Dossiê Federação Russa INFORMAÇÕES Sobre o país A Federação Russa é considerada o maior país do mundo em termo de área, ocupando um território de aproximadamente 17 milhões Km², ocupando parte do continente europeu e asiático. Sua população é por volta de 142,5 milhões de habitantes. Sua capital é Moscou. Com relação a sua economia, o país passou por grandes mudanças após o colapso da União Soviética, passando de uma economia globalmente isolada e centraliada para uma globalmente mais integrada. Ela participa do grupo de países emergentes BRICS desde sua criação, em 2006. Do ponto de vista histórico, o país passou por uma revolução socialista em 1917 e viveu neste regime até o inico da década de noventa, quando a URSS se disintegou. É importante ressaltar, que a União Soviética é formada pela Russia e por países do leste europeu. A questão da mulher na Federação Russa A violência domestica é considerada normal nas famílias russas onde normas patriarcais persistem. Segundo estimativas de 2013 do Ministério do Interior russo, cerca de 600 mil mulheres no país enfrentam abusos físicos e verbais em casa todos os anos. Deste total, muitas morrem em decorrência dos ferimentos. Muitas resolvem procurar abrigos governamentais para tentar fugir de seus agressores que na maior parte das vezes são seus maridos. O tempo máximo para ficar nestes refúgios é de dois meses. Para se fazer uma queixa, é necessário que a vítima comprove o abuso, mas elas normalmente são desencorajadas pelos próprios policiais ou as provas não são consideradas suficientes. O papel das mulheres em 2014 continua sendo o mesmo do século passado, ou seja, cuidar da casa, dos filhos e do marido. Isso está muito relacionado aos padrões de gênero consolidados, onde o homem representa a estabilidade e confiança no futuro. Colocação da Federação Russa no cenário Internacional sobre o tema POR ONU MULHERES (2020) A Federação Russa ratificou a CEDAW em 1981. De acordo com a Comissão, em 2013, apresentou um quadro pouco favorável as mulheres no país. Concluiu-se que implementou poucas recomendações nos Relatórios Especiais de 2006, como por exemplo a adoção de uma legislação especifica para a violência domestica, estabelecer suporte as mulheres vítimas de violência, entre outros. De acordo com a “ANNA Centro Nacional de Prevenção a Violência”, o obstáculo maior para uma resposta mais efetiva contra a violência contra a mulher é a ausência de políticas púbicas que definam o problema como um impedimento para a observância e cumprimento do direito das mulheres como direitos humanos. A Federação não ratificou ate 2014 a Convenção do Conselho da Europa sobre a prevenção e combate à violência contra as mulheres e à violência doméstica (Convenção de Istambul).