descarregar programa de sala

Propaganda
15 NOV 2014 • 18:00 • SALA SUGGIA
ORQUESTRA SINFÓNICA
DO PORTO CASA DA MÚSICA
ARDITTI QUARTET
BRAD LUBMAN direcção musical
1ª Parte
2ª Parte
Ana Seara
Peter Eötvös
Mar de Sophia [2014; c.8min.]
zeroPoints [1999; c.16min.]
(Estreia mundial, encomenda Casa da Música)
Toshio Hosokawa
Fluss, para quarteto de cordas e orquestra
Igor Stravinski
O Canto do Rouxinol, poema sinfónico
para orquestra [1917; c.20min.]
[2014; c.18min.]
(Estreia em Portugal; encomenda Casa da
Música, Westdeutscher Rundfunk e Eurasia
Festival /Jekaterinburg)
Portrait Peter Eötvös III:
Artista em Associação 2014
Ana Seara:
Jovem Compositora em Residência 2014
Ana Seara
coimbra, 27 de julho de 1985
Mar de Sophia
oriente 2014
PATROCINADOR
ANO ORIENTE
APOIO ANO ORIENTE
A CASA DA MÚSICA É MEMBRO DE
Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu
no Porto, a 6 de Novembro de 1916, e fale‑
ceu em Lisboa, a 2 de Julho de 2004. A sua
escrita, a sua poesia assenta na observação
do exterior e é nos 4 elementos – terra, água,
ar e fogo – que encontra a beleza poética e o
reencontro com as origens. A natureza fun‑
ciona como o elemento que poderá conferir
harmonia entre os homens e onde encon‑
tra as suas memórias de infância. Sophia é,
sem dúvida, uma das minhas memórias de
infância. Nunca mais me poderei esquecer
que foi com A menina do Mar, com apenas
7/8 anos, que o meu gosto pela leitura dis‑
parou. Seguiram­‑se O Cavaleiro da Dinamar‑
ca, O Rapaz de bronze, A Fada Oriana... O
meu imaginário de criança começou a ser
construído através da leitura destes contos
e, na adolescência, foram acrescentados os
poemas que transpiram a liberdade onde o
Mar é recorrente e essencial. Mar que sim‑
boliza o infinito, as memórias de infância,
os nosso próprios segredos, a verdade, a
transparência e a pureza, a beleza, o desejo
pela descoberta, pelo conhecimento, e es‑
sencialmente o eterno movimento, a vida e
a morte. São premissas essenciais do meu
imaginário musical enquanto compositora
e que estão presentes nesta obra de home‑
nagem a uma das figuras incontornáveis
da cultura portuguesa. Este Mar que nos
liga, a todos, num mundo redondo e pluri‑
cultural. Que privilégio ter a estreia de uma
nova obra, no mês em que Sophia comple‑
taria 98 anos, no ano em que se celebram
10 anos do seu desaparecimento, na sua
cidade natal, numa Casa onde se respira
cultura e de onde é possível observar o Mar.
Mar de Sophia é a minha interpretação
musical do fundo do mar, onde “há bran‑
cos pavores”, um “Mundo silencioso que
não atinge/ A agitação das ondas”, porque
“Sobre a areia o tempo poisa/ Leve como
um lenço”, “Mas por mais bela que seja
cada coisa/ Tem um monstro em si sus‑
penso.” (in Fundo do Mar, Sophia de Mello
Breyner Andresen, Obra Poética I)
ana seara [2014]
Toshio Hosokawa
hiroshima, 23 de outubro de 1955
Fluss, para quarteto de cordas e orquestra
­‑ Ich woll’t, ich waere ein Fluss und Du das Meer ­‑
No Taoismo, chi (a energia que produz a
raiz do universo) flui pelo fundo da terra, e
pensa­‑se que as alterações ao seu fluxo dão
forma ao universo. As correntes sobrepõem­
‑se e formam o yin e o yang, e o chi de yin e
yang cruzam­‑se para dar origem à vida. Luz
e sombra, frio e calor, alto e baixo, céu e
terra, macho e fêmea. Dois princípios opos‑
tos coexistem sem se aniquilarem mutua‑
mente de modo a criarem o universo.
Quis ilustrar a ideia segundo a qual a
música é um rio de chi (um rio de som) nas
profundezas deste mundo, e compor usando
o princípio de yin e yang. Sem usar mate‑
riais estruturados à volta das sonoridades
da música ocidental, compondo antes se‑
gundo a audição do fluxo profundo de chi e
entrelaçando-o com a cosmologia yin e yang.
3
A obra Fluss tem início com a simples au‑
dição de um som (Mi bemol), expandindo
gradualmente a luz e a sombra desse som
único. O Mi bemol divide­‑se em Mi bemol
e Ré, e o intervalo vai­‑se tornando maior,
sendo contudo considerado, fundamental‑
mente, parte do Mi bemol inicial. O quarte‑
to de cordas representa o aspecto humano,
e a orquestra representa a natureza e o uni‑
verso que nos rodeia. O cosmos yin e yang
concebido pelo quarteto de cordas vê­‑se
reflectido na orquestra; muitas correntes
se encontram e colidem, misturando­‑se
e mudando de direcção como a corrente
de um rio.
O subtítulo, “Ich woll’t, ich waere ein
Fluss und Du das Meer” (Gostava de me
tornar rio e que tu fosses o mar) tem
origem no facto de eu ter composto ima‑
ginando a minha própria existência como
som, fluindo para algo maior.
Senti­‑me inspirado pelo chi excepcional‑
mente forte dos músicos do Arditti Quar‑
tet, e a eles dedico esta obra para celebrar
o seu 40º aniversário. A peça Small River
in a Distance, que escrevi para o quarteto
anteriormente, serve de modelo para esta
nova peça.
toshio hosokawa [2014]
Tradução: Fernando P. Lima
Peter Eötvös
transilvânia, 2 de janeiro de 1944
zeroPoints
Peter Eötvös, compositor e maestro, é hoje
considerado uma das personalidades mu‑
sicais mais importantes e influentes. Autor
de óperas de sucesso como Three Sisters,
Love and Other Demons, Angels in America,
Lady Sarashina, Paradise reloaded, Golden
Dragon e obras orquestrais como DoReMi
(Concerto para violino), IMA (para coro e
orquestra), Atlantis e zeroPoints, tem escri‑
to para alguns dos músicos e orquestras
mais prestigiados de todo o mundo. Co‑
laborou regularmente com o Stockhausen
Ensemble, entre 1968 e 1976, e foi Director
Musical e Maestro do Ensemble intercon‑
temporain (1979­‑1991). Entre 1985 e 1988
foi o Maestro Principal Convidado da Or‑
questra Sinfónica da BBC e, desde 2003, é
maestro convidado da Orquestra Sinfóni‑
ca de Gotemburgo.
Eötvös vê a música como uma forma in‑
tensiva de comunicação entre compositor,
intérprete e público. É possuidor de uma
grande capacidade para criar mundos so‑
noros invulgares e isso é particularmente
exibido nas suas obras orquestrais, como
zeroPoints. Trata­‑se de uma peça que surge
de uma encomenda da Orquestra Sinfóni‑
ca de Londres e de Pierre Boulez, no ano
de 2000. Para Eötvös “foi uma tarefa in‑
comum, uma honra especial para um
compositor­‑maestro escrever música para
outro compositor­‑maestro”. A peça baseia­
‑se em dois principais motivos que resi‑
dem nas memórias pessoais do composi‑
tor. É, por um lado, um tributo a Boulez:
4
“Desde os anos oitenta que muitas vezes
dirigi Domaines de Boulez, e ainda me per‑
gunto porque começa ele a numeração de
compassos com 0, em vez do habitual 1.
Por respeito para com o mestre eu só me
atrevi a utilizar o espaço intermédio entre
0 e 1, portanto os títulos dos andamentos
são de 0,1, 0,2, até 0,9, sem nunca atingir
o número 1.” zeroPoints é, portanto, uma
cadeia de sucessivos pontos de partida, de
mini­‑aberturas, e sugerindo os diferentes
rumos que se pode tomar.
Por outro lado, zeroPoints liga Eötvös às
suas memórias das gravações áudio dos
anos cinquenta e sessenta: “os anos da
minha infância – que formaram e deter‑
minaram o meu pensamento musical. A
técnica do ruído era um subproduto natu‑
ral da gravação, da tecnologia áudio daque‑
le tempo. Estas memórias sonoras surgem
em vários dos meus trabalhos – como o
silvo, a crepitação de LPs antigos, no final
dos andamentos de Atlantis. A imitação
do “ruído­‑técnico” no início de zeroPoints
deriva da mesma fonte – mas hoje, na era
da tecnologia, tem de ser produzido arti‑
ficialmente, através dos tremolos no con‑
trabaixo. Os sinais do clarinete, com que
começa a peça, correspondem aos sinais
sinusoidais de 1kHz da contagem regres‑
siva utilizada nas gravações de música de
cinema. Isto, também, nos leva ao ponto
zero: 3­‑2­‑1­‑0, e, assim, a música começa
do zero…”, tal como o novo milénio que o
ano 2000 nos trazia.
Igor Stravinski
oranienbaum (rússia), 17 de junho de 1882
nova iorque, 6 de abril de 1971
O Canto do Rouxinol
Igor Stravinski, compositor e maestro
russo dos mais influentes de toda a arte
do século XX, começou a trabalhar numa
ópera com o nome O Rouxinol em 1908.
Esta ópera, com libreto baseado no conto
com o mesmo nome de Hans Christian An‑
dersen, foi escrita em três actos e só foi
concluída em 1914. A interrupção na escri‑
ta deveu­‑se ao facto de Stravinski ter rece‑
bido a encomenda de Sergei Diaghilev para
escrever O Pássaro de Fogo e ainda as suas
duas grandes obras Petruchka e A Sagração
da Primavera. O Rouxinol foi apresentado
no Teatro Nacional da Ópera de Paris, com
direcção de cena de Alexandre Benois e Ale‑
xandre Sanine e coreografia de Boris Ro‑
manov – com a particularidade de os can‑
tores se encontrarem no fosso com a or‑
questra e, em palco, apenas surgir o corpo
de bailado. Entre a composição do Acto I
e dos restantes existe um fosso de 6 anos.
As transformações estilísticas e de aborda‑
gem composicional que Stravinski sofreu
são notórias nesta obra. Toda a ópera tem
lugar na antiga China, onde um pescador
vai comentando todos os eventos. No pri‑
meiro acto, à beira­‑mar, bem antes do ama‑
nhecer, um pescador ouve o canto do rou‑
xinol que rapidamente o faz esquecer dos
seus problemas. Também uma cozinheira
leva trabalhadores da corte do Imperador
para ouvir o belo canto do rouxinol. É pro‑
metido à cozinheira o lugar de cozinheira
particular do Imperador se esta conseguir
5
Brad Lubman direcção musical
encontrar o rouxinol. O pequeno pássaro
surge e é convidado a cantar para o Impe‑
rador, mas este adverte que o seu canto
mais doce só surge na floresta. No segun‑
do acto, os cortesãos são avisados pela co‑
zinheira de que existe um pequeno rouxi‑
nol, cinzento, que emociona qualquer um
com o seu maravilhoso canto. A música do
rouxinol impressiona o Imperador e este
oferece­‑lhe um chinelo de ouro como re‑
compensa. Três emissários do Impera‑
dor oferecem­‑lhe um rouxinol mecânico
que começa a cantar enquanto o genuíno
foge para longe. O Imperador bane­‑o do
reino e nomeia o pássaro mecânico como
primeiro­‑cantor do reino. No último acto,
o Imperador está no seu leito de morte e os
fantasmas das suas acções vão visitá­‑lo. A
Morte está presente e é surpreendida pela
encantadora melodia do rouxinol que rea‑
parece, desafiando a decisão Imperial. O
rouxinol concorda em continuar a cantar,
a pedido da Morte, se esta lhe entregar a
coroa, a espada e o escudo do Imperador.
Lentamente a Morte desaparece e o Impe‑
rador recupera a saúde. Vendo o pequeno
rouxinol, o Imperador nomeia­‑o primeiro
cantor do reino e este promete cantar todas
as noites desde o anoitecer ao amanhecer.
Mais tarde, Stravinski prepara um poema
sinfónico com o nome O Canto do Rouxi‑
nol, utilizando música da ópera, em 1917,
como uma peça de concerto independente.
O maestro e compositor Brad Lubman con‑
quistou largo reconhecimento ao longo
das últimas duas décadas, pela sua versa‑
tilidade, técnica apurada e interpretações
profundas.
Com um amplo repertório cobrindo
obras orquestrais desde o período Clássi‑
co até aos nossos dias, Lubman tem diri‑
gido grandes orquestras como a Sinfónica
da Rádio Sueca, Orquestra de Câmara Ho‑
landesa, Filarmónica da Radio France, Sin‑
fónica SWR da Rádio de Estugarda, Ame‑
rican Composers Orchestra, New World
Symphony e Orquestra de Câmara St. Paul.
Trabalhou também com alguns dos mais
importantes agrupamentos europeus e
americanos de música contemporânea,
incluindo o Klangforum Wien e o ASKO
Ensemble de Amesterdão, bem como o Los
Angeles Philharmonic New Music Group,
Boston Symphony Chamber Players e Steve
Reich and Musicians.
Brad Lubman é Professor Associado de
Direcção e Ensembles na Eastman School
of Music em Rochester, Nova Iorque, onde
dirige o ensemble Musica Nova desde
que ingressou na instituição em 1997.
É também membro do Bang­‑ on­‑ a­‑ Can
Summer Institute.
Brad Lubman iniciou a temporada de
2014/15 dirigindo a Academia Internacio‑
nal Ensemble Modern no Festival Klangs‑
puren Schwaz, onde dirigiu também um
concerto do Ensemble Modern. Volta a co‑
laborar como convidado com a Sinfónica
WDR de Colónia e a Filarmónica Saar‑
brücken Kaiserslautern da Rádio Alemã,
e dirige programas atractivos e variados
de música clássica e contemporânea com a
ana seara [2014]
6
Orquestra Sinfónica Alemã de Berlim (para
edição em CD), a Orquestra Sinfónica do
Porto Casa da Música e a Sinfónica NDR,
entre outras. Dirige a ópera­‑vídeo Three
Tales de Steve Reich e ainda shelter, uma
composição conjunta de David Lang, Mi‑
chael Gordon e Julia Wolfe, num projecto
multimédia com o Ensemble Signal, a con‑
vite da Filarmónica de Los Angeles. Para
terminar a temporada, foi convidado para
dirigir novamente a ópera de câmara Quar‑
tett de Luca Francesconi no Teatro Colón
em Buenos Aires.
7
ARDITTI QUARTET
Irvine Arditti violino
Ashot Sarkissjan violino
Ralf Ehlers viola
Lucas Fels violoncelo
O Arditti Quartet tem uma reputação mun‑
dial pelas suas interpretações espirituo‑
sas e tecnicamente refinadas de música
contemporânea e do início do século XX.
Várias centenas de quartetos de cordas e
outras obras de câmara foram escritas para
o agrupamento desde a sua fundação pelo
violinista Irvine Arditti, em 1974. Estas
obras deixaram uma marca definitiva no
repertório do século XX e deram ao Ardi‑
tti Quartet um lugar sólido na história da
música. Compositores como Adès, Aper‑
ghis, Birtwistle, Cage, Carter, Dufourt, Du‑
sapin, Fedele, Ferneyhough, Francesconi,
Gubaidulina, Harvey, Hosokawa, Kagel,
Kurtág, Lachenmann, Ligeti, Nancarrow,
Rihm, Scelsi, Sciarrino e Stockhausen con‑
fiaram estreias mundiais da sua música
ao quarteto, cujo repertório engloba inte‑
grais dos quartetos de cordas de inúmeros
compositores. Os membros do quarteto
têm ensinado ao longo de muitos anos nos
Cursos de Verão de Nova Música em Darm­
stadt e deram numerosas masterclasses e
workshops para jovens instrumentistas e
compositores de todo o mundo.
A extensa discografia do Arditti Quartet
inclui actualmente mais de 180 CDs, uma
grande parte para a editora francesa Naïve
Montaigne. Fez as primeiras gravações di‑
gitais da integral dos quartetos de cordas da
Segunda Escola de Viena e registou a inte‑
gral dos quartetos de Luciano Berio, pouco
antes da sua morte. Entre os discos mais re‑
centes, destaca­‑se o espectacular Quarteto
para Helicópteros de Stockhausen.
Nos últimos 40 anos, o agrupamento tem
recebido muitos prémios pelo seu traba‑
lho, entre os quais o Deutsche Schallplat‑
ten Preis e o Gramophone Award. Em 1999
recebeu o prestigiante Ernst von Siemens
Music Prize como prémio de carreira.
O Arditti Quartet celebrou este ano o seu
40º aniversário, com concertos especiais
em Londres e Witten e obras dedicadas
por vários compositores. Na temporada
de 2014/15, destacam­‑se as estreias mun‑
diais de duas novas obras para quarteto e
orquestra: uma de Michael Jarrell (Estras‑
burgo, Vaduz e Lucerna) e outra de Toshio
Hosokawa (Colónia, Brugges e Porto). Foi
convidado para a Philharmonie de Berlim,
musikprotokoll em Graz, Wien Modern
(integral dos quartetos de Georg Friedri‑
ch Haas), Festival de Música Contemporâ‑
nea de Huddersfield (integral dos quarte‑
tos de James Dillon) e Wigmore Hall. Reali‑
za ainda masterclasses para compositores
e instrumentistas em Munique, Cambrid‑
ge e Copenhaga.
8
ORQUESTRA SINFÓNICA
DO PORTO CASA DA MÚSICA
Christoph König
maestro titular
Baldur Brönnimann
maestro titular indigitado
A Orquestra Sinfónica do Porto Casa da
Música tem sido dirigida por reputados
maestros, de entre os quais se destacam
Baldur Brönnimann, Olari Elts, Leopold
Hager, Michail Jurowski, Andris Nelsons,
Vasily Petrenko, Emilio Pomàrico, Jéré‑
mie Rohrer, Peter Rundel, Michael San‑
derling, Tugan Sokhiev, John Storgårds,
Joseph Swensen, Gilbert Varga, Antoni
Wit, Takuo Yuasa, Lothar Zagrosek, Peter
Eötvös ou Ilan Volkov. Entre os solistas
que colaboraram recentemente com a
orquestra constam os nomes de Midori,
Viviane Hagner, Natalia Gutman, Truls
Mørk, Steven Isserlis, Kim Kashkashian,
Ana Bela Chaves, Felicity Lott, Christian
Lindberg, António Meneses, Simon Tr‑
pčeski, Sequeira Costa, Jean­‑Efflam Ba‑
vouzet, Lise de la Salle, Cyprien Katsaris,
Alban Gerhardt, Pierre­‑Laurent Aimard ou
o Quarteto Arditti. Diversos compositores
trabalharam também com a orquestra, no
âmbito das suas residências artísticas na
Casa da Música, destacando­‑se os nomes
de Emmanuel Nunes, Jonathan Harvey,
Kaija Saariaho, Magnus Lind­berg, Pascal
Dusapin, Luca Francesconi, Unsuk Chin
e Peter Eötvös.
A Orquestra tem vindo a incrementar
as actuações fora de portas. Nas últimas
temporadas apresentou­‑se nas mais pres‑
tigiadas salas de concerto de Viena, Estras‑
burgo, Luxemburgo, Antuérpia, Roterdão,
Valladolid, Madrid e no Brasil, e é regular‑
mente convidada a tocar em Santiago de
Compostela e no Auditório Gulbenkian.
Para além da apresentação regular do re‑
pertório sinfónico, a orquestra demons‑
tra a sua versatilidade com abordagens
aos universos do jazz, fado ou hip­‑hop, ao
acompanhamento de projecção de filmes e
aos concertos comentados, bem como a di‑
versas acções educativas, incluindo o pro‑
jecto “A Orquestra vai à escola”, workshops
de composição para jovens compositores
e a masterclasses de direcção com o maes‑
tro Jorma Panula.
A interpretação da integral das sinfo‑
nias de Mahler marcou as temporadas de
2010 e 2011. Em 2011, o álbum “Follow
the Songlines”, gravado com Mário Lagi‑
nha e Maria João com David Linx e Diede‑
rik Wissels, ganhou a categoria de Jazz dos
prestigiados prémios Victoires de la musi‑
que, em França. Em 2013 foram editados
os concertos para piano de Lopes­‑ Graça
pela editora Naxos. A gravação ao vivo com
obras de Pascal Dusapin foi Escolha dos
Críticos 2013 na revista Gramophone. Na
temporada de 2014, a Orquestra interpre‑
tou uma nova obra encomendada a Harri‑
son Birstwistle, no âmbito das celebrações
do 80º aniversário do compositor.
A origem da Orquestra remonta a 1947,
ano em que foi constituída a Orquestra
Sinfónica do Conservatório de Música do
Porto, que desde então passou por diversas
designações. Engloba um número perma‑
nente de 94 instrumentistas, o que lhe per‑
mite executar todo o repertório sinfónico
desde o Classicismo ao Século XXI. É parte
integrante da Fundação Casa da Música
desde Julho de 2006.
9
Violino I
Viola
Oboé
Tímpanos
James Dahlgren*
Javier López*
Aldo Salvetti Nuno Simões
Vadim Feldblioum Anna Gonera Eldevina Materula José Despujols
Luís Norberto Silva
Jean­‑Michel Garetti Roumiana Badeva
Hazel Veitch
Tünde Hadadi
Biliana Chamlieva
Clarinete
Renato Peneda*
Emília Vanguelova
Emília Alves
Luís Silva Sandro Andrade*
Andras Burai
Rute Azevedo
Carlos Alves Pedro Góis*
Vladimir Grinman
Francisco Moreira
António Rosa João Tiago Dias*
Maria Kagan
Jean Loup Lecomte
Gergely Suto Ianina Khmelik
Beata Costa*
Alan Guimarães
Fábio Vidago**
Ana Madalena Ribeiro*
Percussão
Paulo Oliveira Harpa
Saxofone
Ilaria Vivan Fernando Ramos*
Carolina Coimbra*
Romeu Costa*
Jorman Hernandez*
Violoncelo
Diogo Coelho*
Feodor Kolpachnikov Raquel Santos**
Michal Kiska
Fagote
Piano
Luís Filipe Sá*
Bruno Cardoso
Gavin Hill Violino II
Sharon Kinder Robert Glassburner Celesta
Jossif Grinman Gisela Neves
Pedro Silva Vítor Pinho*
Tatiana Afanasieva Hrant Yeranosyan
Pedro Rocha
Américo Martins*
Trompa
Mariana Costa Vanessa Pires*
Peter Bromig*
*instrumentistas
Francisco Pereira de Sousa
Jorge Municio Corcho**
Eddy Tauber convidados
Bohdan Sebestik **estagiários da ESMAE
José Paulo Jesus
José Bernardo Silva Paul Almond
Contrabaixo
José Sentieiro
Florian Pertzborn Domingos Lopes
Tiago Pinto Ribeiro
Trompete
Germano Santos
Joel Azevedo
Ivan Crespo Vítor Teixeira
Nadia Choi
Luís Granjo Nikola Vasiljev
Altino Carvalho
Rui Brito Tiago Moreira**
Nadia Choi
Domingos Ribeiro*
Trombone
Severo Martinez Flauta
David Silva*
Ana Maria Ribeiro Nuno Martins Angelina Rodrigues
Eva Morais*
Tuba
Alexander Auer Sérgio Carolino DILIVA – Sociedade de Investimentos Imobiliários, S.A., é patrono do Maestro Titular
da Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música
10
MECENAS PROGRAMAS DE SALA
MECENAS CASA DA MÚSICA
APOIO INSTITUCIONAL
MECENAS PRINCIPAL CASA DA MÚSICA
Download