UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA O PODER DO DESIGN NO MARKETING FOCADO EM VENDAS Por: Evelyn Caroline de Matos Gomes Orientador Prof. Jorge Vieira Rio de Janeiro 2011 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA O PODER DO DESIGN NO MARKETING FOCADO EM VENDAS Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Marketing. Por: Evelyn Caroline de Matos Gomes 3 AGRADECIMENTOS A Deus acima de tudo, a São Jorge pela intercessão e aos meus pais, irmãos e tia Nana por sempre estarem ao meu lado e terem me ajudado a chegar até aqui. 4 DEDICATÓRIA Aos meus pais Luiz e Silmara pelo alicerce, por todo o amor e por hoje eu estar aqui. Aos meus irmãos Luiz Vinícius, Luiz Eduardo e Guilherme Felipe pela alegria de sempre. À tia e madrinha Nana por sempre ter acreditado em mim. Às avós Uyara e Ana e às tias Lúcia e Vera pelo apoio e ajuda de sempre. RESUMO 5 O texto a seguir mostrará o quanto o design pode ser um poderoso aliado para o marketing. Quando investido da forma correta, ajuda a melhorar a imagem das empresas, posiciona melhor o produto e aumenta o lucro. O design e o marketing são diferenciais competitivos, juntos são muito poderosos e podem trazer grande benefício. Empresas que não investem em design estão perdendo mercado e deixando de lucrar mais. 6 METODOLOGIA A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, assim como a visita a diversos sites especializados em design e marketing. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I - A Origem do Marketing e do Design 9 CAPÍTULO II - Por que aliar o Design ao Marketing? 15 CAPÍTULO III – Projetando Marketing com Design 16 CAPÍTULO IV – Marca e Identidade Corporativa 18 CAPÍTULO V – Embalagem 22 CAPÍTULO VI – Propaganda e Material Promocional 26 CAPÍTULO VII – Varejo e Design de Pontos de Venda 29 CONCLUSÃO 33 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 35 ÍNDICE 40 FOLHA DE AVALIAÇÃO 41 8 INTRODUÇÃO Com a evolução e constante expansão do uso dos meios de comunicação, a competição por fatias de mercado aumentou. Os profissionais de marketing precisam de elementos que agreguem valor aos seus produtos e que aumente as vendas. E o profissional que projeta esses elementos é o designer gráfico. Para conseguir que esses elementos realmente alcancem resultados é necessário que o designer use nos seus projetos os princípios e as estratégias que regem o marketing. Cada vez mais os designers e marqueteiros têm de ser parceiros para que consigam juntos encontrar soluções adequadas para os seus clientes. Para o marketing, o design é peça fundamental para o alcance de seus objetivos. O profissional de design é sensível às necessidades e aos valores do consumidor, buscando sempre uma elevação na qualidade de vida do mesmo e esse profissional tem também um compromisso com a cultura, conforto, segurança, ética, meio-ambiente entre outros. É essa parceria Marketing e Design que faz a diferença num mercado tão competitivo quanto o atual. 9 CAPÍTULO I A ORIGEM DO MARKETING E DO DESIGN 1.1 A Origem do Marketing O Marketing surgiu logo após a Segunda Guerra Mundial. Com o fim da guerra, a indústria dos países envolvidos no conflito deixou de se concentrar na produção de armamentos e direcionou sua capacidade produtiva para a fabricação de em massa de bens de consumo para a população. Com o tempo, o mercado foi se organizando, as posições foram definidas e o consumidor passou a ter papel determinante nas vendas. E foi nesse contexto que surgiu o marketing. O término da guerra acabou originando o marketing e também o seu profundo estudo, já que ele estimulou a facilidade na produção de bens de consumo e, consequentemente, o crescimento da concorrência. Isso despertou a necessidade dos empresários de pensar em como atrair clientes, fazendo com que diferentes estratégias começassem a ser desenvolvidas para este fim. No início, as estratégias baseavam-se na intuição e na prática. Com o passar dos anos e do desenvolvimento das ciências humanas – principalmente da psicologia -, os estudos sobre o tema ganharam mais profundidade, e o desenvolvimento de novas técnicas para atrair clientes passou a ser baseado em pesquisas sobre o comportamento do consumidor (gostos, preferências, atitudes etc.) e de seu perfil (idade, sexo, nível socioeconômico, etnia etc.). Em 1949, Neil Borden criou a Teoria de Borden, mais conhecida no Brasil como Mix de Marketing (combinação dos elementos variáveis que compõem as ações de Marketing). Jerome McCarthy, professor da Universidade de Michigan, aprimorou essa Teoria, resumindo-a em 4 grupos, conhecidos no mundo todo como Pilares do Marketing ou 4 Ps: Product (Produto), Price (Preço), Promotion (Promoção) e Place (Ponto de Venda). 10 A globalização e a popularização da Internet facilitaram o acesso a mais informações e a bens de consumo equivalentes e com preço mais acessível, estimulando outra preocupação: como fidelizar clientes? Agora, o desafio era agregar valores à marca e encantar o consumidor, fazendo-o identificar-se com ela e encontrar valores comuns aos seus na empresa. Mas, a instantaneidade com que as notícias chegam até nós e a quebra das barreiras geográficas proporcionadas pela facilidade de comunicação na Internet tornou o consumidor mais consciente dos seus direitos e dos deverem da empresa para com a sociedade e a natureza. Consequentemente, ficamos mais exigentes e as empresas precisaram se preocupar com investimentos em ações de responsabilidade social – para o público interno e externo – e rever suas políticas de sustentabilidade para preservar ou construir uma boa imagem. As modificações no comportamento do consumidor, bem como na sua rotina e nas relações interpessoais estimularam os teóricos da mercadologia a segmentarem o Marketing, a fim de tentarem atingir o público-alvo com mais eficácia. Dessa forma, iniciou-se uma sequência de desdobramentos que parece interminável, já que a cada dia somos surpreendidos por um novo termo dessa área. Um dos maiores escritores da área, Philip Kotler, conceitua o marketing da seguinte maneira: “Marketing é um processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros” (KOTLER, Administração de Marketing: A Bíblia do Marketing, 2006). 11 1.2 A Origem do Design Gráfico O ser humano sempre teve a necessidade de se comunicar de diferentes formas. Primeiramente a comunicação com elementos visuais, onde utilizavam o corpo para demonstrar aos demais seus estados de ânimo, desejos e inquietudes através de intenções, expressões e signos, que com o tempo adquiriram a condição de “linguagem”. Embora a linguagem falada seja o meio de comunicação mais direto, a linguagem visual tem grande peso nas relações comunicativas. Um grande impulso do design gráfico ocorreu durante Revolução Industrial. Com o surgimento das fábricas e a economia de mercado, ocorreu um grande deslocamento de pessoas às cidades para trabalhar, aumentando os comércios e o início da concorrência entre empresas. Com isso, surgiu e se desenvolveu uma nova técnica comercial, a publicidade, encarregada de transmitir aos consumidores mensagens específicas que lhes convencessem de que um produto específico era melhor que outros. O desenvolvimento da publicidade trouxe em paralelo o design gráfico, em que havia necessidade de convencer o público das vantagens de um produto ou marca. E para isso, nada melhor que mensagens concisas, com desenhos cada vez mais elaborados. Não bastava apresentar mensagens virtuais belas, e sim, efetivas, tornando possível o grande avanço das técnicas de design e no aparecimento de profissionais dedicados exclusivamente a desenvolvê-las e colocá-las em prática. Foi no ano de 1922, que o designer de livros Willian Addison Dwiggins criou o termo “designer gráfico”. No Século XIX William Morris, designer, poeta e teórico social, inicia o movimento que daria origem ao design de hoje. Revalorizou a tipografia clássica, criou estamparias para papeis de parede e tecidos. Sua importância como designer se dá devido ás padronagens e sua preocupação com a industria gráfica. No final do século XIX, arquitetos norte-americanos Louis Sullivan e Frank Lloyd Wright, aprimoraram as formas dando funcionalidade às construções. E essa funcionalidade iria se refletir no design. 12 No começo do século XX, através dos movimentos artísticos, o design sofreu influências. E principalmente da Bauhaus. Uma escola que reuniu e consagrou grandes nomes da arte moderna. Unindo concepções artísticas e idéias colhidas das duas primeiras décadas do século, fez com que a escola tivesse como objetivo formar arquitetos, pintores e escultores em um ambiente de oficina. A escola é reconhecida como responsável pela introdução na arquitetura, no design de interior e onde a tipografia tornou-se curso graduado em 1925. Além de ser considerada fundadora do design industrial, do Estilo Internacional (simples e funcional, além de ter sido a lançadora dos fundamentos do estilo do design industrial). O design, sob influência da Bauhaus, recebeu mestres incríveis como Paul Klee, Wassily Kandinsky, Moholy-Nagy, Josef Albers e Herbert Bayer. Paul Klee revolucionou a pintura através da sua visão einsteiniana e seu inconsciente freudiano; Wassily Kandinsky explorou a geometria e as cores primárias; Moholy-Nagy incentivou o uso da tecnologia através de fotos montadas e coladas, inovando as imagens visuais e simplificando a tipografia; Josef Albers intensificou o movimento do design bidimensional e a complexa teoria da cor; Herbert Bayer fundamentou o estilo tipográfico da Bauhaus, predominando as letras minúsculas para títulos e nomes. Em 1933, depois do fechamento da Bauhaus, o design industrial começou a crescer e o design gráfico desenvolveu uma assimetria instituída. A tipografia se formava com novas expressões, as cores primárias como vermelho, amarelo e azul, receberam outra ênfase, assim como as formas primárias, o círculo, o quadrado e o triângulo. A publicidade se tornou importantíssima por ter sido curso da Bauhaus no final da década de 20. Passada a década de 60, o movimento artístico modernizado, chamado de "Pop", caracterizou-se pelo estilo dadaísta com imagens mais comerciais do design gráfico, sendo aplicado na publicidade e na indústria de embalagem. Pode se citar alguns movimentos artísticos que influenciaram o design: 13 Art Nouveau, considerado o alarme falso do movimento moderno com a formação de um estilo artístico aplicado em pôsteres. Embora o Art Nouveau seja uma manifestaçáo típica do século XIX, podem-se encontrar traços desse movimento nos layouts tipográficos dos anos 60 e mesmo da década de 70. Os trabalhados caracteres da família de tipos Bookman, o arredondado da família Cooper Black e o renascimento de alfabetos antigos e ornamentados. Destaque para sua influência na criação de marcas comerciais e sua criação e desenvolvimento dos modernos posters. Segundo Villas-Boas, “Design Gráfico é a área de conhecimento e a prática profissional específica que tratam da organização formal de elementos visuais (tanto textuais quanto não-textuais) que compõem peças gráficas para reprodução, que são reproduzíveis e que têm um objetivo expressamente comunicacional.” (VILLAS-BOAS,1999, p.43). Design gráfico é o processo de comunicar visualmente utilizando textos e imagens para apresentar informações. A prática de design gráfico involve um espectro de habilidades cognitivas, estéticas e habilidades em tipografia, artes visuais e diagramação de páginas. Como outras formas de design, design gráfico geralmente se refere aos processos (designing) pelas quais a comunicação é criada e produtos (designs) que são gerados. Um designer gráfico precisa ser interdisciplinar: precisa saber de tudo, por exemplo, desde como é feito o papel até como o hambúrguer é preparado. Um designer gráfico pode trabalhar em todas as áreas, portanto têm de ter uma noção de todas estas áreas. Um designer ignorante é como um economista que não sabe contar. O trabalho de um designer gráfico, em resumo, é resolver problemas de comunicação: é informar algo de forma inteligível a um certo público utilizandose de imagens, tipos, cores, etc. Pode ser aplicado em qualquer mídia, seja impresso em papel, em embalagem, na tela, em animação, etc. Ao contrário do que muitos pensam, o designer gráfico não é um artista. Segundo André Villas Boas, arte é expressão e design é solução. E essa é a principal tarefa do designer gráfico: solucionar. 14 CAPÍTULO II POR QUE ALIAR O DESIGN AO MARKETING? 15 O marketing atual não se contém mais nos 4 Ps (produto, preço, praça e promoção), pois ele se tornou algo intangível, complexo de se mensurar. Está difícil agradar consumidores cada vez mais ativos e vorazes por produtos que possuam uma “identidade” e que os complete. O designer tomou conhecimentos do marketing, não com pretensão de usurpar o mercado da categoria, mas porque constatou que, em muitos conceitos do marketing, reside a nova função do designer: a de criar pensando no consumidor. Também está na competência dos designers o poder de avaliar as necessidades do cliente, analisar o que desejam e com base nestas informações, criar não apenas seguindo preceitos da estética da forma, mas através do tão conhecido valor de marca. É fato que o marketeiro (ou profissional de marketing) sabe analisar o mercado, sabe obter dados como ninguém, mas o problema reside exatamente neste ponto. Ele possui os dados, elabora as estratégias de marketing, mas não passa essas informações para o designer. Estratégias de marketing que envolvem a identidade da empresa como um todo, devem – ou deveriam – envolver também o designer, pois este está ciente dos conceitos da empresa, do valor que a marca possui ou quer atingir, e apenas o designer – friso isso – possui conhecimentos estético-funcionais para opinar sobre o que pode ser feito ou não. Ou, no mínimo, deveria ter. Não é pretensão do designer querer compartilhar esses conhecimentos, é preocupação com uma série de valores que ele utilizou na hora de desenvolver o seu trabalho. Isso porque o design não se situa abaixo do marketing, fica ao lado, trabalha junto, com o mesmo objetivo, partilhando prós e contras de suas ações. CAPÍTULO III PROJETANDO MARKETING COM DESIGN 16 O design é um elemento de diferenciação competitiva em marketing, sendo muitas vezes o único aspecto que diferencia um produto no mercado. Muitas vezes o que determina o preço de um produto é o seu design: ele acaba por gerar um valor agregado que se torna essencial. É importante se diferenciar e se destacar no mercado (principalmente nos PDV’s). Mostrar conhecimento e oferecer para o cliente o que muitas vezes ele nem sabe que existe. Esta postura mostra ao cliente que a marca está tentando compreendê-lo para atingir a melhor solução para ele. Os consumidores hoje não buscam apenas produtos ou serviços funcionais, mas que sejam bonitos e que despertem emoções especiais. Como estamos vivendo em um momento de excesso de informação, seja através da internet, rádio, televisão etc, estas já não estão sendo suficientes para convencer os consumidores a adquirir produtos e serviços, precisamos transformar nossas capacidades de comunicação em histórias capazes de seduzir nossos clientes. A marca da empresa é um bem único e deve ser tratado como investimento pela equipe de marketing, que conta com a competência de um bom designer que participe dos processos de decisão e compartilha resultados. De nada adianta contratar um designer para fazer apenas a assinatura visual ou logotipo da empresa, vendo que uma marca criada pra hoje é custo e não trará retorno. Ao contrário de uma marca projetada para o amanhã, que se torna investimento e trará retorno. Além destes pontos de vista, todos os valores da marca são transmitidos diariamente através de sua identidade, embalagens e do próprio PDV e o designer fica presente em todos esses projetos. Cabe a ele estar em contato direto com o profissional de marketing, pois este sabe o que será feito do futuro da empresa, e ambos podem, então, definir os passos seguintes do projeto. Sem dúvidas, os profissionais de design e marketing juntos terão vantagem competitiva ao enfrentar o mercado. 17 CAPÍTULO IV MARCA E IDENTIDADE CORPORATIVA 18 Segundo Lígia Fascioni, “Identidade corporativa é o que a empresa realmente é. Ninguém é tudo o que gostaria de ser e tem defeitos também”, (FASCIONI, DNA Empresarial – Identidade Corporativa Como Referência Estratégica, 2010). A Identidade Corporativa ou Identidade pode ser definida como o conjunto de atributos que torna uma empresa especial, única. Esses atributos são classificados de essenciais e acidentais. Os primeiros são os atributos que se referem ao propósito da empresa, a missão e aos valores; os atributos acidentais contribuem para a descrição da empresa, mas não definem a sua essência. Pode-se entender melhor a diferença fazendo analogia com uma pessoa física. A cor dos cabelos, o biotipo e as roupas que ela está usando ajudam a descrevê-la, mas não definem a sua essência. A identidade se relaciona mais com os atributos essenciais, ou aqueles que mudam muito pouco ao longo da vida dessa pessoa, como o seu senso de justiça, seu pendor para as artes ou sua introspecção. Em uma empresa também é assim: se ela realmente é honesta, não há governos, leis ou ofertas irresistíveis que farão mudá-la; se valoriza o meio ambiente, sua preocupação aparecerá em todas as suas ações. Porém, se ela está no início de um projeto de expansão e com dificuldades financeiras, essa preocupação aparece apenas como um atributo acidental, já que sofrerá variações importantes ao longo do tempo. A identidade corporativa se traduz e se manifesta de várias maneiras: na marca gráfica da empresa, nas suas comunicações (interna e externa), no seu ambiente de produção ou atendimento, no tratamento que dá ao cliente, nas apresentações de seus profissionais, no seu material impresso, no seu nome, no seu portfólio de produtos etc. Todas essas manifestações contribuem para a construção da imagem corporativa. Conclui-se que a Identidade Corporativa é um dos maiores patrimônios que uma empresa pode ter, pois, depois de fixada na mente dos públicos toda vez que a “marca” da organização for mencionada ou vista será associada à instituição e suas ações. Assim o uso da Identidade Corporativa de forma homogênea gera credibilidade e segurança ao produto ou serviço 19 que a organização oferece, construindo pouco a pouco um patrimônio intangível e essencial para qualquer organização. Segundo o INPI – Instituto Nacional de Propriedade Intelectual -, marca é "todo sinal distintivo, visualmente perceptível, que identifica e distingue produtos e serviços de outros análogos, de procedência diversa, bem como certifica a conformidade dos mesmos com determinadas normas ou especificações técnicas". É a representação simbólica de uma entidade, qualquer que ela seja, algo que permite identificá-la de um modo imediato como, por exemplo, um sinal de presença, uma simples pegada. Na teoria da comunicação, pode ser um signo, um símbolo ou um ícone. Uma simples palavra pode referir uma marca. Marcas podem ser legalmente classificadas em diversos tipos. Por exemplo, há a marca estrangeira e a brasileira; de produtos/serviços ou coletivas, de certificação etc. Mas é a apresentação da marca que sugere mais importância a seus criadores. Por este critério, uma marca pode ser nominativa, figurativa, mista ou tridimensional. Marca nominativa — é aquela composta de palavras, expressões e/ou combinações de letras e/ou números do nosso alfabeto. Marca figurativa — é constituída de um desenho ou forma estilizada de letras e/ou números. Marca mista — é a composta de uma combinação de componentes das marcas figurativa e nominativa, cuja grafia se apresente de forma estilizada. Tridimensional — são aquelas constituídas por um formato físico de produto, embalagem etc., sem ter associada a si um efeito tecnológico qualquer. O termo marca é frequentemente usado hoje em dia como referência a uma determinada empresa: um nome marca verbal, imagens ou conceitos que distinguem o produto, serviço ou a própria empresa. Quando se fala em marca, é comum estar-se a referir, na maioria das vezes, a uma representação gráfica no âmbito e competência do designer gráfico, onde a marca pode ser representada graficamente por uma composição de um símbolo e/ ou logotipo, tanto individualmente quanto combinados. 20 Diferentemente da identidade corporativa, a marca é uma entidade construída para seduzir. A marca escolhe as melhores características da identidade para encantar. Ela filtra e só mostra o lado bom. E o normal, pois ninguém mostra seus defeitos na intenção de conquistar alguém. As marcas podem variar quanto ao seu poder e valor no mercado de acordo com varias escalas: marcas que não são conhecidas pela maioria dos compradores, bom nível de consciencialização de marca, alto grau de aceitabilidade de marca, alto grau de preferência de marca, alto grau de fidelidade a marca, entre outras. A marca pode criar valores para o consumidor: A marca é um contrato - marca diminui o risco que o consumidor corre ao adquirir o produto. Garante um nível de performances, independentemente da forma de distribuição. A marca identifica - numa oferta com produtos muitas vezes indiferenciáveis, a marca facilita o reconhecimento e favorece a fidelidade. Como exemplo as bebidas alcoólicas, os televisores, os telemóveis e etc. A marca diferencia - ela valoriza aquele que a usa ou a consome. Ela transmite a sua identidade as pessoas. Para as compras de status social é essencial a mais-valia trazida pela marca. É importante observar também que identidade visual não consiste em simplesmente exibir o logotipo e o símbolo em todo o material da empresa. Designers experientes conseguem fazer com que a empresa possa ser identificada utilizando uma paleta de cores específicas ou formas diferenciadas. Há também o uso de personagens e cenários específicos. Cabe ressaltar que estudos recentes de neuromarketing comprovam que, em algumas situações, essas cores, formas e cenários e atmosferas construídas como o entorno de uma marca fazem muito mais efeito no cérebro das pessoas do que a marca propriamente dita. E esses elementos de apoio à marca são muito explorados na hora da venda do produto. 21 CAPÍTULO V EMBALAGEM As pessoas compram com os cinco sentidos, mas, usualmente, elas são seduzidas pelo olhar e compram pelo tato. O modelo de varejo, 22 especialmente o por autosserviço, proporciona contatos diretos com as mercadorias. Por isto, em se tratando de pontos de venda, uma atenção muito especial deve ser dada às embalagens do que é oferecido. O livro “História da embalagem no Brasil”, relata que as primeiras embalagens utilizadas no país eram os cestos os samburás e os balaios criados pelos índios e usadas para o transporte de seus produtos. Com a chegada dos portugueses, barris, e caixotes passaram a fazer parte da vida brasileira. A primeira fabricação de vidro ocorreu em 1637 com a invasão holandesa no Recife onde quatro mestres vidreiros trazidos pelo príncipe Maurício de Nassau montaram uma oficina. Só com a chegada de D. João IV em 1808 e a abertura dos portos, o processo de produção de embalagens teve início no Brasil uma vez que antes deste período era proibido pela coroa de Potugal a fabricação de produtos na colônia. Em 1810 foi fundada em Salvador uma fábrica de garrafas e garrafões mas a produção de embalagens em grande escala só veio a ocorrer com a exportação dos produtos agrícolas como açúcar, mate e café que utilizaram respectivamente caixas de madeira, barricas e sacos de juta.No final do século XIX surgiram as latas para embalar a carne e a banha produzida pelos frigoríficos, os vidros para medicamentos e perfumes, o papel para os cigarros e embrulhos e o papelão para todo tipo de caixas e cartuchos. Hoje a indústria brasileira de embalagem está entre as mais desenvolvidas do mundo e somos um país exportador de embalagens vazias para os cinco continentes. Com a abertura do mercado nacional para os produtos importados, feita pelo Governo Collor, percebeu-se que o desenho das embalagens de outros países eram mais atrativas e, por conseqüência, vendiam mais. Atualmente, dos cerca de 40 mil produtos expostos nas prateleiras dos supermercados brasileiros, estima-se que apenas 10% possuam propaganda massiva na mídia. Desta forma o design de embalagem passa a ser um "vendedor silencioso". Percebeu-se a importância no mercado nacional do emprego do design de embalagem não só no ponto-de-venda, mas toda uma preocupação desde a criação ou lançamento de um novo produto, por mais simples que este seja. 23 Ao projetar produtos, deve-se levar em consideração: funcionalidade, facilidade de manuseio, reaproveitamento de materiais de acordo com sua toxicidade, escassez, renovabilidade e reciclabilidade. Hoje, no Brasil, existem empresas especializadas só em embalagens. Empresas brasileiras ganham e promovem prêmios internamente e no exterior para promover a produção de embalagens. O que demostra o grande valor agregado ao produto. A embalagem envolve a promoção e a proteção do produto, tendo papel definitivo tanto na sua estocagem quanto na sua exposição nas prateleiras. Ela torna o produto mais atraente para o consumidor o que facilita seu manuseio e sua utilização – o que colabora para a consolidação de uma relação de lealdade por parte do público. O cuidado com este trabalho significa que o design de embalagem envolve estudos representando além de estética e função, fatores sociais, culturais, de fabricação, de custos e de seleção de materiais que vão determinar mensagens qualitativas e quantitativas. Uma embalagem não pode ser apenas bonita, ela deve cumprir padrões de higiene, formatos, praticidade e segurança. O design de embalagem agrega valor, adequando de forma eficiente às necessidades e expectativas do consumidor e define seu posicionamento correto no mercado. É também, diferencial competitivo, pois através da inovação e da diferenciação o design pode criar uma personalidade capaz de conquistar a fidelidade do consumidor. Ao se desenvolver uma embalagem, deve-se definir os elementos do projeto técnico: Matérias-primas, processos produtivos, economias na fabricação, transporte etc., associado à qualidade do produto. No rótulo se aborda os problemas do design de informação e publicidade. Uma embalagem deve comunicar a identidade de uma marca, diferenciando-a dos concorrentes, contando uma história e trazendo valor agregado; trazer atenção ao produto e à marca no ponto de venda; posicionar um produto dentro de uma faixa de preço ou categoria; comunicar informações 24 técnicas sobre o produto, como instruções de uso, informações nutricionais, etc. Tudo isso pode ser alcançado através do design. O design da embalagem deve refletir as qualidades e valores associados à marca. Muitas vezes o próprio design de embalagem pode ser a vedete do posicionamento de um produto. Além disso, uma embalagem pode durar além de seu conteúdo, sendo usada como item colecionável ou souvenir, criando uma relação emocional com o consumidor. Usualmente, as embalagens são projetadas com o foco nos consumidores, sob as orientações das áreas de Marketing. Mas a importância e a experiência do varejo, como “ponte” entre quem fabrica e quem pode comprar, não deve ser menosprezada. Nesse sentido, as áreas de Trade Marketing das indústrias veem colaborando para o desenvolvimento de embalagens especiais para determinados canais de vendas ou que atendam aos grandes varejistas, em suas demandas específicas. Tanto as embalagens secundárias, as de transporte ou embarque, que protegem os produtos até sua exposição nas lojas, quanto as primárias, as que entram em contato direto com o compradores. No caso das embalagens secundárias, o Trade Marketing tem as informações necessárias para adequá-las a cada canal de vendas. Um creme dental, por exemplo, pode ser distribuído em caixas com seis unidades para minimercados, que não têm como comprar em grandes quantidades, em caixas com vinte e quatro unidades, para supermercados, e em caixas com oito packs, com três unidades cada, para os atacados que irão vendê-los aos varejistas que não têm força suficiente para comprar direto da indústria. Outro ponto a ser considerado nas embalagens secundárias são as oportunidades, cada vez maiores, devido à falta de tempo para arrumar os produtos nas lojas, de sua exposição direta nos pontos de venda. Assim, muitas delas vêm apresentando layouts bem sofisticados, atraentes, servindo como verdadeiros displays. 25 CAPÍTULO VI PROPAGANDA E MATERIAL PROMOCIONAL O termo "propaganda" tem a sua origem no gerúndio do verbo latim propagare, equivalente ao português propagar, significando o ato de difundir algo, originalmente referindo-se à prática agrícola de plantio usada para propagar plantas como a vinha. O uso da palavra "propaganda" no sentido 26 atual é uma cunhagem inglesa do século XVIII, nascida da abreviação de Congregatio de Propaganda Fide de cardeais estabelecida em 1622 pelo Papa Gregório XV para supervisionar a propagação da fé cristã nas missões estrangeiras. Propaganda é um modo específico de apresentar informação sobre um produto, marca, empresa ou política que visa influenciar a atitude de uma audiência para uma causa, posição ou atuação. A propaganda tem por objetivo tentar convencer o público de alguma coisa. Por isso, os publicitários, marqueteiros e designers estão usando a linguagem persuasiva para conquistar o cliente, seja através de palavras, de cores, de imagens, entre outros elementos. O desenvolvimento de uma propaganda exige saber: o produto utilidade, características, qualidades, desvantagens e vantagens; o público qual é o público-alvo (jovens, adolescentes, adultos, crianças). É importante determiná-lo para saber o tipo de linguagem que deverá ser utilizada; objetivo - vender sempre é a principal meta. Contudo, pode ser apresentar algo novo, causar impacto, despertar a curiosidade, aumentar a venda ou audiência, etc; estilo - cores, tamanhos, tipos de objetos, tipo de letra, pano de fundo, etc. Assinaturas visuais, slogans, jingles, usos de personagens e celebridades são estratégias muito frequentes nas propagandas, e também ajudam a atrair a atenção do consumidor. Muitos pesquisadores discutem se a propaganda é uma Arte, Ciência ou Técnica. Segundo Freitas (2009), é através da união dessas três ciências que surgiu a propaganda, nas quais ainda é baseada: Arte (Ordenação) - Elementos visuais e sonoros, um anúncio tem fundamento artístico, utiliza-se o estudo dos conceitos de movimentos de artes. A propaganda usa a tipologia, a linguística e uma imagem para ser grafada ou apenas vista. A arte está enquadrada tanto na propaganda estática (revistas, jornais e outdoors), ou na telecomunicada (como internet, televisão e rádio). 27 Ciência (Manipulação) - A parte científica da propaganda consiste no seu todo, são as pesquisas e definições utilizadas no planejamento de campanha, análises de mercado e segmentação de públicos. Técnica (Persuasão) - A criação, visual, sonora ou sensitiva busca enfatizar que o produto ofertado é o que se precisa para satisfazer as necessidades de consumo. Nesse momento valores são agregados ao produto, fortalecendo a construção de uma marca ou imagem sólida. Desta forma se age com a necessidade e desejo do receptor, em que a necessidade é o racional e o desejo, emoção. A propaganda também é chamada de “merchandising”, que tem origem na palavra inglesa merchandiser que significa “negociante”. Como se vê, até na origem, a propaganda é um tipo de negociação: eu te convenço e você compra. Material promocional, como o próprio nome já diz, pode ser qualquer material que tenha por finalidade promover a imagem de uma determinada marca. Podemos citar como exemplos de materiais promocionais: Cartões de visíta, folders explicativos, brindes, entre outros. O material promocional de uma empresa deve transmitir sua imagem e sua personalidade junto ao público-alvo. O material promocional é fundamental no marketing de uma empresa. Em muitas situações, ele é responsável sozinho por grande parte das vendas, sendo sempre um elemento de suporte para elas. Por isso é importante que ela mostre os seguintes pontos: boa apresentação do produto ou serviço – seja através de fotos ou ilustrações -, texto claro e objetivo, informação técnica caso necessária, descrição de características do produto ou serviço e seus benefícios e valores agregados e informação de como entrar em contato com a empresa. A natureza do negócio e a estratégia de marketing é que vão determinar o tipo de abordagem do material promocional: informal, elegante, inovador ou tradicional. O enfoque escolhido definirá o tipo de papel a ser utilizado, a tipografia a ser aplicada, o acabamento, o enquadramento de fotos, etc. 28 Todas essas decisões descritas acima dependem do plano de marketing definido pela empresa, considerando seus objetivos de mercado, seu público-alvo e seus concorrentes. CAPÍTULO VII VAREJO E DESIGN DE PONTOS DE VENDA O varejo – formado pelo comércio em geral – é uma das formas mais básicas de comunicação entre as empresas e o consumidor. A imagem que a loja passa, o serviço oferecido e a própria experiência do ato da compra são determinantes nessa relação, afetando a percepção desse consumidor e seu interesse nos produtos e serviços. 29 Como a briga pelo consumidor final está apertada no varejo, a procura por inovação para alavancar as vendas e dar visibilidade à marca se torna essencial para as empresas que buscam diferenciais. Entre as estratégias para vender mais está a busca pelo melhor design de ponto-de-venda, onde a iluminação correta, moderna, a arquitetura moderna e espaços com ares de boutique fashion, por exemplo, podem se transformar em estratégias de comunicação mais adequada. A comunicação visual é um dos pontos mais fortes na propaganda de uma loja. Ela não se dá somente na mídia em geral, mas também na fachada, na disposição interna, nos displays, nas embalagens oferecidas e mesmo nas etiquetas, sendo determinante na captação de um cliente. Para a comunicação visual ser efetiva no ponto de venda, deve-se considerar identidade, sinalização, informações no ponto de venda e grafismos decorativos. Da capa de um livro à indústria pesada, o Design hoje trabalha a função e a forma para fisgar o consumidor no seu ponto mais fraco: a emoção. A imagem é tudo. O que vai diferenciar um produto do outro na hora da compra será justamente como ele se apresenta, não mais o que ele faz. Segundo Guto Índio da Costa, famoso arquiteto carioca, “Quando a qualidade se torna essa commodity que todo mundo tem, o design ganha uma enorme importância por se tornar um diferencial que vai atrair a preferência de compra do consumidor na loja.” Num cenário de mídia cada vez mais fragmentado, onde o varejo aumenta a sua importância para a visibilidade de Marcas, as empresas transferem cada vez mais importância e consequentemente, investimentos, para o ponto de venda. O objetivo central é dar ao consumidor exatamente o que ele procura quando seu olhar se dirigir para o produto. A comunicação necessita ser cada vez mais clara, organizada e direta; pois ao menor sinal de dificuldades, outro estímulo roubará a atenção conquistada. E reconquistar essa atenção será ainda mais difícil. O contato inicia-se, geralmente, por meio de uma confrontação com a imagem, ou seja, a mensagem visual antecede à experimentação. 30 “Para criar uma boa razão que faça com que o consumidor deixe o conforto do lar, é preciso que o ato de fazer compras seja uma oportunidade de sonhar, brincar, escapar da realidade e criar arte.” Diz Marc Gobè – autor de Emotional Branding, livro que trata da importância do design na construção de marcas no ponto de venda. Ao pensarmos em ponto de venda não podemos nos esquecer que estamos falando de uma variedade enorme de tipos de lojas, desde padarias, bares, supermercados, bancas de revista, lojas de automóveis, até shopping centers e mega-stores. Independentemente do tamanho ou do tipo de público que freqüenta aquele ponto de venda, a comunicação visual é um dos pontos mais fortes na propaganda de uma loja. Ela não se dá somente na mídia em geral, mas também na fachada, na disposição interna, nos displays, nas embalagens oferecidas e mesmo nas etiquetas, sendo determinante na captação de um cliente. Além de ajudar no posicionamento e exposição de produtos, os materiais de PDV são uma arma importante de uma campanha de propaganda para complementar o desejo e a intenção de compra criada por sua divulgação. Eles lembram e reforçam aos consumidores, no local onde a decisão de compra está sendo tomada, a mensagem publicitária vista por eles antes de entrar na loja. Um dos estudos feitos pelo Popai dos EUA em supermercados norteamericanos, o Measured Médium Study, comprovou a influência dos materiais de PDV na decisão de compra. Foram comprovados aumentos de venda de 49% em média para materiais afixados na gôndola (ponto normal) e de 41% em média para displays (ponto extra). O design é um espaço aberto para a inovação e os inovadores. Na estética, na comunicação, na conveniência, predomina a criação que vem do design. A embalagem do perfume, em sua história secular, se resume ao frasco e a tampa. O que dá tanto glamour a história deste produto? A forma, a cor, o design gráfico das embalagens. Neste contexto, especialmente quando se trata de varejo, o designer atua como um profissional essencial. É dele a tarefa de distinguir e valorizar o 31 produto, através da comunicação visual e assim destacar a Marca nas gôndolas, prateleiras e vitrines. O design não pretende solitariamente convencer o consumidor sobre a escolha da Marca, mas sim combinar forças com o produto, suas promoções, o posicionamento de preço e quando necessário, reforçar o discurso do vendedor. Os varejos contemplam uma infinidade de modelos. Usualmente suas personalidades são definidas por suas marcas, arquitetura e design, portfólio, forma de trabalhar e expor o que vendem e sua precificação e pelo modo de atender seus clientes. No que diz respeito à exposição dos produtos ou serviços, são quatro os modelos básicos: free flow – quando a arrumação das mercadorias é feita de forma aparentemente pouco ordenada, reunida em ilhas, em torno das quais as pessoas transitam; grid – os expositores são arrumados segundo uma malha de ângulos retos em toda a loja, como na maioria dos supermercados; loop – quando existe um caminho quase obrigatório para se percorrer toda a loja; spine – quando os itens à venda são expostos a partir de um grande corredor central, ao longo do qual se abrem outras áreas de vendas em freeflow ou grid. Design no varejo será o grande desafio para os próximos anos. As empresas que entenderem a importância do seu significado, aplicado na estratégia de marketing para canais de vendas, terão maior vantagem competitiva daqui para frente. 32 CONCLUSÃO A relação marketing-design está sendo cada vez mais estreitada pelas necessidades de mercado. Os consumidores não desejam apenas algo que satisfaçam suas necessidades, mas produtos que sejam desejados. A expansão dos uso dos meios de comunicação e a intensificação da competição cada vez maior por fatias do mercado (segmentos ou nichos), estão exigindo uma criatividade maior por parte das empresas. O papel do design junto com o marketing tornou-se fundamental na agregação de valor para os produtos ou serviços. Assim, é preciso que o design entenda as estratégias de marketing para encontrarem juntas soluções adequadas no desenvolvimento ou adequação dos produtos e serviços. Os consumidores hoje não buscam apenas produtos ou serviços 33 funcionais, mas que sejam bonitos e que despertem emoções especiais. Como estamos vivendo em um momento de excesso de informação, seja através da internet, rádio, televisão etc, estas já não estão sendo suficientes para convencer os consumidores a adquirir produtos e serviços, é preciso transformar a capacidade de comunicação em histórias capazes de seduzir os clientes. Uma das principais funções do marketing é de entender as necessidades e desejos dos consumidores. Este conceito precisa evoluir para a compreensão do comportamento, estabelecimento de relacionamentos duradouros e a preocupação com as pessoas em um sentindo mais amplo. Consequentemente, o marketing precisa estabelecer uma sintonia com o design para que juntos possam criar produtos e serviços que proporcionem o bem-estar, alegria e acrescentem um sentido especial aos produtos e serviços, assim como a imagem das organizações. As empresas que não agregarem estes ingredientes à sua marca e aos seus produtos perderão seus clientes, ficarão como parte de uma Era que se foi. Por isso o design é tão importante para auxiliar o marketing a vender melhor seus produtos. 34 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA BROWN, Tim. Design Thinking: Uma Metodologia Poderosa Para Decretar o Fim das Velhas Ideias. Rio de Janeiro: Campus Elsevier, 2010. CESAR, Newton. Mídia Impressa: Como Fazer um Anúncio de Jornal e Revista. Rio de Janeiro: 2AB, 2008. DONIS, Donis A. Sintaxe da Linguagem Visual. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 2007. EDER, Polizei. Plano de Marketing. São Paulo: Cengage Learning, 2010. 35 FASCIONI, Lígia. DNA Empresarial – Identidade Corporativa Como Referência Estratégica. São Paulo: Integrare, 2010. HEATH, Cheap. Idéias que Colam: por que Algumas Idéias Pegam e Outras Não. São Paulo: Campus, 2003. HOLLIS, Richard. Design Gráfico: Uma História Concisa. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 2010. KOPP, Rudinei. Design Gráfico Cambiante. Rio de Janeiro: 2AB, 2009. KOTLER, PHILIP. Administração de Marketing - A Bíblia Do Marketing. São Paulo: Pearson Education, 2006. 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Acesso em 24/01/2012. 39 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I - A Origem do Marketing e do Design 9 CAPÍTULO II - Por que aliar o Design ao Marketing? 15 CAPÍTULO III – Projetando Marketing com Design 16 CAPÍTULO IV – Marca e Identidade Corporativa 18 CAPÍTULO V – Embalagem 22 CAPÍTULO VI – Propaganda e Material Promocional 26 CAPÍTULO VII – Varejo e Design de Pontos de Venda 29 40 CONCLUSÃO 33 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 35 ÍNDICE 40 FOLHA DE AVALIAÇÃO 41