Cidades "Se você chegar nesse Socorrinho no fim de semana, não será atendido, pois não há médicos” [email protected] Ana Amélia Figueiredo Santos, coordenadora do Conselho de Segurança do Cohatrac, sobre o Socorrinho I. Em Cidades 2 O ESTADO DO MARANHÃO · São Luís, 27 de julho de 2012, sexta-feira Controle da raiva e vacinação de animais são discutidos em São Luís Reunião determinou formas de combate à doença, como a imunização de animais na Vila Embratel, que ocorrerá no sábado; segundorepresentantedaSES,mortesporraivasóaconteceramporsucessivasalteraçõesnoiníciodacampanhadevacinação Diego Chaves Thiago Bastos Da equipe de O Estado MIL é o nú- R epresentantes da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e das vigilâncias em Saúde de São Luís, São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar estiveram reunidos, na tarde de ontem, na sede da Superintendência Estadual de Vigilância Epidemiológica, na capital maranhense, para discutir formas de controle da raiva, entre elas a campanha de vacinação contra a doença, que ocorrerá no sábado, na Vila Embratel. Segundo o secretário-adjunto de Vigilância em Saúde da SES, Alberto Carneiro, as duas mortes por raiva humana só ocorreram por causa da falta de cumprimento da Nota Técnica nº12, elaborada pela SES, que previa ações de controle da raiva na cidade. Os coordenadores de Vigilância em Saúde de São Luís, Henrique Jorge dos Santos, e de Paço do Lumiar, Wanderson José Silva; a representante do município de São José de Ribamar, a médica veterinária Isabella Chaves, e o coordenador do Controle de Endemias de Raposa, Raimundo Nonato Costa, compa- 46 mero de animais vacinados contra a raiva no primeiro quadrimestre deste ano 100% COBERTURA vacinal exigida de controle da raiva, segundo o Ministério da Saúde (MS) 97% COBERTURA Superintendente de Vigilância Epidemiológica da SES, Graça Lírio, lidera debate sobre raiva receram à reunião. Cada representante expôs sua situação e de que forma realizam as ações previstas pela SES quanto à diminuição dos casos de raiva. Presente à reunião, o coordenador do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de São Luís, José Antônio Veloso, disse que todo o apoio técnico e financeiro é dado pela SES. No entanto, sem a colaboração dos gestores municipais e da população, a disseminação do vírus causador vacinal em Raposa é o que mais se aproxima, atualmente, do índice exigido, pelo MS da raiva torna-se inevitável. "É importante que os agentes de saúde visitem todos os lares e alertem a população quanto ao cuidado com cães e gatos. Sem a preocupação dos agentes e das pessoas, existe uma gran- Saiba mais Segundo a SES, no Maranhão este ano foram registrados 21 casos de animais infectados pelo vírus da raiva. Destes, 13 foram em São Luís, três em São José de Ribamar, um em Paço do Lumiar, um em Barreirinhas, dois em Cajapió e um em São Vicente Férrer. Em todo o ano passado, a capital maranhense registrou 28 animais com o vírus da doença. Recolhimento de animais - Ao verificar um animal na rua, a população pode acionar o serviço de recolhimento do CCZ, por meio dos telefones (98) 3212-2812, (98) 3212-2815 e (98) 3212-2816. A Blitz Urbana também trabalha no recolhimento de animais. O telefone é 0800-400-1010. A raiva é uma doença que ocorre em mamíferos e pode ser transmitida aos homens, sendo, portanto, uma zoonose. É causada por um vírus mortal, tanto para os homens quanto para os animais. A raiva humana se manifesta após um período de incubação usualmente compreendido entre 20 e 60 dias, com sintomas como febre moderada, insônia, ansiedade e distúrbios sensoriais. de chance de que a raiva continue se espalhando pelos bairros da capital maranhense", afirmou. O secretário-adjunto de Vigilância em Saúde da SES ressaltou que as mortes causadas pela raiva só ocorreram em São Luís por causa de atrasos na vacinação. "A SES registrou cinco adiamentos, só em 2010, da data do início da vacinação contra a raiva. As mortes que ocorreram este ano em virtude da doença são um reflexo dessas sucessivas alterações no início da campanha de imunização", afirmou. Ele disse ainda que a SES elaborou, este ano, outra Nota Técnica para os municípios que não conseguiram realizar o controle da raiva, entre eles São Luís. "Com base neste novo documento, a fiscalização da SES será ainda mais rigorosa. Não podemos permitir que a capital maranhense, que completará o seu quarto centenário este ano, se transforme em foco da doença", finalizou.