Escadaria - Entrada do Edifício Dr. Carlos Cavalcanti O edifício Dr. Carlos Cavalcanti, atual sede do setor de Ciências Agrárias da UFPR, foi construído em 1934 para o funcionamento de uma das primeiras escolas de trabalhadores rurais do Paraná. Neste edifício podem-se observar traços da arquitetura art-déco assim como traços modernistas. As ETPs (escolas de trabalhadores rurais) foram criadas em todo o Brasil no início do século XX. No Paraná as primeiras começaram a ser construídas na década de 1930. O seu objetivo era oferecer uma alternativa para amenizar o êxodo rural e preparar os alunos para o trabalho no campo. Estudavam nestas instituições filhos de lavradores, assim como abrigavam órfãos, abandonados e pequenos infratores que podiam se profissionalizar e poderem suprir a demanda de mão de obra da economia rural da época pós-abolição da escravatura. Além das ETPs serem uma forma de o governo poder acompanhar a ocupação territorial no interior. Regulamentadas por meio do Decreto n. 234, de fevereiro de 1935, uma das primeiras ETR a “Dr. Carlos Cavalcanti” foi construída pelo Departamento de Obras e Viação. Tinha capacidade de abrigar duzentos alunos internos e seiscentos alunos externos. Possuía área total de vinte hectares de terras cultiváveis, com cavalariças, pocilgas, silos e outras instalações para os animais de serviço e de aprendizagem. Desde 1940 o edifício Carlos Cavalcanti passou a abrigar o curso de Agronomia da UFPR. Criado no final da década de 1910, o curso já havia passado por duas sedes anteriores até a universidade adquirir a antiga ETP. Atualmente, no chamado Campus I, também funcionam outros cursos que integram o setor de ciências agrárias em novos edifícios construídos posteriormente assim como o Hospital Veterinário. Pedra: Mármore Carrara Branco (Bianco Carrara) Encontrado nas jazidas naturais na região de Carrara. Nas cavernas das montanhas da região são extraídos vários tipos de mármore. O Bianco Cararra é o tipo mais barato e mais comum que é extraído. Extração: O mármore é destacado da massa da jazida por meio de serragem com um fio helicoidal sem fim, com um abrasivo e água. Depois de isolado, é fracionado por ferramentas pneumáticas e deslocado por aparelhos de elevação. Em fábricas especializadas, os blocos são cortados em espessuras variadas e depois cinzelados e polidos. Processo de corte na marmoraria: 1º. É levada a chapa que vem em tamanho grande para ser cortada em pedaços menores, de acordo com as peças solicitadas pelo cliente. Este corte se dá com a serra mármore com disco diamantado, que às vezes precisa ser auxiliado por um jato d'água por causa do pó. 2º. É levado esses pedaços para serra de mesa, onde são cortados na medida desejada, ou seja, de acordo com os desenhos das peças. 3º. É levado para a mesa de acabamento e usa-se os rebolos que são discos de polimento. Esse acabamento é realizado com rebolos diamantados, que obedecem a uma sequência que começa pelas gramaturas de 60, 120, 220, 400, 600 e 800. 4º Depois das peças acabadas, as mesmas são levadas ao cliente para serem montadas com argamassa. ESCADARIA -ENTRADA EDIFÍCIO DR. CARLOS CAVALCANTI ALUNA: CARLA TAÍSSA LAUREANO SANTANA - TURMA B TA515 - AMBIENTE CONSTRUÍDO II -2013 PROFESSOR: ALOÍSIO LEONI SCHMID CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO UFPR A escadaria de entrada do edifício Carlos Cavalcanti qualifica o projeto arquitetônico, pois apesar das escadarias serem um elemento lembrado em sua maioria pela sua funcionalidade, neste caso agrega qualidade estética à fachada. Por utilizar uma pedra natural, o mármore, possui grade beleza plástica devido às variações de cores, manchas e veios que são únicas. Além de ter características positivas para um ambiente externo: durabilidade e fácil manutenção. É um elemento emblemático na fachada por sua beleza plástica peculiar, que chama atenção dos visitantes do edifício por apesar de ser singela transmitir imagem ímpar graças a robustez e elegância do mármore.