Segunda-feira, 3 de março de 2003

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Domingo, 27 de fevereiro de 2011
Oitavo do Tempo Comum, Ano “A”, 4ª Semana do Saltério, Livro III, cor, Litúrgica Verde
Santos: Antígono e Fortunato (mártires de Roma), Ana Lina (viúva, mártir), Basílio e Procópio (monges de
Constantinopla), Gabriel da Virgem Dolorosa (religioso passionista), Honorina da Normandia (virgem, mártir), Juliano,
Euno e Besa (mártires de Alexandria), Francisca Ana das Dores de Maria (virgem, bem-aventurada), Manuel de Cremona
(bispo, bem-aventurado).
Antífona: O Senhor se tornou o meu apoio, libertou-me da angústia e me salvou porque me ama. (Sl 17,19-20)
Oração: Fazei, ó Deus, que os acontecimentos deste mundo decorram na paz que desejais e vossa igreja vos possa servir
alegre e tranquila. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
I Leitura: Isaías (Is 49,14-15)
Eu não me esquecerei de ti
Disse Sião: 'O Senhor abandonou-me, o Senhor esqueceu-se de mim!' 15Acaso pode a mulher
esquecer-se do filho pequeno, a ponto de não ter pena do fruto de seu ventre? Se ela se
esquecer, eu, porém, não me esquecerei de ti. Palavra do Senhor!
14
Comentando a I Leitura
Eu jamais te esquecerei
As Sagradas Escrituras afirmam que “o Altíssimo cuida” (Sb 5,15). O ser humano deve viver na
confiança de que Deus vela por ele. Deus guarda seus filhos em tudo e sempre. Como Pai-Mãe
amoroso, ele sabe de tudo aquilo de seus filhos necessitam e não os esquece um só momento.
É verdade que existem sofrimentos e provações pelos quais passa toda a humanidade. Não há
nenhuma pessoa que passe uma vida inteira sem experimentar algum tipo de sofrimento. Nesses
momentos, é difícil perceber o amor e o cuidado de Deus. Mas também são esses momentos que
mais exigem a fidelidade a Deus e a confiança nele.
É necessário olhar para além da dificuldade a fim de ver o amor de Deus, apesar de tudo parecer
afirmar o contrário. Às vezes, não é possível encontrar nenhuma explicação para o sofrimento.
Mesmo assim, nunca deveríamos desconfiar do amor de Deus. O amor verdadeiro não tem
explicação, simplesmente acontece. Temos de dar lugar ao mistério e abandonar a arrogância de
pensar que tudo tem uma explicação ou que necessitamos de explicação como condição para o
amor. [Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj, Vida Pastoral n.276, Paulus]
Sl 61(62),2-3.6-7.8-9ab (R/.6a)1
Só em Deus a minha alma tem repouso, só ele é meu rochedo e salvação
Só em Deus a minha alma tem repouso, porque dele é que me vem a salvação! 3Só ele é meu
rochedo e salvação, a fortaleza, onde encontro segurança!
2
Só em Deus a minha alma tem repouso, porque dele é que me vem a salvação! 7Só ele é meu
rochedo e salvação, a fortaleza, onde encontro segurança!
6
A minha glória e salvação estão em Deus; o meu refúgio e rocha firme é o Senhor!
esperai sempre no Senhor, e abri diante dele o coração.
8
9a
Povo todo,
Salmo individual de confiança em Deus.
1
Numeração dos Salmos: a numeração dentro do primeiro parêntese refere-se á anotação hebraica; a de fora segue a
Nova Vulgata, adotada pela Igreja Católica e também usada pela Bíblia AVE-MARIA; as demais seguem a numeração
inversa (Nova Vulgata dentro do parêntese). A numeração dos versículos (estrofes) é obtida no DIRETÓRIO LITÚRGICO DA
CNBB, 2011; a numeração do segundo parêntese está relacionada ao versículo de resposta.
Evangelho do Dia
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II Leitura: 1 Coríntios (1Cor 4, 1-5)
Cada um receberá o louvor que tiver merecido
Irmãos: 1Que todo o mundo nos considere como servidores de Cristo e administradores dos
mistérios de Deus. 2A este respeito, o que se exige dos administradores é que sejam fiéis.
3
Quanto a mim, pouco me importa ser julgado por vós ou por algum tribunal humano. Nem eu
me julgo a mim mesmo. 4É verdade que a minha consciência não me acusa de nada. Mas não é
por isso que eu posso ser considerado justo. 5Quem me julga é o Senhor. Portanto, não queirais
julgar antes do tempo. Aguardai que o Senhor venha. Ele iluminará o que estiver escondido nas
trevas e manifestará os projetos dos corações. Então, cada um receberá de Deus o louvor que
tiver merecido. Palavra do Senhor!
Comentando a II Leitura
Somos servidores de Cristo
Muitas vezes, nas nossas comunidades, nos chateamos porque não temos reconhecimento por
nossas atividades. Nesse texto da primeira carta aos Coríntios, Paulo exorta os cristãos, falando a
respeito de suas preocupações. A vida cristã não terá como centro as ambições, o hiperativismo,
a busca de reconhecimento ou qualquer outra coisa que desvie a atenção do realmente
importante: o amor de Deus.
É na lógica do amor e da gratuidade que Paulo afirma serem os cristãos “ministros de Cristo e
administradores de Deus”. O amor que recebemos do Pai é pura gratuidade. Quando se é fiel ao
que se recebe de Deus, as vãs preocupações se dissipam, deixando lugar para a ação dele na
vida da comunidade. Quando se serve por amor, não há preocupação com o julgamento humano.
Espera-se o julgamento de Deus, que conhece os corações e, no devido tempo, manifestará a
consistência das intenções humanas. Para quem ama, o louvor devido a Deus é simplesmente
vislumbrar a realização da sua obra e alegrar-se com isso. [Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj, Vida
Pastoral n.276, Paulus]
Evangelho: Mateus (Mt 6, 24-34)
Confiança na Providência
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 24”Ninguém pode servir a dois senhores: pois, ou
odiará um e amará o outro, ou será fiel a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus
e ao dinheiro. 25Por isso eu vos digo: não vos preocupeis com a vossa vida, com o que havereis
de comer ou beber; nem com o vosso corpo, com o que havereis de vestir. Afinal, a vida não vale
mais do que o alimento, e o corpo, mais do que a roupa? 26Olhai os pássaros dos céus: eles não
semeiam, não colhem, nem ajuntam em armazéns. No entanto, vosso Pai que está nos céus os
alimenta. Vós não valeis mais do que os pássaros? 27Quem de vós pode prolongar a duração da
própria vida, só pelo fato de se preocupar com isso? 28E por que ficais preocupados com a roupa?
Olhai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. 29Porém, eu vos digo: nem
o rei Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles. 30Ora, se Deus veste assim
a erva do campo, que hoje existe e amanhã é queimada no forno, não fará ele muito mais por
vós, gente de pouca fé? 31Portanto, não vos preocupeis, dizendo: O que vamos comer? O que
vamos beber? Como vamos nos vestir? 32Os pagãos é que procuram essas coisas. Vosso Pai, que
está nos céus, sabe que precisais de tudo isso. 33Pelo contrário, buscai em primeiro lugar o Reino
de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo. 34Portanto, não vos
preocupeis com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá suas preocupações! Para cada dia,
bastam seus próprios problemas.” Palavra da Salvação!
Leituras paralelas: Lc 12,22-31
Comentando o Evangelho
Buscai primeiro o reino de Deus
“Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24). No idioma original, em vez de “dinheiro” está
escrito “Mamon”, o deus das riquezas. O termo “Mamon” significa “tesouro”, “aquilo em que se
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põe a confiança”, “aquilo em que alguém se apoia”, “coisa que serve de alicerce”. Dessa forma, o
dinheiro ou Mamon é um senhor tirânico que exige total atenção, que ocupa a mente de seu
servidor, que lhe causa a preocupação de perdê-lo.
Para melhor compreender o que Jesus está querendo nos dizer na liturgia de hoje, tomemos um
exemplo: imaginemos que alguém está se afogando e encontra uma tábua em que se pode
apoiar. Essa tábua será de extrema importância para o náufrago, que acredita perecer sem esse
apoio. Agora imaginemos que alguém ordene ao náufrago que solte a tábua. Certamente o
náufrago recusará e lutará para não soltar seu apoio. É isso que significa Mamon, um apoio ao
qual se dá total confiança e sem o qual se acredita não ser possível viver.
Muitas pessoas têm uma relação assim com os bens materiais. Não confiam em Deus porque
confiam apenas neles. Por isso, não se pode servir a Deus e ao dinheiro (Mamon). E, quanto mais
riqueza, mais fácil se torna cair na tentação de servir a Mamon. Contudo, o que Jesus ressalta é
que todos os seus discípulos necessitam estar em vigilância para não idolatrar o dinheiro, seja ele
muito ou pouco. O serviço ao dinheiro (Mamon) não se define pela quantidade dos bens, mas
pela relação que se tem com eles. Jesus denuncia esse perigo e exortou seus discípulos a se
dedicar primeiramente à construção do Reino, sendo tudo o mais secundário. [Aíla Luzia Pinheiro
Andrade, nj, Vida Pastoral n.276, Paulus]
A Palavra se faz oração (Missal Dominical)
Peçamos a Deus que aumente nossa fé enquanto lhe dirigimos nossa oração. Senhor, atendeinos.
• Pela santa Igreja de Deus, para que viva com esperança e coragem este tempo pós-conciliar,
confiante na presença de Cisto e na incessante ação do Espírito Santo, rezemos.
• Pelos homens de hoje, tão orgulhosos por suas novas possibilidades, a fim de que as conquistas
da ciência e da técnica não diminuam sua fé no Deus criador das maravilhas do universo,
rezemos.
• Por todos os cristãos, para que seu amor e sua ativa solidariedade prolonguem a obra da
Providência, proporcionando pão a quem tem fome, rezemos.
• (Outras intenções)
Oração sobre as Oferendas:
Ó Deus, que nos dais o que oferecemos e aceitais nossa oferta como um gesto de amor, fazei que
os vossos dons, nossa única riqueza, frutifiquem para nós em prêmio eterno. Por Cristo, nosso
Senhor.
Antífona da comunhão:
Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos, diz o Senhor. (Mt 28,20)
Oração Depois da Comunhão:
Tendo recebido o pão que nos salva, nós vos pedimos, ó Deus, que este sacramento,
alimentando-nos na terra, no faça participar da vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor!
Deus e as riquezas
Padre Bantu Mendonça K. Sayla (Canção Nova)
Neste belíssimo texto do evangelho Jesus põe em relevo o valor das realidades correntes da vida. Ao mesmo
tempo ensina-nos a pôr a nossa confiança na Divina Providência. Com exemplos e comparações simples,
tomados da vida quotidiana, convida-nos ao abandono sereno nas mãos de Deus: não se preocupem com a
comida e com a bebida que precisam para viver nem com a roupa que precisam para se vestir. Afinal, será
que a vida não é mais importante do que a comida? E será que o corpo não é mais importante do que as
roupas? Vejam os passarinhos que voam pelo céu: eles não semeiam, não colhem, nem guardam comida
em depósitos. No entanto, o Pai de vocês, que está no céu, dá de comer a eles. Será que vocês não valem
muito mais do que os passarinhos?
Basta como disse depositar tudo em Suas mãos porque se Ele veste e faz crescer assim as flores do campo:
elas não trabalham, nem fazem roupas para si mesmas. Mas eu afirmo a vocês que nem mesmo Salomão,
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sendo tão rico, usava roupas tão bonitas como essas flores. É Deus quem veste a erva do campo, que hoje
dá flor e amanhã desaparece, queimada no forno. Então é claro que ele vestirá também vocês.
O que exige de nós é fé nele e na realização plena das suas palavras. O nosso Deus é file. Nele está o fim
último do homem é Deus. Por este fim o homem deve entregar todo o seu ser de uma maneira indivisível. O
homem não pode dividir-se entre dois fins absolutos e contrários.
Onde se diz “vida”, pode dizer-se também “estatura”, mas seria versão mais afastada do texto (cfr Lc
12,25). A palavra “côvado” significa uma medida de espaço aplicável também ao tempo metaforicamente.
Uma vez mais a justiça do Reino de Deus aparece como a vida de graça no homem; o que leva consigo todo
um conjunto de atitudes espirituais e morais, e pode resumir-se no conceito de “santidade”. A busca da
santidade é a primeira coisa que se deve intentar nesta vida. De novo Jesus insiste na primazia das
exigências espirituais. Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça e o resto vos será dado por
acréscimo. Este resto são todos os outros bens temporais, inclusive necessários e legítimos, que
normalmente empenham os desejos humanos. A pobreza de Cristo torna possível este desprendimento
afetivo das coisas terrenas para pôr à frente das aspirações humanas a relação com Deus.
O Senhor exorta-nos a viver com serenidade cada dia, eliminando preocupações inúteis pelo que aconteceu
ontem ou pelo que possa acontecer amanhã. É a sabedoria que se apoia na providência paternal de Deus e
na própria experiência quotidiana.
O importante para ti e para mim está em Deus. Viver só é possível com e diante de Deus. Só assim
viveremos com intensidade o momento presente.
Um conselho: Porta-te bem hoje e agora, sem te lembrares de ontem. Porque o que passou, passou! Portate bem hoje e agora, sem te preocupares com o amanhã! Porque não sabes se chegará para ti. Portanto,
viva cada segundo como se fosse o único da tua vida.
Evangelização da juventude é prioridade
Dom Canísio Klaus, Bispo Diocesano de Santa Cruz do Sul
Na próxima semana, as lideranças da Diocese de Santa Cruz do Sul vão se reunir no Lançamento do Ano
Pastoral, para aprofundar o tema da Evangelização da Juventude, uma vez que a juventude será prioridade
na pastoral diocesana em 2011. Fazemos isso em base ao Plano Global de Formação, já que estamos
convencidos de que somente uma boa formação prepara os jovens para enfrentarem a complexidade do
mundo moderno, inserindo-os na dinâmica da construção da civilização do amor.
O Documento sobre a Evangelização da Juventude, elaborado com maciça participação dos jovens e
aprovado pelos bispos na 45ª Assembleia Geral da CNBB em 2007, indica várias pistas de ação, entre as
quais destacamos:
a) Promover e valorizar projetos e processos de educação aos valores, principalmente a educação para o
amor.
b) Privilegiar processos de educação e amadurecimento na fé, com atenção à espiritualidade, formando, de
maneira gradual, os jovens para a missão, a ação política e a transformação do mundo.
c) Propiciar capacitação profissional, apoio humano e comunitário, ajudando os jovens a não caírem no
mundo das drogas, na violência e na criminalidade.
Espero que a programação do Lançamento do Ano Pastoral, somada aos projetos do Plano Global de
Formação a serem implementados em 2011, ajudem a Igreja da Diocese de Santa Cruz do Sul a qualificar a
evangelização da juventude. Convido especialmente os jovens em suas pastorais, movimentos e organismos
a se empenharem no propósito de buscar uma formação permanente e atualizada, garantia de uma eficiente
evangelização.
A jornada Mundial da Juventude em Madrid (Espanha), no mês de agosto, será mais um grande momento de
valorização e animação do espírito evangelizador dos jovens. Queremos, com toda Igreja, participar e
celebrar desta Jornada, acolhendo e assumindo as luzes, orientações e perspectivas que aparecerem.
Queridos jovens e querido povo de Deus: ao nos debruçarmos sobre a Evangelização da Juventude, façamos
de 2011 um ano de graça e bênção para nossa Igreja Diocesana. Reconhecendo, valorizando e formando os
jovens, estaremos renovando em cada um de nós o espírito e a alma jovem que nunca morrem.
Jovens evangelizados! Comunidades renovadas! [CNBB]
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