CET - Electromedicina Unidade Curricular de Eletrónica Laboratório Nº 4 Experimental Análise de circuitos em Corrente Alterna com Resistências, Condensadores e Bobinas Grupo nº António Roque Número Nome Laboratório Electrónica Data 2012/2013 Página 1 1 - Objetivos Após completar estas atividades o aluno deverá ser capaz em: Circuito com Resistências Medir tensões no osciloscópio Determinar o valor da corrente a partir das medidas efetuadas no osciloscópio. Medir o valor da frequência e do período no osciloscópio Circuito com condensador Determinar o valor da reactância capacitiva, a partir das medidas de tensão e de corrente Calcular o valor da capacidade a partir da reactância capacitiva Medir o ângulo de desfasagem entre tensão e corrente em circuitos capacitivos Circuito com bobina Determinar o valor da reactância indutiva, a partir das medidas de tensão e corrente Medir a desfasagem entre tensão e corrente em circuitos indutivos 2 - Material KIT 1 osciloscópio 1 gerador de funções 1 unidade PU-2000 1 placa de circuito impresso EB-103 3 - Introdução 3.1 - Medida de tensão Na figura 1 é possível observar uma onda sinusoidal posicionada sobre a retícula horizontal, onde é visível a amplitude ou tensão de pico (“peak”), a tensão pico a pico (“peak-to-peak”) e a tensão eficaz (“RMS”). António Roque Laboratório Electrónica 2012/2013 Página 2 Figura 1 – Onda sinusoidal (“Oscilloscope Fundamentals” Tektronix) Existem essencialmente duas possibilidades de medir tensões no osciloscópio: 1- Visual - é necessário, após a visualização correta da forma de onda no osciloscópio, para determinar a tensão pico a pico (Vpp), p.ex., medir o nº de divisões pico-a-pico e multiplicar o mesmo pelo ganho vertical (GV) por divisão: VPP = (nº de divisões) x (GV) 2- Através da funcionalidade “Measure” - nos osciloscópios utilizados (Tektronix) é possível medir diretamente o valor da tensão pico-a-pico, valor máximo, mínimo, médio, ou RMS, entre outros. 3 .2 – Medida de corrente É difícil medir os valores baixos na corrente alternada a diferentes frequências com amperímetros de corrente alternada. Em laboratório, usa-se um método indireto para medir a corrente alternada: a) Coloca-se, em série com a carga, uma resistência R pequena e de valor conhecido (ex. 10Ω); b) Mede-se a queda de tensão existente nessa resistência (Vpp); c) Usa-se, então, a Lei de Ohm para determinar a corrente: 𝐼𝑝𝑝 = António Roque 𝑉𝑝𝑝 𝑅 Laboratório Electrónica 2012/2013 Página 3 3.4 – Medida do período/frequência Na figura 2 é possível observar uma onda quadrada posicionada sobre a retícula horizontal (ver seta), onde é visível um período completo. Figura 2 – Onda quadrada (“Oscilloscope Fundamentals” Tektronix) Existem essencialmente duas possibilidades de medir períodos (T) no osciloscópio: 1- Visual - é necessário, após a visualização correcta da forma de onda no osciloscópio, medir o nº de divisões entre dois pontos (p.ex., duas passagens ascendentes consecutivas pelo eixo do tempo) e multiplicar o mesmo pela base de tempo (M): T = (nº de divisões) x (M) 2- Através da funcionalidade “Measure” - nos osciloscópios utilizados (Tektronix) é possível medir directamente o valor do período, frequência, “duty cycle”, entre outros. António Roque Laboratório Electrónica 2012/2013 Página 4 4 - Corrente alternada em circuitos resistivos 4.1 – Medida de tensão e corrente No seu KIT selecione duas resistências uma de 1 K e outra de 10 ohm. Coloque estas duas resistências em série conforme figura 3 R3 R2 1K 10 ohm Figura 3 a) Ligue o gerador de funções a uma resistência aos terminais da série R3 com R2, conforme indicado na figura. b) Ligue o canal 1 do osciloscópio aos terminais de R3 (1K), de modo a obter o valor da tensão aplicada ao circuito. c) Ligue o canal 2 aos terminais da resistência R2 (10Ω), para medir a corrente. d) Verifique que os terminais de terra estão ligados à massa do circuito. d) Meça as tensões no osciloscópio e converta a tensão do canal 2 para corrente. e) Ajuste o gerador de funções para a frequência e tensões pico-a-pico (Vpp) da tabela 1 e registe os valores obtidos. Frequência (Hz) 1000 1000 1000 1000 António Roque Tabela 1 – Medida de tensão e corrente Entrada (Vpp) Canal 1 Canal 2 (Vpp) (Vpp) 4 6 8 10 Laboratório Electrónica Corrente (mA) 2012/2013 Página 5 4.2 – Medida de período e frequência a) Ligue o gerador de funções a uma resistência aos terminais da série R3 com R2, conforme indicado na figura.anterior b) Ligue o canal 1 do osciloscópio a R3, de modo a obter o valor da tensão aplicada ao circuito. c) Ajuste o gerador de funções para as frequências e tensão pico-a-pico (Vpp) da tabela 2 e registe os valores obtidos. Confirme a validade da medida através do cálculo da frequência a partir do período. Frequência (Hz) 500 1000 15000 António Roque Tabela 2 – Medida de frequência e período Nº Divisões Base de Entrada Período (s) tempo (Vpp) 6 6 6 Laboratório Electrónica F=1/T (Hz) 2012/2013 Página 6 5 - Corrente alternada em circuitos capacitivos 5.1 – Medidas com o condensador C2 a) Ligue o gerador de funções à série do condensador C2 com a resistência R2 (10Ω) conforme figura. C2 R2 10 ohm b) Use o canal 1 do osciloscópio para medir tensão em C2 e o canal 2 para obter a corrente em R2. c) Ajuste o gerador de funções para uma tensão de saída de 4 VPP e frequência 100Hz. d) Registe na tabela 1 os seguintes valores, para as frequências de 100, 500, 1000, e 10000 [Hz]: Medida das tensões dos canais 1 e 2 do osciloscópio Cálculo da corrente a partir da tensão medida no canal 2 Medida do período de onda de tensão e a desfasagem entre a tensão e a corrente Cálculo da reactância XC a partir da medida da tensão e da corrente, desprezando a queda de tensão na resistência R2. Tabela 2 Frequência Canal1 Canal2 Corrente Período (Hz) (V) (V) (mA) (s) Desasagem (s) Desfasagem (°) XC (Ω) 100 500 1 000 10 000 António Roque Laboratório Electrónica 2012/2013 Página 7 6 - Corrente alternada em circuitos indutivos Ligue o gerador de funções à série à bobine L1 (10mH) com a resistência R5 (10Ω). Use o canal 1 do osciloscópio para medir tensão em L1, o canal 2 para obter a corrente em R5 . Ajuste o gerador de funções para uma tensão de saída de 4 VPP e frequência 1,5 kHz. L1 10 mH R5 10 ohm Registe na tabela 2 os seguintes valores, para as frequências de 1500 [Hz]: Medida das tensões dos canais 1 e 2 do osciloscópio Cálculo da corrente a partir da tensão medida no canal 2 Medida do período de onda de tensão e a desfasagem entre a tensão e a corrente Cálculo da reactância XL a partir da medida da tensão e da corrente, desprezando a queda de tensão na resistência R5. Tabela 2 Frequência Canal1 Canal2 Corrente Período (Hz) (V) (V) (mA) (s) Desasagem (s) Desfasagem (°) XL (Ω) 1500 António Roque Laboratório Electrónica 2012/2013 Página 8 Anexo 1 Osciloscópio (Tektronix) Figura 1 – Osciloscópio Tektronix TDS220 Existem 5 áreas distintas no painel de operações do osciloscópio (ver figura 1): 1- Visor : permite visualizar as formas de onda, parâmetros de configuração actuais, entre outros. 2- Vertical: controlo dos ganhos verticais e posicionamento das formas de onda de CH1 e CH2 3- Horizontal : controlo da base de tempo e posicionamento das formas de onda de CH1/CH2. 4- Trigger: controlo do inicio do varrimento horizontal (ajustado para AUTO). 5- Menus : os menus mais relevantes são os seguintes. 5.1 – Measure: permite obter o valor numérico de varias grandezas associadas às formas de onda. 5.2 – Acquire: permite filtrar o sinal de modo a obter uma visualização mais “limpa”. 5.3 – Cursor: permite visualizar diferenças de fase entre as várias formas de onda. 5.4 – Autoset: busca automática dos sinais presentes nos canais CH1/CH2 António Roque Laboratório Electrónica 2012/2013 Página 9 5.5 – Run/Stop: arranque/paragem da visualização dos sinais CH1/CH2 Anexo 2 Pontas de Prova De modo a efectuar as medidas necessárias são utilizadas no osciloscópio Pontas de Prova (ver fig.2). Figura 2 – Pontas de Prova (salas F317/F319) Para verificar se as mesmas estão a funcionar correctamente, é necessário efectuar a ligação da fig.3 e premir o botão AUTOSET. Se a ponta estiver calibrada, o sinal deverá ter a forma do 3º sinal da fig.4 (características: Vpp= 5 [V] e f=1 [kHz]). Figura 4 – Verificação de funcionamento António Roque Laboratório Electrónica 2012/2013 Página 10 Figura 3 – Teste da ponta de prova Anexo 3 Gerador de Funções (Topward) Figura 5 – Gerador de Funções Topward 8110 Os controlos mais utilizados do gerador de funções são os seguintes: (01) Amplitude – amplitude pico a pico do sinal (02) Função – tipo de sinal (deverá ser sempre sinusoidal) (03)(04) Selector de frequência do sinal – permite seleccionar a frequência do sinal. Exemplos de ajustes de frequência do sinal: a) Para 300 Hz: seleccionar 1kHz (04) e rodar o potenciómetro (03) até 0.3 (0.3x1000=300 Hz) b) Para 1500 Hz: seleccionar 1kHz (04) e rodar o potenciómetro (03) até 1.5 (1.5x1000=1500 Hz) c) Para 20 kHz: seleccionar 10kHz (04) e rodar o potenciómetro (03) até 2 (2x10000=20000 Hz) Os controlos “Ramp/Pulse”(05), “Att”(06), e “Offset”(07) não são necessários. António Roque Laboratório Electrónica 2012/2013 Página 11 A ligação de saída do gerador de sinais deverá ser “Output”(12) (e não “Sync”(10) ou “VCF”(11) ). Anexo 4 Placa EB103 Na placa EB103 é possível localizar seis zonas distintas: 1- “AC Circuits” – circuito capacitivo 2- “RL Circuits” – circuito indutivo 3 - “CR, LR Circuits” – circuitos RC/RL (resistência R7, bobina L3, condensador C4) 4 - “Series RLC” – RLC série (resistência R8, bobina L4, condensadores C5 e C6) 5 - “Resonance Circuits” – RLC paralelo (resistências R9 a R10, bobina L5, condensadores C7 e C8) 6 - “Audio Transformer” – transformador para aplicações de áudio António Roque Laboratório Electrónica 2012/2013 Página 12