Trabalho apresentado no 18º CBCENF Título: ESTRATÉGIAS DE SAÚDE PARA CONTROLE DO SURTO DE SARAMPO EM UMA UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA EM FORTALEZA-CE Autores: ANA PAULA NOGUEIRA DE VASCONCELOS (Relator) DANIELLE DE OLIVEIRA ALBUQUERQUE DANIELE MARY SILVA DE BRITO DÉBORA SILVA DE BRITO MARIA ROSILÂNIA MAGALHÃES CHAVES Modalidade: Área: Tipo: Comunicação coordenada Educação, política e vulnerabilidade social Relato de experiência Resumo: Introdução: O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível e extremamente contagiosa, muito comum na infância. Sua transmissão ocorre diretamente, de pessoa a pessoa, geralmente por tosse, espirros, fala ou respiração, por isso a facilidade de contágio da doença. Em 2014, foram confirmados 694 casos de sarampo no Ceará. No Brasil, foram registrados 134 casos confirmados, sendo 133 no Ceará e 1 em Roraima. Nos quatro primeiros meses de 2015, foram notificados 797 casos da doença, dos quais 604 foram descartados e outros 90 estão em investigação. De acordo com a Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), o Ceará vive um surto de sarampo que ultrapassa 17 meses. Objetivo: Identificar as estratégias utilizadas para eliminar o sarampo no Ceará. Método: Trata-se de um relato de experiência realizado em uma Unidade de Atenção Primária de Saúde (UAPS). Foram apresentadas as estratégias utilizadas para eliminação do sarampo no período de 2014 a 2015. Resultados: A principal medida de controle e prevenção do sarampo constitui a vacinação de rotina com Tríplice Viral (sarampo, rubéola e caxumba) que deve ser realizada em crianças de 1 ano e reforço com 1 ano e 3 meses, mantendo uma cobertura vacinal homogênea de 95%. Devido ao surto de sarampo vigente no Ceará foram adotadas estratégias de reforço que incluem a vacinação de todas as crianças a partir de 6 meses de vida e a varredura casa a casa para identificar e imunizar todos os menores de 5 anos ainda não vacinados ou com esquema de vacinação incompleto, vacinação das puérperas, busca ativa das crianças com vacinas em atraso, realização de bloqueio vacinal quando suspeita de sarampo, realização de varredura pós bloqueio das áreas cobertas e descobertas pela ESF, solicitação e avaliação do cartão de vacina em todos os atendimentos e campanhas de vacinação (em espaços sociais, escolas, empresas, shopping) Conclusão: A alta infectividade do vírus causador do sarampo e o rápido acúmulo de suscetíveis têm demonstrado que a eliminação da doença requer múltiplas estratégias programáticas, com rigoroso controle das ações de acordo com os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Neste contexto a enfermagem representa uma importante classe no combate à proliferação do sarampo, com ações voltadas para prevenção das doenças e promoção da saúde no intuito de eliminar a doença, antes erradicada.