novas tecnologias e ensino da língua materna

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NOVAS TECNOLOGIAS E ENSINO DA LÍNGUA MATERNA:
UMA EXPERIÊNCIA COM ALUNOS DO CURSO DE LETRAS
Luiz Antônio Ribeiro1 (IFMG)
Mônica Carvalho Brum Rodrigues2 (UFMG)
Resumo:
O presente artigo visa a refletir sobre o ensino de língua materna com a
utilização das mídias sociais e resulta da aplicação de uma sequência
didática desenvolvida com alunos do curso de Letras de uma faculdade
particular em Belo Horizonte, cujo objetivo final era possibilitar aos
licenciandos subsídios teórico-práticos para a produção de uma aula a ser
veiculada no You Tube. A execução desse trabalho favoreceu a percepção
das novas mídias sociais como espaço interativo, propício a uma
aprendizagem significativa. Para melhor reflexão sobre esse assunto,
recorreu-se aos estudos subjacentes à cultura e à linguagem do pensar; às
novas tecnologias de informação e comunicação – NTICs e ainda à formação
de professores.
Palavras-chave: Pedagogia da Compreensão, ensino, You Tube.
Abstract:
This paper aims to reflect on the mother tongue language teaching through
social media and it results of the application of a didactic sequence
developed with private college Letters undergraduate students, whose final
goal was to enable theoretical-practical subsidies to these students to
produce a lesson to be shown on YouTube. The accomplishment of this
paper provided the perception of the social medias as an interactive space,
propitious to meaningful learning. In order to better reflect this subject,
the underlying studies were based on the culture and the language of
thinking; New Technologies of Information and Communication- NTICs and
teacher training.
Keywords: Pedagogy of understanding, teaching, You Tube.
Introdução
A compreensão é a um só tempo meio e fim do processo educacional. No
entanto as atividades desenvolvidas no ambiente escolar, na maioria das vezes, não
parecem estar focadas em um ensino para a compreensão. Ensinar para a
compreensão exige um trabalho com o aluno, que lhe possibilite, para além da
memorização de dados, desenvolver um olhar crítico sob o assunto investigado,
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explicando, justificando, estabelecendo relações, analisando, sintetizando e
aplicando o conhecimento em diferentes contextos. Em suma, podemos afirmar
que um conhecimento só é incorporado por alguém quando pode ser transformado
e adaptado em situações diferenciadas.
Os cursos de licenciatura devem promover uma formação que integre a
aprendizagem e o desenvolvimento de competências em TICs. As novas ferramentas
disponibilizadas pelas TICs são primordiais para que o professor possa inovar ou
complementar suas aulas, de forma a oferecer ao educando novas e diferenciadas
possibilidades de construção do conhecimento. O professor deve se adaptar a essas
inovações e fazer uso constante das mesmas em sua metodologia de ensino.
Neste artigo, vamos refletir sobre uma sequência didática desenvolvida em
um curso de Letras de uma faculdade particular de Belo Horizonte, com habilitação
em Língua Portuguesa e Língua Inglesa, cujo objetivo era desenvolver uma
atividade de ensino de língua portuguesa a ser veiculada no You Tube. Pretende-se
discutir as contribuições que a inserção das inovações tecnológicas pode trazer ao
ensino de Língua Portuguesa, considerando-se a importância das novas mídias
sociais como espaço interativo e propício ao desenvolvimento de
uma
aprendizagem significativa.
Para melhor compreensão do assunto em pauta, primeiramente serão
destacados alguns pressupostos teóricos subjacentes à cultura e a linguagem do
pensar. Em seguida, será proposta uma reflexão sobre os recursos disponibilizados
pelo You Tube, que o tornam uma eficiente mídia auxiliar no desenvolvimento de
uma aprendizagem significativa. Por fim, será apresentada uma sequência didática,
em que se propõe a produção de uma aula a ser veiculada no You Tube, que
contemple o marco conceitual do ensino para a compreensão. A atuação dos
discentes do curso de Letras, considerados como parte integrante do processo de
ensino-aprendizagem, é de fundamental importância, uma vez que lhes permitirá o
exercício da reflexão individual e coletiva, a construção da autonomia intelectual e
o desenvolvimento de novas potencialidades.
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Formação de professores: o desenvolvimento de uma cultura do
pensar
A complexidade das práticas educativas escolares é um tema bastante
recorrente quando se discutem processos de ensino e aprendizagem. A aquisição
dos saberes escolares admite uma grande variedade de tipos e modalidades, desde
o desenvolvimento de habilidades simples à compreensão de conceitos teóricos
mais complexos. Não é uma tarefa simples relacionar o conhecimento abstrato com
as abordagens práticas. Muitos são os questionamentos sobre que currículos,
atividades e avaliações darão suporte ao ensino para a compreensão. O tema
central aqui discutido trata exatamente dessas questões, enfocando mais
especificamente como os discentes de licenciatura do curso de letras podem usar
as mídias sociais, em especial o You tube, como um instrumento que favoreça o
desenvolvimento de uma cultura do pensar. Segundo Tishman, Perkins & Jay (1999,
p. 13) “o propósito de ensinar a pensar é preparar os alunos para um futuro de
resolução eficaz de problemas, de tomada conscienciosa de decisões e de
aprendizado contínuo por toda a vida.” Como formador de formadores, precisamos
repensar as práticas dos cursos de licenciatura, estimular o desenvolvimento de
novos modelos, estratégias de formação e suportes pedagógicos com ênfase nas
novas tecnologias.
A fim de oferecer aos seus alunos a oportunidade de uma aprendizagem
significativa e um conhecimento de ordem superior, os cursos de licenciatura
devem prever, em seu projeto pedagógico, metas de educação pautadas na
apreensão, compreensão e uso ativo do conhecimento. Mas o que é a compreensão?
A compreensão implica um estado de capacitação e pode ser identificada através
das atividades criativas que permitam aos alunos transcender os conteúdos
ministrados em sala de aula. Ela nos capacita “a fazer com um tópico múltiplas
atividades que estimulam o pensamento, tais como explicar, demonstrar e dar
exemplos, generalizar, estabelecer analogias e voltar a apresentar o tópico de uma
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nova maneira” (Blythe et. al. 2004, p. 39). Esta deve ser, pois, a meta da
Pedagogia da Compreensão: capacitar os alunos para que realizem uma variedade
de atividades de compreensão vinculadas com o conteúdo que estão aprendendo. A
Pedagogia da Compreensão deve centrar-se no princípio básico de que a
aprendizagem é uma consequência do pensamento.
O diagrama a seguir é um referencial para que os educadores desenvolvam
uma linguagem e estratégia de ensino que permita aos educandos a realização de
atividades de compreensão. O objetivo é oferecer estratégias de ensino e
aprendizagem que favoreçam a planificação e discussão de um tema, a partir do
qual seja possível a criação de imagens mentais potentes, um tipo de
conhecimento holístico, coerente e superior.
Figura 1: Pedagogia da Compreensão
Cultura do pensar
Linguagem do pensar
Pedagogia da Compreensão
Avaliações
Diagnósticas
Conhecimento de
ordem superior
(níveis de
conhecimento)
Temas
geradores
Contextualização
Metas de
compreensão
Atividades de
compreensão
Transferência
Fonte: Gripp (2005)
Como se vê, o pilar da Pedagogia da Compreensão fundamenta-se em uma
linguagem e cultura do pensar. Passemos, agora, a uma maior explanação dos itens
que compõem o diagrama acima.
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a) Conhecimento de ordem superior: denomina-se conhecimento de ordem
superior os aspectos gerais de uma disciplina, que vão além do conteúdo
convencional e das habilidades práticas de rotina. Esse tipo de conhecimento
é a chave para a compreensão e o envolvimento genuínos em uma disciplina.
Conhecer um conteúdo específico de Ciências, por exemplo, sem saber como
se
faz
ciência
representa
uma
compreensão
muito
restrita
do
empreendimento científico. Perkins (2003) e Perkins & Simons (1988), apud
Tishman, Perkins & Jay (1999, p. 159-160) apresentam quatro níveis de
conhecimentos de ordem superior válidos para qualquer disciplina: o nível do
conteúdo, relacionado ao tema a ser estudado; o nível de resolução de
problemas, relativo ao conhecimento e habilidades sobre como lidar com os
problemas e tarefas típicas no âmbito da disciplina; o nível epistêmico, que
diz respeito ao conhecimento e prática referentes à justificação e à
explicação na disciplina; e o nível de investigação, que se fundamenta no
conhecimento e prática peculiares ao modo como se discutem os resultados
e se constroem novos conhecimentos na disciplina. Uma unidade de ensino
sobre a produção de textos acadêmicos, por exemplo, requer, além de
informações acerca do tema tratado, que o estudante seja capaz de
problematizar, pesquisar, explicar, relacionar o assunto com outros campos
da experiência, interagir com o grupo e com outras áreas do conhecimento,
avaliar, propor soluções, além de participar na construção de novos temas e
teorias relacionadas ao conteúdo.
b) Temas geradores: são temas que provocam atividades de compreensão de
diversos tipos e que possibilitam uma investigação mais acurada, visão
globalizante, estabelecimento de múltiplas conexões e variedade de
perspectivas. A pedagogia da compreensão convida a reorganizar o programa
do curso em torno de temas geradores que deem origem e apoio a diversas
atividades de compreensão. O tema gerador permite aos discentes e
docentes a construção de uma rede de ideias, ou seja, o desenvolvimento de
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vários conteúdos e o estabelecimento de conexões entre eles. Consideremos,
como exemplo, uma unidade de ensino de literatura cujo tema seja “o
Romantismo”. Por um lado, o professor poderia simplesmente optar por
explorar o assunto em uma aula expositiva, com levantamento de ideias que
ele julga relevantes, apresentando, por exemplo, uma definição do estilo,
características principais do texto romântico, bem como modelos de textos
que se encaixam nessa escola literária e seus principais autores. Caberia aos
alunos receber essa informação de modo passivo, fazendo as anotações
necessárias e memorizando os conteúdos que certamente seriam cobrados
em prova. Por outro lado, o professor poderia considerar esse assunto como
um tema gerador a ser explorado em sala de aula a partir de diferentes
perspectivas
vinculadas
à
experiência
do
educando:
as
diferentes
concepções do amor através dos tempos, a mulher na literatura, o
romantismo no cinema, na música e na pintura, análise de diferentes textos
atuais e de outras épocas. Todos esses subtemas estão intrinsecamente
relacionados e constituem uma rede de ideias em torno do tema gerador. Os
temas (ou tópicos) geradores são centrais para uma ou mais disciplinas,
podendo ser trabalhados numa perspectiva interdisciplinar. Eles suscitam a
curiosidade dos alunos e são acessíveis, pois permitem a execução de um
rico trabalho com uma variedade de estratégias e atividades que os ajudarão
a compreendê-los. Privilegia-se, assim, não o conteúdo, mas a atuação ativa
do educando sobre o objeto de estudo, o que favorecerá a aprendizagem
significativa.
c) Metas de compreensão: são os conceitos, processos e habilidades que
desejamos que os alunos compreendam e/ou desenvolvam. As metas de
compreensão abrangentes ou fios condutores descrevem as compreensões
mais importantes que os alunos deverão desenvolver durante o curso. As
metas de compreensão das unidades particulares estão vinculadas aos
aspectos centrais de um tema gerador e devem relacionar-se estreitamente
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com pelo menos uma das metas de compreensão abrangentes do curso.
Perguntas do tipo “Que habilidades meus alunos deverão desenvolver ao
longo desse curso?” ou “O que meus alunos deverão compreender com essa
unidade de ensino?” devem ser trabalhadas no início do curso pelo professor
e exploradas no transcorrer deste. Os docentes precisam ter pleno
conhecimento dessas metas, pois isso lhes dará mais autonomia para
desenvolver a própria aprendizagem.
d) Atividades de compreensão: são aquelas atividades que os alunos devem
desenvolver e através das quais demonstram o que compreenderam. Elas
permitem que os estudantes transcendam a informação dada e criem um
conhecimento novo e abrangente, reformulando conceitos, expandindo-os,
extrapolando-os,
aplicando-os
e
os
reconfigurando.
Essas
atividades
possibilitam que os estudantes apliquem o conhecimento de novas maneiras
ou em diferentes situações para construírem sua compreensão dos tópicos da
disciplina. Tais atividades desafiam as crenças, os estereótipos, as ideologias
e as tendências ao pensamento rígido dos educandos. Podemos dividi-las em
atividades preliminares, através das quais o professor terá a oportunidade
de explorar o tópico gerador, os conhecimentos prévios dos alunos, etc.;
atividades
de
investigação
guiada,
que
permitem
aos
alunos
o
desenvolvimento da compreensão de problemas ou aspectos concretos do
tópico gerador, de acordo com as orientações do professor; e projetos finais
de síntese, em que os alunos sintetizam o conteúdo e demonstram a
compreensão desenvolvida durante as outras atividades.
e) Avaliações diagnósticas contínuas: quando o propósito do ensino é a
compreensão, o processo de avaliação deve ser algo mais que uma simples
estimação: tem de contribuir significativamente para a aprendizagem. Uma
característica importante desse processo é que os critérios devem estar
claramente articulados e estreitamente relacionados com as metas de
compreensão da unidade. Outra característica central é que esses critérios
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devem ser públicos, ou seja, todos os participantes do projeto pedagógico incluindo aí os alunos – precisam conhecê-los e compreendê-los bem. Além
disso, as avaliações devem ser frequentes e de diferentes tipos, a fim de
possibilitar realimentação do processo, de forma que o desempenho do
aluno e o objetivo do professor, ou seja, a aprendizagem significativa,
possam ser atingidos.
f) Contextualização e transferência: transferência é o processo de extensão
de conhecimentos, habilidades práticas, estratégias ou disposições de um
contexto para outro. Ela ocorre sempre que relacionamos uma área de
conhecimento a outra, tendo em vista a necessidade de compreensão ou de
resolução de problemas. Dessa maneira, aprender ultrapassa os mecanismos
restritos da aprendizagem e do pensamento humano, alcançando uma
dimensão mais abrangente. Segundo a teoria da aprendizagem contextual, a
aprendizagem só é significativa quando o aprendiz processa a informação, ou
o conhecimento novo, de tal maneira que este passa a ter sentido em seu
marco de referência. Os currículos e o ensino embasados nesse enfoque
serão estruturados para estimular formas diferentes de aprendizagem em
contexto, possibilitando que o aluno estabeleça relação entre teoria e
prática, experimentação e aplicabilidade do conteúdo, trabalho cooperativo
e capacidade de transferência.
Esses conceitos devem nortear o trabalho do professor e descrevem os
elementos básicos que privilegiam a compreensão dos conteúdos e uso ativo do
conhecimento. Naturalmente não correspondem a todas as condições que afetam a
compreensão de um estudante. Outros fatores tais como a estrutura da classe e as
relações entre professor e alunos também merecem atenção especial. O enfoque
sobre a compreensão, no entanto, permite aos docentes desenhar unidades e
cursos
que
possibilitem
aos
seus
educandos
uma
formação
ampla,
o
desenvolvimento do espírito crítico e criativo, a disposição para pensar de forma
clara, organizada e arrojada, bem como a capacidade de atuar em diferentes
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contextos. É certo que boa parte dos professores, uns de modo mais intuitivo,
outros de maneira mais consciente, já realizam atividades que privilegiam a
Pedagogia da Compreensão. Essa contribuição, portanto, não está em lhes oferecer
uma teoria completamente nova; contudo fica a proposta de construção de um
referencial teórico para sua ação docente, fortalecido na linguagem e na cultura do
bom pensar.
O uso do You Tube como ferramenta de ensino-aprendizagem
O advento da globalização e o impacto das novas tecnologias impõem uma
nova ordem econômica e social. Nesse contexto, faz-se necessário refletir sobre a
realidade atual da educação e o papel do professor como mediador do
conhecimento. A Internet se apresenta como uma ferramenta tecnológica de
comunicação global e a utilização dos recursos nela disponíveis possibilita que as
escolas rompam as fronteiras do tempo e do espaço, oportunizando novas vivências
na área de ensino e o acesso a um conhecimento de ordem superior.
A rede se constitui em uma ferramenta atrativa ao aluno, pois lhe permite a
navegação em páginas hipertextuais, a descoberta de novos endereços e novos sites
de pesquisa bem como a ampliação da sua capacidade de comunicação, da
construção reflexiva do conhecimento e do desenvolvimento do trabalho
colaborativo. Nesse contexto, destaca-se a importância de se utilizar a mídia
social, em especial o You Tube, como um poderoso recurso auxiliar na relação
ensino-aprendizagem.
Mattar (2009) reflete sobre a importância de usar vídeos como recurso
pedagógico tanto em aulas presenciais quanto em Educação a Distância (EaD). Esse
recurso se conforma a múltiplos estilos de aprendizagem e de múltiplas
inteligências, sendo que a qualidade da aprendizagem se amplia quando os alunos
são submetidos a estímulos visuais e sonoros.
O advento do You Tube favoreceu a democratização de vídeos, já que
possibilita a disponibilização dos mesmos. São vários os recursos que essa mídia
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social oferece, dentre os quais podem ser citados: constituição de ambientes
pessoais de aprendizagem com favoritos, listas de reprodução, amigos, etc.;
assinatura de canais de instituição de ensino; compartilhamento de vídeos, de
maneira privada; possibilidade de assistir a um vídeo em grupo, a distância, bem
como discuti-lo em tempo real por meio de um chat; controle da apresentação do
vídeo, por meio de links que permitem ao usuário avançar, retroceder ou mesmo
trocar de vídeo, ambiente para comentários das exibições.
Todos esses e outros recursos, combinados à grande oferta de vídeos,
favorecem a integração dos conteúdos multimídia à educação. Hilu, Oliveira e
Rodero (2011, p. 15042) apresentam as seguintes oportunidades:
 utilização de vídeos em atividades educacionais como um
facilitador da compreensão do tema em estudo em questão e
ampliando conceitos por meio de imagens;
 acesso aos produtos de pesquisa de alunos e professores;
 enriquecimento de aulas presenciais e em educação a distância
com material multimidiático;
 produção de vídeos por professores e alunos como atividades de
criação;
 registro do progresso dos alunos em atividades e resoluções de
problemas;
 participação de grupos dedicados a determinados temas;
 assinatura de canais de instituições de ensino como forma de
acesso e discussão a temas específicos do universo educacional.
No que diz respeito ao ensino de línguas, os recursos disponibilizados pelo
You Tube, dado o seu caráter mulimodal, favorecem a formação crítica e reflexiva
dos usuários. Por multimodalidade, compreendem-se as novas interações entre os
diferentes modos de representação (palavras, imagens, sons, gestos, animação,
etc.) na hipermídia. Iedema (2003) observa que a multimodalidade considera a
língua em uso, integrada e dependente de outras formas de constituição e
construção de significados. O objetivo central dos estudos multimodais é a
observação dos processos de produção de significados situados socialmente e ainda
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a oferta de meios para descrição de uma prática ou representação em toda sua
riqueza e complexidade semiótica.
A exploração de recursos multimodais favorece sobremaneira o ensino de
línguas, visto que provê alunos e professores de instrumentos que possam ajudá-los
a desenvolver diferentes estratégias para leitura e produção de textos. Com esses
recursos, torna-se possível a integração de diferentes meios semióticos, novas
experimentações estéticas, literárias e culturais, bem como reflexões sobre o uso
da linguagem, considerando-se os seus aspectos linguísticos e discursivos. Destacase, portanto, a importância da utilização de vídeos em redes sociais na educação,
uma vez que tal prática enriquece a interação em sala de aula e favorece a
construção de uma aprendizagem significativa, fundamentada na contextualização
e transferência de conhecimentos.
Linguagem e novas tecnologias: uma proposta de aprendizagem
significativa
Os pressupostos teóricos apresentados acima foram basilares para o
desenvolvimento de uma sequência didática com alunos do curso de Letras de uma
faculdade particular em Belo Horizonte, matriculados na disciplina Práticas
Pedagógicas III. O objetivo dessa disciplina é possibilitar que os discentes, futuros
educadores, possam aplicar as novas tecnologias da informação e comunicação no
ensino da língua materna, a partir de metodologias diferenciadas de construção do
conhecimento. A disciplina apresenta as novas tecnologias da informação e
comunicação não somente como uma ferramenta, mas como uma forma de
mediação entre educadores e educandos, que possa orientar a prática pedagógica
do futuro educador.
O desenvolvimento dessa sequência didática fundamenta-se em um processo
de ensino-aprendizagem que
prima pelo desenvolvimento do pensamento
sistêmico, pela contextualização e transferência de conhecimentos. Além disso, tal
atividade possibilita que o discente, futuro professor, desenvolva outras
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competências, tais como a capacidade de trabalhar em equipe, resolver problemas,
tomar decisões, desenvolver a escuta, bem como de aceitar opiniões e críticas.
Essa proposta de trabalho tem, portanto, ainda que em uma pequena dose, o
desafio de contribuir para a formação de um profissional com domínio do uso da
língua portuguesa nas suas manifestações oral e escrita, que compreenda os
conteúdos básicos objeto dos processos de ensino e aprendizagem no ensino
fundamental e médio, utilize as novas tecnologias no ensino da língua materna e
que tenha uma preparação profissional atualizada, de acordo com a dinâmica do
mercado de trabalho. Essas são algumas das competências e habilidades
relacionadas no Parecer CNE/CES 492, aprovado em 3 de abril de 2001.
A meta de compreensão geral de aprendizagem a ser alcançada com essa
sequência didática foi discutir o papel das mídias sociais como um ambiente
privilegiado para interação, aprendizagem e potencialidade de recursos para o
ensino. Tal meta se desdobrava nos seguintes objetivos específicos:
a) ler e analisar textos relacionados à educação e novas tecnologias,
voltados para a construção de novos saberes em sala de aula,
principalmente no que concerne ao ensino e aprendizagem de leitura e
produção de textos;
b) apresentar uma proposta de ensino de língua portuguesa, por meio de
uma aula a ser veiculada no You Tube, para alunos da educação básica
das séries finais do ensino fundamental e/ou do ensino médio;
c) desenvolver um pré-projeto da aula a ser produzida, no qual constasse o
tema da aula a ser ministrada, público alvo, objetivos, justificativa,
conteúdo
programático,
procedimentos,
recursos
necessários
para
produção e veiculação da aula, referência bibliográfica, bem como tempo
estimado para exibição do vídeo no You Tube;
d) produzir a aula no laboratório de informática, utilizando, como
ferramenta, o programa Windows Movie Maker ou outro;
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e) disponibilizar a aula produzida no You Tube;
f) apresentar, em sala de aula, o vídeo produzido, para devidos comentários
e análises críticas por parte da turma.
Foram disponibilizadas 16 horas/aula de 50 minutos, relativas aos meses de
outubro e novembro de 2011, as quais compreenderam a reflexão sobre o tema,
bem como o desenvolvimento e apresentação da aula.
As atividades foram
realizadas em equipe e exigiam, de seus integrantes, organização e empenho.
Buscando a eficiência na compreensão dos textos e melhor desempenho na
realização das atividades, algumas tarefas foram cumpridas em sala de aula e
outras no laboratório de informática. Esse procedimento permitiu maior interação
entre os membros da equipe e a construção da aprendizagem mediada pelo
professor.
Primeiramente foi necessário sensibilizar os alunos para a questão. Como
tema gerador, foram selecionados alguns vídeos postados no You Tube, cuja
temática era o ensino de algum tópico da língua portuguesa. Alguns vídeos foram
feitos por alunos; e outros, por professores. Os discentes do curso de Letras foram
motivados a comentar as apresentações, considerando o grau de profundidade dos
conteúdos e as estratégias de interação com o público. Também refletiram sobre a
importância do uso das novas tecnologias no ensino de língua e literatura,
avaliando principalmente como as redes sociais podem ser usadas com esse
objetivo.
Não havia dúvidas de que o uso das novas tecnologias favorece o processo de
ensino-aprendizagem. Também houve consenso de que o ensino mediado pelas
novas tecnologias contribui para a interação, posto que possibilita o contato do
aluno com o objeto do conhecimento, permite que ele explore o conteúdo por
meio dos vários recursos multimídias e ainda desenvolva o espírito investigativo a
partir da utilização dos links hipertextuais. A troca de experiências com outros
colegas internautas e a oportunidade de comentar textos, de baixar vídeos, etc.
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utilizando-se dos recursos da informática também foram apontadas como fatores
primordiais para a aprendizagem e para a interação.
Certo incômodo ocorreu quando os discentes foram questionados sobre a sua
competência, enquanto futuros professores de língua portuguesa, para lidar com as
novas tecnologias. Poucos discentes se sentiam capacitados para lidar com as novas
ferramentas disponíveis pelas TICs. Embora fossem usuários da internet e
utilizassem as ferramentas de mídias sociais, os discentes ainda não tinham voltado
seu olhar para as múltiplas possiblidades que estas oferecem à educação. Estava,
desse modo, lançada a semente para uma maior reflexão sobre o tema. O aporte
teórico que subsidiou as discussões foram textos selecionados nas seguintes obras:
Coscarelli (2006), Tedesco (2004) e Marcuschi e Xavier (2005).
A reflexão sobre o ensino de língua e novas tecnologias motivou os discentes
para a participação e envolvimento na tarefa proposta. O primeiro passo foi a
construção de um pré-projeto, em que se delineasse a aula a ser ministrada. A
intervenção do professor nesse empreendimento se fez importante, pois, como
mediador da construção do conhecimento, coube a ele apresentar possibilidades de
temas, auxiliar na construção de metas de aprendizagem, sugerir referências
bibliográficas, enfim, orientar a construção do pré-projeto.
Também foi preciso orientar os discentes na construção dos vídeos, desde o
baixar o programa na internet até como utilizá-lo. A produção da aula exigiu que os
futuros professores encontrassem os melhores recursos para a construção de uma
aula agradável, interativa, que despertasse o interesse dos alunos e contribuísse
para uma aprendizagem significativa. Isso implica decidir desde a escolha dos
conteúdos até a melhor forma de organização e apresentação dos mesmos no
vídeo.
Os alunos também tiveram a oportunidade de refletir sobre as diferenças
existentes entre uma aula presencial e uma aula a distância. Tal discussão se fez
necessária, considerando-se que o usuário do You Tube necessariamente não
precisaria ter a presença física do professor para entendimento dos conteúdos
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postados nessa mídia social. Em suas considerações, observaram, juntamente com
Tractenberg, Pereira e Santos (2005) que o ensino a distância é um grande desafio,
que põe em xeque, por exemplo, as habilidades de um professor tradicional frente
à docência on-line. Para esses autores
O desafio de professorar on-line dentro de um novo paradigma requer não
só a mobilização de novos conhecimentos e habilidades – como o uso de
ferramentas web, por exemplo –, mas, principalmente, inúmeras
reestruturações cognitivo-afetivas significativas sobre o papel e a prática
docentes. Essa necessidade será tanto maior quanto mais o professor
estiver preso aos esquemas do ensino tradicional. (TRACTENBERG, PEREIRA
E SANTOS, 2005, p. 5).
Essa reflexão se faz importante visto que as atividades praticadas pelos
sujeitos envolvidos na EaD não estão centradas no ambiente tradicional de sala de
aula; ao contrário, descentralizam-se em diferentes e múltiplos espaços virtuais
constituídos de informações, tecnologias de comunicação e softwares de apoio,
como de pesquisa, simulação, editoração, entre outros. Esse novo contexto exige
uma nova mentalidade de docência, sendo que o professor deve desenvolver
competências específicas para lidar com tais recursos e possibilitar experiências
diferenciadas de ensino e aprendizagens, respeitando as características e o tempo
de aprender de cada aluno. (GARBIN et. al., 2010).
Elaborados os vídeos, foi necessário explicar o procedimento de como as
aulas seriam postadas no You Tube. O resultado desse trabalho pode ser conferido
nos seguintes endereços eletrônicos:
Tema da Aula
Endereço Eletrônico
Neologismo
http://www.youtube.com/watch?v=yvGd8Hz1e8o
Intertextualidade
http://www.youtube.com/watch?v=YczzDYUzy00
Intertextualidade: Paródia
http://www.youtube.com/watch?v=5IzNAvjaUx8
Ambigüidade
http://www.youtube.com/watch?v=c4sjlQvZ1hU
Pleonasmo
http://www.youtube.com/watch?v=Q8_PJ5pLgV0
Vida e obra de Monteiro Lobato
http://www.youtube.com/watch?v=CcEzwvWQUwU
Gêneros Textuais: o anúncio publicitário
http://www.youtube.com/watch?v=JkeVaAoHk0A
Tabela 1: Endereço das aulas desenvolvidas por alunos do curso de Letras da FAP
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Observa-se que as mídias sociais podem ser um grande aliado da educação,
visto que possibilita ao professor preparar melhor a sua aula, ampliar suas
possibilidades de ensino, bem como modificar o processo de avaliação e de
comunicação com discentes e docentes. A realização dessa sequência didática
desencadeou demandas para o desenvolvimento de diferentes competências e
habilidades, dentre as quais se destacam: capacidade de elaboração e organização
de
material
didático;
uso
das
TICs
como
recurso
didático-pedagógico;
desenvolvimento de atividades em equipe; senso de responsabilidade, dinamismo e
visão crítica da prática docente. Estas são algumas posturas do novo profissional
que está sendo formado para lidar com as novas realidades de ensino. Esse novo
perfil propõe uma prática pedagógica de cunho interdisciplinar e transversal, a
qual transcende o espaço físico da sala de aula, estimulando a contextualização de
forma crítica e reflexiva, a partir de estratégias que facilitam e estimulam a
observação e percepção do grupo.
O processo de avaliação dessa atividade deixou de ser meramente
quantitativo, baseado somente na distribuição de pontos, para ser processual,
qualitativo. As falhas apresentadas no transcorrer das atividades deixaram de
constituir simples erros, para serem motivo de reflexão e consequente
aprendizado. Na medida em que surgiam dúvidas e questionamentos, os alunos
eram convidados a partilhar suas experiências e a elaborar novos conhecimentos,
mediados pela ação do professor.
Ao longo do processo de produção da aula e também ao final das
apresentações, a turma teve a oportunidade de refletir sobre o público alvo a ser
atingido, os objetivos a serem alcançados, a metodologia proposta, a linguagem
utilizada, os recursos tecnológicos e visuais empregados, a diferença entre uma
aula presencial e a EaD, dentre outras considerações. Em outras palavras, esse
modelo de avaliação implica que mais importante que fazer um julgamento do tipo
Regular/Bom é o acompanhamento aos alunos, de forma que eles possam superar
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suas limitações e desenvolver um conhecimento de ordem superior, fundamentado
na reflexão e na ação.
Considerações Finais
O importante na realização dessa sequência didática é o processo como ela
foi desenvolvida. Uma abordagem tradicional de ensino, pautada na memorização
de dados e centrada na figura do professor, dificulta uma aprendizagem realmente
significativa. O docente cuja proposta de ensino se fundamenta na cultura do
pensar deve valorizar os alunos e motivá-los ao aprendizado. O professor deve
instigar os alunos à participação e ao desenvolvimento do espírito crítico e criativo.
Nesse sentido, a apresentação de temas geradores é de suma importância, pois eles
estimulam o debate e a reflexão. O estabelecimento de metas e de desempenho de
aprendizagem possibilita que o educando se organize, pois consegue vislumbrar
melhor a proposta de construção do conhecimento. A avaliação processual não só
possibilita detectar pontos fortes e fracos do trabalho, como também o
redirecionamento para uma construção global do conhecimento.
A produção de aulas em video e sua divulgação no You Tube possibilitou aos
alunos do curso de Letras uma visão mais crítica do trabalho do professor enquanto
mediador / facilitador do conhecimento. Desfaz-se, desse modo, o paradigma
tradicional que prevê uma modalidade de ensino centrada no professor, que relega
o aluno à condição de sujeito passivo, detentor de um saber sistematizado por
outro. Diante das novas tecnologias, o verdadeiro papel do aluno é o de um sujeito
ativo, que define suas próprias metas, elabora o seu próprio conhecimento,
interage com o outro e atribui sentido a sua prática.
Por ser a sequência didática um ato planejado e intencional, ela permitiu
que os alunos do curso de Letras atuassem como sujeitos ativos na construção dos
saberes. Durante as atividades, por exemplo, várias foram as dúvidas, os
questionamentos levantados. Já, nas apresentações, várias foram as histórias a
contar, experiências a compartilhar, criatividade a exibir. Esse compartilhamento
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resulta de uma aprendizagem que não é solitária, mas, sim, social. Também não é
direta, mas mediada, visto que a natureza do conhecimento e dos sujeitos que
conhecem é social. Esse é um passo importante para que os discentes, futuros
professores de língua portuguesa do ensino fundamental e médio, possam
desenvolver atividades que contribuam para a formação de alunos conscientes,
criativos e autônomos, que percebem na escola um ambiente de reflexão e
exercício da cidadania.
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Luiz Antônio RIBEIRO, Prof. Dr.
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG)
Pró-Reitoria de Ensino
[email protected]
2
Mônica Carvalho Brum RODRIGUES, Mestranda
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Programa de Pós-graduação em Estudos Linguísticos - FALE
[email protected]
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