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12 Dicas para encontrar a
propriedade dos seus sonhos
Terracrua - Design e Gestão de Projectos Regenerativos
12 Dicas para encontrar a
propriedade dos seus sonhos!
Procurar um terreno para iniciar o seu projecto de vida, seja para um
projecto agrícola financiado, um turismo rural ou uma quinta virada
para a auto suficiência é um processo que nem sempre é fácil ou
rápido.
Muita vezes ligamo-nos emocionalmente a um terreno sem
considerar todos os prós e contras, ou o simples desconhecimento
sobre paisagem e a pressão em querer começar um projecto
levam-nos a comprar algo por impulso que depois pode não
corresponder às expectativas e acarretar mais problemas do que
soluções.
Este tutorial pretende ajudar quem procura uma propriedade.
Nele abordam-se 12 pontos essenciais para o desenvolvimento de
um projecto em contexto de regeneração ecológica.
1 - Escolher o clima e a área
geográfica:
Hoje em dia temos acesso fácil a fotografias aéreas que nos
permitem ter uma visão alargada das propriedades. Instale o google
earth e investigue as propriedades que lhe interessam antes de as
visitar.
Quando se toma a decisão de avançar para um projecto de vida,
como por exemplo uma quinta, devemos considerar atentamente
em que área geográfica nos queremos fixar.
Diferentes objectivos depreendem diferentes zonas - se o que
pretende é muita terra a baixo custo, ou se pretende vista para o
mar, deve ponderar e planear de forma a optimizar a sua busca.
2 - Topografia:
Consoante o tipo de projecto, o facto de existir alguma inclinação a
nível de topografia pode ser uma vantagem considerável.
Se puder adquira uma propriedade com zonas planas, vales e
cumeadas, esta diversidade de paisagem vai permitir-lhe optimizar
ao máximo questões relacionadas com água e microclimas.
Usando a inclinação pode facilmente conduzir a água da chuva para
os locais de armazenamento projectados e assim mitigar as
escorrências superficiais, reduzindo desta forma o risco de
inundações.
Estude a paisagem que fica acima da sua propriedade, tente
também estudar a bacia hidrográfica onde se insere, de forma a
perceber que quantidade de água irá passar por ela na altura das
chuvas.
A área total é igualmente um factor muito importante, sendo que
menos de 1ha (10.000mts2) não permite a implementação de algo
com potencial sustentável e regenerativo.
A exposição solar deve também ser considerada, devendo fazer o
planeamento para o inverno, quando há menos sol e horas de luz.
3 - Água:
Água é vida, e sem esta não é possível desenvolver um projecto
agrícola ou agroflorestal. Por norma, um projecto regenerativo deve
ter várias fontes de água como rios, nascente, poço, nora ou em
ultimo caso, um furo. A paisagem pode ser transformada para
infiltrar, capturar e armazenar água da chuva, que mesmo num
cenário de baixa precipitação permite acumular grandes
quantidades para futura utilização.
A infiltração de água nos solos promove a hidratação da paisagem,
reduzindo a curto prazo a necessidade de rega.
Reservas de água como charcas e pequenas barragens, dispostas
pela paisagem, descentralizam os futuros sistemas de
abastecimento e reduzem custos a médio e longo prazo.
A água para beber deve ser alvo de análises laboratoriais.
A gestão da água deve ser planeada para o pior cenário de verão,
quando os rios e a paisagem secam, e para o pior cenário de
inverno, com chuvas e eventuais inundações.
4 - Acessos:
Certifique-se que o acesso que dispõe é público.
Um bom acesso é um factor indispensável.
Por norma os acessos dentro e fora da propriedade podem e devem
ser melhorados por forma a desempenharem várias funções,
incluindo a captura de água da chuva e sua condução para as
barragens ou charcas.
Estradas bem desenhadas não são alvo fácil para a erosão, e com
os ângulos certos possibilitam longa durabilidade sem manutenção
e permitem a regeneração do coberto vegetal nas restantes áreas,
pois evita-se a circulação aleatória.
5 - Vegetação e vida silvestre:
Se a propriedade tiver floresta autóctone é uma mais valia e meio
caminho andado para a regeneração do coberto vegetal.
Se tiver alguma espécie “invasiva” como o eucalipto, a acácia, etc.,
estas podem ser utilizadas na criação de solo através da utilização
da biomassa florestal existente. Matos como giesta, esteva e
aroeira podem ser convertidos em agrofloresta.
Quanto mais coberto vegetal existir, melhor, por todos os motivos.
Deve ser feito um levantamento de todas as espécies e indivíduos
antes de se proceder a trabalhos no terreno.
É de evitar terrenos isolados entre monoculturas de eucaliptos ou
pinheiros, pelo perigo de incêndios que apresentam.
Se pretende criar floresta para o futuro convém adquirir uma boa
área de terreno, com um mínimo de 5ha (50.000mts2).
6 - Ruínas e estruturas
existentes:
Para facilitar a construção de casa convém escolher uma
propriedade que tenha uma ou mais ruínas. Estas podem ser
reconstruídas e por vezes ampliadas.
Muitas vezes as ruinas de hoje foram, por exemplo, currais de
animais no passado, antes da desanexação da propriedade.
Num passado recente as pessoas tinham diferentes rotinas e as
casas eram essencialmente dormitórios, sem grande necessidade
de conforto.
Nestes cenários por vezes encontramos ruinas com má localização
e exposição solar, e não devemos tomar por garantido que o local
seja o mais adequado à habitação.
7 - Vizinhança e historial da
propriedade:
É importante perceber o que se faz perto da propriedade que lhe
despertou o interesse. Industria, agricultura de escala e outras
actividades podem ter um impacto negativo na qualidade do ar e
água de toda uma região.
Estar rodeado de agricultura convencional de escala quando se quer
produzir em modo de produção biológico pode ser um problema, até
ao nível da certificação. A poluição resultante dos agro-tóxicos
podem ser um factor determinante na qualidade do que
produzimos.
Investigue o que se tem feito na propriedade e nos arredores,
analise a água que tem disponível, e deixe-se inspirar pela
experiência dos seus vizinhos a nível de árvores de fruto, hortas,
sebes, etc.
Em Permacultura aprendemos com os sucessos e erros históricos
na gestão da paisagem.
8 - Historial e potencial para
catástrofes:
É importante perceber o que tem acontecido a nível de catástrofes
naturais e humanas na propriedade e arredores.
Inundações, incêndios, deslizamentos, seca agravada, terremotos,
tsunamis, todos estes eventos deixam marcas no terreno e são de
evitar.
Investigue, pergunte aos vizinhos, estude a paisagem e evite zonas
sensíveis.
Existem sites onde se podem encontrar facilmente mapas de risco,
nomeadamente de incêndios florestais.
Prefira zonas de meia encosta, ao invés de vales profundos ou
cumeadas secas. Escolha uma propriedade que esteja distribuida
de forma equilibrada evitando terrenos muito acidentados.
9 - Limitações:
Existem vários mecanismos que visam o ordenamento do território,
mas também de protecção do solo e da biodiversidade, como o
REN, o RAN e o PDM.
Informe-se na Câmara Municipal da zona onde pretende adquirir
terreno. Muitas autarquias já disponibilizam serviços SIG onde pode
localizar a “sua” propriedade e perceber as limitações.
Informe-se essencialmente sobre:
A RAN (Reserva Agrícola Nacional) e a REN (Reserva
Ecológica Nacional) - pretendem definir princípios de
salvaguarda e de valorização dos recursos naturais, dos
ecossistemas e da paisagem, e conjugá-los com as
dinâmicas do povoamento e localização das actividades
económicas fora dos perímetros urbanos.
PDM, Plano Director Municipal, tem por objectivo
estabelecer as regras a que deve obedecer a ocupação, uso
e transformação do território municipal, e definir as normas
gerais de gestão urbanística;
Áreas protegidas: Parque Nacional, Parque Natural,
Reserva Natural, Monumento Natural, Paisagem Protegida
e Sítio de Interesse Biológico;
Depois de comprar a
propriedade, observe e planeie!
10 - Marcação das extremas:
Ao negociar a compra da propriedade, assegure-se que as extremas
(limites da propriedade) estão marcadas com marcos em betão ou
pedra. Se ainda não estão marcadas, insista para que o
vendedor/mediador o faça antes da assinatura do contrato.
11 - Levantamento topográfico:
Nenhum estudo sério pode ser feito sem um levantamento
topográfico. A escala pretendida é no mínimo de 1:500, e as curvas
de nível no mínimo de ½ em ½ mt. Existem muitas empresas que se
dedicam a mapear terras, desde topógrafos a drones não tripulados.
Peça vários orçamentos para ter um bom serviço e preço.
12 - Planeie:
Cometa os erros no papel ao invés de os fazer no terreno.
Se não tem conhecimentos para planear, consulte um dos vários
designers dísponiveis em Portugal, aventure-se num PDC (Curso de
Design de Permacultura), ou estude através de livros ou vídeos.
Existe um mundo de informação disponível para que aprendamos
com os erros do passado e com as circunstâncias presentes e do
futuro.
Conte conosco no
desenvolvimento da sua ideia:
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Prospecção de terrenos
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Análise de potencial de propriedades
Valorização de propriedades
Topografia e mapeamento
Planeamento estratégico ecológico
Implementação e suporte técnico
Controlo de erosão e florestação
Hidratação da paisagem
Design de jardins e hortas
Jardinagem & Paisagismo
Design de Permacultura
Consulturia Feng Shui (brevemente)
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Terracrua/Paisagem Prometida Unipessoal, Lda
289 416 143 - [email protected]
Rua Egas Moniz 12 - 8100 694 Loulé - Portugal - NIPC 513 559 493
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