evangélico - jorge linhares - ladrão de alegria

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LADRÃO
DE
ALEGRIA
Jorge Linhares
Primeira edição – 2004
Transcrição, revisão e estilização:
Rita Leite
Editora Getsêmani Ltda.
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Capa: Salvador Santana
ÍNDICE
Introdução
1. A Alegria do Senhor
2. A Tristeza da Inveja
3. Entristecendo os Pais
4. 0 Desperdício
5. Alegria Para Dar e Vender
Conclusão
"Disse-lhes mais: ide, comei carnes gordas, tomai
bebidas doces e enviai porções aos que não têm nada
preparado para si; porque este dia é consagrado ao
nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a
alegria do Senhor é a vossa força." (Neemias 8.10.)
"Todos os dias do aflito são maus, mas a alegria do
coração é banquete contínuo." (Provérbios 15.15.)
"Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegraivos." (Filipenses 4.4.)
INTRODUÇÃO
pai:
"Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao
"Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu
os haveres.
"Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo
o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os
seus bens, vivendo dissolutamente." (Lucas 15.11-13.)
Essa é uma das parábolas mais conhecidas da Bíblia. Eu
mesmo já ouvi muitas pregações sobre esse texto.
Jesus falou sobre um rapaz que se ausentou da casa do pai
e foi experimentar as coisas do mundo lá fora. Passou a viver sem
nenhum limite. Não se importava com nenhuma regra. Fazia o que
lhe dava prazer na hora. Com isso, gastou todo o dinheiro que o
pai lhe dera. Teve de trabalhar em condições precárias.
Quando se deu conta de sua real condição, estava cuidando
de porcos e alimentando-se pior do que aqueles animais.
Arrependido, resolveu voltar para casa.
O pai o esperava de braços abertos. Sua alegria ao ver o filho
de volta, são e salvo, era transbordante. Estava tão feliz que quis
compartilhar com todos sua alegria. Resolveu comemorar. Deu
início a uma enorme festa.
Bom, quase todo mundo conhece essa história. E aqui eu
quero falar sobre o outro filho - o mais velho. Vejamos a
continuação da parábola.
"Ora, o filho mais velho estivera no campo; e, quando voltava,
ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças.
"Chamou um dos criados e perguntou-lhe que era aquilo.
"E ele informou: Veio teu irmão, e teu pai mandou matar o
novilho cevado, porque o recuperou com saúde.
"Ele se indignou e não queria entrar; saindo, porém, o pai,
procurava conciliá-lo.
"Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo
sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um
cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos;
"vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens
com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado.
"Então, lhe respondeu o pai: Meu filho, tu sempre estás
comigo; tudo o que é meu é teu.
"Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos
alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava
perdido e foi achado." (Lucas 15.25-32.)
Normalmente nos detemos apenas no procedimento do filho
mais novo. No entanto, a atitude do mais velho é também
negativa. O primeiro desperdiçou os bens longe de casa. O outro
desperdiçou o tempo que tinha junto ao pai. Nunca usufruiu da
riqueza que esteve todo o tempo à sua disposição. Ao achar que
ajudava o pai, economizando em não festejar, estava era
desperdiçando a alegria que estava ao seu alcance sempre.
Esse filho só acumulou amargura durante a vida. Depois
despejou tudo no pai, na hora em que este experimentava grande
alegria com o retorno do outro filho. Um dia que era para ser só de
alegria e comemoração foi manchado pela atitude daquele rapaz.
Como esse ladrão de alegria, encontramos um punhado de
outros que também conseguem roubar de nós a alegria do Senhor.
Você não deve ser um ladrão de alegria. Deus quer que você
seja é um semeador de alegria.
Alegrai-vos no Senhor e regozijaivos, ó justos, vós todos que sois
retos de coração
(Salmo 32.11)
1
A ALEGRIA DO SENHOR
"Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da
terra?
"Dize-mo, se tens entendimento. Quem lhe pôs as medidas, se
é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?
"Sobre que estão fundadas as suas bases ou quem lhe
assentou a pedra angular,
"quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e
rejubilavam todos os filhos de Deus?" (Jó 38.4-7.)
A alegria é algo que Deus inventou. A Bíblia mostra que,
mesmo antes de a Terra existir, a alegria já se fazia presente. Era
com alegria que os anjos cantavam e manifestavam seu amor a
Deus.
DEUS É UM DEUS ALEGRE!
Deus é um Deus de alegria. O Senhor é alegre. Alguns
pensam que Deus é um ser triste, mal-humorado, um verdadeiro
desmancha-prazeres. A Bíblia, porém, mostra que essa é outra
grande mentira de Satanás. O Senhor criou a alegria, e ela é para
nós:
"Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio;
porque eis que crio para Jerusalém alegria e para o seu povo,
regozijo.
"E exultarei por causa de Jerusalém e me alegrarei no meu
povo, e nunca mais se ouvirá nela nem voz de choro nem de
clamor." (Isaías 65.18,19.)
Foi o próprio Deus quem disse: "Eu crio a alegria e o
regozijo!"
Uma das festas de Israel tinha como característica sete dias
de danças, descanso, comidas e bebidas! Era a Festa dos
Tabernáculos. Era um mandamento de alegria, como diz a própria
Bíblia:
"Alegrar-te-ás, na tua festa, tu, e o teu filho, e a tua filha, e o
teu servo, e a tua serva, e o levita, e o estrangeiro, e o órfão, e a
viúva que estão dentro das tuas cidades.
"Sete dias celebrarás a festa ao Senhor, teu Deus, no lugar
que o Senhor escolher, porque o Senhor, teu Deus, há de abençoarte em toda a tua colheita e em toda obra das tuas mãos, pelo que
de todo te alegrarás." (Deuteronômio 16.14,15.)
O povo judeu era um povo alegre. Essa era a vontade de
Deus para eles. A bênção do Senhor estava sobre eles. Povo
abençoado é povo alegre. E nós, os cristãos, temos de viver com
alegria, pois somos abençoados pelo Senhor. Nossos cultos têm de
ser alegres:
"Celebraremos com júbilo a tua vitória e em nome do nosso
Deus hastearemos pendões; satisfaça o Senhor a todos os teus
votos." (Salmos 20.5.)
Em Números, o Senhor manda que Moisés faça tocar
trombetas para convocar o povo:
"Da mesma sorte, no dia da vossa alegria, e nas vossas
solenidades, e nos princípios dos vossos meses, também tocareis as
vossas trombetas sobre os vossos holocaustos e sobre os vossos
sacrifícios pacíficos, e vos serão por lembrança perante vosso Deus.
Eu sou o Senhor, vosso Deus." (Números 10.10.)
Quando o povo voltou do cativeiro babilônico, Neemias
registra o seguinte:
"Neemias, que era o governador, e Esdras, sacerdote e
escriba, e os levitas que ensinavam todo o povo lhe disseram: Este
dia é consagrado ao Senhor, vosso Deus, pelo que não pranteeis,
nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da
Lei.
"Disse-lhes mais: ide, comei carnes gordas, tomai bebidas
doces e enviai porções aos que não têm nada preparado para si;
porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos
entristeçais, porque a alegria do Senhor é a vossa força.
"Os levitas fizeram calar todo o povo, dizendo: Calai-vos,
porque este dia é santo; e não estejais contristados.
"Então, todo o povo se foi a comer, a beber, a enviar porções e
a regozijar-se grandemente, porque tinham entendido as palavras
que lhes foram explicadas...
"Acharam escrito na Lei que o Senhor ordenara por intermédio
de Moisés que os filhos de Israel habitassem em cabanas, durante
a festa do sétimo mês...
"Saiu, pois, o povo, trouxeram os ramos e fizeram para si
cabanas, cada um no seu terraço, e nos seus pátios, e nos átrios da
Casa de Deus, e na praça da Porta das Águas, e na praça da Porta
de Efraim.
"Toda a congregação dos que tinham voltado do cativeiro fez
cabanas e nelas habitou; porque nunca fizeram assim os filhos de
Israel, desde os dias de Josué, filho de Num, até àquele dia; e
houve mui grande alegria." (Neemias 8.9-17.)
Tempos depois, quando os muros foram reconstruídos e
dedicados ao Senhor, todos os levitas foram convocados:
"Na dedicação dos muros de Jerusalém, procuraram aos
levitas de todos os seus lugares, para fazê-los vir afim de que
fizessem a dedicação com alegria, louvores, canto, címbalos,
alaúdes e harpas...
"No mesmo dia, ofereceram grandes sacrifícios e se
alegraram; pois Deus os alegrara com grande alegria; também as
mulheres e os meninos se alegraram, de modo que o júbilo de
Jerusalém se ouviu até de longe." (Neemias 12.43.)
E quando o povo, pela primeira vez depois do cativeiro,
comemorou a Festa dos Pães Asmos, também foi com alegria:
"Celebraram a Festa dos Pães Asmos por sete dias, com
regozijo, porque o Senhor os tinha alegrado, mudando o coração do
rei da Assíria a favor deles, para lhes fortalecer as mãos na obra
da Casa de Deus, o Deus de Israel." (Esdras 6.22.)
"Deus os alegrara." Essa expressão é maravilhosa. Mostra
que Deus é o autor da alegria. É ele quem nos alegra.
Vários autores bíblicos falam bastante da alegria do Senhor:
DAVI
"Mais alegria me puseste no coração do que a alegria deles,
quando lhes há fartura de cereal e de vinho." (Salmos 4.7.)
"Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há
plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente."
(Salmos 16.11.)
"Converteste o meu pranto em folguedos; tiraste o meu pano
de saco e me cingiste de alegria." (Salmos 30.11.)
"Eu, porém, cantarei a tua força; pela manhã louvarei com
alegria a tua misericórdia; pois tu me tens sido alto refúgio e
proteção no dia da minha angústia." (Salmos 59.16.)
"Com efeito, grandes coisas fez o Senhor por nós; por isso,
estamos alegres." (Salmos 126.3.)
ISAÍAS
"Também os levarei ao meu santo monte e os alegrarei na
minha Casa de Oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios
serão aceitos no meu altar, porque a minha casa será chamada
Casa de Oração para todos os povos." (Isaías 56.7.)
"Um cântico haverá entre vós, como na noite em que se
celebra festa santa; e alegria de coração, como a daquele que sai ao
som da flauta para ir ao monte do Senhor, à Rocha de Israel."
(Isaías 30.29.)
JOEL
"Não temas, ó terra, regozija-te e alegra-te, porque o Senhor
faz grandes coisas." (Joel 2.21.)
"Alegrai-vos, pois, filhos de Sião,regozijai-vos no Senhor,
vosso Deus, porque ele vos dará em justa medida a chuva; fará
descer, como outrora, a chuva têmpora e a serôdia." (Joel 2.23.)
O SENHOR SE ALEGRA POR NÓS
"... Como o noivo se alegra da noiva, assim de ti se alegrará o
teu Deus." (Isaías 62.5.)
Jeremias fala de um Deus que sente alegria por nós:
"Alegrar-me-ei por causa deles e lhes farei bem; plantá-los-ei
firmemente nesta terra, de todo o meu coração e de toda a minha
alma." (Jeremias 32.41.)
"Assim diz o Senhor: Neste lugar, que vós dizeis que está
deserto, sem homens nem animais, nas cidades de judá e nas ruas
de Jerusalém, que estão assoladas, sem homens, sem moradores e
sem animais, ainda se ouvirá a voz de júbilo e de alegria, e a voz de
noivo, e a de noiva, e a voz dos que cantam:
“Rendei graças ao Senhor dos Exércitos, porque ele é bom,
porque a sua misericórdia dura para sempre..." (Jeremias
33.10,11.)
A alegria de Deus não vem das coisas naturais da vida. Não
é causada por uma boa disposição mental e física. É uma alegria
que vem do próprio Senhor. Vem de um Deus que nos contagia e
de quem o profeta diz:
"O Senhor, teu Deus, está no meio de ti, poderoso para salvarte; ele se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no seu amor,
regozijar-se-á em ti com júbilo." (Sofonias 3.17.)
O Senhor se deleita em nós com alegria e vibra de júbilo!
Alegremos, portanto, o coração de Deus.
No Novo TESTAMENTO
O começo do Novo Testamento é alegre. O nascimento do
Senhor Jesus seria motivo de alegria para todos - não apenas
alegria, mas grande alegria:
"E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória
do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande
temor.
"O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boanova de grande alegria, que o será para todo o povo:
"E que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é
Cristo, o Senhor. " (Lucas 2.9-11.)
E Jesus diz que o céu é lugar de gozo, regozijo e alegria:
"Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um
pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não
necessitam de arrependimento. " (Lucas 15.7.)
O livro dos Atos dos Apóstolos conta o início da igreja. É
uma história de sofrimentos, perseguições e morte por amor a
Cristo. Mas é também cheio de alegria:
"Então, Paulo e Barnabé, falando ousadamente, disseram:
Cumpria que a vós outros, em primeiro lugar, fosse pregada a
palavra de Deus; mas, posto que a rejeitais e a vós mesmos vos
julgais indignos da vida eterna, eis aí que nos volvemos para os
gentios...
"Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a
palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados
para a vida eterna. E divulgava-se a palavra do Senhor por toda
aquela região.
"Mas os judeus instigaram as mulheres piedosas de alta
posição e os principais da cidade e levantaram perseguição contra
Paulo e Barnabé, expulsando-os do seu território...
"Os discípulos, porém, transbordavam de alegria e do Espírito
Santo." (Atos 13.46-52.)
"Enviados, pois, e até certo ponto acompanhados pela igreja,
atravessaram as províncias da Fenícia e Samaria e, narrando a
conversão dos gentios, causaram grande alegria a todos os irmãos."
(Atos 15.3.)
O apóstolo Paulo, apesar de todas as perseguições e
sofrimentos pelos quais passou, escreveu aos filipenses:
"Assim, vós também, pela mesma razão, alegrai-vos e
congratulai-vos comigo. " (Filipenses 2.18.)
"Quanto ao mais, irmãos meus, alegrai-vos no Senhor..."
(Filipenses 3.1.)
"Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos."
(Filipenses 4.4.)
Por que a Bíblia mostra tanta alegria? Porque Deus é um
Deus alegre, e é vontade dele que todos nós sejamos plenos de
alegria. A alegria é um presente de Deus. Na verdade, é o próprio
Senhor. Ele deve ser nossa alegria, uma alegria que nos dá força
para viver.
"Então, irei ao altar de Deus, de Deus, que é a minha grande
alegria; ao som da harpa eu te louvarei, ó Deus, Deus meu."
(Salmos 43.4.)
Cara feia não produz amigos!
Mas há uma coisa que ela
produz: rugas!
2
A TRISTEZA DA INVEJA
"Coabitou o homem com Eva, sua mulher. Esta concebeu e
deu à luz a Caim...
"Depois, deu à luz a Abel, seu irmão.
“Abel foi pastor de ovelhas, e Caim, lavrador.
"Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da
terra uma oferta ao Senhor.
"Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da
gordura deste. Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta; ao
passo que de Caim e de sua oferta não se agradou. Irou-se, pois,
sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante.
"Então, lhe disse o Senhor: Por que andas irado, e por que
descaiu o teu semblante?...
"Disse Caim a Abel, seu irmão: Vamos ao campo. Estando
eles no campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu
irmão, e o matou." (Gênesis 4.1-8.)
Inveja. Ladra de alegria. A Bíblia diz que Caim se irou "e
descaiu-lhe o semblante". A inveja rouba a alegria, a harmonia, e
a paz.
Foi o que aconteceu com o irmão do filho pródigo:
"Ora, o filho mais velho estiver a no campo; e, quando voltava,
ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças.
"Chamou um dos criados e perguntou-lhe que era aquilo.
“E ele informou: Veio teu irmão, e , teu pai mandou matar o
novilho cevado, porque o recuperou com saúde.
"Ele se indignou e não queria entrar; ... saindo, porém, o pai,
procurava conciliá-lo.
"Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo
sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um
cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos;
"vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens
com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado..."
(Lucas 15.25-32.)
Quando o filho mais novo voltou, o pai correu ao encontro
dele, o abraçou, o beijou e levou-o para casa. Pôs roupa nova nele,
colocou um anel em seu dedo e mandou matar o novilho cevado,
um bezerrinho novo, o mais especial.
Chamou os músicos, pessoas que tocavam violão, e fizeram
uma grande festa. Foi uma daquelas festas repentinas, que
fazemos quando alguém, que estava longe, volta para casa.
E todos se alegravam e dançavam, festejando a volta daquele
filho que estava perdido e voltara para casa. Imagine a alegria
deles! Quem já perdeu um ente querido, pode imaginar a alegria
que aquele pai e seus amigos estavam sentindo.
O filho mais velho estava no campo, trabalhando. A tarde ele
volta, escuta o barulho da festa, o som. Ele chama o empregado:
"O que está acontecendo aí em casa? Que som é esse de
festa?"
O empregado diz:
"Seu irmão voltou. Seu irmão, que estava perdido, voltou
para casa, e o seu pai está muito feliz por isso. Ele matou o
novilho cevado, fez um churrasco. E feriado aqui na fazenda."
O irmão mais velho ficou com raiva. Ficou emburrado. Ficou
chateado. E permaneceu do lado de fora. Não quis entrar. O servo
foi lá dentro e falou com o pai:
"O seu filho mais velho chegou. Mas está havendo um
problema, pois ele não quer entrar."
O pai teve de sair da festa. Ele foi lá fora e disse ao filho
mais velho:
"Meu filho, vamos entrar. Está tudo bem. Vamos entrar."
E o filho, então, "abre a torneira" e despeja:
"Olha, esse seu filho gastou com meretrizes todo o dinheiro
que o senhor deu para ele. Ele não vale nada. Ele foi embora sem
pensar no senhor. Agora ele volta para casa e o senhor faz uma
festa para ele. Eu estou sempre aqui trabalhando para o senhor,
nunca lhe desobedeci, nunca o magoei, e o senhor nunca me deu
nem um cabrito para comemorar com os meus amigos. Para esse
seu filho, o senhor dá o novilho cevado."
E o pai diz:
"Meu filho, você sempre esteve aqui comigo, perto de mim.
Seu irmão estava morto e reviveu. Ele estava perdido e foi achado.
Vamos entrar, vamos nos alegrar, vamos saltar de alegria."
Aquele rapaz tinha inveja do seu irmão. Invejou o amor que
o pai tinha por ele. Não conseguia ver que era amado do mesmo
jeito. E com isso roubou a alegria do pai.
A inveja é a causa da maioria dos atos que roubam a alegria
e acabam com a festa.
"Cruel é o furor, e impetuosa, a ira, mas quem pode resistirá
inveja?" (Provérbios 27.4.)
Existem pessoas que não ficam satisfeitas com a alegria dos
outros. Elas não se sentem bem quando vêem alguém alegre.
Temos a impressão de que as pessoas que moram perto das
igrejas evangélicas querem ver um lamento, uma dor e um
sofrimento, um culto fúnebre, todos os dias. Como incomoda o
louvor a Deus! Como incomoda a alegria dos crentes! E
impressionante como as pessoas não gostam de ver os outros
alegres.
Certo dia, uma irmã me disse:
"Pastor, eu me aprontei, fiz um regime, fiquei toda bonita.
Estava vindo para a igreja, para o encontro de mulheres. Eu
estava muito feliz. Aproximei-me do meu marido e disse: 'Meu
bem, eu vou voltar mais sábia para você. Estou indo para o
encontro das mulheres. Vou voltar mais alegre para você."
Ironicamente, o marido respondeu:
"Você não me engana, não. Está indo é para encontrar com o
pastor."
A mulher ficou desarmada. Foi uma expressão tão feia, tão
pesada, que machucou a alma dela. Ela foi até o portão, tentou
tirar o carro da garagem, mas não conseguiu nem dirigir. Entrou
em casa, trocou a roupa e disse ao marido:
"Não vou mais sair."
Vendo que ferira profundamente a esposa, ele disse:
"Não, eu estava brincando. Pode ir.
Mas ele já havia roubado a alegria da esposa. Mesmo que ela
fosse à igreja, não seria mais a mesma coisa. Aquele marido talvez
tivesse inveja da felicidade e da alegria que sua esposa
demonstrava quando falava das coisas de Deus, das maravilhas
que vivia na igreja. Então, dizia aquelas coisas para feri-la, para
roubar dela a alegria de estar em comunhão com o Senhor e com
os irmãos da igreja.
Existem pessoas que são assim. Não gostam de ver ninguém
feliz. Não gostam de ver ninguém expressando os sonhos. Elas dão
logo um jeito de matar o sonho da pessoa. Dão um jeito de ferir,
de machucar. Na hora do regozijo, da alegria, da festa, do prazer,
da satisfação, elas vão lá e dão uma palavra, uma ministração,
que tira a paz e a alegria.
Não conseguem ser felizes, não possuem a alegria. Por isso,
tentam roubar a alegria dos outros.
Certa vez, a nossa igreja deu um almoço, a coisa mais linda,
de confraternização, de comunhão. O objetivo era angariar fundos
para a compra de um terreno. Na época, eu ainda não era o pastor
da igreja, mas fiquei sabendo da história.
Na hora de servir o almoço, a pessoa encarregada de servir o
frango colocou uma coxa no prato de um irmão e uma asa no
prato de outro. Foi armado o problema. Ele ficou bravo:
"Para ele coxa, para mim asa?!"
Largou o prato e falou: "Nunca mais volto aqui; uns levam
coxa, outros, asa."
O irmão que recebera a coxa ainda tentou acalmá-lo,
oferecendo-lhe a coxa. Mas ele já não queria mais.
Roubou a alegria da festa. Todos ficaram constrangidos. Um
momento que era só alegria e confraternização foi abalado por um
ladrão de alegria.
Existem aqueles que não sonham, não têm um alvo para a
vida. Mas, se vêem alguém com sonhos, com planos, logo dão um
jeito de acabar com tudo. Menosprezam o sonho da pessoa ou
então a criticam, dizendo que não tem condição de alcançar aquilo
que sonhou. Roubam a alegria, machucam, ferem.
Satanás foi o primeiro ladrão de alegria. Invejou o homem no
Éden e fez tudo para acabar com a alegria. Se ele não podia ter a
alegria de uma comunhão com o Senhor, ninguém mais poderia
ter.
Infelizmente, conseguiu. Fez com que Eva comesse o fruto
proibido. Assim, ele tirou a paz. O prazer da comunhão com Deus
foi roubada pelo diabo.
"Esta não é a sabedoria que desce lá do alto; antes, é terrena,
animal e demoníaca." (Tiago 3.15.)
O homem sábio é aquele que não
se entristece com as coisas que não
tem, mas se alegra com as que tem.
3
ENTRISTECENDO os PAIS
Certa ocasião, eu fui visitar uma irmã querida aqui da igreja.
O sonho dela era que o pastor a visitasse. Ela estava sempre me
convidando para ir à casa dela. Aquela irmã demonstrava que se
alegraria muito com uma visita minha à sua casa. Eu ficava muito
comovido com o carinho dela.
Algum tempo depois, num momento de grande alegria, de
grande satisfação, ela tornou a me convidar:
"Pastor, eu ficaria muito feliz se o senhor pudesse ir à minha
casa."
Eu tinha muita vontade de ir à casa dela, mas faltava-me
oportunidade, pois naquela ocasião a minha agenda estava
sempre cheia. Naquele dia, contudo, eu senti que já havia passado
da hora de eu dar uma alegria àquela irmã. Na verdade, eu
também me regozijaria muito, pois é bom saber que somos
amados e que nossa presença é desejada.
Então, marquei com ela o dia da visita. Na hora marcada,
cheguei à casa dela, e fui recebido com muita atenção.
Ela preparou um pão de queijo, e um cafezinho. Achava-se
muito feliz - o pastor estava na casa dela! Coisa tremenda, não é?
Quando eu não era pastor, eu ficava imaginando como seria
bom se o pastor fosse à minha casa. Devia ser um negócio
tremendo.
E ela estava regozijante, feliz. Quando estávamos no auge da
conversa na sala, comendo um pão de queijo, tomando um
cafezinho, naquela alegria, a filha dela chegou.
A mãe disse para ela:
"Filha, olha o pastor aí. Cumprimenta o pastor.
E a moça me dirigiu um olhar frio e disse:
"Oi, tudo bem?"
Eu pensei: "Tem ladrão de alegria no pedaço". Daí a pouco,
ela passa pela sala e vai lá para o quarto. É evidente quando uma
pessoa quer estragar a alegria dos outros. Daí uns cinco minutos,
ela gritou:
"Mãe! Vem cá! Mãe!"
E a mãe disse:
"Pastor, espera um pouquinho que eu vou ali, tá? Minha
filha chegou do serviço."
Aí a mãe entrou e demorou uns dez minutos. A gente escuta
um cochicho, não é?! Mesmo sem querer, senti que ela estava
tentando acalmar a filha. Pouco depois, escutei a batida da porta.
A mãe veio e disse:
"Não repara não, pastor, essa porta vem e bate mesmo. Essa
porta é assim mesmo. Eu vou buscar mais pão de queijo."
Ela buscou o pão de queijo, pôs o cafezinho. E continuou a
conversar:
"Mas, pastor, como agente estava contando..."
A alegria daquela irmã era visível. Como era bom saber que
éramos causa da alegria de alguém! Pouco depois, a moça chega
na sala e, irada, diz:
"O mãe, cadê a minha blusa? Eu já falei com a senhora que
eu não quero a minha irmã usando a minha blusa!"
"Ah, filha, espera aí, vai com outra. Usa outra roupa.
Aquela moça era uma "jararaca" mesmo, cheia de veneno.
"O mãe, depois a senhora conversa aí, depois vê essas coisas
da igreja aí. Eu quero minha blusa. Agora! Se vira."
Ah, eu vi como a alegria vai embora. Como aquela pessoa
roubou a alegria! Eu não sabia se ia embora, porque quando
alguém está brigando assim, você é visita, não sabe se vai embora,
não sabe se fica, não sabe se ora, não sabe se tenta separar a
briga, se tenta acalmar. Então fiquei quieto. Fiquei ali calado. A
gente fica sem ação. E a mãe:
"Pastor, ela está nervosa, ela está... Essa menina está meio
nervosa esses dias. Vamos lá, minha filha."
"Não, eu quero a blusa! Quando ela chegar, a senhora vai
ver."
E ela abria e fechava a porta do quarto, batendo com força,
reclamando e fazendo ameaças. Uma confusão, uma coisa feia.
Aquela mulher havia programado uma noite de alegria, uma
noite de festa. E a filha dela não sossegou enquanto não roubou a
alegria daquela noite.
No final da história, lá pelas nove e meia, quinze para as dez,
eu levantei para ir embora, e a mãe me disse:
"Pastor, o senhor me perdoa; o senhor perdoa minha filha?"
"Perdôo, irmã. Eu estou acostumado com esses ladrões de
alegria."
Mas ela me acompanhou lá fora, chorando. Foi terrível. Era
uma noite de festa, noite de satisfação. Aquela moça, porém,
roubou a alegria, roubou o direito da mãe de ser feliz.
Quem tem irmãos, deve tomar muito cuidado para não ser
uma pessoa que rouba a alegria da sua casa. Tem de respeitar as
visitas. Precisa respeitar as situações dentro de casa. Foi isso que
o irmão do filho pródigo fez. Ele tirou a alegria da casa.
Muitos fazem isso. São filhos problemáticos. Roubam a
alegria dos outros, não têm prazer e não gostam que os outros
tenham prazer. São intragáveis, carrancudos, nervosos,
chateados. Ninguém pode mexer nas coisas deles.
Precisamos aprender a viver bem. Temos de compreender
que uma vida dentro de casa tem de ser bem-vivida, com alegria,
compreensão e camaradagem.
Os pais não podem roubar a alegria dos filhos; o esposo não
pode roubar a alegria da esposa; nem a mulher, a alegria do
marido. O lar foi projetado por Deus para ser um lugar de alegria,
não de discussões, brigas e desentendimentos.
"Melhor é morar numa terra deserta do que com a mulher
rixosa e iracunda." (Provérbios 21.19.)
6.4.)
"E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira..." (Efésios
"... Alegraram-se, portanto, os
discípulos ao verem o Senhor."
(João 20.20.)
4
O DESPERDÍCIO
Certa vez, ouvi falar de um senhor que estava descontente
com seu trabalho, com sua família, com a vida de um modo geral,
e resolveu fugir de tudo. Entrou para um mosteiro onde fez voto
de silêncio. Era-lhe permitido dizer apenas duas palavras a cada
cinco anos.
Isso é ótimo! pensou. Não terei estresse, ninguém irá
incomodar-me, e tudo à minha volta é silêncio.
Lá permaneceu cinco anos sem dizer uma única palavra. Ao
final do período, seu superior o chamou e disse:
"Você tem direito a duas palavras. Gostaria de dizer alguma
coisa?"
Respondendo que sim com um gesto de cabeça, disse:
"Comida ruim!"
Passados mais cinco anos, durante os quais não pronunciou
uma única sílaba, mais uma vez seu superior o chamou e
indagou-lhe se desejava dizer alguma coisa.
Novamente, anuindo com um gesto de cabeça, disse:
"Cama dura!"
Seguiram-se ainda mais cinco anos e, como das vezes
anteriores, seu superior o chamou e perguntou-lhe se desejava
falar alguma coisa.
Desta vez, ele disse:
"Eu desisto!"
Seu superior respondeu:
"Não me surpreendo nem um pouco. Desde que você chegou
aqui a única coisa que fez foi reclamar!"
Desperdício: esse homem desperdiçou duplamente sua vida:
afastou-se do mundo e dos seus por causa da insatisfação, e no
mosteiro continuou insatisfeito. E, apesar de não falar, mostrava
sua insatisfação, tirava a paz dos outros.
O dicionário diz que pródigo é aquele que "despende com
excesso; dissipador, esbanjador".
Apesar de conhecermos só o filho mais novo como pródigo,
aquele que dissipou o dinheiro que recebera do pai e se afastara
da presença paterna, o mesmo pode ser dito do mais velho.
Ele também era um desperdiçador. Como seu irmão mais
novo, não soube aproveitar as bênçãos e a comunhão do lar
paterno. O caçula estava insatisfeito com a vida e saiu de casa; o
mais velho, no entanto, estava insatisfeito e não fez nada.
Continuou em casa - morto, perdido e frustrado.
E, como esse rapaz, muitos estão descontentes e frustrados.
Vivem a murmurar, a reclamar, as remoer os insucessos, as
injustiças, com a alma amarga e sombria.
São os ladrões de alegria. E, infelizmente, a igreja está cheia
deles. Quantas vezes, tive de consolar um irmão ferido por um
desses ladrões de alegria! Eles ferem, magoam, tiram a alegria.
Os exemplos são muitos: Alguém passa no vestibular, e vem
todo feliz contar para alguém:
"Olha, passei no vestibular!"
"Passou em quê?", o "ladrão" pergunta.
"Em pedagogia."
"Ah! Qualquer um passa em pedagogia. Eu li no jornal que
não era nem um por vaga."
Isso é terrível! Mata a alegria da pessoa. Ela estava tão feliz,
conseguira algo que sonhava há tanto tempo!
Ou então, um irmão chega todo feliz na igreja, convidando
para a sua formatura. Então, um "ladrão" pergunta:
"Você está formando em quê?"
"Direito. Vou ser um advogado, para honra do Senhor!"
"Ih! No meu serviço está 'assim' de advogado vendendo
enciclopédia, trabalhando até de auxiliar administrativo."
Ladrão de alegria! Rouba a alegria dos outros.
Quando eu comprei o meu Fiat 147, fiquei todo feliz. Ele
estava inteirinho, bonito. Eu parei na frente da igreja, satisfeito,
mostrando para os irmãos. Aí alguém chegou e disse:
"Pastor, o senhor sabe o que significa Fiat?"
"Não."
"Fui Iludido, Agora é Tarde."
Ladrão de alegria. Mas, graças a Deus, aquele carrinho me
deu muitas alegrias. Foi muito útil na construção da igreja.
Poderia escrever muito mais páginas sobre os "pródigos", os
"ladrões de alegria". Infelizmente, exemplo é o que não falta.
Todos têm uma característica em comum: perdem a bênção
de se relacionarem com as pessoas. Desperdiçam o amor, o
carinho, a paz de uma boa convivência.
Foi o que fez o irmão do filho pródigo: da mesma forma que o
seu irmão, apesar de estar junto do pai, vivia isolado, só,
insatisfeito, triste. E fazia tudo para que os outros se sentissem
assim também.
5
ALEGRIA PARA DAR E VENDER
Certa vez, li a história de um senhor, chamado de "Pápi",
que tinha falecido aos oitenta e tantos anos.
Os amigos que compareceram ao funeral vieram de vários
estados. Ele havia nascido na Geórgia, nos EUA; mudara-se para
Detroit.
Só que seu enterro não era um cerimonial típico dessas
ocasiões. Cinco minutos antes de iniciar o serviço religioso, os
parentes e amigos rodeavam o caixão e estavam realmente se
abraçando, sorrindo e até mesmo rindo alto. Parecia mais uma
celebração de uma data festiva!
Afinal, alguém percebeu o que estava acontecendo e resolveu
explicar.
"Vocês compreendem. Pápi gostaria que isto fosse assim
mesmo. E se ele pudesse, garanto como estaria em pé aqui
conosco divertindo-se a valer."
E era verdade. Pápi amava a vida. Estava sempre sorrindo. E
não se importava de desviar-se do seu caminho para ajudar
alguém. Portanto, quando seus amigos vieram cumprimentá-lo
pela última vez, trouxeram-lhe o melhor presente possível alegria.
"Todos os dias do aflito são maus, mas a alegria do coração é
banquete contínuo." (Provérbios 15.15.)
Devemos ser semeadores de alegria. Temos de "espalhar" a
alegria de Deus ao nosso redor. Para isso fomos chamados, para
falar desse maravilhoso amor que nos dá alegria, tira forças da
fraqueza, alimenta nossos sonhos.
Não podemos "fazer o jogo de Satanás", roubando a alegria
daqueles que se aproximam de nós.
Tenho procurado agir como um alimentador da alegria.
Devemos alegrar as pessoas, não deixá-las tristes.
Certa ocasião, um irmão chegou todo animado e me disse:
"Pastor, olha o carro que comprei. Não é arrumadinho?"
O carro era velho, mas estava conservado. Em vez de
enfatizar a "idade" do carro, respondi:
"Sim, irmão, seu carro está bem conservado. Vai ser bênção
na sua vida."
Ele foi embora alegre. Essa é nossa missão: encorajar as
pessoas, torná-las alegres.
Infelizmente, a maioria não age assim. A moça corta o
cabelo, a pessoa diz:
"Ih! Ficou parecendo homem!"
Uma irmã chega perto de um grupinho e diz:
"Estou fazendo regime. Já emagreci uns dois quilos!"
Então, alguém diz:
"Não parece, você está mais gorda ainda."
Não é isso que Deus quer que façamos.
Vamos enfatizar as características positivas das pessoas.
Vamos encorajar aqueles que estão perto de nós. Sejamos como
Jesus, não como Satanás.
Façamos tudo para que nossa casa seja uma casa de festas,
de alegria, de prazer.
Se alguém nos mostrar algo, e não pudermos elogiar,
fiquemos calados.
Se alguém disser que recebeu um aumento de trinta reais,
não menospreze, dizendo que ganha isso por dia. Pelo contrário,
mostre alegria, anime a pessoa a continuar trabalhando bem para
que possa ser honrada.
Não menospreze as conquistas de ninguém. Não tire a
alegria dos outros.
Deus nos chama para sermos semeadores de alegria. A
nossa missão é a mesma de Jesus:
"O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor
me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a
curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos
cativos e a pôr em liberdade os algemados;
"a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do
nosso Deus; a consolar todos os que choram
"e a pôr sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez
de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto, veste de louvor, em vez
de espírito angustiado; afim de que se chamem carvalhos de
justiça, plantados pelo Senhor para a sua glória." (Isaías 61.1-3.)
Esta é a vontade de Deus para nós: semear alegria.
Anunciemos as boas-novas aos quebrantados. Consolemos os que
choram. Coloquemos óleo de alegria em vez de pranto; louvor em
vez de um espírito angustiado.
Comecemos agora mesmo a "ter alegria para dar e vender"!
CONCLUSÃO
A alegria para nós, que conhecemos o Senhor Jesus, não é
uma opção. O nosso Deus é fonte de alegria, de regozijo. Em toda
a Bíblia encontramos orientação para nos alegrarmos.
A alegria do Senhor é a nossa força.
Se não nos apropriarmos dessa alegria que está à nossa
disposição, vamos nos enfraquecer. Ela é a nossa "vitamina".
Não podemos, de jeito nenhum, adotar a mesma postura do
filho mais velho. Isso entristece o coração do Pai.
Devemos nos alegrar com nossos irmãos. Temos de
aproveitar essa alegria que o Senhor nos dá graciosamente. Só
assim, transbordantes de alegria, podemos semear o gozo no
coração dos que sofrem.
Você não deve ser um ladrão de alegria. Deus quer que você
seja é um semeador de alegrias.
"Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as
boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz
ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reinai" (Isaías 52.7.)
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