O AMOR DE DEUS

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O AMOR DE DEUS
O AMOR DE DEUS
IZAN LUCENA
1º Edição
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
IZAN LUCENA
Ilustrações de Íkaro César
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
O AMOR DE DEUS
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
Editora: Agbook
Introdução
Este livro é apenas para mostrar o amor de Deus
Pai para com os seres humanos. Em Jesus, Deus quer
reunir toda humanidade como uma família em que
todos são chamados a viver como irmãos, repartindo
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
entre si todas as coisas. Essa grande reunião, onde tudo
é partilha e fraternidade no amor, é o Reino de Deus
que semeado na história, vai crescendo até que se torne
realidade para todos.
Logo, não tem significação viver com o nome de
Deus na boca, se o tiver afastado do seu coração. Vida
Cristã é Testemunho, é mensagem, é presença – é
caridade fraterna bem prática.
O cristão que vivencia o amor de Deus é aquele
que procura descobrir Cristo em cada pobre que vê, em
cada enfermo que visita, em cada irmão que abraça, na
certeza de que justiça verdade e amor é o próprio
conteúdo essencial de Deus.
Mostra também que a verdadeira sabedoria, o
caminho que conduz à felicidade, consiste em amar a
Deus e obedecer à sua vontade (mandamento),
aconteça o que acontecer.
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
Apresentação I
Meu irmão, minha irmã.
Falar sobre o amor de Deus nunca é demais,
sobretudo quando se tenta falar deste amor a partir de
uma experiência vivida no dia-a-dia, à luz dos
ensinamentos da Igreja, que, por sua vez, se inspira na
prática e no ensinamento de Nosso Senhor Jesus
Cristo. Nunca é demais colocar no papel palavras que
ajudam a pessoa a buscar um encontro profundo com
Deus, consigo mesma e com as que as cercam. É isto
que o professor Izan Lucena procura transmitir neste
livro que ora você tem em suas mãos. Tenho certeza
que este livro poderá fazer um bem espiritual muito
grande a você que gosta de lê e que busca viver uma
espiritualidade encarnada na realidade. O Izan é um
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
leigo, católico fervoroso, que atualmente mora na
cidade do Natal e tem sua história e raízes oriundas da
cidade de Macau. Quero, nestas poucas palavras,
parabenizar ao professor e desejar que você leitor (a)
possa colher bons frutos com esta semente que está
sendo lançada.
Pe. Edílson Soares Nobre
Ex Vigário Paróquia de São Paulo do Potengi-rn
Ex Pároco de Lajes-rn
Ex Pároco de Macau-rn
Curso de Comunicação Social em Roma.
Padre Auxiliar na Catedral
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
Apresentação II
Esse livrinho é mais uma palavra de carinho e de
amor de Deus para vocês.
São palavras de Deus que orientam sua vida e
ajudam a responder para vocês mesmas muitas
perguntas que estão dentro de você. Um resumo das
verdades que devemos crer viver e ensinar aos outros.
Leia com amor, abrindo seu coração a Deus. Sua
vida interessa a nós todos. Queremos sua felicidade e
queremos construir com você uma comunidade de
amor. Deus estará com você e você será testemunha
dele na família, no trabalho, na escola e no meio dos
irmãos.
Deixamos aqui uma palavra de ânimo para todos
aqueles que praticam o amor de Deus. Vamos
continuar anunciando a todos os povos que JESUS É O
SENHOR.
O Autor
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
I PARTE
Falando do amor de Deus
O amor de Deus sempre está em ação. Ele se
interessa pelas pessoas. Ele veio nos ajudar. Não quer
que ninguém sofra. Veja: Na beira do caminho havia
um cego que se chamava Bartimeu, o filho de Timeu;
estava sentado, pedindo esmolas. Quando ouviu dizer:
que era Jesus Nazareno que estava passando, o cego
começou a gritar: Jesus, Filho de Davi, tem piedade de
mim! Muitos o repreenderam e mandaram que ficasse
quieto. Mas ele gritava mais ainda: Filho de Davi tem
piedade de mim! Então Jesus parou e disse: chamem o
cego. (Mc 10.46-49).
Isso é amor em ação. Esse milagre de Jesus é
uma cura significativa. Ele não abre apenas os olhos
do cego, mas também o coração. Que dádiva de amor
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
da parte de Deus. A boa nova a respeito do grande
plano do amor de Deus é que este Jesus permanece o
mesmo hoje.
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
Dar é ato de amor
Você costuma dar esmolas nas esquinas e
calçadas? Cuidado! Esmola é ato de caridade e, por
isso, tem de ser bem praticado.
Veja bem se quem lhe estende a mão é mesmo
um necessitado, desvalido e incapaz de trabalhar.
Você poderá estar estimulando um viciado ou
fabricando um vagabundo, o que seria até um pecado.
Quando abrir a sua mão para dar uma esmola,
pense em Deus e a dê como é pedida – “pelo amor de
Deus”.
Nunca humilhe o pobre só para engordar a sua
vaidade aos olhos dos outros. Esmola é ato de amor.
“Quem não ama não conhece a Deus, porque
Deus é amor”. (1jo 4-8). O centro da vida é a prática
do amor. Esse amor é testemunha concreta e visível do
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O AMOR DE DEUS
conhecimento e a união que temos com Deus, com seu
Filho e com o Espírito. Deus ama você tanto que Ele
pagou um alto preço para ter você perto dEle. O preço
foi seu Filho.
O amor é o caminho da felicidade plena, é o
caminho que ultrapassa a todos os dons e ao quais
todos devem aspirar é o amor.
“Um leproso chegou perto de Jesus e pediu de
joelhos: Se quiser, tu tens o poder de me purificar.
Jesus ficou cheio de amor, estendeu a mão, tocou nele
e disse: Eu quero fique purificado. No mesmo instante
a lepra desapareceu e o homem ficou purificado”.
Você entende o poder saneador do amor de
Deus. O amor levou Jesus a estender a mão, tocar
naquele leproso, e curar sua carne imediatamente. Por
isso, o homem curado deve apresentar-se para dar
testemunho desse amor contra um sistema que não
cura, mas só declara quem pode ou não participar da
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vida
social.
O marginalizado agora se torna
testemunha viva desse amor, que anuncia Jesus,
aquele que purifica.
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O AMOR DE DEUS
O amor é prática concreta
Vocês sabem que o amor total a Deus e ao
próximo é que leva à vida. Mas, não basta saber. É
preciso
amar
concretamente.
A
parábola
do
Samaritano mostra que o próximo é quem se
aproxima do outro para lhe dar uma resposta às
necessidades. Nessa tarefa prática, o amor não leva em
conta barreiras de raça, religião, nação ou classe
social. O próximo é aquele que eu encontro no meu
caminho.
Alegria de amar. Quem é seu irmão? O que
nasceu dos mesmos pais? Os seus amigos? Os que lhe
são mais simpáticos?
Seu irmão é todo aquele que passa por você, de
qualquer meio social, de qualquer cor, de qualquer
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
raça. Irmão é todo aquele que cruza o seu caminho,
mesmo que você não o conheça.
Irmão é o seu semelhante, tenha ele nome que
tiver, venha de onde vier. Não ame apenas os que
descendem do mesmo sangue que você. Nem só
aquele aos quais você chama de amigos. Nem somente
aos que lhe são agradáveis. Irmão é o nosso
semelhante.
A expressão de fé em Jesus é o amor
Mestre, o que devo fazer para receber em
herança a vida eterna? Jesus lhe disse: O que é que
está escrito na lei? Como você lê? Ele então respondeu:
ame o senhor, seu Deus, com todo o seu coração, com
toda sua alma, com toda sua força e com toda sua
mente; e ao seu próximo como a si mesmo. (Lc 10.2527).
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O AMOR DE DEUS
O novo mandamento (amem-se uns aos outros).
Supera todos os outros mandamentos. Deus e o
homem são inseparáveis. E é somente amando ao
homem que amamos a Deus.
Amarás ao teu Deus...
A lei de Deus está assentada, toda ela, no amor,
tal como nos descreve o evangelista, naquele jovem
que, ao se aproximar do Cristo, perturbado por causa
das tentações do mundo e em face das suas naturais
fraquezas, perguntou-lhe:
“Mestre, o que devo fazer para me salvar?”
E o Senhor, colocando-lhe as mãos nos ombros,
disse: “Amarás ao teu Deus de todo a tua alma e ao teu
próximo como a ti mesmo. Faze isto e terás o reino de
Deus.”.
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O AMOR DE DEUS
O fruto do discípulo é o amor
O fruto do discípulo é o amor. O fruto que nós
somos chamados a produzir é o amor. Jesus não quer
uma adesão de servos que obedeçam a um senhor,
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O AMOR DE DEUS
mas uma adesão livre, de amigos. E a amizade é dom:
Jesus é o amigo que dá a vida pelos amigos.
Testemunhar o amor de Deus que quer dá vida. Seja
um colaborador de Deus na natureza. Quando Deus o
criou foi por obra de amor, fazendo de você sua
“imagem e semelhança”.
Você foi feito para continuar a obra divina do
amor. Faça o bem onde puder como puder, quanto
puder. Estenda a mão aos seus irmãos, principalmente
aos mais necessitados.
Você sentirá, então, que outra mão se estenderá
em seu favor e reconhecerá que é a mão de Deus.
Jesus amou até o fim.
O projeto de Deus a respeito do homem se
completa na morte de Jesus, sinal do seu dom de amor
até o fim. Jesus é o Rei que entrega sua vida por todos.
Doravante, a cruz será o símbolo do amor de Deus,
que vai até o fim.
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O AMOR DE DEUS
A idéia de superioridade e o domínio no
exercício do pastoreio são absolutamente contrários
ao ensino e atitude de Jesus, que considera todos os
seus discípulos como amigos e irmãos. Sendo capaz de
amá-los até o fim, dando, Acredite nesse amor e será
salvos você e todos os da sua casa.
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O AMOR DE DEUS
Cumprimento da Lei
Não fique devendo nada a ninguém, a não ser o
amor mútuo. Pois, quem ama o próximo cumpriu
plenamente a lei. De fato, os mandamentos: Não
cometa adultério, não mate, não roube, não cobice, e
todos os outros se resumem nesta sentença: Ame o seu
próximo como a si mesmo. O amor não pratica o mal
contra o próximo, pois o amor é o pleno cumprimento
da Lei. (Rm 13.8-10).
Paulo também vê o amor como expressão
perfeita de toda a lei. “O que vocês preferem: que eu
os visite com vara, ou com amor e suavidade.” (1co
4.21).
Salomão dizia: “Não prepares nenhum mal
contra o teu amigo, se ele tem confiança em ti.”.
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
Paulo Também dizia: Ainda que eu tivesse o
dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios
e de toda a ciência, ainda que tivesse toda a fé, a ponto
de transportar montanhas, se não tivesse a caridade,
eu nada seria.
Porém, eu lhes digo só o amor sabe discernir o
verdadeiro amor. Entretanto, os esclarecidos esquecem
o princípio supremo da sabedoria: o amor.
“Que ele faça Cristo habitar no coração de vocês
pela fé. Enraizados e alicerçados no amor.”
“De conhecer o amor de Cristo, que supera
qualquer conhecimento, para que vocês fiquem
repletos de toda plenitude de Deus.” (Ef 3.17-19).
Nesse trecho, o apóstolo quer que os Cristãos
conheçam profundamente a Deus e experimentem
todas as dimensões do amor de Cristo por nós, para
que o próprio Cristo possa habitar no coração de cada
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
um. A realidade nova trazida por Cristo vai além de
todo conhecimento e só pode ser experimentada na
vivência do amor.
O amor: laço da perfeição
E acima de tudo, se vista com o amor, que é o
laço da perfeição. (Cl 3.14). Onde chama a nós, os
cristãos, a vivenciar esse amor, passando por uma
transformação radical: deixar de pertencer à velha
humanidade (homem novo com amor).
“Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios,
revestidos com a couraça da fé e do amor e com o
capacete da esperança da salvação.” (1 ts 5-8).
A palavra de Deus sugere que o testemunho
cristão é verdadeiro combate com as armas da fé, do
amor e da esperança: a fé leva ao conhecimento da
verdade e da justiça; a esperança abre o futuro para a
liberdade e a vida.
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
O amor fraterno
Na carta aos Hebreus, Ele diz: “Perseverem no
amor fraterno”. (Hb 13.1). Pede para amarmos de
modo concreto, porque o amor fraterno não é
puramente sentimento interior; é comportamento
expresso por atitudes concretas, dentro e fora da
igreja.
Logo, não é possível amar a Deus sem amar ao
próximo e sem formar comunidade: se Deus é Pai, os
homens
são
filhos
conseqüentemente
e
todos
família
devem
de
Deus,
amar-se
e
como
irmãos. Deus manifestou o seu amor por meio de
Jesus, que tornou possível o amor entre os homens. O
centro da palavra de Deus é o amor, que traduz a fé
em vida concreta. Amar ao próximo significa
conhecer a Deus, viver na luz, estar unido a Deus e
aos irmãos, não pertencer ao mundo e cumprir os
mandamentos.
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
Portanto, amar a Deus é praticar a justiça, é ser
filho de Deus, obter o perdão dos pecados e libertar-se
do medo.
A prática do amor
Pratique o amor, porque esse amor não significa
apenas amar com sentimento e com afeto, mas através
de ações concretas que promovam a vida e a liberdade
dos irmãos.
“Não amem o mundo e nem o que há no
mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não
está nele.” (1jo 2.15).
A prática do amor não tem limites, pois
devemos amar como Jesus amou: assim como ele foi
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
até o fim dando sua vida por nós, também nós
devemos dar a vida pelos irmãos.
“Mantenha-se no amor de Deus, esperando que
a misericórdia de Nosso Senhor Jesus Cristo lhes dê a
vida eterna.” (Jd 21).
Numa recomendação final, o autor relembra os
pontos fundamentais de um programa da vida cristã:
fé, oração, amor, auxílio mútuo, confiança na
misericórdia de Jesus Cristo e a distância daqueles que
procuram perverter os outros.
Salmos: Cânticos de amor
Os salmos são belos hinos de louvores e de amor
do Nosso Deus. Veja: O Salmo 62(61), nos diz que
Deus é poder e amor. “Só em Deus a minha alma
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
repousa, porque dEle vem a minha salvação. Só Ele é a
minha rocha e a minha salvação, a minha fortaleza:
jamais serei abalado! (Sl 62.2-3)”.
O homem pode confiar em Deus, porque este é
poder e amor. Poder sem amor não inspira confiança.
Amor sem poder não é eficaz para realizar a justiça
dentro de uma sociedade cheia de conflitos.
“Javé é compaixão e piedade, lento para a cólera
e cheio de amor. Ele não vai disputar perpetuamente,
e sem rancor não dura para sempre. Nunca nos trata
conforme os nossos erros, nem nos devolve segundo as
nossas culpas”. (Sl 103).
Vejam como nesse hino de louvor, celebramos o
amor de Deus, que vem através do perdão, libertando
o mal e refazendo a vida dentro de nós. Mostrando a
dimensão infinita desse amor, que se compara ao de
um pai para com seus filhos. Voltado para o homem,
esse amor de Deus se realiza na compaixão, que é
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O AMOR DE DEUS
“sofrer junto” com os que participam da condição
humana.
Os retratos do homem justos, cheios de amor e
felizes, são os que têm piedade e empresta e conduz a
sua vida com retidão, sem vacilar. (Sl 112).
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
Manifestação do amor de Deus
No livro dos cânticos descreve o amor humano
e revela a paixão e ternura de Deus pela humanidade.
Como afirmava João, “O amor procede de Deus,
e todo aquele que ama nasceu de Deus, e conhece a
Deus... pois Deus é amor” (1 Jo. 4,7-8). O amor
humano é espelho, sacramento e manifestação do
próprio Deus, que se torna presente na pessoa dos
seres humanos que se amam. Ele manifesta assim o
seu amor e eterniza a maior experiência que os
humanos podem ter dele e de si mesmos.
“Quando ainda estava detido na prisão, Jeremias
recebeu novamente a palavra de Javé: assim diz Javé,
que fez a terra e lhe deu forma, fazendo dela uma
coisa firme: o seu nome é Javé: chame por mim que eu
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
lhe responderei, anunciando coisas grandiosas e
sublimes, que você não conhece” (Jr.33,1-3).
Nesse trecho Jeremias mostra o quando o amor
de Javé é para sempre, quando vê naqueles tempos as
desgraças, ele ressalta que o amor de Javé é para
sempre. Nos dias de hoje, com as notícias de guerras e
ameaças de guerra, ele continua afirmando que Javé é
fiel ao seu amor e ao seu projeto, e refará a vida do
seu povo.
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Deus é amor fiel
No livro de Oséias, ele anuncia o amor fiel e
misericordioso de Deus para com seu povo, se este se
converte e volta a conhecê-lo. Para o profeta, o
conhecimento de Deus não é uma atitude intelectual,
mas uma adesão amorosa, através de uma prática que
corresponda ao projeto de Deus. (Os 11).
Deus planeja somente o bem para você. Meu desejo é
que o mundo inteiro saiba como Deus é bom.
O Senhor é gracioso e compassivo (Sl. 86 15; Sl
111.4; Sl 112.4; Sl 145.8). Jesus a cada passo
compadecia-se (Mt 9.36; Mt 18.27; Mc 1.41; Mc
6.34). As suas misericórdias não têm fim (Lm 3.22).
Trinta vezes estão escrito no livro dos Salmos: A
sua misericórdia dura para sempre.
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
Pois tu, Senhor, és bom, e pronto a perdoar, e
abundante em benignidade para com todos os que te
invocam (Sl 86.5).
Deus diz:
“Alegrar-me-ei por causa deles, fazendo-lhes
bem (...) com todo o meu coração e com toda a minha
alma”. (Jr 32.41).
Deus tem um coração e uma alma muito
grandes, e por isso se alegra por causa de nós, para
nos fazer o bem. Seu amor e misericórdia, seu poder e
cura, sua presença milagrosa na sua vida, poderão por
fim a doença, à derrota, à pobreza e ao desespero.
Ele é bom e deseja somente o bem para você. Ele
é amor e anseia por você para compartilhar daquele
amor. Ele é vida e deseja transmitir-lhe aquela vida.
Ele criou você à sua imagem, e assim, você é um ser do
gosto dEle.
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
Amar os inimigos
“Amem os seus inimigos; rezem por aqueles que
perseguem vocês!” (Mt. 5-44).
Esse
evangelho
abre
perspectiva
do
relacionamento humano para além das fronteiras que
os homens costumam construir. Amar o inimigo é
entrar em relação concreta com aquele que também é
amado por Deus, mas que se apresenta como
problema para mim. Os conflitos também são tarefa
do amor.
“Por isso, amai aos vossos inimigos, fazei o bem
aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e
caluniam. Fazei isso para serem filhos do vosso Pai
que está nos Céus; que faz nascer o sol sobre os bons e
sobre os maus e faz descer a chuva sobre justos e
injustos. Porque, se vós amais somente os que vos
amam, que recompensa haveis de ter?”
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
“Não fazem isto também os publicanos e os
pagãos? Portanto, sede perfeita como também o Vosso
Pai Celestial é Perfeito.” (Mt. 5.43-48).
A melhor oração é amar
Folheando o “Louvemos o Senhor”, deparei-me
com uma canção que dizia assim: “Se não sabes amar,
tu não deves orar, a melhor oração é amar. E Jesus nos
ensina nos quatros evangelhos que a melhor oração, é
amar. E por isso pedimos que a nós descesse, em
nossas
almas
o
amor
de
Jesus.
Porque
se
permanecemos no amor eterno de Cristo, viveremos
sua mensagem de esperança e alegria. Deus é amor e
quem ama permanece em Deus.”.
Nisto conhecemos o amor de Deus, em dar Ele a
sua vida por nós e também devemos dar a nossa vida
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
pelos nossos irmãos. Quem possuir bens deste mundo
e vir o irmão sofrer necessidade, mas lhe fechar o seu
coração, como pode estar nele o amor de Deus? (1jo
3.16-17).
A natureza testemunha o amor de
Deus
A natureza e a revelação nos dão testemunho do
amor de Deus. As colunas, os mares, as planícies, tudo
nos fala do amor daquele que tudo criou. Deus criou o
ser humano perfeitamente santo e feliz; a terra era
linda ao sair das mãos do Criador, e não apresentava
qualquer vestígio de decadência ou sombra de
maldição. Foi à desobediência à lei de Deus – a lei do
amor – que trouxe sofrimento e morte.
Como já foi dito no início deste livro, eu
repetirei novamente: Seja um colaborador de Deus na
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
natureza. Quando Deus o criou foi por obra de amor,
fazendo de você sua “imagem e semelhança”.
A glória de Deus é o amor
A palavra de Deus revela o Seu caráter. Ele
mesmo
proclamou
Seu
amor
infinito
e
Sua
misericórdia. Quando Moisés orou: “Rogo-te que me
mostres a tua glória”, o Senhor respondeu: “Eu farei
passar toda a minha bondade por diante de ti.” Essa é a
Sua glória. Ele passou diante de Moisés e proclamou:
“Eu sou o eterno, o Deus eterno! Eu tenho compaixão e
misericórdia, não fico irado com facilidade e minha
fidelidade e meu amor são tão grandes que não podem
ser medidos. Cumpro minha promessa a milhares de
gerações e perdôo o mal e o pecado.” Ele é Deus que
tem compaixão e misericórdia, porque tem prazer em
nos mostrar para sempre o seu amor.
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
Quanto mais estudamos o caráter divino à luz
que vem da cruz, tanto mais veremos a misericórdia, a
ternura e o perdão, unidos à justiça e eqüidade, e de
modo mais claro veremos as incontáveis provas de um
amor que não tem limites; conheceremos a terna
compaixão que é muito maior do que o amor de mãe
por um filho rebelde.
Falar, olhar, tocar, levantar e
caminhar junto com o amor.
“Uma esmola, pelo amor de Deus!” com
freqüência ouvimos esse pedido nas ruas, nos ônibus,
nos bancos, nos estabelecimentos comerciais, nas
portas das Igrejas, nas praças e avenidas das pequenas
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O AMOR DE DEUS
e grandes cidades. Isso cada vez vem comprovar o
poder do amor de Deus.
Em Mc 10.21; Jesus olha para o jovem rico com
amor. Olhar com amor significa olhar atentamente,
com afeição e carinho. É acolher. Isso possibilita
compartilhar da vivência da outra ou do outro. É um
afago no coração.
O amor, a solidariedade, o compromisso com as
pessoas tem o milagroso poder de ressuscitar aquela/e
que foi capaz de estender a mão à outra, ao outro.
Como dizia Santo Irineu: “A glória de Deus é a vida do
ser humano.”.
Essas atitudes nos mostram um Jesus mais
humano do que, em geral, aquele que nos foi
transmitido. Logo esse é um bom exemplo a seguir em
nossos trabalhos pastorais: não ter medo de amar,
aproximar, tocar, falar, olhar e olhar de novo... Como
as primeiras comunidades cristãs, precisamos renovar
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
a certeza de que o poder do amor, traduzido em gestos
concretos, é capaz de ressuscitar a outra ou a outro.
Amar é obedecer
O sacrifício que agrada a Deus é o exercício de
amar. No capítulo 12 de Romanos inicia nova seção
dentro da Carta: é a seção exortativa (parênese), na
qual Paulo convida a comunidade cristã a responder
no dia-a-dia aos apelos da misericórdia divina.
O amor de Deus tomou conta de todos, Judeus e
Pagãos. A resposta do cristão não pode ser outra a não
ser a do amor.
Os que se reúnem em nome dEle buscam criar e
expressar relações onde à única dívida a ser paga é a
do amor, pois “amar é obedecer à Lei com perfeição.”.
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
A raiz de tudo é o amor
Em Romanos (12.1-15, 13) tratam do modo
como os seguidores de Jesus agem na sociedade. Os
três versículos iniciais são marcados pelo tema do
amor enquanto cumprimento da Lei (vv. 8b. 10b). O
amor é a raiz de tudo o que deve ser feito. Paulo
sintetiza isso com uma frase lapidar: “Não tenham
nenhuma dívida para com ninguém, a não ser a de se
amarem uns aos outros.” (v. 8a).
Paulo sabe disso e mostra em que consiste amar
a Deus e a seu Filho Jesus: “Quem ama o próximo
cumpriu a Lei.” De fato, os mandamentos: Não
cometerás adultério, não matarás, não furtarás, não
cobiçarás, e todos os outros, estão resumidos nesta
palavra: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. (vv.
8b-9).
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
Note-se que, em todo esse trecho, não se
menciona Deus. Tem-se a impressão de que esteja
faltando algo, mas não está, porque não há muitas
formas de amarmos a Deus; aliás, há uma só, que é
amando o próximo, cada pessoa, do jeito que ela é,
pois sabemos que ninguém escolhe o próximo para
amá-lo. Ele simplesmente se apresenta como dom de
Deus e também como desafio à nossa capacidade de
amar. Nesse sentido, todos é devedores de uma dívida
impagável, a não ser que sejamos capazes de gestos
gratuitos como os de Jesus, que se entregou totalmente
por amor.
Não existe, portanto, como desejavam os
fariseus, um amor a Deus e o outro ao próximo, pois
amar as pessoas como a si mesmo é amá-las “de todo
coração, de toda a alma, e de todo o entendimento.”.
E
isso
os
fariseus
não
admitiam,
pois
consideravam o povo maldito, impuro e merecedor de
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
desprezo. Amar a Deus, portanto, é amar o povo, porta
de entrada da religião.
O Pai nos ama de modo
extraordinário
No evangelho de João, Jesus diz: “Eu dou a vocês
um mandamento novo: amem-se uns aos outros.”
Assim como eu amei vocês, vocês devem se amar uns
aos outros (13.34). Não há, contudo, diferença entre o
que aí se afirma e o que Jesus diz no evangelho de
Mateus. De fato, ele e o Pai nos amam de modo
extraordinário. E amar o próximo “como a si mesmo”
é amar com a mesma extraordinariedade com que
fomos e somos amados.
O evangelho é um alerta contra um tipo de
religião intimista e personalista. A porta de entrada
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
para Deus é nosso povo com suas angústias,
esperanças e dons. Amar a Deus é amar o povo que
sofre. Já nos dizia o Santo Papa Paulo VI, “a humildade
é o espaço que Deus nos dá para amarmos os irmãos.”.
Praticar à justiça é nascer do amor de
Deus
Viver como filhos de Deus implicam à prática
da justiça: “Todo aquele que pratica a justiça nasceu
de Deus.” (1jo 2-29). A prática da justiça mostra que
Deus é justo e nos torna seus filhos. Portanto, ser filho
de Deus é estar em sintonia com o projeto do Pai:
“Felizes os que promovem a paz, porque serão
chamados filhos de Deus.”.
O texto salienta que o amor do Pai é a grande
força que sustenta a caminhada da comunidade cristã,
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
apoiando e encorajando a luta pela implantação do
projeto de Deus.
Ter amor é adorar ao Deus
verdadeiro
A adoração é o primeiro ato da virtude da
religião. Adorar a Deus é reconhecê-lo como Deus,
como Criador e Salvador, o Senhor e Mestre de tudo o
que existe, o Amor infinito e misericordioso. “Adorarás
o Senhor teu Deus, e só a Ele prestarás culto” (Lc. 4.8),
diz Jesus, citando o Deuteronômio (6.13). Adorar a
Deus é como Maria no Magnificat, louvá-lo, exaltá-lo
e humilhar-se a si mesmo, confessando com gratidão
que ele fez grandes coisas e que seu nome é santo.
Quando o anjo do Senhor apareceu em Fátima
aos três pastorinhos, trazendo na mão um cálice com
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
a sagrada Eucaristia, prostrou-se de joelhos com o
rosto em terra e convidou as crianças a repetir com
ele esta oração:
“Meu Deus! eu creio, adoro, espero e amo-vos; peçovos perdão para os que não crêem, não adoram, não
esperam e não Vos amam”.
Se quiser sentir esse amor de Deus, nos dias de
hoje, vais a uma Igreja e faz uma visita ao Santíssimo
Sacramento. Vejam o que diz Dom Bosco: “Se quereis
que o Senhor vos dê muitas graças? Visitai-o poucas
vezes. Se quiserdes que o demônio vos assalte? Visitaio raramente a Jesus Sacramentado. Se quiserdes que o
demônio fuja de vós? Visitai a Jesus muitas vezes. Se
quiserdes vencer o demônio? Refugiai-vos sempre aos
pés de Jesus.
Se quiserdes ser vencidos? Deixai de visitar a
Jesus. Meus caros, a visita é um meio muito necessário
para
vencer
o
demônio.
Portanto,
idem
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
freqüentemente visitar Jesus, e o demônio não terá
vitória contra vós.
O amor de Deus nos corrige
Deus não só nos ama, mas nos corrige, às vezes
até nos pune. Ele está sempre nos disciplinando e nos
educando como um pai educa os seus filhos. Se Deus
não nos corrigisse, não poderíamos chamá-lo de Pai.
Você deve contar como uma grande graça quando
Deus o corrige (cf. Hb 12.5-11).
Deus não somente nos corrige, mas algumas
vezes nos prova. O demônio nos tenta, mas Deus nos
prova. Há uma diferença. O que acontece é que, às
vezes, o que o demônio usa para nos tentar, Deus usa
para nos provar.
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
“Deus sempre vê o bem para aqueles que Ele
ama” (cf. Rm 8.28). Como sei que Deus, meu Pai, me
ama? Porque Ele está sempre comigo.
Deus está sempre trabalhando pelo bem na
nossa vida. Então ele clama: se Deus está ao nosso
lado, quem pode ser contra nós. Se Deus está conosco,
quem pode ser contra nós? (cf. 8.31). Deus, meu Pai, é
aquele que está sempre a meu favor. Como sei que
Deus me ama? Porque Ele está sempre me ensinando e
me corrigindo.
A essência do amor de Deus
“Deus, com efeito, amou tanto o mundo que deu
seu Filho, o seu único, para que todo homem que nele
crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
Pode-se dizer que este versículo contém todo o
evangelho em essência; mostra-nos a razão pela qual
Deus nos ama.
O Senhor nos ama tanto que nos deu seu Filho
Jesus. Deus nos ama, porque nos criou a Sua
semelhança, querendo que sejamos tão perfeitos como
Ele, mesmo sabendo da nossa imperfeição. Ele nos
perdoa e está constantemente nos ensinando, tomando
conta de nós, nos corrigindo, se orgulhando de nós.
Para evangelista São João, uma boa razão para provar
que Deus, nosso Pai, nos ama é está: Ele nos deu o que
mais amava.
O mistério da fé católica
O maior mistério da fé católica é a Trindade,
que em linguagem simplificada significa que Deus
não é nada mais que o amor.
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
O segundo mistério da nossa fé é o que nós
chamamos de encarnação. Isso quer dizer que Deus
não é somente amor, mas Ele dá esse amor. O amor é
doar-se sempre.
Para a fé cristã, o sinal mais importante do amor
de Deus por nós, é dado o que há de melhor nele, o
seu Filho único, Jesus Cristo, para ser nosso Salvador,
Senhor, Amigo, Curador, o nosso Tudo.
Jesus veio ao mundo para nos dizer que temos
em Deus um Pai que nos ama. Que ama do jeito que
somos. Ele não nos ama mais quando somos bons, ou
menos, quando somos maus. Seu amor por nós é
incondicional.
O amor de Deus não é como numa grande
fábrica de copos que de um molde se fazem centenas,
milhares deles. Não, Deus trata cada um de modo
diferente e particular.
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
Esta é a mais profunda prova do amor de Deus.
Sem contar com nosso passado, apesar da nossa vida
pecaminosa e de tudo que o fizemos nos dá outra
chance, centenas de novas chances e nunca nos vai
“riscar da sua lista”. E em cada chance Deus nos dá
uma vida nova, um novo começo.
Jesus veio nos falar sobre Seu Pai. Ele queria que
as pessoas ouvissem o que Deus Pai lhes dizia
pessoalmente. Ele falava duas coisas importantes a
respeito de Deus Pai. A primeira é: “Deus tem um
grande plano para nós. Ele nos ama tanto que nos
quer tão Santos como Ele é Santo; tão perfeitos como
Ele é perfeito; tão cheios de compaixão como Ele é
cheio de compaixão. Quer que sejamos como Ele de
qualquer modo. Ele quer que falemos e nos
comportemos como Ele. Deus nosso Pai quer ter
orgulho de nós e extrair de nós o melhor” (cf. Lv 19.2).
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
Ao mesmo tempo em que Jesus nos diz isso, nos
dá outro aspecto desses Deus amoroso, que parece o
oposto, mas não é. É o complemento: “Se nós não
atendermos as expectativas de Deus nosso Pai, Ele não
vai perdoar os nossos pecados, vai curar as nossas
feridas, nos libertar das influências demoníacas, vão
nos darem um começar de novo, uma nova vida. Ele
não desiste de nós.” (cf. Dt 31.6b).
Ame e deixe-se amar
O amor é a melhor música na partitura da vida.
Sem ele você não vive. Ame e deixe-se amar.
A maior cura que recebemos é a espiritual que
acontece quando experimentamos o amor de Deus
por nós, quando nos arrependemos e voltamos ao Pai.
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
São Paulo nos diz: “Nunca usem palavras que
humilhem as pessoas, sempre use palavras que as
elevem e construam.”.
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
II PARTE
Livrai-nos Deus de Nossos Inimigos.
“Filho e Filha da Igreja de Deus exultai de
alegria, alegrai-vos no Senhor porque Ele é o nosso
alimento e estaremos em volta do altar para adorar e
amar a Deus.”
Essa é a linguagem profética e eucarística do
corpo de Cristo no coração da Igreja nos dias de hoje.
É com esse pensamento que começarei a
escrever o que certa vez disse o Pe. Roberto “Toca de
Assis” numa pregação sobre o profetismo.
Vejamos:
O Pe. Roberto iniciou a pregação, assim: Pelo
sinal da Santa Cruz livrai-nos Deus de nossos
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
inimigos. Amém. Pela autoridade de corpo, alma de
nosso Senhor Jesus Cristo presente na sua Igreja, pela
autoridade do seu sacerdócio em Cristo Jesus, Ele
repreendeu qualquer astúcia maligna sobre todos,
sobre nossas casas, sobre nossas famílias.
Que essa pregação possa trazer ainda mais o
conhecimento, a santidade, a todos que um dia possa
tomar conhecimento da mesma, que todos sejam
guardados pelos Santos Anjos. Pelo meu, pelo teu anjo
da guarda. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo. Amém.
Ele dizia naquela manhã que nosso Senhor
mudou a sua pregação e profecia. E naquele momento
era tempo de profecia. E que Todos que ouvissem
aquela pregação para Deus seria profeta e profetiza
da Igreja. E que Deus também queria naquele
momento formar homens e mulheres profetas. Formar
profetas. O profeta não sabe falar é o Senhor que age
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
dentro dele queimando em seu peito. É ele que abre a
boca e Deus fala, e Deus profetiza.
Entenda que o profetismo agora na nova e
eterna aliança não é como no antigo testamento onde
o Espírito Santo passava. Agora somos Cristãos
portadores de Cristo, onde trazemos o Cristo no nosso
peito. Tudo aquilo que era figura, que pré-figurado no
antigo testamento, se torna uma realidade em cada
um de nós. Por isso, o profeta e a profetiza, o homem e
a mulher de Deus, o evangelizador, aquele que
anuncia a boa nova de Deus tem que ser livre e fiel.
Jesus disse: “Quem perseverar até o fim será
salvo.” A colheita, o trigo e o joio, o celeiro. Mas temos
uma luta concreta contra o anticristo. Que para nós é
um assunto pesado, mais é preciso orientar, é preciso
ensinar, é preciso dar um fundamento muito claro
para todos que nós não lutamos somente contra aquilo
que é natural, mas o sobrenatural, nós lutamos contra
o anticristo.
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
Os poderes oculto das trevas que quer destruir
inibir e arrancar vocês da convivência íntima e
pessoal com o corpo e sangue de Jesus Cristo Nosso
Senhor. E aquilo que é mais natural do anticristo que é
a tentação. Temos a tentação, temos a obsessão, temos
a possessão, mais a tentação em si, que é algo
ordinário do anticristo e que vai contra a fé, contra a
esperança e contra a caridade. Principalmente contra
a fé, contra a esperança e contra a caridade, três
virtudes profundas que o homem de Deus e a mulher
de Deus, não podem deixar de ter, de viver, no sentido
profundo do abandono, a fé, a esperança e a caridade.
Mas diretamente falando contra a fé, a fé no
Senhor Jesus Cristo. Eu fico extasiado e me alegro
profundamente em qualquer dia de dificuldade e de
dor. A minha alegria está em crer, o dom de crer. Jesus
o Senhor estará em minhas mãos nesse dia, será o meu
alimento, eu vou poder pegar em Deus, adorar a
Deus,... E deve ser também a tua maior alegria, Filho e
Filha da Igreja de Deus, exultai de alegria, alegrai-vos
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
no Senhor porque Ele é o nosso alimento. E estaremos
em volta do altar para adorar a Deus, para amar a
Deus, para nos alimentar do Senhor.
Essa linguagem profética quer dizer: essa
linguagem profética e eucarística do corpo de Deus no
coração da Igreja. É nosso desejo, é o desejo da Igreja.
É o desejo tenho certeza absoluta dessa nova carta
encíclica que o Santo Padre já escreveu e devem
chegar a nossas mãos daqui alguns dias. E o desejo, o
mistério da missa, a adoração ao corpo de Deus, o
amor ao nosso Senhor, a alegria de tê-lo perto de nós,
a alegria de tê-lo junto de nós, bem perto do nosso
coração. A alegria de podê-lo vê-lo, quando se ergue o
cálice do sangue de Jesus diante de nós filho, pense
um
pouquinho
na
alma.
Medite
agora
no
preciosíssimo sangue de Jesus que está na sua frente. E
nós podemos adorar a Deus e a nossa adoração é um
ato
concreto,
quando
se
ergue
o
cálice
preciosíssimo sangue de Jesus diante de nós.
do
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
Nós podemos adorar a Deus e cremos que esse
sangue preciosíssimo que está dentro desse cálice é o
mesmísso sangue derramado na cruz, não é outro
sangue,
não,
é
o
mesmísso
sangue.
Sangue
preciosíssimo de Jesus Cristo nosso Senhor, nosso
verdadeiro Deus e verdadeiro homem. É, o sangue do
Cordeiro de Deus e tenho que adorar a Deus, meu
Senhor. É o sangue do verbo de Deus, é o sangue do
meu Senhor Jesus Cristo, é o sangue da minha
salvação e nós temos que adorar.
Quando se levanta do altar o corpo de Deus.
Maravilhosa fé católica. Estupenda! É claro combatido,
combatida raivosamente pelo anticristo.
No final desta pregação vou ler para vocês
alguns trechos desse grande teólogo “René Laurentau”
um dos maiores teólogos da Igreja Católica. Ele
escreveu um livro “Demônio – Símbolo ou Realidade”
em espanhol. Mas é um dos maiores teólogos da Igreja
Católica, mariano por excelência, e aqui, ele cita
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
alguns pontos da missa negra e dos ritos do anticristo
contra é claro a “Santa Igreja Católica.” Que estão
presentes verdadeiramente nas chamadas sociedades
secretas. Que vão imbuindo, lutando contra a fé e o
anticristo vai diretamente dando a você uma tentação
contra a fé católica. Primeiro pela incredulidade, ele
semeia e quer semear no teu coração a incredulidade.
Dar a você um coração frio, um coração gelado,
tanto faz crer ou não crer em Jesus Sacramentado,
tanto faz ir ou não ir a Santa Missa, o que importa é
ser católico de qualquer maneira. O que importa é ser
católico, é ser apenas batizado. O que importa é viver
uma vida de qualquer maneira, não se importando em
adorar a Deus. Importa comungar de qualquer
maneira. Nós vamos à missa de qualquer maneira,
comungamos com pecado ou sem pecado é a mesma
coisa. Esta história de confessar, esta história, então,
ele vai colocando uma frieza, uma frieza incrível na
alma de tantas pessoas. Frieza. Não se prepara para
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
adorar a Deus, para receber a Deus, para serem
santificado por Deus.
Uma anomalia, ou seja, insensibilidade total.
Incredulidade. Dar incredulidade infelizmente se gera
a apostasia. Dar insensibilidade ao abandono total.
Nós já não cremos com o coração, não temos mais
sensibilidade e acabamos negando a nossa fé. Não é
verdade coisissima alguma que Jesus estar altar, isso é
invenção do clero, isso é invenção de padre, isso é
invenção, enfim, isso é invenção dos homens. Como é
que Deus pode estar presente no altar? Como é que
Deus pode ser nosso alimento? Vem à incredulidade e
nós não entendemos nada. Na verdade é um
simbolismo mesmo. O negócio é crer como um
simbolismo e voltar atrás. O negócio é abandonar a fé
católica e trilhar outros caminhos onde a fé é mais
racional e tudo é mais cabível dentro de nós. Então,
vem tudo. A incredulidade, a insensibilidade e vocês
pulam para a apostasia da fé, negação interior do
Cristo eucarístico. Eu repito a negação interior da fé
onde talvez você nem abandonasse a Igreja. Talvez
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
você não tenha nem abandonado a Igreja e nem
abandonado a Santa Missa, mais por dentro, lá dentro
está tudo vazio, infelizmente você foi tomado pela
incredulidade, pela apostasia.
Semente protestante contra o corpo de Deus
entrou em você. Fique sabendo que qualquer livro
protestante, infelizmente, tem que dizer isto, qualquer
livro protestante, qualquer ensinamento protestante, e
tem muitos católicos que ficam buscando em livros
ensinamentos protestantes, porque querem ser mais
abandonados na fé do que os católicos, porque aquele
Pastor prega com poder, aquela pastora prega com
poder, fala coisa do apocalipse que nunca ouvimos
falar na Igreja Católica. Porque isso, porque aquilo, e
aquilo vão semeando infelizmente uma incredulidade
na tua alma. Escute o que vou dizer: é uma ação
maligna, profundamente maligna, arrancaram a tua
vida do corpo de Deus. Escute isso. Católicos e
Católicas não é mais tempo de você ficar a procurar
auxílio onde não devem. Deixem-nos com a comida
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
deles, que se fartem à vontade, deixem-nos com o
Senhor.
Se eles querem aquele tipo de alimento, fiquem
com ele. Agora nós não podemos trocar o alimento
sólido, verdadeiro, substancial, real da carne e do
sangue de nosso Senhor Jesus Cristo, por teorias e por
fundamentos humanos. Não podemos viver isso de
maneira alguma. Essa incredulidade, essa apostasia
interior que infelizmente também tem chegado ao
coração de muitos religiosos. Não é julgamento, é fato
concreto. Mas o Senhor mim deu ao meu coração,
Apocalipse cap. 11, que fala das duas testemunhas. As
duas testemunhas que foram chamados para levantar,
reconstruir o templo de Deu s, a Igreja de Deus. E eles
estavam vestidos de sacos durante 1260 dias. Um
tempo determinado para o profetismo. Esse profetismo
significa erguer a Igreja de Deus. E lembrar essa
passagem. Lembramos totalmente do terceiro segredo
de Fátima. Porque aqui vai falar dos profetas mortos,
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
caído na praça e os zombadores, esses zombavam dos
profetas, matavam e massacravam os profetas.
A vitória é nossa, a vitória não é dos seguidores
do anticristo. De repente o Espírito Santo sopra sobre
aqueles cadáveres dos profetas e eles se levantam, eles
são erguidos da morte e sobe para os Céus e os e os
inimigos da Igreja envergonhados começam a colocar
a
mão
sobre
a
face,
não
é
possível
ficar
envergonhados, a vitória não é deles. A vitória, sim, é
verdadeiramente dos profetas. Eles profetizaram
anunciaram, foram mortos pela fé, foram mortos pela
doutrina, pela verdade da Igreja. Foram até zombado.
Vejam nossos profetas, mortos, caídos ao chão, mortos
e ensangüentado, acabados mais de repente o Espírito
Santo vem sobre eles e os levantam e os leva para os
céus e os inimigos ficam envergonhados. Porque
passam a ver a vitória dos que permaneceram fiéis até
a morte. Escute o capítulo 11 do Apocalipse, diz o
anjo: “Deram-me um caniço semelhante a uma vara
dizendo: Levanta-te e mede o tempo de Deus.”
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
Significam os que são fiéis, é como joio e o trigo, quem
é fiel estar no altar, estar adorando, medem o altar,
mede o tempo de Deus, mede o altar e ver aqueles que
estão adorando, que não se afastaram que se
aproximaram do altar. Sempre o altar é símbolo de
Cristo, sempre o altar, no Apocalipse é liturgia celeste,
é vitória, é o lugar dos mártires, dos que
permaneceram fiéis. Vem para o altar, guarda isso
católico. Altar, altar, altar, altar, altar, é o altar de
Deus, é o altar dos sacrifícios, o altar da Igreja, o altar
dos eleitos filhos e filhas.
A Santa Missa é a realização do Apocalipse
completamente. Você vem para o altar na Missa, vem
para o altar e não vem para a Missa à toa, vem para o
altar para beber do altar. Colocando o teu olhar no
altar, coloque também o teu coração no altar, tua vida
no altar. O altar não é mesa. A Missa não é
simplesmente um ato fraterno, a missa não é um
teatro, a missa é a atualização do sacrifício de Cristo. É
o Senhor ali no altar. É onde comemos e bebemos a
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
sua carne e o seu sangue e nos preparamos para
vivermos o profetismo até o último dia de nossas
vidas. Não há dúvida alguma estamos vivendo o
tempo do profetismo. Deixa-me dizer muito claro: não
é o profetismo que nós vivemos no início da
Renovação Carismática Católica que foi muito salutar
para nós, onde estaremos cedendo dos dons do
Espírito Santo. Mas agora a história é outra, o
momento é outro, nós precisamos viver o profetismo
com aquela disposição do coração, de alma e aqueles
que
infelizmente
Carismática
Católica
compararam
a
Teologias
a
e
Renovação
Doutrinas
protestantes vão entender se Deus quiser pela graça
de Deus pela nossa fidelidade a Igreja que a
Renovação Carismática Católica é Católica e não
Protestantes. Ela vai para o altar, tem que vir para o
altar. Estou dizendo que chegou à hora de nós
provamos, nós que bebemos muito da Renovação está
na hora de provamos que a Renovação é Católica. E
para que essa prova aconteça, nós não podemos viver
de saudosismo do passado coisissima nenhuma. Você
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
tem que obedecer a Deus agora. O que Deus quer de
você agora é o Profetismo. A tua vida agora. Não que
fique querendo conversa de tempo atrás. Não. Agora é
diferente, o tempo é diferente, a obra é diferente, a
hora é diferente.
O que Deus quer é diferente, então, é hora de
dar a vida concretamente naquilo que Deus quer
como Profeta. A expressão simbólica “vestida de sacos”
do apocalipse é livre, livre, pobre, obediente, pronto
para morrer por Cristo. Não tem mais nada a se
aprender. Estão pronto a derramar o sangue por
Cristo. Filhos e Filhas essa pregação tem que formar
profeta e profetiza. Eu repito não é pregação que está
acontecendo nesse momento é Deus profetizando,
falando, instruindo e dando a graça para sermos fiéis.
Porque quando Deus profetiza ao mesmo tempo
infundi pelo Espírito na tua alma a graça de poder
viver o que estar querendo. Amém.
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
III PARTE
Nessa parte falarei um pouco sobre o capítulo
4.10-16 do evangelho de São João.
A SAMARITANA
A palavra no versículo 10-16 do capítulo 4 de
São João terminava mesmo assim: “Mas aquele que
beber da água que eu lhe dê, não mais terá sede e do
seu interior jorrará como um rio de água viva”.
Porque Jesus não quer simplesmente saciar a nossa
sede. E ai, então, você volta agradecido para casa
dizendo: Pronto já não tenho mais sede. Jesus quer
fazer de nós muito mais, quer fazer de nós uma fonte
para que os outros venham até nós e encontrem em
nós a água que é o próprio Deus, a água da vida, o
Espírito Santo que está em nós, não mais escondido,
não mais sufocado pelas tantas realidades negativas
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
que vivem.
Mas agora o Espírito Santo que
desabrocha dentro de nós. Porque dentro de nós há
uma fonte, uma fonte de amor e muitas vezes nós nos
conformamos com a realidade desse mundo que nos
diz: “Não vocês realmente são pecadores”. Só
pecadores e só erram e só escorregam e acabamos
acolhendo para nós uma personalidade que não são a
nossa.
Dentro
de
nós
existem
umas
belezas
patrocinadas pelo Espírito Santo. É ele que patrocina
todo o nosso ser. E como tomamos posse dessa graça.
Com as infelicidades que assolam este mundo (nosso
mundo) vamos encontrar no próprio Jesus essa fonte
de água viva que podemos beber para alcançamos a
graça da salvação. Essa água que jorra de dentro de
nós. Porque se você não sabe meu irmão dentro de ti a
uma fonte, uma fonte de amor.
Jesus diz no mesmo capítulo 4 do evangelho de
São João conversando com a samaritana. “Nós não
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
podemos ser adoradores, ser adoradores quaisquer,
mas verdadeiros adoradores”. Porque são esses
adoradores que o Pai procura, que o Pai deseja.
Irmãos o Senhor quer surpreender o mundo
com homens e mulheres cheios do Espírito Santo.
Homens e mulheres que acreditam e vivem segundo a
sua fé e porque acreditam viver segundo permitem
que Deus faça um trabalho no seu coração. Dão
autorização. Eu sei bem por experiência de vida e que
às vezes nós não temos força alguma e que nos faz
sofrer, uma dor na alma, no coração. Nós não
podemos vencer nem dominar essa realidade e
pedimos: “Deus mude a minha vida. Eu te autorizo,
agora, meu Deus a entrar na minha vida e a mudar
essa situação” e Deus vai entender a sua oração.
Porque Deus quer surpreender o mundo com homens
e mulheres cheios do Espírito Santo. Homens e
mulheres que são capazes de refletirem sobre sua vida
e seus atos, tudo o que Deus tem feito em suas
próprias vidas e em seus corações.
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
O mundo já não se contenda em ouvir falar de
Jesus. Como já dissemos, porque Jesus é mais do que
Palavra, Ele é uma experiência de vida, Ele é
maravilhoso. E as pessoas não querem simplesmente
ouvir falar de Jesus, eles querem vê-lo, querem tocálo e ser tocada por Jesus. Pois, igualmente hoje, as
Palavras para as pessoas já não dizem muito. As
pessoas querem tocá-lo e nós pensamos que é por isso
que todos procuram a Jesus. Vocês querem ter uma
experiência com Jesus. Vocês só se sentem satisfeito
quando tem um encontro pessoal com Jesus. Porque
Deus não é relação, Deus é experiência. E quem
experimentou Deus em sua vida pode levar muitos
outros a viver uma experiência com Ele, se assim abrir
o coração, águas viva do interior irão fluir. E está
água, há de saciar a sede de muitos outros. Por isso
Deus quer surpreender o mundo com homens e
mulheres cheios do Espírito Santo. Homens e mulheres
que mais do que falarem de Jesus é outros Cristos, se
faz outros Cristos.
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
Porque ser cristão é exatamente isso. É ser outro
Cristo no mundo de hoje, não simplesmente seguir
Jesus, mas tomá-lo como modelo de vida e perseguir
esse desafio de ser como Jesus eram de viver como
Jesus viveu de sentir como Jesus sentiu, de reagir
diante das situações como Jesus reagiu e assim mudar
o curso da história. Mudar a vida e a história de muita
gente pelo próprio testemunho cristão. Tem um amigo
meu que não cheguei a conhecer pessoalmente, mas, o
tenho como amigo por causa das canções que ele
compôs que me ajudaram muito no meu crescimento
cristão, o nome dele era Sérgio Pimenta. Um
compositor e cantor evangélico, um dos melhores, as
músicas mais lindas que já ouvi. Ele compôs uma
música que diz muito para mim e talvez diga para
você também. As suas músicas falam do testemunho,
do ato e da atitude. Porque o Espírito Santo é isso que
ele faz, uma vez batizado no Espírito Santo, ele nos
leva a atitudes e a atos concretos. Nós vamos ver isso
na Palavra como de fato é assim, uma vez cheio do
Espírito Santo, uma vez alcançados pela graça do
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
Espírito, ele nos leva as atitudes e a atos concretos. É
isso que nós temos experimentado no meio e no seio
da Igreja através dessa graça maravilhosa da
Renovação Carismática Católica que não é um lugar,
que não é uma estrutura, que não é curral onde as
pessoas ficam presas. A Renovação é uma experiência
de Deus, é uma experiência do Espírito e que ninguém
pode prender e nem podem cercar. Porque o Espírito é
como diz a Palavra “O vento sopra onde quer. Você
ouve o ruído mais não sabe de onde vem, nem para
onde vai.” A Renovação é uma experiência. E eu dizia
a respeito desse meu amigo e ele compôs uma música
que diz mais ou menos assim: “as palavras não dizem
tudo, mesmo que o tudo seja fácil de dizer, com
certeza fala bem melhor o mudo se suas atitudes
manifestam o que crer”. As palavras não dizem tudo,
ainda que disser tudo seja algo fácil. Com certeza
irmão, aquele que não tem voz, aquele que não pode
falar, fala melhor se suas atitudes e seus atos
manifestam aquilo que crer aquilo que acredita.
Muitas vezes dizemos, nós cremos em Jesus, mas não
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
basta dizer, o mundo quer presenciar em nós, nas
nossas atitudes se realmente nós cremos. O mudo
devia muito bem dizer que não crer em Jesus, mas se
as suas atitudes manifestam aquilo que crer
certamente o seu testemunho será muito mais intenso
do que o nosso. Vocês entendem? Vocês entendem
que Deus e o mundo precisam de nós. Porém, neste
nível de relação onde nossos atos e nossas atitudes
revelam
aquilo
que
nós
acreditamos,
pois
é
exatamente isso que o Espírito Santo vem fazer.
Porque eu amo, eu faço isso, eu não faço isso, mas os
fatos aqui não se resumem em não fazer coisas
erradas. Porque às vezes nós ficamos com peso sobre
nossos ombros quando uma cultura de que “você não
pode, você não faz.” Só que na pratica é como diz o
Senhor Jesus: “O Espírito está pronto, mas a carne é
fraca”. Então, os atos não só se resume em não errar,
porque tão nobre quanto não errar tão nobre quanto
lutar com o pecado é vencê-lo. Tão nobre é
arrependesse-me do que fez. É corrigir-se.
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O AMOR DE DEUS
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O AMOR DE DEUS
IV PARTE
Nesse capítulo vamos falar um pouco sobre a
catequese litúrgica. É nesse espírito que o catecismo
diz que a liturgia é um ponto forte na catequese. A
catequese tem que ser forte.
Veja o que diz o parágrafo 1075, do nosso
catecismo.
“A catequese litúrgica tem em vista introduzir
no ministério de Cristo, procedendo do visível para o
invisível, do significante para o significado, dos
sacramentos para os mistérios.”
A liturgia sempre é assim usa alguma coisa que
você ver para mostrar a você que está acontecendo
aquilo que você não ver. Então, na Eucaristia, por
exemplo, tem o pão e o vinho. Você está vendo o Padre
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O AMOR DE DEUS
falando. Você está ouvindo mais o que está
acontecendo,
você
não
está
vendo.
Aquela
transubstanciação, a transformação da substância, do
pão no corpo de Cristo, do vinho no sangue de Cristo.
Então, a liturgia parte do visível, do sinal para o
invisível, do significante para o significado, dos
sacramentos para os mistérios.
Esta e a chamada catequese mistagógica. A
catequese dos mistérios, a catequese sacramental que
desde lá dos primeiros séculos II e III os Santos Padres
faziam. Inclusive tem um livrinho “As catequeses
mistagógica de São Círilo de Jerusalém.” Era a
catequese que São Círilo no século III pregava na
Basílica do Santo Sepulcro de Jerusalém que está até
hoje. E que catequese era essa “Os Sacramentos” assim
chamava os mistérios.
Até São Leão Magno dizia assim: “Os milagres e
os sinais extraordinários é para aqueles que não
crêem, para nós que cremos basta os sacramentos.”.
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O AMOR DE DEUS
A ECONOMIA SACRAMENTAL
A economia no sentido de plano. Você quer a
economia da salvação – é o plano da salvação. Na
liturgia da Igreja, a benção divina é plenamente
revelada e comunicada. O Pai é reconhecido e
adorado como fonte e o fim de todas as bênçãos da
criação e da salvação. Em seu verbo encarnado, morto
e ressuscitado por nós, ele nos cumula com suas
bênçãos e por meio dele derrama em nossos corações
o dom que contém todos os dons: O Espírito Santo. (§
1082).
É bonita na oração da missa. Quando começa a
oração na verdade, quando o Padre diz: “Oh Pai! Vós
sois Santo e fonte de toda santidade.” Não é assim a
oração eucarística aonde tudo vem do Pai.
economia
sacramental
quando
celebram
Na
os
sacramentos o Pai é glorificado, é reconhecido como a
fonte de toda divindade de todas as bênçãos que
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O AMOR DE DEUS
através do filho, do verbo encarnado, morto e
ressuscitado por nós, nos cumula com suas bênçãos e
derrama em nós o dom que contém todos os dons
“Espírito Santo”.
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O AMOR DE DEUS
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A OBRA DE CRISTO NA LITURGIA
“Sentado à direita do Pai” e derramando o
Espírito Santo em seu corpo que é a Igreja, Cristo age
agora pelos sacramentos, instituído por Ele para
comunicar sua graça. ”“.
Cristo veio para salvar e para tirar os pecados e
deixou a Igreja para continuar a sua obra. Mais como
é que a Igreja continua a obra de Cristo? Através dos
sacramentos.
Por isso que a Igreja tem muita pena daqueles
que estão nas outras Igrejas que não tem os
sacramentos. Porque a Igreja tem a consciência disso.
Cristo age hoje pelos sacramentos e quem não têm os
sacramentos não é que vão se perder mais vão se
salvar pela misericórdia de Deus.
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O AMOR DE DEUS
Mais o canal ordinário que Cristo deixou é o
batismo, o matrimônio, o Crisma, a eucaristia, a
confissão, a ordem e a unção. Os sacramentos
instituídos por Cristo. Aquelas mesmas mãos que
tocavam lá na Judéia, tocavam nas pessoas através dos
sacramentos. Ele toca em você, Cristo toca em você
através dos sacramentos.
“Os sacramentos são sinais sensíveis (palavras e
ações), acessíveis a nossa humanidade atual.”
Realizam eficazmente a graça que significam
em virtude da ação de Cristo e pelo poder do Espírito
Santo. Na liturgia da Igreja Cristo significa e realiza
principalmente seu mistério pascal. (§ 1084/5).
Os sacramentos realizam eficazmente a graça
que significam. Isso quer dizer o quê?
Que os
sacramentos celebrados do jeito que a Igreja manda
que seja celebrada e por pessoas legitimamente
autorizadas, por exemplo, à eucaristia ou a confissão
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AUTOR – IZAN LUCENA LUCENA
O AMOR DE DEUS
tem que ser o sacerdote ordenado pela Igreja. Se essa
celebração é feita cumprindo todo ritual da Igreja.
Sinal sensível é o ritual. Palavras e ações são o ritual.
Se eles fazem cumprir o ritual estabelecido pela Igreja,
estão legitimamente autorizados para isso. É o Cristo
que age. Por isso que a Igreja ensina uma expressão
quando você celebra os sacramentos “Ets opes operate”
uma expressão em latim que quer dizer que os
sacramentos atuam por força de Cristo, não por força
de ministro ou do penitente. “Ets opes operate” feito o
rito de acordo com investida em o estado operate. Não
importa se o Padre é Santo. Se o Padre não é Santo. É
claro que os frutos dos sacramentos vão depender das
disposições da pessoa. Você pode pegar uma semente
muito boa, mas se jogar numa terra ruim não nasce,
mais a semente está ali. Agora se você põe numa terra
boa nasce. Se não nasce o efeito do sacramento, não é
culpa dos sacramentos é por culpa da terra. É por
culpa da falta de disposição. Então, a pessoa que vai se
confessar não faz um exame de consciência, não se
arrepende, não faz um propósito de não pecar, não
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O AMOR DE DEUS
cumpre as penitências. Claro que os sacramentos das
penitências não vão produzir o fruto, foi perdoada,
mais não vai ter um fruto de salvação esperada. Daqui
a pouco volta ao pecado, porque o fruto não
aconteceu, não por culpa do sacramento mais da
pessoa.
“Os outros eventos da história acontecem uma
vez e depois passam engolidos pelo passado. O
mistério pascal de Cristo, ao contrário, não pode ficar
somente no passado, já que por sua morte destruiu a
morte, e tudo o que Cristo fez e sofreu por todos os
homens participa da eternidade divina, e por isso
abraça há todos os tempos e nele se mantém presente.
O evento da cruz e da ressurreição permanece e atrai
tudo para a vida.” (§ 1085).
Tudo que o Cristo fez. Fez como homem e como
Deus. Por isso o passado não engole. E por isso abraça
todos os tempos e por ele se mantém presente. O
mistério pascal de Cristo não pode somente ficar no
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passado. O evento da cruz e da ressurreição de Cristo
permanece e atrai tudo para a vida. A teologia explica
que as ações “teândricas”.
Que quer dizer ações
teândricas? Teo = quer dizer Deus e Andricas =
andropo (grego) = quer dizer homem. Logo quer dizer
que são ações de Deus e de um homem. Isto quer dizer
que são ações humanas e divinas. Como são ações
divinas pertence à eternidade divina. Com isso
queremos dizer que o tempo não engole essas ações
divinas. O tempo engole uma ação minha e sua,
porque nós somos somente homens. E o homem está
inserido no tempo. Então nós somos escravos do
passado e do futuro. Escravo em que sentido? Não
tenho comando sobre o passado. O passado passou. Eu
não posso fazer mais nada. E não tenho comando
sobre o futuro, porque o futuro não chegou. E só
tenho comando sobre o presente. Deus não. Ele é o
autor e criador do tempo, e não escravo nem do
passado, nem do futuro. Pelo contrário para Deus tudo
está aqui. Então o que Cristo fez lá no calvário fez
para eternidade divina. È por isso que você celebra a
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Páscoa hoje com a mesma intensidade e eficácia com
que ela foi celebrada
Há 2013 anos. Quando o Padre repele, por
exemplo, às palavras da consagração. É o Cristo que
repele através do ministro e o calvário se faz presente.
Não é uma repetição do calvário, é o mesmo, o único
calvário se torna presente. Percebe a força da liturgia,
o poder da liturgia. Ela traz para o hoje da nossa
história o que aconteceu e o que é perene não morre.
Parágrafo 1085 do nosso catecismo.
A PARTIR DA IGREJA DOS
APÓSTOLOS
“Assim como Cristo foi enviado pelo Pai, da
mesma forma Ele mesmo enviou os apóstolos, cheios
do Espírito Santo, não só para pregarem o evangelho a
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toda criatura. Anunciarem que o Filho de Deus, por
sua morte e ressurreição, nos libertou do poder de
Satanás e da morte e nos transferiu para o reino do
Pai. Mas ainda para levarem o efeito o que
anunciavam a obra da salvação por meio do sacrifício
e dos sacramentos em torno dos quais gravita toda a
vida litúrgica.”
O catecismo está dizendo que Jesus foi enviado
pelo Pai, ele enviou os apóstolos, não só para pregar o
evangelho, não só para pregar a salvação, mas para
celebrar a liturgia. O Cristo mandou os apóstolos
pregar o evangelho e celebrar o sacramento – “Ide e
batizai a todos em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo.”.
Depois a Igreja foi entendendo assistida pelo
Espírito Santo e que esses sacramentos na verdade
eram sete canais de graça e de salvação. A confissão
que Jesus disse no dia da ressurreição: “A quem vocês
perdoarem os pecados, os pecados serão perdoados.”
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O AMOR DE DEUS
Então os apóstolos foram entendendo. Aí, estava os
canais salvífico que o Cristo tinha deixado. “Dessa
forma, O Cristo ressuscitado, ao dar o Espírito Santo
aos apóstolos confia-lhes seu poder de santificação
(Jo.
20,21-23).
Eles
sacramentais de Cristo”.
tornam-se
assim
sinais
“Pelo poder do mesmo Espírito Santo, os
apóstolos confiam este poder a seus sucessores. Esta
sucessão apostólica estrutura toda a vida litúrgica da
Igreja; Ela mesma é sacramento da ordem.” (§ 1087).
Na eucaristia celebramos a vida de Deus e a
nossa vida. Deus é Santo e fonte de toda santidade.
Pelo batismo ele nos santificou confiando-nos seu
projeto. Celebrar a memória de todos os santos é olhar
para nossa caminhada eclesial. Não basta contemplar
o passado remoto ou próximo e constatar que muitas
pessoas entregaram suas vidas por causa do reino. Nós
somos filhos de Deus e isso significa traduzir nossa
filiação na prática da justiça. Em outras palavras
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somos chamados a fazer as opções que nos
comprometem com o reino de Deus, pois delas
dependem nossa felicidade. A morte e a ressurreição
de Jesus celebradas na eucaristia e a memória de
nossos mártires nos fortalecem no enfrentamento da
grande tribulação a fim de que possamos permanecer
de pé diante do cordeiro.
Celebrar a eucaristia é
levarmos nossas roupas, alvejando-as no sangue do
cordeiro.
A eucaristia também é o memorial da doação
plena de Jesus Cristo ao Pai e a nós. A Palavra
partilhada e o pão repartido entre muitos apontam
para uma realidade desafiadora, chegarmos à partilha
de tudo o que somos e o que temos de modo que todos
tenham suficientes e necessários para viver como
filhos de Deus. Assim estaremos concretizando o reino
que Jesus anunciou e confiou aos que o seguem.
Chegando ao terceiro milênio muitas se faz
ouvir a respeito do fim dos tempos, principalmente
nesses momentos de guerra que para nós parece-nos
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tão absurda e dramática. Celebrar a eucaristia é viver
a escatologia do Cristo. Já em ato, mediante a prática
da justiça. “Anunciamos Senhor a vossa morte e
proclamamos
a
vossa
esperamos vossa vinda”.
ressurreição
enquanto
A celebração eucarística é a memória do único e
definitivo sacrifício que Cristo ofereceu pelos pecados.
Dela nasce à consciência de que ainda há muitas
coisas (inimigos) que precisam ser submetidas ao
Cristo para que seu projeto de vida e liberdade atinja a
todos.
Celebrar a eucaristia é reviver a presença do
Deus que é Pai Libertador e que salva em Cristo Jesus.
A comunidade cristã que celebra o memorial da morte
e ressurreição de Cristo é convidada ao discernimento:
só o amor dinâmico que conduz à prática da
solidariedade e da justiça é capaz de atualizar a vinda
de Jesus.
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