Informativo Epidemiológico de Dengue, Chikungunya e Zika Ano 11, nº 48, novembro de 2016. Semana epidemiológica 47 de 2016. DENGUE GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL No Distrito Federal, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) registrou em SECRETARIA 2016, até a semana epidemiológica (SE) 47, 23.633 casos suspeitos de DE ESTADO DE SAÚDE DO DF dengue, dos quais 21.162 (90%) são residentes do Distrito Federal e 2.471 (10%) de outras Unidades Federativas (UF’s). Tabela 1- Número de casos de dengue no Distrito Federal, segundo local de residência, até a semana epidemiológica 47. DF, 2016. Residentes no Distrito Federal Casos de dengue Gerência de Doenças Crônicas e Agravos Transmissíveis (GEDCAT) Endereço: Setor Bancário Norte - SBN Quadra 02, Lote 04, Bl. P, 1ºSubsolo. Brasília/DF CEP: 70.040-020 Tel.: (61) 3901-3083 / 3322-7378 E-mail: [email protected] Residentes em Outras UF's Total de Casos 2016 2015 2016 Variação % 2015 2016 Variação % 12.036 21.162 75,82 696 2.471 255,03 23.633 9.540 17.680 85,32 568 2.104 270,42 Prováveis* Fonte: SINAN Online Dados atualizados em 28/11/2016 (até a SE 47 de 2015 e 2016). Dados sujeitos a alteração. * Todos os casos notificados, exceto os descartados, conforme definição do Ministério da Saúde. 19.784 Notificados Dentre os 19.784 casos prováveis de dengue, 17.680 residem no DF e 2.104 residem em outros estados. Equipe de Elaboração Rachel Helen Borges da Silva Bitar No quadro 1, em 2016, além do aumento de 85,32% do número de casos prováveis em residentes no DF, observa-se que houve, também, uma antecipação do período de maior ocorrência de casos de dengue nos meses de fevereiro e março, quando comparado com 2015, que registrou tal situação nos Revisão Técnica meses de abril e maio. Cristiane Resende Silva (Gerente da GEDCAT) Heloisa Dilourdes da Silva Araújo (Diretora da DIVEP) Tiago Araújo Coelho de Souza (Subsecretário da SVS) Página 1 de 10 Quadro 1 – Distribuição dos casos prováveis de dengue em residentes no Distrito Federal, segundo mês do início dos sintomas, até SE 47. DF, 2015 e 2016. Mês de início de sintomas Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Semana epidemiológica de sintomas Nº casos 2015 Nº casos 2016 Semana 01 61 490 Semana 02 66 503 Semana 03 74 609 Semana 04 120 599 Semana 05 153 996 Semana 06 139 1.287 Semana 07 176 1.231 Semana 08 174 1.051 Semana 09 234 1.040 Semana 10 245 1.061 Semana 11 270 1.086 Semana 12 309 1.010 Semana 13 343 893 Semana 14 530 890 Semana 15 623 869 Semana 16 697 653 Semana 17 744 577 Semana 18 822 526 Semana 19 597 456 Semana 20 568 347 Semana 21 439 273 Semana 22 434 257 Semana 23 379 206 Semana 24 322 143 Semana 25 203 92 Semana 26 102 78 Semana 27 67 63 Semana 28 79 53 Semana 29 74 49 Semana 30 41 21 Semana 31 37 26 Semana 32 29 16 Semana 33 35 27 Semana 34 23 Semana 35 21 18 21 Semana 36 16 16 Semana 37 22 16 Semana 38 8 15 Semana 39 36 20 Semana 40 34 11 Semana 41 15 7 Semana 42 13 18 Semana 43 18 12 Semana 44 24 24 Semana 45 41 8 Semana 46 Semana 47 37 46 10 6 Total 9.540 17.680 Fonte: SINAN Online Dados atualizados em 28/11/2016 (até a SE 47 de 2015 e 2016). Dados sujeitos a alteração. A distribuição dos casos prováveis por dengue em residentes do DF está demonstrada na Tabela 2, de acordo com a localidade de residência. As Regiões Administrativas (RA’s) de Brazlândia, Ceilândia, São Sebastião, Taguatinga, Planaltina e Samambaia, são as que apresentam maior número de casos, respondendo por 9.862 casos, um percentual de 56% dos casos ocorridos. Página 2 de 10 Tabela 2 - Distribuição dos casos prováveis de dengue em residentes do Distrito Federal, segundo localidade de residência, até a semana epidemiológica 47. DF, 2015 e 2016. Casos de Dengue Localidade de residência Águas Claras Asa Norte Asa Sul Brazlândia* Candangolândia Ceilândia* Cruzeiro Fercal Gama Guará Itapoã Jardim Botânico Lago Norte Lago Sul N.Bandeirante Paranoá Park Way Planaltina* Recanto das Emas Riacho Fundo I Riacho Fundo II Samambaia * Santa Maria São Sebastião* Scia (Estrutural) SIA Sobradinho Sobradinho II Sudoeste/Octogonal Taguatinga * Varjão Vicente Pires Em Branco Não Classificados Total Variação% 2015 2016 127 284 89 180 33 711 118 49 828 371 145 50 75 144 44 274 24 2205 285 52 42 372 367 359 140 0 519 741 30 512 44 142 184 0 275 217 219 1.942 173 1.915 57 79 507 494 633 85 215 136 196 468 78 1.418 845 230 178 1.378 473 1.744 365 14 433 355 60 1.465 40 419 574 0 116,54 -23,59 146,07 978,89 424,24 169,34 -51,69 61,22 -38,77 33,15 336,55 70,00 186,67 -5,56 345,45 70,80 225,00 -35,69 196,49 342,31 323,81 270,43 28,88 385,79 160,71 +/-16,57 -52,09 100,00 186,13 -9,09 195,07 211,96 0,00 9.540 17.680 85,32 Fonte: SINAN Online Dados atualizados em 28/11/2016 (até a SE 47 de 2015 e 2016). Dados sujeitos a alteração. * Locais de residência com maior nº de casos. (+/-) Não há registro de casos no mesmo período em 2015 para comparação da variação percentual. A distribuição por faixa etária, nas RA’s que registraram maior número de casos prováveis de dengue, até a SE 47 de 2016, está demonstrada a seguir. Observa-se que a maioria dos casos (55,5%) ocorreram na faixa etária entre 20 e 49 anos, depois em menores de 1 ano até 19 anos (26,1%) e por último acima dos 50 anos (18,4%). Destaca-se, ainda, que cerca de 3,54% dos casos ocorreram em crianças menores de 5 anos. Página 3 de 10 Fonte: SINAN Online. Dados atualizados em 28/11/2016 (até SE 47 de 2016). Dados sujeitos a alteração. Figura 1: Distribuição dos casos prováveis de dengue por faixa etária, em residentes do DF, até a semana epidemiológica 47 de 2016. Com relação aos casos graves e óbitos por dengue, até SE 47 de 2016, há notificação de 41 casos classificados como dengue grave em residentes no DF, sendo que 22 casos evoluíram à óbito, conforme demonstrado no Tabela 3. Tabela 3 – Número de casos prováveis de dengue grave, cura e óbitos confirmados em residentes no DF, até a semana epidemiológica 47. DF, 2015 e 2016. Dengue Grave Residentes no DF 2015 2016 Cura 5 19 Óbitos 24 22 Total 29 41 Fonte: SINAN Online Dados atualizados em 28/11/2016 (até a SE 47 de 2015 e 2016). Dados sujeitos a alteração. Sobre a incidência acumulada de dengue até a SE 47 de 2016, as maiores taxas foram observadas nas regiões de Brazlândia, São Sebastião, Itapoã e Estrutural. Estas apresentaram, em algum momento, coeficiente de incidência mensal acima de 300 casos/100 mil habitantes, portanto, demonstraram situação de epidemia. As demais evidenciaram uma situação pré-epidêmica, conforme Tabela 4. Uma redução da incidência por três semanas consecutivas, evidencia tendência de retomada do controle, dentro do nível endêmico da doença. Foram destacadas, na tabela 4, as regiões cujo coeficiente de incidência mensal alcançou valor igual ou superior a 200 casos/100 mil habitantes, visando melhor monitoramento nessas regiões. Página 4 de 10 Tabela 4 – Incidência mensal de casos prováveis de dengue, em residentes do Distrito Federal, por localidade de residência, até a semana epidemiológica 47. DF, 2016. Incidência mensal (/100 mil hab.) Localidade de residência Águas Claras Asa Norte Asa Sul Brazlândia Candangolândia Ceilândia Cruzeiro Fercal Gama Guará Itapoã Jardim Botânico Lago Norte Lago Sul Núcleo Bandeirante Paranoá Park Way Planaltina Recanto das Emas Riacho Fundo I Riacho Fundo II Samambaia Santa Maria São Sebastião Scia (Estrutural) SIA Sobradinho Sobradinho II Sudoeste/Octogonal Taguatinga Varjão Vicente Pires Total DF Incidência acumulada (/100 mil hab.) Outubro Novembro Dezembro janeiro fevereiro março abril maio junho julho agosto setembro 45,73 36,80 43,64 895,84 86,52 40,80 24,29 186,89 33,96 42,01 58,95 73,28 75,05 47,30 97,60 39,63 79,05 82,04 47,74 57,85 14,63 47,32 44,44 200,92 138,37 0,00 54,63 40,49 30,70 78,35 9,47 57,22 71,99 45,13 65,94 1.024,47 259,56 120,02 26,71 226,23 104,46 104,62 316,38 112,08 207,02 144,69 230,06 180,72 96,62 122,80 179,01 134,98 121,96 134,08 88,15 412,20 309,13 71,18 93,66 95,28 34,11 176,40 94,73 214,23 45,73 35,41 58,18 547,80 173,04 105,34 21,86 147,54 77,54 106,99 339,96 94,84 183,73 72,34 146,40 209,26 65,87 244,58 133,38 106,06 95,13 124,00 93,33 646,27 294,41 106,78 152,75 98,85 15,35 151,68 142,10 145,26 30,49 20,14 20,36 334,43 264,97 86,99 17,00 137,71 45,50 63,40 253,50 34,49 54,34 36,17 80,17 142,68 35,13 212,48 120,74 113,29 92,69 135,40 69,63 208,17 241,42 284,74 131,57 125,05 6,82 106,01 75,79 96,84 26,25 9,03 9,70 102,90 102,74 36,70 31,57 59,02 28,84 37,25 202,40 34,49 18,11 64,00 87,14 88,78 39,52 43,82 71,60 60,26 58,54 98,59 39,26 199,89 55,94 0,00 34,56 57,17 8,53 55,73 28,42 57,22 4,23 4,17 10,67 16,65 10,82 13,82 12,14 0,00 16,02 19,81 51,09 17,24 7,76 2,78 13,94 53,90 17,57 9,17 21,76 28,93 21,95 35,49 8,15 98,39 20,61 35,59 8,92 1,19 5,12 23,88 18,95 29,35 1,69 0,00 0,97 10,59 5,41 4,53 4,86 0,00 3,84 5,55 7,86 0,00 5,18 2,78 13,94 15,85 4,39 1,53 7,02 16,87 19,51 14,46 2,96 33,14 5,89 0,00 0,00 0,00 0,00 7,54 9,47 10,27 1,69 0,00 0,97 3,03 27,04 2,16 0,00 0,00 5,77 2,38 7,86 0,00 0,00 5,56 6,97 7,93 4,39 1,02 4,91 9,64 2,44 3,94 2,22 2,07 0,00 0,00 1,11 0,00 1,71 5,45 0,00 1,47 1,69 0,00 0,00 1,51 0,00 1,73 0,00 9,84 3,84 3,96 1,97 0,00 2,59 0,00 6,97 1,59 0,00 1,53 1,40 12,05 2,44 5,70 0,00 2,07 2,94 0,00 4,46 3,57 0,00 4,61 0,00 0,00 1,69 0,00 0,97 1,51 0,00 0,86 0,00 0,00 4,49 2,38 3,93 0,00 2,59 2,78 0,00 1,59 0,00 2,04 2,81 9,64 0,00 3,07 2,22 1,04 2,94 0,00 0,00 1,19 0,00 1,26 0,00 1,47 1,69 0,00 0,97 0,00 5,41 0,43 0,00 9,84 0,64 3,17 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,53 2,81 4,82 4,88 1,75 0,00 2,07 2,94 0,00 1,11 0,00 0,00 2,93 0,00 1,47 232,90 150,68 212,37 2.938,73 935,51 413,38 138,43 777,07 324,90 391,52 1.243,90 366,42 556,38 378,41 683,21 741,92 342,55 722,54 593,19 554,40 434,16 603,80 350,37 1.806,23 1.074,60 498,29 482,79 422,79 102,33 613,84 378,94 614,80 77,892 159,914 150,778 110,036 57,772 21,295 7,121 3,224 2,486 1,847 1,478 593,843 Fonte: SINAN Online. Dados atualizados em 28/11/2016 (até a SE 47 de 2016). Dados sujeitos a alteração. Incluídos no total: 574 casos em branco - Baixa incidência = < 100 casos/100 mil habitantes/mês; - Média incidência = entre 100 e 300 casos/100 mil habitantes/mês; - Alta incidência = > de 300 casos/100 mil habitantes/mês, podendo em caso de tendência crescente, caracterizar uma situação epidêmica por dengue. Para o monitoramento dos sorotipos circulantes do vírus da dengue, o LACEN-DF analisou 1.429 amostras até a SE 47 de 2016, sendo 288 positivas para os sorotipos DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 (Quadro 2). Quadro 2 - Monitoramento dos sorotipos de dengue circulantes no Distrito Federal, até a semana epidemiológica 47. DF, 2016. Nº de amostras Sorotipos identificados Analisadas Isoladas DENV1 DENV2 DENV3 DENV4 1.429 288 192 82 7 7 Fonte: Trakcare/SES/DF Dados atualizados em 28/11/2016 (até a SE 47 de 2016). Dados sujeitos a alteração. Identificou-se com o monitoramento dos sorotipos do vírus dengue presentes no DF, até a SE 47, que há a circulação dos 04 sorotipos, sobretudo DENV1 (67%) e DENV2 (28%). Página 5 de 10 Observa-se na Figura 2, que ocorreu uma antecipação no período de epidemia a partir da SE 01 de 2016, com pico máximo observado na SE 07. Atualmente, a curva de incidência está dentro do canal endêmico esperado para o período. Coeficiente de incidência semanal Diagrama de controle de dengue do DF, 2015 - 2016 50,00 Limite superior 45,00 40,00 Média móvel 35,00 30,00 Incidência 2015/2016 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 0,00 47 48 49 50 51 52 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 Semana epidemiológica de sintomas Fonte: SINAN Online. Dados atualizados em 28/11/2016 (da SE 47 de 2015 até SE 47 2016). Dados sujeitos a alteração. Figura 2 – Diagrama de Controle e curva de incidência anual de casos prováveis de dengue em residentes do Distrito Federal, por semana epidemiológica de início de sintomas, da semana 47ª de 2015 até a 47ª semana epidemiológica de 2016. Febre de Chikungunya No Distrito Federal, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) registrou 1.014 casos suspeitos da febre de Chikungunya, até a SE 47 de 2016, dos quais 864 (85%) residem no Distrito Federal e 150 (15%) em outras Unidades da Federação. Tabela 1 - Número de casos da febre de Chikungunya no Distrito Federal, segundo local de residência, até a semana epidemiológica 47. DF, 2016. Casos de Chikungunya Notificados Residentes no Distrito Federal 2015 191 Variação 2016 % 864 352 Residentes em Outras UF 2015 19 Variação 2016 % 150 Total de Casos 2016 689 1.014 Confirmados * 17 153 800 1 10 900 Fonte: SINAN Online e Net Dados atualizados em 28/11/2016 (até a SE 47 de 2015 e 2016). Dados sujeitos a alteração. *Todos os casos notificados com classificação "confirmado". 163 Do total de casos confirmados de febre de Chikungunya em 2016, até a SE 47, 153 residem no DF e 10 em outros estados. A distribuição dos casos confirmados (153) em residentes do DF está demonstrada na Tabela 2, de acordo com a localidade de residência. As RA’s de Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Gama, Asa Norte e Sobradinho I são as que apresentam maior número de casos (84), representando 55% dos casos ocorridos. Página 6 de 10 Segundo a fonte de infecção, os casos confirmados residentes no DF distribuem-se da seguinte forma: 37,91% (58 casos) são importados, 22,88% (35 casos) são autóctones e 39,22% (60 casos) com fonte de infecção desconhecida. Tabela 2 - Número de casos confirmados da febre de Chikungunya em residentes no Distrito Federal, segundo local de residência, até a SE 47. DF, 2016. Localidade de residência Casos de Chikungunya Variação % 2015 2016 1 2 2 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 0 0 0 1 0 0 2 0 0 2 0 1 1 3 9 2 1 0 22 8 0 13 8 7 1 2 0 2 4 0 6 5 4 1 15 3 3 2 0 9 0 3 16 0 2 2 Águas Claras Asa Norte Asa Sul Brazlândia Candangolândia Ceilândia Cruzeiro Fercal Gama Guará Itapoã Jardim Botânico Lago Norte Lago Sul N.Bandeirante Paranoá Park Way Planaltina Recanto das Emas Riacho Fundo I Riacho Fundo II Samambaia Santa Maria São Sebastião Scia (Estrutural) SIA Sobradinho I Sobradinho II Sudoeste/Octogonal Taguatinga Varjão Vicente Pires Em Branco Total 17 153 200 350 0 +/0 2.100 +/0 +/700 +/+/+/0 100 +/0 500 +/300 +/+/+/200 +/0 350 0 +/700 0 100 100 800 Fonte: SINAN Online e Net Dados atualizados em 28/11/2016 (até a SE 47 de 2015 e 2016). Dados sujeitos a alteração. (+/-) Não há registro de casos no mesmo período em 2015 para comparação da variação percentual. Dos casos importados (58), há predominância de infecção advinda da região Nordeste (52), em maior parte dos estados de Pernambuco (15), Maranhão (16) e Rio Grande do Norte (8). Embora a maioria dos casos com fonte de infecção conhecida seja importado, há um número importante de casos com transmissão no próprio DF (35), indicativo de que a circulação viral está estabelecida no DF. Observa-se, que a maioria dos casos com local de infecção conhecida são importados. A confirmação dos casos ocorreu pelos critérios laboratorial e/ou clínico-epidemiológico. Página 7 de 10 Doença aguda pelo vírus Zika No Distrito Federal, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) registrou 995 casos suspeitos de doença aguda pelo vírus Zika até a SE 47 de 2016, dos quais 841 (85%) residem no Distrito Federal e 154 (15%) em outras Unidades da Federação. Tabela 1 - Número de casos de doença aguda pelo vírus Zika no Distrito Federal, segundo local de residência, até a semana epidemiológica 47. DF, 2016. Residentes no Distrito Federal Casos de zika 2015 Notificados 17 Residentes em Outras UF's Variação 2016 % 841 4.847 2015 5 Variação 2016 % 154 2.980 Total de Casos 2016 995 Confirmados * 4 174 4.250 0 23 +/197 Fonte: SINAN Net Dados atualizados em 28/11/2016 (até a SE 47 de 2015 e 2016). Dados sujeitos a alteração. * Todos os casos notificados com classificação "confirmado". (+/-) Não há registro de casos no mesmo período em 2015 para comparação da variação percentual. Do total de casos confirmados de doença aguda pelo vírus Zika até a SE 47 de 2016, 174 residem no DF e 23 em outros estados. A distribuição desses casos confirmados (174) em residentes do DF está demonstrada na Tabela 2, de acordo com a localidade de residência. Tabela 2 - Número de casos de doença aguda pelo vírus Zika vírus no Distrito Federal, segundo local de residência, até a semana epidemiológica 47. DF, 2016. Localidade de residência Casos de Zika 2015 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 2016 10 13 12 3 0 4 2 1 8 12 2 5 12 8 1 5 2 5 2 3 0 9 2 1 3 0 5 2 3 31 1 4 3 174 Variação % +/Águas Claras 1.200 Asa Norte 1.100 Asa Sul +/Brazlândia 0 Candangolândia +/Ceilândia +/Cruzeiro +/Fercal +/Gama +/Guará +/Itapoã +/Jardim Botânico 1.100 Lago Norte +/Lago Sul +/N.Bandeirante +/Paranoá +/Park Way +/Planaltina +/Recanto das Emas +/Riacho Fundo I -100 Riacho Fundo II +/Samambaia +/Santa Maria +/São Sebastião +/Scia (Estrutural) 0 SIA +/Sobradinho +/Sobradinho II +/Sudoeste/Octogonal +/Taguatinga +/Varjão +/Vicente Pires +/Em Branco Total 4.250 Fonte: SINAN Net Dados atualizados em 28/11/2016 (até a SE 47 de 2015 e 2016). (+/-) Não há registro de casos no mesmo período em 2015 para comparação da variação percentual. Página 8 de 10 As regiões de Taguatinga, Asa Norte, Asa Sul, Guará, Lago Norte, Águas Claras e Samambaia são as que apresentam maior número de casos (99), representando 56,90% dos casos ocorridos. Os casos confirmados de doença aguda pelo vírus Zika em residentes do DF, segundo local de infecção, configura-se da seguinte forma: 30,46% (53) são autóctones, 7,47% (13) são importados e 62,07% (108) com fonte de infecção indeterminada. Dos casos importados (13), há predominância de infecção ocorrida na região Sudeste (7), e em maior parte do estado de Minas Gerais (4). Observa-se, que a maioria dos casos com local de infecção conhecida são autóctones, ao contrário dos casos da febre de Chikungunya, em que a maior parte dos casos são importados. A confirmação dos casos ocorreu pelos critérios laboratorial e/ou clínico-epidemiológico. Casos em Gestantes Do período de julho de 2015 até a SE 47 de 2016 foram confirmados no DF 40 casos de doença aguda pelo vírus Zika em gestantes, sendo: 26 residentes no DF, 14 residentes em outros estados (Goiás e Mato Grosso), conforme demostrado na tabela 3. Tabela 3 - Distribuição dos casos confirmados doença aguda pelo vírus Zika em gestantes, por semana epidemiológica de início de sintomas e local de residência, notificados no Distrito Federal. DF, 2015 e 2016. Mês/Ano Sem .Epid.Sintom as Fevereiro/2015 Julho/2015 Semana 08 Semana 27 Semana 49 Semana 51 Semana 52 Semana 01 Semana 02 Semana 04 Semana 05 Dezem bro/2015 Janeiro/2016 Semana 07 Fevereiro/2016 Semana 08 Semana 09 Março/2016 Semana 10 Semana 11 Semana 13 Abril/2016 Semana 14 Semana 15 Semana 17 Semana 18 Maio/2016 Junho/2016 Outubro/2016 Semana 19 Semana 20 Semana 21 Semana 26 Semana 40 Total nº UF Casos Residência 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 40 DF DF GO DF DF GO DF MT DF GO DF DF DF GO GO GO DF DF DF GO DF GO GO DF DF DF GO DF DF DF DF DF DF DF DF GO GO GO DF DF Município ou Região Adm inistrativa de Residência Riacho Fundo II Asa Norte Santo Antônio do Descoberto/GO Águas Claras Asa Norte Santo Antônio do Descoberto/GO Taguatinga Barra do Garça Guará II Santo Antônio do Descoberto/GO Águas Claras Ceilândia Estrutural Águas Lindas/GO Santo Antônio do Descoberto/GO Novo Gama/GO Taguatinga Santa Maria Gama Novo Gama/GO Águas Claras Santo Antônio do Descoberto/GO Luziânia/GO Planaltina Núcleo Bandeirante Samambaia Cidade Ocidental/GO Samambaia Samambaia Varjão Estrutural Park Way Vicente Pires Fercal Taguatinga Águas Lindas/GO Padre Bernardo/GO Cidade Ocidental/GO Brazlândia Gama Trim estre gestacional LPI ** Rio de Janeiro/RJ ** Maceió-AL Santo Antônio do Descoberto/GO * Goiânia/GO * Lago Sul/DF * Santo Antônio do Descoberto/GO * Distrito Federal Barra do Garça/MT * Distrito Federal * Santo Antônio do Descoberto/GO * Distrito Federal * Distrito Federal * Distrito Federal * Águas Lindas/GO * Santo Antônio do Descoberto/GO * Novo Gama/GO * Distrito Federal * Distrito Federal * Distrito Federal Novo Gama/GO * Distrito Federal * Santo Antônio do Descoberto/GO Luziânia/GO * Distrito Federal * Distrito Federal * Distrito Federal Cidade Ocidental/GO ** Distrito Federal * Distrito Federal * Distrito Federal * Distrito Federal * Santo Antônio do Descoberto/GO * Distrito Federal * Distrito Federal * Distrito Federal Águas Lindas/GO Padre Bernado/GO Cidade Ocidental/GO * Distrito Federal Indeterminado 1º 1º 1º 3º 2º 3º 1º 1º 2º 3º 3º 2º 2º 3º 2º 2º 3º 3º 2º 3º 2º 2º 2º 1º 2º 3º 1º 2º 2º 3º 3º 2º 2º 3º 2º 1º 1º 2º 3º 2º Fonte: SINAN Net Dados atualizados em 28/11/2016 (da SE 08 de 2015 até a SE 47 de 2016). Dados sujeitos a alteração. GO = Goiás, DF = Distrito Federal, MT = Mato Grosso, LPI = local provável de infecção. * Recém nascidos sem intercorrências ** Recém nascidos com intercorrência Página 9 de 10 De acordo com a tabela 3, das 40 gestantes confirmadas, 31 tiveram bebês. Destes, 28 nasceram, aparentemente, sem intercorrências relacionadas ao zika vírus, 01 nasceu com intercorrência e está sob investigação e 02 foram a óbito. Em um dos óbitos houve má formação decorrente da infecção pelo zika vírus, a infecção ocorreu no 1º trimestre da gestação. Entre os 31 partos ocorridos no DF, 25 são de residentes no DF e 06 de outro estado (Goiás). A confirmação da doença aguda pelo vírus Zika em gestantes ocorreu pelo critério laboratorial. As suspeitas da febre de Chikungunya devem ser notificadas imediatamente utilizando a ficha notificação/investigação para Dengue ou Chikungunya do SINAN ONLINE (serviços de saúde que possuem acesso) ou no FormSUS (serviços de saúde que não possuem acesso ao SINAN), disponível em: http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=7081 As suspeitas de doença aguda pelo Zika Vírus devem ser notificadas imediatamente utilizando a ficha notificação individual do SINAN-NET (serviços de saúde que possuem acesso) ou no FormSUS (serviços de saúde que não possuem acesso ao SINAN), disponível em: http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=7081 As suspeitas de casos de microcefalias possivelmente vinculadas ao Zika vírus devem ser notificadas, imediatamente, através do instrumento RESP (Registro de Evento de Saúde Pública), disponível em: www.resp.saude.gov.br. A notificação do caso suspeito de microcefalia no RESP não exclui a necessidade de se notificar o mesmo caso no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). De acordo com o ANEXO I, da Portaria nº 1.271, de 6 de junho de 2014, do Ministério da Saúde, os dados clínicos e epidemiológicos complementares devem ser inseridos no campo “observações adicionais”. Brasília, 29 de novembro de 2016. Cristiane Resende Silva Gerência de Doenças Crônicas e Outros Agravos Transmissíveis Gerente Heloisa Dilourdes da Silva Araújo Diretoria de Vigilância Epidemiológica Diretora Tiago Araújo Coelho de Souza Subsecretaria de Vigilância à Saúde Subsecretário Página 10 de 10