ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I Versão Online 2009 O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE Produção Didático-Pedagógica MUDANÇAS CLIMÁTICAS – CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS João Luiz Rodrigues SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL IDENTIFICAÇÃO: - Professor: João Luiz Rodrigues, e-mail: [email protected]. [email protected] - NRE: Maringá - Município: Maringá - Estabelecimento: Instituto de Educação Estadual de Maringá - Ensino Fundamental e médio - Orientação: Elpídio Serra - IES: Universidade Estadual de Maringá - Disciplinas: geografia e ciências – ensino fundamental e médio - Relação interdisciplinar: história – filosofia - sociologia - Conteúdo estruturante: Dimensão Socioambiental do espaço geográfico - Conteúdo específico: A climatologia e os problemas ambientais rurais e urbanos - Assunto delimitado: O senso crítico sobre os fenômenos climáticos TEMA DE ESTUDO: A questão climática e a postura crítica no discurso geográfico. TÍTULO: Mudanças climáticas – causas e conseqüências sociais. 2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS O tema, o assunto estruturante e os conteúdos tratados aqui, são de uma forma direcionada para professores que atuam nas áreas física e ambiental, principalmente. Quanto ao aspecto metodológico, assume diversos vieses, uma vez que trata da linguagem midiática, da linguagem imagética, da linguagem dialética, as quais se estruturam através de uma linguagem ambiental, e principalmente em uma linguagem pedagogicamente no sentido educacional crítico. Sendo assim, esta unidade busca um parâmetro no tratamento dos conceitos atinentes às formas de ver, de analisar, de sentir, de pensar, de refletir sobre as ações e os fatos a serem considerados da vida humana no espaço terrestre. Em seguida, após o desvelamento de conceitos, ou mesmo preconceitos por parte de educadores e educando, passamos para a significação conceitual e preconceitual a respeito das questões ambientais, mais precisamente nos termos climáticos, a que se propõe esta pesquisa. Mas não para por aqui. E nem poderia parar, pois tratamos de uma educação que vai além de conceitos e significados. Porque vai além? De primeira mão, porque a educação básica se destina à formação da cidadania. Sabemos que enquanto mais acesso ao conhecimento tem a pessoa, mais cidadania também possui. Ao transportar a informação para o conhecimento, torna-se sabedora do que assimila nesse processo. E, por ser sabedora incorpora tais conhecimentos em atitudes, em ações ao se integrar numa vida coletiva. Mas se não consegue integrá-los em sua coletividade é por as informações se perderam ao longínquo do acaso. E vai além justamente porque como educadores trabalhamos com o passado, o presente e o futuro. Partindo de um conhecimento préelaborado do estudante para dialogicamente reconhecer os significados dos conceitos, tem de ter a noção de que num futuro esse mesmo estudante poderá reelaborar 3 suas idéias a partir de necessidades lógicas em sua vida. E então chegamos ao momento da ressignificação. E nesse momento pode ser que tenha de tomar decisões tão importantes como sempre, já mais experiente, com conhecimentos específicos na sua profissão, com participações na sua vida social e certamente tomará como base os conhecimentos que tenha adquirido no momento de sua formação básica e sistêmica na sua vida estudantil. No caso específico da Geografia, em todas as situações de estudo partimos do objeto e seus objetivos de um estudo como ciência. Para Milton Santos, tratando da metodologia científica, “a produção do espaço” é o objeto de estudo da geografia. Os objetivos são os mais diversos que se aglutinam na convergência para com o seu objeto. . I – AS ESFERAS TERRESTRES Antes de qualquer estudo de que se trata a Geografia, temos a noção de que seu estudo se refere ao planeta Terra. Como vemos na figura a seguir, 4 Biosfera / Ecosfera para melhor estudar esse planeta, foram classificados os conhecimentos em categorias, as quais chamam de esferas. Cada uma delas com suas formações materiais de acordo suas as substâncias integralizantes. Litosfera, hidrosfera e atmosfera em um processo sincrônico que formam as condições para a vida orgânica. E sendo assim surgem uma quarta esfera: a biosfera ou ecosfera, ou seja, a que trata da condição dos seres que possuem organismo. 1.1 – LITOSFERA É uma palavra que vem do grego "lithos" = pedra. É a camada sólida que forma o nosso planeta e é constituída por rochas e solo. Como é a parte que pisamos nela, a denominamos também de crosta terrestre. É um dos três grandes ambientes físicos da Terra. Cientificamente falando, essa esfera não é todo o globo terrestre. É apenas a parte superficial, pois é composta de minerais desde o topo dos mais altos picos, montes e montanhas até as mais profundas fossas marinhas. Não é o nosso objetivo de estudo neste momento, portanto passamos para a próxima esfera. 1.2 – HIDROSFERA É a esfera de todas as águas do planeta, com um termo que também vem do grego “hidro + esfera” = esfera da água. Compreendem todos os rios, lagos, lagoas, mares e todas as águas subterrâneas, inclusive as águas glaciais (blocos de gelo que ficam nas calotas polares) e todos os vapores de água que se dispersam pelo ambiente terrestre. Também é um grande ambiente físico da Terra e que também sem ele não teríamos a esfera da vida, pois ela juntamente com a atmosfera forma as condições de vida orgânica no planeta. 1.3 – ATMOSFERA Atmosfera é uma camada de gases que envolvem o grande corpo terrestre e todos os corpos determinados por uma quantidade de material com 5 massa suficiente para o seu tamanho ou dimensão. Esses gases são atraídos pela gravidade do grande corpo e são retidos por um longo período de tempo se a gravidade for alta e a temperatura da atmosfera for baixa. O nosso planeta possui o equilíbrio certo através da temperatura que contém e da velocidade dos seus movimentos, para que existam seres vivos. Alguns planetas possuem mais quantidades de gases que o necessário, por isso não existem vida orgânica como o nosso; são os chamados planetas gasosos. Esta esfera, portanto, será a nossa concentração neste trabalho. Mas para facilitar os estudos, também foi dividido em tópicos, como veremos mais a seguir. (Fonte: http://esferasterrestres.blogspot.com/ (05/04/2010, 23h50min) Os principais tópicos de estudo da Atmosfera, são: Química atmosférica, Metereologia, Hidrometereologia, Paleoclimatologia e a Climatologia. Vamos ter uma visão geral sobre cada um deles. a) Química atmosférica. É a parte que estuda vários componentes químicos que ficam em suspensão no ar atmosférico, e são esses componentes que vão dar origem aos vários fenômenos atmosféricos como a chuva, o vento, a geada, a neve. Não vamos confundir fenômenos atmosféricos com fenômenos climáticos. Estes, vamos estudar logo em seguida. Mas é aqui que se estudam os vários componentes químicos poluidores que são: o dióxido de enxofre, o dióxido de carbono, o metano, o chumbo e alguns ácidos como o sulfúrico. O dióxido de carbono, por exemplo, é o principal componente químico e que é o mais conhecido e está provocando o conhecido efeito estufa ou aquecimento global, que veremos logo a seguir quando estudarmos os fenômenos. 6 b) Meteorologia. Também chamada de ciência atmosférica, pois investiga os diversos fenômenos da atmosfera terrestre. Meteoro significa aquilo que está elevado ou contido na atmosfera, por isso deu origem a palavra meteorologia. Uma de suas principais pesquisas científicas diz respeito a previsão do tempo, ou previsão de fenômenos atmosféricos que ocorrerão em um período futuro de até 15 dias. Além disso, procura determinar a tendência climática do próximo ano, da próxima estação com combinações de temperatura, unidade do solo, precipitação e outros, para verificar se estará acima, abaixo ou próximo da quantidade esperada. Dessa forma podemos saber das previsões de tempestades, ventanias, chuvas, granizo, enchentes. Mas é necessário que tenhamos o conhecimento de como obter o equilibrio necessario para enfrentar esses fenomenos . Nas grandes cidades por exemplo, há construções em locais complicados, há concentração de poluição, ocasionando grande vulnerabilidade aos riscos ambientais. Fica por nossa conta o entendimento dos conceitos e os significados dessas condições para que tenhamos uma vida o mais equilibrado possivel em nosso ambiente. c) Hidrometeorologia. É o ramo das ciência atmosférica (meterologia) e da hidrologia que estuda a transferência de água e de energia entre a litosfera e a atmosfera. Entre os seus principais objetos de estudo, podemos citar: o ciclo da água, a dinâmica da umidade, as circulações atmosféricas, os campos de precipitação, estatísticas numéricas de precipitações (chuva, neve, granizo, geada, etc), chuvas e vazão de água, enchentes e inundações, dentre outros. Atualmente esse estudo tem dado atenção especial às condições superficiais das áreas urbanizadas onde o impacto das tempestades severas tem provocado consideráveis perdas materiais e humanas. 7 d) Paleoclimatologia. É o estudo das variações climáticas desde a origem da história da terra. Por isso, são estudados vestígios naturais que podem ajudar a determinar o clima em épocas passadas, pois os estudos com a ajuda de instrumentos, como temos hoje em dia, datam de 100 ou 200 anos apenas. O clima vem mudando significativamente nos últimos tempos, graças a diversos fatores naturais. Por caus dessas mdanças ao longo do tempo, se faz necessário estudos sobre os fatores dessas mudanças com base em um contexto mais amplo de como e onde essas mudanças mais acontecem. Essas informações podem nos dar não só uma amostra de mudanças, mas também de como o clima se comporta. Além disso nos dá uma idéia na diferença daquilo que é uma mudança natural e daquilo que é uma mudança causada pela ação humana no clima. e) Climatologia. Esta é o estudo proposto neste projeto. Este é um ramo da ciência que é estudado tanto pela geografia quanto pela meteorologia. No nosso ensino básico é estudada nas disciplinas de Ciências, Física e Geografia. A análise dos fatos climatológicos é o fundamento básico da climatologia geográfica, pois tenta explicar os processos naturais que causam infrluências nas ocupações humanas. Os estudos climáticos estão atraindo a atenção da população em geral, tendo em vista o temor e a anciosidade. Por isso também acaba por receber estudos dirigidos e gestões de políticas ambientais. São estudos atrelados a problemas como o da água, o da contaminação, do desmatamento dentre muitos outros. O clima é um resultado complexo de diversas variáveis definidas a partir de fatores climatológicos. A climatologia é um ramo da Geografia estudado em todas as partes do mundo. Não esqueçamos que a Meteorologia estuda mais diretamente o tempo, fenômenos atmosféricos, enquanto a Climatologia estuda mais o clima, fenômenos climáticos. 8 Para o geógrafo, portanto, interessa os 10 quilômetros, aproximadamente à superficie terrestre, ou seja, a Troposfera, que é a camada mais superficial da atmosfera, camada essa que sofre influência mais direta da litosfera com a hidrosfera, se tornando de grande interesse para as populações humanas. 1.4 – BIOSFERA OU ECOSFERA Antes de passarmos aos conceitos de tempo e clima, vamos entender que esta é a camada da vida. É uma finíssima camada situada entre o topo da litosfera e a atmosfera. Sua parte mais espessa fica em torno de 15 quilômetros. É aí que aparecem os efeitos dos processos das demais esferas. A água por exemplo, é encontrada na biosfera nos 3 estados, sólido, líquido e gasoso. Esse encontro entre as esferas permite o aparecimento, o desenvolvimento e a manutenção da vida. A matéria viva, inclusive a esécie humana, interage na ecosfera com a matéria inanimada. ATIVIDADE 1 a) O que são as esferas terrestres? Qual a relação da Biosfera com as demais esferas? Comente. b) Como o estudo do clima se concentra nos acontecimentos atmosféricos, dividimos em química atmosférica, metereologia, hidrometereologia, paleoclimatologia e climatologia. Qual a importância desses temas no estudo do clima? Justifique-os. II – TEMPO E CLIMA 9 2.1) Diferenças entre clima e tempo. O tempo meteorológico é o tempo atual ou tempo a ser previsto pelos meteorologistas, que se estende no máximo a 15 dias. O clima é o conjunto de estados do tempo metereológico que caracterizam o meio ambiente da atmosfera em uma determinada região ao longo do ano. Para uma definição mais clara, é preciso considerar um subconjunto dos possiveis estados atmosféricos, através da análise de uma longa série de dados ambientais, ou seja, um período de dezenas de anos. É recomendado no mínimo 30 anos para uma análise climática. Até o século passado, por exemplo, alguns acontecimentos climáticos não eram tão frequentes como agora, pelo menos em algumas regiões da terra, e até mesmo as previsões mudam suas características de acordo com a concentração de poluentes na atmosfera ou mesmo na superficie litosférica. Alguns termos são adotados, como mudança do clima, alterações climáticas ou mudanças climáticas. Termos esses que se referem à variação do clima em escala global ou regional da Terra ao longo do tempo. Estas variações dizem respeito a mudanças de temperatura, precipitação, nebulosidade e outros fenômenos climáticos e atmosféricos em realçao às médias históricas. Nessas variações podem estar em causa mudanças no estado médio da atmosfera em escalas de tempo que vão de décadas até milhões de anos. Essas alterações podem ser causadas por processos internos da atmosfera, por forças externas, ou mais recentemente pelo resultado da atividade humana. Portanto, a mudança climática pode ser tanto por efeitos de processos naturais, como decorrente da ação antrópica, e, para isso, deve-se ter em mente que tipo de mudança climática está em curso. 2.2) Causas de mudança climática. a) Causas naturais externas: a mudança do clima pode acontecer de forma natural, como causas de origem externa, de fora do planeta, bem como origem terrestre. Dentre as causas com origem externa, podemos citar aquelas 10 com origens solares, que vão desde a variação da energia solar que chega na terra até a variação da própria órbita terrestre. O ciclo solar é um exemplo: é a variação de intensidade do vento solar e do campo magnético solar que dura em média 11 anos com mudança no ritmo das erupções e da movimentação das estruturas magnéticas em direção aos pólos solares. Variação orbital é outro exemplo: aumento ou diminuição das radiações solares devido as variações no movimento da Terra em realção ao sol. Isso acontece periodicamente, fazendo com que a radiação solar chegue de forma diferente em cada hemisfério terrestre de tempos em tempos, e provoca as variações glaciares que são períodos de longos verões e longos invernos. Outro, é o impacto de meteoritos: são eventos raros, mas podem modificar o clima na terra com impactos de grandes proporções na biosfera, pois detritos que são arremessados no espaço e entram na órbita da terra, causando incêndios e a liberação de grandes quantidades de gás carbônico aumentando o efeito estufa e a quantidade de chuva ácida. b) Causas naturais internas: são as mais variadas, podemos citar algumas, como a deriva dos continentes, aproximando ou afastando-se dos pólos, com a movimentação das placas tectônicas podendo provocar distúrbios na atmosfera. Outra causa, através do el niño e la niña, mudanças na temperatura da água de partes do Oceano Pacífico, influenciando a intensidade dos ventos alísios que forçam o deslocamento de massas de água quente e de massas de ar de forma diferente dos registros normais das médias. Outra, o esfriamento global e glaciações: provocam mudanças no relevo continental e no nível do mar. Quando a temperatura global diminui, aumenta as geleiras nos pólos, rebaixando o nível dos oceanos, aumentando os continentes. Ao contrário acontece com os períodos interglaciais em que a tempertarua aumenta. 11 Outro exemplo é o vulcanismo: a grande quantidade de pó vulcânico prenderia a radiação terrestre, aumentanto a temperatura superficial. c) Causas antropogênicas: a emissão de gases do efeito estufa é uma causa que acontece com excesso de gases como o carbônico, aumentando a temperatura, retendo mais calor. Outra causa é o escurecimento global: redução da quantidade de radiação direta global na superfície terrestre, principalmente após 1950, com possiveis causas no aumento de aerossóis atmosféricos, como o carbono negro com origem da ação humana, interferindo com o ciclo hidrológico pela redução da evaporação. A combustão incompleta de combustíveis fósseis como o diesel ou da madeira, libera carbono negro para a atmosfera, se concentrando como poluição do ar em alturas superriores a 2000 metros. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncias_da_Terra (06/04/2010, 01:50hs). Atividade 2 a) Diferenciar tempo e clima. b) Até que ponto o clima pode influenciar na economia globar e local? c) As causas de mudança climática podem ser naturais e pelas ações humanas. Explicar como acontecem as causas: - naturais externas; - naturais internas; - antropongênicas (ações humanas). III – ATRIBUTOS CLIMÁTICOS (ELEMENTOS DO CLIMA) São os elementos básicos que servem para definir o tipo climático de uma determinada região. São os componentes do clima; os elementos que formam o clima. 12 3.1) Umidade do ar: quantidade vapor de água presente na atmosfera, varia de um lugar para outro e até em um mesmo lugar, dependendo do dia, do mês ou da estação do ano. São dois tipos: a) umidade absoluta do ar: medida em g/m³, é a quantidade total em gramas de vapor de água que a atmosfera consegue reter. b) umidade relativa do ar: é obtida através da relação entre a umidade absoluta e o ponto de saturação (a quantidade máxima de vapor de água que o ar consegue reter), em determinado local e momento. Ela é expressa em porcentagem (%). Quando na atmosfera a umidade atinge ao ponto de saturação (100%), libera água que cai sobre o solo em forma de chuva, neve ou granizo: são as precipitações. Por exemplo, quando o ar chega a 60% de umidade relativa quer dizer que faltam 40% para atingir o ponto de saturação e começar a precipitar (chover). 3.2) Pressão Atmosférica: é a força provocada pelo peso do ar sobre a superfície terrestre. Quando a temperatura é mais baixa, a pressão atmosférica é maior, pois as moléculas de ar estão mais concentradas. Nas regiões mais elevadas, de menor temperatura também há menor concentração de moléculas, causando menor pressão também. 3.3) Temperatura: medida em graus Celsius (°C), registra o calor da atmosfera de um lugar, cuja variação depende da sua localização e da circulação atmosférica. Essa temperatura é vinda dos raios do sol que são filtrados parcialmente pela atmosfera; parte dessa temperatura chega até a superfície terrestre, aquece-a, e então será refletida para o alto e vai aquecer a atmosfera como um todo. IV – FATORES CLIMÁTICOS São os elementos naturais e humanos capazes de influenciar as características ou a dinâmica de um ou mais tipos de climas. Para que sejam compreendidos, precisam ser estudados de forma interdisciplinar pois um interfere no outro. 13 4.1) Latitude: é a distância em graus entre um local até a linha do equador. Como a Terra é esférica, os raios do sol batem de maneira vertical (direta) de trópico a trópico no planeta; nessa faixa fica mais calor. Enquanto mais nos afastamos do equador, menor a incidência dos raios, menor a temperatura. 4.2) Altitude: medida em metros de um determinado ponto do relevo até o nivel do mar. Altura com referência ao nivel do mar. Como a temperatura do ar é refletida pelo aquecimento da superfície, quanto maior a altitude, menor a temperatura. 4.3) Maritimidade: é a influência do clima na proximidade de um local com o mar, com menor amplitude térmica que o fator continentalidade. 4.4) Continentalidade: a distância de um local em relação ao mar, permitindo ser mais influenciado pelas condições climáticas vindas do próprio continente. Maior amplitude com relação a maritimidade. 4.5) Massas de ar: parte da atmosfera que apresenta as mesmas características físicas (temperatura, pressão, umidade e direção), derivadas do tempo em que ficou sobre uma determinada área da superfície terrestre, liquida ou sólida. Quanto mais tempo ficam estacionadas na sua formação, com mais densidade suas características se apresentam. 4.6) Correntes Maritimas: grande massa de água que apresenta as mesmas características físicas (temperatura, salinidade, cor, direção, densidade) e pode acumular uma grande quantidade de calor e, assim, influenciar as massas de ar que se lhe sobrepõem, alterando o clima local. 4.7) Relevo: presença e interferência de montanhas e depressões nos movimentos das massas de ar, facilitando ou dificultando a ciarculação das massas de ar. Além disso está associado à altitude que também é um fator climático. 4.8) Vegetação: emite determinadas quantias de vapor de água, influenciando o ciclo hidrológico de uma região. Os diferentes tipos de 14 cobertura vegetal apresentam grande variação de densidade, influenciando diretamente a absorção e irradiação de calor e de umidade do ar. 4.9) Urbanização: A presença de grandes cidades (metrópole ou megalópoles) com extensas áreas ocupadas, as quais modificam muito a paisagem natural, com grandes e diversas construções, influenciando nas massas de ar locais e mesmo na irradiação solar. Observação sobre o fator humano: A história da Terra registra grandes alterações climáticas, antes mesmo da presença humana. A condição para o desenvolvimento da vida nas terras emersas do planeta dependeu de modificações na composição química da atmosfera. Mas estas mudanças ocorreram em grandes espaços de tempo. A sociedade de consumo baseada no aumento da produção e oferta de bens, é outra conseqüência da civilização industrial. O automóvel, por exemplo, foi a face mais visível dos valores sociais, hoje é o principal poluidor da atmosfera. Outra questão é a depredação dos recursos naturais, o desmatamento, deterioração de rios, construção de represas, dentre ouras coisas, exercem influências negativas sobre o clima. Com estas questões estão os desafios em lidar e propor soluções. ATIVIDADE 3 a) Diferenciar atributos climáticos de fatores climáticos, justificando com exemplos. b) Quanto às transformações climáticas no espaço, bem como as alterações do próprio clima, faça um pequeno resumo explicando a interferência causada pelos fatores climáticos, com alguns exemplos. 15 V – FENÕMENOS CLIMÁTICOS O nosso planeta vem sofrendo mudanças climáticas há muito tempo. Há 4,6 bilhões de anos a Terra era uma bola incandescente que foi se resfriando lentamente, há cerca de 250 milhões de anos os continentes formavam um único bloco e a última glaciação ocorreu há 11 mil anos. Recentemente foram detectados alguns fenômenos que têm alterado o clima no planeta numa escala de tempo menor do que os acontecimentos mencionados, a maioria deles agravados pelo lançamento de gases e partículas poluidoras na atmosfera e pela exploração inadequada dos recursos naturais. Alguns desses fenômenos são tratados a seguir. Vamos dividir em duas categorias: os que acontecem sem a interferência de ações humanas e os que acontecem com a interferência humana. 5.1) SEM A INTERFERÊNCIA DE AÇÕES HUMANAS 5.1.1) El nino: ocorre nas águas do pacífico e que altera as condições climáticas em diversas partes do mundo. Este nome foi dado por pescadores do Peru em razão de a costa do país ser muito atingida pelo fenômeno e causar graves danos aos pescadores, principalmente. O El Niño dura de 12 a 18 meses em média em intervalos de 2 a 7 anos com diferentes intensidades. Quando ocorre o fenômeno as mudanças do clima são diferentes em cada parte afetada do mundo, como exemplo as secas no sudeste asiático, invernos mais quentes na América do norte e temperaturas elevadas na costa oeste da América do sul, que faz com que a pesca no Peru seja prejudicada. Todas estas mudanças ocorrem devido ao aumento da temperatura na superfície do mar nas águas do pacífico equatorial, principalmente na região oriental. Isto faz com que a pressão na região diminua, a temperatura do ar aumente e fique mais úmido, no pacifico oriental. Esta mudança nesta parte do mundo causa uma mudança drástica de direção e velocidade dos ventos a nível global fazendo com que as massas de 16 ar mudem de comportamento em varias regiões do planeta. Efeitos: os efeitos do El Niño no Brasil causam prejuízos e benefícios. Mas os danos causados são maiores que os benefícios, então para o Brasil o fenômeno é muito temido, principalmente por agricultores. A região sul é, talvez, a mais afetada. Em cada episódio do El Niño é observado na região sul um grande aumento de chuvas e o índice pluviométrico, principalmente nos meses de primavera, fim do outono e começo de inverno, pode sofrer um acréscimo de até 150% de precipitação em relação ao seu índice normal. Isto faz com que nos meses da safra a chuva atrapalhe a colheita e haja graves prejuízos aos agricultores, principalmente de grãos. As temperaturas também mudam na região sul e sudeste e são observados invernos mais amenos na região sul e no sudeste as temperaturas ficam ainda mais altas em relação ao seu valor normal. 5.1.2) - La Nina: o fenômeno la niña, ou episódio frio do Oceano Pacífico, é o resfriamento anômalo das águas superficiais na sua parte Equatorial Central e Oriental. De modo geral, pode-se dizer que la niña é o oposto do el niño, pois as temperaturas habituais da água do mar à superfície nesta região, situam-se em torno de 25ºC, ao passo que, durante o episódio la niña, tais temperaturas diminuem para cerca de 23º a 22ºC. As águas mais frias estendem-se por uma estreita faixa, com largura de cerca de 10 graus de latitude ao longo do Equador, desde a costa peruana, até aproximadamente 180 graus de longitude no Pacífico Central. Durante os episódios de la niña, os ventos alísios são mais intensos que a média climatológica. O Índice de Oscilação Sul (o indicador atmosférico que mede a diferença de pressão atmosférica à superfície, entre o Pacífico Ocidental e o Pacífico Oriental) apresenta valores positivos, os quais indicam a intensificação da pressão no Pacífico Central e Oriental, em relação à pressão no Pacífico Ocidental. Em geral, o episódio começa a se desenvolver em 17 meados de um ano, atinge sua intensidade máxima no final daquele ano e dissipa-se em meados do ano seguinte. Os principais efeitos de episódios do La Niña observados sobre o Brasil são: passagens rápidas de frentes frias sobre a Região Sul, com tendência de diminuição da precipitação nos meses de setembro a fevereiro; temperaturas próximas da média climatológica ou ligeiramente abaixo da média sobre a Região Sudeste, durante o inverno; chegada das frentes frias até a Região Nordeste, principalmente no litoral da Bahia, Sergipe e Alagoas; tendência às chuvas abundantes no norte e leste da Amazônia; possibilidade de chuvas acima da média sobre a região semi-árida do Nordeste do Brasil. El niño e la niña são oscilações normais, previsíveis das temperaturas da superfície do mar, nas quais o homem não pode interferir. São fenômenos naturais, variações normais do sistema climático da Terra, que existem há milhares de anos e continuarão existindo. 5.2) COM A INTERFERÊNCIA DE AÇÕES HUMANAS 5.2.1) Poluição do ar: é um dos problemas mais sérios nas grandes cidades, onde é provocada por fontes estacionárias, como indústrias e usinas termelétricas, e móveis como carros grandes e pequenos, além de outros tipos de máquinas, além do lançamento de uma infinidade de gases diversos pelo uso nas diversas atividades humanas. 5.2.2) Redução da Camada de Ozônio: A camada de ozônio é uma "capa" de gás que envolve a Terra e a protege de várias radiações, sendo que a principal delas, a radiação ultravioleta, é a principal causadora de câncer de pele. Esse gás é encontrado numa faixa de 10 a 70 quilômetros de altitude. Devido ao desenvolvimento industrial, passaram a ser utilizados produtos que emitem clorofluorcarbono, um gás que ao atingir a camada de ozônio destrói as moléculas que a formam, causando assim a destruição 18 dessa camada na atmosfera. Sem essa camada, a incidência de raios ultravioletas nocivos à Terra fica sensivelmente maior, aumentando as chances do câncer, por exemplo. Nas últimas décadas tentou-se evitar ao máximo a utilização do clorofluorcarbono e, mesmo assim, o buraco na camada de ozônio continua aumentando, preocupando a população mundial. As tentativas de se diminuir a produção do clorofluorcarbono, mas devido à dificuldade na substituição, principalmente nos refrigeradores, fez com que o buraco continuasse aumentando, prejudicando cada vez mais a humanidade. De qualquer forma, temos que evitar ao máximo a utilização desse gás, para que possamos garantir a qualidade da nossa espécie. 5.2.3) Ampliação do efeito estufa: é um fenômeno natural que faz com que a Terra seja habitável, pois se o nosso planeta não estivesse protegido por uma camada de gases causadores desse efeito, a temperatura média seria em torno de 18 graus negativos. Esses gases são parecidos com painéis de vidro de uma estufa, quando isolam a Terra e impedem que escape dela o calor produzido pelos raios infravermelhos. O problema é que as ações humanas vêm provocando um aumento da concentração desses gases na atmosfera a partir da Revolução Industrial, aumentando o efeito temperaturas no planeta. estufa. Assim, portanto, produz aumento das Segundo pesquisas, desde fins do século XIX e início da era industrial (meados do século XX), as emissões de gases causadores desse efeito aumentaram 35% e a temperatura média, um grau (1°). Segundo pesquisas científicas, a concentração de CO² na atmosfera alcançou níveis nunca vistos em 420.000 anos e esta situação vai continuar por 200 anos. O carbônico (dióxido de carbono – CO²), responsável por 60% das emissões, o metano, o protóxido de nitrogênio, os hidrofluorocarbonos (HFC), o perfluorocarbono (PFC) e o hexafluoreto de enxofre, são os principais gases com efeito estufa. 19 5.2.4) Agravamento das chuvas ácidas: a formação de chuvas ácidas trata-se de um fenômeno moderno, originado a partir do grande desenvolvimento de centros urbanos altamente industrializados, com diversas fontes de poluentes gasosos (indústrias, veículos e usinas energéticas), há a combinação destes com o vapor de água existente na atmosfera. Esta combinação entre água e poluentes (como o dióxido de enxofre e o óxido de nitrogênio) vai sendo acumulada em nuvens, ocorrendo assim sua condensação, basicamente da mesma forma como são originadas as chuvas comuns. Através da eletricidade gerada do choque entre nuvens, os elementos poluentes entram em reação química, formando compostos ácidos, que mais tarde serão precipitados. Além da agressão à natureza em si, a chuva ácida deixa suas marcas na arquitetura, pois os ácidos da chuva reagem com a superfície construída, corroendo-a, enfeiando-a e, em alguns casos, até mesmo destruindo algumas de suas partes. 5.2.5) Inversão Térmica: é um fenômeno natural que pode ocorrer em qualquer parte do planeta no final da madrugada e no início da manhã, principalmente no inverno; é a perda de calor do solo por irradiação. É a troca do ar frio que fica estacionado em baixo, enquanto o ar quente sobe. Nas grandes cidades, onde existem grandes areas construídas são ambientes favoráveis para a ocorrência dessa inversão; a construção de grandes prédios também influi na circulação das massas, facilitando esse fenômeno. 5.2.6) Surgimento das Ilhas de Calor: outro fenômeno típico das grandes cidades, que também colabora para aumentar seus índices de poluição; é o resultado da elevação das temperaturas médias nas zonas centrais da mancha urbana, e sua variação térmica pode chegar a 7°C. 5.2.7) Desmatamento: geralmente a vegetação é o primeiro elemento da natureza a ser agredido quando os ecossistemas sofrem impactos ambientais por ser reflexo das condições naturais de solo, relevo e clima do 20 lugar em que ocorre. São diversas as causas decorrentes dessa ação humana, veremos as principais: aumento da erosão e empobrecimento do solo; assoreamento de rios e lagos; rebaixamento do aqüífero; diminuição dos índices prluviométricos; elevação das temperaturas locais e regionais; agravamento dos processos de desertificação; redução ou fim de atividades extrativas; proliferação de pragas e doenças através de desequilíbrios nas cadeias alimentares, dentres outras causas. ATIVIDADE 4 a) Até que ponto o ser humano é responsável pelas mudanças climáticas que estão ocorrendo? Comente. b) Explique o que é aquecimento global, suas causas e conseqüências. c) Conceituar fenômenos climáticos, diferenciando aqueles que acontecem sem a interferência de ações humanas, daqueles com interferência de ações humanas. d) Comparar ou diferenciar redução da camada de ozônio com ampliação do efeito estufa. VI – A OBSERVAÇÃO E O SENSO CRÍTICO a) Questões climáticas e a responsabilidade dos órgãos públicos: estamos vivendo em uma era em que as alterações climáticas são bastante significativas, visto as mesmas desencadearem tornados, tufões, alagamentos provenientes principalmente das chuvas. Sem dúvidas as chuvas em várias localidades auxiliam nas plantações e ajudam na diminuição da fome e da pobreza, em contrapartida em outras regiões ocasionam calamidades públicas, deixando diversas pessoas desabrigadas e com perda total de seus bens. O diagnóstico do problema envolve diversos fatores como aspectos culturais da própria população, pois a mesma efetua o despejo de lixos em locais inadequados, ocasionando consequentemente entupimento de bueiros e valas, impedindo logicamente o escoamento das águas. 21 Outro aspecto também grave relaciona-se a falta de políticas públicas o que ocasiona a omissão Estatal em virtude de não se pautarem nas reflexões jurídicas necessárias, visando diagnosticar o problema, implementar soluções e assegurar os direitos das partes lesionadas. A maioria das tragédias ocasionadas pelas chuvas poderia ser evitada se a legislação fosse cumprida, principalmente aquelas que coíbem a ocupação irregular das encostas. Muitos destes deveres que competem ao Estado podem ser verificados na própria Constituição Federal, como os relacionados no Capítulo IV que esmiúça a responsabilidades dos Municípios, já o art. 182 elenca como dever ser efetuada a política urbana. Compete ao Poder Público Municipal ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. Em virtude desta determinação urbanística alavancou-se a criação da lei n.º 10.257 de 10 de julho de 2001, conhecida como Estatuto das Cidades e as legislações municipais pertinentes ao Plano Diretor. As leis citadas basicamente visam à garantia do direito a cidades sustentáveis como: direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços urbanos, trabalho, lazer e uma distribuição justa para os processos pertinentes a urbanização. Portanto, as respectivas leis visam à ordenação do crescimento das cidades, mas, infelizmente não é o que ocorre, pois compete aos órgãos públicos verificar a ocupação regular e sem risco do solo urbano, muitas notícias relacionadas às enchentes levam como efeitos casas que foram construídas em encostas, áreas de risco, de preservação ambiental ou terrenos íngremes, propriedades estas em que incide a cobrança de IPTU, o que demonstra a concordância dos órgãos públicos com as edificações. As tragédias poderiam ser evitadas se a população tivesse um conhecimento para respeitar as condições naturais. É o determinismo ambiental imperando. Existe a responsabilidade do Estado e a obrigatoriedade de indenizar a vítima de acordo com a legislação, porém, a população precisa dar as sua contribuição, não só para cobrar as leis, mas também como auxiliar no próprio equilíbrio ambiental. 22 Fonte: http://www.odebate.com.br/index.php?option=com_conte b) Uma nova normalidade: os últimos anos estão sendo críticos no que se refere aos desastres naturais, com conseqüências trágicas para milhões de pessoas. É a tendência de uma nova normalidade, de um novo paradigma de mudanças climáticas extremas. Diante desta manifestação evidente das mudanças do clima, temos de adaptar rapidamente a forma como nos prepararmos para os perigos da natureza e como respondemos a eles. Precisamos também agir com mudanças de paradigmas. Mudar nossos costumes, nossos hábitos, nossas ações. Até porque se continuar dessa maneira chega uma hora que não haverá poder público que possa dar garantia e segurança suficientes para sua população. O impacto dos desastres naturais não se limita ao número de vítimas e aos prejuízos materiais. Outros milhares de pessoas poderão precisar de ajuda humanitária nos próximos anos, devido às conseqüências devastadoras das mudanças climáticas não só para reservas alimentares e hídricas e a saúde pública, mas também para os fluxos migratórios e para a estabilidade política, caso se intensifique a competição pelo acesso aos recursos naturais. O ser humano atuando no espaço natural, modificando-o, muitas vezes desrespeitando as próprias condições naturais, rompendo equilíbrios, refletindo diretamente no clima, sendo que este um dos aspectos naturais mais importantes na vida dos seres vivos em todas as situações. Enfim, somos influenciados pelas condições climáticas do lugar onde vivemos. As pesquisas indicam que as mudanças climáticas acontecem de forma natural, embora tenham sido influenciadas pelas ações antropogênicas nas últimas décadas. Mas pelo algumas coisas hão de se pensar. Se os desastres naturais não podem ser evitados, mas é também um fato que pode muito se fazer para reduzir seus riscos e a nossa vulnerabilidade. É o que denominamos a busca pelo equilíbrio do homem com o meio. Algumas idéias podem botar em discussão, como é o caso da expansão das políticas de redução de riscos, no aumento de esforços de preparação e de resposta a desastres. Nossas ações, ou nossa imobilidade têm influência decisiva na dimensão dos prejuízos causados pela natureza. Isso passa desde 23 a maneira como construímos nossas casas, as pontes, os viadutos, as estradas, os prédios, até como protegemos as encostas, a margem dos rios são fatores determinantes das conseqüências destruidoras de qualquer desastre. Precisamos com urgência quebrar paradigmas para nos preparar melhor contra os eventos provocados por fenômenos metereológicos extremos e melhorar a nossa resposta a eles. Os órgãos nacionais e internacionais deverão encontrar meios de apoiar as comunidades mais vulneráveis, tanto em nível regional quanto local, e ajuda-las a se adaptarem às condições climáticas extremas e suas conseqüências. Se formos do mundo, não devemos temer o mundo. Os aspectos naturais fazem parte do mundo, mas podemos encontrar formas de sofrer menos com suas ações. São milhões de pessoas em estados precários de moradia, de alimentação, de saúde, enfim, de bem estar social, e quando surgem os desastres ambientais ficam mais diretamente expostos pela ausência de condições econômicas, principalmente por desconhecimento das condições naturais. ATIVIDADE 5 a) O clima do planeta está realmente passando por mudanças significativas? Comente fatores que justifiquem ações humanas e acontecimentos a esse respeito. b) Propor medidas que toda a sociedade pode adotar para mitigar os efeitos dos fenômenos climáticos, como é o caso do aquecimento global e outros fenômenos climáticos. c) Descreva o que você pensa sobre: - a responsabilidade dos órgãos públicos; - da situação econômica; - do conhecimento e da consciência da população sobre as questões climáticas. d) Para encerrar estas questões sobre causas e conseqüências sociais causadas pelas ações climáticas, construa um texto com suas próprias palavras sobre a temática. 24 VII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de, e RIGOLIN, Tércio Barbosa. Geografia – Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática, 2002. ___________________________. Geografia – Geografia geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 2009. ANDRADE, Manoel Correia de. Geografia Ciência e Sociedade – Uma Introdução à análise do Pensamento Geográfico. São Paulo: Atlas, 1987. CLAVAL, Paul. 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