sucesso na primeira jornada mineira de câncer de mama

Propaganda
INFORMATIVO
ONCOMED
ANO 5
Nº 17
OUT - DEZ 2013
Carol Reis
SUCESSO NA PRIMEIRA
JORNADA MINEIRA
DE CÂNCER DE MAMA
Na última semana de setembro, às vésperas
da campanha Outubro Rosa – período em que
vários monumentos do mundo se iluminaram de
rosa para lembrar a importância do diagnóstico
precoce do câncer de mama –, a Oncomed promoveu a 1ª Jornada Mineira de Câncer de Mama.
Realizado na sede da clínica, em Belo Horizonte, o
evento reuniu oncologistas clínicos, mastologistas,
radioterapeutas e radiologistas da capital mineira,
além de convidados de outros Estados. Tudo com
foco na melhoria do atendimento aos pacientes.
A programação contou com palestras, mesasredondas e debate de casos clínicos sobre a prevenção, o diagnóstico, o tratamento e o acompanhamento do câncer de mama. Destaque para a relação
entre mutações gênicas e câncer de mama e para os
riscos e indicações da mastectomia total. Essas discussões ganharam o noticiário internacional depois
que a atriz norte-americana Angelina Jolie se sub-
meteu a uma mastectomia preventiva (retirada das
mamas) para evitar um possível câncer.
“O evento foi um sucesso e reuniu vários especialistas em câncer de mama de diferentes áreas. O
grande objetivo desse projeto é unificar e padronizar
as alternativas de tratamento conhecidas”, afirma o
médico oncologista da Oncomed BH e um dos organizadores da jornada, Leandro Ramos. “Dispomos
de uma série de pesquisas voltadas para o câncer de
mama. Entretanto, elas são compreendidas de maneiras distintas. Nosso intuito foi interpretar os dados,
de forma ética, e chegar a um denominador comum
dentro da nossa realidade. Assim, podemos definir a
melhor conduta a ser adotada”, acrescenta ele.
A iniciativa, que contou com a presença de
mais de 90 profissionais da saúde, debaterá outros
tipos de tumor nos próximos anos. Confira, nas
páginas 6 e 7, o depoimento de alguns profissionais
que participaram dos debates. •
DESTAQUE
Asco 2013 e os
tumores do sistema
nervoso central
PÁGINA 3
AVANÇO
Novidades no
tratamento de tumores
geniturinários
PÁGINAS 4 E 5
CÂNCER DE MAMA
Depoimentos de quem
participou da Jornada Mineira do Câncer de Mama
PÁGINAS 6 E 7
EDITORIAL
EXPEDIENTE
DIÁLO
GO PO
R UM
TRATA
MENTO
A cada
a
MELHO
no, a ca
apoiado
mpanha
res.
ONCOMED - Centro de Prevenção e
Tratamento de Doenças Neoplásicas •
Rua Bernardo Guimarães, 3.106 Barro Preto Belo Horizonte MG - Cep 30140-083 Telefone (31) 3299-1300 - Fax (31) 3299-1301 •
Diretor Técnico: Dr. Luiz Adelmo Lodi
Produção Editorial: Link Comunicação •
Jornalista Responsável: Cristina Fonseca •
Redação: Eron Rodrigues • Editoração:
Danielle Marcussi • Revisão: Regina Palla •
Projeto Gráfico: Mondana:IB •
• Impressão: Tamóios •
Tiragem: 6.000 exemplares
www.oncomedbh.com.br
R
Não
Out
tipo de
câncer é para menos, ubro Rosa gan
m
ha mais
do cânc
afinal, o
ais incid
forç
er d
tum
ent
assustad e pele não me e nas mulhere or de mama é a e novos
s brasile
o segun
lanoma
or, esco
do
.O
ira
nd
tumor
altamen e um fato impo índice, apesar s – atrás apena
s
te curá
r
d
nos est
t
e
a
n
in
t
e: o
icia
vel, esp
ágios
ecialme câncer de ma lmente
Ciente iniciais.
nte qua
m
da impo
ndo de a é um
Oncom
rtância
scobert
e
d
r
d
e
alizou a
os deba
o
O even
t
1
nais das to foi uma exc ª Jornada Min es acerca do
assunto
eira de
elente o
diferent
para dis
,a
Cânc
port
es d
c
to os es utir tanto as alt isciplinas que unidade de re er de Mama.
unir pro
lidam co
tudos q
ernativa
fissiom o cân
ue suge
s de tra
O diá
r
c
t
tratame logo e a troca em novos cam amento já con er de mama
n
in
hecidas
d
sem dúv tos e definir a e experiências hos.
quanida, é o
n
m
o
e
s
lh
p
o
o
r condu
ssibilitam
paciente
projeto,
ta a s
realiz
. Por
aprim
Nesta 1 ando encontro isso, a Oncome er adotada. Qu orar os
7
s
em ganh
d planeja
ª edição
anuais p
sobre a
a,
ara d
do n
dar
s
America novidades apre osso informativ ebater outros t sequência ao
sentada
ip
na de O
o
os de tu
s no 49 , falamos um
logistas
ncologia
mor.
po
º
d
alguns e a Oncomed qu Clínica (Asco). NEncontro Anua uco também
e
l
s
de rim, d tudos sobre tum participaram do as próximas pá da Sociedade
ginas, os
o sistem
ores de
evento e
o
a nervo
so centr colo uterino, de m Chicago, des ncoTenha u
t
al, de pâ
acam
t
e
s
ma ótim
t
íc
ulo
ncreas e
a leitura
Amândio
gastroin , de próstata,
!
testinais
Soares
.
Fernand
es Júnio
r, direto
r Financ
eiro da
Oncom
ed •
CONVÊNIOS
ABEB
AFFEMG
AGROS
ALLIANZ SAÚDE
AMAGIS
AMIL
AMMP
ASSEFAZ
ASTTER
BANCO CENTRAL
BHTRANS
BRADESCO
SAÚDE CAIXA
CASSI
CASU
CNEN
COPASA
2
CORREIOS
CVRS
DESBAN
EMBRAPA
FASSINCRA
FIAT
CEMIG SAÚDE
FUNDAÇÃO SAÚDE ITAÚ
GAMA SAÚDE
GEAP
GOLDEN CROSS
GOODLIFE
MARÍTIMA
MATERMED
MEDISERVICE
MINASCENTERMED
OMINT
PETROBRAS DISTRIB.
PETROBRAS REGAP
PLAN ASSISTE
PMMG
PREVIMINAS
PROMED
PRO-SOCIAL
SAÚDE
SULAMÉRICA
UNAFISCO SAÚDE
UNAFISCO REGIONAL-MG
TEMPO SAÚDE SEGURADORA
UNIMED
USIMINAS
VITAE
VITALLIS
VIVAMED
DESTAQUE
Glioblastoma
Multiforme
Dr. Fábio Reder
“O glioblastoma
multiforme ainda
persiste como
um desafio na
prática oncológica,
e vários estudos
encontram-se em
desenvolvimento,
visando ganhos
a objetivos que
possam sobrepor o
desfecho atual”
Fotolia
O gliobastoma multiforme, neoplasia que
figura como a mais comum do sistema nervoso central, ocorre por volta de 55 anos,
e o diagnóstico geralmente é feito pelos
sintomas causados por seu efeito de massa. O protocolo de tratamento (que pouco
mudou nos últimos anos) foi tema de destaque durante a Asco 2013. Ele engloba equipe
multiprofissional e a abordagem consiste em
ressecção cirúrgica – total, parcial ou apenas
biópsia – e também radioterapia associada à
Temozolamida.
Dos mais relevantes estudos sobre o
tema, um deles, apresentado inclusive em
sessão plenária, teve como enfoque principal
o agente angiogênico denominado Bevacizumabe.
Um estudo de fase II, com
resultados iniciais promissores, comparou o tratamento
padrão versus a combinação
de Bevacizumabe e radioterapia, seguido de Irinotecano.
Os resultados ainda são preliminares. Vale lembrar que tais
benefícios, além de discretos, estruturam-se à custa de
alta toxicidade. Assim, torna-se imperativo aguardarmos
a conclusão do estudo para
análise e discussão de incorporação da terapia.
O glioblastoma multiforme ainda persiste como um
desafio na prática oncológica,
Divulgação
e vários estudos encontram-se em diferentes estágios de desenvolvimento, visando a
ganhos objetivos que possam sobrepor o
desfecho atual.
Mantendo os princípios que regem o cotidiano do oncologista, é preciso individualizar o tratamento, expor ao paciente os
benefícios e os riscos, agregando valor e
qualidade de vida. •
3
TUMORES GENITURINÁRIOS
Asco 2013 e as novidades
sobre os tumores
geniturinários
Dr. Henrique Horta
Nove médicos do corpo clínico da Oncomed BH embarcaram para Chicago,
nos Estados Unidos, para participar do 49º Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco). O evento reuniu cerca de 25 mil profissionais da
área de oncologia para discussão de vários assuntos relacionados ao câncer. Nesse
congresso, promovido pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, na
sigla em português), também foram apresentados os resultados de vários estudos
que estão sendo desenvolvidos em todo o mundo.
Em relação aos tumores do trato geniturinário, podemos destacar alguns
desses estudos:
Para o câncer de testículo estadio I (estágio mais inicial), temos atualmente as seguintes opções de tratamento após a orquiectomia (cirurgia para retirada de um dos testículos): para os tumores seminoma, são aceitos a vigilância
ativa (apenas acompanhar o paciente com exames e consultas periódicas), a radioterapia ou a quimioterapia adjuvantes; já para os tumores não seminoma,
a vigilância ativa e a quimioterapia também são opções, assim como a linfadenectomia retroperitoneal (cirurgia para retirada de alguns gânglios do abdome).
Durante o congresso, foram apresentados dois estudos observacionais com
pacientes com câncer de testículo estadio I, para os quais se optou pela vigilância ativa. Um dos estudos foi relacionado a pacientes com seminoma, e o
outro, a pacientes com tumor não seminoma. A conclusão de ambos foi muito
semelhante: a opção de realizar a vigilância ativa é segura, a sobrevida destes
pacientes é muito elevada, as recorrências se dão principalmente nos primeiros
anos e a maioria pode ser curada com os tratamentos disponíveis.
Em um dos estudos, a conclusão foi de que cerca de 80% dos pacientes
poderiam ser poupados de um tratamento não isento de riscos ou de efeitos
colaterais. No entanto, é sempre importante destacar que, em relação aos
pacientes para os quais se optar por realizar a vigilância ativa, é de extrema
importância que esses sejam acompanhados bem de perto, com um rigoroso
protocolo de consultas periódicas e realização de exames frequentes.
Para os casos de câncer de testículo em que o diagnóstico é feito em uma fase
mais avançada da doença, foram apresentados dois estudos. Há cerca de 25 anos, o
tratamento padrão para esses casos são quatro ciclos do esquema de quimioterapia
PEB. Nesse congresso, foram apresentados dois estudos que avaliaram dois diferentes
esquemas de quimioterapia, com resultados encorajadores, apesar também de dois
esquemas de quimioterapia terem apresentado uma toxicidade considerável. Aguardamos ansiosamente dados mais maduros dos estudos para avaliarmos se já é hora de
mudar a nossa prática.
Novidades também para os tumores de rim e próstata
No que diz respeito ao câncer de rim, há alguns anos (até 2005, por exemplo)
existiam pouquíssimas opções de tratamento sistêmico para os casos mais avançados.
A cada ano que passa, porém, uma nova droga é desenvolvida e testada. Com tantas
opções de tratamento, as investigações não são mais em relação a qual é a melhor
droga, mas, sim, qual seria a melhor sequência para se utilizar as várias opções. Durante a Asco, um estudo mostrou que, dependendo da sequência em que se utilizam dois
desses medicamentos, o resultado pode ser melhor.
4
Daniel Mansur
“É sempre importante
destacar que, para
os pacientes em
que se optar por
realizar a vigilância
ativa, é de extrema
importância que sejam
acompanhados bem de
perto, com um rigoroso
protocolo de consultas
periódicas e realização
de exames frequentes”
Já no que concerne ao câncer de próstata, podemos
destacar três estudos:
Um estudo populacional acompanhou pacientes com
diagnóstico de diabetes mellitus e câncer de próstata e foi
observado que os pacientes em que o diabetes foi tratado
com Metformina (medicamento já utilizado há vários anos
no tratamento do diabetes) apresentaram menor mortalidade por câncer de próstata. Apesar do resultado encorajador, o próprio autor destacou que esse ainda é um estudo
preliminar de observação populacional. É preciso aguardar
uma metodologia mais apurada.
Outro estudo confirmou algo já utilizado na prática diária: em pacientes com câncer de próstata, refratários ao
tratamento hormonal, o uso do ácido zoledrônico junto da
quimioterapia foi capaz de prevenir eventos ósseos (dor e
fratura, por exemplo).
Um terceiro estudo, muito comentado, avaliou o uso de um
suplemento alimentar rico em polifenóis em pacientes com diagnóstico de câncer de próstata. Foram utilizadas cápsulas de um
suplemento que continha extratos de chá verde, açafrão, romã
e brócolis. Em um período de observação de seis meses, os pacientes que receberam esse suplemento alimentar apresentaram
menor elevação do PSA quando comparado com o grupo que
recebeu o placebo. Observou-se também que menos pacientes
do grupo experimental tiveram de modificar o tratamento durante o período. Apesar dos resultados interessantes e encorajadores, trata-se de um estudo preliminar. É muito importante
aguardarmos o resultado de novos estudos mais robustos, além
do fato de esse produto ainda não estar licenciado.
Vários outros estudos apresentados durante o congresso
poderiam ser destacados. Um dos grandes desafios agora é,
além de conseguir interpretar corretamente os dados apresentados, saber quais tratamentos poderão ser transportados
para a realidade brasileira. Além disso, é de suma importância
aguardarmos a publicação dos estudos nos principais periódicos, uma vez que, não raro, os resultados e as conclusões das
apresentações nem sempre são exatamente os mesmos quando são publicados nas revistas. •
ONCOLOGIA GINECOLÓGICA
TAMBÉM É DESTAQUE
Dr. Alexandre Chiari
Daniel Mansur
Na área de oncologia ginecológica, um estudo incluindo pacientes com câncer de colo uterino, doença avançada, chamou a
atenção e foi apresentado em sessão especial do congresso.
O estudo de fase III comparou o tratamento padrão (com quimioterapia) com a quimioterapia associada a um agente antiangiogênico denominado Bevacizumabe. Foram incluídos 452 pacientes,
e o grupo submetido ao tratamento com o Bevacizumabe apresentou melhor taxa de reposta, sobrevida livre de progressão e sobrevida global quando comparado com os pacientes que só receberam
quimioterapia. A inclusão de mais uma droga (Bevacizumabe) no
tratamento não implicou piora da qualidade de vida.
Aguardamos a publicação desse estudo para análise crítica dos
riscos e dos benefícios do novo tratamento e possível incorporação em nossa prática clínica.
Cabe salientar que o câncer de colo uterino é a segunda neoplasia
mais comum entre as mulheres no mundo e está diretamente relacionado
à infecção pelo vírus HPV. Desta forma, a prevenção primária, por meio de
vacinação, e a secundária, por meio do screening (exame de Papanicolau)
são, sem dúvida nenhuma, as estratégias mais importantes para a redução
da incidência da doença e para a realização do diagnóstico precoce, a fim
de aumentar substancialmente as taxas de cura dessa doença. •
5
CÂNCER DE MAMA
Depoimento de quem participou
da 1ª Jornada Mineira de
Câncer de Mama, na Oncomed
“Na primeira mesa do evento, discutimos os aspectos ligados à genética das pacientes que têm mutações de alto risco
para o câncer de mama, pegando como exemplo o caso da Angelina Jolie. Analisamos como identificá-las, como diagnosticar
e quando fazer a cirurgia. A principal novidade para a população é que o custo dos testes está caindo muito e vai cair ainda
mais no futuro. Com esse encontro, aumentamos a integração das disciplinas que lidam com o câncer de mama – o cirurgião, o
oncologista, o radioterapeuta e, agora, o geneticista. O fato de estarmos juntos discutindo em nível elevado do ponto de vista
científico vai resultar numa melhora do tratamento para as mulheres.”
Dr. João Henrique Pena Reis (Presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional Minas Gerais)
Carol Reis
“São muitas coisas novas que precisam ser divulgadas
e colocadas dentro do contexto da nossa realidade para
um banco de condutas de como tratar o paciente. Só assim
conseguimos oferecer coisas melhores para os pacientes. Da
parte cirúrgica, na qual me encaixo, as coisas mais atuais são
os estudos que mostram a tentativa de poupar os pacientes da cirurgia mais radical na axila. Antigamente, quando
o paciente tinha gânglios positivos ou sentinelas, fazíamos
cirurgia e tirávamos todos os outros gânglios. Cada vez mais,
vemos que essa situação nem sempre é necessária.”
Dr. José Luiz Barbosa Bevilacqua (Docente da
pós-graduação do Hospital Sírio-Libanês)
Dr. Leandro Alves Ramos e Dr. José Luiz Barbosa Bevilacqua
“Um dos pontos mais importantes do evento foi a reflexão sobre como podemos transferir o conhecimento que foi gerado num ambiente de pesquisa acadêmica para a decisão terapêutica no dia a dia na frente do paciente. Hoje, sabemos que,
quando se fala em câncer de mama, não estamos falando de uma única doença, mas sim de várias doenças diferentes, com
comportamentos biológicos diferentes, com terapêuticos diferentes, e estamos procurando refinar a maneira de detectar
esses subgrupos. Ainda estamos longe de chegar a um formato que vai facilitar e individualizar o tratamento. Mas quando
olhamos a prática, já percebemos um avanço muito grande. Temos, hoje, uma acurácia muito maior em poder definir qual o
grupo tem o melhor e o pior prognóstico e qual o grupo deve ser tratado de uma forma ou de outra.”
Dr. Wagner Brant (Oncologista do Hospital Belo Horizonte)
“Acredito que o encontro foi muito interessante por reunir pessoas experientes, com abordagens de temas muito diferentes, todos eles congregando em relação ao tratamento do câncer de mama. Pudemos trazer como novidade algumas novas
técnicas de radioterapia, diminuindo os efeitos colaterais e aumentando a eficiência do tratamento.”
Dr. Miguel Torres Teixeira Leite (Médico radioterapeuta do Hospital São Francisco e do Hospital Mater Dei)
6
Carol Reis
“Foi uma oportunidade única
de reunir profissionais de todas as
especialidades que estão envolvidos
no tratamento do câncer de mama.
Ao abordarmos os melhores e
mais modernos estudos, podemos
oferecer um tratamento multidisciplinar e ter a possibilidade de
escolher a melhor terapia para
cada paciente.”
Dr. Amândio Soares (Diretor
da Oncomed BH)
Dr. Amândio Soares Fernandes Jr., Dr. Leandro
Alves Ramos e Dr. Alexandre Chiari
“De forma geral, esses eventos em que temos a oportunidade de analisar novidades, técnicas cirúrgicas, abordagens de quimioterapia, entre outras, são muito relevantes porque fazem com que tenhamos uma condição de discutir a melhor maneira de
abordar a doença e o paciente. Todos os temas abordados foram relevantes no que diz respeito ao câncer de mama atual.
Mas, de maneira geral, podemos considerar que o tratamento específico para cada mulher é o que tem mudado
a história natural do câncer de mama nos últimos anos. Não existe um tumor de mama igual em todas as mulheres.
O conhecimento específico e a assinatura desse tumor em cada mulher é que têm ajudado a melhorar
a eficácia e a reduzir a toxidade dos tratamentos.”
Dr. Leandro Alves Ramos (Diretor do corpo clínico da Oncomed)
“Foi um encontro muito bom, que trouxe temas atuais para nossa atuação prática, respaldados por uma literatura moderna e
apresentados por profissionais que estão na área há vários anos. Em termos de novidade, o que teve de mudança muito grande
foi o avanço do tratamento sistêmico, que permitiu uma abordagem mais conservadora em tumores muito avançados.
Antigamente, tínhamos de submeter o paciente a uma cirurgia radical, como uma mastectomia, por exemplo. Hoje, podemos
lançar mão de um tratamento sistêmico, como uma quimioterapia antes da cirurgia, permitindo a essa paciente um tratamento
mais conservador. Isso melhora significativamente a qualidade de vida dos pacientes.”
Dr. Alexandre de Almeida Barra (Mastologista e coordenador do Serviço de Oncologia do Ipsemg)
Carol Reis
Dr. Clécio Enio Murta de Lucena
e Dr. Leandro Alves Ramos
“O ponto fundamental é que, quando temos
a possibilidade de trazer profissionais de serviços
diferentes, com prática em situações distintas,
passamos a confrontar e muitas vezes a modificar
o objetivo primário de tentar beneficiar o nosso
público-alvo, que são os pacientes. O grande
avanço que temos hoje em relação ao câncer de
mama é a perspectiva de minimizar a agressão
enquanto operadores do exercício da
medicina para os pacientes.”
Dr. Clécio Enio Murta de Lucena (Chefe do serviço de Mastologia da Santa Casa de Belo Horizonte)
7
CÂNCER GASTROINTESTINAL
NOVOS ESTUDOS SOBRE
TUMORES GASTROINTESTINAIS
Daniel Mansur
Dr. Alexandre Fonseca
Entre as novidades apresentadas durante o
Congresso da Asco sobre os tumores gastrointestinais (não colorretais), destacamos alguns
pontos de maior importância.
Primeiramente, o estudo TRIO 013-LOGIC
avaliou o papel da adição do medicamento Lapatinib no tratamento de pacientes com câncer gástrico avançado e superexpressão da proteína HER-2.
Diferentemente do estudo TOGA – já publicado e que mostra benefí
benefício da adição do Trastuzumabe –, no TRIO 013-LOGIC não houve
benefício estatisticamente significativo com o Lapatinib para o
desfecho principal, ou seja, a sobrevida global.
O estudo COUGAR-02 avaliou o papel da quimioterapia
de segunda linha com Docetaxel, após falha de quimioterapia
de primeira linha, em pacientes portadores de câncer gástrico
avançado. Houve benefício em sobrevida global e de qualidade
de vida, confirmando a indicação da estratégia nesse cenário.
O estudo fase III LAP07 avaliou a adição de radioterapia (ou seja,
a estratégia de quimiorradioterapia) após quatro meses de quimioterapia com Gemcitabina, em pacientes com câncer de pâncreas localmente avançado. O estudo também avaliou a
adição do medicamento Erlotinib à quimioterapia ou à
quimiorradioterapia. Os resultados mostraram que não houve benefício em termos de ganho
de sobrevida – nem com a adição da radioterapia à quimioterapia isolada nem com a adição de
Erlotinib a qualquer forma de tratamento.
O estudo MPACT avaliou a adição de uma medicação chamada Nab-paclitaxel à Gemcitabina no tratamento do câncer de pâncreas avançado. Houve benefício no desfecho de sobrevida
global, mas é importante ressaltar que essa droga ainda não foi aprovada no Brasil.Além disso, não
existem estudos comparando a sua eficácia ao esquema chamado Folfirinox. Esse, apesar de mais
tóxico, já mostrou superioridade com relação à Gemcitabina isolada em trabalhos anteriores. Falta
também avaliação de custo-efetividade e de qualidade de vida com esse esquema testado (Nab-paclitaxel).
Por último, várias estratégias de avaliação de marcadores preditores moleculares de resposta em câncer de
pâncreas ainda estão em desenvolvimento e com a possibilidade de poderem contribuir, num futuro próximo,
para melhor individualização do tratamento.
Prevenção
% dos cânceres
que pelo menos 30
tam
on
ap
as
list
cia
Espe
bitos mais saurtir da adoção de há
pa
a
s
do
ita
ev
r
se
que podem
poderiam
as no estilo de vida
nç
da
mu
as
um
alg
ra
dáveis. Confi
tivos:
co de tumores diges
ajudar a reduzir o ris
umo de álcool;
>> Moderar o cons
>> Não fumar ;
ção;
vegetais na alimenta
>> Abundância de
vantes;
er
ns
co
fumadas com
>> Evitar carnes de
so;
>> Controlar o pe
físico regular.
>> Fazer exercício
8
Remetente: ONCOMED - Centro de Prevenção e Tratamento de Doenças Neoplásicas • Rua Bernardo Guimarães, 3.106 • Barro Preto • Belo Horizonte - MG - Cep 30140-083
Download