CINÉTICA Profa. Marcia M. Meier QUÍMICA GERAL II Objetivo Compreender: Velocidade de reações Velocidade de consumo de reagentes Velocidade de formação de produtos Velocidade média e instantânea Equações Equações de velocidade de 1ª e 2ª ordem Meia vida Velocidade e equilíbrio Fatores que influenciam a velocidade de reação Teoria das colisões Catalisadores. CINÉTICA Combustão do hidrogênio Oxidação do ferro Lenta rápida CINÉTICA Gases liberados para a atmosfera, como o metano, contribuem no armazenamento de calor, elevando a temperatura atmosférica. No entanto, Metano sofre decomposição na atmosfera em presença de radicais hidroxila. Ideal: velocidade de decomposição do metano seja maior que a velocidade de formação. CINÉTICA O envelhecimento dos alimentos gera substâncias que alteram o alimento, tornando-o impróprio para o consumo. A previsão da validade de um alimento faz uso de conceitos de CINÉTICA! VELOCIDADE De maneira geral, velocidade é a variação de uma propriedade em função do tempo Formado Consumido VELOCIDADE CONSUMO DE REAGENTE FORMAÇÃO DE PRODUTOS Tangentes traçadas ao longo da curva de velocidade: Quanto t = 0 é chamada de velocidade inicial da reação. Em qualquer valor de t determina-se a velocidade instantânea neste instante. VELOCIDADE O perfil das curvas cinéticas depende da estequiometria da reação. Por exemplo: 2H2O2 (aq) → O2 (g) + 2H2O(l) - Acompanhamento da velocidade Como acompanhar o progresso de uma reação? 1) Variação de massa ou volume CaCO3(s) + 2HCl(aq) → CaCl2 (aq) + H2O(l) + CO2(g) Acompanhamento da velocidade 2) Variação de intensidade de absorção de radiação= Métodos espectroscópicos 2[MnO4]- + 5H2O2 (aq) + 6H+ → 2Mn2+(aq) + 5O2 (g) + 8H2O(l) purpura A medida que o permanganato é consumido sua absorção no espectro visível decrescente. Através da Lei de Lambert Beer (Abs = b.ε.C), calcula-se a concentração de permanganato ao longo do tempo. Acompanhamento da velocidade 3) Medidas de condutividade da solução e pH (CH3) 3CCl(aq) + H2O(l) → (CH3)3COH(aq) + H+(aq) + Cl-(aq) Reações Elementares Reações elementares são reações que ocorrem em uma única etapa que envolvem uma ou duas moléculas ou átomos. Por exemplo: H • + Cl2 → HCl + Cl • C2H6 → 2CH3 • Reações complexas Reações complexas são reações que ocorrem em uma série de etapas elementares, sendo que cada etapa tem sua própria constante de velocidade, algumas podem ocorrer rapidamente e outras lentamente. Conhecer as etapas elementares envolvidas em uma reação complexa permite conhecer o mecanismo da reação (química orgânica). Por exemplo: Reação Global: (CH3)3C-Br + OH- → (CH3)3C-OH + BrEtapa 1: (CH3)3C-Br → (CH3)3C+ + Br- (lenta) Etapa 2: (CH3)3C+ + OH- → (CH3)3C-OH (rápida) Físico Química! complexa Elementares que Combinadas formam a reação complexa Reações complexas Reações complexas são reações que ocorrem em uma série de etapas elementares, sendo que cada etapa tem sua própria constante de velocidade, algumas podem ocorrer rapidamente e outras lentamente. Conhecer as etapas elementares envolvidas em uma reação complexa permite conhecer o mecanismo da reação (química orgânica). Por exemplo: Equação de velocidade Para a reação abaixo a velocidade tem o mesmo valor se acompanharmos o consumo dos reagentes ou a formação dos produtos. H • + Cl2 → HCl + Cl • No entanto, para a reação a seguir a velocidade com que o radical metila é formado é o dobro da velocidade com que o etano é consumido: C2H6 → 2CH3 • É bom ter uma definição para a velocidade de uma reação que dê o mesmo valor da velocidade independente da substância que está sendo monitorada, esteja você monitorando o consumo ou formação dos produtos. Equação de velocidade Para a reação de decomposição do peróxido de hidrogênio: 2H2O2 (aq) → O2 (g) + 2H2O(l) Precisamos encontrar uma expressão onde as velocidades de decomposição do peróxido e formação de oxigênio e água seja iguais. De forma genérica: aA + bB → cC + dD Equação de velocidade Exercício 1: Escreva as equações de velocidade para as reações a seguir: a) b) H • + Cl2 → HCl + Cl • c) 2CH3 • → C2H6 Equação de velocidade Equação de velocidade Exercício 2 1) A)Como a velocidade de desaparecimento de ozônio relaciona-se com a velocidade de aparecimento de oxigênio na seguinte equação: 2O3(g) → 3O2(g) B) Se a velocidade de aparecimento de O2 é 6,0 x 10-5 mol/L.s em determinado instante, qual é o valor da velocidade de desaparecimento do ozônio nesse mesmo instante? Resposta: 4,0 x 10-5 mol/L.s Leis de Velocidade e Ordem da Reação Considere a reação: 2N2O5 (g) → 4NO2 (g) + O2(g) Acompanhamos a concentração de N2O5 em função do tempo. Fizemos o experimento 5 vezes, partindo de concentrações iniciais diferentes (gráfico) Traçando a tangente no tempo zero, conseguimos a velocidade inicial para cada experimento. Considere a reação: 2N2O5 (g) → 4NO2 (g) + O2(g) Experime nto Concentra ção inicial de N2O5 Velocidade de consumo de N2O5 1 0,01 mol/L 0,5 x10-4 mol/L.s 2 0,02 mol/L 1,0 x10-4 mol/L.s 3 0,04 mol/L 2,0 x10-4 mol/L.s 4 0,06 mol/L 3,0 x 10-4 mol/L.s 5 0,08 mol/L 4,0 x 10-4 mol/L.s Velocidade de consumo de N2O5 Leis de Velocidade e Ordem da Reação Leis de Velocidade e Ordem da Reação Velocidade de consumo de N2O5 Considere a reação: 2N2O5 (g) → 4NO2 (g) + O2(g) Gráfico linear, dependência direta entre velocidade de consumo de N2O5 e a concentração inicial. Velocidade de desaparecimento de N2O5 = k [N2O5 ] y =Bx (equação da reta) Leis de Velocidade e Ordem da Reação Esta é a relação entre as velocidades dos produtos e reagentes: Esta é a Lei de velocidade para a reação de decomposição de N2O5 : Velocidade de desaparecimento de N2O5 = k [N2O5 ] Leis de Velocidade e Ordem da Reação Determinado experimentalmente!! Leis de Velocidade e Ordem da Reação Ordem da reação e lei de velocidade • Para uma reação geral com a lei da velocidade dizemos que a reação é de ordem m no reagente 1 e n no reagente 2. • A ordem total ou global de reação é m + n + … • Uma reação pode ser de ordem zero se m, n, … são zero. • Observe que os valores dos expoentes (ordens) têm que ser determinados experimentalmente. Eles não estão simplesmente relacionados com a estequiometria. Leis de Velocidade e Ordem da Reação Uso das velocidades iniciais para determinar as leis de velocidade • Uma reação é de ordem zero em um reagente se a variação da concentração daquele reagente não produz nenhum efeito. Ex: velocidade de desaparecidmento de NH3 = k • Uma reação é de primeira ordem se, ao dobrarmos a concentração, a velocidade dobrar. • Uma reação é de ordem n se, ao dobrarmos a concentração, a velocidade aumentar de 2n. • Observe que a constante de velocidade não depende da concentração. Leis de Velocidade e Ordem da Reação Exercício 3: 1) Qual será a velocidade da reação de decomposição de HI se a concentração do ácido dobrar? 2) Qual será a velocidade da reação de decomposição do pentóxido de dinitrogênio quando sua concentração dobrar? 3) Quando a concentração de NO é dobrada, a velocidade da reação aumenta por um fator de 4. Se as concentrações de NO e O2 são dobradas, a velocidade aumenta por um fator de 8. Quais são as ordens dos reagentes e a ordem total da reação? Resposta: segunda ordem em NO e primeira ordem em O2. 2NO(g) + O2(g) → 2NO2(g) Leis de Velocidade e Ordem da Reação Exercício 4: Para determinar a Lei de Velocidade de uma reação é necessário realizar uma série de experimentos variando a concentração inicial dos reagentes e medir a respectiva velocidade da reação. Considere a reação: NH4+(aq) + NO2-(aq) → N2 (g) + 2H2O(l) Considerando a tabela de velocidade, determine: a) Qual a expressão da Lei de velocidade para esta reação? b) Qual o valor da constante k da Lei de velocidade? Leis de Velocidade e Ordem da Reação Exercício 5: Quatro experimentos foram realizados para descobrir como a velocidade inicial de consumo de íon BrO3- varia na reação em presença de brometo e ácido. Analise os resultados na tabela entregue e responda: a) Qual a Lei de Velocidade para esta reação? b) Qual o valor de k para esta reação. Leis de Velocidade e Ordem da Reação Unidade da constante de velocidade (k) Para reação de 1a ordem Unidade de velocidade = (unidade da constante k). (unidade da concentração)1 mol L-1 s-1 = k . (mol L-1) 1 k = mol L-1 s-1 = s-1 mol L-1 Unidade da constante de velocidade (k) Para reação de 2a ordem Unidade de velocidade = (unidade da constante k). (unidade da concentração)2 k = mol L-1 s-1 (mol L-1)2 = L mol-1 s-1 Variação da concentração com o tempo A Lei de velocidade nos diz que a velocidade de uma reação varia a certa temperatura à medida que variamos as concentrações dos reagentes. Mas, queremos saber muito mais....será que o agrotóxico aplicado permanecerá estável até que o alimento chegue a nossa mesa? Quanto tempo o inseticida que usamos em casa permanecerá ativo? Qual teor de estabilizante deverá ser usado em um alimento para garantir sua validade? LEIS DE VELOCIDADE INTEGRADAS BUSCAMOS UMA RELAÇÃO ENTRE VELOCIDADE , CONCENTRAÇÃO E TEMPO LEIS DE VELOCIDADE INTEGRADAS As leis da velocidade podem ser convertidas em equações que nos dizem quais são as concentrações dos reagentes ou produtos a qualquer momento durante o curso da reação! Para isso utiliza-se uma operação de cálculo chamada de gerando as seguintes equações: 1ª Ordem: ln[A ]t = −kt + ln[A ]0 ou 2ª Ordem: 1 1 = kt + [A]t [A]0 integração, Variação da concentração com o tempo Como se faz isso? Reação de 1ª ordem: Variação da concentração com o tempo Como se faz isso? Reação de 2ª ordem: Variação da concentração com o tempo Ordem zero Integrando a equação: Equação da reta Determinando a ordem da reação graficamente 1ª Ordem: ln[A ]t = −kt + ln[A ]0 Y = - Bx + A (equação da reta) Uma outra maneira de identificar se uma reação é de 1ª ordem é aplicar os dados experimentais na equação acima. Se o resultado gerar gráfico linear, conclui-se que a reação é de 1ª ordem. Se não gerar uma reta, conclui-se que a reação não é de 1ª ordem. Variação da concentração com o tempo Exercício 6: Inseticida foi aplicado em uma lavoura e parte dele foi levado pela chuva a um lago, de modo que a concentração do inseticida no lago foi de 5,0 x 10-7 g/cm3. a) Qual será a concentração deste inseticida no lago 12 meses após a aplicação do inseticida? k = 1,45 x ano-1. Considera-se que a temperatura manteve-se constante. b) Quanto tempo levará para a concentração do inseticida cair para 3,0 x 10-7 g/cm3. Resposta: a) 1,2 x 10-7 g/cm3; b) 0,35 ano Variação da concentração com o tempo Exercício 7: Uma amostra de pentóxido de dinitrogênio é deixada para se decompor. Quanto tempo levará para que a concentração de N2O5 decresça de 20 mol/L para 2,0 mol/L a 65 oC? Use os dados da tabela 13.1 . Resposta: 7,3 min. Determinando a ordem da reação graficamente 2ª Ordem: Aplicando os dados experimentais na equação de 1ª ordem Não é linear! Então, a reação não segue Lei de velocidade de 1ª ordem. Não é linear 1 1 = kt + [A]t [A]0 Mas, ao aplicar os dados experimentais na equação acima... É linear Gerou gráfico linear. Portanto, a reação segue lei de velocidade de 2ª ordem! Determinando a ordem da reação graficamente 1 1 = kt + [A]t [A]0 Y Realizar gráficos em sala: a) Peróxido de hidrogênio b) Dióxido de nitrogênio = - Bx + A (equação da reta) Meias- vidas Meias- vidas Meia-vida para reação de 1a ordem • Meia-vida é o tempo que a concentração de um reagente leva para diminuir para a metade do seu valor inicial. • Para uma reação de primeira ordem, t½ é o tempo gasto para [A]0 alcançar ½[A]0. • Matematicamente, ln ( 12 ) 0,693 t 12 = − = k k INDEPENDE DA CONCENTRAÇÃO! Meias- vidas Meias- vidas Exercício 8: a) Qual será o valor de k para o decaimento do urânio-238? b) Uma rocha contém 0,247 mg de chumbo-206 e uma miligrama de urânio-238 nos dias atuais. Qual a idade da rocha? Resposta: 1,7 x 109 anos Meias- vidas Exercício 9: Estrôncio-90 é radioativo. Suponha que você recebeu uma amostra de 1,00 g de estrôncio-90 e a guardou durante 2 anos. Após este período a amostra foi pesada e restava somente 0,953g. Determine: a) Qual a meia vida do estrôncio-90? b) Quanto de estrôncio-90 restará após 5,00 anos? Resposta: a) 28,8 anos, b) 0,887 g. Meias- vidas Meia-vida para reação de 2a ordem • Para uma reação de segunda ordem, a meia-vida depende da concentração inicial: t1 2 1 =− k [A ]0 DEPENDE DA CONCENTRAÇÃO! Velocidade e Equilíbrio (reações reversíveis) Nem todas as reações chegam ao seu final seguindo a direção de formação de produto. Para muitas reações, a reação chega a uma posição de equilíbrio dinâmico, onde produto e reagentes coexistem sem mudanças em suas concentrações. No entanto, continuamente reagentes formam produtos e produtos formam reagentes na mesma velocidade. 1ª ordem CH3-NC k K-1 CH3-CN A medida que acetonitrila é formada, ela se decompõe para formar o isocianeto de metila. Portanto, a medida que isocianeto de metila é consumido, ele também é formado pela reação inversa (k-1). Velocidade e Equilíbrio (reações reversíveis) 1ª ordem CH3-NC k K-1 CH3-CN No equilíbrio, a velocidade da reação direta é igual a velocidade da reação inversa. Portanto, a velocidade líquida de consumo do CH3NC é zero. Velocidade e Equilíbrio (reações reversíveis) Rearranjando: Essa relação prova que no equilíbrio, a velocidade direta e inversa são iguais. Velocidade e Equilíbrio (reações reversíveis) Interpretando esta relação: Lembre-se que k é o coeficiente angular da reta: Se Kc > 1, então k1 > k-1 Velocidade da reação direta é maior que a velocidade da reação inversa. Sempre haverá mais produto sendo formado que reagente consumido. Se Kc < 1, então k1 < k-1 Velocidade da reação inversa é maior que a velocidade da reação direta. Sempre haverá mais reagente sendo formado que produto consumido. Velocidade e Equilíbrio (reações reversíveis) Exercício 10: Para a reação reversível em uma etapa 2A → B + C. A constante de velocidade para a reação direta é 256 L/mol.min e a constante de velocidade para a reação inversa é 392 L/mol. min. Qual é a constante de equilíbrio da reação? Resposta: 0,653 Velocidade e Equilíbrio (reações reversíveis) Exercício 11: Determine a constante de formação do ácido iodídrico a partir de seus elementos, a 500 oC. Considere a tabela apresentada anteriormente com as constantes de velocidade. Qual reação é mais rápida, a formação de HI ou sua decomposição? Resposta: 67 a reação de formação de HI é mais rápica, favorecendo a existência de mais produtos que reagentes. TEORIA DAS COLISÕES Modelo de colisão A maior parte das reações ficam mais rápidas à medida que a temperatura aumenta. (Por exemplo, a comida estraga quando não é refrigerada.) Quando dois bastões de luz são colocados em água: um à temperatura ambiente e o outro em gelo, o que está à temperatura ambiente fica mais brilhante do que aquele que está no gelo. A reação química responsável pela quimiluminescência é dependente da temperatura: quanto maior for a temperatura, mais rápida será a reação e mais brilhante será a luz. MODIFICANDO A VELOCIDADE DE UMA REAÇÃO Grande parte das reações tem sua velocidade acelerada com o aquecimento. Quais fatores afetam a velocidade das reações químicas? Concentração Proximidade das moléculas ----maior probabilidade de choque Quais fatores afetam a velocidade das reações químicas? Temperatura Maior agitação -------- maior probabilidade de choque TEORIA DAS COLISÕES A Teoria das colisões é baseada na teoria cinética molecular, e diz que as moléculas devem colidir para reagir. Quanto maior o número de colisões por segundo maior a velocidade de reação. Quando as moléculas se movem mais velozmente, colidem mais vigorosamente (com mais energia) e com mais frequência, aumentando as velocidades de reação. • À medida que a temperatura aumenta, a velocidade aumenta. TEORIA DAS COLISÕES Na maioria das reações, as moléculas devem ser orientadas de certa maneira durante as colisões para que a reação ocorra. Cl + NOCl → NO + Cl2 Orientação da colisão TEORIA DAS COLISÕES • Uma vez que a lei da velocidade não contém nenhum termo de temperatura, a constante de velocidade deve depender da temperatura. • Considere a reação de primeira ordem CH3NC → CH3CN. – À medida que a temperatura aumenta de 190 °C para 250 °C a constante de velocidade aumenta de 2,52 × 10-5 s-1para 3,16 × 103 s-1. • O efeito da temperatura é bastante dramático. Por quê? • Observações: as velocidades das reações são afetadas pela concentração e pela temperatura. TEORIA DAS COLISÕES Teoria de colisão • Quanto mais alta a temperatura, mais energia disponível para as moléculas e maior a velocidade. • Complicação: nem todas as colisões levam aos produtos. Na realidade, somente uma pequena fração das colisões levam ao produto. Fator orientação • Para que uma reação ocorra, as moléculas do reagente devem colidir com a orientação correta e com energia suficiente para formar os produtos. Que bom que estas energias só iniciam mediante uma ignição! Energia de ativação Energia de ativação • Arrhenius: as moléculas devem possuir uma quantidade mínima de energia para que elas reajam. Por quê? – Para que formem produtos, as ligações devem ser quebradas nos reagentes. – A quebra de ligação requer energia. • A energia de ativação, Ea, é a energia mínima necessária para iniciar uma reação química. Energia de ativação Energia de ativação • Considere o rearranjo da isonitrila de metila: H3C N C H3C N C H3C C N – Na H3C-N≡C, a ligação C-N≡C dobra-se até que a ligação C-N se quebre e a parte N≡C esteja perpendicular à parte H3C. Esta estrutura é denominada complexo ativado ou estado de transição. – A energia necessária para a dobra e a quebra acima é a energia de ativação, Ea. – Uma vez que a ligação C-N é quebrada, a parte N≡C pode continuar a girar formando uma ligação C-C≡N. Energia de ativação H3C N C H3C N C H3C C N Energia de ativação Energia de ativação • A variação de energia para a reação é a diferença na energia entre CH3NC e CH3CN. • A energia de ativação é a diferença de energia entre os reagentes, CH3NC e o estado de transição. • A velocidade depende da Ea. • Observe que se uma reação direta é exotérmica (CH3NC → CH3CN), então a reação inversa é endotérmica (CH3CN → CH3NC). H3C N C H3C N C H3C C N Energia de ativação Energia de ativação • Como uma molécula de isonitrila de metila ganha energia suficiente para superar a barreira de energia de ativação? • A partir da teoria cinética molecular, sabemos que, à medida que a temperatura aumenta, a energia cinética total aumenta. • Podemos mostrar que a fração de moléculas, f, com energia igual ou maior do que Ea é f =e − Ea RT onde R é a constante dos gases (8,314 J/mol K). Energia de ativação f =e E − a RT Energia de ativação Equação de Arrhenius • Arrhenius descobriu a maior parte dos dados de velocidade de reação que obedecem a equação de Arrhenius: k = Ae − Ea RT – k é a constante de velocidade, Ea é a energia de ativação, R é a constante dos gases (8,314 J/K mol) e T é a temperatura em K. – A é chamada de fator de freqüência. – A é uma medida da probabilidade de uma colisão favorável. – Tanto A como Ea são específicos para uma determinada reação. Energia de ativação Determinando a energia de ativação • Se tivermos muitos dados, podemos determinar Ea e A graficamente reformulando a equação de Arrhenius: Ea ln k = − + ln A RT • A partir da reação acima, um gráfico de ln k versus 1/T terá uma inclinação de –Ea/R e interceptação de ln A. Energia de ativação Exercício 12: O gráfico a seguir mostra a variação de ln k em função de 1/T para a reação: CH3-NC CH3-CN Ea ln k = − + ln A RT Determine a energia de ativação. Resposta: 160 kJ/mol CATÁLISE Catálise homogênea Geralmente, os catalisadores atuam diminuindo a energia de ativação para uma reação e podem aumentar o número de colisões efetias. CATÁLISE Catálise heterogênea A primeira etapa é a adsorção (a ligação de moléculas do reagente à superfície do catalisador). As espécies adsorvidas (átomos e íons) são muito reativas. As moléculas são adsorvidas nos sítios ativos na superfície do catalisador. CATÁLISE Catálise heterogênea Considere a hidrogenação do etileno: C2H4(g) + H2(g) → C2H6(g), ∆H = -136 kJ/mol. – A reação é lenta na ausência de um catalisador. – Na presença de um catalisador metálico (Ni, Pt ou Pd) a reação ocorre rapidamente à temperatura ambiente. – Primeiro as moléculas de etileno e de hidrogênio são adsorvidas nos sítios ativos na superfície metálica. – A ligação H-H se quebra e os átomos de H migram para a superfície do metal. CATÁLISE Catálise heterogênea