Os circuitos de informações no território: a produção musical em

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Os circuitos de informações no território: a produção musical em Recife
Cristiano Nunes Alves
Universidade Estadual de Campinas, Brasil.
Correio eletrônico: [email protected]
Resumo.
Queremos contribuir para o entendimento das dinâmicas territoriais na metrópole atual
por meio de um estudo dos fixos e fluxos informacionais organizados para a produção e
difusão da música, constituintes do circuito sonoro da cidade de Recife-PE, trabalho de
doutorado, em estágio inicial.
Nossa abordagem do circuito sonoro compreende a topologia-tipologia do circuito de
produção fonográfica recifense, o que pode ser bastante fecundo para a problematização em
torno da territorialização das ações dos músicos e de diversos outros agentes na produção e
difusão do registro sonoro nas metrópoles em geral. Buscamos aclarar quais são as conexões
entre os circuitos informacionais descendentes, fundamentados em lógicas e normas estranhas
aos lugares, e circuitos informacionais ascendentes, fundamentados na própria organização
dos lugares.
Indagamo-nos se, nos circuitos movimentados por interesses comuns, existem
possíveis agentes de um projeto urbano que se sobreponha à fragmentação territorial
característica de nossas cidades. Trata-se de um estudo com o intuito de compreender as
condições geográficas da cidade de Recife, que permita uma busca por alternativas para
adensar a circulação de informações ascendentes.
Introdução.
Apesar de uma história marcada pela desigualdade territorial, localiza-se hoje em
Recife um dos mais importantes pólos de tecnologia da informação do Brasil, com mais de
cem empresas. A capital pernambucana também abriga um vigoroso circuito, com fixos e
fluxos geográficos organizados para a produção e difusão da música, chamado por nós de
Circuito Sonoro.
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Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3
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A dinâmica do circuito sonoro recifense implica no uso das ruas, praças, dos objetos
técnicos de informação - desde rádios até telefones celulares - estúdios fonográficos,
emissoras de rádio, satélites de informação, lojas de discos, entre outros. Sua dinâmica
engloba o registro material da produção fonográfica, as mediações cotidianas das
experiências relacionadas à música, seja na produção do registro sonoro, nos eventos
musicais, nas ações de trabalhadores culturais ou nos fluxos informacionais embutidos.
Este circuito participa do movimento de um meio urbano que tem a desigualdade
sócioterritorial entrecruzando processos. Problematizamos o tema a partir do estudo das
densidades comunicacional, técnica e informacional que, de acordo com a proposta de Milton
Santos (1997), são formas-conteúdo definidoras dos lugares. Avaliamos que o fenômeno da
esquizofonia, rompimento entre a origem e a emissão sonora (R. M. Schafer, 1977), torna a
relação entre proximidade e distância cada vez mais uma variável conduzida, produto e
produtora de esferas do cotidiano embebidas por comandos remotos de poder.
Na presente pesquisa, desenvolveremos questões suscitadas em nossos trabalhos
anteriores sobre a produção e a difusão em torno da música na cidade. Em inventário da
produção fonográfica de Campinas-SP, destacamos a concentração dos estúdios
fonográficos em bairros de classe média alta, grosso modo nos arredores do centro da
cidade, o que significa dizer que essa produção representa pequena parcela da urbe
campineira. Por outro lado, as rádios livres exprimem a demanda informacional oposta, das
periferias da cidade, demonstrando certa cisão territorial (C. N. Alves, 2008).
Indagamo-nos se, nos circuitos movimentados por interesses comuns, existem
possíveis agentes de um projeto urbano que se sobreponha à fragmentação territorial
característica de nossas cidades. A produção alternativa aos grandes meios de informação de
massa traz elementos para um estudo da densidade comunicacional de circuitos culturais, e
assim poderia dizer mais a respeito do funcionamento dos lugares.
As práticas desse meio são difusoras de uma informação ascendente que compreende
rádios livres, zines, divulgação “no boca a boca” e, inclusive, o uso de toda a rede de
transmissão de informação hegemônica para produzir e difundir aquilo que é baseado mais na
co-presença e nas demandas do cotidiano.
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Importa-nos, pois, reconhecer a arte como uma construção coletiva, que não se
abstém dos elos cooperativos em que o artista é o agente central, inserido numa ampla rede
de pessoas associadas por meio de uma complexa divisão técnica e territorial do trabalho.
Buscamos aclarar quais são as conexões entre os circuitos informacionais descendentes,
fundamentados em lógicas e normas estranhas aos lugares, e circuitos informacionais
ascendentes, fundamentados na própria organização dos lugares.
Poderiam tais pressupostos nos auxiliar no estudo da subversão dos objetos e funções
técnicas no caso da apropriação das novas tecnologias da informação por um possível
circuito informacional-comunicacional ascendente?
No intuito de refletir sobre essa questão, trazemos para a discussão, entre outros, os
estudos de E. Vicente (1996, 2001) e S. Frith (1988, 2004), que expõem a relação entre as
novas tecnologias informação e a produção fonográfica no contexto de industrialização e
intensa drenagem dos micro-circuitos da música pelas grandes empresas de informação.
Em nossa análise do circuito sonoro, destacamos o conflito e a cooperação entre
circuitos de informação ascendentes e descendentes no território. Segundo M. Santos (1994,
1997), os circuitos informacionais de cima para baixo, ou descendentes, são aqueles
baseados em demandas verticais, por vezes criadoras de espaços rígidos, logo portadoras de
lógicas e normas fundamentadas na obediência e disciplina. Estes circuitos de cima para baixo
chegam aos lugares dinamizados por uma integração funcional e um maciço sistema de
objetos técnicos, cuja função pode ou não ser subvertida. Por outro lado os circuitos
informacionais descendentes, ou de baixo para cima, se referem à parte dos lugares que
insurge com inconformismo, em ações cotidianas de interesse comum, são frutos de
demandas comunicacionais, num espaço dito banal, pois ao alcance de todos.
Daremos centralidade a difusão cotidiana da autonomia do saber, paralela e
concorrente à operação de influência no circuito sonoro, a partir dos meios de informação de
massa e de todo um aparato publicitário. Entendemos que a profundidade do contato entre os
circuitos estaria nos círculos de cooperação ascendentes. Esmiuçaremos para onde tais
círculos apontam, quais práticas criadas e mantidas, em quais situações - onde e de que
maneira – temos um eventual projeto alternativo para os circuitos sonoros da atualidade?
Qual o papel da vanguarda nas artes nesta possível resposta estético-político-econômica?
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Afirmamos a importância da compreensão do estatuto da informação-comunicação
no mundo contemporâneo (A. Mattelart, 1976; M. Sodré, 1976, 1999; A. Gorz, 2005; e R.
Ortiz, 2001), e lembramos que poucos estudos se debruçaram sobre a territorialização dos
circuitos culturais na metrópole pernambucana sob este prisma.
Acreditamos na pertinência da investigação do circuito sonoro em Recife. A situação
edificada, bem como as recentes variáveis envolvidas, demonstram a complexidade de um
circuito produtor de música, que pode ter muito a dizer sobre a cidade e a atual atribuição das
densidades informacionais-comunicacionais nos lugares.
Alinhavando nossa reflexão ponderamos, a partir de H. Lefebvre (1969), D. Harvey
(1992, 2003), M. Santos (1994, 1997, 1999) e A. Gorz (2005) que, mesmo diante da
presença maciça e hegemônica da indústria cultural, é importante a força de agregação que
contém o saber e a comunicação entre as pessoas nos lugares. A informação e a
comunicação são entes de fundamental importância no contexto urbano contemporâneo. Daí
a nossa inquietude para com as possibilidades da comunicação no período em curso.
Objetivos.
Avançar no entendimento das dinâmicas territoriais na metrópole atual por meio de
um estudo da produção e difusão da música na cidade de Recife-PE, desde os anos 1990.
Nossa abordagem compreende a topologia-tipologia do circuito de produção fonográfica
recifense e a articulação dos músicos e diversos outros agentes na produção e difusão do
registro sonoro nas metrópoles. Desse modo o estudo problematiza a geografia da cidade a
partir do estatuto informacional-comunicacional no mundo contemporâneo.
Metodologia utilizada
Segundo G. Claire (2006: 21), ao geógrafo interessa entender o circuito da música e
suas localizações, reais e ideais: “os agentes de difusão e as manifestações musicais são
objetos geográficos cartografáveis, e as práticas e comportamentos musicais (eventos,
consumo, produção) são mensuráveis e avaliáveis sob o prisma da espacialidade, em
diferentes escalas”. G. Carney (1990, 2007) e J. Romagnan (2000) destacam, ainda nesse
sentido, a pertinência do estudo da repartição e da difusão das atividades sonoras e musicais
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no território, enquanto P. Chaudoir (2003) defende o estudo da diversificação e da hierarquia
dos fatos sonoros na cidade.
Nossa proposta de trabalho prevê um esforço de sistematização no sentido de
inventariar e analisar recentes fluxos informacionais em torno do circuito sonoro recifense,
quais sejam: as ações no processo de produção fonográfica e nos eventos musicais,
instituições públicas e privadas envolvidas, os contatos dos músicos com agentes dos grandes
meios de informação, as articulação dos lugares e da rede urbana, o uso de objetos técnicos,
acionamento e apropriação de fixos, entre outros.
Um dos nossos intuitos é cartografar o circuito sonoro (seus fixos e fluxos) e mapear
as espessuras do circuito fonográfico recifense. Nos apoiaremos também nos trabalhos de, J.
Pailhé (1998), A. Brennetot (2004), Y. Raibaud (2006), e M. Pendanx (2006), cuja
“cartografia musical” parece trazer, a partir de outras realidades, interessantes elementos para
melhor expressar o nosso entendimento do circuito.
Além do levantamento de dados e revisão bibliográfica sobre o tema, nossa proposta
prevê visitas técnicas e entrevistas junto à órgãos e pessoas envolvidas com a problemática
em questão. Prevê visitas aos lugares conformados e apropriados pelo circuito sonoro
recifense: locais de eventos musicais, rádios livres, selos, estúdios de produção musical, entre
outros. Entrevistaremos músicos, divulgadores de eventos, produtores musicais, lideranças de
bairros e representantes do poder público ligados à temática.
Resultados preliminares
Composta por 94 bairros, Recife conta com 1.561.659 habitantes (2009) e integra
uma Região Metropolitana com catorze cidades. Consideráveis densidades informacionais e
comunicacionais, dão idéia da presença desse Circuito Sonoro, da espessura de sua
constituição em Recife. Hoje há na cidade cerca de 500 bandas cadastradas na Prefeitura
Municipal de Recife em 26 gêneros. Na capital pernambucana existem mais de sessenta bares
com som ao vivo e cinqüenta produtores musicais. A cidade conta com selos de gravação e
cerca de trinta estúdios fonográficos. Esse número relativamente grande de estúdios não
significa extensa gama de serviços oferecidos: a cidade carece, por exemplo, de fixos
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adequados para masterização e prensagem de discos, serviços acessados nas grandes
metrópoles do sudeste.
Vários locais são utilizados para apresentações musicais na cidade. Recentemente
destaca-se o número de apresentações gratuitas ocorridas na capital pernambucana, mais de
mil no período entre o natal de 2008 e o carnaval de 2009.
Paulo André Pires diz que o fechamento de 20 casas noturnas no Recife, em três anos
e meio, se deve ao fato de elas terem ignorado a produção pernambucana e os trabalhos
autorais, privilegiando “a festa sem conteúdo”, fato que se aplica também ao circuito FM
concessionado recifense, composto por quatro emissoras. Cabe à maior parcela das cerca de
oitenta emissoras não concessionadas, a ligação dos circuito musicais locais.
O discurso de uma cidade multicultural e democrática, “maior centro criador e
difusor cultural do país” (Sítio da Prefeitura Municipal do Recife) ganha força num período
recente, e implica o envolvimento de empresas de grande porte na promoção e/ou
organização de eventos musicais, do Banco do Nordeste às grandes empresas de telefonia,
passando também pelo poder público.
Recentemente, o governo local coordenou pelo Centro Josué de Castro o Estudo da
Cadeia Produtiva da Música na Cidade do Recife, uma análise para embasar as políticas
públicas no setor cultural. Entre as diretrizes, está a valorização das tradições locais e da
diversidade de ritmos, fato que se observa no discurso de divulgação do São João de Recife,
composto por apresentações de xaxado, xote, baião, coco-de-roda, ciranda, forró, entre
outros ritmos e gêneros musicais. Entre os agentes do circuito sonoro comenta-se que tal
discurso estratégico se deve a força dos festivais no interior do Estado no meio do ano, tais
quais o São João de Itapetim e o Festival de Inverno de Garanhuns. Vê-se uma competição
entre os lugares pelo controle das divisas das manifestações populares.
Em nosso enfoque do circuito sonoro recifense, destacamos as duas últimas décadas,
período que, em certos lugares da rede urbana brasileira, apresenta uma intensa difusão de
objetos e sistemas técnicos, sobretudo os instrumentais à circulação da informação. O
período é marcado, ainda pelo reconhecimento da cidade do Recife como uma capital
cultural, em parte devido ao surgimento e à ampla difusão do Circuito Manguebit, elemento
de destaque no adensamento dos recentes circuitos culturais em torno da música na cidade.
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Com a difusão do Circuito Sonoro, se intensificou, ainda, a ida de músicos do Recife
para o sudeste do país, continuando o afluxo característico, porém menos vultoso, do que o
ocorrido até a década de 1980. Ou seja: observa-se que, nas duas últimas décadas, aumenta
a espessura do circuito sonoro recifense, mas ele não permanece na cidade. Essa migração,
que demanda uma analise da rede urbana brasileira considerando a posição de comando
informacional das metrópoles de São Paulo e Rio de Janeiro, por um lado, pode significar
desarticulação dos circuitos locais, por outro lado, parece apontar para novas formas de
organização das práticas e das materialidades em torno do registro sonoro recifense.
Por meio desta problemática lembramos a importância de compreender o processo
de urbanização do Recife e da variável cultural. Destacamos, entre outros, os trabalhos de G.
Freyre (1942), J. Castro (1953), P. Singer (1968), M. C. Andrade (1974, 1979), M. L.
Melo (1978), T. M. Bacelar (1986), A. S. Moura (1990), E. M. Costa (1992), e R. C.
Araújo (1996). Tais obras vêm sendo importantes em nosso contato preliminar com a
temática da urbanização do Recife e servirão de base analítica para aprofundarmos a
compreensão do arranjo atual da cidade a partir do circuito sonoro.
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