FOTOSSÍNTESE • CONCEITO • CENTRO BIOLÓGICO = CLOROPLASTO • PIGMENTOS, ESPECTRO DE ABSORÇÃO E EFICIÊNCIA FOTOSSÍNTETICA PARA OS DIVERSOS COMPRIMENTOS DE ONDA • UTILIZAÇÃO DA ÁGUA – REAÇÃO DE HILL • FASE CLARA DA FOTOSSÍNTESE • FASE ESCURA (FIXAÇÃO DO CO2) • ESQUEMA “Z” DE TRANFERÊNCIA DE ELÉTRONS NA FASE CLARA FOTOSSÍNTESE FOTOSSÍNTESE E RESPIRAÇÃO energia radiante glicólise luz fotossíntese 6CO2 + 6H2O +4 redução CO2 + H2O -2 luz oxidação respiração C6H12O6 + 6O2 0 C(H2O) + O2 0 ∆G = +118.000 cal/mol de CO2 6 x 118.000 = 708.000 cal/mol de glicose > 686.000 cal/mol O CLOROPLASTO Grana: conjunto de granum lamela Granum (pilha de tilacóides) A ORGANELA RESPONSÁVEL PELA FOTOSSÍNTESE ALGAS = 1 CLOROPLASTO/CÉLULA PLANTAS SUPERIORES = ATÉ 100/CÉLULA TILACÓIDE: A UNIDADE FOTOSSINTÉTICA Membrana lipoprotéica (pigmentos e acessórios) Lóculo (reações da fase escura) PIGMENTOS RECEPTORES DA ENERGIA RADIANTE CLOROFILAS “a” E “b” CAROTENÓIDES/XANTOFILAS (EVITAM A FOTO-OXIDAÇÃO DA CLOROFILA) FICOBILINAS PIGMENTOS, ESPECTRO DE ABSORÇÃO E EFICIÊNCIA FOTOSSINTÉTICA NOS DIVERSOS COMPRIMENTOS DE ONDA 14CO 2 COMPRIMENTO DE ONDA SELECIONADO mg CO2/cm2 450 nm TECIDO VEGETAL EM CÂMARA HERMETICAMENTE FECHADA ANTEPARO FONTE DE LUZ NA REGIÃO VISÍVEL DO ESPECTRO PIGMENTOS, ESPECTRO DE ABSORÇÃO E EFICIÊNCIA FOTOSSINTÉTICA NOS DIVERSOS COMPRIMENTOS DE ONDA mg CO2/cm2 Eficiencia fotossintética absorbância Clor.”b” Caronteóide Clor.”a” PIGMENTOS, ESPECTRO DE ABSORÇÃO E EFICIÊNCIA FOTOSSINTÉTICA NOS DIVERSOS COMPRIMENTOS DE ONDA mg CO2/cm2 Eficiencia fotossintética absorbância Clor.”b” Caronteóide Clor.”a” A ABSORÇÃO DA ENERGIA RADIANTE Fluorescência Elétron em orbital mais energético (< energia e > λ) Maior comprimento de onda (λ) λ absorvido AS CLOROFILAS ABSORVEM LUZ E EMITEM FLUORESCÊNCIA UTILIZAÇÃO DA ÁGUA NA FOTOSSÍNTESE EM SULFOBACTÉRIAS CO2 + 2H2S LUZ C(H2O) + 2S + H2O VAN NIEL – EQUAÇÃO GERAL DA FOTOSSÍNTESE CO2 + 2H2A LUZ C(H2O) + 2A + H2O CO2 +2H2O18 LUZ C(H2O) + O218 + H2O REAÇÃO DE HILL – FOTÓLISE DA ÁGUA FERRI-OXALATO (Fe+++) BENZOQUINONA 2,6-DICLOROFENOLINDOFENOL CO2 FORMAS OXIDADAS Reagentes de Hill +3 4Fe + 2H2O → 4Fe+2 + 4H+ + O2 LUZ C(H2O) O2 FERRO-OXALATO (Fe++) BENZOQUINONA (red.) 2,6-DICLOROFENOLINDOFENOL (red.) FORMAS REDUZIDAS FOTORREDUÇÃO DO NADP+ FOTOFOSFORILAÇÃO DO ADP Em 1952, nos USA, foi demonstrado que cloroplastos isolados tinham a capacidade de reduzirem o NADP quando iluminados: 2 NADP+ + 2H2O → 2 NADPH + H+ + O2 Em 1954 constatou-se que cloroplastos iluminados eram capazes de produzir ATP: ADP + Pi → ATP + H2O NADPH+H+ = TPNH+H+ TILACÓIDE: A UNIDADE FOTOSSINTÉTICA Componentes do transporte de elétrons FASES CLARA E ESCURA DA FOTOSSÍNTESE H2O NADP+ ADP+Pi Extração dos cloroplastos LUZ Suspensão de cloroplastos NADPH+H+ ATP O2 CARBOIDRATO C(H2O) No escuro CO2 REAÇÕES DAS FASES CLARA E ESCURA DA FOTOSSÍNTESE FASE LUMINOSA: NADP+ + ADP + Pi + H2O → NADPH + H+ + ATP + ½O2 FASE ESCURA: NADPH + H+ + ATP + CO2 → NADP+ + ADP + Pi + C(H2O) E’o (volts) -0,4 Esquema Z ADP + Pi Z Fedox DCMU 2,4-DNP 2,6-DCP Q ATP NADP+ Cit.b NADPH+H+ PQ Fotofosforilação cíclica e- Cit.f O2 ATP H2O→H++OH1,0 eMn++ Cl- e- e- ADP + Pi PC + Cla-682 + aprisionador 650nm P-700 680-700nm Clorofilas a e b PS-II + 2H+ PS-I RESUMO DOS EVENTOS NO INTERIOR DO TILACÓIDE FIXAÇÃO DO GÁS CARBÔNICO – CICLO DE CALVIN 14CO SUSPENSÃO DE ALGAS Chlorella 2 14CO 2 LUZ ETANOL QUENTE A* B* CROMATOGRAFIA EM PAPEL 1 2 3 4 5 6 min GLICOSE* FIXAÇÃO DO CO2 – VIA C-3 14CO SUSPENSÃO DE ALGAS Chlorella sp 2 LUZ EXPOSIÇÃO AO 14CO2 COMPOSTOS MARCADOS 30 SEGUNDOS AÇÚCARES, ÁCIDOS ORGANICOS, AMINOÁCIDOS 7 SEGUNDOS AÇÚCARES (TRIOSES, TETROSES, PENTOSES, HEXOSES, HEPTOSES) 5 SEGUNDOS ÁCIDO 3FOSFOGLICÉRICO (80% DA RADIOATIVIDADE) ETANOL QUENTE CROMATOGRAFIA EM PAPEL 1 14CO 2 2 → A* → B* → C* → 3 4 5 → → GLICOSE* 6 min FIXAÇÃO DO GÁS CARBÔNICO – CICLO DE CALVIN OU VIA C-3 14CO SUSPENSÃO DE ALGAS CHLORELLA 2 LUZ O O - C ETANOL QUENTE 1 2 CH2O H2PO 3 3-PGA 1-14C CROMATOGRAFIA EM PAPEL 14CO H C OH 2 → A* → B* → C* → 3 4 5 → → GLICOSE* 6 min (ÁCIDO 3-FOSFOGLICÉRICO) PRIMEIRA REAÇÃO DE FIXAÇÃO DO CO2 CO2 LUZ O O - C H C OH 1 14CO 2 2 3 4 5 6 → A* → B* → C* → → → GLICOSE* X X = 2 CARBONOS CH2O H2PO 3 3-PGA 1-14C (ÁCIDO 3-FOSFOGLICÉRICO) ENZIMA FIXADORA: RIBULOSE 1,5-DIFOSFATO CARBOXILASE (RUBISCO) RUBISCO – A ENZIMA MAIS ABUNDANTE NO PLANETA (40% DA PROTEÍNA FOLIAR SOLÚVEL) MARCHA DO CARBONO NA FOTOSSÍNTESE I – carboxilação II – fosforilação III – redução IV - regeneração I II III IV CO2:ATP:NADPH+H→1:3:2 VIA C-4 DE FIXAÇÃO DO GÁS CARBÔNICO VIA C-4 DOS ÁCIDOS DICARBOXÍLICOS VIA C-4 : GRAMÍNEAS TROPICAIS COM ALTA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO DE BIOMASSA SÍNDROME DE KRANZ – BAINHA VASCULAR CLOROFILADA FIXAÇÃO DO CO2 NAS PLANTAS C-4 PEP carboxilase RUBISCO SÍNDROME DE KRANZ – BAINHA VASCULAR CLOROFILADA PEP carboxilase Rubisco CO2 METABOLISMO ÁCIDO DAS CRASSULÁCEAS MAC = CAM estômatos abertos estômatos fechados FOTORRESPIRAÇÃO C O H C OH H C OH CH2 O P Carboxilase/ oxigenase 70/30 COOH + Pi COOH H C OH CH2 O Glicina Ácido glioxílico COOH COOH CH2NH2 CH2OH P Ácido fosfo-glicérico RuDP Oxigenase P Ácido glicólico COOH O2 CH2 O 2 Ácido fosfo-glicólico NH3 P Ácido glicólico H2O2 O2 COOH H C C H O OH H MITOCONDRIO CO2 + NH3 NADH+H+ NAD+ COOH COOH CHNH2 C CH2OH CH2OH Treonina NH3 O CLOROPLASTO CH2 O Fase clara COOH H C OH PEROXISSOMA Ribulose-1,5-diP CH2OH Ácido glicérico Ácido hidroxipirúvico CICLO DE CALVIN FISIOLOGIA COMPARADA ENTRE FOTOSSÍNTESE C- 3 E FOTOSSÍNTESE C- 4 PARÂMETRO PLANTAS C-3 PLANTAS C-4 1. Fotorrespiração Presente: 25-30% do valor da fotossíntese Presente: não mensurável pelas trocas gasosas 2. Primeiro produto estável Ácido 3-fosfoglicérico Ácido oxaloacético (AOA) 3. Ponto de compensação Alto: 50-150 ppm CO2 Baixo: 0-10 ppm de CO2 4. Anatomia foliar Ausência de baínha vascular Bainha vascular clorofilada 5. Enzima primária de fixação Rubisco (Km ~ 20 µM de CO2) PEP-carboxilase (Km ~ 5 µM de CO2) 6. Efeito do O2 (21%) sobre a fotossíntese Inibição Sem efeito 7. Relação CO2:ATP:NADPH 1:3:2 1:5:2 8. Temperatura ótima p/ fotossíntese ~ 25oC ~ 35oC 9. Taxa de fotossíntese líquida com saturação de luz 15-35 mg CO2.dm-2.h-1 40-80 mg CO2.dm-2.h-1 10. Fotossíntese X intensidade de luz Satura em ~ 1/3 da luz solar máxima Não atinge a saturação 11. Consumo de água para produção de matéria seca 450-1.000 g água/g matéria seca 250-350 g de água/g matéria seca 12. Conteúdo de N na folha para fotossíntese máxima 6,5-7,5% matéria seca 3,0-4,5% matéria seca FISIOLOGIA COMPARADA ENTRE PLANTAS C-3 E C-4 • A PEP-carboxilase (Km=5µM para o CO2) concentra o CO2 na baínha (até 60 µM), favorecendo a ação da RUBISCO (Km=20µM para o CO2) nas células da bainha. • Fotossintetados gerados na baínha – são translocados para o resto da planta com menor gasto de energia. • Maior resistência dos estômatos aos fluxos de CO2 e água na plantas C-4 – reduz a evapotranspiração (economia de água). • RUBISCO confinada nas células da baínha. Nas C-4 a Rubisco corresponde a 10-25% da proteína foliar solúvel, enquanto nas C-3 a enzima corresponde a 4050% da proteína foliar (economia de proteína e N). • Redução do Nitrato e assimilação da Amônia ocorrem somente nas células do mesófilo, não competindo com o NADPH gerado na fase clara da fotossíntese. O CO2 É RECAPTURADO PELA PEP-CASE NAS PLANTAS C-4 PEP carboxilase CO2 Rubisco FOTORRESPIRAÇÃO FISIOLOGIA COMPARADA ENTRE PLANTAS C-3 E C-4 NO3NADH+H+ NO2NAD+ NADPH+H+ O NADPH GERADO NA FASE CLARA NO MESÓFILO NÃO COMPETE COM A FIXAÇÃO/REDUÇÃO DO CO2 NAS CÉLULAS DA BAÍNHA NH3 NADP+ α-CETOGLUTARATO GLUTAMATO NH3 GLUTAMINA A REDUÇÃO DO NITRATO EM LOCAL DIFERENTE DA REDUÇÃO DO CO2 FAVORECE O APROVEITAMENTO DO NITROGÊNIO FISIOLOGIA COMPARADA ENTRE PLANTAS C-3 E C-4 Impactos na produtividade das culturas mg CO2.dm-2.h-1 60 Milho Milho 40 Carvalho Soja 20 Irradiância (W.m-2) 30 35 40 45 (oC)