O Mor ou Comandante por toda sua responsabilidade, deve

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Artigo sobre a função de Mór
O Mor ou Comandante
Desde as primeiras aparições de Bandas Marciais ou Fanfarras, o Mor ou
Comandante sempre esteve presente, tendo ele a função de orientar os músicos
durante o trajeto percorrido, sendo em desfiles cívicos e/ou trajetos que destina o
grupo musical a uma parada para execução de peças, em algumas culturas, eles se
torna o próprio maestro ou regente.
No decorrer dos anos os regulamentos dos campeonatos de Bandas e
Fanfarras foram de alguma forma limitando esta figura, para assim ser apenas
responsável por alguns comandos durante o trajeto entre a concentração e o
palanque, e responsável pelos comandos de retirada do corpo musical finalizando
assim sua função. Segundo o regulamento da CNBF (Confederação Nacional de
Bandas e Fanfarras) diz o Art. 56. Ao Mor ou Comandante, cabe comandar o
conjunto musical durante o deslocamento e evolução e entregar o comando ao
Regente quando o grupo estiver devidamente postado diante da comissão avaliadora;
Hoje devido ao surgimento de várias organizações de Bandas e Fanfarras
espalhadas por todo o Brasil, não existe um regulamento único e nem uma
preparação para Jurado, dificultando assim as avaliações que por não existir um
consenso geral, acaba havendo muitos pensamentos “jogados” e injustiças aparente,
e ainda muitos conflitos entre os próprios participantes e isso acontece em todos os
quesitos de avaliações dos quais fazem parte deste meio de Bandas e Fanfarras.
Vendo pelos diversos regulamentos espalhados pelo país, podemos observar
que a finalidade do Mor ou Comandante é orientar os músicos desde os momentos
que antecedem o início da apresentação , instigando, mostrando autoridade e
principalmente os assegurando que é capacitado á função que está responsável. Para
isso é necessário um contato direto com o conjunto musical, participando dos ensaios
de marcha e tomando como função o comando de Ordem Unida (Comandos esses
muito próximos ao que se usa no exército). Esses comandos normalmente são
exigidos em concursos de duas formas:
- Comando de Voz (o qual é avaliado a dicção clara e objetiva)
-Comando com o Acessório, seja ele um Bastão (o qual é mais recomendado e
tradicional), Espadas, Rifles, entre outros escolhidos de acordo com o domínio,
tomando o cuidado referente aos regulamentos, alguns deles proíbem o uso de armas
ou qualquer material que as represente.
Muitas dúvidas surgem do que é certo ou errado fazer durante o rompimento
de marcha até a parada do conjunto musical ao palanque. Costumo dizer que cada
um cria seu próprio estilo, isso tem como influência a cultura e origem da
corporação, o estilo musical que é executado, mas uma coisa é certa, se existe a
figura do Mor ou Comandante então ele que deve ter a preocupação quanto ao
andamento do conjunto, sempre mantendo o mesmo ritmo para que os mesmos não se
confundam, isso ocorre quanto o Mor ou Comandante resolve “quebrar a marcha”,
verificar os alinhamentos das fileiras, regular o espaço entre a Baliza, o Pavilhão
Nacional e Corpo Coreográfico, que pode como muitas vezes observado, ocasionar
paradas repentinas causando um efeito “sanfona” o qual prejudica o alinhamento e
cobertura, marcha e até acidentes entre os músicos por estarem neste momento
utilizando os instrumentos para execução musical, podendo também prejudicar o
aspecto apresentação, onde alguns se propõem executar coreografias em
determinados pontos. Para evitar esses acidentes de percurso, é necessário fazer
cálculos e até mesmo com uso da autoridade, encontrar soluções rápidas para esses
imprevistos, por isso ao chegar no local onde será o evento, verificar a distância que
será o percurso, a largura que será usada e as demarcações podendo assim repassar o
que já foi ensaiado dentro da estrutura disponível para não correr riscos.
O Mor ou Comandante por toda sua responsabilidade, deve conquistar do
grupo um grande respeito, assim como o Maestro ou Regente, até porque muito dos
quesitos é exigido que o grupo responda de forma respeitosa o que está sendo
comandado, verifica-se que muitos não se preocupam com a sua real função,
ignorando a verdadeira importância e necessidade do Mor ou Comandante,
mostrando estar ali apenas pela figura de destaque, sendo “alguns” motivos de
chacota ou até ridicularizando, em alguns casos confundindo o público quanto a sua
sexualidade, por não obter o comportamento adequado para a função. Uniformes e
Adereços, esses devem ser escolhidos de forma cuidadosa, de acordo com o sexo de
quem irá utilizar, trazendo para os que estão apreciando, o respeito e admiração, até
porque esta figura representa á superioridade dentro do grupo que esta comandando,
não é por nada que temos em questão a palavra Comando.
Alem de tudo, é necessário que todos leiam o regulamento do evento que vai
participar para que não haja problemas de informação, devido a alguns quesitos
mudar de região para região.
Fundamental é procurar o maior número de informações possíveis, sempre
buscar as novidades e o que está acontecendo no meio, freqüentar reuniões e
congressos para assim sugerir mudanças, desde que antes, seja estudado e
pesquisado, levando junto à proposta sugerida, informações coerentes e muito bem
embasadas.
Segue abaixo as obrigações e exigências para bom desempenho do Mor ou
Comandante, em seqüencia assim sugerido:
- Organizar os músicos quanto ao alinhamento e cobertura;
- Dar os comandos de “Descansar” (durante o julgamento de uniformidade do Grupo
ou quando estiver no aguardo da apresentação da corporação á frente);
- Dar o comando de “Sentido” (quando o mesmo estiver em preparação para a
inicialização);
- Puxar o “Grito de Guerra” (quando houver, ou até mesmo instigar quando for o
Maestro o puxador do mesmo);
- Dar o Sinal de Rompimento (seja em comando de Voz ou com o Acessório);
- Dar o Sinal da entrada da música ou cadência (seja em comando de Voz ou
Acessório, assim se não for o responsável o maestro ou regente);
- Durante o percurso, demarcar os espaços entre as fileiras e alinhamentos, com
sinais visíveis e de forma que todos entendam, apresentar o grupo ao público,
delimitar os espaços de acordo com a largura disponível, marcando os meios para que
todos fiquem esteticamente bem posicionados de forma que não sobre espaços nem de
um lado nem outro;
- Dar o comando de Parar, antes da formação para execução das peças musicais e/ou
coreografia;
- Caso os músicos for executar coreografias, se posicionar de forma que todos do
grupo possam ver e assim se colocar dentro dos quadros e espaços coreográficos,
obtendo o domínio e estando visível a todos;
- Organizar a formação para a execução das peças tocadas (parado ou em
movimento);
- Dar o Sinal de “Alto” (para os casos de vir tocar parado);
- Dar o Sinal de “Descansar” (para assim se necessário o Grupo de Apoio possa
cumprir sua função);
- Quando necessário, pedir permissão a Banca Julgadora para inicializar a
apresentação musical;
- Dar o Sinal de “Sentido” (para inicialização);
- Terminando a primeira parte da Função com a entrega do Grupo ao Maestro ou
Regente;
Durante a execução musical se parado ficar, se posicionar de forma a interar o
grupo, não dando as costas ou se deslocar para outras funções, até porque muitos dos
regulamentos, não permitem a presença do Mor ou Comandante em outros quesitos,
seja ele coreográfico ou musical, ou até mesmo cumprindo a função do Maestro e/ou
Regente;
Assim cumprida á obrigação de frente a banca avaliadora parte para a
Segunda fase da Função:
- Retomar o comando quanto necessário pedindo a autorização para retirada do
mesmo;
- Dar o Sinal a posição de “Descansar” (para assim o Grupo de Apoio retirar os
instrumentos e acessórios utilizados);
- Dar o Sinal de “Sentido”;
- Dar o comando para iniciar a musica ou marcação de passos para se posicionar a
formação de saída;
-Dar o sinal de retirada;
Claro que todos estes seguimentos acima citados são apenas exemplos e
explicações, podendo cada um buscar dentro das suas capacidades ou até limitações
em que se encaixa melhor, tanto quanto ao linguajar utilizado nos exemplos, quanto
ás atitudes.
Sendo assim Recomendo alguns critérios para a Escolha do Mor ou Comandante:
- Ter experiências coreográficas e rítmicas;
- Coordenação Motora;
- Facilidade de comunicação;
- Responsável;
- Conhecimento quanto os quesitos de avaliação do Corpo Musical durante o trajeto e
atitude para solucionar e esclarecer possíveis problemas se assim houver;
- Conhecimentos para preparação do Corpo Musical quanto ás regras básicas para
Marcha, Garbo, Postura, Alinhamento e Cobertura, posicionamento de cada
instrumento assim como á seqüencia de ordem para a formação estrutural, física e
estética da Banda ou Fanfarra;
- Garbo, Marcha e Atitude;
- Contato direto e boa relação com o Maestro ou Regente;
- Autoridade;
- Boa vontade, determinação e muita garra;
- Bom senso;
Estes são quesitos básicos para assim iniciar um trabalho do qual exigem
muitas responsabilidades e pesquisas.
Lembrando que hoje não existe distinção de sexo, podendo também pessoas do
sexo feminino executar e muito bem o Oficio de ser um Mor ou Comandante e em
muitos casos visto com grande Louvor e muito bem aceito, onde é possível manter a
feminilidade utilizando roupas e acessórios exclusivamente femininos e não cobrindo
sua beleza com roupagens pesadas e de origem masculina. Apesar da seriedade que
representa, não precisa levar o extremo de querer impor isso na vestimenta, podendo
utilizar a criatividade nos modelos desde que seja dentro das cores utilizada pelo
grupo comandado ou próximo para que não fique tão destorcido dos demais, e claro
não se esquecendo sempre do bom senso
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