Frequência de fenótipos de grupos sanguíneos ABO e a relação

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55º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 55º Congresso Brasileiro de Genética • 30 de agosto a 02 de setembro de 2009
Centro de Convenções do Hotel Monte Real Resort • Águas de Lindóia • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Frequência de fenótipos de grupos sanguíneos ABO
e a relação com ancestralidade em comunidades
ribeirinhas do Médio Solimões
Taranto, CR; Barros, HOQ; Gama, ASM; Fernandes, AB; Reis-Júnior, JD; Reis, RS; Carvalho, V; Guimarães, J.
Universidade Federal do Amazonas, Instituto de Saúde E Biotecnologia.
Palavras-chave: Grupos Sanguíneos, Ribeirinhos, Ancestralidade
A variabilidade genética presente em uma determinada população é condicionada por diferentes fatores, desde
seus fundadores até a diversidade de seu meio físico e sócio-cultural. Diversos polimorfismos são conhecidos nos
componentes do sangue humano, em especial nos antígenos dos sistemas de grupos sanguíneos ABO devido a
sua rápida classificação em diferentes fenótipos. Estes polimorfismos são tradicionalmente usados na estimativa
da participação dos caucasóides (A, B e AB), negróides (O) e ameríndios (O) na constituição de populações tri hibridas brasileira, uma vez que estes marcadores possuem proporções diferentes em cada população. A região do
Médio Solimões pertence ao Amazonas teve como seus primeiros habitantes indígenas os Muras, Irijus e Purus,
sendo posteriormente colonizada por espanhóis e portugueses, estas migrações ao longo do tempo contribuíram
para o alto percentual de miscigenação brasileira. Com base nessas informações este estudo teve com objetivo,
determinar as freqüências Fenotípicas dos grupos sanguíneos ABO em amostras de duas comunidades ribeirinhas.
O estudo compreendeu uma amostra de 91 indivíduos, 55 ribeirinhos da Comunidade da Costa do Itapéua e 36
ribeirinhos da Comunidade Costa do Jussara localizados em margens opostas do Médio Solimões, dos quais foram
coletados dados antropogenéticos e amostras de sangue e saliva. Para detecção fenotípica dos grupos sanguíneos
ABO foram utilizadas as técnicas de hemaglutinação direta, inibição da hemaglutinação e Dot-blot-ELISA. Os
resultados da fenotipagem junto às informações do questionário antropogenéticos foram tabulados em arquivo
acess e comparados através do teste de qui-quadrado. Nossos resultados indicaram que na comunidade do Itapéua
o alelo O (80%) é o mais freqüente, corroborando com os dados antropogenéticos que indicam que estes ribeirinhos
têm descendência amazonense tendo sua origem é ameríndia e negróides, para a Costa do Jussara observouse uma freqüência dominante do fenótipo A (36,1%), sendo relatada a região nordeste como originária de seus
parentais caucasóides. Estes resultados preliminares corroboram com os relatórios de povoamento e elevadas
taxas de miscigenação da região do Médio Solimões na Amazônia.
Instituição de Fomento: Fundação de Amparo a Pesquisa do Amazonas – FAPEAM
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