UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO Curso: Administração – 1º e 2º períodos Módulo: Ambiente Empresarial e Filosofia da Administração Unidade: Filosofia II Data: 29/10/2012 Profº: Wesley Fajardo Pereira Aula-Atividade Objetivo: Provocar a reflexão sobre a lógica do capital a partir do surgimento das novas tecnologias no trabalho, a fim de identificar a percepção dos discentes sobre o problema. Orientações Em grupos de até 05 alunos, efetuem a seguinte atividade: Leiam os textos 1 e 2, indicados abaixo. Texto 1 “Cada homem especula sobre a criação de uma nova necessidade no outro a fim de obrigá-lo a um novo sacrifício, colocá-lo sob nova dependência, e induzi-lo a um novo tipo de prazer e, em conseqüência, à ruína econômica. Todos procuram estabelecer um poder estranho sobre os outros, para com isso encontrar a satisfação de suas próprias necessidades egoístas. Com a massa de objetos, por conseguinte, cresce também o reino de entidades estranhas a que o homem se vê submetido. Cada novo produto é uma nova potencialidade de mútua fraude e roubo. O homem torna-se cada vez mais pobre como homem; ele tem necessidade crescente de dinheiro para poder apossar-se do ser hostil. O poder de seu dinheiro diminui na razão direta do aumento do volume da produção, i. é, sua necessidade cresce com o poder crescente do dinheiro. A necessidade de dinheiro é, pois, a necessidade real criada pela economia moderna, e a única necessidade por esta criada. A quantidade de dinheiro torna-se cada vez mais sua única qualidade importante. Assim como ele reduz toda entidade a sua abstração, também se reduz a si mesmo, em seu próprio desenvolvimento, a uma entidade quantitativa. Excesso e imoderação passam a ser seu verdadeiro padrão. Isso é demonstrado subjetivamente, em parte pelo fato de a expansão da produção e das necessidades tornar-se uma subserviência engenhosa e sempre calculista a apetites desumanos, depravados, antinaturais e imaginários. A propriedade privada não sabe como transformar a necessidade bruta em necessidade humana; seu idealismo é fantasia, capricho e ilusão”. (MARX, K. Manuscritos Econômicos e Filóficos. In: Os pensadores. São Paulo: Abril, 1978, p. 16) Texto 2 “Se o princípio econômico dominante é o de que produzamos cada vez mais, o consumidor deve estar preparado para querer – isto é, para consumir – cada vez mais. A indústria não depende dos desejos espontâneos do consumidor de quantidade cada vez maior de mercadorias. Fabricado para cair em desuso, elas muitas vezes o forçam a comprar coisas novas quando as velhas poderiam durar muito mais. Através de mudanças no estilo de produtos, vestidos, bens duráveis, e até mesmo alimentos, ela o obriga, psicologicamente, a comprar mais do que poderia necessitar ou querer. Mas a indústria, em sua necessidade de produção aumentada, não depende das necessidades e desejos do consumidor, dependendo, consideravelmente da publicidade, que é a mais importante ofensiva contra o direito do consumidor de saber o que quer”. (FROM, Erich. A revolução da esperança: por uma teconolgia humana. Rio de Janeiro: Zahar. 1981, p. 53-54) Referência bibliográfica. FROM, Erich. A revolução da esperança: por uma teconolgia humana. Rio de Janeiro: Zahar. 1981 MARX, K. Manuscritos econômicos e filóficos. In: Os pensadores. São Paulo: Abril, 1978 Depois de ler os trechos em destaque respondam: a. Quais os pontos em comum que você destacaria nos dois textos sobre o capital, a mercadoria, as necessidades e a desumanização do homem? b. No primeiro texto, o que Marx quis dizer quando comenta que “o homem torna-se cada vez mais pobre como homem; ele tem necessidade crescente de dinheiro para poder apossar-se do ser hostil”? c. Quais relações você estabeleceria entre o tema apresentado nos dois textos e a teleaula? Cite-as e explique-as. Instruções de envio: Esta atividade deve ser desenvolvida em grupos de, 03 a 05 alunos, e enviada por apenas um aluno do grupo no campo “AT - Filosofia, experiência e o capital 2” no formato Word. Utilize o modelo de folha de resposta, disponível no bloco inicial do Moodle. Esta é uma atividade de caráter presencial e em grupo. O grupo deve ser composto somente por alunos presentes no polo na data da teleaula.