feudalismo - WordPress.com

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O feudalismo é
um
sistema
econômico,
político e social fundamentado na propriedade
sobre
a terra.
Esta
pertence
ao senhor
feudal que cede uma porção dessa terra
ao vassalo em troca de serviços ocasionando
uma relação de dependência.
O feudalismo se inicia com o período
das invasões bárbaras e a posterior queda do
Império Romano do Ocidente (Século V) que
transformam toda a estrutura política e
econômica
da
Europa
Ocidental
descentralizando-a. Os povos “bárbaros” ao
ocuparem
parte
das
terras
da
Europa
Ocidental contribuem com o processo de
ruralização e o surgimento de diversos reinos,
dentre os quais se destacou o Reino dos Francos. Mas é no Reino Carolíngeo que se
solidificam as principais estruturas do feudalismo.
Predominante durante toda a Idade Média, o feudalismo se caracteriza pelas relações
de vassalagem (dependência pessoal) e de autoridade e posse da terra. As vilas e
ocolonato tornam-se o centro da nova estrutura sócio-econômica que tem um sistema produtivo
basicamente voltado para o suprimento das necessidades individuais dos feudos.
Os feudos, por sua vez, constituíam a unidade territorial da economia feudal, caracterizando-se
pela sua auto-suficiência econômica, produção predominantemente agropastoril e ausência
quase total de comércio. Nos feudos, a produção de arte ocorre nos castelos.
Geralmente divididos em três áreas: o domínio, exclusivamente do senhor feudal e trabalhada
peloservo; a terra comum, matas e pastos que podem ser utilizados tanto pelo senhor quanto
pelos servos; e o manso servil, que destinado aos servos era dividido em áreas denominadas
“glebas” de onde metade de toda produção deveria ser destinada ao senhor feudal (talha - um
tipo de imposto), os feudos podiam tanto ser enormes territórios com cidades inteiras dentro
deles, ou apenas uma fazenda, variando muito de um para o outro. Na época do Reino
Carolíngeo, feudo significava “benefício”, era o nome dado ao benefício que o suserano cedia ao
vassalo e, que na maioria das vezes era a posse de terras. Daí o porquê que “feudo” designa hoje
a propriedade em si.
Com uma estrutura social estática e hierarquizada podemos identificar a vassalagem e
a suseraniacomo as principais relações da sociedade feudal. O senhor feudal ou suserano era
quem tinha a posse das terras e as cedia aos vassalos que deveriam trabalhar nelas para
sustento próprio e, no que chamavam de corvéia, o trabalho gratuito para o senhor feudal
durante três dias por semana.
A sociedade era basicamente composta por duas camadas principais: os senhores e os servos.
Oclero, embora de muita importância na sociedade feudal, não constituía uma classe separada
uma vez que os componentes do clero, ou eram senhores (alto clero), ou eram servos (baixo
clero). Entretanto, a relação de suserania é mais complexa uma vez que as terras eram cedidas
não aos camponeses, mas a outros senhores ou cavaleiros que assumiam um compromisso de
fidelidade com o suserano. Este cedia terras em troca de mais poder e um aumento no
contingente de seu exército. O que, na prática, não significava que ele possuía poder sobre os
outros feudos uma vez que o poder era descentralizado.
A Igreja nesse período assume a posição de único poder centralizado. Aliás, a que se considerar
a enorme importância da Igreja na sociedade feudal uma vez que naquela época toda a formação
moral, social e ideológica era fortemente influenciada pelo clero.
O fim do sistema feudal costuma ser delimitado pela queda do Império Romano do
Oriente (Queda de Constantinopla) no século XV e, na Europa deveu-se a diversos motivos
econômicos, sociais, políticos e religiosos. Dentre eles podemos destacar a fome ocasionada pela
estagnação das técnicas agrícolas aliada ao crescimento excessivo da população; a peste que
assolou a Europa dizimando um terço da população já bastante debilitada pela fome; o
esgotamento das reservas minerais que abalou a produção de moedas afetando inevitavelmente
as operações bancárias e o comércio; a ascensão da burguesia e a crise religiosa ocasionada
pela necessidade de uma nova filosofia religiosa e novas necessidades espirituais.
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