28-05-2014 Eletricidade e magnetismo Circuitos elétricos Prof. Luís Perna 2013/14 Corrente elétrica • Qual a condição para que haja corrente elétrica entre dois condutores A e B? Que tipo de corrente elétrica se verifica? Como não existe nenhuma fonte de tensão entre os condutores a corrente elétrica diz-se transitória ou temporária. 1 28-05-2014 Corrente elétrica • Suponha agora que se intercala um gerador no circuito. Que tipo de corrente passamos a ter? Se existir um gerador (fonte de tensão) a corrente será uma corrente permanente. A corrente elétrica é um movimento orientado de cargas elétricas (eletrões de condução ou eletrões livres) através de um condutor e só existe se houver uma diferença de potencial entre os condutores. Quais são os efeitos da corrente elétrica? • Vejamos o seguinte circuito: A energia elétrica transforma-se em energia térmica, luminosa e química. Podemos verificar: • O efeito térmico; • O efeito luminoso; • O efeito magnético; • O efeito químico. 2 28-05-2014 Como classificar a corrente elétrica? • Corrente estacionária – é a corrente produzida por uma d.d.p. constante em que os seus efeitos não variam no decurso do tempo. • As correntes eléctricas podem classificar-se ainda em: Correntes contínuas; Correntes alternadas. Mecanismos da corrente elétrica • Nos condutores metálicos Se considerarmos um condutor metálico, isolado, em equilíbrio eletrostático, o número de eletrões, que passam numa secção desse condutor, num certo intervalo de tempo, num sentido é igual ao número de eletrões, que passam, em sentido contrário no mesmo intervalo. Neste movimento aleatório de eletrões não há corrente elétrica. 3 28-05-2014 Mecanismos da corrente elétrica • Nos condutores metálicos Se aplicarmos uma d.d.p. aos extremos do condutor, os eletrões do condutor adquirem um movimento orientado que é contrário ao sentido do campo elétrico, E . Mecanismos da corrente elétrica A força elétrica acelera os eletrões fazendo-os adquirir velocidades muito elevadas, (cerca de 106 m/s), mas a sua progressão é somente da ordem dos mm/s – Velocidade de arrastamento ou de deriva. Num condutor metálico a corrente elétrica estacionária consiste num arrastamento lento (em ziguezague) de eletrões no sentido contrário ao do campo elétrico. 4 28-05-2014 Mecanismos da corrente elétrica • Nos condutores eletrolíticos Nos condutores eletrolíticos os portadores de carga elétrica são os iões positivos e os iões negativos. Os iões movem-se, respetivamente para o cátodo (pólo negativo) e para o ânodo (pólo positivo). • Ao colocarmos uma agulha magnética junto do voltâmetro esta sofrerá também um desvio tal como no caso dos condutores metálicos, isto é, manifesta-se o mesmo efeito. Os iões também são cargas elétricas móveis. Atenção: numa eletrólise o cátodo é o pólo negativo e o ânodo é o pólo positivo, mas numa pilha eletroquímica é ao contrário. Mecanismos da corrente elétrica • Os catiões movem-se no sentido do cátodo ou seja no sentido do campo elétrico. • Os aniões movem-se no sentido do ânodo ou seja no sentido contrário ao campo elétrico. 5 28-05-2014 Mecanismos da corrente elétrica • Nos condutores gasosos Nos gases ionizados, através de uma descarga elétrica, tal como acontece nas lâmpadas fluorescentes, as cargas móveis são iões positivos, que são resultantes da ionização de átomos e de moléculas, e eletrões, provenientes dessa ionização, bem como da emissão termoelétrica, quando ocorre. Sentido da corrente elétrica • O sentido da corrente elétrica é o sentido do movimento das partículas com carga positiva (iões positivos nos eletrólitos), ou seja, é o sentido que estas partículas positivas têm no campo elétrico, E . Este é o chamado sentido convencional. Nos condutores metálicos o sentido convencional é oposto ao sentido do movimento dos eletrões de condução (sentido real). 6 28-05-2014 Intensidade da corrente elétrica • Define-se intensidade média da corrente elétrica, Im, pelo cociente: Im • Q t No caso de uma corrente estacionária, em qualquer instante a d.d.p. é constante, logo a intensidade da corrente será: I Q t Intensidade da corrente elétrica • A intensidade de uma corrente elétrica estacionária corresponde á carga elétrica que escoa, por qualquer secção transversal (reta ou oblíqua) dum condutor, num certo intervalo de tempo. I • Q t A unidade SI de intensidade de corrente (1775 – 1836) Francês elétrica, I, é o Ampère (A). • A equação anterior traduz a equação de definição de carga elétrica: Q I t Q 1A 1s 1C Coulomb – é a carga transportada em cada segundo por uma corrente estacionária de um ampère. 7 28-05-2014 Resistência de um condutor. Lei de Ohm • Quando se aplica a mesma d.d.p. nas extremidades de vários condutores, as intensidades das correntes resultantes são, em geral, diferentes umas das outras. • Daqui se poderá concluir que uns condutores oferecem maior ou menor oposição à passagem da corrente elétrica. • Define-se resistência (R) de um condutor como: o cociente entre a d.d.p. entre os terminais do condutor e a intensidade da corrente, I, em cada instante. R VA VB I ou R U I Expressão que traduz a lei de Ohm. Simulação Georg Simon Ohm (1789 – 1854) Alemão Condutor óhmico • Num condutor óhmico (condutores que obedecem à lei de Ohm), as tensões aplicadas são diretamente proporcionais às intensidades de corrente ( U I ). 8 28-05-2014 Unidade de resistência elétrica • A unidade do SI: Ohm () R 1V 1A 1 Definição da unidade Ohm: É a resistência dum condutor percorrido pela corrente de um ampère quando aos seus terminais se aplica a d.d.p. de um volt. 9 28-05-2014 Fatores de que depende a resistência de um condutor • A resistência de um condutor depende dos seguintes fatores: Comprimento, l; Área da secção reta, S; Material de que é feito, ρ; Temperatura, . R l S Simulação Fatores de que depende a resistência de um condutor R l S A resistência de um condutor é diretamente proporcional ao seu comprimento, inversamente proporcional à área da secção e depende diretamente do material de que é feito. ρ - Caracteriza o material de que é feito o condutor e chama-se resistividade do condutor. A unidade de : R S m l m 2 m A resistividade é, numericamente, igual à resistência dum condutor com uma unidade de comprimento e uma unidade de secção reta. 10 28-05-2014 Resistividade, ρ • Os metais têm resistividades baixas, sendo a prata o melhor condutor; • As ligas metálicas e o carbono têm resistividades superiores às dos metais; • Os maus condutores têm resistividades muito elevadas. • Nos eletrólitos, a resistividade varia com a concentração dos mesmos. Tabela 11 28-05-2014 A resistividade dos materiais e a temperatura • Aproximando um bico de Bunsen de um condutor, ligado a um amperímetro verifica-se que a intensidade da corrente diminui, o que mostra que a resistência aumenta. • A resistividade dum material varia, portanto, com a R temperatura. U I RS Resistividade em função da temperatura 12 28-05-2014 Coeficiente de temperatura, α • Verifica-se experimentalmente que a variação relativa da resistividade depende do valor da temperatura inicial, isto é, não apresenta sempre iguais variações para iguais aumentos de temperatura. • Chama-se coeficiente de temperatura, , no intervalo de temperaturas, 0 à variação relativa da resistividade, isto é: 0 Coeficiente de temperatura, α Por cada grau de variação da temperatura, será: 0 0 0 0 0 0 0 0 [1 ( 0 )] 13 28-05-2014 Coeficiente de temperatura, α A variação da resistividade com a temperatura conduz também a uma variação semelhante da resistência de um condutor. Substituindo em: as equações: teremos: 0 [1 ( 0 )] RS e 0 R0 S R R0 [1 ( 0 )] Coeficiente de temperatura, α A experiência mostra que: • 1º - Para os metais, > 0, o que significa que a resistividade aumenta quando a temperatura aumenta. 0 [1 ( 0 )] • 2º - Para as ligas metálicas também, > 0, logo há aumento da resistividade com a temperatura embora seja menor que nos metais. • 3º - Para o carbono e semicondutores, < 0, podemos verificar que a resistividade diminui quando a temperatura aumenta. 14 28-05-2014 Trocas de energia num circuito elétrico • Elementos de circuito – são todas as componentes que fazem parte dum circuito, por exemplo: resistências, condensadores, díodos, transístores, interruptor, etc. Estas componentes encontram-se ligadas entre si por fios condutores. Trocas de energia num circuito elétrico • Os circuitos podem estar abertos ou fechados – são os interruptores que normalmente tem a função de interromper a passagem da corrente num circuito. 15 28-05-2014 Geradores de corrente elétrica • Os geradores – são dispositivos que se intercalam nos circuitos com a finalidade de criar ou manter uma diferença de potencial ou tensão nos seus terminais. O gerador não cria cargas ao alimentar um circuito elétrico, mas gera uma tensão que obriga as cargas de um circuito a moverem-se orientadamente. Geradores de corrente elétrica • Um gerador elétrico é um dispositivo que converte uma dada energia da forma não elétrica em energia elétrica. Exemplos: A- Pilhas ou acumuladores de chumbo – transformam energia química em energia elétrica. B- Dínamos – transformam energia mecânica em energia elétrica. C- Células fotovoltaicas – transformam energia luminosa em energia elétrica. 16 28-05-2014 Geradores de corrente elétrica Exemplos: D- Termopares – são dispositivos que transformam energia térmica em energia elétrica. E- Gerador de Van der Graaff – transforma energia mecânica em energia elétrica. Trocas de energia num circuito elétrico Consideremos um condutor no troço de circuito, X, percorrido por uma corrente de intensidade, I, durante o intervalo de tempo, t, quando entre os seus extremos existe uma diferença de potencial, U. A diferença de potencial, U, aos terminais do condutor mede o trabalho, WFe , realizado pelo campo elétrico no transporte da carga elétrica, Q, no troço X: U WFe Q 17 28-05-2014 Trocas de energia num circuito elétrico • O trabalho realizado pelo campo elétrico, no referido troço X, é, então, WFe U Q U I t • U WFe Q I Q t Este trabalho do campo elétrico, U I t, mede toda a energia que se transforma, isto é, passa da forma elétrica para outras formas, no troço X. Trocas de energia num circuito elétrico • Em que outras formas de energia se transforma a energia elétrica U I t, no troço X? Isso depende dos aparelhos que existirem no troço X. Assim: Se em X existir um resístor ou resistência pura, a energia U I t transforma-se simplesmente em energia térmica. Símbolos 18 28-05-2014 Trocas de energia num circuito elétrico Se em X existir um motor elétrico, a energia U I t transforma-se, parte em energia mecânica e parte em energia térmica. Símbolo Trocas de energia num circuito elétrico Se em X existir um voltâmetro ou uma bateria em carga, a energia U I t transforma-se, parte em energia química e outra parte em energia térmica. 19 28-05-2014 Lei de Joule Se no troço X estiver uma resistência pura. Então, neste caso particular, a energia elétrica será: WFe U I t Esta é transformada apenas em energia térmica na resistência R, e será totalmente energia dissipada. Ed = U I t Lei de Joule Por definição de resistência, tem-se: R U <=> U = R I I como Ed = U I t Ed = (R I) I t = R I2 t A potência dissipada na forma térmica será: Pd Ed R I 2 t RI2 t t Unidade SI de potência elétrica é watt (W). Esta última expressão traduz a lei de Joule – A energia dissipada por unidade de tempo num condutor óhmico é proporcional ao quadrado da intensidade da corrente que o percorre. 20 28-05-2014 Unidade de energia muito utilizada, KWh • Uma unidade de energia muito utilizada para medir o "consumo" elétrico é o quilowatt-hora (kWh). Se, na equação E = P t substituirmos E por 1 kWh, P por 1 kW e t por 1 h, obtemos: 1 kWh = 1 kW x 1 h Podemos dizer que um kilowatt-hora (1 kWh) é a energia elétrica "consumida" por um dispositivo com a potência de 1 kilowatt (1 kW) que esteja a funcionar durante 1 hora (1 h). 1 kWh = 1000 W x 3600 s = 3,6 x 106 J Sistemas que transformam reversivelmente energia – geradores O gerador é um dispositivo que transforma energia não elétrica em energia elétrica por unidade de carga móvel que o atravessa. Exemplos de geradores: • Pilhas, acumuladores de chumbo – transformam energia química em energia elétrica. • Dínamos – transformam energia mecânica em energia elétrica. 21 28-05-2014 Força eletromotriz do gerador - Força eletromotriz do gerador - , é a energia transformada de uma forma não elétrica em elétrica pelo gerador por unidade de carga que o atravessa. Etransf Q Energia elétrica transformada pelo gerador Das equações de definição de força eletromotriz e intensidade da corrente, resulta que: Etransf Q I Q t Etransf I t Esta é a quantidade de energia elétrica transformada pelo gerador num certo intervalo de tempo. 22 28-05-2014 Potência elétrica do gerador • A potência elétrica do gerador por unidade de tempo será: P Etransf t P I Unidade SI de força eletromotriz é joule/coulomb = volt (V) Isto significa que um gerador, com a força eletromotriz de 1V, transforma 1J de energia química ou mecânica ou outra forma de energia, em energia elétrica, por cada carga de 1C que o atravessa. Unidade SI de potência elétrica é watt (W). • Como se mede a força eletromotriz de um gerador? Ligam-se diretamente os polos deste a um voltímetro. Resistência interna dum gerador • Se um gerador for ligado a um circuito constituído por uma resistência exterior, Re, e se mantiver uma corrente de intensidade I nesse circuito, o voltímetro, ligado aos polos do gerador, indicará um valor inferior ao da força eletromotriz. Isso significa, que nem toda a energia fornecida pelo gerador é transportada para o circuito exterior. 23 28-05-2014 Resistência interna dum gerador • Que acontece à energia «perdida»? O facto interpreta-se, admitindo que o próprio gerador tem alguma resistência (resistência interna, Ri) e que essa energia é consumida por efeito de joule dentro do gerador. Só um gerador com resistência interna nula seria capaz de manter nos terminais dum circuito exterior uma d.d.p. (U) igual a força eletromotriz ( ). Balanço energético de um circuito com um gerador • Como há conservação da energia num certo intervalo de tempo, podemos escrever o balanço energético para o circuito anterior do seguinte modo. I t U I t Ri I 2 t 24 28-05-2014 Balanço energético de um circuito com um gerador • Se dividirmos tudo por t, obtemos o balanço em termos de potência elétrica: I t U I t Ri I 2 t I U I Ri I 2 Podemos escrever ainda: U Ri I Lei de Ohm Generalizada para um circuito com gerador. Intensidade de corrente no circuito e d.d.p. • A intensidade de corrente do circuito apenas com uma resistência Re tendo em conta a Lei de Ohm Generalizada será: U Ri I Re I Ri I I Re Ri A d.d.p. entre os polos do gerador será: U Ri I 25 28-05-2014 Rendimento dum gerador • Define-se rendimento ( ) dum gerador como sendo o cociente entre a potência útil (Pu) e a potência do gerador (Pg). Sendo assim: Pu Pg UI I U % U 100 Sistemas que transformam reversivelmente energia – recetores • O recetor é um dispositivo que transforma energia elétrica em energia não elétrica por unidade de carga móvel que o atravessa. Exemplos de recetores: - Voltâmetros – a energia elétrica converte-se em energia química. - Motores – transformam a energia elétrica em energia mecânica. 26 28-05-2014 Força contraelectromotriz do recetor - ’ • Força contraelectromotriz do recetor - ’ é, a energia transformada de uma forma elétrica em não elétrica pelo recetor por unidade de carga que o atravessa. ' E 'transf Q E´transf é a energia mecânica (ou química) que se obtém no motor (ou no voltâmetro). Energia elétrica transformada pelo recetor Das equações de definição de força contra eletromotriz e intensidade da corrente, resulta que: ' E 'transf Q I Q t ' Etransf ' I t Esta é a quantidade de energia mecânica ou química obtida no recetor num certo intervalo de tempo. 27 28-05-2014 Potência mecânica ou química obtida no recetor • A potência, mecânica ou química (potência útil), obtida no recetor será: P' ' Etransf t P' ' I Unidade SI de força contraelectromotriz é: joule/coulomb = volt (V) Balanço energético de um recetor • Tendo em conta que há conservação da energia num certo intervalo de tempo, podemos escrever o balanço energético do seguinte modo. U I t ' I t R'i I 2 t Se dividirmos tudo por t, obtemos o balanço em termos de potência elétrica: U I ' I R' i I 2 Podemos escrever ainda: U ' R'i I Lei de Ohm Generalizada para um circuito com um recetor. 28 28-05-2014 Rendimento dum recetor • Define-se rendimento (’) dum recetor como sendo o cociente entre a potência mecânica ou química obtida nesse recetor (P’ = ’ I) isto é, a sua potência útil, e a potência total recebida (P = U I). ' P' P ' ' % 'I UI ' U ' ' U 100 Lei de Ohm generalizada para um circuito elétrico simples constituído por um gerador e um recetor • Como escrever a lei de Ohm generalizada para este circuito? Um recetor seja ele um motor ou um voltâmetro, tem sempre uma resistência, onde se dissipa energia por efeito Joule. 29 28-05-2014 Lei de Ohm generalizada para um circuito elétrico simples constituído por um gerador e um recetor Partindo da lei da conservação da energia, teremos, para o intervalo de tempo t: I t ' I t R'i I 2 t Ri I 2 t Lei de Ohm generalizada para um circuito elétrico simples constituído por um gerador e um recetor I t ' I t R'i I 2 t Ri I 2 t Dividindo ambos os membros por I t vem: ' R'i I Ri I ' ( R'i Ri ) I ' Rt I Lei de Ohm generalizada para este tipo de circuitos. 30 28-05-2014 Exercício 1 • Um motor consome uma energia de 1000 J, durante 10 s, quando é percorrido por uma corrente de intensidade 2,0 A. Calcule: a) A carga elétrica que o atravessa nesse intervalo de tempo. (20 C) b) A diferença de potencial entre os seus terminais. (50 V) c) A energia elétrica que é convertida em energia mecânica, sabendo que, na sua resistência, se dissipam 200 J. (800 J) d) A força contraelectromotriz do motor. (40 V) Exercício 2 • Um motor, de força contraelectromotriz igual a 10 V, é percorrido por uma corrente de intensidade 2,0 A, quando se estabelece entre os seus terminais uma diferença de potencial de 15 V. Calcule, para o intervalo de tempo de 1,0 minuto: a) A energia elétrica que o motor consome. (1,8 x 103 J) b) A energia mecânica que ele fornece (energia útil). (1,2 x 103 J) c) A energia que nele se dissipa por efeito Joule. (6,0 x 102 J) d) Qual é o valor da resistência do motor? (2,5 ) e) Calcule o rendimento do motor, nas condições enunciadas. (66,7%) 31 28-05-2014 Associação de resistências • Num circuito há, normalmente, vários recetores puramente resistivos, as resistências, estas podem associar-se de vários modos: (1) Associação em série (2) Associação em paralelo (3 e 4) Associação mista Associação de resistências em série • Numa associação de resistências em série: - A intensidade da corrente, I, que as percorre é a mesma. - A diferença de potencial, U, aplicada aos extremos da associação, é igual à soma das diferenças de potencial entre os terminais de cada uma delas. U U1 U 2 U 3 32 28-05-2014 Associação de resistências em série • Aplicando a Lei de Ohm a cada uma das resistências, tem-se: U1 R1I U 2 R2 I U 3 R3 I U Req I Como: U U1 U 2 U 3 Req R1 R2 R3 Vem: Req I R1I R2 I R3 I Associação de resistências em paralelo • Numa associação de resistências em paralelo: - A diferença de potencial, U, nos terminais das resistências é a mesma. - A intensidade da corrente, I, que entra na associação é igual à soma das intensidades de corrente nas várias resistências. I I1 I 2 I 3 33 28-05-2014 Associação de resistências em paralelo • Aplicando a Lei de Ohm a cada uma das resistências, tem-se: U R1I1 I1 U R1 U R3 I 3 I 3 U R3 U R2 I 2 I 2 U R2 U Req I I U Req Como: I I1 I 2 I 3 U U U U Req R1 R2 R3 1 1 1 1 Req R1 R2 R3 Código de cores das resistências de carvão • Cada resistência tem quatro anéis de cores. Ao consultar o código de cores podemos saber o valor da resistência, colocando os algarismos pela mesma ordem. O valor desta resistência é 2100 , com 5% de tolerância. 34 28-05-2014 Exercício 1 • Calcule a resistência equivalente nas seguintes associações: (A- 4,5 Ω; B- 1,3 Ω; C- 3,0 Ω; D- 3,0 Ω) Exercício 2 • A figura representa três lâmpadas, de resistências 60 , 60 , 30 submetidas a uma d.d.p. constante de 220 V. a) Determine a resistência equivalente entre A e B. b) Determine a intensidade da corrente que percorre cada uma das lâmpadas quando o interruptor K está fechado. Respostas: a) 80 b) L1 I1 = 2,75 A; L2 I2 = 0,92 A; L3 I3 = 1,83 A 35 28-05-2014 Exercício 3 Observe o circuito representado na figura, em que o gerador é ideal e as lâmpadas têm todas resistência de 2,0 Ω. Com os interruptores K1, e K2 fechados, a intensidade da corrente que percorre L3 é igual a 3,0 A. a) Calcule a diferença de potencial nos terminais de L1, e de L3. (3,0 V; 6,0 V) b) Calcule a intensidade da corrente que percorre o circuito principal. (4,5 A) c) Qual a diferença de potencial nos terminais de L4? (9,0 V) d) Se K1, estiver aberto, qual o valor da intensidade da corrente que percorre o circuito? (0 A) e) Abrindo K2, calcule a intensidade da corrente que percorre as lâmpadas L3 e L4. (3,8 A) 36