Português - ELITE CAMPINAS

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O ELITE RESOLVE O VESTIBULAR DA AFA 2007 – FÍSICA/PORTUGUÊS
FÍSICA
Após ter atingido a altura máxima, pode-se afirmar que o tempo de
queda livre desse protótipo será de
QUESTÃO 1
Uma pessoa está observando uma corrida a 170m do ponto de largada.
Em dado instante, dispara-se a pistola que dá início à competição. Sabese que o tempo de reação de um determinado corredor é 0,2s, sua
velocidade é 7,2km/h e a velocidade do som no ar é 340m/s. A distância
desse atleta em relação à linha de largada, quando o som do disparo
chegar ao ouvido do espectador, é:
a) 0,5m
b) 0,6m
c) 0,7m
d) 0,8m
Resolução
a) 1 s
b) 2 s
c) 3 s
d) 4 s
Resolução
Alternativa
C
O deslocamento total do protótipo será obtido como a área sob a curva
(2 − 0) ⋅ 12 (5 − 2) ⋅ 22
+
= 45 . Assim a altura
do gráfico v x t. Tal área é:
2
2
máxima atingida é H = 45 m. Ao atingir essa altura, o protótipo está com
velocidade nula, como mostra o gráfico, e iniciará um movimento de
queda livre, ou seja, exclusivamente sob a ação da gravidade. Seu
movimento será uniformemente acelerado para baixo, com equação
Alternativa B
O tempo necessário para o som chegar ao ouvido do espectador é dado
∆Ssom 170
por: ∆tsom =
=
= 0,5s
340
v som
horária dada por: ∆y = v 0t +
gt 2
. Para percorrer os 45 m até o solo, seu
2
tempo de queda é: 45 = 0 ⋅ t +
Intervalo de tempo entre o início do movimento do corredor e a chegada
do som ao ouvido do espectador:
∆tcor = ∆tsom − ∆trea = 0,5 − 0,2 = 0,3s
Como a velocidade do corredor é 7,2 km/h = 2 m/s, temos que a
distância percorrida pelo corredor, após a reação é:
∆Scor = v cor ⋅ ∆tcor = 2 ⋅ 0,3 = 0,6m
10t 2
⇒ t 2 = 9 ⇒ t = 3s , desprezando a
2
raiz negativa que não convém.
QUESTÃO 4
Um avião voa na direção lesta a 120 Km/h para ir da cidade A à cidade
B. Havendo vento para o Sul com velocidade de 50 Km/h, para que o
tempo de viagem seja o mesmo, a velocidade do avião deverá ser
a) 130 km/h
b) 145 km/h
c) 170 km/h
d) 185 km/h
QUESTÃO 2
Um pára-quedista, ao saltar na vertical de um avião que se desloca na
horizontal em relação ao solo, sofre uma redução crescente da
aceleração até atingir a velocidade limite. O gráfico que MELHOR
representa o módulo da componente vertical da velocidade do páraquedista em função do tempo, a partir do instante em que começa a cair,
é
Resolução
Alternativa A
Observe o seguinte triângulo de velocidades, onde a velocidade
resultante deve ser a representada pelo vetor AB:
VA
A
120 Km/h
B
50 Km/h
Vvento
Note na figura o triângulo retângulo notável:
(10.13)2 = (10.12)2 + (10.5)2
Temos pela hipotenusa, que VA = 10.13 =130 Km/h
QUESTÃO 5
Resolução
Alternativa
Uma partícula descreve movimento circular passando pelos pontos A e B
r
r
com velocidades VA e VB , conforme a figura. A opção que representa o
vetor aceleração média entre A e B é:
B
Apesar da aceleração diminuir com o aumento da força de atrito, a
velocidade é sempre crescente até a aceleração se anular. A partir do
momento em que a aceleração se anula a velocidade passa então a ser
constante e igual à velocidade limite.
QUESTÃO 3
O gráfico abaixo representa o movimento de subida de um protótipo de
foguete em dois estágios lançado a partir do solo.
1
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Resolução
Alternativa C
Resolução
O vetor aceleração média entre A e B é dado por:
r
r
r
r
∆v v B − v A
aM =
=
∆t
∆t
A figura abaixo mostra a direção e o sentido do vetor
Alternativa A
Considere as seguintes variáveis:
T = tempo de queda e período de abandono das bolinhas
d
=distância entre as bolinhas
2
d
A velocidade da esteira pode ser calculada por: v= 2
T
d
Portanto: T=
2v
Analisando a queda (referencial da esteira inferior para a superior):
ρ ρ ρ
ρ
ρ
∆v = vB − v A = vB + ( −v A )
y = y 0 + vot +
at 2
, com y = 0, y o = h, v 0 = 0, t = T , a = −g
2
Temos que
2
r
r
A direção e o sentido do vetor aM são as mesmas do vetor ∆v , portanto
a alternativa correta é dada pela letra C.
0=h+
( −g )T 2
gT 2
g d 
gd 
⇒h=
⇒h= 
 ⇒h=  
2
2
2  2v 
8v 
2
QUESTÃO 8
QUESTÃO 6
Durante um show de patinação, o patinador, representado na figura,
descreve uma evolução circular, com velocidade escalar constante, de
raio igual a 10,8 m. Considerando desprezíveis quaisquer resistências, a
velocidade do patinador, ao fazer a referida evolução, é igual a
A figura abaixo representa as trajetórias de dois projéteis A e B lançados
no mesmo instante num local onde o campo gravitacional é constante e
a resistência do ar é desprezível.
o
53
Pista de gelo
Ao passar pelo ponto P, ponto comum de suas trajetórias, os projéteis
possuíam a mesma
a) velocidade tangencial.
b) velocidade horizontal.
c) aceleração centrípeta.
d) aceleração resultante.
Resolução
Dados: sen 53o = 0,80, cos 53o = 0,60
a) 12 m/s
c) 8 m/s
b) 7 m/s
d) 9 m/s
Resolução
Alternativa D
Alternativa D
Ao fazer a evolução o patinador exerce uma força de contato sobre a
pista e recebe dela a reação desta força (F). Supondo que a força F
tenha a mesma direção do corpo do patinador, temos:
ρ
N
Como o campo gravitacional é constante a aceleração resultante sobre
ambos os projéteis é a mesma (e igual a aceleração local da gravidade).
QUESTÃO 7
Duas esteiras mantém movimentos uniformes e sincronizados de forma
que bolinhas sucessivamente abandonadas em uma delas atingem
ordenadamente recipientes conduzidos pela outra. Cada bolinha atinge o
recipiente no instante em que a seguinte é abandonada. Sabe-se que a
velocidade da esteira superior é v e que o espaçamento das bolinhas é a
metade da distância d, entre os recipientes. Sendo g a aceleração da
gravidade local, a altura h, entre as esteiras, pode ser calculada por:
Fcos530 = FAT = RCP
Fsen530 = N = mg
ρ
F AT
ρ
P
Dividindido-se a primeira equação pela segunda, vem:
mv 2
cos 53 o
RCP = mg.
=
o
R
sen 53
v = Rg
cos 53 o
= 9m / s
sen53 o
QUESTÃO 9
gd 
 
8v 
d
c) g
v
a)
2
gd 
 
2v 
g d
d)
2v
Um projétil de massa m incide horizontalmente sobre uma tábua com
velocidade v1 e a abandona com velocidade, ainda horizontal, v2.
Considerando-se constante a força exercida pela tábua de espessura d,
pode-se afirmar que o tempo de perfuração é dado por:
2
b)
2
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Isolando as forças sobre os blocos A e B temos:
2d
a)
v1 + v 2
2d
b)
v1 − v 2
d
c)
2(v1 + v 2 )
d
d)
2(v1 − v 2 )
Resolução
T
A
Fat,A
Alternativa A
O trabalho da força resultante sobre a bala é dado pela variação de sua
energia cinética:
Fazendo uma abordagem com os módulos dos vetores, temos:
τ = −Fat ⋅ ∆S = ∆Ecin ⇒ τ = −Fat ⋅ d =
B
Fab,B
Perceba que aAB = 2.aC (devido à relação entre o deslocamentos da polia
móvel e dos blocos)
Assim, aAB = 2m/s2
m ⋅ v 22 m ⋅ v12
−
⇒
2
2
Aplicando a 2ª. Lei de Newton:
T - Fat,A - Fab,B = (m+m).aAB.
Sabemos que:
Fat,A = µA.NA = µA.mg
Fab,B = µB.NB = 0,2.mg
Logo:
(mg – m) - µA.mg - 0,2.mg = 2m.2
µAg = -5+0,8g
m ⋅ (v 22 − v12 )
2⋅d
Pelo teorema do impulso temos:
I = Fat ⋅ ∆t = ∆Q = m ⋅ v 2 − m ⋅ v1 = m ⋅ (v 2 − v1)
Fat =
Logo, temos que:
m ⋅ (v 2 − v1)
2⋅d
∆Q
∆t =
=
⋅2⋅d =
Fat m ⋅ (v 22 − v12 )
v 2 + v1
Usando g=10m/s2, temos µA = 0,3
QUESTÃO 11
QUESTÃO 10
Com relação à força de atrito, apresentam-se três situações e uma
afirmação relativa a cada uma.
Três blocos, cujas massas mA = mB = m e mC = 2m, são ligados através
de fios e polias ideais, conforme a figura. Sabendo-se que C desce com
uma aceleração de 1m/s2 e que 0,2 é o coeficiente de atrito entre B e a
superfície S, pode-se afirmar que o coeficiente de atrito entre A e S vale
Situação 1: Um automóvel faz uma curva em que o lado interno da pista
é mais baixo que o lado externo.
Afirmação 1: A força de atrito entre os pneus e a pista depende do
número de passageiros do automóvel.
a) 0,10
b) 0,20
c) 0,30
d) 0,40
Situação 2: Duas crianças de diferentes pesos descem um toboágua
permanecendo em contato físico.
Resolução
Alternativa C
Isolando as forças sobre a polia móvel temos:
T
T
2T = T´
Afirmação 2: Por efeito da força de atrito, a criança mais leve, que está
na frente, será empurrada pela outra.
T´
Situação 3: Uma pessoa se movimenta em relação ao solo.
Isolando as forças sobre o bloco C temos:
T´
C
2mg
Afirmação 3: A força de atrito é oposta ao sentido de movimento da sola
do sapato.
Aplicando a Lei de Newton:
2mg – T´= 2m.aC.
Como aC=1m/s2 e T´=2T, temos:
2mg – 2T=2m.1 → T=mg - m
Estão corretas as afirmações:
a) 1 e 2 apenas.
c) 1 e 3 apenas.
3
b) 2 e 3 apenas.
d) 1, 2 e 3.
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Resolução
Alternativa
C
Resolução
r
r
I) Correta: Temos que | FAT |= µ | N | . A componente da força normal na
Alternativa C
direção vertical, por sua vez, deve equilibrar o peso. Assim, quanto maior
for a massa do conjunto (carro + passageiros), maior será a intensidade
do peso e, portanto, maior será a intensidade da força normal.
Conseqüentemente, a intensidade da força de atrito também será maior.
II) Incorreta: Podemos considerar cada trecho retilíneo do toboágua
como um plano inclinado de um ângulo α em relação à horizontal.
Nesse caso, as forças atuantes na criança são o seu peso e a força de
atrito.
Na direção perpendicular ao plano, temos: N = PY = mg cos α
Na
direção
do
plano,
temos
FRES = PX − FAT .
De acordo com a figura acima, tomando momento em relação ao ponto
A temos:
100 ⋅ 3 + 20 ⋅ 2
M A = 0 ⇒ NB ⋅ rB − PB ⋅ rPB − PP ⋅ rPP = 0 ⇒ NB =
4
Assim, temos NB = 85N
∑
Assim:
ma = mgsenα − µN = mgsenα − µ mg cos α .
Cancelando a massa: a = g (senα − µ cos α ) .
Como a aceleração não depende da massa, a aceleração das crianças
será a mesma, e uma não estará empurrando a outra.
QUESTÃO 14
Na figura abaixo, as polias e os fios são ideais. Se o sistema está em
m
equilíbrio, pode-se afirmar que a razão 1 é
m2
III) Correta: A pessoa, ao se movimentar para a direita, empurra o solo
para a esquerda. Pela 3ª Lei de Newton, o solo empurrará a pessoa com
uma força de mesma intensidade, mesma direção e sentido contrário,
portanto para a direita.
QUESTÃO 12
Uma vela acesa, flutuando em água, mantém-se sempre em equilíbrio,
ocupando a posição vertical. Sabendo-se que as densidades da vela e
da água são respectivamente, 0,8 g/cm3 e 1,0 g/cm3, qual a fração da
vela que permanecerá sem queimar, quando a chama se apagar ao
entrar em contato com a água?
4
1
1
b)
d)
a) 0
c)
5
4
5
Resolução
Alternativa
30°
m1
m2
A
Na situação apresentada temos,
ρ
E
ρ
a)
mg = E
µAgua . g . Vsubmerso = µvela . g . Vtotal
Vsubmerso = 4/5 . Vtotal,
3
4
b)
1
4
c)
3
2
Resolução
d)
1
2
Sem resposta
mg
À medida que a vela queima o volume submerso será sempre
proporcional ao volume acima do nível da água (precisamente, 4 vezes
maior). Quando a vela se apagar, o volume submerso será 4 vezes zero,
logo será NULO.
30°
F
T2
T2
T2
m1.g
QUESTÃO 13
Uma prancha de comprimento 4m e de massa 2kg está apoiada nos
pontos A e B, conforme a figura. Um bloco de massa igual a 10kg é
colocado sobre a prancha à distância x = 1m da extremidade da direita e
o sistema permanece em repouso. Nessas condições, o módulo da força
que a prancha exerce sobre o apoio no ponto B é, em newtons,
m1
T1
T1
m2.g
m2
Assumindo que T2 faz um ângulo θ com a vertical, temos que:
T2senθ = Fsen30o e T2 cosθ + F cos30o = m1g
a) 340
b) 100
c) 85
d) 35
Das roldanas podemos perceber
T1 = 2T2. Portanto T2 = m2g/4
Assim:
4
que
m2.g
=
2T1
e
que
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quaisquer perdas de calor, a razão θ2 / θ1 entre as temperaturas nas
junções onde uma barra é ligada à outra, conforme mostra a figura é
m2g
 m2g

o
o
 4 senθ = Fsen30
Fsen30 = 4 senθ
⇒

 m2g cosθ + F cos30o = m g
F cos30o = m g − m2g cosθ
1
1
 4

4
Dividindo a primeira equação pela segunda, temos:
m2g
senθ
senθ
o
4
⇒ tg 30o =
⇒
tg 30 =
m2g
m1
cosθ
4
− cosθ
m1g −
4
m2
a) 1,5

m1
m
senθ
1  senθ
=
+ cosθ ⇒ 1 = 
+ cosθ 

m2 tg 30o
m2 4  tg 30o

A relação m1/m2 depende de θ, o qual não pode ser determinado pelo
enunciado, portanto, a questão não tem resposta válida.
Provavelmente a intenção da banca era utilizar um dos ângulos notáveis
abaixo:
Se θ = 30o, temos que a alternativa correta seria A
Se θ = 60o, temos que a alternativa correta seria D
⇒4
b) 1,4
c) 1,2
Resolução
d) 1,6
Alternativa
B
O fluxo de calor deverá ser constante ao longo do tubo.
K
K
A(θ 1 − 0)
A(θ 2 − θ 1 )
KA(100 − θ 2 )
2
φ=
=
= 5
l
l
l
Das duas últimas equações:
5. (θ 2 − θ1 ) = 2. θ1
NOTA: Além de ter de inferir o ângulo de inclinação de uma das cordas,
perceba que nestas condições seria impossível a polia fixa (a mais alta)
ficar em equilíbrio, a menos que ao invés de ser sustentada por uma
corda, ela estivesse sustentada por uma haste rígida, pois duas das
forças que agem nela são verticais e a terceira tem uma componente
horizontal sem equilibrante.
Logo, θ 2 =
7
θ1 ⇒ θ2 / θ1 = 1,4
5
QUESTÃO 17
O gráfico abaixo representa o diagrama de fases de uma determinada
substância.
QUESTÃO 15
O recipiente mostrado na figura apresenta 80% de sua capacidade
ocupada por um líquido. Verifica-se que, para qualquer variação de
temperatura, o volume da parte vazia permanece constante. Pode-se
afirmar que a razão entre os coeficientes de dilatação volumétrica do
recipiente e do líquido vale:
Da análise do gráfico, conclui-se que
a) aumentando a pressão e mantendo a temperatura constante em T1,
ocorrerá vaporização da substância
b) à temperatura T3 é possível liquefazer a substância.
c) sob pressão PT e temperatura T0 a substância apresentará pelo
menos a fase líquida
d) com a pressão mantida constante em P1 e variando a temperatura de
T1 a T2, a substância sofrerá duas mudanças de estado.
a) 0,72
b) 1,00
c) 0,92
d) 0,80
Resolução
Alternativa
Resolução
D
Alternativa D
Os volumes iniciais do líquido e do recipiente guardam entre si a
seguinte relação: V0L = 0,8V0R
Mas a diferença entre estes dois volumes permanece sempre constante:
VR − VL = V0R − V0L
Sendo assim:
(V0R + V0R ⋅ γ R ⋅ ∆θ ) − (V0L + V0L ⋅ γ L ⋅ ∆θ ) = V0R − V0L
V0R ⋅ γ R ⋅ ∆θ = V0L ⋅ γ L ⋅ ∆θ
Da relação inicial entre os volumes:
V0R ⋅ γ R ⋅ ∆θ = ( 0,8 ⋅ V0R ) ⋅ γ L ⋅ ∆θ
γ R ⋅ ∆θ = 0,8 ⋅ γ L ⋅ ∆θ ⇒ γ R = 0,8 ⋅ γ L ⇒
Analisando o diagrama de fases acima, temos que:
a) FALSO: Aumentando a pressão e mantendo constante T1, a única
mudança de fase possível é re-sublimação.
b) FALSO: A temperatura T3 encontra-se acima da temperatura crítica
TC e, portanto, a substância não sofre liquefação nessas condições.
c) FALSO: A substância se encontra na forma de vapor sob pressão PT
e temperatura T0.
d) VERDADEIRO: A substância sofrerá fusão em um ponto entre T1 e T0
e vaporização em um ponto entre entre T0 e T2.
γR
= 0,8
γL
QUESTÃO 16
Três barras cilíndricas idênticas em comprimento e secção são ligadas
formando uma única uma barra, cujas extremidades são mantidas a 0o C
e 100o C. A partir da extremidade mais quente, as condutividades
térmicas dos materiais das barras valem k, k/2 e k/5. Supondo-se que,
em volta das barras, exista um isolamento de lã de vidro e desprezando
5
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QUESTÃO 18
Resolução
Resolução
Alternativa
Alternativa B
A transformação é isométrica (volume do pneu constante) e portanto:
P1 P2
P
28
=
⇒
= 2 ⇒ P2 = 31 lb/pol2
T1 T2
280 310
N mols de um gás ideal possui volume v e pressão p. quando sofre as
seguintes transformações sucessivas:
I – expansão isobárica até atingir o volume 2v;
II - aquecimento isométrico até a pressão tornar-se igual a 3p;
III - compressão isobárica até retornar ao volume v; e
IV - resfriamento isométrico até retornar ao estado inicial.
Assim, o trabalho trocado pelo gás, ao percorrer o ciclo descrito pelas
transformações acima, vale
a) zero
b) – 2pv
c) 3pv
d) – Npv.
QUESTÃO 21
Considere uma bola de diâmetro d caindo a partir de uma altura y sobre
um espelho plano e horizontal como mostra a figura abaixo.
B
A transformação I é uma expansão isobárica, logo o trabalho pode ser
calculado por τ1=p.∆V = p(2v-v) = pv.
A transformação II é um aquecimento isométrico. Como ∆V=0, τ2=0.
A transformação III é uma compressão isobárica, logo o trabalho pode
ser calculado por τ3=p.∆V = 3p(v-2v)=-3pv
A transformação IV é um resfriamento isométrico. Como ∆V=0, τ4=0.
Logo τ = τ1 + τ2 +τ3 + τ4 = -2pv.
O gráfico que melhor representa a variação do diâmetro d´ da imagem
da bola em função da distância vertical y é
QUESTÃO 19
A variação volumétrica de um gás, em função da temperatura, à pressão
constante de 6 N / m2 está indicada no gráfico.
Resolução
Se, durante a transformação de A para B, o gás receber uma quantidade
de calor igual a 20 joules, a variação da energia interna do gás será
igual, em joules, a:
a) 32
b) 24
c) 12
d) 8
Resolução
Alternativa
Alternativa
C
Por ser um espelho plano, podemos assumir que o tamanho da imagem
é igual ao tamanho do objeto, que claramente é constante. Este fato faz
com que o gráfico correto seja o da alternativa C.
QUESTÃO 22
Uma lente convergente L de distância focal igual a f e um espelho
esférico E com raio de curvatura igual a 2f estão dispostos coaxialmente,
conforme mostra a figura abaixo.
D
Na transformação de A para B, o gás sofreu uma expansão a pressão
constante,
realizando
portanto
um
trabalho
igual
a:
τ = p ⋅ ∆V = 6 ⋅ (4 − 2) = 12 J .
Segundo
a
1ª
Lei
da
Termodinâmica,
Q = τ + ∆U .
Portanto,
∆U = Q − τ = 20 − 12 = 8 J .
Uma lâmpada de dimensões desprezíveis é colocada no ponto P. A
imagem da lâmpada produzida por essa associação é
a) imprópria
b) real e estará localizada à direita da lente
c) virtual e estará localizada à direita da lente.
d) virtual e estará localizada entre o espelho e a lente.
QUESTÃO 20
Pela manhã, um motorista calibra os pneus de seu carro sob uma
pressão de 28,0 lb/pol2 quando a temperatura era de 7o C. À tarde, após
rodar bastante, a temperatura dos pneus passou a ser 37o C.
Considerando que o volume dos pneus se mantém constante e que o
comportamento do ar seja de um gás ideal, a pressão nos pneus
aquecidos, em lb/pol2, passou a ser.
a) 30,0
b) 31,0
c) 33,0
d) 35,0
Resolução
6
Alternativa B
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QUESTÃO 25
A lâmpada é colocada em P, que é o foco da lente convergente. Logo os
raios refratados emergirão paralelos ao eixo principal da lente. Estes
raios paralelos incidem sobre o espelho e refletem, indo convergir no
foco do espelho (ponto A). Este ponto serve então novamente de objeto
para a lente, formando uma imagem real à sua direita (ponto B) pois
basta fazer p = 2f em:
1 1 1
1 1
1
= +
+
⇒ =
⇒ p´= 2f
f p p'
f 2f p '
Na figura abaixo, a esfera A suspensa por um fio flexível e isolante, e a
esfera B, fixa por um pino também isolante, estão em equilíbrio.
QUESTÃO 23
Considere uma figura de interferência obtida na superfície de um líquido
por fontes que emitem em fase e na freqüência f. Considere ainda que
essas ondas se propagam com velocidade v. A soma das diferenças de
caminhos entre as ondas que se superpõem para os pontos
pertencentes às 3 primeiras linhas nodais é
9v
5v
a)
b)
2f
2f
4v
3v
c)
d)
2f
2f
Resolução
É correto afirmar que
a) é possível que somente a esfera A esteja eletrizada.
b) as esferas A e B devem estar eletrizadas com cargas de mesma
natureza.
c) a esfera A pode estar neutra, mas a esfera B certamente estará
eletrizada.
d) as esferas devem estar eletrizadas com cargas de mesmo módulo.
Resolução
Alternativa A
Alternativa B
Nas linhas nodais teremos interferência destrutiva. Como as duas fontes
emitem em fase, para obtermos interferência destrutiva devemos ter a
diferença de caminhos dada por ∆ = n
λ
2
com n ímpar.
Assim, temos:
λ
λ
λ
∆1 = 1 ; ∆3 = 3 ; ∆5 = 5
2
2
2
∆1 + ∆3 + ∆5 = 1
λ
2
+3
λ
2
+5
λ
2
=9
λ
Conforme a figura acima, o equilíbrio só é possível se a força F entre as
cargas for de repulsão.
A repulsão eletrostática é um fenômeno que só ocorre entre corpos
carregados com cargas de mesmo sinal, ao contrário da atração
eletrostática, que também pode ocorrer entre corpos carregados e
corpos neutros. Dessa forma, a única alternativa que satisfaz a condição
de repulsão é a letra B.
2
Como v = λf, temos que a soma é dada por
9v
2f
QUESTÃO 24
Considere duas cordas, A e B, presas pelas extremidades e submetidas
à força de tração T, com densidades lineares µA e µB, tal que µA = µB,
conforme mostra a figura abaixo.
QUESTÃO 26
Uma partícula eletrizada positivamente com carga q é lançada em um
campo elétrico uniforme de intensidade E, descrevendo o movimento
representado na figura abaixo.
Ao se provocar ondas na corda A, essas originam ondas sonoras de
frequência fA , que fazem com que a corda B passe a vibrar por
ressonância. As ondas que percorrem a corda B, por sua vez, produzem
som de frequência fB que é o segundo harmônico do som fundamental
f
de B. Nessas condições, o valor da razão A , onde f0A é o som
f0 A
fundamental na corda A, será
a) 2
c) 4
Resolução
A variação da energia potencial elétrica da partícula entre os pontos A e
Bé
a) qEy
b) qEx
b) 3
d) 5
c) qE x 2 + y 2
Alternativa
A
Resolução
Temos que a freqüência do segundo harmônico se relaciona com a do
primeiro de acordo com:
f2o harmonico = 2.fo
TA , l A , µ A = TB , lB , µB
podemos dizer que
estando ambas vibrando em seu segundo harmônico. Portanto
Alternativa
B
A variação da energia potencial elétrica entre A e B pode ser calculada
pelo trabalho realizado para levar a partícula de A até B:
|∆UAB| = |τ AB| = q.∆V.
Como o campo elétrico é uniforme ∆V = Ed, com d sendo a distância
percorrida ao longo da direção do campo, temos: ∆V = Ex e |∆UAB| =
qEx.
Como as duas cordas estão em ressonância, temos:
fA = fB = f2o harmonico
Sabendo que
d) qE(x2+y2)
fOA = fOB ,
fA
=2
fOA
Nota: A rigor, a carga positiva perde energia potencial elétrica enquanto
ganha energia cinética ao longo de seu movimento, portanto a variação
de energia potencial elétrica é negativa, ou seja, ∆UAB= -qEx.
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QUESTÃO 27
Qual dos gráficos propostos melhor representa a potência P dissipada
pela lâmpada L em função de R?
Uma partícula com carga –q e massa m gira em torno de uma esfera de
raio R uniformemente eletrizada com uma carga +Q. Se o potencial no
centro da esfera é Vc , a energia cinética da partícula para que ela se
mantenha em movimento circular uniforme a uma distância 2R do centro
da esfera é
a) qVc
b)
qVc
2
Resolução
c) 2 qVc
d)
qVc
4
Alternativa D
Resolução
Para a esfera estar uniformemente eletrizada, ela deveria ser feita de
material isolante, o que determinaria potencial variável no interior da
esfera.
Entretanto, acredita-se que a banca examinadora teve a intenção de
dizer que as cargas estavam uniformemente distribuídas pela superfície
da esfera, como em um corpo condutor. Nesse caso, temos que o
potencial do centro da esfera é igual ao potencial da superfície:
KQ
Vc =
R
Neste caso, teríamos que:
Alternativa
A
U 2
A potência dissipada pela lâmpada L é dada por Pot = L onde UL é a
RL
tensão fornecida pela bateria e RL é a resistência da lâmpada. Como a
bateria é ideal, a modificação no valor da resistência R do reostato não
altera o valor da tensão fornecida à lâmpada, que continua sendo UL = ε.
Desse modo, a potência dissipada pela lâmpada é um valor constante, o
que nos fornece como resposta a alternativa A.
QUESTÃO 29
v2
KQq
=
Fcentrípeta = Felétrica ⇒ m
2R (2R )2
Na figura, L representa uma lâmpada de potência igual a 12 W ligada a
uma bateria de tensão igual a 24 V.
mv 2 KQq
=
2
4R
 KQ  q
Ec = 

 R 4
Ec = Vc
q qVc
=
4
4
Para que a intensidade da corrente elétrica do circuito seja reduzida à
metade, é necessário associar em
a) série com a lâmpada L, um resistor de resistência elétrica 24 Ω
b) paralelo com a lâmpada L, dois resistores idênticos também
associados
em
paralelo,
de
resistência
elétrica
24 Ω
c) paralelo com a lâmpada L, um resistor de resistência elétrica 48 Ω
d) série com a lâmpada L, um resistor de resistência elétrica de 48 Ω
Nota: Se considerarmos a esfera uniformemente eletrizada, como está
no enunciado, deveremos assumir que ela é isolante e, portanto, no
kQ 
r2 
3 −
 . No centro
interior desta esfera o potencial será dado por
2R 
R 2 
3KQ
da esfera, o valor de r é 0 e portanto, VC =
2R
 KQ  q 2  3KQ  q qVc
Assim, Ec = 
 = 
 =
6
 R  4 3  2R  4
Resolução
Alternativa
D
Temos que no circuito, U = Req.i
Na primeira situação: 24 = Req1 ⋅ i
QUESTÃO 28
i
2
Assim, dividindo-se a primeira equação pela segunda, temos
Req 2 = 2 ⋅ Req1 . Portanto, ao associar um outro elemento de circuito, a
Na segunda situação: 24 = Req 2 ⋅
No circuito esquematizado abaixo, o reostato tem resistência R (R1 < R <
R2) e o gerador tem resistência interna desprezível.
resistência equivalente deve ser duas vezes maior que a inicial.
Calculando a resistência inicial, temos:
U2
242
⇒ 12 =
⇒ Req1 = 48Ω
R
Req1
Assim, para dobrarmos a resistência, devemos associar uma outra
resistência em série, de valor 48Ω
( Req 2 = 48 + R ⇒ 2.48 = 48 + R ⇒ R = 48Ω )
P=
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QUESTÃO 30
LÍNGUA PORTUGUESA
A figura abaixo representa uma espira retangular em repouso num
campo magnético de um ímã. Ao ser percorrida por uma corrente no
sentido indicado na figura, a espira passará a
Texto I
A INVEJA
Tomás de Aquino define a inveja como a “tristeza por não possuir o bem
alheio”. Invejam-se a cor dos olhos, o tom da voz, a erudição, os títulos,
a função, a riqueza ou as viagens de outrem. “Onde há inveja, não há
amizade”, alertava Camões.
O invejoso é um derrotado. Perdeu para a sua auto-estima. Lamenta, no
íntimo, ser quem é e nutre a fantasia de que poderia ter sido outra
pessoa. O inimigo do invejoso é ele próprio.
(...)
A inveja é tristeza de ser o que se é. A advogada sonha que poderia ter
sido atriz, o engenheiro imagina-se no lugar do empresário, o rapaz
chora por não pilotar um carro de Fórmula 1. Mal sabem que o invejado
também sofre de invejas, pois o desejo é insaciável. Centrado nos bens
objetivos, escraviza o ser humano.
(...)
Só quem se gosta não tem inveja. É capaz, portanto, de reconhecer e
aplaudir o sucesso alheio. Faz sua a alegria do outro.
Frei Betto, O Estado de S. Paulo, 1998.
a) girar no sentido horário.
b) girar no sentido anti-horário.
c) oscilar em torno do eixo y.
d) oscilar em torno do eixo x.
Resolução
Alternativa
C
O campo magnético apontará do pólo Norte para o pólo Sul do ímã, ou
seja, na direção positiva do eixo x, segundo a orientação sugerida pela
figura.
Inicialmente, usando a regra da mão esquerda para cada lado da espira,
temos o esquema de forças indicado:
F
i
B
i
B
QUESTÃO 31
Considerando as idéias do texto I, ordene corretamente as idéias do
citado fragmento e, a seguir, assinale a alternativa correta:
( ) Desejo escraviza o ser humano.
( ) Pessoas com auto-estima não têm inveja.
( ) O invejoso é inimigo de si mesmo.
( ) O invejoso deseja possuir o bem alheio
F
a) 1-3-4-2
b) 3-4-2-1
c) 2-1-3-4
d) 4-2-1-3
Observe que nos lados paralelos ao eixo x a força magnética é zero,
pois a direção da corrente será a mesma do campo magnético.
Assim, a espira passará a se movimentar em torno do eixo y em sentido
horário.
Esta força será sempre na direção perpendicular ao campo e à corrente.
Podemos notar que a decomposição desta força no sentido de giro
diminui à medida que a inclinação aumenta, ou seja, a espira aumenta
sua angular, mas com uma aceleração angular cada vez menor. Até
que, quando a espira estiver em um ângulo de 90o, a força é
perpendicular à direção de giro (aceleração angular nula).
Resolução
Alternativa
B
Os parágrafos do texto podem ser assim sintetizados:
Parágrafo 1: o invejoso deseja possuir o bem alheio
Parágrafo 2: “O inimigo do invejoso é ele próprio”
Parágrafo 3: “o desejo é insaciável. Centrado nos bens objetivos,
escraviza o ser humano.”
Parágrafo 4: “Só quem se gosta não tem inveja”
Desse modo, a seqüência correta é: 3-4-2-1.
F
QUESTÃO 32
B
No Texto I aparecem as seguintes considerações para o termo inveja:
i
I - “a tristeza de não poder possuir o bem alheio.”
II – “Onde há inveja, não há amizade.”
III – “A inveja é a tristeza de ser o que se é.”
i
Quanto a essas considerações, pode-se afirmar que a
a) primeira e a segunda são excludentes
b) primeira e a terceira são relacionáveis
c) segunda e a terceira são relacionáveis
d) primeira e a segunda são complementares.
B
F
Quando a espira tiver girado mais que 90°, a decomposição da força na
direção do giro fará com que a espira diminua sua velocidade (pois esta
decomposição ocorre no sentido contrário ao giro) em uma situação
simétrica à já observada, ou seja, com uma desaceleração angular cada
vez maior.
Assim, a espira estará sendo freada, parará quando tiver girado de 180°,
quando passará a girar de volta, em sentido anti-horário.
Ao retornar à situação inicial, voltará a girar no sentido horário, e assim
por diante, oscilando em torno do eixo y.
Resolução
Alternativa
B
A “tristeza de não possuir o bem alheio” relaciona-se à tristeza de ser o
que se é, ou seja, à tristeza de não ser o que o outro é. O autor,
inclusive, usa a oração “Invejam-se a cor dos olhos, o tom da voz, a
erudição, os títulos, a função, a riqueza ou as viagens de outrem” como
explicação de “tristeza de não possuir o bem alheio” misturando-se no
texto, ter com ser.
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QUESTÃO 33
Resolução
Assinale a alternativa INCORRETA relativa ao Texto I.
a) Verifica-se a presença de voz passiva no primeiro parágrafo.
b) Tanto a oração “de que poderia ter sido outra pessoa” quanto a
expressão “do invejoso”, no segundo parágrafo, possuem a mesma
função sintática.
c) Se as orações “Onde há inveja, não há amizade” (l. 3 e 4) tivesse a
ordem invertida e não fosse usada vírgula entre elas, não sofreriam
qualquer alteração semântica ou sintática.
d) As orações “Centrado nos bens objetivos, escraviza o ser humano.” (l.
12 e 13) referem-se à palavra “desejo”.
Resolução
Alternativa
QUESTÃO 36
B
a) dessa forma sentencia por si mesmo.
b) igualmente se demonstra consigo mesmo.
c) desse modo considera-se a si mesmo.
d) assim sendo tem em conta para si mesmo.
Resolução
Alternativa
C
Conforme depreendemos de algumas passagens do texto, “Cada qual
está bem ou mal conforme assim se achar” e “Contente está não quem
assim julgamos, mas quem assim julga de si mesmo”, conclui-se que a
glória e a riqueza são também proporcionais ao estado de glória e de
riqueza que cada um atribui a si próprio.
Texto II
QUESTÃO 37
Contente Está Quem Assim se Julga de Si Mesmo
A abastança e a indigência dependem da opinião de cada um; e a
riqueza não mais do que a glória, do que a saúde têm tanto de beleza e
de prazer quanto lhes atribui quem as possui. Cada qual está bem ou
mal conforme assim se achar. Contente está não quem assim julgamos,
mas quem assim julga de si mesmo. E apenas com isso a crença
assume essência e verdade.
Michel de Montagne
Assinale a alternativa INCORRETA.
a) No último parágrafo do Texto I, a conjunção “portanto” (l. 15) pode ser
substituída por “no entanto” sem que o período sofra qualquer alteração.
b) No Texto II, os pronomes lhes e as (l. 3) desempenham o papel de
complementos verbais.
c) A expressão “apenas com isso” (l. 5) (Texto II) poderia ser isolada por
vírgulas.
d) De acordo com o Texto II, o ser tem íntima dependência do crer.
QUESTÃO 34
Resolução
Da leitura do Texto II, pode-se depreender que
a) a abastança e a indigência dependem da opinião dos demais.
b) riqueza, glória, saúde, beleza e prazer são medidos de acordo com os
critérios de cada um.
c) está nas mãos do indivíduo o direito de conquistar situações
favoráveis para si.
d) depende do ser humano encontrar alegria naquilo que é ou possui.
Alternativa
A
a) Incorreta. “No entanto” é uma conjunção coordenativa adversativa,
ao contrário de “portanto”, que é uma conjunção coordenativa
conclusiva.
b) Correta. O pronome oblíquo “lhes” é complemento do verbo atribuir e
o pronome “as” é complemento do verbo possuir.
c) Correta. Por ser uma expressão interferente e estar no meio do
período, poderia estar entre vírgulas.
d) Correta. O texto advoga que, se o ser crê ser dotado de determinada
característica, sua crença assume valor de verdade, independentemente
da opinião alheia.
Alternativa D
a) Incorreta. O texto afirma que “a abastança e a indigência dependem
da opinião de cada um”.
b) Incorreta. O texto afirma que riqueza, glória e saúde têm beleza e
prazer medidos segundo os critérios de cada um.
c) Incorreta. O texto fala a respeito de opinião, de como o indivíduo
considera a si mesmo. Entretanto, não há menção de como este
pensamento pode ajudá-lo a alcançar as situações favoráveis para si,
apenas está indicado o mesmo pode considerá-las favoráveis ou não.
d) Correta. Encontrar alegria ou infortúnios depende de cada indivíduo.
Texto III
O desgaste da inveja
De todas as características que são vulgares na natureza
humana a inveja é a mais desgraçada; o invejoso não só deseja
provocar o infortúnio e o provoca sempre que o pode fazer
impunemente, como também se torna infeliz por causa da sua
inveja. Em vez de sentir prazer com o que possui, sofre com o
que os outros têm. Se puder, priva os outros das suas
vantagens, o que para ele é tão desejável como assegurar as
mesmas vantagens para si próprio. Se uma tal paixão toma
proporções desmedidas, torna-se fatal a todo o mérito e mesmo
ao
exercício
do
talento
mais
excepcional.
(...)
Afortunadamente,
porém,
há
na
natureza
humana
um
sentimento compensador, chamado admiração. Todos os que
desejam
aumentar
a
felicidade
humana
devem
procurar
aumentar a admiração e diminuir a inveja.
Bertrand Russell, in ‘A Conquista da Felicidade’.
QUESTÃO 35
O trecho a seguir foi reescrito de diversas maneiras. Assinale a opção
em que essa reescritura mantém a mensagem original.
“ ... a riqueza não mais do que a glória, do que a saúde têm tanto de
beleza e prazer quanto lhes atribui quem as possui.”
a) a riqueza, menos do que a glória e a saúde têm a mesma beleza
prazer que lhes atribui quem as possui.
b) A glória tanto quanto a saúde e menos do que a riqueza detém
beleza e o prazer que lhe são emprestados por seus possuidores.
c) Só quem possui a riqueza, a glória, a saúde, tanto quanto beleza
prazer é que sabe o valor que esses atributos possuem;
d) A beleza e o prazer conferidos tanto pela riqueza quanto pela glória
a saúde dependem de quem as possui.
D
Leia o seguinte trecho do Texto II: “Contente está quem assim se julga
de si mesmo.” A frase destacada pode ser substituída, sem prejuízo de
seu sentido e da língua padrão escrita, por
a) Correta. No primeiro parágrafo, a oração “Invejam-se a cor dos olhos,
o tom da voz, a erudição, os títulos, a função, a riqueza ou as viagens de
outrem” está na voz passiva sintética.
b) Incorreta. A oração é subordinada substantiva completiva nominal, e a
expressão é um adjunto adnominal.
c) Correta. A inversão seria “Não há amizade onde há inveja” e os
valores permanecem os mesmos.
d) Correta. “O desejo é centrado nos seus objetivos” e “O desejo
escraviza o ser humano”.
Resolução
Alternativa
O advérbio menos invalida as alternativas a e b uma vez que a relação
de proporção no original sugere igualdade e não inferioridade. Já a
alternativa C é invalidada pelo advérbio só. Na alternativa D, beleza e
prazer, originalmente objetos, são transformados em sujeito, mas
mantém-se o sentido da mensagem original.
e
a
e
e
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QUESTÃO 38
Resolução
Da leitura atenta do Texto III, só NÃO se pode inferir que
a) o invejoso tem olhos para a falta e não para a plenitude.
b) para o invejoso, impingir sofrimentos ao invejado proporciona tanto
prazer quanto conquistar o objeto de sua cobiça.
c) a inveja pode causar a destruição de seu portador, a menos que ele
possua algum talento extraordinário.
d) sobrepor à inveja a admiração pode contribuir para sanar essa
limitação.
Resolução
Alternativa
C
a) Correta. “Em vez de sentir prazer com o que possui, sofre com o que
os outros têm.”
b) Correta. “Se puder, priva os outros das suas vantagens, o que para
ele é tão desejável como assegurar as mesmas vantagens para si
próprio.”
c) Incorreta. Mesmo o portador do talento mais excepcional sofre a
destruição pela inveja: “Se uma tal paixão toma proporções desmedidas,
torna-se fatal a todo mérito e mesmo ao exercício do talento mais
excepcional.”
d) Correta. “Todos os que desejam aumentar a felicidade humana devem
procurar aumentar a admiração e diminuir a inveja.”
B
QUESTÃO 41
Com relação aos textos I, II e III, pode-se afirmar que o texto:
a) I comprova o texto II
b) II suplementa o texto I
c) III contradiz o texto II
d) II exemplifica o texto III
Resolução
Alternativa
B
a) O texto I fala, explicitamente, sobre inveja. O texto II fala sobre a
importância da crença pessoal para a existência ou não de quaisquer
características, boas ou ruins, nos seres humanos. Portanto, não há
comprovação do texto II pelo texto I.
b) Correta. O texto II, ao falar sobre a importância da crença pessoal
para a existência ou não de quaisquer características, boas ou ruins, nos
seres humanos, permite-nos concluir que o invejoso é alguém que,
justamente, não crê que possua características que o façam feliz. O
texto I, ao falar de inveja, afirma que a inveja é a tristeza de ser o que é,
portanto, é suplementado pelo texto II.
c) Incorreta. Os três trechos convergem, portanto, III e II não são
contraditórios.
d) O texto III, a exemplo do texto I, fala, explicitamente, sobre inveja. O
texto II fala sobre a importância da crença pessoal para a existência ou
não de quaisquer características, boas ou ruins, nos seres humanos.
Portanto, não há exemplificação do texto III pelo texto II.
QUESTÃO 39
Observe o período abaixo do texto III:
“De todas as características que são vulgares na natureza humana a
inveja é a mais desgraçada; o invejoso não só deseja provocar o
infortúnio, e o provoca sempre que o pode fazer impunemente, como
também se torna infeliz por causa de sua inveja”
Marque a afirmativa, a respeito do fragmento acima, que está
INCORRETA:
a) os verbos constantes no período (são, é e torna) nos transmitem a
idéia de algo em processo que perdura.
b) Que, sempre que e como também exercem a função de elementos
coesivos.
c) O fragmento reforça a idéia do seguinte provérbio “A inveja toma
todas as formas para ferir”.
d) O período iniciado após o ponto e vírgula explica a afirmativa do
período anterior.
Resolução
Alternativa
Apesar de o texto II não ser específico sobre a inveja, ele dá um antídoto
importante para que ela seja evitada: o contentamento que o indivíduo
pode atribuir a si – já que o homem é responsável por seu próprio
estado. É incorreto, porém, afirmar que o texto II situa o invejoso como
um ser infeliz, derrotado, o que se lê claramente nos textos I e III, este
mais “corrosivo”, cruel, implacável contra a inveja que aquele.
“Abastança” e “indigência” estão, de acordo com o texto II, na esfera do
abstrato e não são mensuráveis senão segundo os critérios de medida
de cada um, tornando-se dessa forma o indivíduo o artífice de seu
próprio estado de espírito, conforme demonstra o trecho “a crença
assume (...) verdade”.
QUESTÃO 42
Observe os fragmentos e analise-os.
Alternativa C
I“ eu sei, cê não pôde ser o que sempre quis então não suporta
ver ninguém feliz.” (Ultraje a Rigor)
II - “A inveja é a homenagem que a inferioridade tributa ao mérito.”
(provérbio)
III - “Não só quem nos odeia ou nos inveja
Nos limita e nos oprime; quem nos ama
Não menos nos limita.”
(Ricardo Reis)
Marque a alternativa correta.
O provérbio “A inveja toma todas as formas para ferir” apresenta uma
generalização inadequada do texto, uma vez que o texto apresenta uma
condição para que a inveja possa “provocar o infortúnio”, que é a
condição da impunidade.
QUESTÃO 40
Após a leitura atenta dos três primeiros textos da prova, marque as
afirmativas abaixo com (V) verdadeiro ou (F) falso. Em seguida, assinale
a opção correspondente.
a) Em I e II prevalece a linguagem coloquial.
b) I e II apresentam pontos de vista opostos.
c) O poema de Ricardo Reis tem sua mensagem centrada na limitação
que nos é imposta por quem nos odeia ou inveja.
d) A oração “portanto o invejado poderia sentir-se até lisonjeado”
completaria adequadamente o fragmento II (provérbio).
( ) Os três textos apresentam “antídotos” contra a inveja: auto-estima,
contentamento e admiração ao próximo.
( ) O conceito de inveja do Texto III é mais “corrosivo” que o do Texto
I.
( ) De acordo com os três textos, o invejoso é um infeliz, um derrotado.
( ) Conforme o Texto II, abastança e indigência não se situam nas
circunstâncias, no concreto. Ao contrário, elas são relativas, subjetivas,
pertencem ao terreno do abstrato.
( ) O Texto II afirma que cada criatura é artífice de seu próprio estado
de espírito
Resolução
Alternativa D
a) Incorreta. Apenas no fragmento I prevalece a linguagem coloquial.
b) Incorreta. Os fragmentos são convergentes. O primeiro afirma que
quem não é o que sempre quis ser deseja a infelicidade dos que são o
que desejam. O segundo afirma que a inveja nada mais é do que uma
homenagem da inferioridade à superioridade, ao mérito.
c) Incorreta. Não apenas quem nos odeia ou nos inveja limita-nos, mas
também aqueles que nos amam.
d) Correta. Se a inveja nada mais é do que uma homenagem da
inferioridade à superioridade, ao mérito, então, quem é invejado pode
sentir-se lisonjeado porque está sendo homenageado.
a) V – V – V – F – V
b) V – V – F – V – V
c) V – F – V – V – F
d) F – V – V – F – F
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Texto IV
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b) Correto. “Por inveja” é um termo interferente e está no meio do
período, portanto poderia vir entre vírgulas.
c) Correto. “Soltar” é um verbo abundante, ou seja, possui particípio
regular (utilizado com os verbos auxiliares ter e haver - soltado) e
irregular (utilizado com os verbos auxiliares ser e estar – solto). Como o
verbo auxiliar, no caso, é ser (fosse), apenas o particípio irregular pode
ser utilizado.
d) Correto. O verbo “ter” no gerúndio está implícito para o valor e
sentido do trecho em questão.
E a multidão, dando gritos, começou a pedir que fizesse como
sempre lhes tinha feito.
E Pilatos lhes respondeu, dizendo: Quereis que vos solte o Rei dos
Judeus?
Porque ele sabia que por inveja os principais dos sacerdotes o
tinham entregado.
Mas os principais dos sacerdotes incitaram a multidão para que
fosse solto antes Barrabás.
E Pilatos, respondendo, lhes disse outra vez: Que quereis, pois,
que faça daquele a quem chamais Rei dos Judeus?
E eles tornaram a clamar: Crucificai-o.
Mas Pilatos lhes disse: Mas que mal fez? E eles cada vez
clamavam mais: Crucificai-o.
Então Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou-lhe Barrabás
e, açoitado Jesus, o entregou para ser crucificado.
Marcos, 15,8:15
Texto V
ROMANCE XXVIII ou DA DENÚNCIA DE JOAQUIM SILVÉRIO
No Palácio da Cachoeira,
com pena bem aparada,
começa Joaquim Silvério
a redigir sua carta.
De boca já disse tudo
quanto soube e imaginava.
QUESTÃO 43
Ai, que o traiçoeiro invejoso
junta às ambições a astúcia.
Vede a pena como enrola
arabescos de volúpia,
entre as palavras sinistras
desta carta de denúncia!
“...começou a pedir que fizesse como sempre lhes tinha feito”
O trecho destacado do texto IV pode ser substituído sem prejuízo de
sentido por
a) fizesse sempre como havia feito por eles.
b) sempre fizesse como tinha feito para eles.
c) fizesse como havia sempre feito com eles.
d) fizesse como tinha feito sempre para eles.
Resolução
Que letras extravagantes,
com falsos intuitos de arte!
Tortos ganchos de malícia,
grandes borrões de vaidade.
Quando a aranha estende a teia,
não se encontra asa que escape.
Alternativa C/D
Dentro do texto, o pronome lhes sugere a interpretação “com eles”
(entendendo-se “eles” como prisioneiros) e também “para eles”
(entendendo-se “eles” como multidão, numa concordância ideológica),
de modo que podemos considerar tanto a alternativa c quanto d corretas
(já que o trecho anterior ao analisado foi omitido).
Vede como está contente,
pelos horrores escritos,
esse impostor caloteiro
que em tremendos labirintos
prende os homens indefesos
e beija os pés aos ministros!
QUESTÃO 44
Uma das afirmativas abaixo, sobre o Texto IV, está INCORRETA.
Assinale-a.
(...)
a) No versículo 11, a expressão “antes” tem valor semântico semelhante
a “preferencialmente”.
b) A palavra demagogia pode ser aplicada com bastante precisão à
atitude de Pilatos.
c) Qualquer uma das palavras a seguir pode substituir “incitaram”
(versículo 11): instigaram, estimularam, impeliram, açularam.
d) No versículo 9, ficaria também adequada a redação “Quereis que
solte-vos o Rei dos Judeus?”
Resolução
Alternativa
(No grande espelho do tempo,
cada vida se retrata:
os heróis, em seus degredos
ou mortos em plena praça;
- os delatores, cobrando
o preço das suas cartas...)
Cecília Meireles
D
QUESTÃO 46
Em orações subordinadas desenvolvidas a próclise é obrigatória. Assim,
a ênclise do pronome “vos” proposta é inaceitável segundo preceitos da
norma culta.
O fragmento de Cecília Meireles (Texto V) revela a denúncia de Joaquim
Silvério dos Reis.
Relacione as idéias constantes em cada estrofe aos comentários abaixo
e, a seguir, assinale a alternativa correta.
QUESTÃO 45
Só NÃO é correto afirmar, em relação ao Texto IV que
a) o trecho do evangelho de Marcos exemplifica o tipo de inveja
apontado no Texto III.
b) o trecho “por inveja”, no versículo 10, poderia vir cercado de vírgulas.
c) “solto”, no versículo 11, não poderia ser substituído por soltado.
d) o trecho “e, açoitado Jesus”, no versículo 15, pode ser substituído por
“e tendo açoitado Jesus” sem prejuízo semântico.
Resolução
(
(
(
(
(
) Felicidade por prestar favores a ministros.
) Local onde se redigiu a carta.
) Palavras maliciosas.
) Cada pessoa exerce um papel na sociedade.
)Comporta-se como um invejoso.
a) 5 – 4 – 2 – 3 – 1
b) 3 – 2 – 1 – 4 – 5
c) 2 – 3 – 4 – 1 – 5
d) 4 – 1 – 3 – 5 – 2
Alternativa A
a) Incorreto. O trecho do evangelho de Marcos não determina o tipo de
inveja que fez com que os principais dos sacerdotes entregassem o Rei
dos Judeus.
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Resolução
Alternativa
D
Considerando as palavras destacadas, aponte a alternativa que
estabelece a relação correta:
(4) Felicidade por prestar favores a ministros. (Beija os pés aos
ministros!)
(1) Local onde se redigiu a carta. (No Palácio da Cachoeira)
(3) Palavras maliciosas. (Que letras extravagantes ...
Tortos ganchos de malícia)
(5) Cada pessoa exerce um papel na sociedade. (Cada vida se retrata:
os heróis ... os delatores)
(2) Comporta-se como um invejoso. (O traiçoeiro invejoso junta às
ambições a astúcia)
a) Que (1º. verso) e quando (3º. verso) expressam a mesma relação
temporal.
b) E (6º. verso) estabelece relação de adição entre as orações.
c) Que (1º. verso) e que (4º. verso) estabelecem a mesma relação de
conclusão.
d) Que (1º. verso) tem função de retificação.
Resolução
QUESTÃO 47
“ Vede como a pena enrola arabescos de volúpia”
Os versos retirados do texto V podem ser reescritos, em termos atuais,
sem que haja perda ou alteração de sentido, conforme a alternativa:
a) contemplem como a caneta traça rabiscos de prazer.
b) Olhem o prazer com que a caneta traça os rabiscos.
c) Observem como os rabiscos são prazerosamente escritos.
d) Veja o prazer dos rabiscos traçados pela caneta.
Resolução
Alternativa
QUESTÃO 50
C
QUESTÃO 48
Analise as afirmativas sobre o Texto V.
I – Todas as orações que compõem a quarta estrofe do poema têm
como sujeito “esse impostor caloteiro”.
II – Na segunda estrofe “às ambições a astúcia” encontram-se dois
complementos verbais.
III – Esse trecho do Romanceiro da Inconfidência é todo dedicado à
carta de delação do famoso movimento.
IV – A terceira estrofe possui apenas frases nominais, ao passo que na
segunda não há uma frase nominal sequer.
Resolução
B
Considerando a última estrofe do Texto V, analise as afirmativas abaixo.
I – Os parênteses indicam uma reflexão acerca das conseqüências das
atitudes heróicas ou vis dos homens.
II – A presença das reticências pressupõe o caráter inconcluso das
reflexões feitas acerca do tempo e da morte.
III – A presença da vírgula, após o termo delatores, indica a supressão
de um termo facilmente perceptível.
IV – A presença do travessão, após um ponto e vírgula, reforça a idéia
de exclusão a que os delatores são submetidos.
Para colocar o texto em termos atuais, devemos substituir termos como
“pena”, “arabescos” e “volúpia”. Além disso, o texto transmite o prazer
com que os rabiscos são escritos, assim a alternativa que melhor traduz
o sentido do texto original é a C.
Estão corretas somente
a) I, III e IV.
c) I, II e III.
Alternativa
a) Incorreto. O “quando” introduz uma oração subordinada adverbial
temporal, mas o “que” é pronome indefinido.
b) Correto. O “e”, neste caso, é conjunção coordenativa aditiva.
c) Incorreto. Em nenhum dos casos o “que” indica uma relação de
conclusão. No primeiro caso, o “que” é pronome indefinido. No segundo
caso, o “que” é pronome relativo.
d) Incorreto. O “que”, neste caso, é pronome indefinido.
Estão corretas somente
a) I e III.
c) II e III.
Resolução
b) I e IV.
d) II e IV.
Alternativa A
I- Correta. A estrofe mostra que os homens com atitudes heróicas são
mortos ou degredados; os homens com atitudes vis (delatores) cobram o
preço de suas cartas.
II- Incorreta. As reticências indicam uma reflexão acerca do próprio tema
central do poema: a carta de delação escrita por Joaquim Silvério.
III- Correta. O termo facilmente perceptível, no caso, seria um verbo de
ligação acompanhando o verbo cobrar (cobrando – no gerúndio) (estar).
IV- Incorreta. Os delatores, segundo o trecho, não são excluídos, ao
contrário, são beneficiados, “cobrando o preço das suas cartas”.
b) II, III e IV.
d) II e III.
Alternativa D
I- Incorreta. Cada oração é constituída por um verbo. Os únicos que têm
como sujeito “esse impostor caloteiro” são “está”, “prende” e “beija”. O
verbo “vede” possui sujeito elíptico (tu).
II- Correta. O verbo “juntar” (junta) possui o objeto direto (a astúcia) e o
objeto indireto (às ambições).
III- Correta. O tema central do trecho é a carta de delação da
Inconfidência Mineira escrita por Joaquim Silvério.
IV- Incorreta. Exemplos de frases verbais: “Quando a aranha estende a
teia, não se encontra asa que escape.”
QUESTÃO 51
Considerando o texto do evangelista Marcos ( texto IV)e o texto de
Cecília Meireles (texto V) pode-se inferir que:
a) em ambos os textos os delatores fizeram suas denúncias movidos por
sentimentos que mesclam inveja e ambição.
b) O delator é incitado pelos detentores do poder à denúncia oral e
escrita no texto V
c) Em Cecília Meireles o algoz insinua para os delatores que a pena
cabível é a capital.
d) Em ambos os textos, o resultado da delação é, obrigatoriamente, a
morte em praça pública.
QUESTÃO 49
Leia os fragmentos de Cecília Meireles, Texto V.
Resolução
Que letras extravagantes,
com falsos intuitos de arte!
..........................................
Quando a aranha estende a teia,
não se encontra asa que escape.
...........................................
prende os homens indefesos
e beija os pés aos ministros!
Sem resposta
a) Errada: No texto IV, os delatores são movidos apenas por inveja e
não ambição
b) Errada: Não há no texto qualquer indício de ser o delator (Joaquim
Silvério) incitado pelos detentores do poder, na verdade, de acordo com
o texto, ele é movido por sua própria ambição e astúcia.
c) Errada: Em nenhum momento do texto é revelado o conteúdo da
denúncia, tampouco a pena dos delatados.
d) Errada: O advérbio obrigatoriamente invalida esta alternativa (um
exemplo está explícito no texto V, pois os heróis – delatados - podem ser
degredados).
As conjunções não devem ser vistas como meros conectivos (palavras
aparentemente sem carga significativa que ligam outras palavras ou
orações), mas como elementos capazes de estabelecer relações de
significado.
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Texto VI
vaidade? Não podemos ver luzimento em outrem, porque imaginamos,
que só em nós é próprio: cuidamos, que a grandeza só em nós fica
sendo natural, e nos mais violenta: o esplendor alheio passa no nosso
conceito por desordem do acaso, e por miséria do tempo. Quem diria
aos homens, que no mundo há outra cousa mais do que fortuna, e que,
nas honras, há predestinação?
NÃO SÓ QUEM NOS ODEIA OU NOS INVEJA
Não só quem nos odeia ou nos inveja
Nos limita e oprime, quem nos ama
Não menos limita.
Que os deuses nos concedam que, despido
Matias Aires, in 'Reflexões Sobre a Vaidade dos Homens e Carta Sobre a Fortuna'.
De afetos, tenha a fria liberdade
Dos píncaros sem nada.
Quem quer pouco, tem tudo; quem quer nada
É livre, quem não tem, e não deseja,
Homem, é igual aos deuses.
Ricardo Reis
QUESTÃO 54
Assinale a alternativa correta, de acordo com o texto VII:
a) Luzimento é um vocábulo formado por derivação prefixal e refere-se
a algo que produz claridade.
b) A análise da inveja nesse texto parte de um pressuposto totalmente
diverso dos textos anteriores.
QUESTÃO 52
c) Predestinação é um vocábulo de formação parassintética e refere-se
ao efeito de determinar antecipadamente.
d) O último período do texto é estruturado com apenas uma oração.
Da leitura do Texto VI, pode-se inferir que a/o:
a) ausência de sentimentos fortes liberta o homem das opressões.
b) amor é limitante, porém em menor grau que o ódio e a inveja.
c) homem é igual aos deuses na medida em que se liberta da opressão
de quem o ama.
d) querer pouco e o querer nada constituem a ausência de opressão.
Resolução
Resolução
Alternativa A
a) Correta. A ausência de afetos liberta o homem das opressões;
concede a liberdade dos píncaros: “... despido / De afetos, tenha a fria
liberdade / Dos píncaros sem nada.”
b) Incorreta. O amor é tão limitante quanto o ódio e a inveja: “... quem
nos ama / Não menos nos limita”.
c) Incorreta. O homem é igual aos deuses quando não tem e não deseja:
“...quem não tem, e não deseja,/ Homem, é igual aos deuses.”
d) Incorreta. Apenas o querer nada é livre. O querer pouco significa ter
tudo: “Quem quer pouco, tem tudo; quem quer nada / É livre.”
B
d) Incorreta. O último período do texto é estruturado por três orações:
“Quem diria aos homens, que no mundo há outra cousa mais do que
fortuna, e que, nas honras, há predestinação?”.
QUESTÃO 55
Ao analisar o Texto VII, pode-se afirmar que:
a) nós, só e têm recebem o sinal gráfico pelo mesmo motivo.
b) Zuenir Ventura, em Inveja- Mal Secreto, diz o oposto ao texto de
Matias Aires.
“O invejoso tem um desgosto de si mesmo, complexo de
inferioridade, carência de auto-estima. Ele vive uma insatisfação
permanente, porque depende do sofrimento alheio para sentir prazer.”
c) as expressões a seguir complementam termos nominais: desordem
do acaso, injustiça da fortuna e diria aos homens.
d) Inveja e Vaidade possuem relação sinonímica, além de terem o
mesmo número de sílabas e a mesma posição da sílaba tônica.
QUESTÃO 53
Considerando o poema de Ricardo Reis, analise as proposições abaixo:
I - Ricardo Reis, numa linguagem clássica, remete-nos à idéia de que “a
inveja combate sempre a elevação”.
II - Píncaros tem como sinônimo: cume, auge, apogeu e estabelece
relação antonímica com pisotear.
III - Em “que os deuses nos concedam que, despido de afetos, tenha a
fria liberdade dos píncaros sem nada”, o autor emprega uma frase
optativa diante de uma hipótese ... se despido de afetos ...
Está(ão) correta(s):
a) I, II e III
b) I e II apenas.
c) I e III apenas.
d) II apenas.
Resolução
Alternativa
a) Incorreta. É um vocábulo formado por derivação SUFIXAL (luz +
IMENTO).
b) Correta. Este texto, diferentemente de todos os outros, parte do
pressuposto de que “inveja é vaidade”.
c) Incorreta. O vocábulo refere-se ao efeito de determinar
antecipadamente, mas é formado apenas por derivação PREFIXAL
(PRE+destinação).
Resolução
Alternativa
D
a) Incorreta. O acento circunflexo no verbo ter (têm) é diferencial
(indicativo de plural = “os outros têm”). Os acentos agudos em nós e só
indicam oxítonas terminadas em -o aberto (seguido de -s).
b) Incorreta. Os textos são perfeitamente convergentes.
c) Incorreta. A expressão “aos homens” complementa um verbo (diria).
d) Correta. Ambas são trissílabas, paroxítonas e, segundo o texto,
sinônimas: “O que chamamos inveja, não é senão vaidade.”
Alternativa C
I - Correta. O poema, nas duas primeiras estrofes, afirma que os
invejosos e aqueles que nos odeiam nos oprimem e limitam, portanto, a
inveja, por nos limitar, sempre está contrária à elevação.
II - Incorreta. A palavra “píncaros”, realmente, é sinônimo de cume, pico,
apogeu, auge. Entretanto, entre “píncaros” e “pisotear” não se
estabelece uma relação antonímica, pois o substantivo e o verbo em
questão não apresentam significação oposta. Assim: Píncaro= pico;
cume; ponto alto; Pisotear= pisar repetidamente.
III - Correta. A oração “que os deuses nos concedam” é optativa e o
desejo expresso (“que tenha a fria liberdade dos píncaros sem nada”) só
se concretizará mediante a satisfação da condição “[se] despido de
afetos”.
QUESTÃO 56
Relacione a 2ª. coluna à 1ª. E, a seguir, assinale a alternativa correta:
1ª. Coluna
(1) Invejoso
(2) Invejado
a) 1-2-2-1
Texto VII
2ª. Coluna
( ) Possui elevada estima, sente-se vitorioso.
( ) Sente-se derrotado e infeliz por ser o que é.
( ) Deseja provocar infortúnio aos outros.
( ) Une a ambição à astúcia.
b) 2-2-1-1
Resolução
Inveja é vaidade
O que chamamos inveja, não é senão vaidade. Continuamente
acusamos a injustiça da fortuna (sorte), e a consideramos ainda mais
cega do que o amor, na repartição das felicidades. Desejamos o que os
outros possuem, porque nos parece, que tudo o que os outros têm, nós
o merecíamos melhor; por isso olhamos com desgosto para as cousas
alheias, por nos parecer, que deviam ser nossas; que é isto senão
c) 2-1-1-1
d) 1-2-1-2
Alternativa C
Os textos presentes na prova permitem-nos relacionar as colunas da
seguinte maneira:
Características do INVEJOSO: “sente-se derrotado e infeliz por ser o que
é”; “deseja provocar infortúnio aos outros”; “une a ambição à astúcia”.
Característica do INVEJADO: “possui elevada estima, sente-se
vitorioso”.
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QUESTÃO 57
que quanto mais exaltado o Herói, mais invejado inclusive pelo próprio
autor.
c) Incorreta. Zuenir Ventura afirma que a inveja pode se manifestar em
qualquer atitude, mas nada fala sobre ser manifestada por qualquer
pessoa ou sobre heróis barrocos.
d) Incorreta. Zuenir Ventura nada fala sobre a inveja dos/entre heróis.
As afirmativas abaixo referem-se à tirinha de Allan Sieber.
QUESTÃO 59
O escritor Zuenir Ventura em sua obra Inveja – Mal Secreto diz que:
“O antídoto contra a inveja está no amor. E você pode extrair o
amor da inveja, como tira o soro do veneno da cobra. Todo mundo
carrega um pouco desse veneno. A melhor maneira de lidarmos com ele
é admitirmos que fomos inoculados.”
A conclusão que se pode tirar desse fragmento é que
a) todos podemos combater a inveja depende apenas de nós.
b) antes invejado do que lastimado.
c) a inveja “é a admiração da malevolência”.
d) a inveja é “a homenagem que a inferioridade tributa ao mérito”.
Assinale-as com (V) verdadeiro ou (F) falso e, em seguida, marque a
alternativa correspondente.
( ) As expressões faciais dos personagens denotam a impassibilidade
e a intolerância típicas da timidez e da inveja respectivamente.
( ) O personagem Invejoso é incapaz de compreender a posição física
e a situação emocional do personagem Tímido.
( ) A ausência de reação apresentada pelo personagem Tímido se
deve exclusivamente à agressividade demonstrada pelo Invejoso.
( ) O muro de tijolos que separa os dois personagens simboliza a
distância e as dificuldades de relacionamento de ambos.
a) F – V – V – F
b) F – V – F – V
c) V – F – F – V
d) V – F – V – F
Resolução
Alternativa
Resolução
C
(V) Percebe-se que o personagem tímido fica impassível frente aos
comentários do invejoso que, por sua vez, demonstra total intolerância
em seu semblante, especificamente no segundo quadrinho.
(F) A fala do Invejoso, no segundo quadrinho, demonstra justamente o
contrário, pois ele relaciona – portanto compreende – a timidez do
personagem Tímido e seu “esconderijo” atrás do muro.
(F) Não só por causa da agressividade do Invejoso, mas também graças
à sua própria timidez, o Tímido não apresenta quaisquer reações.
(V) O Tímido e o Invejoso apresentam mundos completamente distintos,
portanto, o muro detrás do qual o tímido não sai e atrás do qual o
invejoso quer ficar simboliza muito bem as diferenças e as dificuldades
de relacionamento entre os personagens.
A
QUESTÃO 60
O teólogo Santo Tomás de Aquino listou algumas metáforas sobre a
inveja. Numere a segunda coluna observando a explicação para a
metáfora da primeira coluna. Em seguida, assinale a opção correta.
1 - A inveja é podridão
2 - Roer-se de inveja
3 - O arroto da inveja
4 - O espinho da inveja
5 - A inveja avinagra
(
) A inveja não pode ser sufocada por muito tempo, pois ela acaba
por vir à tona e é desagradável.
(
) A inveja degrada as relações humanas e revela o lado fraco
daquele que a sente.
(
) A inveja traz em seu bojo um elemento que fere e espicaça quem
a sente.
(
) A inveja é um sentimento que dilacera, além das relações
humanas, o próprio coração do invejoso.
(
) A inveja azeda, exaspera as relações entre as pessoas,
transformando-as em pessoas infelizes.
a) 1 – 3 – 2 – 5 – 4
b) 3 – 1 – 4 – 2 – 5
c) 2 – 3 – 5 – 4 – 1
d) 4 – 5 – 1 – 2 – 3
QUESTÃO 58
Zuenir Ventura em Inveja – Mal Secreto escreve:
“A inveja não se manifesta só pelos olhos. Às vezes vemos que
uma pessoa está com inveja da gente por uma determinada frase. Ou
por um silêncio? Com certeza. A inveja também aparece num gesto,
num suspiro, num tom de voz, numa expressão facial.”
Gregório de Matos também se refere a um herói invejado no fragmento:
“Esse despojo, ó Herói sublimado,
Como de armas te foi, armas te sejam,
Com teu esforço insigne as tens ganhado,
No teu escudo eternamente estejam
Por elas conhecido, e afamado
Serás entre os Heróis, que mais se invejam,
Que bem merece ter armas por glória.”
Resolução
Alternativa
B
(3) A inveja não pode ser sufocada por muito tempo, pois ela acaba por
vir à tona e é desagradável. (O arroto da inveja) → O arroto, também, é
desagradável e involuntário.
(1) A inveja degrada as relações humanas e revela o lado fraco daquele
que a sente. (A inveja é podridão) → Algo que se degrada apodrece,
vira podridão.
(4) A inveja traz em seu bojo um elemento que fere e espicaça quem a
sente. (O espinho da inveja) → O espinho também fere e espicaça.
(2) A inveja é um sentimento que dilacera, além das relações humanas,
o próprio coração do invejoso. (Roer-se de inveja) → O ato de roer
dilacera, metaforicamente, o coração de quem inveja.
(5) A inveja azeda, exaspera as relações entre as pessoas,
transformando-as em pessoas infelizes. (A inveja avinagra) →
Avinagrar nada mais é do que azedar.
Relacionando os fragmentos acima, assinale a alternativa correta:
a) Zuenir Ventura dá ênfase à inveja que é citada por Gregório de Matos.
b) Gregório de Matos em tom de exaltação ao seu herói emprega o
sentimento da inveja.
c) Para Zuenir, a inveja pode ser manifestada em qualquer atitude ou
pessoa, até mesmo num herói barroco.
d) Gregório de Matos ilustra a inveja referida por Zuenir Ventura – o
herói é um invejoso.
Resolução
Alternativa
a) Correta. O combate à inveja depende de cada indivíduo, o que se
comprova pelo trecho “... você pode extrair o amor da inveja...”.
b) Incorreta. O trecho nada diz que nos permita inferir que é melhor ser
lastimado do que invejado por outras pessoas.
c) Incorreta. O texto nada diz que nos permita inferir que o invejado é
admirado por alguém malevolente, maldoso. Apenas afirma que todos
somos, em certa medida, invejosos.
d) Incorreta. Mais uma vez, nada no texto permite a inferência de que os
inferiores (invejosos), de certa forma, homenageiam os superiores, com
mérito (invejados).
Alternativa B
a) Incorreta. Zuenir Ventura fala sobre a inveja poder se manifestar nas
mais diferentes atitudes, mas de maneira secreta, sutil. A inveja presente
no texto de Gregório de Matos está relacionada com uma admiração
exultante, e completamente declarada.
b) Correta. Gregório de Matos ressalta entre as qualidades dos heróis
(entre os mais afamados) o fato de se invejarem. Assim, pode-se inferir
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