Seção: Biologia Floral/Reprodutiva FENOLOGIA DA VIUVINHA

BOTÂNICA FRENTE ÀS MUDANÇAS GLOBAIS
Seção: Biologia Floral/Reprodutiva
FENOLOGIA DA VIUVINHA OCORRENTE NO JARDIM BOTÂNICO DE SÃO GONÇALO DO
AMARANTE-CEARÁ-BRASIL (1)
Maria Daniele Vieira MATOS (2)
Edzângela da Silva de MEDEIROS (2)
Clarice Pontes da SILVA (2)
João Victor Ferreira RODRIGUES (2)
Eliseu Marlônio Pereira de LUCENA (2)
A viuvinha (Myrcia splendens (Sw.) De Candolle), também conhecida no Ceará por goipuna, pertencente à família Myrtaceae, é uma arvore entre 8 e 12 m de altura, de folhas simples, com margem
de limbo inteira e filotaxia oposta. As flores são hermafroditas e o fruto é uma baga de coloração
roxa quando madura. Conhecida por guamirim ou folha miúda na região sul do Brasil, a viuvinha
produz frutos de dispersão zoocórica. A presente pesquisa teve por objetivo caracterizar a fenologia
da viuvinha. Foram escolhidas 10 plantas no Jardim Botânico de São Gonçalo do Amarante – CE,
que foram acompanhadas no decorrer de 22 semanas e divididas em fenofases (folhas, botões
florais, flores e frutos), as quais foram avaliadas mediante o emprego de uma escala que varia de
0 a 4, cujos valores obedeceram a metodologia descrita por Fournier. Constataram-se os seguintes
resultados: à medida que se aproxima do período de estiagem, a perda de folhas aumenta de forma
gradativa, isto é, mínimo em janeiro e máximo em maio. As folhas de Myrcia splendens apresentam
senescência no final da época chuvosa, portanto, a planta passa toda a estação seca com uma
densidade menor de folhas. No ambiente de Restinga Myrcia splendens iniciou-se os botões florais
e a floração em janeiro, cessando no mês de março. Nas duas determinações a floração atinge
seu ápice no mês de janeiro e vão reduzindo gradativamente até o mês de março. A frutificação na
população estudada atingiu o máximo em janeiro e o mínimo em abril. Conclui-se que a fenologia
em nível individual variou pouco em relação à fase vegetativa e fase reprodutiva, durante o período
de janeiro a maio. A seca sazonal atua como fator limitante para o crescimento, sendo um dos condicionantes ambientais determinantes dos padrões fenológicos. A maturação dos frutos ocorre em
plena estação chuvosa, durante um período de três meses.
Palavras-chave: Myrcia splendens (Sw.) De Candolle, biologia floral, fenofase
Créditos de Financiamento: (1) FUNCAP,Banco do Nordeste do Brasil – BNB e CNPq.
(2) Universidade Estadual do Ceará - UECE, Curso de Ciências Biológicas, Laboratório de Ecofisiologia Vegetal, Fortaleza, CE, Brasil. [email protected]
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