Caroline Almeida - BVS MS

Propaganda
Avaliação da produção de medicamentos
quimioterápicos manipulados na central de
quimioterapia do Hospital do Câncer III
(1)
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Nogueira, T.A. ; Almeida, C.A. ; Ramos, F.M.S. & Muniz, C.H.B.
(1) Faculdade de Farmácia - Universidade Federal Fluminense - Curso de Residência em Farmácia Hospitalar - Niterói (RJ)
e-mail: [email protected]
(2) Instituto Nacional de Câncer (INCA) – Hospital do Câncer III (HCIII) - Farmácia - Rio de Janeiro (RJ)
e-mail: [email protected]
Palavras-chave: farmacêutico, serviço de quimioterapia, medicamentos quimioterápicos
RESUMO
Análise quantitativa de atendimentos e medicamentos quimioterápicos manipulados na farmácia do Hospital do Câncer III (HCIII), unidade de câncer de mama do Instituto Nacional do Câncer
(INCA), extratificando dois protocolos clínicos, a associação entre fluorouracil, doxorrubicina e ciclifosfamida (FAC) e o docetaxel (TXT), e comparando as quantidades desses medicamentos
manipulados no ano de 2008 e 2009.
INTRODUÇÃO
Pela Estimativa/2008 do INCA, o número de novos casos de câncer de mama no Brasil em 2008 seria de 49.400, sendo que 7.680 estariam localizados no estado do Rio de Janeiro [1]. Já a
Estimativa/2010, do mesmo Instituto, prevê para o ano de 2010, a ocorrência de 49.240 novos casos de Câncer de mama feminino, onde 7.470 deles no Rio de Janeiro [2]. Atualmente as terapias
propostas para o tratamento e controle desta doença têm grande diversidade devido ao seu aumento crescente. Estas terapias podem ser descritas, como cirurgia, radioterapia e quimioterapia,
aplicadas isoladamente ou combinadas. A quimioterapia pode ser implementada com o uso de vários medicamentos, como antraciclinas, taxanos, vinorelbine, capecitabina, gencitabina,
ciclofosfamida, metrotexato e cisplatina. Alguns desses medicamentos são padronizados em protocolos clínicos no HCIII.
OBJETIVO
Comparar quantitativamente a manipulação de medicamentos quimioterápicos do Hospital do Câncer III nos anos de 2008 e 2009 e analisar possíveis mudanças.
METODOLOGIA
Estudo retrospectivo dos indicadores de rastreabilidade do setor de manipulação de quimioterapia. Tais indicadores forneceram especificamente o número de atendimentos realizados e de
medicamentos manipulados, bem como a extratificação por protocolos clínicos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir da análise foram observados os seguintes dados: 8005 atendimentos com 18467 medicamentos manipulados em 2008 e 8554 atendimentos, aumento de 549, com 18524 medicamentos
manipulados, aumento de 57, em 2009, como destacado pela figura 1.
Comparação de Atendimentos e Medicamentos
Manipulados nos anos de 2008 e 2009
20000
15000
Quantidade 10000
5000
0
2009
Anos
Atendimentos
Medicamentos Manipulados
Figura 1: Gráfico comparativo entre atendimentos e medicamentos manipulados nos anos de 2008 e 2009
Assim, é possível concluir que não ocorreu um aumento linear entre o número de atendimentos e medicamentos manipulados. Em 2008 ocorreu uma maior manipulação de FAC com 4121
atendimentos e 1181 manipulações de TXT. Em 2009, o perfil se altera para 2980 atendimentos com FAC e 2395 atendimentos com TXT. A mudança no padrão de atendimento pode ser
evidenciada pela figura 2, onde nitidamente se constata uma diminuição de manipulações de FAC e aumento de TXT.
Comparação entre protocolos utilizados nos
anos de 2008 e 2009
4500
4000
3500
3000
Quantidade de 2500
manipulações 2000
1500
1000
500
0
FAC
TXT
2008
2009
Anos
Figura 2: Gráfico comparativo entre o número de atendimentos separados por protocolos institucionais nos anos de 2008 e 2009
Esse fato pode ser explicado por uma alteração no protocolo da quimioterapia do câncer de mama na unidade. Os números de ciclos de FAC foram reduzidos e passaram a ser seguido por ciclos de
TXT. Tal mudança impacta diretamente a produção frente que o manipulador produzirá menor quantidade de medicamentos manipulados, já que o FAC é composto por 3 drogas diferentes e o TXT
é uma monodroga. A manipulação do TXT sob ótica do manipulador é preferível, visto menor tempo de preparo em comparação com o FAC e menor desgaste físico, com diminuição do número de
ações realizadas.
CONCLUSÃO
O aumento do número de atendimentos não seguido do aumento do número de manipulações ocorreu por uma mudança de protocolo no tratamento do câncer de mama da unidade, onde em um
determinado momento as pacientes tratadas com FAC iniciam a segunda etapa com os ciclos de TXT. Esse fato gera uma redução no número de manipulações em função do TXT ser uma
monodroga e o FAC ser composto por três drogas, fluorouracil, doxorrubicina e ciclifosfamida.
REFERÊNCIAS
[1] BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Estimativa/2008: Incidência de Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2007; pg. 39, 40.
[2] BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Estimativa/2010: Incidência de Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2009; pg. 29, 41, 70.
Projeto Gráfico: Serviço de Edição e Informação Técnico-Científica / CEDC / INCA
2008
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