Tópicos Especiais em Controle de Conversores Estáticos Prof. Cassiano Rech [email protected] Prof. Cassiano Rech 1 Aula de hoje • O que é um conversor estático de potência? • Por que devemos controlar um conversor estático? • Por que necessitamos modelar o sistema? • Modelo em regime permanente ou modelo CC Prof. Cassiano Rech 2 O que é um conversor estático de potência? Eletrônica de Potência é uma ciência aplicada que aborda a conversão e o controle de fluxo de energia elétrica entre dois ou mais sistemas distintos, através de conversores estáticos de potência E1 (v1, f1) Retificador Conversor indireto de freqüência Conversor CC-CC Conversor indireto de tensão Fontes de alimentação Acionamento de máquinas elétricas Conversor direto de freqüência Prof. Cassiano Rech Reatores eletrônicos Fontes alternativas de energia Transmissão em CC Compensadores estáticos de reativos Inversor E2 Aplicações (v2, f2) ... 3 O que é um conversor estático de potência? “Um conversor estático pode ser definido como um sistema constituído por elementos passivos (resistores, capacitores, indutores, ...) e elementos ativos (interruptores), associados de uma forma préestabelecida para o controle de fluxo de energia elétrica” INTERRUPTORES ENTRADA CONVERSOR ESTÁTICO SAÍDA Aberto, desligado ou bloqueado Fechado, ligado ou conduzindo Comutação entre os estágios acima CARACTERÍSTICAS IDEAIS Sinais de controle (interruptores) Prof. Cassiano Rech Queda de tensão nula em condução Corrente nula quando bloqueado Tempos de comutação nulos 4 O que é um conversor estático de potência? • Uma alternativa para reduzir a tensão de saída, com elevada eficiência, é a utilização de um conversor CC-CC em alta freqüência • A relação entre o tempo de condução do interruptor (ton) e o período de comutação (T) é definida como razão cíclica (duty cycle) do interruptor. Logo: onde: Prof. Cassiano Rech 5 O que é um conversor estático de potência? • Como resultado da operação do interruptor S, a tensão de saída é recortada, caracterizada pela presença de Vin durante ton e ausência de Vin durante toff. O valor médio da tensão de saída (Vo) é dado por: 1 ton Vo = ∫ Vin dt T 0 Vo ( RMS ) • 1 ton 2 = Vin dt ∫ 0 T O valor médio da tensão de saída depende da tensão de entrada e da razão cíclica. Logo, com o controle adequado da razão cíclica do interruptor podemos ajustar o valor da tensão de saída, mesmo com variações na tensão de entrada. Prof. Cassiano Rech 6 Por que devemos controlar um conversor estático? • Variações na entrada do conversor, variações paramétricas e/ou distúrbios no sistema podem modificar a operação do conversor estático de potência • Os sinais de controle dos interruptores devem ser automaticamente e adequadamente ajustados para atender as especificações impostas pela aplicação (regime permanente, transitório e estabilidade) ENTRADA Alimentação direta (feedforward) CONVERSOR ESTÁTICO Sinais de controle SAÍDA Realimentação (feedback) CONTROLADOR Prof. Cassiano Rech 7 Por que devemos controlar um conversor estático? Prof. Cassiano Rech 8 Por que devemos controlar um conversor estático? Db L Lf D1 iL(t) D2 Cf vin(t) D3 S C R D4 • CONVERSOR BOOST CCM OPERANDO COM CFP Regulação da tensão de saída Correção do fator de potência (corrente de entrada senoidal em fase com a tensão de entrada) Prof. Cassiano Rech 9 Por que devemos controlar um conversor estático? Rede Pública CA CC CC Retificador/ Carregador de Baterias CA Carga Crítica Inversor Banco de Baterias • NO-BREAK DE DUPLA CONVERSÃO Tensão de saída senoidal (baixa distorção) e regulada (amplitude e freqüência) Correção do fator de potência (corrente de entrada senoidal em fase com a tensão de entrada) Controle da carga e descarga do banco de baterias Sincronismo com a rede pública de energia Prof. Cassiano Rech 10 Por que devemos controlar um conversor estático? • ACIONAMENTO DE MÁQUINAS COM VELOCIDADE VARIÁVEL Controle da amplitude e da freqüência da tensão de saída senoidal (sistema monofásico ou trifásico) Ao usar um retificador em alta freqüência (retificador PWM), deve-se garantir um elevado fator de potência na entrada e manter a tensão de barramento controlado Regeneração de energia Prof. Cassiano Rech 11 Por que necessitamos modelar o sistema? • Existem inúmeros conversores estáticos, que são aplicados nas mais diversas aplicações • O comportamento e as especificações destes sistemas não são iguais. Logo, a definição e o projeto dos sistemas de controle também não é padronizado • ANALOGIA: Desejamos fazer uma viagem e precisamos definir a forma de deslocamento O que desejamos? (Especificações) Informações para tomada de decisão Metodologia para, a partir das informações obtidas, escolher o transporte • Desejamos controlar um conversor estático e precisamos definir a estrutura e o projeto do controlador Especificações Modelo matemático que descreva o comportamento do conversor Metodologia de projeto do sistema de controle Prof. Cassiano Rech 12 Modelagem de conversores estáticos • Representação matemática do comportamento físico do sistema • Modelagem do comportamento dominante do sistema, ignorando fenômenos insignificantes • Modelos simplificados permitem um melhor entendimento dos fenômenos físicos existentes • As aproximações usualmente desprezam fenômenos pequenos, porém complexos ou de difícil representação • Após a compreensão dos principais fenômenos envolvidos, caso seja necessários os modelos podem ser refinados para incluir os fenômenos previamente desprezados Prof. Cassiano Rech 13 Modelagem de conversores estáticos • Modelo em regime permanente ou modelo CC Cálculo de esforços de tensão e corrente para dimensionamento dos elementos Estimativa do rendimento • Modelo dinâmico ou modelo CA Utilizado para avaliar como distúrbios (variações) na fonte, carga e nos parâmetros do circuito, além de perturbações nos sinais de controle afetam as variáveis de interesse Projeto dos controladores Prof. Cassiano Rech 14 Modelo em regime permanente (modelo CC) • Princípios de análise em regime permanente: Balanço Volt-segundo no indutor (inductor volt-second balance) Balanço de carga no capacitor Aproximação de pequenas ondulações (small-ripple aproximation) Prof. Cassiano Rech 15 Modelo em regime permanente (modelo CC) • Aproximação de pequena ondulação Prof. Cassiano Rech 16 Modelo em regime permanente (modelo CC) • Aproximação de pequena ondulação Prof. Cassiano Rech 17 Modelo em regime permanente (modelo CC) • Balanço Volt-segundo no indutor Corrente no indutor Prof. Cassiano Rech 18 Modelo em regime permanente (modelo CC) • Balanço Volt-segundo no indutor Tensão média no indutor é nula em regime permanente Prof. Cassiano Rech 19 Modelo em regime permanente (modelo CC) • Balanço de carga no capacitor Corrente média no capacitor é nula em regime permanente Prof. Cassiano Rech 20 Modelo em regime permanente (modelo CC) • Exemplo 1: Conversor buck ideal em modo de condução contínua Prof. Cassiano Rech 21 Modelo em regime permanente (modelo CC) Prof. Cassiano Rech 22 Modelo em regime permanente (modelo CC) • Exemplo 2: Conversor boost ideal em modo de condução contínua Prof. Cassiano Rech 23 Modelo em regime permanente (modelo CC) 8 7 6 5 M 4 3 2 1 0 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 D Prof. Cassiano Rech 24 Modelo em regime permanente (modelo CC) Prof. Cassiano Rech 25 Modelo em regime permanente (modelo CC) Análise do rendimento: Potência de entrada Potência de saída Pin = Vg Ig = Vg I V2 Po = R Vg 2 Po = 2 D' R Pin = Vg Prof. Cassiano Rech Vg 2 D' R = Vg 2 D '2 R 26 Modelo em regime permanente (modelo CC) • Exemplo 3: Conversor boost CCM com perdas no indutor Prof. Cassiano Rech 27 Modelo em regime permanente (modelo CC) Prof. Cassiano Rech 28 Modelo em regime permanente (modelo CC) Prof. Cassiano Rech 29 Modelo em regime permanente (modelo CC) Análise do rendimento: Potência de entrada Pin = Vg Ig = Vg I 2 Vg V Pin = Vg = 2 D ' R D ' R 1 + RL D '2 R ( ) Potência de saída V2 Po = R Po = Prof. Cassiano Rech 2 Vg 2 ( 2 D ' R 1 + RL D ' R ) 2 30 Modelo em regime permanente (modelo CC) Análise do rendimento: Prof. Cassiano Rech 31 Bibliografia • R. W. Erickson, D. Maksimovic, “Fundamentals of Power Electronics”, Second edition. • J. G. Kassakian, M. F. Schlecht, G. C. Verghese, “Principles of Power Electronics”. Prof. Cassiano Rech 32