alguém à distância:
• Procure desenvolver uma rotina para se manter em
contato. Encontre uma hora do dia para telefonemas
ou ligações regulares via computador usando softwares
(muitas vezes gratuitos) como o Skype ou o Viber. Isso
significa que você e seu(sua) ente querido(a) ou amigo(a)
sabem quando esperar uma ligação e garante que você
possa se sentir confiante e confortável de que seu(sua) ente
querido(a) está bem.
• Certifique-se de que seu(sua) ente querido(a) saiba exatamente
o que fazer se tiver problemas. Certifique-se de que ele(a)
tenha uma lista de pessoas para entrar em contato. Tenha um
plano.
• Tenha em mãos o nome e as informações de contato do
profissional de saúde do(a) seu(sua) ente querido(a). Se
você estiver preocupado, ou se seu(sua) ente querido(a) não
respondeu a uma ligação regular, entre em contato com o
profissional de saúde ou com alguém próximo ao seu(sua)
ente querido(a) (como, por exemplo, um vizinho) que pode
ir até lá e verificar se existe algum problema.
• Considere se uma avaliação é necessária. Se você estiver
preocupado em como seu(sua) ente querido(a) está se
sentindo, seja fisica ou emocionalmente, pense a respeito
da possibilidade de organizar uma avaliação por alguém
do serviço social local, mas certifique-se de discutir isso
com seu(sua) ente querido(a) em primeiro lugar.
22
23
7)
REUNIÕES DO GRUPO
DE APOIO
Uma parte importante ao cuidar de uma pessoa com problemas
cardíacos é ajudá-la a viver a sua vida e a ter a maior autonomia
possível, dentro dos limites dos sintomas presentes. Por isso, é
bom conversar regularmente sobre a ajuda que você está dando
e descobrir o que é importante para ela ser capaz de fazer.
Pode ser que ela queira tentar fazer um pouco mais por si e
que não precise de alguma ajuda que você esteja dando ou que
existam tarefas específicas - como tomar banho ou se vestir
na parte da manhã - que com a sua ajuda se tornaria menos
estimulante.
Durante essas “reuniões em grupo”, você também pode
descobrir que a pessoa da qual você cuida se abre e fala sobre
como ela se sente em relação ao diagnóstico de insuficiência
cardíaca (com raiva, confusa, com medo, aliviada por estar viva,
frustrada), o que também pode ajudar você a tomar decisões
com ela sobre a sua ajuda. Por exemplo, se a pessoa da qual
você cuida se sente deprimida ou frustrada e esses sentimentos
não vão embora, pode ser uma boa ideia incentivá-la a
conversar com o médico de família.
Também é essencial conversar com a pessoa da qual você
cuida sobre o que é importante para você. Isso pode ajudá-la
a entender por que você é, por exemplo, superprotetor (você
não quer que ela tenha dificuldades) ou por que você às vezes
tenta persuadi-la a fazer mais (você quer que ela seja a mais
independente possível) ou por que às vezes você fica um pouco
irritado(a) (talvez porque você esteja preocupado(a) com a forma
que você está se saindo como cuidador(a)). Também pode ser
útil garantir que a pessoa da qual você está cuidando entenda
que, enquanto você deseja ajudá-la e cuidar dela, você também
precisa de um tempo para cuidar de si mesmo.
24
AUMENTANDO A EQUIPE
Lembre-se, você não precisa tentar fazer tudo sozinho. Há outras pessoas
que podem fazer parte desse grupo, ampliando esses cuidados. Você pode
decidir quem participará, incluindo profissionais de saúde, membros da
família, amigos e outros. Tente dividir as responsabilidades com essas
pessoas, converse sobre isso com elas.
Lembre-se de que seu(sua) ente querido(a) pode não ver a necessidade de
apoio da mesma forma que você. Ele(a) está recebendo o seu apoio, o(a)
cuidador(a). Você precisa se certificar de que existe alguém para cuidar
de você também e de que há pessoas suficientes no grupo para que você
não se sinta isolado(a) e sobrecarregado(a).
Para mais informações sobre a insuficiência cardíaca, visite
www.keepitpumping.com
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REFERÊNCIAS
1 Harrison’s ‘Principles of Internal Medicine’, Seventeenth Edition páginas 1442 - 1455
2 American Heart Association What is a heart attack.
Disponível em http://www.heart.org/HEARTORG/Conditions/HeartAttack/
AboutHeartAttacks/About-Heart-Attacks_UCM_002038_Article.jsp
Último acesso: Abril 2015
3 Mosterd A, Hoes A, Clinical epidemiology of heart failure, Heart 2007;93:1137-1146
4 Holland R, Rechel B et al. Patients’ Self-Assessed Functional Status in Heart Failure by New
York Heart Association Class: A Prognostic Predictor of Hospitalizations, Quality of Life and
Death. Journal of Cardiac Failure 16:2:2010
5 Obieglo et al. The effect of acceptance of illness on the quality of life in patients with chronic
heart failure, European Journal of Cardiovascular Nursing; 1:7:2015
6 American Heart Association, Warning signs for heart failure.
Disponível em http://www.heart.org/HEARTORG/Conditions/HeartFailure/
WarningSignsforHeartFailure/Warning-Signs-for-Heart-Failure_UCM_002045_Article.jsp
Último acesso: Abril 2015
7 Sarwat I, et al. Patterns of weight change preceding hospitalization for heart failure, Circulation.
2007;116:1549- 1554
8 McMurray J, et al. ESC Guidelines for the diagnosis and treatment of acute and chronic heart
failure 2012, European Heart Journal (2012) 33, 1787–1847
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27
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CH-4002 Basileia, Suíça
Maio de 2015, GLCM/HTF/0018a
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